O PAI E A CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DE HIPERACTIVIDADE COM DÉFICE DA ATENÇÃO: ESTUDO DO ENVOLVIMENTO PATERNO E DA AUTO-EFICÁCIA

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1 O PAI E A CRIANÇA COM PERTURBAÇÃO DE HIPERACTIVIDADE COM DÉFICE DA ATENÇÃO: ESTUDO DO ENVOLVIMENTO PATERNO E DA AUTO-EFICÁCIA AUTORES Célia Lopes Isabel Leal 1

2 RESUMO O presente estudo, comparativo e correlacional, pretendeu aferir o envolvimento paterno e o sentimento de auto-eficácia de pais de crianças diagnosticadas com Perturbação de Hiperactividade com Défice da Atenção (PHDA), explorando variáveis sócio demográficas. A amostra foi constituída por um total de 82 pais (N=82), residentes na zona de Lisboa e Vale do Tejo, distribuídos em dois grupos. O grupo de pais de crianças com PHDA foi constituído por 41 sujeitos, com idades compreendidas entre os 28 e os 55 anos (M=39,15, DP=7,43). O grupo de pais de crianças sem PHDA foi formado por 41 sujeitos, com idades entre os 30 e os 47 anos (M=39,73, DP=4,69. Os instrumentos utilizados foram: Escala de Envolvimento Paterno; Escala de Auto-Eficácia Parental; Escala de Conners Revista (versão pais); Questionário sociodemográfico. Os resultados apontam que os pais de crianças com PHDA envolvem-se mais, passam mais tempo com as crianças mas têm um menor sentimento de auto-eficácia do que os pais de crianças sem PHDA. Na subescala Cuidados do envolvimento, os pais não se assumem como a principal figura cuidadora sendo que, quanto maior a idade do pai menor o envolvimento nesta dimensão. Um maior envolvimento paterno está relacionado com o sentimento de autoeficácia ainda que os pais se sintam mais competentes se exercerem a função disciplinadora. Palavras Chave: envolvimento paterno, auto-eficácia, paternidade, hiperactividade ABSTRACT This study, comparative and correlational, intended to measure parental involvement and sense of self-efficacy in parents of children diagnosed with Hyperactivity Disorder Attention Deficit (ADHD), exploring socio demographic variables. The sample comprised a total of 82 parents (N = 82) who lived in the Lisbon and Tagus Valley area, divided into two groups. The group of fathers with sons with ADHD was constituted by 41 subjects (N = 41), aged between 28 and 55 years (M = 39.15, DP= 7.43). The group of fathers of sons without ADHD comprised 41 subjects (N = 41) aged between 30 and 47 years (M = 39.73, DP = 4.69). Instruments: Parental Involvement Scale, Self-Efficacy Parental Scale, the revised Conners Scale (parent version) and one socio-demographic questionnaire. Results: They point out that parents of children with ADHD are more engaged, spend more time with their children but have a lower sense of selfefficacy than parents of children without ADHD. In the Care subscale of involvement, parents continue to not assume themselves as the primary caregiver. As the father gets older, there is less involvement in this dimension. More parental involvement is related with the feeling of selfefficacy and parents feel more competent if they exercise disciplinary functions. Key Words: father involvement; self-efficacy; fatherhood; hyperactivity 2

3 O conceito de paternidade tem sido alvo desde o final do século passado de grandes reflexões e debates, verificando-se uma valorização crescente do papel do pai relativamente à sua influência no desenvolvimento da criança (Balancho, 2004). As mudanças sóciohistóricas ocorridas nas sociedades ocidentais, de que são exemplo a maior participação da mulher na vida profissional, a par de novos modelos de vida familiar tiveram como consequência uma profunda alteração da matriz familiar (Torres, 2004). Estamos perante a emergência de uma nova paternidade (Lamb, 1992), uma vez que a imagem actual do homem não se prende tanto ao sustento económico e à disciplina, emergindo um pai afectuoso, activo, e envolvido nos cuidados diários dos filhos e da família. A par do novo paradigma sobre a paternidade, coexiste o paradigma tradicional, sendo notória uma oscilação entre uma perspectiva modernista e uma mais conservadora. Uma das definições mais aceites e utilizada pela literatura para a definição de envolvimento paterno é o modelo multidimensional proposto por Lamb, Pleck, Charnov e Levine (1985, 1987; Pleck & Masciadrelli, 2004) que caracteriza este conceito, avaliando-o em três componentes distintas de envolvimento, nomeadamente: interacção directa (tempo passado nas tarefas de cuidados ou em relação com a criança), acessibilidade (disponibilidade do pai em situações de menor interacção) e responsabilidade (pelo bem-estar e cuidados infantis). Hoje, a avaliação do envolvimento paterno é definido quer em termos de tempo passado em interacção com a criança, quer em termos da qualidade dessa relação (Adamsons, O`Brien & Pasley, 2007). Radin (1994) propõe, para o conceito de envolvimento paterno, uma diferenciação entre envolvimento absoluto, que considera apenas o pai, sem alusão a outro familiar (número de horas que o pai passa sozinho com a criança), e envolvimento relativo, que resulta da comparação entre duas figuras cuidadoras (percentagem de tempo que o pai e mãe despendem, no desempenho de uma determinada tarefa). Lamb (1992) salienta que a disparidade encontrada no envolvimento paterno e 3

4 materno se situa na componente responsabilidade sendo que vários estudos mostram que os pais não assumem responsabilidade pelos cuidados ou educação dos filhos. Estudos com famílias portuguesas indicam que mesmo quando as mulheres trabalham, são elas que continuam a assegurar o essencial dos cuidados físicos às crianças, sendo a divisão de tarefas ainda baseada no género, pois, a mãe ainda é mais valorizada do que o pai, no papel de cuidadora da criança (Monteiro et al, 2006; Torres 2004; Simões, 2010; Wall, 2010). O envolvimento paterno é um construto multideterminado e multifacetado, reconhecendo-se que sofre influências de diversos factores, nomeadamente variáveis tais como, a idade, as habilitações académicas, o nível sócio-económico, o contexto relacional e social e as características individuais (Cabrera, Shannon, & Tamis-LeMonda, 2007). Lamb (1992), menciona existir uma hierarquia de factores que influenciam o envolvimento do pai com os filhos entre eles, a motivação, as competências e a auto-confiança. As crenças de auto-eficácia pode ser um factor importante para compreender o envolvimento paterno (Jacobs & Kelley, 2006), pois facilitam e promovem o mesmo. A auto-eficácia parental, é um conjunto de crenças que o indivíduo tem relativamente à sua capacidade para atingir determinados níveis de desempenho, podendo determinar o modo como os pais agem sobre a criança. Coleman e Karraker (2000), definem-na como as estimativas do próprio acerca da sua capacidade para desempenhar o papel parental. É descrita como uma variável cognitiva, com uma função motivacional (Bandura, 1982), sendo influenciada pelo temperamento dos filhos (Correia, 2008). A Perturbação de Hiperactividade com Défice da Atenção (PHDA), pode ser caracterizada em três tipos de acordo com o DSM- VI TR: Tipo Predominantemente Desatento; Tipo Predominantemente Hiperactivo/ Impulsivo; Tipo Misto (APA, 2002). Estudos realizados com pais de crianças com PHDA, mencionam existir uma ligação entre a diminuição do sentimento de eficácia parental com o comportamento exibido da criança 4

5 (Cunningham & Boyle, 2002). Estes pais têm a sensação de desempenhar os seus papéis de uma forma limitada (Dewolf, Byrne & Bawden, 2000), questionam as suas próprias qualidades e competências parentais. As crianças são mais desobedientes e os pais exercem mais controlo do que é costume (Salgueiro (2005). Este estudo pretende analisar o envolvimento paterno e o sentimento de auto-eficácia numa amostra de pais de crianças diagnosticadas com PHDA comparando-os com pais de crianças sem PHDA. Método Amostra Utilizou-se o método de amostragem não probabilística do tipo amostra de conveniência, constituída por dois grupos de pais (pais de crianças com PHDA/ pais de crianças sem PHDA), tendo sido realizados esforços no sentido de obter uma distribuição equilibrada em função da idade do pai, escolaridade, número de filhos, idade e género da criança. Os testes inferenciais t de Student e Qui-Quadrado revelaram que a amostra é homogénea, não existindo diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos (p a 0,05). Participantes Participaram no estudo um total de 82 pais (N=82). O grupo de pais de crianças com PHDA, foi constituído por 41 sujeitos com idades compreendidas entre os 28 e os 55 anos (M=39,15, DP=7,43). Relativamente à escolaridade, 7 % eram licenciados, 15% possuíam o ensino secundário, 29% o 9º ano, 27% o 6º ano, e 22% o 1º ciclo do ensino básico. O número de filhos varia entre 1 e 5 (M= 1,80, DP=1,01), sendo 85% das crianças do género masculino e 15% do género feminino, com média de idades de 7,73 anos (DP=1,16). A maioria toma medicação (85%) sendo o fármaco mais usado a Ritalina (53,7). O grupo pais de crianças sem PHDA, formado por 41 sujeitos com idades entre os 30 e os 47 anos (M=39,73, DP=4,69). Concernente à escolaridade, 15% eram licenciados, 24 % 5

6 concluíram o ensino secundário, 37% o 9º ano, 22% o 6º ano e 2% o 1º ciclo do ensino básico. O número de filhos variava entre 1 e 4 (M= 1,95, DP=0,89), sendo 68% das crianças do género masculino e 32 % do género feminino, com média de idade de 7,39 anos (DP=1,43). Material 1/ Questionário de recolha de informações sócio demográficas, desenvolvido para este efeito e que privilegiou as variáveis idade, profissão escolaridade do pai, género, idade da criança e uso de fármacos. 2/ Escala de Envolvimento paterno, adaptada à população portuguesa por Simões, Leal & Maroco (2010) é um questionário composto por 19 itens que se distribuem por quatro dimensões: Cuidados, Disponibilidade, Presença e Disciplina. Visa compreender como os pais investem em diferentes dimensões do envolvimento e tarefas relacionadas com cuidados e educação dos filhos. O último item apresenta o formato de resposta com base em percentagens (0 a 100), destina-se a uma análise descritiva do envolvimento relativo, que possa ser ponderada com os resultados obtidos nos restantes itens. Com alpha de Cronbach de 0,85. 3/ Escala de Auto-Eficácia Parental (Leal, Duarte & Lopes, 2011), é uma escala de tipo Likert (1 a 5 pontos), constituída por quatro itens, cujas pontuações mais elevadas reflectem um maior nível de sentimento de auto-eficácia. Com um valor de alpha de Cronbach de 0,74. 4/ Escala de Conners Revista (forma reduzida) - versão para pais, adaptada à população portuguesa por Rodrigues (2003). É constituída por 27 itens, e possui uma ligação directa ao DSM-IV-TR, sendo possível, estabelecer uma correspondência entre os resultados da escala e os tipos de PHDA. O Índice de PHDA possui um alpha de Cronbach de 0,75, a escala de problemas cognitivos/desatenção de 0,84 e a escala excesso de actividade motora de 0,90. Desenho de Investigação O presente estudo apresenta um carácter observacional, comparativo e correlacional. Procedimento Para a recolha da amostra, pediu-se autorização à coordenadora do Núcleo de Psicologia do 6

7 ACES VI- Loures, à Directora do Serviço Saúde Mental Infantil e Juvenil do Hospital Stª. Maria e ao director de duas escolas do 1º ciclo do ensino básico do distrito de Lisboa. A todos os pais foi explicitado o objectivo do estudo e pedido o consentimento informado. Resultados Apresentamos os resultados de acordo com as questões de investigação que formulámos: 1ª Questão: Será que o grupo de pais de crianças com PHDA tem um maior envolvimento com os seus filhos do que o grupo de pais de crianças sem PHDA? Para compararmos os dois grupos nas respectivas subescalas e no total da escala do envolvimento paterno recorremos ao teste de t de Student. Verificámos que existem diferenças estatisticamente significativas (p 0,05) no total da escala [t (80) = 3,709, p = 0,000] e nas subescalas Disponibilidade [t (80) = 2,225, p = 0,029], Presença [t (80) = 2,618, p = 0,011] e Disciplina [t (80) = 2,464, p = 0,016], sendo que o grupo de pais de crianças com PHDA revela um maior envolvimento nestas dimensões, bem como um maior envolvimento total. Na subescala Cuidados não se verificaram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos [t (80) = 1,593, p = 0,115]. 2ª Questão: Será que o grupo de pais de crianças com PHDA tem um maior envolvimento relativo com os seus filhos do que o grupo de pais de crianças sem PHDA? Para comparar a percepção de envolvimento relativamente a diferentes figuras cuidadoras (Pai, mãe, familiares e professores), utilizou-se o t de Student para verificar se havia diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Verificámos a existência de diferenças estatisticamente significativas na percentagem de tempo que o inquirido [t (80) = 3,159, p = 0,002] e o respectivo conjugue passam com o filho [t (80) = -3,226, p = 0,002]: os pais de crianças com PHDA passam mais tempo com os filhos do que os pais de crianças sem PHDA, pois a percentagem de tempo que as crianças passam ao cuidado do conjugue (mãe) é superior. 3ªQuestão: Será que o grupo de pais de crianças com PHDA tem um maior sentimento 7

8 de auto-eficácia do que os do grupo de controlo? Aplicamos o teste t de Student, para aferir se existem diferenças estatisticamente significativas e verificámos a existência de uma diferença extremamente significativa [t (80) = -4,33, p = 0,000], o grupo de pais de crianças com PHDA tem uma percepção menos favorável da sua auto-eficácia do que os pais de crianças sem PHDA. 4ª Questão: Será que no grupo de pais de crianças com PHDA existem diferenças estatisticamente significativas entre o tipo de hiperactividade exibido pela criança e o envolvimento do pai? Para compararmos as médias dos três grupos de crianças com PHDA (tipo Desatento/Impulsivo/Misto), e como a dimensão dos grupos é inferior a 30 sujeitos, testámos a normalidade nos grupos (teste de Kolmogorov-Smirnov; Shapiro-Wilk) e a homogeneidade das variâncias (teste de Levene). A distribuição da amostra é normal em todas as dimensões da escala e no total do envolvimento paterno (dado p dos testes de normalidade ser > 0,05), à excepção da subescala Disponibilidade. Verificou-se homogeneidade em todas as subescalas e no total da escala do envolvimento paterno nos três grupos (dado o p do teste de levene ser > 0,05). Optou-se pela prova paramétrica Anova One-Way para todas as variáveis, com excepção da dimensão Disponibilidade em que se optou pelo uso do teste não paramétrico alternativo - Kruskal-Wallis. Os resultados não revelaram diferenças estaticamente significativas entre os três grupos nas subescalas e no total da escala de envolvimento paterno. 5ª Questão- Será que existe diferenças significativas entre o tipo de hiperactividade da criança e o sentimento de auto eficácia do pai? Verificados os pressupostos de normalidade nos grupos (teste de Kolmogorov- Smirnov; Shapiro-Wilk) e de homogeneidade de variâncias (teste de Levene), optámos pelo teste paramétrico ANOVA ONE-WAY, que revelou não existirem diferenças estaticamente significativas entre os três grupos (tipo de hiperactividade) no sentimento de auto-eficácia 8

9 [F(2)= 0,746, p=0,481]. 6ª Questão - Será que no grupo de pais de crianças com PHDA existe correlações significativas entre o envolvimento e o sentimento de auto-eficácia paterno? Os resultados do Coeficiente de Pearson revelam, que no grupo de pais de crianças com PHDA existe uma correlação significativa positiva moderada entre o envolvimento total e o sentimento de auto-eficácia: quanto maior o envolvimento total mais elevada a percepção de auto-eficácia (R = 0,416, p = 0,007). Existe uma correlação significativa, positiva forte entre a dimensão Disciplina e o sentimento de auto-eficácia, isto é, quanto maior é o envolvimento ao nível da Disciplina maior é o sentimento de auto-eficácia (R = 0,815, p = 0,000). Análise das correlações entre a escala de envolvimento paterno e o sentimento de auto eficácia e as variáveis sócio - demográficas (idade do pai, número de filhos e idade da criança) no grupo de pais de crianças com PHDA. Através do Coeficiente de Pearson verificou-se, que no grupo de pais de crianças com PHDA existe uma correlação significativa negativa fraca entre a idade do pai e a Dimensão Cuidados, ou seja, constatou-se que quanto maior a idade do pai, menor o envolvimento com a criança ao nível dos Cuidados (R = -0,311, p = 0,048). No outro grupo existe uma correlação significativa negativa fraca entre a idade da criança e a dimensão Disponibilidade, verificando-se que quanto maior a idade da criança menor o envolvimento ao nível da disponibilidade (R = -0,314, p = 0,045), ao contrário a correlação é significativa positiva com o envolvimento ao nível da disciplina, ou seja quanto maior a idade da criança maior o envolvimento dos pais ao nível da disciplina (R = -0,355, p = 0,023). Análise das correlações entre a escala de envolvimento paterno o sentimento de auto eficácia e a variável sócio- demográfica escolaridade do pai, no grupo de pais de crianças com PHDA. Os resultados da Correlação de Spearman indicam que, existe uma correlação significativa positiva fraca entre a disciplina e a escolaridade do pai (R = 0,329, p = 0,035). Quanto maior a 9

10 escolaridade maior o envolvimento com a criança, ao nível da disciplina. O grupo de pais de crianças sem PHDA não apresenta quaisquer correlações estatisticamente significativas. Discussão dos resultados Na dimensão Cuidados, o pai continua a não ser a primeira figura na prestação dos cuidados à criança em ambos os grupos, o que vai de encontro aos estudos efectuados na população portuguesa (Wall, 2010, Monteiro et al, 2006, Torres 2004; Simões, 2010). Assim, os dados obtidos vão no sentido de que é, ainda a mãe, que presta cuidados nos dois grupos. Na escala total do envolvimento paterno os pais de crianças com PHDA, independentemente do tipo de hiperactividade exibida pela criança, têm um maior envolvimento, desempenhando um papel mais presente, mais disponível e disciplinador na vida dos seus filhos, passando mais tempo com a criança o que nos pode indicar que, dado o comportamento da criança, os pais podem experienciar uma maior motivação para estarem envolvidos com os seus filhos (Lamb, 1992). Comparativamente, o grupo de controlo têm uma participação mais limitada na vida das crianças, passam menos tempo e estão menos envolvidos. O pai da criança com PHDA têm uma percepção menos favorável da sua auto eficácia, quando, comparados com os do grupo de controlo, aspecto que é corrobado pelos estudos de Cunningham e Boyle, (2002). Verifica-se existir uma relação entre envolvimento paterno e sentimento de auto-eficácia no grupo de pais com crianças PHDA, pois, quanto maior é o envolvimento total, maior o sentimento de auto-eficácia, aspecto corroborado pelo estudo de Jacobs e Kelly (2006). Constata-se que quanto maior o envolvimento paterno na dimensão disciplina, maior o sentimento de auto-eficácia do pai. Apuramos, que o tipo de hiperactividade não está relacionado com o sentimento de auto-eficácia paterno já que, independentemente do comportamento da criança, os pais sentem-se mais auto-eficazes e envolvidos com os filhos. Entre a percentagem de tempo e a escolaridade dos pais dos dois grupos, revelou-se não existir correlação significativa entre estas variáveis. O mesmo se verificou entre a 10

11 percentagem de tempo, a auto-eficácia e variáveis sócio-demográficas. Os resultados obtidos indicam que, quanto maior a idade do pai de criança com PHDA, menor o seu envolvimento nos cuidados a prestar à criança e que quanto maior a escolaridade deste, maior o seu envolvimento com a criança ao nível da disciplina. Em estudos futuros, seria importante analisar a Profissão da mãe e a personalidade do pai, já que investigações apontam que o grau de envolvimento paterno pode ser afectado por estas variaveis (Lamb, Pleck, Charnov & Levine, 1987; Caspi e Shine, 2005). Como limitações salientamos, o número da nossa amostra ser pequena e o facto de termos concentrado a recolha da nossa amostra numa zona geográfica urbana. Podemos constatar que a par de um paradigma emergente de uma nova noção de paternidade, coexiste uma visão tradicional em que o pai não assume, ainda, o papel de prestador de cuidados dos seus filhos. Face a uma criança com perturbação de comportamento, independentemente do tipo da perturbação, os pais envolvem-se mais sobretudo na aplicação da disciplina, o que os faz sentirem-se mais auto-eficazes. Referências Adamsons, K., O`Brien, M., & Pasley, K. (2007). An ecological approach to father involvement in biological and stepfather families. Fathering, 5 (2), American Psychiatric Association (2002). Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV-TR, 4ª Edição Texto Revisto). Lisboa: Climepsi Editores (versão original, 2000). Balancho, L. (2004). Ser pai: transformações intergeracionais na paternidade. Análise Psicológica, 2 (22), Bandura, A. (1986). Social foundations of thought and action: A social-cognitive theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall. Bandura, A. (1997). Self-Efficacy: The exercise of Control. New York: W. H. Freeman Cabrera, N. J., Shannom, J. D., & Tamis-Lemonda, C. (2007). Father`s influence on their children`s and emotional development: From toddlers to pre-k. Applied Development Science, 11(4), Caspi, A., Roberts, B. W., & Shiner, R. L. (2005). Personality development: Stability and 11

12 change. Annual Review of Psychology, 56, Coleman, P. K., & Karraker, K. H. (2000). Parenting self-efficacy among mothers of schoolage children: Conceptualization, measurement, and correlates. Family Relations, 49, Cunningham, E., Boyle, H., (2002). Preschoolers at risk for attention-deficit hyperactivity disorder and oppositional defiant disorder: family, parenting, and behavioural correlates. Journal of Abnormal Child Psychology, 30(6), Dewolf, N., Byrne, J. M., & Bawden, H. N. (2000). Adhd in preschool children: parent- rated psychosocial correlates. Developmental Medicine and Child Neurology, 42 (12), Jacobs, J. N., & Kelley, M. L. (2006). Predictors of paternal involvement in childcare in dualearner families with young children. Fathering, 4(1), Lamb, M, E. (1992). O papel do pai em mudança. Análise Psicológica, 1(10), Lamb, M. E., Pleck, J. H., Charnov, E. L., & Levine, J. A. (1987). A biosocial perspective on paternal behavior and involvement. In, J. B. Lancaster, J. Altmann, A. S. Rossi, & L. R. Sherrod (Eds.), Parenting across the lifespan: Biosocial perspectives (pp ). New York: Aldine de Gruyter. Monteiro, L., Veríssimo, M., Castro, R., & Oliveira, C. (2006). Partilha da responsabilidade parental. Realidade ou expectativa? Psychologica, 42, Pleck, J. H., & Masciadrelli, B. P. ( 2004). Paternal involvement by U.S. residential fathers. Levels, sources, and consequences. In M. E. Lamb (Ed.), The role of the father in child development (pp ). Hoboken, NJ: Jonh Wiley and Sons. Radin, N. (1994). Primary-caregiving fathers in intact families. In, A. E. Gottfried, & A. W. Gottfried (Eds.), Redefining families: Implications for children s development (pp.11-54). New York: Plenum Press. Salgueiro, E. (2005). Revisitando a hiperactividade. Revista Portuguesa de Pedopsiquiatria, 20, Simões, R., Leal, I., & Maroco, J. (2010). Envolvimento paterno de pais de crianças em idade escolar. In I. Leal, & P. Ribeiro (Eds.), Psicologia da saúde: Sexualidade, Género e Saúde (pp ). Lisboa: Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Torres, A. (2004). Vida conjugal e o trabalho. Uma perspectiva sociológica. Oeiras: Celta Wall, K., Aboim, S., & Cunha, V. (2010). A vida familiar no masculino: Negociando velhas e novas masculinidades. Lisboa: Comissão Para a Igualdade no Trabalho e no Emprego. 12

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