Ouro e Serra Pelada (A Corrida pelo Ouro e a problemática ambiental) Mariana Antunes Vieira

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1 (A Corrida pelo Ouro e a problemática ambiental) Mariana Antunes Vieira Este documento tem nível de compartilhamento de acordo com a licença 2.5 do Creative Commons.

2 Ouro na Antiguidade O ouro é um dos únicos metais que pode ser encontrado na natureza em sua forma elementar, pura ou também na forma de pepitas (fragmentos de metal). É considerado um dos metais mais valiosos que existe, sendo conhecido desde a Antiguidade e um dos primeiros metais trabalhados pelo homem na fabricação de moedas. O ouro em particular sempre atraiu a atenção do homem, por ser um metal raro, e principalmente carregado de simbologia - para alguns povos, o ouro era considerado um pedaço do sol que caiu na Terra, e, portanto, por direito divino concedido, deveria pertencer àquele com maior destaque político ou religioso de uma sociedade. Além disso, o ouro servia para gerar riquezas. Governantes e templos podiam acumular grandes tesouros, em geral na forma de vasos ou outros objetos semelhantes e também na forma de jóias (as correntes em ouro eram largamente utilizadas). Sua coloração amarela intensa e brilhante faz com que o ouro seja utilizado na fabricação de jóias e ornamentos até hoje. O ouro é considerado um metal nobre, sendo o elemento químico menos reativo de toda a Tabela Periódica. Devido a essa baixa reatividade, o ouro dificilmente sofre oxidação, no entanto, é um excelente condutor de eletricidade (45,2 x 10 6 /mω). Essas propriedades fazem com que o metal ouro seja ideal para ser aplicado na produção de peças eletrônicas. Pepitas As maiores pepitas de ouro do mundo, brasileiras, preservadas em seu estado natural, estão expostas no Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Estas pepitas foram encontradas por garimpeiros que trabalhavam na Serra Pelada e em outros garimpos. A maior pepita de ouro encontrada no Brasil na região da Serra Pelada pesou aproximadamente 60 kg (com 52 kg de ouro contido). Figuras 1: As três maiores pepitas do mundo com seus pesos em gramas, extraídas da Serra Pelada, Pará, no Brasil. Fonte: Cortesia Banco Central do Brasil ( 1.

3 Vasos e outros objetos Os povos pré-colombianos na América do Sul eram hábeis artesãos de ouro. A imagem da Figura 2 mostra um recipiente para o cal. Figura 2: Poporo (recipiente para cal) feito em tumbaga (uma liga de ouro com cobre) datado de 0 a 600 DC, da Região de Loma de Pajarito, entre Angustura e Yarumal, Antioquia, na Colômbia. Fonte: Cortesia Museo del Oro, Banco de la República, Colômbia ( Jóias Os povos pré-colombianos na América do Sul eram hábeis artesãos de ouro. A imagem da Figura 3 mostra um colar de ouro. Figura 3: Colar de ouro datado de 0 a 500 DC, da Região de San José de Huila, Colômbia. Fonte: Cortesia Museo del Oro, Banco de la República, Colômbia ( 2.

4 Ouro no Brasil Colônia No Brasil, a primeira jazida de ouro foi encontrada próximo ao Pico do Jaraguá (Capitania de São Vicente), nas proximidades da atual São Paulo. No século XVIII, a corrida pelo ouro aumentou, através das entradas e bandeiras que vieram na busca de jazidas de ouro e de pedras preciosas. O chamado ciclo do ouro no Brasil ocorreu no período entre 1700 e 1822, onde as principais atividades produtoras de ouro se concentraram nas regiões dos atuais estados de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. Figura 4: Mapa do Brasil mostrando o Pico de Jaraguá e os atuais estados de MG, MT e SP. Você já deve ter ouvido a famosa frase: nem tudo que reluz é ouro. Isso pode soar estranho, mas de fato, na natureza é comum encontrar um mineral de cor amarelo metálico, chamado de pirita. As piritas são conhecidas popularmente como ouro dos tolos em função de sua cor amarelada e sua constituição principal é de sulfeto de ferro. Podemos distinguir facilmente do ouro verdadeiro através da propriedade de dureza: o ouro é um metal muito maleável e a pirita pode ser quebrada facilmente.. 3.

5 Rochas de pirita Figuras 5: Rochas de pirita, ouro de tolo, do acervo do Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Fonte: Cortesia do Museu de Valores do Banco Central do Brasil ( Ouro na Atualidade As principais reservas mundiais de Ouro estão localizadas na África do Sul (40% do total mundial, seguido por Austrália (10%) e EUA (9,6%). As reservas de ouro no Brasil correspondem a 7,97% da reserva mundial do minério e estão distribuídas, principalmente, nos estados de Minas Gerais (48%), Pará (36,9%) Goiás (6%) Mato Grosso (3,6%), Bahia (3%) e outros (2,5%). O Brasil atualmente é décimo terceiro maior produtor de ouro no mundo. (Fonte: Instituto Brasileiro de Mineração / pdf) O ouro também foi usado para a fabricação de moedas, a partir das barras de ouro, que representam o ouro puro (24 quilates) e mostram todo o seu brilho.. 4.

6 Barras de ouro Figura 6: Barras de ouro não refinado, moedas e medalhas do acervo do Museu de Valores do Banco Central do Brasil. Fonte: Cortesia Museu de Valores do Banco Central do Brasil ( A Corrida pelo Ouro na Serra Pelada Em dezembro de 1979, no interior do estado do Pará, um vaqueiro de uma fazenda, encontrou a primeira pepita de ouro. Como a cidade era pequena, a notícia logo se espalhou. O impacto dessa descoberta provocou uma verdadeira revolução na região e ocorreu uma nova corrida pelo ouro que gerou no Brasil o que foi considerado de maior garimpo a céu aberto do mundo. Entre fevereiro e março de 1980, mais de 60 mil homens chegaram ao local, conhecido como Serra Pelada, região localizada no estado do Pará, atual município de Curionópolis e deu-se início a corrida pelo ouro, sem qualquer organização e preocupação com os riscos a saúde e ambiente, movidos apenas pela busca da riqueza. Os morros foram transformados em barrancos através da escavação para a retirada da pepita e como estas eram raras, quem conseguisse maior quantidade ganhava mais. Os lucros e os custos do ouro ficavam para os sócios, donos de fazenda. O garimpeiro ganhava muito pouco pela exploração, mesmo trabalhando dia e noite para obter poucas gramas de ouro.. 5.

7 Figura 7: Mapa do Brasil mostrando Curionópolis e o estado do PA. Cerca de 10 toneladas foram extraídas em 1981 e as péssimas condições de trabalho no garimpo causaram uma perda de qualidade de vida dos trabalhadores da região e de suas famílias. A extração do ouro na Serra Pelada durou aproximadamente 4 anos. Ao final de 1981, os depósitos de ouro na superfície se esgotaram e então, uma companhia de mineração tentou reaver a posse das terras e continuar a exploração. O apogeu do garimpo ocorreu em 1983, quando aproximadamente 14 toneladas de ouro foram extraídas. Nos dois anos seguintes, a produção teve um decréscimo e ficou em torno de 3 toneladas ano. Nos anos seguintes, a produção continuou caindo: em 1988, aproximadamente 745 kg de ouro foram extraídos e em 1990, menos de 250 kg. Hoje, acredita-se que ainda existam pequenas jazidas de ouro em algumas regiões, mas a exploração já é controlada pela companhia de mineração Vale. Atualmente, a região da Serra Pelada se transformou em uma favela com cerca de 1000 habitantes e surgiu uma imensa cratera com 200 m de profundidade no local do garimpo. Garimpo O garimpo é uma forma de exploração de minérios valiosos através de meios mecânicos ou manuais, que pode ser realizada a céu aberto ou em minas escavadas nas rochas. Entretanto, o garimpo é considerado uma forma predatória ao meio ambiente. Durante o garimpo na Serra Pelada, o ouro era extraído da pepita utilizando o mercúrio na sua forma líquida, que tem a propriedade de capturar os grãos de ouro formando uma amálgama, uma espécie de liga.. 6.

8 Existe um aparelho artesanal construído para separar o ouro da lama extraída no garimpo. Apelidado de cobra fuma, nele existem placas com mercúrio sobre as quais corre água com barro e que servem para reter o ouro presente na lama. O fluxo de água faz com que o ouro entre em contato com o mercúrio sendo imediatamente aprisionado. O processo é, em geral, muito rudimentar e causa grandes perdas de mercúrio que é transportado pelas águas para os rejeitos onde se infiltra. A parte do amálgama que não foi perdida na garimpagem é, após alguns dias, processada pelo garimpeiro com o intuito de recuperar o ouro e parte do mercúrio metálico, através de uma separação gravimétrica. Este processo torna-se como a maior fonte de contaminação dos garimpeiros, pois o amálgama separado é queimado, geralmente a céu aberto, liberando grandes quantidades de mercúrio para a atmosfera. Durante o processo, quantidades variáveis de mercúrio são perdidas na forma metálica para rios e solos, e rejeitos contaminados são deixados a céu aberto na maioria dos sítios de garimpo. Alguns garimpeiros também faziam o uso do maçarico para vaporizar o mercúrio deixando somente o ouro na sua forma sólida. Neste processo, os vapores de mercúrio, pela inexistência de equipamentos de proteção, máscaras e capelas, eram inalados diretamente pelos garimpeiros. Este contato direto com o mercúrio desencadeou uma série de problemas de saúde na população da Serra Pelada, levando a morte de muitos garimpeiros ou deixando marcas para a vida toda.. 7.

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