Manejo Integrado de Pragas: Cultura do milho (Zea mays) Aula 07
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- Mariana Belém Lobo
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1 Manejo Integrado de Pragas: Cultura do milho (Zea mays) Aula 07 Eng. Agr. Igor Forigo Beloti FUCAMP 2016
2 Introdução Classificação Botânica: Tripsacum dactyloides 2
3 Introdução O milho (Zea mays L.) é a mais importante planta comercial com origem nas Américas; Há indicações de sua provável origem no México, América Central e Sudoeste dos Estados Unidos; 3
4 Introdução Cultivado pelos Olmecas, Maias, Incas e Astecas; Seu nome de origem indígena caribenha significava: "sustento da vida ; Fonte: google imagens 4
5 Introdução 5
6 Introdução 6
7 Introdução 7
8 Introdução 8
9 Introdução mil ton ha 9
10 Milho safrinha: problemática 10
11 Milho Bt: problemática 11
12 12
13 Praga das raízes 1) Angorá (Astylus variegatus) -Os adultos se alimentam de pólen, e suas larvas vivem no solo (peludinhas) -Suas larvas atacam as sementes antes e após a germinação, especialmente em anos secos, ocasionando falhas na cultura Adulto (Vaquinha) Larva (Peludinha) 13
14 Vaquinha adulto 14
15 Praga das raízes 1) Angorá (Astylus variegatus) -Controle: TS (tratamento de sementes) 15
16 FONTE: EMBRAPA (2007) 16
17 Praga das raízes 2) Corós (Diloboderus abderus) (Phyllophaga triticophaga) -Causam o tombamento das plantas pela destruição das raízes, podendo leva à morte em caso de altas infestações. -Ataque geralmente em reboleira Diloboderus abderus Phyllophaga triticophaga 17
18 Diloboderus abderus 18
19 Diloboderus abderus, machos e fêmeas respectivamente 19
20 Diloboderus abderus, buracos característicos 20
21 Larva de Phyllophaga triticophaga 21
22 FONTE: EMBRAPA (2007) 22
23 23
24 Praga das raízes 3) Cupins (Procornitermes striatus) -Atacam as sementes na época do plantio (falhas na cultura) -Atacam plantações localizadas nas proximidades de seu ninho -Em ataque intensos: necessidade de replantio Procornitermes striatus 24
25 Cupim de montículo 25
26 Cupim de montículo 26
27 Cupim subterrâneo 27
28 FONTE: EMBRAPA (2007) 28
29 Praga das raízes 3) Cupins (Procornitermes striatus) -Controle químico (Gallo et al., 2002): Fipronil (Regente 800 WG- 200 g/ha) 29
30 Praga das raízes 4) Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea) (Atarsocoris brachiariae) -Adultos e ninfas sugam seiva das raízes, promovendo amarelecimento e secamento da planta -Identificação: preparo de solo, odor característico -Associado com o plantio de milho em áreas de pastagens Atarsocoris brachiariae Scaptocoris castanea 30
31 Percevejo castanho, ninfa e adultos 31
32 Praga das raízes 4) Percevejo-castanho (Scaptocoris castanea) (Atarsocoris brachiariae) -Controle químico (Gallo et al., 2002): Fipronil (Regente 800 WG- 200 g/ha) -Maior eficiência é atingida em solos úmidos! 32
33 Praga das raízes 5) Larva-alfinete (Diabrotica speciosa) -Os adultos colocam ovos sob solo mais escuro (rico em matéria orgânica) -Suas larvas atacam a região de crescimento das raízes, causando a morte de plantas recém germinadas. Diabrotica speciosa 33
34 Praga das raízes 5) Larva-alfinete (Diabrotica speciosa) -Ataque das raízes adventícias: pescoço de ganso ou milho ajoelhado -Este sintoma ocorre entre 1 e 2 meses da semeadura, mais frequente em áreas irrigadas pescoço de ganso 34
35 Larva alfinete 35
36 Besouro brasileirinha adulto 36
37 FONTE: EMBRAPA (2007) 37
38 Praga das raízes 5) Larva-alfinete (Diabrotica speciosa) -Controle químico (Gallo et al., 2002): Fipronil (Regente 800 WG- 200 g/ha) Clorpirifós, na base das plantas 38
39 Praga das raízes 6) Cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) -As ninfas vivem nas raízes ou na base dos colmos e ficam envoltas por uma espuma branca, facilmente vista em campo -As ninfas e os adultos sugam a seiva das raízes e folhas, respectivamente, injetando toxinas que promovem a queima e a seca das folhas. Mahanarva fimbriolata 39
40 Ninfas e espuma característica 40
41 Praga das raízes 6) Cigarrinha-das-raízes (Mahanarva fimbriolata) -Os sintomas mais comuns do ataque das cigarrinhas são estrias amareladas no limbo foliar, bordos enrolados e definhamento do colmo. 41
42 Praga das raízes 7) Larva-arame, vaga-lume (Conoderus scalaris) -São insetos de hábitos noturnos conhecidos como vaga-lumes. -Os prejuízos são causados pelas larvas, que atacam sementes e outras partes das plantas, como raízes e a base dos caules. -Causam falhas nas linhas de plantio, redução do vigor das plântulas e definhamento das plantas maiores. Conoderus scalaris 42
43 Larva arame 43
44 Pirilampo ou vaga-lume 44
45 Pragas dos colmos 1) Elasmo (Elasmopalpus lignosellus) -A lagarta ataca as plantas de milho com até 30 cm de altura e, pela destruição da gema apical ocorre a morte da folha ainda enrolada - Coração morto -Folhas atacadas apresentam orifícios característicos Elasmopalpus lignosellus 45
46 Lagarta-elasmo 46
47 Lagarta-elasmo (macho adulto) 47
48 Galeria aberta na base da planta 48
49 Dano na base da planta 49
50 Pragas dos colmos 1) Elasmo (Elasmopalpus lignosellus) -Ocorre com maior frequência em solos arenosos e em períodos secos após as primeiras chuvas -Prejuízos maiores nos primeiros 30 dias após germinação das plantas -Problemas menores em áreas irrigadas ou de plantio direto 50
51 FONTE: EMBRAPA (2007) 51
52 Pragas dos colmos 1) Elasmo (Elasmopalpus lignosellus) -Controle químico (Gallo et al., 2002): -Pulverização com clorpirifós ou piretróides -Irrigação pode diminuir infestação 52
53 53
54 Pragas dos colmos 2) Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) -Lagartas seccionam plantas, rente ao solo, com até 20 dias -Podem abrir galerias na base do colmo, provocando o aparecimento de estrias nas folhas, podendo levar ao sintoma de Coração morto -Plantas maiores que 40 cm: perfilhamento de plantas improdutivas Agrotis ipsilon 54
55 Lagarta rosca 55
56 Lagarta rosca: adulto 56
57 FONTE: EMBRAPA (2007) 57
58 Pragas dos colmos 2) Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) -Prejuízos podem chegar a 7% -Controle químico (Gallo et al., 2002): jato dirigido na base das plantas Metamidofós (Tamaron 500 CE: 0,5 L/ha) Acefato (Orthene 750PM: 0,75 Kg/ha) Clorpirifós etil (Lorsban 480 CE: 0,8 L/ha) 58
59 Pragas dos colmos 3) Percevejo-barriga-verde (Dichelops spp.) -Sugam a seiva da base do colmo, causando o murchamento da planta e depois o secamento -Perfilhamento do milho: plantas improdutivas -Ataques intensos: prejuízos de até 29% na produção Dichelops spp. 59
60 Ovos de percevejo-barriga-verde 60
61 Ninfa de percevejo-barriga-verde 61
62 Adulto de percevejo-barriga-verde 62
63 63
64 Pragas dos colmos 3) Percevejo-barriga-verde (Dichelops spp.) -Controle químico: Endossulfan (proíbido) 64
65 Pragas dos colmos 4) Broca-da-cana-de-açúcar; Broca-do-colmo (Diatrea saccharalis) -Penetração das lagartas nos colmos com abertura de galerias longitudinais. A planta atacada continua produzindo -Tombamento de plantas pelo vento, grãos em contato com o solo (grãos ardidos) Diatrea saccharalis 65
66 Adulto da broca-do-colmo 66
67 Sintoma de perfuração no colmo 67
68 Sintoma de dano interno no colmo 68
69 Sintoma de dano na folha 69
70 Perfuração de espiga por broca-do-colmo 70
71 Dano interno na espiga 71
72 Pragas dos colmos 4) Broca-da-cana-de-açúcar; Broca-do-colmo (Diatrea saccharalis) Prejuízos maiores em sucessão com milheto (Gallo et al., 2002) -Controle: idem lagarta elasmo 72
73 Pragas das folhas 1) Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) -Canibalismo: 1 lagarta por cartucho -lagartas novas raspam as folhas, mais tarde destroem o cartucho do milho, encontrando-se grandes quantidades de excreções Spodoptera frugiperda 73
74 Massa de ovos e lagartas recém eclodidas 74
75 Danos iniciais da lagarta-do-cartucho 75
76 Danos nas folhas 76
77 Danos nas folhas centrais 77
78 Lagarta e resíduos no cartucho 78
79 Sinal de ataque por lagarta-do-cartucho 79
80 Ataque de lagarta-do-cartucho no pendão 80
81 Ataque de lagarta-do-cartucho na espiga 81
82 Lagarta-do-cartucho (adulto) 82
83 Pragas das folhas 1) Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) -Pode reduzir a produção em até 20%, devido a destruição foliar, sendo o período crítico a época do florescimento -Em períodos de seca e com a presença do milho safrinha, suas populações aumentaram 83
84 Pragas das folhas 1) Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) -Atualmente cortam plantas rente ao solo, quando ocorre seca acentuada e no final da cultura podem atacar as espigas (qualquer parte da espiga) 84
85 Pragas das folhas 1) Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) -Controle químico: pulverização, com bico em leque, para deposição dos inseticidas no local de ataque da praga (cartucho) -Insetigação: Clorpirifós em pivô -Níveis de controle (NC): 20% de plantas com folhas raspadas (até 30 dias da semeadura) 10% de plantas com folhas raspadas (30 a 60 dias da semeadura) 85
86 Pragas das folhas 2) Curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes) -Atacam as folhas, destruindo o limbo foliar a partir dos bordos, deixando apenas as nervuras centrais e prejudicando o desenvolvimento da planta Mocis latipes 86
87 Curuquerê-dos-capinzais (lagarta) 87
88 Curuquerê-dos-capinzais (adulto) 88
89 Pragas das folhas 2) Curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes) -Controle biológico (Gallo et al., 2002) Bacillus thuringiensis (1 kg/ha) 89
90 Pragas das folhas 3) Pulgão (Rhopalosiphum maidis) -Milho é hospedeiro, ocasionando prejuízos em outras culturas pela transmissão de viroses (mosaicos), como ocorre para a Cana-de-açúcar -Fumagina Rhopalosiphum maidis 90
91 Pulgão-do-milho atacando pendão 91
92 92
93 Pragas das folhas 4) Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta) -Os adultos migram de pastagens e injetam toxinas nas folhas, provocando seu amarelecimento, em forma de estrias, e posterior secamento -As ninfas, normalmente não colonizam no milho Deois flavopicta 93
94 Ninfas de cigarrinha das pastagens 94
95 Espuma característica nas raízes 95
96 Adulto de cigarrinha-das-pastagens 96
97 Danos de cigarrinha-das-pastagens 97
98 Pragas das folhas 4) Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta) -Nos primeiros 20 dias, as plantas são mais sensíveis ao ataque, secando sob uma infestação de 3 a 4 cigarrinhas por planta -Controle: TS Deois flavopicta 98
99 Pragas das folhas 5) Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) -Transmissor de patógenos e molicutes que ocasionam o enfezamento do milho (corn stunt) -Plantas com porte baixo, amarelecimento ou avermelhamento do limbo foliar, espigas pequenas 99
100 Ninfas de cigarrinha-do-milho 100
101 Adulto de cigarrinha-do-milho 101
102 Pragas das folhas 5) Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) -A doença é importante em híbridos sucetíveis, plantios tardios (dez/jan) ou no milho safrinha Controle: TS, aplicação de fosforados e a escolha de híbridos tolerantes à doença 102
103 Pragas das folhas 6) Formiga-cortadeira, quenquém (Acromyrmex spp.) -A formação de novos formigueiros ocorre geralmente no início da estação chuvosa. Nesse período, é observada a revoada dos espécimes alados para o acasalamento. -No milho, as formigas cortam as folhas e outras partes das plantas e as carregam por trilhas para dentro dos formigueiros. Esse material é utilizado como substrato para o fungo que cultivam nos ninhos. Acromyrmex spp. 103
104 Formiga cortadeira quenquém 104
105 Entrada do ninho 105
106 Pragas das folhas 7) Formiga-cortadeira, saúva-limão (Atta spp.) -As formigas cortadeiras causam maiores prejuízos em plantas jovens, com poucas folhas, pois elas são menos resistentes ao ataque. -Já as plantas adultas, dependendo da intensidade do ataque, podem se recuperar. Os danos são caracterizados pelo corte das folhas e hastes Atta spp. 106
107 Formiga cortadeira (saúva) 107
108 Formiga cortadeira (transporte de folha para o ninho) 108
109 Sauveiros 109
110 Pragas das folhas 8) Gafanhoto, Tucura (Rhammatocerus schistocercoides) -A fase reprodutiva ocorre no final da estação seca e a postura de ovos é feita no início das chuvas -São mastigadores, tanto na fase ninfal quanto adulta, e atacam folhas e outras partes aéreas Rhammatocerus schistocercoides Nuvens de gafanhotos 110
111 Ninfa de gafanhoto 111
112 Gafanhoto adulto 112
113 Pragas das folhas 9) Grilo-pardo (Anurogryllus muticus) -São noturnos e durante o dia ficam abrigados sob restos vegetais, pedras e troncos ou em galerias de até 30 cm de profundidade que constroem no solo -Na abertura dessas galerias, o grilo deixa montículos de terra que facilitam seu monitoramento em campo Anurogryllus muticus 113
114 Pragas das folhas 9) Grilo-pardo (Anurogryllus muticus) -Têm maior importância na fase inicial das culturas, pois as ninfas e os adultos podem cortar várias plântulas e carregar para as galerias -O ataque também pode ocorrer em sementes, raízes, folhas e espigas -Períodos com baixa umidade e temperatura alta durante a noite favorecem o ataque dos grilos Anurogryllus muticus 114
115 Grilo-pardo e grilo-preto 115
116 Pragas das folhas 10) Tripes (Frankliniella williamsi) -Tanto os adultos quanto as ninfas se alimentam da seiva das plantas e, para isso, raspam a superfície foliar e sugam a seiva que vaza nesses ferimentos -Em consequência desse ataque, as folhas ficam com manchas amarelas, brancas ou prateadas e as bordas podem enrolar Frankliniella williamsi 116
117 Tripes (plântulas com danos nas folhas) 117
118 Pragas das espigas 1) Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) -Fêmeas ovipositam nos cabelos das espigas (postura ao anoitecer) -Logo após atacam os grãos novos Helicoverpa zea 118
119 Lagarta-da-espiga 119
120 Lagarta-da-espiga 120
121 Lagarta-da-espiga (adulto) 121
122 Pragas das espigas 1) Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) -Prejudicam o milho de 3 formas (perdas >8 %): Atacando os cabelos impede a fertilização: falhas nas espigas Destruição de grãos leitosos Penetração de microorganismos que causam podridões 122
123 Pragas das espigas 1) Lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) Controle biológico: Trichogramma pretiosum (parasitoide de ovos) Trichogramma pretiosum parasitando ovos de Helicoverpa zea 123
124 124
125 Pragas das espigas 2) Percevejo-do-milho (Leptoglossus zonatus) -Tanto os adultos como as ninfas sugam os grão da espiga, provocando seu murchamento e apodrecimento Leptoglossus zonatus 125
126 Percevejo-do-milho (ovos) 126
127 Percevejo-do-milho (adulto e ninfas) 127
128 Pragas das espigas 2) Percevejo-do-milho (Leptoglossus zonatus) -Controle: pulverização com inseticidas fosforados, adicionando-se sal de cozinha ou uréia para redução da dose Leptoglossus zonatus 128
129 Pragas das espigas 3) Mosca-da-espiga (Euxesta sp.) -Ataca os ponteiros das espigas, principalmente de milho doce, causando o apodrecimento dos grãos -Associada com o ataque de lagarta da espiga -Frequentes em área de pivô central Euxesta sp. 129
130 Mosca-da-espiga (larvas) 130
131 Mosca-da-espiga (adulto) 131
132 132
133 133
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