Padrão do Seafood Watch para atividades pesqueiras

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Padrão do Seafood Watch para atividades pesqueiras"

Transcrição

1 1 Padrão do Seafood Watch para atividades pesqueiras Índice Índice... 1 Introdução... 2 Princípios norteadores do Seafood Watch... 3 Metodologia de critérios e pontuações do Seafood Watch para atividades pesqueiras... 5 Critério 1 Impactos na espécie avaliada... 6 Fator 1.1 Abundância... 6 Fator 1.2 Mortalidade por pesca Critério 2 Impactos em outras espécies de captura Fator 2.1 Abundância Fator 2.2 Mortalidade por pesca Fator 2.3 Fator de modificação: descartes e uso de isca Critério 3 Eficácia da gestão Fator 3.1 Estratégia e implementação de gestão Fator 3.2 Estratégia para captura incidental Fator 3.3 Pesquisa científica e monitoramento Fator 3.4 Aplicação dos regulamentos de gestão Fator 3.5 Inclusão de partes interessadas Critério 4 Impactos no habitat e no ecossistema Fator 4.1a Impacto físico do petrecho de pesca no habitat/substrato Fator 4.1b Fator de modificação: mitigação dos impactos por petrecho Fator 4.2 Gestão da atividade pesqueira baseada em ecossistema Pontuação geral e recomendação final Glossário Referências Apêndices Apêndice 1 Orientações sobre como interpretar a saúde dos estoques e a mortalidade por pesca Apêndice 2 Matriz dos impactos da captura incidental por tipo de petrecho Apêndice 3 Estratégias de gestão apropriadas Apêndice 4 Abordagens de redução da captura incidental Apêndice 5 Impacto do petrecho de pesca no substrato Apêndice 6 Tabela de modificação de petrechos de fundo Apêndice 7 Métodos de avaliação com dados limitados Apêndice 8 Histórico de revisão do documento Referências dos apêndices... 94

2 2 Introdução O Monterey Bay Aquarium tem o compromisso de inspirar a conservação dos oceanos. Para esse fim, o Seafood Watch, um programa do Monterey Bay Aquarium, pesquisa e avalia o impacto ambiental de produtos de aquicultura e pesca selvagem e compartilha recomendações relativas a peixes e frutos do mar com o público e outras partes interessadas de várias formas, incluindo guias de bolso do Seafood Watch específicos a regiões, aplicativos para smartphone e online em Este documento apresenta o Padrão do Seafood Watch para atividades pesqueiras, aprovado em 30 de setembro de 2015 pelo Seafood Watch Multi-Stakeholder Group, com pequenas modificações aprovadas pelo grupo em 4 de outubro de O Padrão possibilita a avaliação da sustentabilidade relativa da pesca selvagem de acordo com a ética conservacionista do Monterey Bay Aquarium. Ele inclui textos com dados históricos e fundamentação explicando como as conclusões e os valores do Seafood Watch se refletem nos cálculos e opções de pontuação. As fontes das operações aquícolas são avaliadas em outro padrão. O Padrão para aquicultura e o Padrão para atividades pesqueiras, além do nosso processo de avaliação, avaliações e recomendações, estão disponíveis em A versão do Padrão aprovada em 30 de setembro de 2015 foi utilizada para todas as avaliações relativas à pesca selvagem a partir de 1º de janeiro de 2016, e a versão aprovada em 4 de outubro de 2016 será utilizada para todas as avaliações relativas à pesca selvagem a partir de 1º de janeiro de O Padrão consiste em: 1. Princípios norteadores definidos 2. Critérios de desempenho baseados na ciência que são revisados periodicamente conforme as informações de especialistas em pesca 3. Uma metodologia robusta e objetiva de pontuação que resulta em uma avaliação transparente da operação de pesca selvagem em relação aos critérios de desempenho O Padrão do Seafood Watch para atividades pesqueiras é usado para produzir avaliações da pesca selvagem que resultam em uma classificação do Seafood Watch de Melhor opção (verde), Boa alternativa (amarelo) ou Evitar (vermelho). O Seafood Watch utiliza os critérios de avaliação para determinar uma pontuação numérica final, bem como subpontuações numéricas e classificações por cores para cada critério. Essas pontuações se traduzem em uma classificação final por cores do Seafood Watch, de acordo com a metodologia descrita na tabela abaixo. A tabela também descreve como o Seafood Watch define cada uma dessas categorias. As descrições narrativas de cada categoria de classificação por cores do Seafood Watch e os princípios norteadores relacionados abaixo compõem a estrutura de trabalho na qual os critérios se baseiam e devem ser considerados ao comentar qualquer aspecto do critério. Melhor opção Pontuação final > 3,2, e o critério 1 ou critério 3 (ou ambos) é verde, e não há critério vermelho nem pontuações Críticas Peixes e frutos do mar capturados na natureza e criados em viveiros na lista de Melhor opção são ecologicamente sustentáveis, bem manejados e capturados ou criados de modos que causam pouco ou nenhum dano aos habitats ou a outros animais selvagens. Essas operações seguem todos os nossos princípios norteadores.

3 3 Boa alternativa Evitar Pontuação final > 2,2 e, no máximo, um critério vermelho, nenhuma pontuação Crítica e não satisfaz os critérios de Melhor opção (acima) Pontuação final 2,2, ou dois ou mais critérios vermelhos, ou uma ou mais pontuações Críticas. Peixes e frutos do mar capturados na natureza e criados em viveiro na lista de Boa alternativa não podem ser considerados completamente sustentáveis atualmente. Eles seguem a maioria dos princípios norteadores, mas há uma preocupação com conservação que necessita de aprimoramento substancial, ou há uma incerteza significativa associada com os impactos dessas operações de pesca ou aquicultura. Peixes e frutos do mar capturados na natureza ou criados em viveiro na lista de Evitar são capturados ou criados de formas que apresentam um alto risco de causar danos significativos ao meio ambiente. Eles não seguem nossos princípios norteadores e são considerados insustentáveis devido a uma preocupação com conservação Crítica, ou várias áreas que necessitam de aprimoramento. Princípios norteadores do Seafood Watch O Seafood Watch define peixes e frutos do mar sustentáveis como os peixes e frutos do mar de fontes, sejam de captura ou criação, que podem manter ou aumentar a produção sem colocar em risco a estrutura e a função dos ecossistemas afetados. A pesca de captura selvagem sustentável: 1. Segue os princípios da gestão de atividades pesqueiras baseada em ecossistema A atividade pesqueira é manejada para garantir a integridade de todo o ecossistema, em vez de focar apenas na manutenção da produtividade de um único estoque de espécie. Na medida do possível, com base nos conhecimentos científicos atuais, as interações ecológicas afetadas atividade pesqueira pesca são compreendidas e protegidas, e a estrutura e a função do ecossistema são mantidas. 2. Garante que todos os estoques afetados 1 sejam saudáveis e abundantes A abundância, tamanho, sexo, idade e estrutura genética da espécie principal afetada pela pesca (não limitados à espécie visada) são mantidos em níveis que não prejudicam o recrutamento ou a produtividade de longo prazo dos estoques ou o cumprimento de sua função no ecossistema e na cadeia alimentar. A abundância da espécie principal afetada pela atividade pesqueira deve variar em torno de níveis que viabilizem a produção de longo prazo do rendimento máximo sustentável. Uma maior abundância será necessária no caso de espécies forrageiras, para que a espécie possa cumprir sua função ecológica. 3. Captura todas as espécies afetadas em níveis sustentáveis A mortalidade da espécie principal afetada pela atividade pesqueira deve ser apropriada de acordo com a abundância atual e a resiliência inerente à pesca considerando a incerteza científica, a incerteza de gestão e os impactos não relacionados a atividades pesqueiras, como a degradação do habitat. 1 Estoques afetados incluem todos os estoques afetados pela atividade pesqueira, não importando se se trata do estoque visado ou de captura incidental, nem se são mantidos ou descartados no final.

4 4 A mortalidade cumulativa por pesca sofrida pela espécie afetada deve estar em um nível, ou abaixo, que produza rendimento máximo sustentável para a pesca de uma única espécie, no caso de espécies típicas que estão nos níveis pretendidos. A mortalidade por pesca pode ter que estar abaixo do nível que produza rendimento máximo sustentável em determinados casos, como espécies forrageiras, pesca de várias espécies, espécies de alta vulnerabilidade ou pesca com alto grau de incerteza. Para as espécies que estiverem em depleção abaixo dos níveis pretendidos, a mortalidade por pesca deverá estar até um nível que possibilite que a espécie recupere a abundância pretendida. 4. Minimiza a captura incidental O Seafood Watch define captura incidental como toda mortalidade ou ferimento relacionado à pesca que não seja captura retida. Os exemplos incluem descartes, captura de espécies ameaçadas ou em perigo, mortalidade pré-captura e pesca fantasma. Todos os descartes, inclusive aqueles soltos com vida, são considerados captura incidental, a menos que haja evidência científica válida de alta taxa de sobrevivência após a soltura e não haja evidência documentada de impactos negativos no nível populacional. A atividade pesqueira otimiza a utilização de recursos marinhos e de água doce minimizando a perda após a colheita e usando os recursos marinhos e de água doce de forma eficaz como isca. 5. Causa, no máximo, um impacto insignificante em qualquer espécie ameaçada ou protegida A atividade pesqueira evita a captura de qualquer espécie ameaçada, em perigo ou protegida (ETP, threatened, endangered or protected). Se qualquer espécie ETP for capturada inadvertidamente, a atividade pesqueira garante e pode demonstrar que não há um impacto mais do que insignificante nessas populações. 6. A atividade pesqueira é manejada para sustentar a produtividade de longo prazo de todas as espécies afetadas A gestão deve ser apropriada à resiliência inerente da vida marinha ou de água doce afetada e deve incorporar dados suficientes para avaliar a espécie afetada e manejar a mortalidade por pesca para garantir pouco risco de depleção. Medidas devem ser implementadas e aplicadas para garantir que a mortalidade por pesca não ameace a produtividade de longo prazo ou a função ecológica de nenhuma espécie no futuro. A estratégia de gestão tem uma grande chance de prevenir declínios na produtividade de estoque levando em conta o nível de incerteza, outros impactos no estoque e o potencial para uma maior pressão no futuro. A estratégia de gestão previne com eficácia os impactos populacionais negativos nas espécies de captura incidental, principalmente as espécies preocupantes. 7. Evita impactos negativos na estrutura, função ou respectiva biota dos habitats aquáticos nos quais a pesca ocorre A pesca não afeta desfavoravelmente a estrutura física do fundo do mar ou das comunidades biológicas associadas.

5 5 Se petrechos de alto impacto (por exemplo, redes de arrasto, dragas) forem usados, os habitats do fundo do mar vulneráveis (por exemplo, corais, montanhas submarinas) não são pescados e os possíveis danos ao fundo do mar são mitigados com proteção espacial substancial, modificações no petrecho e/ou outros métodos altamente eficazes. 8. Mantém a função trófica de toda a vida aquática Todos os estoques são mantidos em níveis que possibilitam o cumprimento da função ecológica e a manutenção de um ecossistema funcional e cadeia alimentar, de acordo com os mais avançados conhecimentos científicos disponíveis. 9. Não causa mudanças ecológicas prejudiciais, como redução de populações de predadores dependentes, cascatas tróficas ou alterações de fase As atividades pesqueiras não devem resultar em mudanças prejudiciais, como a depleção de predadores dependentes, cascatas tróficas ou alterações de fase. Isso pode exigir a pesca de determinadas espécies (por exemplo, espécies forrageiras) bem abaixo do rendimento máximo sustentável e a manutenção das populações dessas espécies bem acima da biomassa que produz o rendimento máximo sustentável. 10. Garante que quaisquer atividades de aprimoramento e atividades pesqueiras em estoques avançados não afetem negativamente a diversidade, abundância, produtividade ou integridade genética dos estoques selvagens Quaisquer atividades de aprimoramento são conduzidas em níveis que não afetam negativamente os estoques selvagens com a redução da diversidade, abundância ou integridade genética. A gestão da atividade pesqueira que visa estoques avançados garante que não haja impactos negativos nos estoques selvagens, de acordo com os princípios norteadores descritos acima, como resultado da atividade pesqueira. As atividades de aprimoramento não afetam negativamente o ecossistema com a competição dependente de densidade ou quaisquer outros meios, de acordo com os mais avançados conhecimentos científicos disponíveis. Metodologia de critérios e pontuações do Seafood Watch para atividades pesqueiras A pesca de captura selvagem sustentável deve garantir que a abundância de espécies capturadas incidentalmente e visadas seja mantida, no longo prazo, em níveis que possibilitem que as espécies cumpram sua função ecológica*, mantendo também a estrutura, produtividade, função e diversidade do habitat e do ecossistema. Deve haver um sistema de gestão em vigor que aplique todas as leis locais, nacionais e internacionais para garantir a produtividade do recurso e a integridade do ecossistema no longo prazo, seguindo uma abordagem preventiva e reagindo a mudanças nas circunstâncias. Escopo As recomendações do Seafood Watch se aplicam a um único estoque ou espécie capturado em uma única atividade pesqueira conforme definida pelo tipo de petrecho, região e órgão gestor.

6 6 Critério 1 Impactos na espécie avaliada Visão geral O Critério 1 é usado para a pontuação dos impactos da atividade pesqueira no estoque avaliado. Ele incorpora a abundância atual do estoque (ou seja, se está sendo sobre-explotado) e a mortalidade por pesca (ou seja, se a sobre-explotação está ocorrendo). A combinação das pontuações de abundância e mortalidade por pesca determina a pontuação do Critério 1. Esses fatores são inerentemente complexos, visto que levam em conta diversas considerações, incluindo não apenas a abundância e a mortalidade por pesca, como também a vulnerabilidade inerente à espécie (que engloba sua produtividade e susceptibilidade à pesca), a incerteza na avaliação do estoque e outros dados usados para determinar a abundância e a mortalidade por pesca, e até que ponto a atividade pesqueira avaliada é um dos contribuidores substanciais da mortalidade cumulativa por pesca (inclusive a pesca comercial, recreativa, de subsistência e fantasma) sofrida por uma espécie. Princípios norteadores Garantir que todos os estoques afetados sejam saudáveis e abundantes. Abundância, tamanho, sexo, idade e estrutura genética devem ser mantidos em níveis que não afetem a produtividade do estoque em longo prazo ou o cumprimento de sua função no ecossistema e na cadeia alimentar. Capturar todas as espécies afetadas em níveis sustentáveis. A mortalidade por pesca deve ser apropriada de acordo com a abundância atual e a vulnerabilidade inerente à pesca, levando em consideração a incerteza científica, a incerteza da gestão e os impactos não relacionados à atividade pesqueira, como a degradação do habitat. A mortalidade cumulativa por pesca sofrida pela espécie afetada deve estar em um nível, ou abaixo, que produza rendimento máximo sustentável para a atividade pesqueira de uma única espécie, no caso de espécies típicas que se encontram nos níveis pretendidos. A mortalidade por pesca pode ter que estar abaixo do nível que produz rendimento máximo sustentável em determinados casos, como a atividade pesqueira de várias espécies, de espécies de alta vulnerabilidade ou a atividade pesqueira com alto grau de incerteza. Para as espécies que estiverem em depleção abaixo dos níveis pretendidos, a mortalidade por pesca deverá estar a um nível (ou abaixo deste) que possibilite que a espécie recupere a abundância pretendida. Instruções de avaliação Avalie os Fatores conforme o Critério 1 para determinar a pontuação do estoque para o qual você deseja obter uma recomendação. Avalie os Fatores conforme o Critério 2 para determinar a pontuação de todas as outras espécies principais na atividade pesqueira, inclusive as espécies de captura incidental e retidas, bem como quaisquer espécies sobre-explotadas, em depleção, ameaçadas, em perigo ou outras espécies preocupantes que sejam capturadas regularmente na atividade pesqueira. Fator 1.1 Abundância Objetivo: a abundância do estoque e a estrutura de tamanho das espécies nativas são mantidas em um nível que não afete o recrutamento ou a produtividade Visão geral: o Fator 1.1 determina a pontuação da abundância da espécie avaliada, inclusive se está acima ou abaixo do limite e dos pontos de referência pretendidos, se conhecidos, ou classificada

7 7 como sobre-explotada, ameaçada ou em perigo de extinção. Quando uma classificação ou avaliação de estoque relativa ao ponto de referência não estiver disponível, a pontuação do Fator 1.1 será determinada com base na vulnerabilidade inerente à espécie e, opcionalmente, no uso de certos métodos apropriados de avaliação com dados limitados. A pontuação do Fator 1.1, combinada com o Fator 1.2 (que avalia a mortalidade por pesca), determina a pontuação do Critério 1 Impacto na espécie avaliada. Determine a pontuação de acordo com a tabela abaixo. Em casos de abundância desconhecida, calcule a vulnerabilidade inerente usando a Análise de produtividade e susceptibilidade (MSC 2014) descrita abaixo desta tabela e na Tabela Tabela Preocupação com a conservação Muito baixa Baixa Descrição 1. a. Há uma avaliação ou atualização de estoque recente que foi aprovada por meio de um processo de revisão científica robusta feita por colegas E b. A biomassa foi estimada como sendo acima ou variando em torno de um ponto de referência alvo (que é apropriado de acordo com a função ecológica da espécie) sem controvérsia científica OU 2. O estoque já alcançou ou está bem perto de alcançar sua alta histórica ou biomassa virgem. OU 3. A espécie não é nativa 1. Há uma avaliação quantitativa do estoque, que não tem mais de 10 anos E a biomassa: a. está acima de um ponto de referência limite que é apropriado de acordo com a função ecológica da espécie, e pelo menos 75% do ponto de referência alvo. (ou seja, a biomassa pode estar abaixo de um ponto de referência alvo); ou b. está estimada como acima de um ponto de referência alvo (que seja apropriado de acordo com a função ecológica da espécie), mas não atende a todos os requisitos para preocupação muito baixa OU 2. Não há avaliação quantitativa do estoque, mas a. a espécie NÃO é altamente vulnerável 2 (consulte a Tabela 1.1.2), E b. há pelo menos 2 métodos apropriados de avaliação com dados Pontuação 5 3,67 2 Consulte as Instruções para a análise de produtividade e susceptibilidade (abaixo) para determinar a vulnerabilidade

8 8 Moderada limitados, baseados em fontes de dados distintas, que sugerem que o estoque está saudável, e não há indicadores conflitantes 3 (consulte o Apêndice 7) 1. A espécie está acima de um ponto limite de referência, mas abaixo de 75% do ponto de referência alvo OU 2. A espécie NÃO é altamente vulnerável 2 (consulte a Tabela 1.1.2) E a. Não há avaliação do estoque, pontos de referência e/ou evidência para sugerir que o estoque esteja acima ou abaixo dos pontos de referência; ou b. Não há informações conflitantes sobre o status do estoque (por exemplo, resultados conflitantes de modelos alternativos); desacordos recentes (com não mais do que 10 anos e não baseados em dados mais antigos do que a avaliação do estoque) entre a lista da IUCN e a avaliação do estoque; ou conclusões conflitantes de métodos de avaliação com dados limitados disponíveis 3 ) (consulte o Apêndice 7) e não há motivos claros para sugerir que um conjunto de informações seja mais válido 2,33 OU 3. Não há uma avaliação quantitativa de estoque, mas há alguns dados que indicam que o status não é preocupante, por exemplo, a. O estoque é classificado pelo órgão gestor como não sobre-explotado ou tem um status de "menos preocupante" da IUCN, OU b. A espécie É altamente vulnerável 4 (consulte a Tabela 1.1.2), mas há pelo menos dois métodos apropriados de avaliação com dados limitados baseados em fontes de dados distintas que sugerem que o estoque está saudável e nenhum indicador é conflitante 5 (consulte o Apêndice 7) 3 As orientações sobre os métodos apropriados de avaliação com dados limitados serão elaboradas futuramente. Por enquanto, o Apêndice 7 é fornecido somente para ilustrar exemplos, e esses indicadores e limiares não devem ser considerados apropriados para todas as atividades pesqueiras. Dados e avaliações a serem fornecidos pelos pescadores e verificados por especialistas. 4 Consulte as Instruções para a análise de produtividade e susceptibilidade (abaixo) para determinar a vulnerabilidade 5 As orientações sobre os métodos apropriados de avaliação com dados limitados serão elaboradas futuramente. Por enquanto, o Apêndice 7 é fornecido somente para ilustrar exemplos, e esses indicadores e limiares não devem ser considerados apropriados para todas as atividades pesqueiras. Dados e avaliações a serem fornecidos pelos pescadores e verificados por especialistas.

9 9 Alta 1. É provável que o estoque esteja abaixo do ponto limite de referência, em depleção/sobre-explotado ou determinado como sendo um estoque preocupante, vulnerável, ameaçado ou em perigo por um órgão científico estatual, nacional ou internacional (incluindo designações do COSEWIC de Ameaçado ou Em perigo e na lista da IUCN de Criticamente em perigo, Em perigo, Vulnerável ou Quase ameaçado; entretanto, dados mais específicos à região/ao estoque ou mais recentes podem substituir essas determinações); OU 2. Método(s) apropriado(s) de avaliação com dados limitados disponível(is) (consulte o Apêndice 7) sugere(m) que o status do estoque é insatisfatório, OU 1 3. A espécie é altamente vulnerável 2 (consulte a Tabela 1.1.2) E a. nenhuma evidência sugere que o estoque esteja acima ou abaixo dos pontos de referência; ou b. os dados disponíveis, incluindo métodos apropriados de avaliação com dados limitados 3 (consulte o Apêndice 7), apresentam resultados conflitantes Instruções para a análise de produtividade e susceptibilidade (para determinar a vulnerabilidade) Para determinar se uma espécie é altamente vulnerável (apenas se necessário para a classificação da espécie usando a tabela acima): Se a espécie for de tubarão, tartaruga marinha, ave marinha, mamífero marinho ou coral, será automaticamente considerada como tendo vulnerabilidade inerentemente alta. A pontuação de alta vulnerabilidade padrão para esses táxons pode ser atualizada nos casos em que haja evidência de que o status da população não é altamente preocupante. Para peixes teleósteos e espécies de invertebrados, determine a pontuação de vulnerabilidade inerente de acordo com o método de PSA descrito abaixo, adaptado do Marine Stewardship Council (MSC) 2014 (disponível em Os atributos de produtividade usados nessa metodologia diferem para peixes e espécies de invertebrados. Quando os dados forem insuficientes para determinar a pontuação para qualquer atributo de produtividade, esse atributo poderá ser deixado em branco. Aos atributos de susceptibilidade são atribuídos valores padrão caso os dados sejam insuficientes para a pontuação (consulte as tabelas abaixo). Etapas adaptadas das instruções do MSC para a condução de uma PSA (para referência, consulte a descrição que começa na página 87 do documento MSC Fisheries Certification Requirements v2.0- Requisitos de certificação do MSC para atividades pesqueiras) 1. O analista usará a ferramenta de pontuação de PSA do SFW para calcular as pontuações de produtividade e susceptibilidade

10 10 2. Para cada combinação de estoque com dados deficientes (tipo de petrecho, localização, corpo d'água) avaliada usando a PSA, uma pontuação de PSA separada será calculada com essa ferramenta. A pontuação de produtividade e susceptibilidade será determinada em uma escala de risco de três níveis: baixo, médio e alto. Quando houver informações limitadas ou conflitantes para um atributo de produtividade ou susceptibilidade, use uma pontuação mais cautelosa (um valor mais alto). 3. Para produtividade: consulte a tabela de produtividade para obter orientações. Observe que uma produtividade mais baixa corresponde a um risco mais alto (e vice-versa). Veja as informações adicionais abaixo para certos atributos: o Determine a pontuação do tamanho máximo médio e do tamanho médio na maturidade somente para espécies de peixes. o Determine a pontuação de dependência de densidade somente para espécies de invertebrados. 4. Para susceptibilidade: consulte a tabela de susceptibilidade para obter orientações. Observe que uma susceptibilidade mais baixa corresponde a um risco mais baixo (e vice-versa). Veja as informações adicionais abaixo para certos atributos: o A pontuação de sobreposição de área e sobreposição vertical deve ser determinada levando em consideração todas as atividades de atividades pesqueiras que afetam a espécie. o A pontuação de seletividade e mortalidade pós-captura deve ser determinada com referência somente à atividade pesqueira avaliada. o Valores padrão são indicados na tabela. Os valores padrão devem ser usados, a menos que haja evidência que indique o contrário. o Para mortalidade pós-captura (PCM), na ausência de dados observáveis ou outras observações em campo verificadas durante operações de pesca comercial que indiquem que os indivíduos são soltos com vida e a taxa de sobrevivência após a soltura é alta, o valor padrão deverá ser alto. O analista pode ajustar o valor padrão quando 1) uma pontuação alta for alocada para seletividade e 2) uma grande parte dos animais for devolvida com vida e sobreviver após a soltura. 5. Para calcular a pontuação geral: o Pontuação de produtividade (P) = média das pontuações de atributo de produtividade (p1, p2, p3, p4, p5, p6, p7 e p8, sendo que p8 é usado somente para invertebrados) o Pontuação de susceptibilidade (S)= produto das pontuações de atributo de susceptibilidade (s1, s2, s3, s4), recalculada da seguinte forma: (s1 s2 s3 s4) 1 S = [ ] o Pontuação de vulnerabilidade (V) = a distância euclidiana de 1 e 2 usando a seguinte fórmula: V = P 2 + S 2 6. Faixa de pontuação de vulnerabilidade: o < 2,64 = Vulnerabilidade baixa o 2,64 e 3,18 = Vulnerabilidade média o > 3,18 = Vulnerabilidade alta

11 11 7. O SFW usa o limiar de vulnerabilidade alta na tabela de pontuação de 1.1 (agrupando com eficiência os estoques de vulnerabilidade baixa e média). 8. Resultados da PSA de vulnerabilidade baixa a moderada podem ser atualizados para uma pontuação de vulnerabilidade alta nos casos em que: o a espécie tem um ou mais atributos de vulnerabilidade extrema em produtividade (por exemplo, produz menos do que dez juvenis por ano ou vive mais do que 40 anos), OU o evidências disponíveis sugerem uma alta preocupação com o status de espécies semelhantes e/ou estoques vizinhos relacionados Tabela 1.1.2a. Atributos e classificações de produtividade do Marine Stewardship Council 2014: Atributo de produtividade Produtividade alta (baixo risco, Produtividade média (médio risco, Produtividade baixa (alto risco, pontuação = 3) pontuação = 1) pontuação = 2) Média de idade na < 5 anos 5 a 15 anos > 15 anos maturidade Média de idade máxima < 10 anos 10 a 25 anos > 25 anos Fecundidade > ovos por ano 100 a ovos < 100 ovos por ano Tamanho máximo médio (não deve ser usado para a pontuação de espécies de invertebrados) Tamanho médio na maturidade (não deve ser usado para a pontuação de espécies de invertebrados) Estratégia reprodutiva por ano < 100 cm 100 a 300 cm > 300 cm > 40 cm 40 a 200 cm > 200 cm Peixes que liberam gametas no ambiente Espécies demersais que depositam ovos ou fazem ninhos Nível trófico < 2,75 2,75 a 3,25 > 3,25 Dependência de densidade (usada somente para a pontuação de espécies de invertebrados) Dinâmica compensatória em população baixa comprovada ou provável Sem dinâmica depensatória ou compensatória comprovada ou provável Qualidade do habitat O habitat é robusto, sem degradação conhecida por impactos não relacionados a atividades pesqueiras. O habitat foi alterado moderadamente por impactos não relacionados à pesca Espécies vivíparas Dinâmica depensatória em população baixa (Efeito de Allee) comprovada ou provável O habitat foi substancialmente comprometido por impactos não relacionados a atividades pesqueiras e, portanto, tem capacidade reduzida de sustentar as espécies, por exemplo, devido a represas, poluição ou desenvolvimento costeiro.

12 12 Tabela 1.1.2b. Atributos e classificações de susceptibilidade do Marine Stewardship Council 2014: Atributo de S baixa (pontuação = 1) S média (pontuação = 2) S alta (pontuação = 3) susceptibilidade Sobreposição de área (Considerando todas as atividades de pesca) > 30% da concentração das espécies é explotada, considerando todas as atividades pesqueiras. Sobreposição vertical (Considera todas as atividades pesqueiras) Seletividade da pesca (Específico para a atividade pesqueira avaliada) A grande maioria (> 90%) da concentração das espécies (faixa geográfica principal) não é explotada (considerando todas as atividades pesqueiras) (deve haver evidência) Baixa sobreposição entre as profundidades de pesca e a faixa de profundidade da espécie, ou seja, a maior parte da faixa de profundidade da espécie (>= 66%) não é explotada (considerando todas as atividades pesqueiras) (Deve haver evidência; improvável para qualquer espécie principal ) A espécie não é visada E é improvável que seja capturada por petrecho (por exemplo, o tamanho corporal médio na maturidade é menor do que o tamanho da rede (pesca com rede) ou a espécie não é atraída pela isca usada (pesca com linha) ou é grande demais para entrar em uma armadilha (pesca com armadilha/covo) etc. (se conhecida, < 33% dos indivíduos dessa espécie que se deparam com petrecho são capturados) Deve haver evidência A maioria (70% a 90%) da concentração das espécies não é explotada por qualquer atividade pesqueira (deve haver evidência) Sobreposição média entre as profundidades de pesca e a faixa de profundidade da espécie, considerando todas as atividades pesqueiras, ou seja, a espécie tem uma parte considerável (>= 33%) de faixa de profundidade que não é explotada (deve haver evidência) A espécie é visada ou é incidentalmente encontrada E é improvável que escape do petrecho, MAS condições de alto risco não se aplicam Pontuação padrão quando as condições de alto risco não se aplicam A pontuação padrão é desconhecida Alto grau de sobreposição entre as profundidades de pesca e a faixa de profundidade da espécie Pontuação padrão da espécie visada, bem como de qualquer animal que respire ar, ou quando desconhecida A espécie é visada ou é incidentalmente encontrada E Os atributos da atividade pesqueira, em combinação com a biologia ou comportamento da espécie como, por exemplo gargalos migratórios, agregação de reprodução, fidelidade ao local, atração incomum a petrecho, hermafrodita sequencial, semelparidade, segregação por sexo etc. aumentam sua susceptibilidade ao petrecho: por exemplo, o tamanho da rede possibilita a retenção de indivíduos abaixo do tamanho de maturação ou a pesca visa agregações de reprodução ou BOFFFFs (Hixon et al 2014)

13 13 Se houver medidas de gestão eficientes em vigor para mitigar o efeito do comportamento ou requisito, o comportamento e/ou requisito não precisa ser considerado. Mortalidade pós-captura (Específico para a pesca avaliada) Evidência de que a maioria dos indivíduos capturados (> 66%) é solta e sobrevive depois da captura Evidência de que alguns (33 a 66%) indivíduos são soltos e sobrevivem depois da captura Espécie retida ou maioria morta quando solta, ou desconhecida A pontuação padrão para espécie retida ou desconhecida Fator 1.2 Mortalidade por pesca Objetivo: a mortalidade por pesca é apropriada para o estado atual do estoque. Visão geral: este fator avalia se a mortalidade por pesca para cada espécie capturada na atividade pesqueira está em um nível apropriado (atualmente definido como dentro ou abaixo do rendimento máximo sustentável ou uma alternativa equivalente). Com relação à espécie visada, esta seção inclui a mortalidade direta e indireta por atividade pesqueira. A mortalidade indireta pode incluir perdas nas quais a captura morre, mas não é trazida a bordo, e a mortalidade após a soltura. OBSERVAÇÃO: as classificações são baseadas na taxa de mortalidade por pesca/explotação, por exemplo, F/F MSY. Ao determinar se uma atividade pesqueira é uma contribuidora substancial e/ou se a mortalidade por pesca está em um nível sustentável ou abaixo, tenha cautela, caso não tenha certeza. Para obter mais orientações, consulte o Apêndice 1 (orientação para a avaliação da mortalidade por pesca). Tabela Preocupação com a conservação Pouco preocupante Descrição 1. É provável (> 50% de chance) que a mortalidade por pesca de todos os tipos (incluindo pesca comercial, recreativa, de subsistência e fantasma, se aplicável) esteja em um nível sustentável ou abaixo, que seja apropriado de acordo com a função ecológica da espécie (ou seja, um nível que possibilitará que uma população mantenha a abundância ou se reconstrua para B msy ou uma alternativa adequada) OU 2. A espécie não é nativa OU Pontuação 5

14 14 3. Para a espécie avaliada conforme C2: a atividade pesqueira não é uma contribuidora substancial para a mortalidade por pesca ou espera-se que sua contribuição para a mortalidade seja baixa o suficiente para não afetar a população negativamente Moderadamente preocupante Altamente preocupante 1. F está variando em torno de F MSY ou, para espécies com uma função excepcional no ecossistema, um ponto de referência que é apropriado de acordo com a função ecológica da espécie OU 2. Desconhecido; OU 3. F está abaixo do ponto de referência, mas o ponto de referência é menos conservador do que F MSY 1. É provável (> 50% de chance) ou há suspeita de que a mortalidade por pesca de todos os tipos (incluindo pesca comercial, recreativa, de subsistência e fantasma, se aplicável) esteja acima do nível sustentável que seja apropriado de acordo com a função ecológica da espécie (ou seja,um nível que possibilitará que uma população mantenha a abundância ou se reconstrua para B MSY ou uma alternativa adequada) (por exemplo, está ocorrendo sobre-explotação); E 2. Para espécies avaliadas conforme o Critério 2: a contribuição individual de cada atividade pesqueira é desconhecida ou a atividade pesqueira é uma contribuidora substancial. OU 3. Para espécies forrageiras: os pontos de referência que são apropriados de acordo com a função ecológica da espécie não foram definidos e a atividade pesqueira não tem uma estratégia preventiva que leve em consideração as necessidades de predadores que dependem dela (consulte as páginas das diretrizes da Lenfest Forage Fish Task Force ou as páginas 8-9 do documento de resumo da Lenfest). 3 1 Pontuação e classificação do Critério 1 Pontuação = média geométrica (Fatores 1.1, 1.2). A classificação é baseada na pontuação da seguinte forma: > 3,2 = Verde > 2,2 e 3,2 = Amarelo 2,2 = Vermelho

15 15 Critério 2 Impactos em outras espécies de captura Visão geral: os analistas avaliam o Critério 2 usando os mesmos fatores do Critério 1, mas aplicam esses fatores à captura incidental e a outras espécies principais que são capturadas na pesca junto com a espécie avaliada (consulte as diretrizes específicas para mamíferos marinhos e para os casos nos quais as espécies da captura incidental são desconhecidas). Um aspecto crucial da avaliação do Critério 2 é determinar quais espécies precisam ser incluídas na avaliação, chamadas de espécies principais e definidas conforme as Instruções de avaliação abaixo. Princípios norteadores Garantir que todos os estoques afetados sejam saudáveis e abundantes. Abundância, tamanho, sexo, idade e estrutura genética devem ser mantidos em níveis que não afetem a produtividade do estoque no longo prazo ou o cumprimento de sua função no ecossistema e na cadeia alimentar. Capturar todas as espécies afetadas em níveis sustentáveis. A mortalidade por pesca deve ser apropriada de acordo com a abundância atual e a vulnerabilidade inerente à pesca, considerando a incerteza científica, a incerteza da gestão e os impactos não relacionados a atividades pesqueiras, como a degradação do habitat. A mortalidade cumulativa por pesca sofrida pela espécie afetada deve estar em um nível, ou abaixo, que produza um rendimento máximo sustentável para atividades pesqueiras de uma única espécie, no caso de espécies típicas que estão nos níveis-alvo. A mortalidade por pesca pode ter que estar abaixo do nível que produza rendimento máximo sustentável em determinados casos, como as atividades pesqueiras de várias espécies, espécies de alta vulnerabilidade ou atividades pesqueiras com alto grau de incerteza. Para as espécies que estiverem em depleção abaixo dos níveis-alvo, a mortalidade por pesca deverá estar até um nível que possibilite que a espécie recupere a abundância pretendida. Minimizar a captura incidental. O Seafood Watch define captura incidental como toda mortalidade ou ferimento relacionado a atividades pesqueiras, a não ser que seja captura retida. Os exemplos incluem descartes, captura de espécies ameaçadas ou em perigo de extinção, espécies de isca, mortalidade pré-captura e pesca fantasma.todos os descartes, inclusive aqueles soltos com vida, são considerados captura incidental, a menos que haja evidência científica válida de alta taxa de sobrevivência após a soltura e não haja evidência documentada de impactos negativos no nível populacional. A atividade pesqueira otimiza a utilização de recursos marinhos e de água doce minimizando a perda após a colheita e usando os recursos marinhos e de água doce de forma eficaz como isca. Causar, no máximo, um impacto insignificante em qualquer espécie ameaçada ou protegida A atividade pesqueira evita a captura de qualquer espécie ameaçada, em perigo ou protegida (ETP, threatened, endangered or protected). Se qualquer espécie ETP for capturada inadvertidamente, a atividade pesqueira garante e pode comprovar que não há um impacto mais do que insignificante nessas populações. Instruções de avaliação A pontuação do Critério 2 para o estoque para o qual você deseja obter uma recomendação é a pontuação mais baixa de todas as outras espécies principais capturadas com ele (incluindo espécies

16 16 visadas e não visadas, retidas ou descartadas), multiplicada pela taxa de descarte + uso de isca. Uma espécie é uma espécie principal se atender qualquer uma das seguintes condições (aqui, captura inclui desembarques e descartes): Um componente comum da captura (como referência, > 5% da captura, na maioria dos casos), ou Espécie sobre-explotada, em perigo, ameaçada, ameaçada de sobre-explotação ou preocupante, cuja captura ocorre regularmente e pode contribuir significativamente para a preocupação com a conservação (ou seja, um nível mais do que insignificante e/ou esporádico). Como referência, a taxa de mortalidade da espécie causada por essa atividade pesqueira é > 5% do nível sustentável, ou A atividade pesqueira avaliada é uma das principais fontes de mortalidade por pesca da espécie, incluindo espécies de isca, se conhecidas (como referência, aprox. 20% ou mais do total de mortalidade por pesca), e As espécies de isca devem ser tratadas como espécies de captura incidental. Se as espécies usadas como isca forem desconhecidas, mas juntas representarem mais de 5% da captura e nenhuma outra espécie principal tiver sido identificada, inclua peixe ósseo desconhecido com pontuação de abundância e mortalidade por pesca determinada como moderadamente preocupante. Observação: a espécie principal deve incluir somente as espécies que podem ser capturadas juntas em grupo. Ela não deve incluir espécies capturadas durante recolhimentos/ações de colheita/tentativas/ conjuntos, embora possam ser visadas ou capturadas oportunisticamente na mesma área, usando o mesmo petrecho e, potencialmente, na mesma viagem. Podem ser feitas exceções caso a caso dependendo do método de pesca. Identificação de espécies desconhecidas Se as espécies principais forem desconhecidas ou as informações sobre a composição de espécies estiverem incompletas, use as Matriz de captura incidental desconhecida no Apêndice 2 para identificar os táxons que têm maior probabilidade de interagir substancialmente com o petrecho de pesca, definidos com pontuação de 3,5 ou abaixo nas tabelas. As espécies com pontuações acima de 3,5 das Matriz de captura incidental desconhecida NÃO precisam ser avaliadas. Como táxons, devem ser agrupadas de tal forma que haja avaliações para peixes ósseos, invertebrados bentônicos etc., com as espécies identificadas no texto na medida do possível. Os principais táxons identificados acima podem ser modificados usando as seguintes informações adicionais, quando disponíveis e apropriadas: 1. Faixa geográfica da atividade pesqueira 2. Grau de sobreposição, se houver, (com áreas de forrageamento, zonas de reprodução etc.) entre as espécies de pesca e de captura incidental em potencial 3. Profundidade da pesca 4. Se a atividade pesqueira é realizada em sistemas costeiros (algumas áreas costeiras podem ter um impacto maior em algumas espécies) ou sistemas de mar aberto. 5. Se a atividade pesqueira ocorre sazonalmente ou coincide com a temporada de reprodução, e outras preocupações baseadas na região da pesca e a preocupação com a conservação das espécies de captura incidental em potencial. Se não houver captura incidental e nenhuma outra espécie principal desembarcada, a atividade pesqueira receberá uma pontuação de 5 neste critério, as perguntas restantes no Critério 2 poderão ser ignoradas e o avaliador poderá passar para o Critério 3.

17 17 Fator 2.1 Abundância Objetivo: a abundância do estoque e a estrutura de tamanho de todas as espécies principais de captura incidental/estoques são mantidas em um nível que não afete o recrutamento ou a produtividade. Visão geral: este fator é baseado no Fator 1.1, com orientações adicionais para casos nos quais há captura incidental de espécies desconhecidas. Esta seção inclui orientações para o uso das Matriz de captura incidental desconhecida (consulte o Apêndice 2). Espécies conhecidas e avaliadas Quando as espécies de captura incidental forem conhecidas e tiverem avaliações de estoque, siga as instruções de avaliação do Fator 1.1 acima (o Fator de abundância é idêntico para todas as espécies principais capturadas na atividade pesqueira, sejam elas visadas, outras retidas ou descartadas). Espécies conhecidas, mas com dados limitados Nos casos em que as espécies de captura incidental forem conhecidas, mas não tiverem sido avaliadas formalmente: quando uma determinada espécie não tiver avaliação de estoque formal, mas houver pelo menos duas avaliações apropriadas com dados limitados para indicar o status do estoque (consulte o Apêndice 7 para obter exemplos de avaliações com dados limitados), a abundância do estoque deverá ser avaliada como no Fator 1.1. Se não houver métodos apropriados com dados limitados que possam ser usados pra indicar o status do estoque, siga a orientação para espécies não avaliadas abaixo. Espécies não avaliadas Nos casos em que as espécies de captura incidental forem conhecidas, mas não houver indicação de status de estoque (por exemplo, não houver avaliação formal de estoque ou avaliação com dados limitados), a abundância do estoque deverá ser avaliada como no Fator 1.1, embora exija o uso da Análise de produtividade e susceptibilidade na maioria dos casos. Se a captura incidental incluir mamíferos marinhos, tartarugas marinhas, aves marinhas e/ou tubarões altamente vulneráveis e não houver avaliação do impacto da atividade pesqueira nessas espécies, a matriz de captura incidental desconhecida (UBM) deverá ser usada para determinar a pontuação da mortalidade por pesca para essas espécies. Quando as espécies de captura incidental não forem completamente conhecidas, mas grupos taxonômicos em risco forem conhecidos ou puderem ser inferidos, agrupe as espécies por táxon e use as Matriz de captura incidental desconhecida para determinar a pontuação de cada grupo. Ao utilizar a UBM, observe que a pontuação da UBM pode ser atualizada se evidências sugerirem que a espécie de captura incidental capturada em uma atividade pesqueira específica sendo avaliada não for altamente preocupante. As espécies de captura incidental específicas devem ser listadas no texto e é preciso ter cuidado para garantir que as espécies provavelmente de alta vulnerabilidade recebam a consideração apropriada. Composição da captura incidental desconhecida Nos casos em que a composição da captura incidental for desconhecida ou tenha dados limitados, use as Matriz de captura incidental desconhecida para avaliar as espécies provavelmente de captura incidental (conforme definido usando as instruções de identificação de espécies desconhecidas em espécies principais ). Para usar as Matriz de captura incidental desconhecida: 1. Determine quais táxons serão incluídos: comece considerando cada táxon listado no Apêndice 2/ Matriz de captura incidental desconhecida para esse tipo de atividade pesqueira com uma pontuação de 3,5 ou abaixo. Essa lista pode ser ajustada conforme apropriado, levando em conta as condições da atividade pesqueira em particular. Quando as espécies de captura incidental forem conhecidas, todos os táxons que incluírem as espécies que atingirem o limiar de espécies principais deverão receber uma pontuação.

18 18 2. Determine a pontuação do Fator 2.1 como altamente preocupante se o táxon for composto principalmente de espécies que forem: a. De alta vulnerabilidade (ou seja, tubarões, tartarugas marinhas, mamíferos marinhos, aves marinhas e corais, bem como famílias ou gêneros de peixes ou invertebrados conhecidos como de alta vulnerabilidade (consulte a lista no Apêndice 2), b. Não avaliadas na área da atividade pesqueira, mas espécies relacionadas ou estoques vizinhos de status conhecido, geralmente altamente preocupantes, ou c. Sobre-explotadas, ameaçadas ou em perigo dentro da faixa geográfica da atividade pesqueira Observação: a pontuação de altamente preocupante pode ser atualizada com base em dados que indiquem que uma certa espécie não seja altamente vulnerável ou que uma atividade pesqueira específica esteja sendo operada de forma diferente dos procedimentos de operação padrão. 3. Determine a pontuação do Fator 2.1 como moderadamente preocupante para peixes teleósteos ou invertebrados que não forem de táxons altamente vulneráveis conforme definido no Nº 2 acima. Fator 2.2 Mortalidade por pesca Objetivo: a mortalidade por pesca é apropriada para o estado atual de todas as espécies principais de captura incidental/estoques. Visão geral: normalmente, o Critério 2.2 segue a estrutura do Critério 1.2. Espécies conhecidas Siga a avaliação do Fator 1.2 acima (os Fatores de Abundância e Mortalidade por pesca são idênticos para todas as principais espécies capturadas na atividade pesqueira, sejam elas visadas, outras retidas ou descartadas E são idênticos para espécies de isca usadas na atividade pesqueira). Mamíferos marinhos em atividades pesqueiras nos EUA Orientação adicional para a pontuação de mamíferos marinhos capturados em atividades pesqueiras nos EUA é fornecida abaixo (devido à disponibilidade de dados sobre remoção biológica em potencial (PBR) e taxas de mortalidade por pesca de todos os mamíferos marinhos de captura incidental, disponíveis em avaliações de estoque de mamíferos marinhos e relatórios da Lista de atividades pesqueiras. Consulte A pontuação de mamíferos marinhos em atividades pesqueiras fora dos EUA deve ser determinada usando uma abordagem semelhante, na qual pouco preocupante é atribuído se houver evidência de que a atividade pesqueira não tem impacto negativo na recuperação/estabilidade da população de mamíferos marinhos. Tabela % de PBR obtida por atividade pesqueira Mortalidade cumulativa em atividades pesqueiras > PBR? Classificação do Seafood Watch < 50% Não Baixa 50% a 100% Não Moderada < 10% Sim Baixa 10% a 50% e não é um dos principais contribuidores ao total de mortalidade Sim Moderada

19 19 > 50% OU é um contribuidor principal ao total de mortalidade relacionada a atividades pesqueiras Sim Alta Se a PBR ou a taxa de mortalidade em atividades pesqueiras relacionadas à PBR não for conhecida, determine a pontuação de forma conservadora com base no que é conhecido (por exemplo, classificação da atividade pesqueira e/ou da espécie) ou determine a pontuação como moderada. Exemplo: se for desconhecida, mas a atividade pesqueira for classificada como Categoria II e a espécie não for estratégica (consulte (US U.S.C. 1362(19)), determine a pontuação como baixa. Espécies desconhecidas ou com dados limitados Os táxons com pontuação determinada usando as Matriz de captura incidental desconhecida deverão seguir a pontuação que consta na tabela do Apêndice 2 e na tabela abaixo. Assim como a definição de espécies principais e a pontuação de abundância, se houver dados que indiquem que uma atividade pesqueira específica conduz suas operações de forma diferente dos procedimentos padrão, as Matriz de captura incidental desconhecida poderão ser atualizadas. Tabela Pontuação de captura incidental Mortalidade por pesca das Matriz de captura incidental desconhecida (1 5) >= 3,5 Pouco preocupante 2,5 a 3 Moderadamente preocupante 1 a 2 Altamente preocupante Fator 2.3 Fator de modificação: descartes e uso de isca Objetivo: a pesca otimiza a utilização de recursos marinhos e de água doce ao minimizar a perda após a colheita. Em atividades pesqueiras que utilizam isca, a isca é usada com eficiência. Visão geral: embora o restante do Critério 2 se concentre nos impactos populacionais das espécies de captura incidental e de outra captura, o Fator 2.3 trata da questão dos resíduos associados a altas quantidades de descarte ou uso de isca em atividades pesqueiras de captura. A pontuação é ajustada para baixo com base em altas quantidades de descarte + uso de isca e a classificação com cores do Critério 2 reflete esse ajuste. Como o uso de isca é considerado no fator 2.3, mas é raramente quantificado, nosso intuito é fornecer pontuações padrão para o uso de isca, com base em revisão de literatura, para uma variedade de tipos de atividade pesqueira (espécies visadas e petrecho). Haverá a possibilidade de atualizar essas pontuações padrão se for possível fornecer dados específicos sobre a atividade pesqueira. Instruções: este fator de peso é aplicado uma vez para cada atividade pesqueira avaliada. Descartes mortos e isca são considerados em relação ao total de desembarques. Essa proporção se refere ao total de descartes mortos e/ou uso de isca em relação ao total de desembarques de todas as espécies capturadas na atividade pesqueira. Geralmente, a taxa de mortalidade de descarte é considerada como sendo 100% (ou seja, todos os descartes contam como descartes mortos). As exceções incluem casos

20 20 nos quais pesquisas tenham comprovado uma alta taxa de sobrevivência após a soltura, inclusive de invertebrados capturados em covos e armadilhas. Pesquisas que comprovam uma alta taxa de sobrevivência após a soltura para as mesmas espécies ou espécies semelhantes capturadas com tipos de petrechos iguais ou comparáveis podem ser qualificadas como apresentando alta taxa de sobrevivência após a soltura. Quando as taxas de mortalidade de descarte forem conhecidas, multiplique essas taxas pela quantidade de descartes para as espécies relevantes, para determinar a quantidade de descartes mortos. Se a proporção entre captura incidental e desembarques e/ou uso de isca for desconhecida, consulte as taxas médias de captura incidental de atividades pesqueiras semelhantes (baseado em tipo de petrecho, espécie visada e/ou local) conforme definido em trabalhos de revisão (por exemplo, Kelleher 2005 e Alverson et al. 1994, NMFS 2013). O uso de isca, se desconhecido, precisa ser considerado apenas nos casos em que haja possibilidade de ser substancial em relação aos desembarques (por exemplo, pesca de lagosta com covo). Deve-se ter cautela quando não houver informações. Se a quantidade de descartes mortos mais o uso de isca em relação ao total de desembarques (em biomassa ou números de peixes, o que for mais alto) exceder 100% (ou seja, descartes mais isca exceder desembarques), modifique a pontuação total para o Critério 2, multiplicando por um fator de 0,75. Outras atividades pesqueiras não são afetadas (considerando uma pontuação de 1). Tabela Relação de isca + descartes/desembarques Pontuação do Fator 2.3 < 100% 1 100% 0,75 Pontuação e classificação do Critério 2 Pontuação do Critério 2 para o estoque para o qual você deseja obter uma recomendação = Subpontuação * Taxa de descarte (Fator 2.4). Subpontuação = a subpontuação mais baixa de todas as outras espécies capturadas avaliadas. o Subpontuação para cada espécie = média geométrica (Fatores 2.1, 2.2). A classificação é baseada na pontuação mais baixa, da seguinte forma: > 3,2 = Verde > 2,2 e 3,2 = Amarelo 2,2 = Vermelho

21 21 Critério 3 Eficácia da gestão Visão geral: o Critério 3 (Eficácia da gestão) trata da eficácia da estratégia, implementação, aplicação e monitoramento de colheita para controlar a pressão da pesca sobre as espécies manejadas, bem como a eficácia da gestão da captura incidental. Princípios norteadores A atividade pesqueira é manejada para sustentar a produtividade de longo prazo de todas as espécies afetadas A gestão deve ser apropriada à resiliência inerente à vida aquática afetada e deve incorporar dados suficientes para avaliar a espécie afetada e manejar a mortalidade por pesca para garantir pouco risco de depleção. Medidas devem ser implementadas e aplicadas para garantir que a mortalidade em atividades pesqueiras não ameace a produtividade de longo prazo ou a função ecológica de nenhuma espécie no futuro. Instruções de avaliação Geralmente, 3.1 avalia as estratégias de gestão para espécies retidas e 3.2 avalia as estratégias de gestão para as espécies descartadas. Entretanto, uma única espécie pode ser retida e descartada, o que complica essa divisão clara. Dessa forma, a divisão entre 3.1 e 3.2 pode ser baseada nos diferentes tipos de estratégia de gestão, em vez de por espécie. 3.1: estratégias para a gestão da captura (ou seja, gestão de estoque da atividade pesqueira, como definição de um total permitido de capturas etc.) devem ser avaliadas de acordo com 3.1. Se a atividade pesqueira não tiver regulamentos para a gestão ou a prevenção da captura de espécies específicas, isso deve ser tratado de acordo com 3.1, caso a espécie seja retida ou vendida, mesmo se for uma espécie relativamente menos importante. 3.2: estratégias para a prevenção da captura ou seja, evitar espécies não desejadas, ameaçadas ou protegidas, inclusive modificações de petrecho etc.; devem ser avaliadas de acordo com 3.2. A falta de regulamentos para a prevenção da captura de quaisquer espécies protegidas ou ameaçadas, mamíferos marinhos etc. que não sejam retidos e que sejam vulneráveis à atividade pesqueira deve ser sempre considerada no fator 3.2. Avalie os Fatores 3.1 a 3.5 uma vez para cada pesca. Consulte a tabela abaixo para calcular a pontuação C3 final. Etapa 1: atribua uma classificação para cada um dos cinco subfatores de gestão usando a tabela abaixo: (Observação: se a pontuação em 3.1 for Crítica, você poderá prosseguir com a tabela de pontuações gerais para gestão, sem precisar determinar a pontuação de outros subfatores) Fator 3.1 Estratégia e implementação de gestão Objetivo: a estratégia de gestão tem uma grande chance de prevenir declínios na produtividade de estoque levando em conta o nível de incerteza, outros impactos no estoque e o potencial para uma maior pressão no futuro. Consulte o Apêndice 4 para obter mais orientações.

22 22 Tabela Estratégia e implementação de gestão Altamente eficaz Objetivo: a pesca tem estratégia e objetivos altamente apropriados e há evidência de que a estratégia está sendo implementada de forma bem-sucedida Descrição 1. Para mais de 70% das principais espécies nativas/estoques visados e retidos da atividade pesqueira (por número) foram definidas metas apropriadas de gestão/ conservação (por exemplo, pontos de referência); E 2. Mais de 70% das principais espécies nativas/estoques visados e retidos da atividade pesqueira (por número) têm políticas preventivas que foram baseadas em orientações científicas e incorporam incerteza, variabilidade ambiental e aversão ao risco em vigor, incluindo regulamentos para controlar a mortalidade por pesca e reagir ao estado do estoque (consulte o Apêndice 3 para obter exemplos de estratégias de gestão altamente eficazes); E 3. Estratégias eficazes estão em vigor para espécies visadas/retidas sobre-explotadas, em depleção, ameaçadas ou em perigo que possibilitarão a recuperação com uma alta probabilidade de sucesso em um período de tempo apropriado; E 4. Há evidência de que a estratégia está sendo implementada de forma bem-sucedida. OU 5. Para espécies NÃO NATIVAS, a. há estratégias em vigor que: 1) previnem a proliferação e reduzem a biomassa no decorrer do tempo ou que mantêm a biomassa em níveis baixos (por exemplo, abaixo de B MSY ); ou 2) incluem mecanismos para possibilitar a recuperação das espécies afetadas por não nativos; E Moderadamente eficaz b. A gestão não exacerba a preocupação com as espécies não nativas, por exemplo, por meio de povoamento ou semeadura. A atividade pesqueira não cumpre todos os padrões de gestão altamente eficaz, mas 1. Para mais de 70% das principais espécies nativas/estoques visadas e retidas (por número) da atividade pesqueira, as medidas de gestão em vigor ainda excedem aquelas da gestão Ineficiente ou Crítica ; E 2. Para mais de 70% das principais espécies nativas/estoques visadas e retidas

23 23 (por número) da atividade pesqueira, há medidas em vigor que espera-se que sejam eficazes (consulte o Apêndice 3), mas: a. Há necessidade de maior precaução (por exemplo, reduções mais rigorosas em TAC quando a biomassa entra em declínio, reação mais rápida às alterações nas populações etc.); OU b. A efetividade é desconhecida e é IMPROVÁVEL que a atividade pesqueira tenha impactos negativos sérios em quaisquer populações retidas (por exemplo, os status de todas as populações retidas principais são conhecidos e nenhum tem a pontuação vermelha); OU c. As medidas não estão em vigor há tempo suficiente para que seu sucesso possa ser avaliado; E 3. Espécies preocupantes e estoques sobre-explotados ou em depleção a. Para todas as espécies visadas/retidas que são sobre-explotadas ou estão em depleção, a gestão conta com uma estratégia de reconstrução ou recuperação em vigor cujo sucesso é provável; ou b. Melhores práticas de gestão para minimizar a mortalidade de estoques preocupantes são implementadas e consideradas eficazes; E 4. Espécies não nativas a. Medidas de gestão ou colheita previnem aumentos no tamanho e proliferação do estoque; e b. Se ocorrer qualquer povoamento ou semeadura, a espécie já está estabelecida e a atividade de povoamento/semeadura vigente comprovou não contribuir para o crescimento ou a proliferação da população não nativa. Ineficaz A gestão excede o padrão crítico abaixo, mas (para pelo menos 30% das principais espécies nativas/estoques, visados e retidos por número da atividade pesqueira): 1. A eficácia da gestão é desconhecida e é PROVÁVEL que a atividade pesqueira esteja causando graves impactos negativos nas populações retidas (por exemplo, o Critério 1 e/ou Critério 2 tem pontuação vermelha devido a preocupações com o status de uma ou mais das principais populações retidas); OU

24 24 2. Não há gestão e é IMPROVÁVEL que a atividade pesqueira tenha impactos negativos sérios em quaisquer populações retidas (por exemplo, os status de todas as principais populações retidas são conhecidos e nenhum apresentam pontuação vermelha); OU 3. A gestão define limites de captura acima dos níveis recomendados científicamente ou ignora as orientações científicas; OU 4. A atividade pesqueira não possui medidas de gestão que devam ser razoavelmente eficazes, estratégias apropriadas para a reconstrução de espécies preocupantes ou controle apropriado de espécies pescadas não nativas (onde aplicável) conforme detalhado em moderadamente eficaz (no. 2 a 5) acima. Crítica 1. A estratégia de gestão é insuficientemente preventiva para proteger as populações retidas ou as estratégias não foram implementadas de forma bem-sucedida; OU 2. Não há gestão onde é claramente necessário; OU 3. A atividade pesqueira visa e/ou regularmente retém espécies sobre-explotadas, em depleção, ameaçadas ou em perigo e a atividade pesqueira é uma contribuidora substancial para a mortalidade da espécie, e a gestão não tem uma estratégia adequada de reconstrução e/ou recuperação e/ou práticas eficazes criadas para limitar a mortalidade dessas espécies (por exemplo, há ocorrência de sobre-explotação); OU 4. Para espécies não nativas, há impactos conhecidos ou provavelmente negativos no ecossistema, a atividade pesqueira é mantida em parte por meio de povoamento/semeadura/etc., e/ou o tamanho do estoque ou proliferação não são controlados pela estratégia de colheita ou outras estratégias. OU

25 25 5. A gestão da atividade pesqueira não cumpre os requisitos legais relevantes; OU 6. Pesca ilegal substancial; 25% ou mais do produto é capturado ilegalmente Fator 3.2 Estratégia para captura incidental Objetivo: a estratégia de gestão previne os impactos populacionais negativos nas espécies de captura incidental, principalmente nas espécies preocupantes. Tabela : Estratégia para captura incidental Altamente eficaz Descrição A atividade pesqueira não apresenta captura incidental ou apresenta captura incidental muito baixa (< 5%) (incluindo qualquer captura não pretendida ou não manejada, mesmo se retida), sem captura incidental de espécie preocupante; ou SE espécies preocupantes forem capturadas ou a atividade pesqueira não for altamente seletiva (ou seja, a taxa de descartes, captura não visada ou manejada exceder 5% de desembarques): 1. A atividade pesqueira tem uma estratégia altamente eficaz ou preventiva e objetivos estabelecidos para minimizar os impactos da atividade pesqueira em espécies de captura incidental; E 2. Há evidência de que, ou a. a estratégia está sendo implementada de forma bem-sucedida (por exemplo, há um histórico bem conhecido de definição consistente de limites para captura incidental baseado em informações qualitativas e orientações sobre captura incidental); ou b. a captura incidental é minimizada na maior medida possível, principalmente no caso de espécies vulneráveis, como tubarões, aves marinhas, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio de medidas de mitigação que demonstraram ser altamente eficazes (consulte o Apêndice 4 para obter orientação); E 3. A atividade pesqueira não é a causa principal de um alto nível de mortalidade em nenhuma espécie preocupante (por exemplo, não é uma atividade pesqueira de Categoria I para captura incidental de mamíferos marinhos); E 4. Se uma atividade pesqueira tiver preocupação comprovada ou uma probabilidade significativa de apresentar pesca fantasma (de espécies visadas ou não visadas),

26 26 há uma estratégia abrangente para lidar com a pesca fantasma, que inclui: a. medidas para avaliar, minimizar e mitigar os impactos de petrecho descartado da atividade pesqueira (por exemplo, modificações de petrecho, procedimentos relacionados com petrechos etc.), ou b. um requisito de tempo para a comunicação de perda e localização de petrecho Moderadamente eficaz SE espécies preocupantes forem capturadas ou a atividade pesqueira não for altamente seletiva (ou seja, a taxa de descartes, captura não visada ou manejada exceder 5% de desembarques), A atividade pesqueira deverá ter algumas medidas de gestão de captura incidental em vigor para cumprir o limiar de moderadamente eficazes (incluindo a implementação de um plano de redução de captura (Take Reduction Plan) para a atividade pesqueira nos EUA listada como Categoria I para captura incidental de mamíferos marinhos, e medidas para mitigar a pesca fantasma, se houver uma preocupação comprovada ou uma probabilidade alta de ocorrer pesca fantasma), MAS 1. A eficácia da estratégia ou implementação está sendo discutida ou é incerta (por exemplo, os limites de pesca incidental são impostos com base em suposições, mas os limites são contestados ou incertos); OU 2. Técnicas de redução de captura incidental são usadas, mas sua eficácia é desconhecida ou incerta; OU 3. A gestão não está em vigor há tempo suficiente para que sua eficácia seja avaliada ou é desconhecida; OU Ineficaz 4. Onde aplicável, a eficácia das medidas para mitigar a pesca fantasma é desconhecida SE espécies preocupantes forem capturadas ou a pesca não for altamente seletiva (ou seja, a taxa de descartes, captura não visada ou manejada exceder 5% de desembarques): 1. As medidas de gestão de captura incidental são insuficientes em relação aos possíveis impactos da pesca (por exemplo, a pesca tem uma captura incidental de espécies preocupantes ou uma alta taxa de descartes e não implementa medidas de melhores práticas para todas essas espécies, o que demonstra que o plano de redução (U.S. MMPA Take Reduction Plan) é ineficiente) OU

27 27 2. Há uma forte evidência de que está ocorrendo remoção das barbatanas de tubarões nessa atividade pesqueira; OU 3. A atividade pesqueira não cumpre todos os requisitos legais relevantes com relação à captura incidental. OU 4. Se uma atividade pesqueira apresentar uma preocupação comprovada ou alta probabilidade de ocorrer pesca fantasma (de espécies visadas ou não visadas), medidas de gestão são insuficientes para mitigar a possível pesca fantasma ou são inexistentes. Fator 3.3 Pesquisa científica e monitoramento Tabela : Pesquisa científica e monitoramento Altamente eficaz Descrição 1. O processo de gestão usa uma avaliação ou análise científica de estoque atualizada e independente, ou outro método apropriado que busca conhecimento relacionado ao status do estoque; E 2. Essa avaliação é completa e robusta, é revisada por colegas de um órgão científico, inclui todos os tipos principais e relevantes de mortalidade por pesca (por exemplo, pesca recreativa), e contém dados independentes sobre a atividade pesqueira, inclusive dados sobre abundância, e dados apropriados específicos à atividade pesqueira; E 3. A abundância e faixa geográfica de quaisquer espécies visadas não nativas são monitoradas, E 4. A captura incidental é monitorada de forma apropriada; E 5. Cobertura de observador adequada ou monitoramento com vídeo e a coleta e

28 28 a análise de dados são suficientes para garantir que os objetivos estão sendo atingidos para espécies de captura incidental e retidas; E 6. Se aplicável, 100% dos transbordos marítimos deverão ser observados; E 7. As atividades pesqueiras, principalmente as que utilizam covos/armadilhas e redes de emalhar (e outras atividades pesqueiras que empregam petrechos com impacto comprovado de pesca fantasma), devem coletar dados sobre petrechos perdidos ou comprovar ter um método para incluir os impactos de pesca fantasma na avaliação da mortalidade por pesca. Moderadamente eficaz 1. Alguns dados relacionados à abundância do estoque e à saúde do estoque são coletados e analisados. Os dados podem não ser suficientes para atender à categoria altamente eficaz, mas são usados para monitorar e manter o estoque (inclusive o monitoramento de captura incidental) usando estratégias de gestão e métodos apropriados de avaliação com dados limitados; OU 2. A gestão baseia-se em uma estratégia apropriada que requer somente monitoramento mínimo (por exemplo, áreas grandes protegidas, incluindo habitat de reprodução, e outras técnicas de gestão apropriadas sem dados ); Ineficaz 1. Nenhum dado ou o mínimo de dados são coletados ou analisados; métodos de gestão e avaliação apropriados com dados limitados não são usados (consulte o Apêndice 7); OU 2. O monitoramento ou a avaliação de captura incidental é insuficiente em relação aos possíveis impactos da captura incidental da atividade pesqueira (por exemplo, cobertura de observador pode ser necessária para as atividades pesqueiras que envolvem espécies em perigo, enquanto as atividades pesqueiras com petrecho seletivo, estudos abrangentes que comprovem baixa preocupação com estratégias de gestão de captura incidental ou com dados limitados, como fechamentos de área que limitam o potencial de captura incidental, podem não precisar de um alto nível de monitoramento) OU 3. As principais espécies visadas da atividade pesqueira não são avaliadas e não há regulamentos para restringir a mortalidade por pesca dessas espécies.

29 29 Fator 3.4 Aplicação dos regulamentos de gestão Tabela : Aplicação dos regulamentos de gestão Altamente eficaz Descrição 1. As licenças, regulamentos e requisitos apropriados de pareceres biológicos (ou documentos equivalentes sobre pesca fora dos EUA) e os acordos voluntários são regularmente aplicados e verificados por órgãos independentes, incluindo VMS, relatórios de diário de bordo, monitoramento portuário ou outras medidas apropriadas à atividade pesqueira; E 2. Capacidade de controlar, garantir e comunicar a conformidade é apropriada ao âmbito da atividade pesqueira. Moderadamente eficaz Ineficaz Aplicação e/ou monitoramento estão em vigor para garantir que os objetivos sejam atingidos de forma bem-sucedida, embora a eficácia da aplicação/ monitoramento possa ser incerta (por exemplo, os regulamentos são aplicados pela indústria da pesca ou por um sistema voluntário/reconhecido, mas sem escrutínio independente regular). Não há aplicação e/ou monitoramento ou acredita-se que sejam inadequados, ou sabe-se que a conformidade é insuficiente. Fator 3.5 Inclusão de partes interessadas Tabela : Inclusão de partes interessadas Altamente eficaz Descrição O processo de gestão é transparente e inclui contribuição das partes interessadas, o que significa que os gestores: 1. Envolvem todos os principais grupos de usuários; E 2. Oferecem um mecanismo para tratar de conflitos de usuários de forma eficaz E 3. Incentivam a participação ativa no processo de avaliação e gestão; E

30 30 4. Tomam decisões com transparência; E Moderadamente eficaz Ineficaz 5. Há um relacionamento eficaz e construtivo entre gestores, cientistas e pescadores. 1. O processo de gestão é transparente e inclui contribuição das partes interessadas, MAS 2. Nem todos os grupos de usuários são efetivamente considerados ou não há mecanismo em vigor para tratar de conflitos de usuários com eficácia. 1. As partes interessadas não são incluídas na tomada de decisões; OU 2. As decisões não são tomadas de forma transparente. Etapa 2: atribua uma classificação e uma pontuação para a eficácia da gestão (Critério 3) com base nos cinco fatores classificados acima. Tabela 3.6 Preocupação com a conservação Muito baixa Baixa Moderada Alta Descrição Cumpre ou excede o padrão de gestão altamente eficaz para todos os cinco fatores 1. Cumpre ou excede todos os padrões de gestão moderadamente eficaz para todos os cinco subfatores; E 2. Cumpre ou excede o padrão de gestão altamente eficaz para, no mínimo, estratégia e implementação de gestão (3.1) MAS 3. Pelo menos um outro fator não é altamente eficaz. 1. Cumpre ou excede todos os padrões de gestão moderadamente eficaz para todos os cinco subfatores; MAS 2. Estratégia e implementação de gestão não é altamente eficaz 1. Cumpre ou excede o padrão de gestão moderadamente eficaz para, no mínimo, estratégia e implementação de gestão e gestão de captura incidental ; MAS Pontuação

31 31 Preocupação muito alta Crítica 2. Pelo menos um outro fator é ineficaz. 1. Estratégia e implementação de gestão e/ou gestão de captura incidental são ineficazes ; A atividade pesqueira tem pontuação Crítica em Estratégia e implementação de gestão OU A atividade pesqueira usa prática destrutivas, como explosivos ou veneno, como por exemplo, cianeto Observação: uma pontuação 0 (Crítica) em gestão resulta em uma classificação geral de Evitar. Pontuação e classificação do Critério 3 A classificação é baseada na pontuação para o Critério 3 da seguinte forma: Verde se > 3,2 Amarelo se > 2,2 e 3,2 Vermelho se 1 e 2,2 A classificação será Crítica se a pontuação for Critério 4 Impactos no habitat e no ecossistema Visão geral: o Critério 4 inclui uma avaliação dos impactos no habitat do fundo do mar e outros impactos indiretos no ecossistema com foco nos impactos tróficos/na cadeia alimentar. O Fator 4.1a determina a pontuação do impacto provável de uma atividade pesqueira no habitat do fundo do mar com base no tipo de petrecho e no substrato, e o 4.1b possibilita que a atividade pesqueira aprimore essa pontuação com esforços de mitigação, como modificação de petrecho e fechamentos espaciais. O Fator 4.2 foca nos impactos na cadeia alimentar e no uso de gestão baseada no ecossistema para evitar impactos tróficos negativos. Princípios norteadores Evitar impactos negativos na estrutura, função ou respectiva biota dos habitats marinhos nos quais ocorre a pesca. A atividade pesqueira não afeta negativamente a estrutura física do fundo do mar ou das comunidades biológicas associadas. Se petrechos de alto impacto (por exemplo, redes de arrasto, dragas) forem usados, os habitats do fundo do mar vulneráveis (por exemplo, corais, montanhas submarinas) não são pescados e os possíveis danos ao fundo do mar são mitigados com proteção espacial substancial, modificações no petrecho e/ou outros métodos altamente eficazes. Manter a função trófica de toda a vida marinha. Todos os estoques são mantidos em níveis que possibilitam o cumprimento da função ecológica e a manutenção de um ecossistema e cadeia alimentar funcionais, de acordo com os mais avançados conhecimentos científicos disponíveis. Não causar mudanças ecológicas prejudiciais, como redução de populações de predadores dependentes, cascatas tróficas ou alterações de fase. As atividades pesqueiras não devem resultar em mudanças prejudiciais, como a depleção de predadores dependentes, cascatas tróficas ou alterações de fase.

32 32 Isso pode exigir a pesca de determinadas espécies (por exemplo, espécies forrageiras) bem abaixo do rendimento máximo sustentável e a manutenção das populações dessas espécies bem acima da biomassa que produz o rendimento máximo sustentável. Garantir que quaisquer atividades de aprimoramento e atividades pesqueiras em estoques avançados não afetem negativamente a diversidade, abundância, produtividade ou integridade genética dos estoques selvagens. Quaisquer atividades de aprimoramento são conduzidas em níveis que não afetam negativamente os estoques selvagens, com a redução da diversidade, abundância ou integridade genética. A gestão da atividade pesqueira que visa estoques avançados garante que não haja impactos negativos nos estoques selvagens, de acordo com os princípios norteadores descritos acima, como resultado da atividade pesqueira. As atividades de aprimoramento não afetam negativamente o ecossistema com a competição dependente de densidade ou quaisquer outros meios, de acordo com os mais avançados conhecimentos científicos disponíveis. Seguir os princípios da gestão de atividades pesqueiras baseada em ecossistemas. A atividade pesqueira é manejada para garantir a integridade de todo o ecossistema, em vez de focar apenas na manutenção da produtividade de um único estoque de espécie. Na medida do possível, com base nos conhecimentos científicos atuais, as interações ecológicas afetadas pela atividade pesqueira são compreendidas e protegidas, e a estrutura e a função do ecossistema são mantidas. Instruções de avaliação Cumprir o Fator 4.1a 4.1b para todos os petrechos de pesca separadamente. Fator 4.1a Impacto físico do petrecho de pesca no habitat/substrato Objetivo: a atividade pesqueira não afeta negativamente a estrutura física do habitat do oceano, do fundo do mar ou das comunidades biológicas associadas. Instruções: os petrechos de pesca que não tiverem contato com o fundo do mar terão uma pontuação de 5 para este critério e o Fator 4.1b poderá ser ignorado. Use a tabela abaixo para atribuir uma pontuação para os impactos de petrechos (o Apêndice 5 fornece mais orientações). Se o tipo de petrecho não estiver relacionado na tabela, use a pontuação para o tipo mais semelhante em termos de extensão de contato com o fundo do mar. Observe que, se for possível comprovar que um petrecho específico é significativamente diferente ou foi modificado significativamente, sua pontuação poderá refletir isso. O Seafood Watch não avaliará uma atividade pesqueira que tenha práticas destrutivas, como explosivos ou cianeto, independentemente do tipo de habitat e das ações de gestão; portanto, esses métodos de pesca não estão incluídos na tabela. Nos casos em que é comum encontrar vários tipos de habitat e/ou a classificação do habitat for incerta, atribua uma pontuação conservadora conforme o tipo de habitat mais sensível plausível. Consulte o Apêndice 5 para obter mais orientações e conhecer os métodos usados no desenvolvimento da tabela abaixo. Tabela Descrição O petrecho não tem contato com o fundo; pesca de uma espécie pelágica/de mar aberto 5 1. Linha vertical de pesca em contato com o fundo; 4 OU Pontuação do SFW

33 33 2. Linha vertical usada para pescar uma espécie bentônica/demersal ou associada a recife 1. Emalhe de fundo, armadilha, espinhel de fundo, exceto em recife rochoso/rocha e corais; ou 2. Rede de cerco de fundo (somente em lama/areia); ou 3. Arrasto de meia-água conhecido por ter contato com o fundo ocasionalmente (< 25% do tempo); ou 4. Rede de cerco conhecida por ter contato com o fundo 1. Draga de vôngole em lama e areia; ou 2. Emalhe de fundo, armadilha, espinhel de fundo em rocha ou recife de corais; ou 3. Atropelo conhecido do habitat de recife de corais; ou 4. Rede de cerco de fundo (exceto em lama/areia); ou 5. Arrasto de fundo (lama ou areia, ou cascalho raso) (inclui arrasto de meia-água conhecido por ter contato com o fundo) 1. Draga hidráulica de vôngole; ou 2. Draga de vôngole em cascalho, pedregulho ou pedra; ou 3. Arrasto em pedregulho ou pedra, ou cascalho de baixa energia (> 60 m); ou 4. Arrasto de fundo ou draga usado principalmente em lama/areia (ou para capturar uma espécie associada ao habitat com lama/areia), mas as informações são limitadas e há potencial para o petrecho ter contato com o habitat sensível Draga ou arrasto em corais de mar profundo ou outros habitats biogênicos (como zostera e maerl) Fator 4.1b Fator de modificação: mitigação dos impactos por petrecho Objetivo: mitigar os danos ao fundo do mar com a proteção de habitats do fundo do mar sensíveis ou vulneráveis e limites na pegada espacial da pesca no esforço de pesca. Instruções: avalie o Fator 4.1b somente para os petrechos de pesca que tiverem contato com o fundo do mar. As pontuações do Fator 4.1b podem aprimorar somente a pontuação base de 4.1a. Um alto nível de certeza é necessário para determinar a pontuação de uma medida de mitigação forte ou moderada, como por exemplo, mapas do fundo do mar de boa qualidade, VMS e/ou cobertura de observador são necessários para documentar que as medidas espaciais são aplicadas e eficazes. Mais orientações podem ser encontradas no Apêndice 6. Avalie os esforços da gestão da atividade pesqueira para mitigar o impacto da atividade pesqueira no habitat bentônico. O Fator 4.1b possibilita que a pontuação do habitat aumente com base na intensidade das medidas de mitigação, com o número de pontos de bônus especificado na tabela. Tabela Pelo menos 50% do habitat representativo é protegido do tipo de petrecho usado na atividade pesqueira avaliada (consulte o Apêndice 6); OU +1

34 34 2. a. Para atividade pesqueira de arrasto/draga, é proibida a expansão da pegada da atividade pesqueira em um habitat sem arrasto/draga. Uma estratégia rotacional de proteção de habitat, se considerada apropriada, é aceitável); e b. A intensidade da pesca é restringida para ser suficientemente baixa. Deve haver evidência científica (usando conhecimento sobre a resiliência do habitat e a frequência dos impactos da pesca pelo tipo de petrecho usado na pesca avaliada (consulte o Apêndice 6)), de que pelo menos 50% do habitat representativo está em um estado recuperado e permanecerá dessa forma com a gestão atual; e c. Os habitats vulneráveis são energicamente protegidos; OU 3. a. O petrecho foi desenvolvido especificamente para reduzir os impactos no fundo do mar, e b. Há evidência científica de que essas modificações são eficazes, e c. As modificações do petrecho são usadas na maioria das embarcações; OU 4. Outras medidas estão em vigor que comprovaram ser altamente eficazes na redução do impacto do petrecho de pesca, o que pode incluir uma combinação eficaz das medidas moderadas descritas abaixo, por exemplo, modificações de petrecho + proteção espacial. 1. a. Uma proporção substancial de todos os habitats representativos é protegida de todo contato no fundo do mar, e b. Para pescas com arrasto/draga, é proibida a expansão da pegada da atividade pesqueira em habitats sem arrasto/draga (observação: isso não proíbe uma estratégia rotacional de proteção do habitat, se considerada apropriada), e c. Os habitats vulneráveis são energicamente protegidos; +0,5 OU 2. Modificações de petrecho ou outras medidas estão em uso e espera-se que sejam razoavelmente eficazes. Não cumpre o padrão para +0,5 acima, ou +0 Não aplicável pois o petrecho usado é benigno e a atividade pesqueira recebeu uma +0 pontuação de 5 em 4.1a. Pontuação do Fator 4.1: Impacto no habitat A pontuação do Fator 4.1 é a soma da pontuação de 4.1a e da pontuação de 4.1b. O nome da categoria de 4.1 é atribuído com base nas variações de pontuação, da seguinte forma: Tabela Pontuação (soma de 4.1a e 4.1b) Categoria > 3,2 Pouco preocupante > 2,2 e 3,2 Moderadamente preocupante 2,2 Altamente preocupante

35 35 Fator 4.2 Gestão da atividade pesqueira baseada em ecossistema Objetivo: todos os estoques são mantidos em níveis que possibilitam o cumprimento de sua função ecológica e para manter um ecossistema e uma cadeia alimentar funcionais. As atividades pesqueiras não devem reduzir seriamente os serviços de ecossistema fornecidos por quaisquer espécies retidas ou resultar em alterações prejudiciais, como cascatas tróficas, mudanças de fase ou redução na diversidade genética. Mesmo as espécies não nativas devem ser consideradas em termos de impacto no ecossistema. Se uma atividade pesqueira é manejada de forma a erradicar espécies não nativas, os possíveis impactos dessa estratégia em espécies nativas no ecossistema devem ser considerados e classificados abaixo. Instruções: atribua uma pontuação de gestão baseada em ecossistema para a atividade pesqueira. Tabela Preocupação com a conservação Muito baixa Baixo Descrição 1. a. Há políticas em vigor (por exemplo, regras para o controle de colheita) que são eficazes na proteção do funcionamento do ecossistema e na preservação da função ecológica das espécies, e b. A gestão espacial e preventiva eficaz é usada, por exemplo, para proteger as áreas de reprodução, prevenir a depleção localizada e proteger áreas forrageiras importantes para predadores das espécies pescadas, se aplicável; OU 2. Um estudo do ecossistema foi conduzido e comprovou cientificamente que a atividade pesqueira não causa impactos ecológicos e/ou genéticos inaceitáveis; E 3. Na pesca de espécies não nativas, as políticas em vigor para manejar a atividade pesqueira e/ou controlar a proliferação das espécies não têm efeitos negativos de longo prazo em espécies nativas. 1. a. Há políticas em vigor para proteger o funcionamento do ecossistema e preservar a função ecológica da espécie de captura, mas ainda não foi comprovada a sua eficácia, e b. A gestão espacial é usada para proteger o funcionamento do ecossistema; e c. Impactos prejudiciais na cadeia alimentar são improváveis E 2. Na pesca de espécies não nativas, as políticas em vigor para manejar a atividade pesqueira e/ou controlar a proliferação da espécie não têm efeitos negativos de longo prazo em espécies nativas. Pontuação 5 4

36 36 Moderada Alta 1. A atividade pesqueira não possui gestão espacial ou outras políticas para proteger o funcionamento do ecossistema e preservar a função ecológica da espécie de captura, mas impactos prejudiciais na cadeia alimentar não são prováveis; OU 2. É possível que haja impactos prejudiciais na cadeia alimentar, e há uma certa gestão baseada no ecossistema em vigor; entretanto, podem ser necessárias políticas mais enérgicas para proteger completamente a função ecológica das espécies capturadas; OU 3. Na pesca de espécies não nativas, as políticas para manejar a atividade pesqueira e/ou controlar a proliferação das espécies não nativas têm um efeito desconhecido em espécies nativas. 1. a. A atividade pesqueira não possui gestão espacial ou outras políticas para proteger o funcionamento do ecossistema e preservar a função ecológica da espécie de captura, e 3 2 b. Existe alta probabilidade de haver cascatas tróficas, estados estáveis alternativos ou outros impactos prejudiciais na cadeia alimentar resultantes da atividade pesqueira, mas falta evidência científica conclusiva relacionada especificamente à atividade pesqueira; OU 2. Na pesca de espécies não nativas, as políticas em vigor para manejar a atividade pesqueira e/ou controlar a proliferação da espécie têm efeitos negativos em espécies nativas. Muito alta Cascatas tróficas, estados estáveis alternativos ou outros impactos prejudiciais na cadeia alimentar comprovados cientificamente são resultantes da atividade pesqueira. 1 Pontuação e classificação do Critério 4 Pontuação = Média geométrica (Fatores 4.1a+4.1b, Fator 4.2) A classificação é baseada na pontuação da seguinte forma: > 3,2 = Verde > 2,2 e 3,2 = Amarelo 2,2 = Vermelho

37 37 Pontuação geral e recomendação final Visão geral: o sistema de pontuação final combina pontuações de critérios individuais para gerar uma pontuação final numérica de 0 a 5, mas também aplica regras de decisão baseadas no número de altamente preocupantes, ou seja critérios de pontuação vermelha, conforme descrito a seguir. Especificidades: as seguintes seções mostram como a pontuação final e a recomendação final são calculadas a partir das pontuações dos critérios individuais. A filosofia atual dos critérios do SFW determina que, seja qual for a pontuação numérica final, se houver um critério vermelho (com uma pontuação numérica de 2,2), a recomendação final mais alta possível será a amarela Boa alternativa. Se houver dois critérios vermelhos, a recomendação final geral será vermelha Evitar, seja qual for a pontuação numérica. Se houver uma ou mais preocupação crítica, a recomendação final será vermelha Evitar, seja qual for a pontuação numérica. Além disso, propomos uma nova regra de decisão de que uma atividade pesqueira deverá ter uma pontuação verde no Critério 1 ou no Critério 3 (ou em ambos) para ser uma Melhor opção geral. Pontuação final = média geométrica das cinco pontuações (Critério 1, Critério 2, Critério 3, Critério 4, Critério 5). A recomendação geral é a seguinte: Melhor opção = Pontuação final > 3,2, e o Critério 1 ou Critério 3 (ou ambos) é Verde, e não há Critério vermelho nem pontuações Críticas Boa alternativa = Pontuação final > 2,2, e, no máximo, um Critério vermelho, nenhuma pontuação Crítica e não atende aos critérios de Melhor opção (acima) Evitar = Pontuação final 2,2, ou dois ou mais Critérios vermelhos, ou uma ou mais pontuações Críticas.

38 38 Glossário Cobertura adequada de observador ou monitoramento de vídeo: A cobertura de observador necessária para o monitoramento adequado depende da raridade da espécie capturada, sendo necessária uma maior cobertura das pescas que interagem com espécies raras (Babcock et al. 2003). As espécies que são agrupadas em vez de distribuídas uniformemente pelo oceano também requerem níveis mais altos de cobertura. Além disso, as pescas que utilizam diferentes tipos de petrecho e métodos requerem níveis mais altos de cobertura. Áreas com petrechos, sazonalidade e amostragem insatisfatórios podem criar resultados tendenciosos. Por esse motivo, o nível exato de cobertura necessária para uma pesca específica depende da respectiva espécie de descarte e alvo, da distribuição da espécie na pesca, do número absoluto de conjuntos, de como ocorre a captura incidental e se esse nível de captura incidental é problemático para a espécie (Babcock et al. 2003). O analista precisará determinar qual nível de cobertura de observador é adequado para a pesca de interesse; uma cobertura de 17 20% (ou até 50% para captura incidental de espécies raras) pode ser necessária em alguns casos, mas não em todos. É preciso haver um tamanho de amostragem razoável em termos de conjuntos e capturas absolutos. Se a cobertura de observador for suficiente para fornecer estimativas confiáveis da captura de espécies prioritárias nessa pesca, a cobertura é boa, independentemente da porcentagem (e vice-versa). Deve apresentar evidência de que o monitoramento de vídeo atende aos critérios para cobertura adequada de observador, conforme aqui definido. Pontos de referência apropriados: A determinação da adequação dos pontos de referência depende de duas perguntas: 1) O objetivo é apropriado? Os pontos de referência de biomassa apropriados foram definidos com o objetivo de manter a biomassa do estoque no ponto, ou acima, no qual o rendimento é maximizado (pontos de referência alvo; TRP, target reference points) e seguramente acima do ponto no qual o recrutamento é prejudicado (pontos de referência de limite; LRP, limit reference points). Os pontos de referência de mortalidade por pesca devem ser definidos com o objetivo de garantir que a captura não exceda o rendimento sustentável e tenha uma probabilidade muito baixa de levar à depleção do estoque no futuro. 2) O cálculo dos pontos de referência é plausível? Pode haver uma preocupação se os pontos de referência foram reduzidos repetidamente ou se há controvérsia científica sobre os pontos de referência ou os cálculos de biomassa e mortalidade por pesca em relação aos pontos de referência. Consulte a orientação para cada tipo de ponto de referência abaixo e no Apêndice 1. Ponto de referência alvo: os pontos de referência devem ser avaliados caso a caso, mas, em geral, os pontos de referência alvo (TRP) de biomassa não devem ser mais baixos do que B MSY ou aproximadamente B 35 B 40%. Os TRP abaixo de B 35% requerem forte fundamentação científica. Os valores de B MSY calculados deterministicamente abaixo de B 35% podem não ser aceitáveis, visto que pontos de referência determinísticos podem não considerar com a devida cautela a estocasticidade e a variabilidade ambiental. Consulte o Apêndice 1 para obter mais detalhes. Ponto de referência de limite: o ponto no qual o recrutamento seria prejudicado. Os pontos de referência precisam ser analisados caso a caso, mas, em geral, os pontos de referência de limite (LRP) de biomassa não devem ser menores do que ½ B MSY, ou ½ do ponto de referência alvo apropriado, como B 40%. LRPs abaixo de B 20% ou ½ B MSY requerem forte fundamentação científica. Pontos de referência de limite definidos em 50% dos valores de B MSY calculados deterministicamente abaixo de B 35% podem não ser aceitáveis, visto que pontos de referência determinísticos podem não considerar com a devida cautela a estocasticidade e a variabilidade ambiental.

39 39 Ponto de referência da relação/fração do potencial de reprodução da produção de ovos no decorrer da vida (SPR/FLEP): o ponto de referência de limite da SPR/FLEP deve ser derivado de análise científica com a %SPR, ou acima, para as espécies (o nível de limiar de SPR necessário para a substituição), com base em sua relação de produtividade e S-R (viz., Mace e Sissenwine 1993), ou deve ser definido como aproximadamente 35 40% do LEP. Uma exceção pode ser feita para as espécies com produtividade inerente muito baixa (por exemplo, sebastes, tubarões), sendo mais apropriado, nesse caso, o ponto de referência de 50 60% de LEP (Mace e Sissenwine 1993, Myers et al. 1999, Clark 2002, Botsford e Parma 2005). Pontos de referência apropriados (conforme a função ecológica da espécie): Para determinados táxons que têm uma função excepcionalmente importante no ecossistema, os pontos de referência devem ser baseados em considerações sobre o ecossistema (ou seja, manter biomassa suficiente para permitir que a espécie cumpra sua função ecológica), em vez de considerações sobre MSY ou uma única espécie. Para espécies forrageiras (definidas conforme o relatório da Lenfest Forage Fish Task Force, Box 1.1), os pontos de referência devem ser baseados nas recomendações da Lenfest Forage Fish Task Force, da seguinte forma: nas pescas com nível intermediário de informações (que incluirá a maior parte das pescas de peixes forrageiros bem geridas), deve haver pelo menos 40% de biomassa virgem ou inexplotada (B 0 ) deixada na água, e a mortalidade não deve ser superior a 50% de F MSY. As pescas com poucas informações devem deixar pelo menos 80% de B 0 na água. As pescas com muitas informações (não apenas sobre o estoque pescado, mas sobre todo o ecossistema) podem exceder esses pontos de referência caso haja justificativa científica. No entanto, em nenhum caso a mortalidade por pesca deve exceder 75% de F MSY ou a biomassa ficar abaixo de 30% de B 0. Captura incidental: O Seafood Watch define captura incidental como toda mortalidade ou ferimento relacionado a atividades pesqueiras que não seja de captura retida. Os exemplos incluem descartes, captura de espécies ameaçadas ou em perigo, mortalidade pré-captura e pesca fantasma. Todos os descartes, inclusive aqueles soltos com vida, são considerados captura incidental, a menos que haja evidência científica válida de alta taxa de sobrevivência após a soltura e não haja evidência documentada de impactos negativos no nível populacional. Criticamente em perigo: Uma categoria da IUCN para relacionar espécies em perigo. Um táxon é considerado criticamente em perigo (CE, critically endangered) quando enfrenta um risco extremamente alto de extinção na natureza no futuro imediato, conforme definido por qualquer critério relevante da IUCN sobre criticamente em perigo (Glossário da FAO; IUCN). Dados moderados: Não há estimativas confiáveis disponíveis sobre quantidades relacionadas de MSY ou elas não são úteis devido ao histórico de vida, a uma relação fraca entre recrutamento e estoque, a uma alta variabilidade de recrutamento etc. Há estimativas confiáveis do tamanho atual do estoque, variáveis do histórico de vida e parâmetros de pesca. As avaliações de estoque incluem alguma caracterização de incerteza (Restrepo e Powers 1998; Restrepo et al. 1998). Dados insuficientes: Refere-se às atividades pesqueiras para as quais não há estimativas de MSY, tamanho do estoque ou determinados aspectos do histórico de vida. Pode haver pouco ou nenhum dado de avaliação de estoque e as medidas de incerteza podem ser apenas qualitativas (Restrepo e Powers 1998; Restrepo et al. 1998).

40 40 Dados suficientes: Refere-se às atividades pesqueiras com estimativas confiáveis de quantidades relacionadas a MSY e tamanho atual do estoque. As avaliações de estoque são sofisticadas e consideram a incerteza (Restrepo e Powers 1998; Restrepo et al. 1998). Depleção: Um estoque com um nível muito baixo de abundância em comparação com os níveis históricos, com biomassa desovante e capacidade reprodutiva drasticamente reduzidas. Esses estoques requerem estratégias de recuperação particularmente intensas. O tempo de recuperação depende das condições atuais, dos níveis de proteção e das condições ambientais. Também pode se referir aos mamíferos marinhos listados como em depleção, segundo a Marine Mammal Protection Act (Lei de Proteção de Mamíferos Marinhos) (Glossário da FAO). As classificações de sobre-explotado ou em depleção são baseadas nas avaliações realizadas pelo órgão gestor e/ou a FAO, mas os analistas podem usar o bom senso para substituir a classificação, principalmente quando a avaliação anterior estiver desatualizada (também inclui as relações na lista da IUCN de quase ameaçado, preocupação especial e vulnerável ). A inclusão nessa classificação baseada em designações como estoque preocupante é determinada caso a caso, visto que tais termos não são usados consistentemente entre os órgãos gestores. Os estoques devem ser classificados como em depleção se forem considerados com um baixo nível de abundância, de forma que a reprodução esteja prejudicada ou provavelmente abaixo de um ponto de referência de limite apropriado. Os mamíferos marinhos classificados como em depleção de acordo com o Marine Mammal Protection Act entram nessa categoria, se não estiverem relacionados como ameaçados ou em perigo. Também inclui os estoques que provavelmente (> 50% de chance) estão abaixo do nível no qual o recrutamento ou a produtividade são prejudicados. Observação: as listas oficiais da IUCN devem ser substituídas por classificações mais recentes e/ou mais específicas, quando disponíveis (por exemplo, avaliação de estoque do NMFS - National Marine Fisheries Service, Serviço Nacional de Pesca Marinha - demonstrando que o estoque está acima dos níveis pretendidos). Função ecológica: A função trófica natural do estoque no ecossistema considerado em uma avaliação (MSC 2010). Eficaz: Estratégias de gestão ou mitigação são definidas como eficazes se a) o objetivo de gestão for suficiente para manter a estrutura ou função dos ecossistemas afetados no longo prazo, e b) houver evidência científica de que estão cumprindo esses objetivos. Mitigação ou modificação de petrecho eficaz: Uma estratégia que é eficaz de acordo com a definição acima, seja na pesca avaliada ou conforme demonstrado em um sistema muito semelhante (consulte o Apêndice 3 e o Apêndice 4 para obter uma lista parcial de mitigações eficazes; essa lista será ampliada constantemente). Ameaçado/em perigo: Táxons em perigo de extinção e cuja sobrevivência é improvável, se os fatores causais continuarem atuando. São incluídos os táxons cujos números foram drasticamente reduzidos até um nível crítico ou cujos habitats foram tão prejudicados que são considerados em perigo imediato de extinção (Glossário de pesca da FAO). Essa classificação inclui os táxons listados como em perigo ou criticamente em perigo pela IUCN ou ameaçados, em perigo ou criticamente em perigo por um órgão governamental internacional, nacional ou estadual (por exemplo, Canada s Committee on the Status of Endangered Wildlife in Canada COSEWIC e Species at Risk Act - SARA), bem como os táxons listados no Apêndice I da CITES. Essa classificação não inclui as espécies listadas pela IUCN como vulneráveis ou quase ameaçadas. Mamíferos marinhos listados como estratégicos conforme o Marine Mammal Protection Act também são considerados em perigo/ameaçados se forem listados, pois baseado nos melhores dados científicos disponíveis, [o estoque] está em redução e provavelmente

41 41 a espécie será listada como ameaçada, de acordo com o Endangered Species Act de 1973 (ESA, 16 U.S.C et seq.) em um futuro próximo. Entretanto, os estoques de mamíferos marinhos listados como estratégicos porque o nível de mortalidade causada diretamente pelo homem excede o nível de remoção biológica em potencial ou porque são listados como em depleção conforme o Marine Mammal Protection Act são listados como espécies preocupantes. Importância excepcional para o ecossistema: Uma espécie com uma função fundamental no ecossistema que pode ser prejudicada por níveis típicos de colheita, incluindo: espécies-chave (aquelas que demonstraram ou que devem ter efeitos na comunidade desproporcionais à sua biomassa), espécies de base (espécies formadoras de habitat, por exemplo, tanques de ostra), espécies de presa basal (incluindo krill e espécies forrageiras pelágicas pequenas, como anchovas e sardinhas) e os principais predadores, já que a remoção de um pequeno número de espécies poderia causar graves efeitos no ecossistema. Espécies que não se enquadram em nenhuma dessas categorias, mas demonstraram ter uma importante função ecológica impedida pela colheita (por exemplo, estudos demonstrando cascatas tróficas ou alterações de fase de ecossistema devido à colheita) também podem ser consideradas espécies de importância excepcional para o ecossistema (Paine 1995; Foley et al. 2010). Dispositivo de agregação de peixes (FAD, Fish Aggregating Device): Qualquer objeto flutuante colocado estrategicamente no oceano para atrair e agregar peixes (em Os FADs podem ser estáticos (ancorados) ou de livre flutuação (não ancorados). Biomassa flutuante: Se um estoque apresentar tendência a crescer (baseado na avaliação mais recente) e tiver excedido o ponto de referência alvo (TRP) recentemente, ele pode ser classificado como muito pouco preocupante. Se um estoque não apresentar tendências, mas estiver realmente variando em torno do TRP (excedendo em alguns anos e ficando abaixo em outros, porém sem uma tendência clara), ele pode ser classificado como muito pouco preocupante. Entretanto, se um estoque estiver variando em torno do ponto de referência de limite (LRP), ele não poderá ser considerado muito pouco preocupante. Se um estoque apresentar tendência de queda e estiver abaixo do TRP atualmente, a classificação não poderá ser melhor do que pouco preocupante. Se um estoque estiver abaixo do LRP, ele será considerado muito preocupante. Mortalidade por pesca flutuante: Se F apresentar tendência de queda, ou anteriormente estava acima de F MSY (ou uma alternativa adequada), mas tiver caído abaixo de F MSY recentemente (na última avaliação), a mortalidade por pesca deverá ser classificada como pouco preocupante. Se F estiver variando em torno de F MSY, ou se F estava sempre abaixo de F MSY e tiver subido recentemente (na última avaliação) acima de F MSY somente esse ano (possivelmente devido a um erro de gestão ou nova avaliação de estoque e o respectivo ajuste dos pontos de referência ou estimativas), a mortalidade por pesca deverá ser classificada como moderadamente preocupante. Se F apresentar tendência de crescer e tiver subido acima de F MSY recentemente, a mortalidade por pesca deverá ser classificada como altamente preocupante, a menos que haja um plano substancial para reduzir F novamente. Esse plano precisaria diferir significativamente das regras de controle de coleta (HCR, harvest control rules) existentes, já que elas evidentemente não mantiveram F em um nível suficiente. Pesca fantasma: Petrecho que foi abandonado, perdido ou descartado, que continua a capturar, prender ou emaranhar espécies marinhas.

42 42 Estratégia de gestão altamente apropriada: A gestão apropriada para as regras de controle de estoque e colheita leva em consideração as principais características biológicas da espécie e a natureza da pesca. Essa estratégia de gestão incorpora uma abordagem preventiva, além de considerar a incerteza e avaliar o status do estoque em relação aos pontos de referência, pois essas medidas demonstraram ser robustas (modificado de MSC 2010). Como exemplo, se a gestão for baseada na captura total permitida (TAC, Total Allowable Catch), esses limites serão definidos abaixo do MSY e/ou dos níveis aconselhados cientificamente, considerando a incerteza, e reduzidos, se B < B MSY. Entretanto, também poderão ser aplicadas alternativas à gestão baseada na TAC, como a baseada em área (fechamentos), 3S (limitações de tamanho, sexo e/ou sazonalidade) ou outros métodos apropriados (Apêndice 3). Alta histórica: Refere-se à biomassa quase virgem, ou à biomassa mais alta registrada, se as estimativas da biomassa precederem o início da pesca intensiva. Se uma atividade pesqueira tiver sido comprometida e depois reconstruída, a biomassa reconstruída não será considerada uma alta histórica, mesmo que seja mais alta do que os níveis históricos. Vulnerabilidade inerente: A vulnerabilidade de um estoque à pesca excessiva baseada em atributos inerentes do histórico de vida que afetam a produtividade do estoque e que podem impedir sua capacidade de se recuperar dos impactos da pesca. Todas as tartarugas marinhas, mamíferos marinhos e aves marinhas são considerados altamente vulneráveis. A vulnerabilidade dos invertebrados marinhos é baseada na média de vários atributos de produtividade inerente. Um dos principais artigos sobre esse assunto (Musick 1999) resume os resultados do workshop da American Fisheries Society (AFS, Sociedade Americana de Atividades Pesqueiras) sobre o tema e propõe parâmetros de índice de produtividade baixos, médios e altos (para espécies de peixes marinhos) com base nas informações de histórico de vida disponíveis: a taxa de aumento intrínseca r, a função de crescimento k de von Bertalanffy, fecundidade, idade na maturidade e idade máxima. Embora seja definida como o indicador mais útil, a taxa de aumento intrínseca das espécies também é difícil de estimar de forma confiável e costuma não estar disponível (Cheung et al. 2005). Para possibilitar uma identificação de espécies de peixes menos dispendiosa, com menos dados e mais rápida, Cheung et al. (2005) usaram a teoria de lógica fuzzy para desenvolver um índice da vulnerabilidade intrínseca de peixes marinhos com base em parâmetros de histórico de vida: comprimento máximo, idade da primeira maturidade, longevidade, parâmetro k de crescimento de von Bertalanffy, taxa de mortalidade natural, fecundidade, intensidade do comportamento espacial e faixa geográfica (variáveis de entrada). O índice também usa regras heurísticas definidas para funções de lógica fuzzy para atribuir espécies de peixes a um dos seguintes grupos: nível de vulnerabilidade intrínseca muito alto, alto, moderado e baixo. Nessa estrutura, a vulnerabilidade intrínseca também é expressa por um valor numérico entre 1 e 100, sendo 100 o mais vulnerável. O índice de vulnerabilidade intrínseca foi, então, aplicado a mais de espécies de peixes marinhos para avaliar a vulnerabilidade intrínseca na captura de peixes global (Cheung et al. 2007). O FishBase, o único banco de dados global online de peixes, utiliza o valor numérico desse índice como pontuação de vulnerabilidade para os perfis de espécies para os quais ele foi avaliado (Froese e Pauly 2010). Anteriormente, o Seafood Watch usava a pontuação de vulnerabilidade do FishBase para determinar a vulnerabilidade inerente das espécies de peixe.

43 43 Grande parte do estoque é protegida: Pelo menos 50% do estoque desovante é protegido, por exemplo, por regulamentos de tamanho/ sexo/sazonalidade ou a inclusão de mais de 50% do habitat da espécie em reservas marinhas. Diretrizes futuras irão aprimorar a integração da ciência de reserva marinha nos critérios, com base em pesquisas que estão em andamento. Probabilidade: Provável: 60% de chance ou mais, quando há dados quantitativos disponíveis; também pode ser determinado de acordo com o julgamento de um especialista e/ou argumento plausível (modificado de MSC 2010 e baseado na diretriz do MSC FAM Principle 2). Possível: mais do que 50% de chance; pode ser baseado em avaliação quantitativa, evidência plausível ou julgamento de um especialista. Exemplos de ocorrência possível para a mortalidade por pesca: Pode haver alguma incerteza ou falta de consenso entre os diferentes modelos; a mortalidade por pesca pode estar 75% acima do nível sustentável e/ou a captura pode estar 75% acima do nível de captura sustentável (por exemplo, MSY) para estoques em B MSY. Espécie principal: Uma espécie é incluída na avaliação como espécie principal se: Um componente comum da captura (como referência, > 5% da captura, na maioria dos casos), ou Espécie sobre-explotada, em perigo, ameaçada, ameaçada de sobre-explotação ou preocupante, cuja captura ocorre regularmente e pode contribuir significativamente para a preocupação com a conservação (ou seja, um nível mais do que insignificante e/ou esporádico) (como referência, a mortalidade das espécies causada pela pesca é > 5% do nível sustentável), ou A pesca é uma das principais fontes de mortalidade das espécies, incluindo espécies de isca, se conhecidas (como referência, aprox. 20% ou mais do total de mortalidade). Se as espécies de isca forem desconhecidas e nenhuma outra espécie principal tiver sido identificada, acrescente peixe ósseo desconhecido com uma pontuação 3 para abundância e uma pontuação 3 para mortalidade por pesca. Gerido adequadamente: A gestão utiliza os melhores conhecimentos científicos disponíveis para implementar políticas que minimizam o risco de sobre-explotação ou dano ao ecossistema, levando em conta a vulnerabilidade da espécie e a incerteza científica e de gestão. Insignificante: A mortalidade é inexpressiva ou não traz consequências em relação a um nível sustentável do total de mortalidade por pesca (por exemplo, MSY ou PBR); menor ou igual a 5% do nível sustentável de mortalidade por pesca. Sem gestão: Uma pesca sem regras ou padrões para regulamentar a captura, esforço ou métodos de pesca. A gestão não precisa ser imposta por regulamento governamental ou órgãos gestores oficiais, podendo também incluir ação voluntária realizada pelo local, contanto que haja conformidade geral.

44 44 Espécie não nativa: Um organismo não nativo é um organismo que ocorre fora de sua área natural passada ou presente e do potencial de dispersão, incluindo quaisquer partes do organismo que podem sobreviver e subsequentemente se reproduzir, cuja dispersão para uma área não nativa é causada pela ação direta do homem (por exemplo, introduzida pela água de lastro ou pela translocação intencional de organismos para uma nova área, mas não incluindo efeitos antropogênicos indiretos, como alterações de área devido à mudança climática). Modificado de Falk-Petersen et al Sobre-explotado: Um estoque é considerado sobre-explotado quando é explotado além de um limite explícito no qual a abundância é vista como muito baixa para garantir a reprodução segura. Em muitas pescas, o termo sobre-explotado é usado quando a biomassa foi estimada abaixo de um ponto de referência biológico utilizado para indicar uma condição de sobre-explotado. O estoque pode permanecer sobre-explotado (ou seja, com uma biomassa muito abaixo do limite aceito) durante algum tempo, mesmo que a mortalidade por pesca tenha sido reduzida ou suprimida (Glossário da FAO). A classificação como sobre-explotado ou em depleção (incluindo a inclusão na lista da IUCN como quase ameaçado, preocupação especial e vulnerável ) é baseada na avaliação do órgão gestor e/ou da FAO, porém um analista pode usar o bom senso para substituir essa classificação, principalmente quando ela estiver desatualizada e caso haja justificativa científica para fazê-lo. A inclusão nessa categoria de sobreexplotado baseada em designações como estoque preocupante é determinada caso a caso, visto que tais termos não são usados consistentemente entre os órgãos gestores. Os estoques devem ser classificados como sobre-explotados se considerados com um baixo nível de abundância, de forma que a reprodução esteja prejudicada ou provavelmente abaixo de um ponto de referência de limite apropriado. Os mamíferos marinhos classificados como em depleção de acordo com o Marine Mammal Protection Act também entram nessa categoria, se não estiverem relacionados como ameaçados ou em perigo de extinção. Os estoques provavelmente (> 50% de chance) abaixo do nível no qual o recrutamento e a produtividade são prejudicados também são considerados sobre-explotados. Observação: as listas oficiais da IUCN devem ser substituídas por classificações mais recentes e/ou mais específicas, quando disponíveis (por exemplo, avaliação de estoque do NMFS - National Marine Fisheries Service, Serviço Nacional de Pesca Marinha - demonstrando que o estoque está acima dos níveis-alvo). Sobre-explotação: Um termo geral usado para se referir a um nível de esforço ou mortalidade por pesca tal que uma redução do esforço levaria, no médio prazo, a um aumento no total de captura; ou uma taxa ou nível de mortalidade por pesca que coloque em risco a capacidade de produzir o rendimento máximo sustentável continuamente. Para espécies de vida longa, a sobre-explotação (ou seja, emprego de esforço excessivo) começa muito antes de o estoque se tornar sobre-explotado. A sobre-explotação, como o conceito é usado nos critérios do Seafood Watch, pode abranger a sobre-explotação biológica e de recrutamento (mas não necessariamente a sobre-explotação econômica ou de crescimento). Sobre-explotação biológica: capturar uma alta proporção de uma ou todas as classes etárias em uma pesca, de forma que reduza os rendimentos e faça com que a biomassa do estoque e o potencial de reprodução fiquem abaixo dos níveis seguros. Em um modelo de produção de excedente, a sobre-explotação biológica ocorre quando os níveis de pesca são mais altos do que os necessários para a extração do rendimento máximo sustentável ( MSY, Maximum Sustainable Yield) de um recurso e o recrutamento começa a decair. Sobre-explotação de recrutamento: quando a taxa de pesca é (ou tem sido) alta o suficiente para reduzir significativamente o recrutamento anual para o estoque de explotação. Essa situação é caracterizada por um estoque desovante extremamente reduzido, uma proporção menor de peixes mais velhos na captura e um recrutamento geral muito baixo a cada ano. Se prolongada, a sobre-

45 45 explotação de recrutamento pode levar ao colapso do estoque, principalmente em condições ambientais desfavoráveis. Sobre-explotação de crescimento: ocorre quando muitos peixes pequenos estão sendo colhidos cedo demais pela atividade pesqueira excessiva e seletividade insatisfatória (por exemplo, redes excessivamente pequenas), e não é dado tempo suficiente para os peixes atingirem o tamanho no qual o rendimento máximo por recruta seria obtido do estoque. A redução da mortalidade por pesca entre juvenis, ou sua proteção total, levaria a um aumento no rendimento da pesca. A sobre-explotação de crescimento ocorre quando a taxa de mortalidade por pesca está acima do F máx (em um modelo de rendimento por recruta). Isso significa que os peixes são capturados antes de terem a chance de atingir seu potencial de crescimento máximo. A sobre-explotação de crescimento, por si só, não afeta a capacidade de reposição de uma população de peixes. Sobre-explotação econômica: ocorre quando uma pesca não gera renda econômica, principalmente porque é aplicado um nível excessivo de esforço de pesca. Essa condição nem sempre implica a sobre-explotação biológica. (Glossário da FAO; NOAA 1997) Abordagem preventiva: A abordagem preventiva envolve o uso de uma previsão prudente. Levando em conta as incertezas nos sistemas de pesca e considerando a necessidade de agir sem total conhecimento, a abordagem preventiva requer, entre outros: (i) consideração das necessidades das gerações futuras e prevenção de mudanças que podem não ser reversíveis; (ii) identificação antecipada de resultados indesejáveis e medidas para evitá-los ou corrigi-los imediatamente; (iii) iniciação de quaisquer medidas corretivas necessárias sem atraso e com um cronograma apropriado para a biologia da espécie; (iv) conservação da capacidade produtiva do recurso no qual o impacto provável do seu uso é incerto; (v) manutenção da capacidade de colheita e processamento proporcional aos níveis sustentáveis estimados do recurso e contenção dessas capacidades quando a produtividade do recurso for altamente incerta; (vi) cumprimento das práticas de gestão e revisão periódicas autorizadas para todas as atividades de pesca; (viii) estabelecimento de estruturas legais e institucionais para a gestão da pesca, dentro das quais sejam implementados planos para atender aos pontos acima para cada pesca, e (ix) disposição apropriada do ônus da prova com o cumprimento dos requisitos acima (modificado da FAO 1996). A produtividade é mantida/não prejudicada: A atividade pesqueira não afeta o estoque, seja pela redução da abundância, alterações em distribuição de tamanho, sexo ou idade, em um grau que diminuiria o crescimento e/ou a reprodução da população no longo prazo (várias gerações). Análise de produtividade e susceptibilidade (PSA, Productivity susceptibility analysis): A análise de produtividade e susceptibilidade foi desenvolvida originalmente para avaliar a sustentabilidade dos níveis de captura incidental na pesca de camarão ártico da Austrália (Patrick et al. 2009) e, desde então, tem sido amplamente aplicada para avaliar a vulnerabilidade à mortalidade de várias atividades pesqueiras no mundo todo. A análise de produtividade e susceptibilidade é usada pela NOAA e a Australian Commonwealth Scientific Industrial Research Organization (CSIRO) para informar a gestão de atividades pesqueiras. Ela também fundamenta a estrutura de trabalho baseada em risco para avaliar a pesca de peixes e invertebrados com dados insuficientes, conforme a Metodologia de Avaliação de Pesca do Marine Stewardship Council (MSC FAM). A abordagem da PSA permite que o risco de sobre-explotação de qualquer espécie seja avaliado com base em atributos predeterminados, mesmo em situações com dados insuficientes.

46 46 Os conjuntos exatos de atributos de produtividade e susceptibilidade variam entre as metodologias da PSA, e diferentes pesos podem ser empregados com base na importância contextual relativa. Além disso, os limiares de pontuação podem variar dependendo do contexto no qual a PSA é empregada. Na metodologia norte-americana, a produtividade é definida como a capacidade de um estoque se recuperar após a depleção, o que é uma função, em grande parte, das características de histórico de vida da espécie. Geralmente, os atributos de produtividade são semelhantes aos parâmetros de histórico de vida usados para o índice de vulnerabilidade intrínseca acima. Embora a análise da PSA seja uma abordagem amplamente aceita para avaliar o risco de sobre-explotação de uma espécie pescada, para os fins das avaliações do Seafood Watch, ela é útil para separar os atributos de produtividade, que são intrínsecos a uma espécie e não dependem nem são influenciados pela prática pesqueira, dos atributos de susceptibilidade. A pesca pode influenciar a susceptibilidade dos estoques afetados com a escolha de petrecho, espécie de isca, formato de anzol, tamanho da rede, fechamentos de área ou sazonais e outras medidas de gestão. Além disso, quando há informações detalhadas sobre a mortalidade por pesca (por exemplo, estimativas de F ou taxas de colheita) disponíveis, esses dados fornecem um panorama mais completo do impacto da atividade pesqueira do que os atributos de susceptibilidade foram desenvolvidos para prever. Período razoável (para reconstrução): Depende da biologia da espécie e do grau de depleção, mas, geralmente, dentro de 10 anos, exceto nos casos em que o estoque não pode ser recuperado em até 10 anos, mesmo na ausência da pesca. Nesses casos, um período razoável está dentro do número de anos que deve levar para o estoque se recuperar sem a pesca, mais uma geração, conforme descrito em Restrepo et al. (1998). Avaliação de estoque recente: Como regra geral, as atualizações e avaliações de estoque realizadas nos últimos cinco anos são consideradas recentes. Se uma avaliação demostrando que a biomassa está acima dos pontos de referência alvo tiver > 5 anos, mas < 10 anos, ela será pontuada como pouco preocupante na maioria dos casos, mas com consideração das tendências e séries temporais; por exemplo, se a população estava estável e bem acima do TRP na última avaliação, a espécie não costuma variar muito em abundância e a pesca não tiver mudado drasticamente nos últimos anos, uma preocupação muito baixa pode ser justificada. Se a avaliação de estoque estiver muito desatualizada (como regra geral, > 10 anos), o status do estoque deve ser considerado desconhecido e deve ser classificado como tal. Ele pode ser considerado desconhecido quando a avaliação tiver menos de 10 anos em circunstâncias nas quais o estoque estava muito próximo dos pontos de referência ou era muito dinâmico. Caso a avaliação de estoque mais recente não tenha sido aceita pelo órgão científico competente por qualquer motivo, o estoque deverá ser considerado desconhecido. O recrutamento está prejudicado: A atividade pesqueira causa impacto no estoque, seja pela abundância reduzida, mudanças em distribuição de tamanho, sexo ou idade ou redução da capacidade reprodutiva na idade, em um grau que diminuirá o crescimento e/ou a reprodução da população no longo prazo (várias gerações); ou o estoque está abaixo do ponto de referência de limite apropriado, se houver um definido. Monitorado regularmente: Pesquisas sobre estoques independentes da atividade pesqueira, ou outras avaliações confiáveis de abundância, são realizadas pelo menos a cada três anos. Requisitos legais relevantes: Incluem leis estaduais, nacionais e internacionais referentes à pesca.

47 47 Dados confiáveis: Dados produzidos ou verificados por terceiros independentes. Os dados confiáveis podem incluir relatórios governamentais, dados científicos revisados por colegas, relatórios de auditoria etc. Os dados não são considerados confiáveis se houver controvérsia científica significativa sobre os eles ou se forem antigos ou de alguma forma não representarem as condições atuais (por exemplo, os dados da pesquisa são de vários anos atrás e a mortalidade por pesca tiver aumentado desde a última pesquisa). Espécies preocupantes: A espécie sobre a qual a gestão tem algumas preocupações com relação ao status e a ameaças, mas para a qual não há informações suficientes disponíveis que indiquem uma necessidade de listar a espécie como em perigo. Nos Estados Unidos, pode incluir uma espécie para a qual a NMFS determinou, após uma revisão do status biológico, que a inclusão na lista como ESA é não justificada de acordo com a seção 4(b)(3)(B)(i) sobre ESA, mas para a qual ainda haja preocupações significativas ou incertezas quanto ao seu status e/ou ameaça. A espécie pode se qualificar como espécie preocupante e como espécie candidata ( Além disso, os estoques de mamíferos marinhos listados como estratégicos segundo o Marine Mammal Protection Act são classificados como espécies preocupantes. Os termos espécies preocupantes ou estoque preocupante são usados de forma semelhante por outros órgãos de gestão federais e estaduais. Contribuição da parte interessada: Uma parte interessada é um indivíduo, grupo ou organização que tem um interesse ou poderia ser afetado pela gestão de uma atividade pesqueira (modificado de MSC 2010). A contribuição da parte interessada pode incluir: envolvimento em todos os aspectos da gestão da atividade pesqueira, desde a avaliação do estoque e definição das prioridades de pesquisa à aplicação e tomada de decisões. Além disso, as partes interessadas podem assumir as decisões e uma maior responsabilidade pelo bem-estar de uma atividade pesqueira (Smith et al 1999). O envolvimento eficaz da parte interessada requer que o sistema de gestão tenha processos de consulta abertos para as partes envolvidas e afetadas e que as funções e responsabilidades das partes interessadas sejam claras e compreendidas por todas as partes relevantes (modificado de MSC 2010). Estoque: Uma população autossuficiente que não tem vínculos fortes com outras populações por meio de reprodução cruzada, imigração ou emigração. Uma única atividade pesqueira pode capturar vários estoques de uma ou mais espécies. Os estoques podem ser visados ou não visados, retidos ou descartados ou uma combinação desses aspectos (por exemplo, juvenis são descartados e adultos são retidos). O ideal é que a unidade de gestão do estoque corresponda à unidade biológica. Entretanto, geralmente a unidade de gestão do estoque pode não ser a mesma da unidade biológica. Se vários estoques biológicos forem manejados como um só e não houver informações suficientes para avaliar o status de cada estoque biológico, a unidade de gestão será avaliada. Essa situação diminui a pontuação de qualidade das informações, pois impossibilita a avaliação da integridade de estoques individuais. Se a gestão ocorrer em uma escala menor do que os estoques biológicos, de forma que os estoques de várias unidades componham uma população de reprodução cruzada, a integridade e a abundância do estoque biológico deverão ser avaliadas como um todo, com base nas informações agregadas entre as unidades. A eficácia da gestão pode ser avaliada na menor escala para a qual haja diferenças significativas e verificáveis na prática de gestão.

48 48 Contribuidor substancial: Uma atividade pesqueira é um contribuidor substancial de impactos que afetam uma população, ecossistema ou habitat caso seja um contribuidor principal ou um de vários contribuidores de magnitude semelhante para a mortalidade por pesca cumulativa. Os exemplos de atividades pesqueiras que não são contribuidores substanciais incluem: (a) a captura da espécie é um componente raro ou menor da atividade e a atividade é um contribuidor pequeno para a mortalidade cumulativa, em relação a outras atividades pesqueiras, principalmente porque opera ou é manejada de uma forma que reduz seu impacto. Entretanto, se houve determinação de risco para esse estoque na atividade pesqueira avaliada, ela deve ser considerada um contribuidor substancial, independentemente desta definição. Isso se aplica às espécies avaliadas somente conforme o Critério 2. Proporção substancial do habitat: Refere-se a uma condição na qual pelo menos 20% de cada habitat representativo (podendo os habitats representativos ser delineados por substrato, batimetria e/ou assembleias de comunidades), no âmbito dos estoques visados e dos limites regulamentares da pesca em questão (ou seja, dentro de uma EEZ nacional para esta pesca), são completamente protegidos contra o uso de petrechos que causem um impacto no habitat dessa pesca. Susceptibilidade A capacidade de um estoque sofrer impacto pela pesca em questão, dependendo de fatores como a probabilidade de o estoque ser capturado pelo petrecho de pesca. A pontuação de susceptibilidade é baseada em tabelas da estrutura de Análise de produtividade e susceptibilidade do MSC (consulte o Critério 1.1). Os exemplos de baixa susceptibilidade incluem: baixa sobreposição entre o âmbito geográfico e de profundidade das espécies e a localização da pesca; o habitat preferencial da espécie não é visado pela pesca; a espécie é menor do que o tamanho da rede quando adulto, não é atraída pelo tipo de isca usado ou não é selecionada pelo petrecho de pesca; ou há uma proteção espacial forte ou outras medidas em vigor especificamente para evitar a captura da espécie. Nível de sustentabilidade (de mortalidade por pesca): Um nível de mortalidade por pesca que não diminuirá o estoque abaixo do ponto no qual o recrutamento é afetado, ou seja, acima dos pontos de referência de F, quando definidos. Os pontos de referência de F devem estar próximos de F MSY ou F 35 40% para estoques de produtividade moderada; estoques de baixa produtividade, como sebastes e tubarões, requerem que F esteja na faixa de F 50 60% ou menos. Valores mais altos de F exigem uma forte fundamentação científica. Os pontos de referência de F são pontos de limite, então proteções devem ser usadas para garantir que a mortalidade por pesca não exceda esses níveis. Nos casos em que F for desconhecido, mas MSY for estimado, a mortalidade por pesca pelo menos 25% abaixo do MSY será considerada um nível sustentável (para as pescas que estiverem acima de B MSY ). Avaliação de dados/estoque atualizada: Não são necessárias avaliações completas de estoque a cada 1 a 5 anos, mas os estoques devem ser monitorados regularmente pelo menos a cada 1 a 5 anos, e as avaliações de estoque devem ser baseadas em dados de, no máximo, cinco anos. Os dados podem ser coletados pelo setor, porém a análise deve ser independente.

49 49 Área muito limitada: A pesca (com petrecho prejudicial, na avaliação do Critério D) é limitada a, no máximo, 50% de cada habitat representativo (podendo os habitats representativos ser delineados por substrato, batimetria e/ou assembleias de comunidades) dentro do âmbito dos estoques visados e dos limites regulamentares da pesca em questão (por exemplo, o EEZ nacional para esta pesca). Níveis muito baixos de explotação (por exemplo, pesca experimental): A atividade pesqueira é subexplotada ou está sendo conduzida em caráter experimental para coletar dados ou analisar a viabilidade, de modo que as taxas de explotação estão muito abaixo dos rendimentos sustentáveis (por exemplo, 20% ou menos do grau sustentável). Como alternativa, quando nenhuma outra informação estiver disponível, os níveis de explotação podem ser considerados muito baixos, se uma atividade pesqueira estiver na categoria baixa para todas as perguntas sobre susceptibilidade na Análise de produtividade e susceptibilidade (consulte o Apêndice 2 para obter mais detalhes sobre a pontuação de susceptibilidade).

50 50 Referências Alverson, D.L. Freeberg, M.H., Pope, J.G., Murawski, S.A A global assessment of fisheries bycatch and discards. FAO Fisheries Technical Paper. No Rome, FA. 233p Araki, H, and C. Schmid Is hatchery stocking a help or harm? Evidence, limitations and future directions in ecological and genetic surveys. Aquaculture 308: S2-S11 Auster, P.J Defining thresholds for precautionary habitat management actions in a fisheries context. North American Journal of Fisheries Management 21:1-9. Australian Department of Agriculture, Fisheries and Forestry Commonwealth Fisheries Harvest Strategy: Policy and Guidelines. December Available at: Babcock, E., E. Pikitch, and C. Hudson How much observer coverage is enough to adequately estimate bycatch? Oceana, Washington D.C. Botsford, L. W., and A. M. Parma Uncertainty in Marine Management. Pages in E. A. Norse and L. B. Crowder, editors. Marine Conservation Biology: The Science of Maintaining the Sea's Biodiversity. Island Press, Washington, DC. Caddy, J. F Current usage of fisheries indicators and reference points, and their potential application to management of fisheries for marine invertebrates. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Science 61: Chaffee C., S. Daume S, L. Botsford, D. Armstrong, and S. Hanna Oregon Dungeness Crab Fishery Final Report with Certification Decision. Ver. 4, 27 October Available at: 1/ODC_V4_Final-Report_27Oct2010.pdf Cheung, W. W. L., T. J. Pitcher, and D. Pauly A fuzzy logic expert system to estimate intrinsic extinction vulnerabilities of marine fishes to fishing. Biological Conservation 124: Cheung, W. W. L., R. Watson, T. Morato, T. J. Pitcher, and D. Pauly Intrinsic vulnerability in the global fish catch. Mar. Ecol. Prog. Ser. 333:1-12. Chuenpagdee, R., L. E. Morgan, et al. (2003). Shifting gears: Assessing collateral impacts of fishing methods in US waters. Frontiers in Ecology and Environment 1(10): Clark, W.G Groundfish exploitation rates based on life history parameters. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences 48: Clark W. G F 35% revisited ten years later. North American Journal of Fisheries Management 22:

51 51 DFO A fishery decision-making framework incorporating the Precautionary Approach. Fisheries and Oceans Canada. Available at: fish-ren-peche/sff-cpd/precaution-eng.htm Dulvy, K., Y. Sadovy, and J. D. Reynolds Extinction vulnerability in marine populations. Fish and Fisheries 4: FAO Precautionary Approach to Capture Fisheries and Species Introductions. FAO Technical Guidelines for Responsible Fisheries, 2: 54 p. FAO Fisheries Glossary. Accessed December 8, Available at: Falk-Petersen, J., T. Bøhn & O. T. Sandlund On the numerous concepts in invasion biology. Biological Invasions 8: Field, J., Cope, J. & Key, M A descriptive example of applying vulnerability evaluation criteria to California nearshore finfish species. Managing Data-Poor Fisheries: Case Studies, Models & Solutions, 1, Finnegan, S., S. C. Wang, A. G. Boyer, M. E. Clapham, Z. V. Finkel, M. A. Kosnik, M. Kowalewski, R. A. J. Krause, S. K. Lyons, C. R. McClain, D. McShea, P. M. Novack-Gottshall, R. Lockwood, J. Payne, F. Smith, P. A. Spaeth, and J. A. Stempien No general relationship between body size and extinction risk in the fossil record of marine invertebrates and phytoplankton. in GSA Annual Meeting, Portland, OR. Foley, M.M., Halpern, B.S., Micheli, F. et al Guiding ecological principles for marine spatial planning. Marine Policy 34: Froese, R., T.A. Branch, A. Proelß, M. Quaas, K. Sainsbury, and C. Zimmermann Generic harvest control rules for European fisheries. Fish and Fisheries: doi: /j x Froese, R., and D. Pauly FishBase. World Wide Web electronic publication. Fuller, S.D., C Picco, et al How we fish matters: Addressing the ecological impacts of Canadian fishing gear. Ecology Action Centre, Living Oceans Society, and Marine Conservation Biology Institute. 25pp. Goodman, D., M. Mangel, G. Parkes, T. Quinn, V. Restrepo, T. Smith and K. Stokes Scientific Review of The Harvest Strategy Currently Used in The BSAI and GOA Groundfish Fishery Management Plans, North Pacific Fishery Management Council, Anchorage, AK. 153 p. Available at: Hall, M An ecological view of the tuna-dolphin problem: Impacts and tradeoffs. Reviews of fish biology and fisheries (8):1-34 Hobday, A., M. J. Tegner, and P. L. Haaker Over-exploitation of a broadcast spawning marine invertebrate: Decline of the white abalone. Reviews in Fish Biology and Fisheries 10:

52 52 Johannes, R. E The case for data-less marine resource management: Examples from tropical nearshore fisheries. Trends in Ecology and Evolution 13: Jones, J.B Environmental impact of trawling on the seabed: a review. New Zealand Journal of Marine and Freshwater Research. 26: Kaiser, M.J., J. S.Collie, S. J Hall, S. Jennings, I. R. Poiner Impacts of fishing gear on marine benthic habitats. Reykjavik Conference on Responsible Fisheries in the Marine Ecosystem. Reykjavik, Iceland. ftp://ftp.fao.org/fi/document/reykjavik/pdf/12kaiser.pdf Kelleher, K Discards in the world s marine fisheries. An update. FAO Fisheries Technical Paper. No Rome, FAO. 131p. Kostow, K Factors that contribute to the ecological risks of salmon and steelhead hatchery programs and some mitigating strategies. Reviews in Fish Biology and Fisheries 19:1, Lindeboom, H. J., and Groot, S. J. de (eds) The effects of different types of fisheries on the North Sea and Irish Sea benthic ecosystems. NIOZ-Rapport , RIVO-DLO Report C003/98: 404 pp. Lindholm, J. B., P. J. Auster, M. Ruth, and L. S. Kaufman Modeling the effects of fishing, and implications for the design of marine protected areas: juvenile fish responses to variations in seafloor habitat. Conservation Biology 15: Mace, P.M. and M.P. Sissenwine How much spawning per recruit is enough? pp in S.J. Smith, J.J. Hunt and D.Revered (eds.) Risk Evaluation and Biological Reference Points for Fisheries Management. Canadian Special Publication of Fisheries and Aquatic Sciences 120. National Research Council of Canada. Marine Stewardship Council (MSC) MSC Fisheries Certification Requirements and Guidance, version 2.0. Marine Stewardship Council, London, UK. 120 p. Available at: Marine Stewardship Council (MSC) Fisheries Assessment Methodology and Guidance to Certification Bodies, version 2.1, including Default Assessment Tree and Risk-Based Framework. Marine Stewardship Council, London, UK. 120 p. Available at: scheme-documents/methodologies/fisheries_assessment_methodology.pdf McKinney, M. L Extinction vulnerability and selectivity: Combining ecological and paleontological views. Annual Review of Ecology, Evolution and Systematics 28: MSC Marine Stewardship Council Fisheries Assessment Methodology and Guidance to Certification Bodies Including Default Assessment Tree and Risk-Based Framework Myers R. A., Bowen K. G., and Barrowman N. J Maximum reproductive rate of fish at low population sizes. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences 56: Musick, J. A Criteria to define extinction risk in marine fishes. Fisheries 24:6-14.

53 53 New Zealand Ministry of Fisheries Harvest Strategy Standard for New Zealand Fisheries. 25 p. Available at: National Marine Fisheries Service (NMFS) U.S. National Bycatch Report First Edition Update 1 [L. R. Benaka, C. Rilling, E. E. Seney, and H. Winarsoo, Editors]. U.S. Dep. Commer., 57 p. Available at: NOAA NOAA Fisheries Strategic Plan. 48p. Available at: O'Malley, S. L Predicting vulnerability of fishes. Masters Thesis. University of Toronto, Toronto. Paine, R.T A Conversation on Refining the Concept of Keystone Species. Conservation Biology 9 (4): Patrick, W. S., P. Spencer, O. Ormseth, J. Cope, J. Field, D. Kobayashi, T. Gedamke, E. Cortés, K. Bigelow, W. Overholtz, J. Link, and P. Lawson Use of productivity and susceptibility indices to determine stock vulnerability, with example applications to six U.S. fisheries. U.S. Department of Commerce, NOAA Tech. Memo. NMFS-F/SPO-101, Seattle, WA. Pinsky, M.L., Jensen, O.P., Ricard, D., Paulumbi, S.R Unexpected patterns of fisheries collapse in the world s oceans. PNAS: 108 (20) Pikitch, E., P.D. Boersma, I.L. Boyd, D.O. Conover, P. Cury, T. Essington, S.S. Heppell, E.D. Houde, M. Mangel, D. Pauly, É. Plagányi, K. Sainsbury, R.S. and Steneck Little Fish, Big Impact: Managing a Crucial Link in Ocean Food Webs. Lenfest Ocean Program. Washington, DC. 108 pp. Restrepo, V.R. and J. E. Powers Precautionary control rules in US fisheries management: specification and performance. ICES Journal of Marine Science 56: Restrepo, V.R., G.G. Thompson, P.M. Mace, W.L. Gabriel, L.L. Low, A.D. MacCall, R.D. Methot, J.E. Powers, B.L. Taylor, P.R. Wade and J.F. Witzig Technical Guidance on the Use of Precautionary Approaches to Implementing National Standard 1 of the Magnuson-Stevens Fishery Conservation and Management Act. NOAA Technical Memorandum NMFS-F/SPO pps. Roughgarden, J. and F. Smith Why fisheries collapse and what to do about it. Proc. Nat. Acad. Sci., (USA), 93:

54 54 Apêndices Apêndice 1 Orientações sobre como interpretar a saúde dos estoques e a mortalidade por pesca A enorme variação entre as atividades pesqueiras impossibilita definir os pontos de referência apropriados específicos que seriam aplicáveis a todas as atividades avaliadas. Em vez disso, os critérios são baseados no objetivo de gestão comumente aceito de que a biomassa deve estar acima do ponto no qual o rendimento é maximizado e a gestão deve garantir uma alta probabilidade de que essa biomassa esteja acima do ponto de referência de limite (no qual o recrutamento ou a produtividade do estoque serão afetados). Três tipos comuns de pontos de referência são o baseado em MSY, baseado em SPR e ICES. Entretanto, outros pontos de referência podem ser usados em algumas atividades pesqueiras e devem ser avaliados de acordo com o objetivo de gestão explicado acima. Pontos de referência baseados em MSY Embora o conceito de MSY esteja longe de ser perfeito, os pontos de referência de mortalidade por pesca e biomassa baseados em MSY costumam ser usados em algumas das atividades pesqueiras com melhor gestão no mundo. Quando aplicados corretamente, esses pontos de referência são uma ferramenta importante para manter a produtividade do estoque no longo prazo. No entanto, sem considerar adequadamente as incertezas científicas e de gestão, manter um estoque em B MSY (a biomassa correspondente a MSY) e a colheita em MSY tem um grande risco de inadvertidamente superestimar o MSY ou permitir que a biomassa caia abaixo de B MSY sem reduzir as taxas de colheita e, assim, acidentalmente causar uma sobre-explotação (Roughgarden e Smith 1996; Froese et al. 2010). O risco de impactos da colheita excessiva involuntária aumenta com a maior incerteza e maior vulnerabilidade inerente do estoque visado. Para levar essas interações em conta, a orientação para avaliar a saúde do estoque e a mortalidade por pesca é baseada em pontos de referência de MSY, mas requer uma alta confiabilidade científica de que a biomassa está acima dos níveis-alvo e que a mortalidade por pesca está abaixo do MSY. Alternativas para o B MSY são aceitáveis, se for demonstrado que são conservadoras em relação ao B MSY para esse estoque, ou se atenderem às orientações do nível-alvo apropriado*. Nos casos em que os pontos de referência de B MSY ou alternativos não forem conhecidos ou aplicáveis, os critérios de saúde do estoque/população podem ser interpretados usando indicadores relevantes que sejam apropriados como metas e limites seguros para a abundância da espécie (por exemplo, pode-se avaliar o escape em relação às metas de escape em vez da biomassa em relação aos pontos de referência de limite). Pontos de referência baseados em SPR Na ausência das avaliações de estoque e pontos de referência baseados em MSY, a saúde do estoque pode ser avaliada com base em CPUE, tendências da abundância e estrutura de tamanho e/ou em pontos de referência simples e fáceis de calcular, como a fração de produção de ovos ao longo da vida (FLEP, Fraction of Lifetime Egg Production) (equivalente à relação do potencial de reprodução (SPR, Spawning Potential Ratio)). Outras técnicas de avaliação com dados insuficientes ou alternativas que forneçam evidência de que os estoques estão saudáveis (ou seja, a produtividade e reprodução não estão afetadas) podem ser usadas no lugar dos pontos de referência. Outras orientações podem ir sendo acrescentadas, mas devem demonstrar ser indicadores precisos da saúde do estoque. As orientações para avaliar a saúde do estoque e a mortalidade por pesca para estoques com dados insuficientes são baseadas em O Farrell e Botsford (2005) e Honey et al. (2010), mas podem ser tratadas caso a caso a fim de garantir que as atividades pesqueiras com dados insuficientes sejam mantidas no mesmo padrão ou probabilidade que as atividades pesqueiras com dados suficientes quando os estoques estiverem acima de um nível no qual o recrutamento seria prejudicado e a mortalidade por pesca estiver abaixo de um nível sustentável de colheita.

55 55 Os exemplos de evidência de que um estoque está acima do ponto no qual o recrutamento ou a produtividade é prejudicado, ou seja, um ponto de referência de limite apropriado, incluem: o a produção de ovos ao longo da vida (LEP) ou reprodução por recruta (SPR) atual está acima de um ponto de referência relacionado a SPR ou FLEP apropriada; o o potencial de reprodução está bem protegido (por exemplo, as fêmeas não estão sujeitas a mortalidade e pode ser demonstrado ou inferido que a fertilização não está reduzida); o análises quantitativas conduzidas por cientistas especializados em pesca com diretrizes transparentes indicam estoque suficiente. É necessária uma forte evidência científica quantitativa sobre a pesca em questão para considerar um estoque muito pouco preocupante. Quando os dados disponíveis são limitados, analogias com sistemas semelhantes, julgamentos especializados qualitativos e/ou argumentos plausíveis podem ser usados para considerar o estoque como pouco preocupante. O uso da CPUE requer a ausência de hiperestabilidade, que a CPUE seja proporcional à abundância (ou ajustada) e que não tenha havido mudanças significativas na tecnologia. A LEP pode ser calculada a partir dos dados de frequência de populações inexplotadas (ou reserva marinha) e atuais, e não requer dados sobre idade de captura. Os pontos de referência baseados em FLEP devem ser considerados pontos de referência de limite. Para classificações como muito pouco preocupante, não deve haver evidência de que a produtividade foi reduzida pelas alterações induzidas pela pesca em tamanho ou estrutura de idade, tamanho ou idade na maturidade, distribuição de sexo etc. Os pontos de referência baseados em SPR e em MSY devem levar em consideração essas alterações, visto que são baseados na produtividade do estoque e não na simples abundância. Se a métrica considerar somente a abundância, ou se houver evidência de que a produtividade foi reduzida por mudanças em distribuições de idade, tamanho ou sexo, o estoque não pode ser classificado acima de pouco preocupante. Além disso, para a classificação como muito pouco preocupante, as avaliações ou atualizações de estoque não devem ter mais que cinco anos; devem ter sido aprovadas por um processo independente de revisão científica por colegas; e devem incluir dados verificados sobre abundância dependentes e independentes da atividade pesqueira e dados precisos de histórico de vida. As informações sobre biomassa devem ser consideradas como de baixa incerteza. Nos casos em que essas qualificações podem não se aplicar, o analista deve justificar seu raciocínio adequadamente. Pontos de referência do ICES Os pontos de referência do ICES Fpa, Flim, Bpa e Blim não são equivalentes aos pontos de referência baseados em MSY. Na realidade, comparações demonstraram que Fpa geralmente fica acima de F MSY e que Bpa geralmente fica abaixo de B MSY, de forma que os pontos de referência baseados em MSY costumam ser mais conservadores (ICES 2010). Em muitos casos, o Bpa fica bem abaixo do B MSY e até mesmo abaixo de 1/2B MSY (Kell et al. 2005). Portanto, a orientação para a avaliação da saúde do estoque usando Bpa e da mortalidade por pesca usando Fpa é conservadora, levando em conta a diferença entre esses pontos de referência e pontos de referência baseados em MSY. O ICES planeja passar a usar uma abordagem baseada em MSY até 2015 (ICES 2010). Se B > Bpa ou F < Fpa, o estoque deve ser pontuado como moderadamente preocupante, a menos que haja um bom motivo para justificar uma pontuação de pouco preocupante (ou seja, os pontos de referência demonstraram ser conservadores ou a biomassa está bem acima dos pontos de referência). Alternativas Para muitas atividades pesqueiras, o F MSY e o B MSY são desconhecidos e outras alternativas são usadas com frequência. O mais comum é que as alternativas de biomassa sejam baseadas na porcentagem da biomassa inexplotada ou virgem (B 0 ). Geralmente, as alternativas de mortalidade por pesca são baseadas na relação do potencial de reprodução (SPR).

56 56 Os pontos de referência de biomassa mais comuns usados e aceitáveis são tipicamente 35 40% de B 0 para a maioria dos estoques (Clark 1991; Ministério da Pesca de NZ 2008). Essa meta pode variar de acordo com a produtividade do estoque; entretanto, as justificativas para níveis pretendidos mais baixos costumam ser baseadas em suposições sobre declínio 6 que podem ser altamente incertas e mal interpretadas. As metas de estoque abaixo de 30-40% de B 0 são, agora, reconhecidamente cada vez mais difíceis de justificar (Ministério da Pesca da NZ 2008). Para essas metas serem consideradas pontos de referência apropriados, é necessária uma justificativa científica bem embasada. Além disso, os estoques reduzidos a esse nível-alvo ou abaixo (equivalente a remover mais de 60 70% da biomassa do estoque) provavelmente não alcançariam a meta de gestão, baseada no ecossistema, de possibilitar que um estoque cumpra sua função ecológica, e devem ser pontuados adequadamente conforme a gestão baseada em ecossistema. De outra forma, quando a biomassa inexplotada não pode ser estimada, os pontos de referência de biomassa alternativos podem ser baseados na biomassa de equilíbrio alcançada usando os pontos de referência de mortalidade por pesca apropriados, conforme descrito a seguir. Muitas publicações científicas tratam dos pontos de referência de mortalidade por pesca apropriados com base na biomassa desovante por recruta (SPR). O ideal é que isso seja demonstrado, por análise científica, como estando acima da %SPR de substituição (o limiar de SPR necessário para a substituição) para as espécies, com base em sua produtividade e na relação S-R (viz. Mace e Sissenwine 1993). Entretanto, para muitas espécies, essa análise não estará disponível. Nesses casos, a orientação é baseada nas conclusões de inúmeras análises demonstrando que, em geral, F 35-40% (a taxa de mortalidade por pesca que reduz o SPR a 35 40% dos níveis inexplotados) é apropriada para as espécies com vulnerabilidade moderada, embora uma taxa de mortalidade por pesca mais conservadora, de F 50-60% seja necessária para espécies altamente vulneráveis, como sebastes e tubarões (Botsford e Parma 2005; Mace e Sissenwine 1993; Clark 2002; Myers et al. 1999; Goodman et al. 2002). Avaliação da mortalidade por pesca A avaliação da mortalidade por pesca deve refletir a mortalidade causada pela atividade pesqueira, mas no contexto de se os impactos cumulativos sobre a espécie (incluindo a mortalidade por outras atividades pesqueiras) são sustentáveis. Ao determinar se uma atividade pesqueira é um contribuidor substancial, deve-se ter cautela. Dados desconhecidos ou ausentes são usados como base para a classificação como contribuidor substancial. Pontos de referência Geralmente, as espécies devem ser manejadas com pontos de referência que se encaixem na definição de um nível sustentável de mortalidade por pesca e/ou um ponto de referência relacionado a FLEP ou SPR. As espécies que não forem pescadas ou manejadas comercialmente, mas forem uma captura não visada na pesca em geral não terão pontos de referência definidos. Em vez de pontos de referência, esses estoques devem ser avaliados com relação a um nível de mortalidade que demonstre cientificamente não levar à depleção do estoque. Para as espécies com alta vulnerabilidade, o ponto de referência deve demonstrar ser apropriado para a biologia da espécie em questão. Como regra geral, F 40% não é cauteloso o suficiente para espécies de alta vulnerabilidade; F 50% ou menos é mais apropriado ao se utilizar alternativas baseadas em SPR. 6 O declínio é um parâmetro-chave do modelo de rendimento por recruta de Beverton-Holt, que é definido como a proporção do recrutamento inexplotado produzido por 20% da biomassa desovante inexplotada. O declínio é difícil de estimar e o cálculo de pontos de referência é geralmente muito sensível às estimativas de declínio.

57 57 Pontos de referência do ICES Como as análises demonstraram que o ponto de referência Fpa do ICES costuma ser acima de F MSY, os estoques do ICES usando Fpa como ponto de referência devem ser classificados de forma mais conservadora do que os estoques que utilizam F MSY. Se F > Fpa, classifique o estoque como altamente preocupante. Se F < Fpa, classifique o estoque como moderadamente preocupante, a menos que haja evidência adicional de que F esteja abaixo de um nível sustentável, como F MSY. Estoques com dados insuficientes Quando não há pontos de referência disponíveis (ou seja, em pesca com dados insuficientes), a mortalidade por pesca pode ser avaliada com base na probabilidade de as ações e características de gestão restringirem esta mortalidade a níveis aceitáveis. Por exemplo, a mortalidade por pesca pode ser considerada pouco preocupante, se a atividade pesqueira tiver uma baixa probabilidade de interagir com espécies não visadas devido à baixa sobreposição entre a extensão da espécie e a pesca ou devido à baixa seletividade da espécie por petrecho (resultando em baixa susceptibilidade; consulte abaixo). A mortalidade por pesca em espécies visadas e não visadas pode ser considerada pouco preocupante, caso haja um nível de explotação muito baixo, como na pesca emergente experimental, ou caso uma grande parte do habitat principal do estoque seja protegida em reservas que comprovadamente sejam eficientes na proteção das espécies. Esperamos incorporar os resultados das pesquisas em andamento para oferecer orientações mais específicas sobre a extensão do habitat a ser protegido nas reservas marinhas. Nesse ínterim, entretanto, para classificar a mortalidade por pesca como muito pouco preocupante na ausência de pontos de referência ou outras informações sobre as taxas de mortalidade por pesca, pelo menos 50% de todos os habitats representativos devem ser protegidos em áreas de proteção marinha nas quais o estoque avaliado não sofra mortalidade por pesca. Apêndice 2 Matriz dos impactos da captura incidental por tipo de petrecho As matriz neste apêndice são usadas para determinar o impacto relativo de uma atividade pesqueira nas espécies de captura incidental de diferentes táxons para as atividades cujos dados sobre as espécies e quantidades de captura incidental não estão disponíveis ou estão incompletos. As matriz representam os impactos relativos típicos de diferentes petrechos de pesca em vários táxons com base nos melhores dados científicos disponíveis. Se houver dados que indiquem que uma atividade pesqueira específica está operando de forma diferente dos procedimentos operacionais padrão, a matriz de captura incidental desconhecida (UBM) pode ser anulada. Classificação de abundância das espécies de captura incidental desconhecida: Tartarugas marinhas, tubarões, mamíferos marinhos, aves marinhas e peixes e espécies de captura incidental invertebradas de táxons conhecidos por terem alta vulnerabilidade inerente (incluindo tubarões, raias, esturjões, sebastes, garoupas, corais, haliotes e caramujos) devem ser classificados como altamente vulneráveis e, portanto, muito preocupantes, segundo o fator de abundância (2.1). Geralmente, outros peixes e invertebrados devem ser classificados como moderadamente preocupantes, a menos que haja dados que indiquem outra classificação. Para obter mais orientações, consulte também Orientação adicional para a classificação de espécies de captura incidental desconhecida no Critério 1.1/2.1 (Abundância), abaixo.

58 58 Classificação da mortalidade por pesca de espécies de captura incidental desconhecida: Megafauna marinha altamente vulnerável (tartarugas marinhas, mamíferos marinhos, aves marinhas e tubarões) As tabelas atualizadas de táxons altamente vulneráveis (tartarugas marinhas, mamíferos marinhos, aves marinhas e tubarões) agora incorporam um componente regional. Geramos esses valores com base em uma ampla revisão de literatura (54 relatórios, artigos científicos revisados por colegas) para melhor refletir a gama de problemas com a captura incidental que ocorrem usando os mesmos tipos de petrecho em diferentes regiões do mundo, identificando a susceptibilidade regional dos táxons ao petrecho. Apenas a matriz para tartarugas incorpora também os valores reprodutivos, pois a literatura inclui informações relacionadas à idade não disponíveis para os outros táxons. Incorporamos o efeito de medidas de mitigação somente nos casos em que os estudos sobre captura incidental envolviam atividades pesqueiras que utilizavam técnicas de redução de captura incidental.

59 59 Categorias de petrecho para as matriz de captura incidental desconhecida FAO Gear Category FAO Methods FAO Abbreviation MBA DREDGES Dredges (nei) LN Use this for all dredges GILLNETS AND ENTANGLING NETS HOOKS AND LINES Set gillnets GNS Drift gillnets (driftnets) GND Encircling gillnets GNC Use GND Fixed gillnets (on stakes) GNF Use GNS Trammel nets GTR Use GNS Combined gillnets - trammel nets GTN Use GNS Gillnets and entangling nets (nei) GEN If on bottom GNS, if not fixed, GND Handlines and hand-operated pole-and lines LHP Mechanized lines and pole-and-lines LHM Set longlines LLS Bottom longlines, Buoy gear Drifting longlines LLD Pelagic longline Trolling lines LTL MISCELLANEOUS GEARS Harpoons Diving HAR MDV SURROUNDING NETS Purse seines PS Dolphin set (D), Floating Object/whaleshark (F), Unassociated (U) Surrounding nets (nei) SUX Lampara, non-tuna PS TRAPS Pots FPO TRAWLS Bottom trawls (nei) Midwater trawls (nei) TB TM Small mesh bottom trawl, Magdalena - Artisanal bottom trawl

60 60 Matriz de captura incidental desconhecida tartarugas marinhas Region Sea Turtle Bycatch Susceptibility Longline Gillnet Trawl Dredge Purse Seine LLS LLD GNS GND TB TM LN SUX PSF PSD PSU FPO Caribbean/Gulf of Mexico East Indian Ocean/Southeast Asia E. Pacific/Eastern Tropical Pacific Mediterranean North Pacific Northeast Atlantic Northwest Atlantic Oceania (West Central Pacific) W. Africa/Southeast Atlantic Southwest Atlantic Southwest Pacific (Australia/New Zealand) West Indian Ocean and Red Sea *For known, unassessed spp., 3.5 = low concern Other HAR/ MDV LTL/ LHP/LHM Padrão para atividades pesqueiras versão F3.2 (Outubro de presente) Última atualização: 21 de outubro de 2016

61 61 Matriz de captura incidental desconhecida mamíferos marinhos Marine Mammal Bycatch Susceptibility Region Longline Gillnet Trawl Dredge Purse Seine LLS LLD GNS GND TB TM LN SUX PSF PSD PSU FPO HAR/ MDV Other LTL/ LHP/LHM Caribbean/Gulf of Mexico Southeast Asia (East Indian) Eastern Tropical Pacific/Eastern Pacific Mediterranean Northeast Pacific Northeast Atlantic Northwest Atlantic Northwest Pacific Oceania (Western Central Pacific) Southern Ocean West Africa/Southeast Atlantic Southwest Atlantic Southwest Pacific (Australia/New Zealand) West Indian Ocean and Red Sea *For known, unassessed spp., 3.5 = low concern

62 62 Matriz de captura incidental desconhecida aves marinhas Seabird Bycatch Susceptibility Longline Gillnet Trawl Dredge Purse Seine Other Region LLS PLL GNS DGN TB TM LN SUX PSF PSD PSU FPO HAR/ MDV LTL/ LHP/LHM Caribbean/Gulf of Mexico East Indian Ocean/Southeast Asia Eastern Tropical Pacific/Southeast Pacific Mediterranean Northeast Atlantic Northeast Pacific Northwest Atlantic Northwest Pacific Oceania (Western Central Pacific) Southern Ocean West Africa /Southeast Atlantic Southwest Atlantic Southwest Pacific (Australia/New Zealand) West Indian Ocean and Red Sea *For known, unassessed spp., 3.5 = low concern

63 63 Matriz de captura incidental desconhecida tubarões Region Shark Bycatch Susceptibility Longline Gillnet Trawl Dredge Purse Seine LLS PLL GNS DGN TB TM LN SUX PSF PSD PSU FPO HAR/ MDV Caribbean/Gulf of Mexico East Indian Ocean/Southeast Asia Eastern Tropical Pacific/Eastern Pacific Mediterranean/Black Sea Northeast Atlantic Northeast Pacific Northwest Atlantic Northwest Pacific Oceania (Western Central Pacific) Southern Ocean West Africa/Southeast Atlantic Southwest Atlantic Southwest Pacific (Australia/New Zealand) West Indian Ocean and Red Sea Other LTL/ LHP/LHM *For known, unassessed spp., 3.5 = low concern

64 64 Invertebrados bentônicos, peixes ósseos, peixes forrageiros e corais Os valores na matriz de invertebrados, peixes ósseos, peixes forrageiros e corais foram calculados inicialmente pela média dos resultados de dois estudos que classificam os impactos ecológicos relativos do petrecho de pesca (Fuller et al. 2008; Chuenpagdee et al. 2003). Alguns valores na matriz foram atualizados com base em uma pesquisa realizada por cientistas especializados em captura incidental de todo o mundo, para elevar a relevância global da matriz. Os resultados dos estudos usados para criar esta matriz foram obtidos em pesquisas na literatura, dados sobre pesca e a opinião de especialistas. Em geral, os estudos classificaram a gravidade dos impactos dos petrechos de pesca conforme mostrado nesta tabela (em ordem de gravidade): Chuenpagdee et al 2003 Fuller et al 2008 Arrasto de fundo Arrasto de fundo Emalhe de fundo Emalhe de fundo Dragagem Dragagem Emalhe de meia-água Espinhel de fundo Armadilha e covo Arrasto de meia-água Espinhel pelágico Armadilha e covo Espinhel de fundo Espinhel pelágico Arrasto de meia-água Emalhe de meia-água Rede de cerco Rede de cerco Anzol e linha Anzol e linha Mergulho Arpão Como esses estudos foram baseados em atividades pesqueiras operadas em águas no Canadá e Estados Unidos, também fizemos uma revisão da literatura e reunimos a opinião de especialistas sobre a gravidade da captura incidental por tipo de petrecho de diferentes regiões do mundo. Alguns dos valores iniciais de Fuller et al. (2008) e Chuenpagdee et al. (2003) foram ajustados conforme necessário. Essas alterações destinam-se a melhor refletir a gama de problemas da captura incidental que ocorrem usando os mesmos petrechos em diferentes regiões do mundo. A gravidade da captura incidental para os habitats biogênicos (coral e esponjas) pelo tipo de petrecho foi determinada pela média dos valores em Fuller et al. (2008) e Chuenpagdee et al. (2003). Chuenpagdee et al. (2003) nomearam essa categoria como habitat biológico e Fuller et al. (2008) a chamaram de coral e esponjas. Nós não alteramos esses valores, pois é provável que os tipos de petrecho que têm contato com o fundo tenham o mesmo potencial para causar impactos graves em todos os oceanos do mundo. Os impactos da pesca no bentos ocorrem em praticamente todas as plataformas continentais no mundo todo (Watling 2005). Aumentamos o número de tipos de arrasto de apenas de fundo e meia-água (usados em Fuller et al. (2008) e Chuenpagdee et al. (2003)) para também incluir categorias de arrasto de fundo para peixes tropicais/subtropicais, camarões tropicais/subtropicais, peixes de água fria e camarões de água fria. Os arrastos de camarões não foram projetados para serem puxados do fundo e capturar peixes, então recebem uma pontuação de impacto menor na matriz de captura incidental de peixes ósseos. Outras alterações nos resultados de Fuller et al. (2008) e Chuenpagdee et al. (2003) incluem separar as diferentes técnicas de rede de cerco em atratores FAD/flutuantes, atratores de golfinhos/baleias e Padrão para atividades pesqueiras versão F3.2 (Outubro de presente) Última atualização: 21 de outubro de 2016

65 65 atratores de cardumes não associados com base nas taxas variáveis de captura incidental encontradas em um estudo de Hall (1998). Hall (1998) constatou que atratores de objetos flutuantes (FAD) apresentam a maior captura incidental geral para algumas espécies, seguidos pelos atratores de cardumes e de golfinhos. Redes de cerco de fundo ou demersais (incluindo redes de cerco dinamarquesas, escocesas e de parelha) não foram incluídas nos estudos de Fuller et al. (2008) e Chuenpagdee et al. (2003), pois o uso desses tipos de petrecho não é comum nos Estados Unidos ou Canadá. Assim como as redes de cerco, esses tipos de petrecho não cercam um cardume de peixes, sendo operados em contato com o fundo do mar. Um estudo de Palsson (2003) comparou os descartes de haddock entre três tipos de petrecho de pesca demersal em águas islandesas e constatou que a captura incidental é menor com redes de cerco dinamarquesas em comparação com arrastos demersais e espinhel. As redes de cerco dinamarquesas que visam espécies de peixes bentônicos podem capturar acidentalmente espécies não visadas, como peixes chatos, bacalhau e haddock (Ministério da Pesca da Islândia 2010). Alverson et al. (1996) constataram que as redes de cerco dinamarquesas geralmente ficam em um grupo de petrecho de captura incidental baixa-moderada, com proporções de captura incidental mais baixas do que a maioria dos tipos de petrecho, incluindo arrasto de fundo, espinhéis e covos, mas têm uma captura incidental mais alta do que os arrastos pelágicos e redes de cerco. Com base nesses resultados, a pontuação de captura incidental das redes de cerco dinamarquesas foi calculada a partir da pontuação de redes de cerco, com um aumento nos efeitos sobre moluscos para levar em conta o fato de as redes dinamarquesas serem operadas no fundo do mar, um aumento no efeito sobre peixes ósseos para levar em conta a maior captura incidental de peixes bentônicos (como peixes chatos, bacalhau e haddock) e uma redução no efeito sobre peixes forrageiros, que são tipicamente pelágicos.

66 66 Matriz de captura incidental desconhecida invertebrados bentônicos, peixes ósseos, peixes forrageiros e corais e outros habitats biogênicos Os impactos mais altos recebem uma pontuação de 1 e os impactos mais baixos recebem uma pontuação de 5. Legenda: B = Fundo, P = Pelágico, M = Meia-água, BTF = Peixe tropical de fundo, BTS = Camarão tropical de fundo, BCF = Peixe de água fria de fundo, BCS = Camarão de água fria de fundo, PF = FAD/flutuante de cerco (atum), PD = golfinho/baleia de cerco (atum), PU = Não associado de cerco (atum), Pot = Armadilha e covo, HD = Arpão/mergulhador, TP = Corrico/vara e linha Espinhel Emalhe Arrasto Dragagem Cerco Outro B P B M B BTF BTS BCF BCS M B P PF PD PU Pot HD TP Invertebrados bentônicos 4, ,5 5 5 Peixe ósseo , ,5 5 3 Peixe forrageiro Corais e outros habitats biogênicos ,5 5 4,5

67 67 Orientação adicional para a classificação de espécies de captura incidental desconhecida no Critério 1.1/2.1 (Abundância) Tartarugas marinhas todas em perigo/ameaçadas: consulte em Wallace et al. (2010, 2013) os padrões globais de captura incidental da tartaruga marinha. Além disso, um programa global, Mapping the World's Sea Turtles (Mapeamento das tartarugas marinhas do mundo), criado pelo SWOT (State of the World's Sea Turtles, Estado das Tartarugas Marinhas do Mundo) é um banco de dados global abrangente dos locais de desova de tartarugas marinhas em todo o mundo. O mapa do SWOT é altamente detalhado e pode ser personalizado, oferecendo filtros de locais e destaques de espécies e tamanhos de colônia com ícones e formatos coloridos. Esse mapa com o artigo de Wallace et al. (2010) pode ajudar a determinar se a pesca que está sendo avaliada tem interações em potencial com tartarugas marinhas. Tubarões, mamíferos marinhos e aves marinhas: identifique se a atividade pesqueira abrange qualquer espécie em perigo/ameaçada ou sobre-explotada e seja cauteloso se as informações geográficas ou específicas à espécie não forem conclusivas. Por exemplo, se as populações de tubarão tiverem dados insuficientes, tenha cautela e classifique como sobre-explotado ou em depleção. Tubarões: selecione sobre-explotado ou em depleção quando não houver dados suficientes ou selecione em perigo/ameaçado quando houver dados para respaldar isso (consulte Camhi et al. 2009). Globalmente, três quartos (16 de 21) dos tubarões e raias pelágicos oceânicos têm um risco elevado de extinção devido à sobre-explotação (Dulvy et al. 2008). Consulte Camhi et al. (2009) para obter informações sobre as áreas geográficas, status da IUCN e preocupações de conservação das espécies de tubarão. A Tabela 1 ilustra resoluções, recomendações e medidas de gestão e conservação adicionais por organização regional (RFMO) para tubarões. Informações adicionais sobre a conservação de tubarões específicas a espécies e regiões seguem a Tabela 1 em formato de lista (Camhi 2009; Bradford 2010). Mamíferos marinhos: a distribuição global de mamíferos marinhos e suas áreas importantes de conservação são apresentadas por Pompa et al. (2011), que também usou faixas geográficas para identificar os 20 principais pontos de conservação global para todas as espécies de mamíferos marinhos (123) e criou mapas de faixas para eles (Figura 1; Tabela 2; Pompa et al e suplt.). Aves marinhas: as Figuras 2 e 3 ilustram a distribuição das aves marinhas ameaçadas no mundo (Birdlife International 2011). Consulte também a Birdlife International (2010) para localizar as Áreas Importantes para as Aves Marinhas (MIBA, Marine Important Bird Areas). O albatroz é a família mais ameaçada, com todas as 22 espécies globalmente ameaçadas ou quase ameaçadas. Os pinguins e cagarras/petréis também apresentam uma alta proporção de espécies ameaçadas (Birdlife International 2010).

68 68 Tabela 1. Resoluções ativas, recomendações e medidas de gestão e conservação por RFMO para tubarões. Tabela de Camhi et al. (2009). a ICCAT = International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas (Comissão Internacional para Preservação dos Atuns do Atlântico); NAFO = North Atlantic Fisheries Organization (Organização das Empresas de Pesca do Atlântico Norte); GFCM = General Fisheries Commission for the Mediterranean (Comissão Geral de Empresas de Pesca do Mediterrâneo); SEAFO = South East Atlantic Fisheries Organization (Organização das Empresas de Pesca do Atlântico Sudeste); IATTC = Inter-American Tropical Tuna Commission (Comissão Interamericana do Atum Tropical); WCPFC = Western and Central Pacific Fisheries Commission (Comissão das Empresas de Pesca do Pacífico Ocidental e Central ); IOTC = Indian Ocean Tuna Commission (Comissão do Atum do Oceano Índico); CCAMLR = Commission for the Conservation of Antarctic Marine Living Resources (Comissão de Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos). b O peso das recomendações e resoluções varia por RFMO. Por exemplo, todas as recomendações da ICCAT são obrigatórias, enquanto as resoluções não são. Oceano/ RFMO a /ano No. res/rec b Título Principais ações Atlântico, ICAAT 1995 Res Resolução da ICCAT em cooperação com a FAO para estudar o status dos estoques de tubarões e capturas incidentais 2003 Res Resolução da ICCAT sobre a pesca de tubarão 2004 Rec Recomendação da ICCAT a respeito da conservação de tubarões capturados pelas pescas manejadas pela ICCAT 2005 Rec Recomendação da ICCAT para retificar a Recomendação a respeito da conservação de tubarões capturados pelas pescas manejadas pela ICCAT 2006 Rec Recomendação suplementar da ICCAT a respeito da conservação de tubarões capturados pelas pescas manejadas pela ICCAT 2007 Rec Recomendação suplementar da ICCAT sobre tubarões Incentiva os membros a coletar dados específicos a espécies sobre biologia, captura incidental e comércio de espécies de tubarões e fornecerem esses dados à FAO Solicita que todos os membros enviem dados sobre captura de tubarões, esforço por petrecho, desembarques e comércio de produtos de tubarão Incentiva os membros a implementar completamente um NPOA Exige que os membros relatem anualmente dados de captura de tubarão e esforço Exige utilização total Bane a prática de remoção das barbatanas Incentiva a soltura com vida Compromete-se com a reavaliação de tubarão-mako e tubarão azul até 2007 Promove pesquisas sobre seletividade de petrecho e identificação de áreas de crescimento Exige relatórios anuais do progresso feito para a implementação da Rec pelos membros Incentiva a ação dos membros para reduzir a mortalidade do tubarão-mako do Altântico Norte Reconhece que há pouco progresso na quantidade e qualidade das estatísticas de captura de tubarões Reitera o pedido de dados atuais e históricos sobre tubarões em preparação para as avaliações sobre tubarão-mako e azul em 2008 Reitera a obrigatoriedade de relatar dados sobre tubarões Incentiva medidas para reduzir a mortalidade de tubarão-mako e tubarão-sardo

69 69 Oceano/ RFMO a /ano No. res/rec b Título Principais ações 2008 Rec Recomendação da ICCAT sobre a conservação de tubarões zorroolho-grande (Alopias superciliosus) capturados pelas pescas manejadas pela ICCAT Estimula pesquisas em áreas de crescimento e possíveis fechamentos de hora e área Planeja realizar avaliação sobre tubarão-sardo até 2009 Incentiva a soltura com vida dos tubarões zorro-olho-grande na medida do possível Exige que as capturas e solturas com vida dos tubarões zorro-olho-grande sejam relatadas Atlântico, NAFO 2009 Medida de gestão, Artigo 17 Atlântico, SEAFO 2006 Medida de conservação 04/06 Conservação e gestão de tubarões Medida de conservação 04/06 sobre a conservação de tubarões capturados pelas pescas manejadas pela SEAFO Med., GFCM 2005 GFCM/2005/3 Recomendação da ICCAT a respeito da conservação de tubarões capturados pelas pescas manejadas pela ICCAT 2006 GFCM/2006/8(B) Recomendação da ICCAT para retificar a Recomendação [04-10] a respeito da conservação de tubarões capturados pelas pescas manejadas pela ICCAT Índico, IOTC 2005 Res. 05/05 Sobre a conservação de tubarões capturados pelas pescas manejadas pela IOTC Exige que todas as capturas de tubarão atuais e históricas sejam relatadas Promove utilização total Bane a prática de remoção das barbatanas Incentiva a soltura com vida Promove pesquisas sobre seletividade de petrecho e identificação de áreas de crescimento As mesmas disposições da Rec. da ICCAT 04-10, exceto por não incluir avaliações de estoque As mesmas disposições da Rec. da ICCAT As mesmas disposições da Rec. da ICCAT Exige que os membros relatem capturas de tubarões anualmente, incluindo dados históricos Planeja oferecer aconselhamento preliminar sobre o status do estoque até 2006 Exige utilização total e soltura com vida Bane a prática de remoção das barbatanas

70 70 Oceano/ RFMO a /ano No. res/rec b Título Principais ações 2008 Res. 08/01 Requisitos estatísticos obrigatórios para membros da IOTC e partes não contratadas de cooperação (CPCs) 2008 Res. 08/04 Sobre o registro de capturas por embarcações pesqueiras de espinhel na área da IOTC Pacífico, IATTC 2005 Res. C Resolução sobre a conservação de tubarões capturados pelas pescas no Leste do Oceano Pacífico 2006 Res. C (REV 2) Pacífico, WCFPC 2008 Medida de cons. e gestão (substitui ) Resolução consolidada sobre captura incidental Medida de conservação e gestão para tubarões no Oceano Pacífico Ocidental e Central Promove pesquisa sobre seletividade de petrecho e identificação de áreas de crescimento Exige que os membros enviem dados sobre captura e esforço em tempo hábil de todas as espécies, incluindo as espécies de tubarão de captura mais comuns e tubarões menos comuns, quando possível Exige registro em diário de bordo das capturas de espécies, incluindo tubarão azul, sardo, mako e outros Promove o desenvolvimento de NPOA entre os membros Trabalha com a WCPFC para conduzir avaliações de população de tubarões Promove utilização total Bane a prática de remoção das barbatanas Incentiva a soltura com vida e a pesquisa de seletividade de petrecho Exige relatórios sobre tubarões específicos a espécies, incluindo dados históricos Exige a soltura com vida imediata de tubarões, raias e outras espécies não visadas Promove pesquisas sobre métodos para evitar a captura incidental (análise de período-área), taxas de sobrevivência da captura incidental solta e técnicas para facilitar a soltura com vida Incentiva os membros a fornecer as informações sobre captura incidental o mais rápido possível Incentiva que os membros implementem o IPOA e relatem o progresso Exige relatório anual de capturas e esforço Incentiva a soltura com vida e a utilização total Bane a prática de remoção das barbatanas de todos os tamanhos Planeja oferecer aconselhamento preliminar sobre o status do estoque de tubarões-chave até 2010 Sul, CCAMLR Conservação de tubarões Proíbe a pesca direcionada de tubarões Soltura com vida dos tubarões de captura incidental

71 71 Informações adicionais e citações sobre tubarões (Bradford 2010) No Golfo do México, Baum e Myers (2004) constataram que, entre a década de 1950 e o final da década de 1990, tubarões galha-branca-oceânico e lombo-preto (anteriormente as espécies de tubarão mais capturadas no Golfo do México) apresentaram um declínio populacional de mais de 99% e 90%, respectivamente. No Noroeste do Atlântico, Baum et al. (2003) estimaram que os tubarões martelo-recortado, branco e raposa apresentaram um declínio populacional de mais de 75% entre meados da década de 1980 e o final da década de O estudo também identificou que todas as espécies de tubarão registradas no Noroeste do Atlântico, com a exceção dos tubarões-mako, tiveram um declínio de mais de 50% durante esse mesmo período. Myers et al. (2007) relataram declínios de 87% para os tubarões-galhudo, 93% para tubarõesgalha-preta, 97% para tubarões-tigre, 98% para tubarões martelo-recortado e 99% ou mais para tubarões cabeça-chata, negro e martelo-liso ao longo da costa leste desde o início das pesquisas na costa da Carolina do Norte em A International Union for the Conservation of Nature (IUCN) declarou que 32% de todos os tubarões pelágicos e raias estão ameaçados. A IUCN declarou também que outros 6% estão em perigo e 26% estão vulneráveis. No Mar Mediterrâneo, Ferretti et al. (2008) constataram que os tubarões martelo, azul, lamniformes e raposa apresentaram um declínio entre 96% e 99,99% relativo aos níveis anteriores de abundância. Ward e Myers (2005) relataram um declínio de 21% na abundância de grandes tubarões e atuns no Pacífico tropical desde o início da pesca comercial na década de Meyers e Worm (2005) indicaram uma depleção global de comunidades de grandes peixes predadores de pelo menos 90% nos últimos anos. Os autores sugerem que os declínios são ainda maiores para espécies sensíveis, como tubarões. Dulvy et al. (2008) declararam que globalmente, três quartos (16 de 21) dos tubarões e raias pelágicos oceânicos têm um risco elevado de extinção devido à sobre-explotação". Graham et al. (2001) identificaram uma redução média de 20% na taxa de captura de tubarões e raias em New South Wales, Austrália, entre 1976 e 1997.

72 72 Tabela 2. Espécies de mamíferos marinhos em sítios de conservação importantes. Áreas insubstituíveis contêm espécies que não são encontradas em nenhum outro lugar. Figuras de Pompa et al. (2011; material suplt. ). 1 Monachus schauinslandi, 2 Arctocephalus galapagoensis, 3 A. philippii, 4 Inia geoffrensis, Trichechus inunguis (água doce) e Sotalia fluviatilis, 5 Monachus monachus, 6 Platanista minor (água doce), 7 Platanista gangetica (água doce), 8 Lipotes vexillifer (água doce), 9 Pusa sibirica (água doce), 10 Pusa caspica, 11 Cephalorhynchus commersonii e A. gazella. *VU = Vulnerável, EN = Em perigo, CR = Criticamente em perigo, LR = Menor risco, EX = Extinto, CE = Criticamente em perigo; V = Vulnerável, RS = Relativamente estável ou intacto. Dados de Olson e Dinerstein (2002). Principais sítios de conservação Número de espécies Endêmicas/ peq. áreas Categoria de risco de cada ecorregião* Número e nome da ecorregião* Maior riqueza África do Sul 16 4 VU, EN 209: Corrente de Benguela 211: Corrente das Agulhas Argentina 15 4 VU, EN 205: Atlântico Sudoeste Patagônico Austrália 14 4 VU, EN 206: Sudoeste da Austrália 222: Grande Barreira Baixa California 25 7 VU, EN, CR 214: Golfo da Califórnia CE Peru 19 5 VU, EN 210: Corrente de Humboldt V Japão 25 7 VU, EN, LR 217: Nansei Shoto CE Nova Zelândia 13 2 VU, EN, LR 207: Nova Zelândia V Noroeste da África 25 7 VU, EN, LR 216: Corrente das Canárias CE Nordeste dos EUA 25 7 VU, EN, LR 202: Baía de Chesapeake V Insubstituível Arquipélago do Havaí Status de conservação estimada da ecorregião* EN 227: Reserva marinha V do Havaí Ilhas Galápagos VU 215: Reserva marinha V de Galápagos Ilhas San Félix e VU 210: Corrente de Humboldt V Juan Fernández Rio Amazonas VU 147: Rio Amazonas/ RS Florestas de várzea Mar Mediterrâneo CR 199: Mar Mediterrâneo CE Rio Indo Não listado Não listado Não listado Rio Ganges EN Não listado Não listado Rio Yang-Tsé EX 149: Rios e lagos Yang-Tsé CE Lago Baikal LR 184: Lago Baikal V Mar Cáspio VU Não listado Não listado Ilhas Kerguelen Não listado Não listado Não listado V RS V RS RS

73 73 Figura 1. Distribuição geográfica da riqueza de espécies de mamíferos marinhos (coluna da esquerda) para A. Pinípedes; B. Mysticeti; C. Odontocetes. Figura de Pompa et al. (2011).

74 74 Figura 2. Distribuição no mar de aves marinhas ameaçadas no mundo. Cada polígono representa o mapa de faixa para uma espécie ameaçada. As áreas em azul-escuro mostram as faixas do oceano com o maior número de sobreposição de espécies ameaçadas. Figura da Birdlife International (2011). Figura 3. Distribuição mundial de albatrozes e petréis. Figura da Birdlife International (2011).

Avaliação dos critérios da IUCN para a

Avaliação dos critérios da IUCN para a Renata Pardini Avaliação dos critérios da IUCN para a elaboração de Listas Vermelhas: embasamento científico e viabilidade prática USP renatapardini@uol.com.br Pequenos mamíferos maior diversidade Paglia

Leia mais

Padrão do Seafood Watch para aquicultura

Padrão do Seafood Watch para aquicultura 1 Padrão do Seafood Watch para aquicultura Introdução... 2 Princípios norteadores do Seafood Watch para aquicultura... 3 Metodologia de critérios e pontuações do Seafood Watch para aquicultura... 4 Critério

Leia mais

1. DEFINIÇÕES DAS CATEGORIAS DE AMEAÇA CONSTANTES NA NOVA REVISÃO DO LIVRO VERMELHO DOS VERTEBRADOS DE PORTUGAL (CABRAL et al.

1. DEFINIÇÕES DAS CATEGORIAS DE AMEAÇA CONSTANTES NA NOVA REVISÃO DO LIVRO VERMELHO DOS VERTEBRADOS DE PORTUGAL (CABRAL et al. 1. DEFINIÇÕES DAS CATEGORIAS DE AMEAÇA CONSTANTES NA NOVA REVISÃO DO LIVRO VERMELHO DOS VERTEBRADOS DE PORTUGAL (CABRAL et al. 2005): CRITICAMENTE EM PERIGO (CR) Um taxon considera-se Criticamente em Perigo

Leia mais

Perda e proteção de espécies. ConBio 2013

Perda e proteção de espécies. ConBio 2013 Perda e proteção de espécies ConBio 2013 Extinção = processo natural cada espécie tem um tempo de vida finito (em média 2-5 milhões de anos) Provavelmente, 96-98% de todas as espécies que já existiram

Leia mais

Seminário Ano Internacional da Biodiversidade Quais os desafios para o Brasil? Painel 11: Os Oceanos e a Biodiversidade Marinha

Seminário Ano Internacional da Biodiversidade Quais os desafios para o Brasil? Painel 11: Os Oceanos e a Biodiversidade Marinha Seminário Ano Internacional da Biodiversidade Quais os desafios para o Brasil? Painel 11: Os Oceanos e a Biodiversidade Marinha June Ferraz Dias junedias@usp.br Alguns fatos sobre os oceanos... Talassociclo

Leia mais

CHECK-LIST ISO 14001:

CHECK-LIST ISO 14001: Data da Auditoria: Nome da empresa Auditada: Auditores: Auditados: Como usar este documento: Não é obrigatório o uso de um check-list para o Sistema de Gestão. O Check-list é um guia que pode ser usado

Leia mais

1. Definições das categorias de ameaça constantes na nova revisão do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (ICN in press):

1. Definições das categorias de ameaça constantes na nova revisão do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (ICN in press): 1. Definições das categorias de ameaça constantes na nova revisão do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (ICN in press): CRITICAMENTE EM PERIGO (CR) Um taxon considera-se Criticamente em Perigo

Leia mais

Observações sobre a captura da pesca de espinhel pelágico na região sudoeste do Oceano Atlântico, sob enfoque conservacionista.

Observações sobre a captura da pesca de espinhel pelágico na região sudoeste do Oceano Atlântico, sob enfoque conservacionista. Observações sobre a captura da pesca de espinhel pelágico na região sudoeste do Oceano Atlântico, sob enfoque conservacionista. Introdução Andrei Tiego Cunha Cardoso A pesca com espinhel pelágico não captura

Leia mais

6. Norma 14001:2015 Sistema de Gestão Ambiental

6. Norma 14001:2015 Sistema de Gestão Ambiental 6. Norma 14001:2015 Sistema de Gestão Ambiental A alma da ISO 14001 é a identificação de aspectos e impactos ambientais e a elaboração de um programa para reduzir esses impactos. Por meio de controles,

Leia mais

Biodiversidade e Funcionamento de um Ecossistema Costeiro Subtropical: Subsídios para Gestão Integrada. BIOTA/FAPESP - Araçá

Biodiversidade e Funcionamento de um Ecossistema Costeiro Subtropical: Subsídios para Gestão Integrada. BIOTA/FAPESP - Araçá Biodiversidade e Funcionamento de um Ecossistema Costeiro Subtropical: Subsídios para Gestão Integrada BIOTA/FAPESP - Araçá Motivação Impactos em regiões costeiras são problemas globais http://www.nceas.ucsb.edu/globalmarine

Leia mais

PRÁTICA AMBIENTAL Vol. 2

PRÁTICA AMBIENTAL Vol. 2 FREDERICO AMADO Curso de Direito e PRÁTICA AMBIENTAL Vol. 2 2018 Amado - Curso de Direito e Pratica Ambiental - vol. 2-1 ed.indb 3 02/01/2018 10:29:44 28 FAUNA Sumário: 28.1. Definição e competência dos

Leia mais

PORTARIA MMA Nº 445, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014

PORTARIA MMA Nº 445, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014 ALTERADA PELA PORTARIA MMA Nº 98/2015, PORTARIA MMA Nº 163/2015. PORTARIA MMA Nº 163, DE 08 DE JUNHO DE PORTARIA MMA Nº 445, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014 2015 A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso

Leia mais

Situação atual dos principais estoques de atuns e afins do Atlântico Sul

Situação atual dos principais estoques de atuns e afins do Atlântico Sul Situação atual dos principais estoques de atuns e afins do Atlântico Sul Flávia Lucena Frédou Departamento de Pesca e Aquicultura Universidade Federal Rural de Pernambuco Métodos de estudos para avaliação

Leia mais

Protocolo de identificação de áreas de soltura Proposta preliminar

Protocolo de identificação de áreas de soltura Proposta preliminar Protocolo de identificação de áreas de soltura Proposta preliminar Este protocolo apresenta os requisitos gerais a serem considerados na identificação de áreas de soltura visando à reintrodução ou ao revigoramento

Leia mais

Áreas de Alto Valor de Conservação

Áreas de Alto Valor de Conservação Mil Madeiras Preciosas ltda. Áreas de Alto Valor de Conservação Resumo para Consulta Pública Acervo Área de Manejo PWA Setor de Sustentabilidade Itacoatiara/AM- Brasil. Agosto de 2017. SOBRE ESTE RESUMO

Leia mais

Monica Brick Peres, PhD

Monica Brick Peres, PhD A Importância das Cotas na Gestão da Pesca: A experiência dos EUA pode ser usada no Brasil? Monica Brick Peres, PhD A BASE DA GESTÃO PESQUEIRA NOS EUA: MSA Senadores Ted Stevens e Warren Magnuson A FROTA

Leia mais

Planejamento - 8. Análise Qualitativa de Riscos Análise Quantitativa de Riscos Planejamento de Resposta a Risco. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 8. Análise Qualitativa de Riscos Análise Quantitativa de Riscos Planejamento de Resposta a Risco. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 8 Análise Qualitativa de Riscos Análise Quantitativa de Riscos Planejamento de Resposta a Risco 1 Análise Qualitativa do risco O objetivo da análise qualitativa do risco é classificar os

Leia mais

Módulo Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte

Módulo Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte Módulo 3 4. Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte Sistemas de gestão da qualidade Requisitos 4 Contexto da organização 4.1 Entendendo a organização

Leia mais

352 Boletim do Núcleo Cultural da Horta

352 Boletim do Núcleo Cultural da Horta 352 Boletim do Núcleo Cultural da Horta todos os oceanos. As estimativas variam muito de estudo para estudo, e consoante a definição que se utiliza, mas, recentemente, tem sido sugerido que existem cerca

Leia mais

OHSAS 18001:2007 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL

OHSAS 18001:2007 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL OHSAS 18001:2007 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL Requisitos gerais, política para SSO, identificação de perigos, análise de riscos, determinação de controles. CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE

Leia mais

CONCEITOS (IUCN, 2011) I. População e tamanho da população II. Subpopulações III. Indivíduos maduros

CONCEITOS (IUCN, 2011) I. População e tamanho da população II. Subpopulações III. Indivíduos maduros CONCEITOS (IUCN, 2011) Para que a avaliação seja conduzida corretamente, alguns conceitos essenciais precisam ser considerados. Alguns destes conceitos são necessários para a condução de avaliações nacionais.

Leia mais

Lisboa, 9/1/2012 Princípios e processo de certificação de pescarias

Lisboa, 9/1/2012 Princípios e processo de certificação de pescarias Lisboa, 9/1/2012 Princípios e processo de certificação de pescarias Unidade de Recursos Marinhos e Sustentabilidade (U-REMS) Tendências globais 1) Estagnação produção mundial pesca 2) Aumento disponibilidade

Leia mais

Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007

Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007 Mil Madeiras Preciosas ltda. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PC-007/2007 Versão: 02 Atividade: IDENTIFICAÇÃO E MONITORAMENTO DE AAVC Data de Criação: 29/08/2007 Data de Revisão: 03/08/2017 Metodologia voltada

Leia mais

Comprimento dos indivíduos

Comprimento dos indivíduos MC Gomes Dinâmica Populacional Módulo 15 9 15.5 Selectividade e Regime de Eploração Eistem quatro grandes causas de variação da biomassa de um stock eplorado: recrutamento, crescimento individual, mortalidade

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 02, DE

INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 02, DE INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA Nº 02, DE 09-02-2017 DOU 10-02-2017 A Presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, no uso das atribuições que lhe confere o

Leia mais

AVALIAÇÃO DE ESTOQUE E PROPOSTA DE LIMITE MÁXIMO DE CAPTURA PARA A TAINHA (Mugil liza) - estoque sul, de SP ao RS

AVALIAÇÃO DE ESTOQUE E PROPOSTA DE LIMITE MÁXIMO DE CAPTURA PARA A TAINHA (Mugil liza) - estoque sul, de SP ao RS AVALIAÇÃO DE ESTOQUE E PROPOSTA DE LIMITE MÁXIMO DE CAPTURA PARA A TAINHA (Mugil liza) - estoque sul, de SP ao RS Protegendo os Oceanos do Mundo OCEANA 1 Sumário O QUE É UMA AVALIAÇÃO DE ESTOQUE...04 A

Leia mais

Sistema de Gestão da Qualidade

Sistema de Gestão da Qualidade LV -001 0 Página 1 de 20 RESUMO DA AUDITORIA Data da auditoria: / / Auditor(es): Pessoas contatadas: Pontos positivos detectados: Pontos que precisam de melhoria: Não Conformidades Encontradas: Assinatura

Leia mais

Rainforest Alliance Certified TM Relatório de Auditoria para Administradores de Grupo. Grupo Natural Estate Coffee. Resumo Público.

Rainforest Alliance Certified TM Relatório de Auditoria para Administradores de Grupo. Grupo Natural Estate Coffee. Resumo Público. Rainforest Alliance Certified TM Relatório de Auditoria para Administradores de Grupo Resumo Público Grupo Natural Estate Coffee Produto(s) do grupo: Café Arábica Imaflora Instituto de Manejo e Certificação

Leia mais

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Impactes sectoriais. Sistemas ecológicos e biodiversidade. Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Engenharia Civil, 5º ano / 10º semestre Engenharia Territorio, 4º ano/ 8º semestre Impactes sectoriais Sistemas ecológicos e biodiversidade Impactes Ambientais 6 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Leia mais

-ECOLOGIA APLICADA. Espécies símbolos. Prevenção da Poluição. Conservação de áreas. Preservação da diversidade genética bbbb

-ECOLOGIA APLICADA. Espécies símbolos. Prevenção da Poluição. Conservação de áreas. Preservação da diversidade genética bbbb -ECOLOGIA APLICADA * É o estudo dos efeitos causados pelo homem nos sistemas ecológicos, e o consequente manejo desses sistemas e recursos em benefício da sociedade. Espécies símbolos Questões Prevenção

Leia mais

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE MARINHA E PESCA SUSTENTÁVEL. 7 Outubro 2016, CC Príncipe An Bollen, FPT

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE MARINHA E PESCA SUSTENTÁVEL. 7 Outubro 2016, CC Príncipe An Bollen, FPT CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE MARINHA E PESCA SUSTENTÁVEL 7 Outubro 2016, CC Príncipe An Bollen, FPT TERRA = Planeta Azul 72% da planeta é coberto pelo mar 98% da água que bebemos vem do mar >50% de ar/oxigénio

Leia mais

História de vida. História de vida. Estratégia r vs. estratégia K. História de vida 06/09/2013. Investimento reprodutivo vs. sobrevivência de adultos

História de vida. História de vida. Estratégia r vs. estratégia K. História de vida 06/09/2013. Investimento reprodutivo vs. sobrevivência de adultos História de vida Investimento de recursos (energia) Taxas vitais: sobrevivência, crescimento e reprodução História de vida Adaptações comportamentais e fisiológicas dos organismos (tempo de vida, reprodução,

Leia mais

Diversidade e Conservação. Conservação da Biodiversidade 2009

Diversidade e Conservação. Conservação da Biodiversidade 2009 Diversidade e Conservação Conservação da Biodiversidade 2009 Sistemas complexos: partes (subsistemas) + relações = propriedades emergentes s s escalas não lineares não são conseqüência das partes isoladamente

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini   / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Aula N : 11 Tema:

Leia mais

Gestão de Segurança da Informação. Interpretação da norma NBR ISO/IEC 27001:2006. Curso e- Learning Sistema de

Gestão de Segurança da Informação. Interpretação da norma NBR ISO/IEC 27001:2006. Curso e- Learning Sistema de Curso e- Learning Sistema de Gestão de Segurança da Informação Interpretação da norma NBR ISO/IEC 27001:2006 Todos os direitos de cópia reservados. Não é permitida a distribuição física ou eletrônica deste

Leia mais

Indústria de Cartões de Pagamento (PCI) Padrão de segurança de dados

Indústria de Cartões de Pagamento (PCI) Padrão de segurança de dados Indústria de Cartões de Pagame (PCI) Padrão de segurança de dados Resumo de alterações da Versão 3.1 para a 3.2 do PCI DSS Abril de 2016 Introdução Este docume fornece um resumo de alterações da versão

Leia mais

OCEANOS, MARES E RECURSOS MARINHOS

OCEANOS, MARES E RECURSOS MARINHOS III CICLO DE ESTUDOS ODS - INFORMATIVO 17 IV ENCONTRO 06/2017 OCEANOS, MARES E RECURSOS MARINHOS O D S 1 4 C O N S E R V A R E P R O M O V E R O U S O S U S T E N T Á V E L D O S O C E A N O S, M A R E

Leia mais

INFORMAÇÕES DE SUPORTE. Alvo de Atuação 1. Conter a tendência de redução da biodiversidade no ecossistema marinho da BIG.

INFORMAÇÕES DE SUPORTE. Alvo de Atuação 1. Conter a tendência de redução da biodiversidade no ecossistema marinho da BIG. INFORMAÇÕES DE SUPORTE Alvo de Atuação 1 Conter a tendência de redução da biodiversidade no ecossistema marinho A seguir é apresentado um conjunto de dados e informações sistematizadas que podem melhorar

Leia mais

DIVULGAÇÃO PCCF / IPEF

DIVULGAÇÃO PCCF / IPEF DIVULGAÇÃO PCCF / IPEF Piracicaba, 15 de junho de 2012. Assunto: Atualização da Diretiva FSC-DIR-40-005 sobre Madeira Controlada. Objetivo: Resumo traduzido do conteúdo da norma em questão. Diretiva FSC

Leia mais

Requisitos para o Escopo do Certificado sob a Norma de Produção Agrícola

Requisitos para o Escopo do Certificado sob a Norma de Produção Agrícola Requisitos para o Escopo do sob a Norma de Produção Agrícola Fair Trade USA A. Introdução A Norma de Produção Agrícola (APS) da Fair Trade USA abrange diversos grupos de fazendas e instalações de processamento

Leia mais

Protocolo experimental

Protocolo experimental Protocolo experimental Vamos Pescar? Enquadramento Teórico A procura e o aumento do consumo de peixe pelo Homem conduziram ao longo dos anos à pesca intensiva que causou a diminuição do tamanho das populações

Leia mais

ESTRUTURA E INDICADORES

ESTRUTURA E INDICADORES ESTRUTURA E INDICADORES Há uma lacuna fundamental na compreensão e monitoramento de como estamos alterando os ecossistemas de água doce do mundo e como isso, por sua vez, afeta as pessoas. A ferramenta

Leia mais

MGQ Manual de Gestão da Qualidade. PDQ - Procedimento Documentado ITQ Instrução de Trabalho PQC Plano da Qualidade de Contrato

MGQ Manual de Gestão da Qualidade. PDQ - Procedimento Documentado ITQ Instrução de Trabalho PQC Plano da Qualidade de Contrato PDQ - Procedimento Documentado ITQ Instrução de Trabalho PQC Plano da Qualidade de Contrato ABNT NBR ISO 9001:2008 Sistemas de Gestão da Qualidade - Requisitos Matriz de Documentados Obrigatórios PROCEDIMENTOS

Leia mais

Grupo de Extensão em Sistemas de Gestão Ambiental. Sistema de Gestão Ambiental

Grupo de Extensão em Sistemas de Gestão Ambiental. Sistema de Gestão Ambiental Grupo de Extensão em Sistemas de Gestão Ambiental Sistema de Gestão Ambiental 10 SIGA 25 de agosto de 2013 PANGeA O grupo iniciou suas atividades em 2005. Constituído por alunos da ESALQ Projetos internos

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini   / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Aula N : 11 Tema:

Leia mais

1.1. COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO. O instrumento abrange três processos-chave em três secções:

1.1. COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO. O instrumento abrange três processos-chave em três secções: Anexo 1 1.1. COMO UTILIZAR O INSTRUMENTO DE AUTOAVALIAÇÃO O instrumento abrange três processos-chave em três secções: seleção dos candidatos (ficha de trabalho 1 da folha de cálculo); execução dos projetos

Leia mais

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 6.3.2019 COM(2019) 96 final ANNEXES 1 to 2 ANEXOS da proposta de Decisão do Conselho relativa à posição a tomar em nome da União Europeia na Reunião das Partes do Acordo de

Leia mais

Política de segurança

Política de segurança 1001 - Política de segurança Controlo Documental Data Versão Modificações Autor 19/12/2014 1.0 Criação Manel Cervera Díaz 04/01/2016 1.1 Revisão e Atualização Manel Cervera Díaz 16/03/2016 1.2 Separação

Leia mais

Áreas de Atuação do Engenheiro de Pesca

Áreas de Atuação do Engenheiro de Pesca Universidade Estadual do Oeste do Paraná Centro de Engenharias e Ciências Exatas Curso de Engenharia de Pesca Áreas de Atuação do Engenheiro de Pesca Avaliação dos Recursos Pesqueiros e Impacto Ambiental

Leia mais

Lista de Verificação de Auditorias Internas do SGI - MA - SST

Lista de Verificação de Auditorias Internas do SGI - MA - SST 4.1 Requisitos Gerais 4.2 Política: Ambiental e de SST A empresa possui uma Política Ambiental e de SST? A Política é apropriada a natureza, escala, impactos ambientais e perigos e riscos das suas atividades,

Leia mais

QUALIDADE DAS ÁGUAS EM PARQUES AQUÍCOLAS. Dra. Rachel Magalhães Santeiro INCISA Instituto Superior de Ciências da Saúde

QUALIDADE DAS ÁGUAS EM PARQUES AQUÍCOLAS. Dra. Rachel Magalhães Santeiro INCISA Instituto Superior de Ciências da Saúde QUALIDADE DAS ÁGUAS EM PARQUES AQUÍCOLAS Dra. Rachel Magalhães Santeiro INCISA Instituto Superior de Ciências da Saúde Desenvolvimento da aqüicultura estudos limnológicos manejo para manutenção de alta

Leia mais

Departamento de Conservação da Biodiversidade - DCBio Secretaria de Biodiversidade e Florestas - SBF

Departamento de Conservação da Biodiversidade - DCBio Secretaria de Biodiversidade e Florestas - SBF A Décima Conferência das Partes ocorreu em Nagoya, Província de Aichi, Japão, de 18 a 29 de outubro de 2010 Site oficial: http://www.cbd.int/cop10/ Relatório Final: acesso via http://www.cbd.int/doc/meetings/cop/cop-

Leia mais

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS

REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO AVISO PARA APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS PRIORIDADE DE INVESTIMENTO: INVESTIMENTO NA CONSERVAÇÃO, PROTECÇÃO, PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PATRIMÓNIO NATURAL

Leia mais

Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas GEF-Mar

Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas GEF-Mar BANCO MUNDIAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE FUNDO BRASILEIRO PARA A BIODIVERSIDADE Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas GEF-Mar Termo de Referência

Leia mais

Correlações: Artigo 4 e Anexo II alterados pela Resolução CONAMA nº 381/06

Correlações: Artigo 4 e Anexo II alterados pela Resolução CONAMA nº 381/06 RESOLUÇÃO CONAMA nº 306, de 5 de julho de 2002 Publicada no DOU n o 138, de 19 de julho de 2002, Seção 1, páginas 75-76 Correlações: Artigo 4 e Anexo II alterados pela Resolução CONAMA nº 381/06 Estabelece

Leia mais

Requisitos onde as normas ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015 requerem informação documentada:

Requisitos onde as normas ISO 9001:2015 e ISO 14001:2015 requerem informação documentada: Com a finalidade de entendermos melhor quais requisitos das normas ISO revisadas requerem a criação de algum tipo de informação documentada, seja ela, procedimento, registro, check lists, especificações,

Leia mais

CYBERGYM #CG002 POR SERVIÇOS DE DEFESA CIBERNÉTICA

CYBERGYM #CG002 POR SERVIÇOS DE DEFESA CIBERNÉTICA CYBERGYM #CG002 POR SERVIÇOS DE DEFESA CIBERNÉTICA DESIGN, DESENVOLVIMENTO E AJUSTE Design, estabelecimento e monitoração abrangentes e estratégicas de soluções de defesa cibernética utilizando o know-how

Leia mais

PT Unida na diversidade PT B8-0360/1. Alteração. Paolo De Castro, Ulrike Rodust, Isabelle Thomas em nome do Grupo S&D

PT Unida na diversidade PT B8-0360/1. Alteração. Paolo De Castro, Ulrike Rodust, Isabelle Thomas em nome do Grupo S&D 27.4.2015 B8-0360/1 1 Considerando C-A (novo) C-A. Considerando que os temas da Expo Milão 2015, que incidem principalmente na alimentação, incluem também a pesca, que, como a agricultura, está ligada

Leia mais

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 6.3.2019 COM(2019) 98 final ANNEXES 1 to 2 ANEXOS da proposta de Decisão do Conselho relativa à posição a tomar em nome da União Europeia na Comissão do Atum do Oceano Índico

Leia mais

Gerenciamento do Tempo de Projetos. Parte 05. Gerenciamento de Projetos Espaciais CSE-301. Docente: Petrônio Noronha de Souza

Gerenciamento do Tempo de Projetos. Parte 05. Gerenciamento de Projetos Espaciais CSE-301. Docente: Petrônio Noronha de Souza Gerenciamento do Tempo de Projetos Parte 05 Gerenciamento de Projetos Espaciais CSE-301 Docente: Petrônio Noronha de Souza Curso: Engenharia e Tecnologia Espaciais Concentração: Engenharia e Gerenciamento

Leia mais

As frotas de pesca caracterizam-se de acordo com:

As frotas de pesca caracterizam-se de acordo com: As frotas de pesca caracterizam-se de acordo com: Tempo de permanência no mar. A dimensão das embarcações. O número de tripulantes. Assim, podemos classificar os tipos de pesca em: 1. Pesca Artesanal (de

Leia mais

Discussão sobre os efeitos da Portaria MMA nº 445, de 17.12.2014

Discussão sobre os efeitos da Portaria MMA nº 445, de 17.12.2014 Audiência Pública Câmara dos Deputados Discussão sobre os efeitos da Portaria MMA nº 445, de 17.12.2014 Brasília, 31 de março de 2015 Lista de espécies ameaçadas Portaria MMA 445/2014 Art. 1º Reconhecer

Leia mais

FSC-STD-BRA V1-0 PT Avaliação de Plantações Florestais no Brasil

FSC-STD-BRA V1-0 PT Avaliação de Plantações Florestais no Brasil FSC-STD-BRA-01-2014 V1-0 PT Avaliação de Plantações Florestais no Brasil Lista de indicadores a serem avaliados nos próximos monitoramentos (diferenças entre o Padrão Interino Imaflora e o Padrão Nacional

Leia mais

Política Controles Internos

Política Controles Internos Política Controles 1. Objetivo Esta política estabelece diretrizes e responsabilidades para a implementação e manutenção do Sistema de Controles integrado ao Gerenciamento de Risco Operacional aplicável

Leia mais

Público-Alvo (Áreas envolvidas)

Público-Alvo (Áreas envolvidas) Política: Política de Gestão de Dados Versão: 1.00 Responsável: Diretor Roberto Chateaubriand Tel.: +55 (11) 3556-7208 Gestor Carlos Bacetti Tel.: +55 (11) 3556-7240 Colaborador Michel Roque Tel.: +55

Leia mais

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 8.3.2019 COM(2019) 108 final ANNEXES 1 to 2 ANEXOS da proposta de Decisão do Conselho relativa à posição a tomar em nome da União Europeia na Conferência anual das Partes na

Leia mais

Institui a Política de Gestão de Riscos do Ministério do Meio Ambiente.

Institui a Política de Gestão de Riscos do Ministério do Meio Ambiente. PORTARIA MMA Nº 126, DE 26 DE ABRIL DE 2018 Institui a Política de Gestão de Riscos do Ministério do Meio Ambiente. O Ministro de Estado do Meio Ambiente, Substituto, no uso das atribuições que lhe conferem

Leia mais

AVANÇOS NA UTILIZAÇÃO DE NEMATOIDES COMO BIOINDICADORES DA QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE

AVANÇOS NA UTILIZAÇÃO DE NEMATOIDES COMO BIOINDICADORES DA QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE AVANÇOS NA UTILIZAÇÃO DE NEMATOIDES COMO BIOINDICADORES DA QUALIDADE DO MEIO AMBIENTE Giovani de Oliveira Arieira¹ ¹Departamento de Fitotecnia e Fitossanidade/Faculdade de Agronomia e Zootecnia, Universidade

Leia mais

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho

ANEXOS. proposta de Decisão do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 8.3.2019 COM(2019) 114 final ANNEXES 1 to 2 ANEXOS da proposta de Decisão do Conselho relativa à posição a tomar em nome da União Europeia na Comissão Alargada da Convenção

Leia mais

A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro

A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro A fauna ameaçada de extinção do Estado do Rio de Janeiro Organizadores Helena de Godoy Bergallo, Carlos Frederico Duarte da Rocha, Maria Alice dos Santos Alves & Monique Van Sluys Rio de Janeiro 2000 Capítulo

Leia mais

Sistema de Gestão Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) ESTRUTURA ISO :2016

Sistema de Gestão Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) ESTRUTURA ISO :2016 Sistema de Gestão Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) ESTRUTURA ISO 45.001:2016 Definição: Objetivos: ESTRUTURA ISO 45.001:2016 Conjunto de ações sistematizadas que visam o atendimento de controle e

Leia mais

Gerenciamento dos Riscos do Projeto (PMBoK 5ª ed.)

Gerenciamento dos Riscos do Projeto (PMBoK 5ª ed.) Gerenciamento dos Riscos do Projeto (PMBoK 5ª ed.) Esta é uma área essencial para aumentar as taxas de sucesso dos projetos, pois todos eles possuem riscos e precisam ser gerenciados, ou seja, saber o

Leia mais

Um processo comprovado para o desenvolvimento de Bole2ns (Report Card) de Saúde Ambiental de Ecossistemas. Bill Dennison

Um processo comprovado para o desenvolvimento de Bole2ns (Report Card) de Saúde Ambiental de Ecossistemas. Bill Dennison Um processo comprovado para o desenvolvimento de Bole2ns (Report Card) de Saúde Ambiental de Ecossistemas Bill Dennison 25 de Abril, 2016 Report cards are a five step process Workshop para iden.ficar valores

Leia mais

SEGUNDA MINUTA PARA CONSULTA 01 de julho de 2015

SEGUNDA MINUTA PARA CONSULTA 01 de julho de 2015 O CONTEÚDO DA MINUTA É PARA FINS DE CONSULTA E NÃO FOI APROVADO PELO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO DO BIRD/IDA. Normas Ambientais e Sociais 6. Conservação da Biodiversidade e Manejo Sustentável dos

Leia mais

Apresentação geral das mudanças da norma ISO/IEC e visão da Cgcre, organismo de acreditação brasileiro

Apresentação geral das mudanças da norma ISO/IEC e visão da Cgcre, organismo de acreditação brasileiro Apresentação geral das mudanças da norma ISO/IEC 17025 e visão da Cgcre, organismo de acreditação brasileiro Mauricio Araujo Soares 02/08/2017 Analista Executivo em Metrologia e Qualidade Dicla/Cgcre/Inmetro

Leia mais

Controle - 3. Realizar o Controle da Qualidade Relatório de Desempenho. Mauricio Lyra, PMP

Controle - 3. Realizar o Controle da Qualidade Relatório de Desempenho. Mauricio Lyra, PMP Controle - 3 Realizar o Controle da Qualidade Relatório de Desempenho 1 Realizar o Controle da Qualidade Preocupa-se com o monitoramento dos resultados do trabalho, a fim de verificar se estão sendo cumpridos

Leia mais

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL DIRECÇÃO NACIONAL DO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE GESTÃO AMBIENTAL

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL DIRECÇÃO NACIONAL DO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE GESTÃO AMBIENTAL REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA TERRA, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL DIRECÇÃO NACIONAL DO AMBIENTE DEPARTAMENTO DE GESTÃO AMBIENTAL TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A REALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO DE TERRAS

Leia mais

FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA PESQUEIRA

FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA PESQUEIRA FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA PESQUEIRA Aula 03 Conceitos da oceanografia aplicada na pescaria Alguns conceitos importantes envolvendo estoques pesqueiros A pesca no Mundo (contexto atual) João Vicente Mendes

Leia mais

Gestão dos Recursos Marinhos

Gestão dos Recursos Marinhos Encontro Regional Eco-Escolas região Norte- 15 fevereiro 2019 Gestão dos Recursos Marinhos Sandra Ramos ssramos@ciimar.up.pt Instituição de investigação científica e de formação avançada da Universidade

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS - SEMA GABINETE DO SECRETÁRIO

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS - SEMA GABINETE DO SECRETÁRIO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS - SEMA GABINETE DO SECRETÁRIO PORTARIA Nº 086, DE 18 DE SETEMBRO DE 2017. Institui Termo de Referência para elaboração

Leia mais

MANEJO DE FAUNA SILVESTRE

MANEJO DE FAUNA SILVESTRE MANEJO DE FAUNA SLVESTRE Katia Ferraz LCF/ESALQ O que é manejo de fauna? É a manipulação ou proteção de uma população para alcançar um objetivo (Sinclair et al. 2006) 1994 2006 1 Origem 1933 Aldo Leopold

Leia mais

ABNT NBR ISO Introdução a ABNT NBR ISO 14001: 2015 Disponível em: file:///c:/users/aline/downloads/introducao14001portportal.

ABNT NBR ISO Introdução a ABNT NBR ISO 14001: 2015 Disponível em: file:///c:/users/aline/downloads/introducao14001portportal. ABNT NBR ISO 14001 Introdução a ABNT NBR ISO 14001: 2015 Disponível em: file:///c:/users/aline/downloads/introducao14001portportal.pdf Por que a ABNT NBR ISO 14001 foi revisada? Todas as normas ABNT são

Leia mais

ADAPTAÇÃO. Aumentar Resiliência Reduzir Vulnerabilidade

ADAPTAÇÃO. Aumentar Resiliência Reduzir Vulnerabilidade ADAPTAÇÃO Aumentar Resiliência Reduzir Vulnerabilidade Adaptação Alguma Adaptação já esta ocorrendo, mas em base muito limitada ainda Adaptação a variabilidade do clima Adaptação a mudancas climaticas,

Leia mais

Marco Bailon Conselheiro

Marco Bailon Conselheiro Marco Bailon Conselheiro Origem do Projeto de Lei Ameaças à atividade pesqueira - exemplos Concorrência de competências Trâmite no Congresso Nacional Discussão e encaminhamentos 11.04.2013: Seminário 25

Leia mais

Padrão de Desempenho 6 Rev 0.1 Preservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável dos Recursos Naturais

Padrão de Desempenho 6 Rev 0.1 Preservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável dos Recursos Naturais Introdução 1. O Padrão de Desempenho 6 reconhece que a proteção e a conservação da biodiversidade, a manutenção dos serviços dos ecossistemas e a gestão sustentável dos recursos naturais são fundamentais

Leia mais

Considerações sobre a soltura de aves silvestres apreendidas

Considerações sobre a soltura de aves silvestres apreendidas Considerações sobre a soltura de aves silvestres apreendidas Dr. Caio Graco Machado Universidade Estadual de Feira de Santana Sociedade Brasileira de Ornitologia - SBO Principais pontos a serem considerados:

Leia mais

ANEXO. Diretiva da Comissão

ANEXO. Diretiva da Comissão COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 17.5.2017 C(2017) 2842 final ANNEX 1 ANEXO da Diretiva da Comissão que altera a Diretiva 2008/56/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à lista indicativa de

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA Rua do Matão - Travessa 14 nº 321 - CEP 558-9 Cidade Universitária - São Paulo - Brasil http://www.ib.usp.br Instruções Gerais: 1) Responda às questões

Leia mais

PLANO DE MANEJO PEM Laje de Santos CONSEMA 04/12/2018

PLANO DE MANEJO PEM Laje de Santos CONSEMA 04/12/2018 PLANO DE MANEJO PEM Laje de Santos CONSEMA 04/12/2018 Categoria Parque Estadual Marinho Bioma: Marinho, formado por costões rochosos e formações coralíneas, ambiente propício para a conservação de peixes

Leia mais

Medidas de gestão, de conservação e de controlo aplicáveis na área da Convenção da Organização Regional de Gestão das Pescas do Pacífico Sul (SPRFMO)

Medidas de gestão, de conservação e de controlo aplicáveis na área da Convenção da Organização Regional de Gestão das Pescas do Pacífico Sul (SPRFMO) 9.1.2018 A8-0377/ 001-026 ALTERAÇÕES 001-026 apresentadas pela Comissão das Pescas Relatório Linnéa Engström A8-0377/2017 Medidas de gestão, de conservação e de controlo aplicáveis na área da Convenção

Leia mais

Mestrado em Engenharia do Ambiente 2º ano / 1º semestre Impactes Ambientais. Impactes cumulativos. 5 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário

Mestrado em Engenharia do Ambiente 2º ano / 1º semestre Impactes Ambientais. Impactes cumulativos. 5 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário Mestrado em Engenharia do Ambiente 2º ano / 1º semestre Impactes Ambientais Impactes cumulativos 5 ª aula Prof. Doutora Maria do Rosário Partidário NEPA 1970: Conceitos Impactes no ambiente que resultam

Leia mais

MANEJO DE FAUNA SILVESTRE

MANEJO DE FAUNA SILVESTRE MANEJO DE FAUNA SLVESTRE Katia Ferraz LCF/ESALQ ORGEM 1933 Aldo Leopold publica Game Management e recebe primeiro cargo de professor universitário de Wildlife Management. 1937 Fundação da The Wildlife

Leia mais

FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO

FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO PRINCÍPIOS ISO 9001:2015 1. Foco no cliente 2. Liderança 3. Engajamento das pessoas 4. Abordagem de processo 5. Melhoria

Leia mais

Sistema de Gestão Segurança e Saúde do Trabalho (SGSSO) ESTRUTURA ISO 45001:2018

Sistema de Gestão Segurança e Saúde do Trabalho (SGSSO) ESTRUTURA ISO 45001:2018 Sistema de Gestão Segurança e Saúde do Trabalho (SGSSO) ESTRUTURA ISO 45001:2018 Definição: Objetivos: Conjunto de ações sistematizadas que visam o atendimento de controle e melhoria do nível de desempenho

Leia mais

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar PROJECTO DE PARECER

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar PROJECTO DE PARECER PARLAMENTO EUROPEU 2004 2009 Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar PROVISÓRIO 2004/0020(CNS) 29.9.2004 PROJECTO DE PARECER da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança

Leia mais

Carlos Machado de Freitas

Carlos Machado de Freitas 1 MUDANÇAS CLIMÁTICAS COMO RESULTADO DE GRANDES MUDANÇAS SOCIAIS E AMBIENTAIS AO LONGO DA HISTÓRIA AGRICULTURA (+ de 10.000 anos) FIM DA ERA GLACIAL E DOMESTICAÇÃO DA NATUREZA (entre 10.000 e 5.000 anos

Leia mais

ANEXOS. Proposta de Decisão do Conselho

ANEXOS. Proposta de Decisão do Conselho COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 7.3.2019 COM(2019) 101 final ANNEXES 1 to 2 ANEXOS da Proposta de Decisão do Conselho relativa à posição a tomar em nome da União Europeia na Comissão das Pescas do Pacífico

Leia mais