REGULAMENTO INTERNO da B.E
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- Isabela Soares Cruz
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1 REGULAMENTO INTERNO da B.E Biblioteca da Escola EB 2,3 de Valongo do Vouga Ano Lectivo 2010/2011 (Secção IV do Regulamento Interno do Agrupamento)
2 Biblioteca Escolar da E.B.2,3 de Valongo do Vouga O documento Regulamento Interno estabelece as regras de funcionamento da escola. A biblioteca deve vir especificada mas não deve ser entendida como uma área à parte. Determinadas normas devem ser comuns à instituição pelo que devem ser definidas em termos gerais. Por outro lado não devem ser especificadas determinadas situações que impliquem alterações constantes ao Regulamento Interno, sendo que se deve entender o RI como um documento que não deve ser alterado durante alguns anos. Assim determinadas situações devem ser apenas explicitadas nas normas de funcionamento da BE e seus anexos ou no manual de procedimentos, devendo por outro lado ser prestada atenção à definição de normas de carácter geral constantes de outras secções do RI. Um bom RI só terá de ser alterado pela existência de um conjunto de novas situações que não sejam possíveis de enquadrar em orientações gerais anteriores: não se destina a resolver problemas pontuais nem deve estar dependente de alterações em opções de carácter prático. Art.º1 Definição, Objecto e Âmbito 1. A Biblioteca Escolar da EB 2,3 de Valongo do Vouga (BE) é uma estrutura vital do processo educativo essencial ao desenvolvimento da missão da escola. A Biblioteca Escolar deve ser entendida como uma estrutura pedagógica integrada no processo educativo, pólo dinamizador de novos projectos e novas práticas pedagógicas, protagonista de mudança e inovação, contribuindo para um Projecto de Agrupamento. 2. A BE disponibiliza a toda a comunidade educativa, em sistema de livre acesso, um conjunto diversificado de recursos de apoio às actividades de ensino - aprendizagem, cumprindo objectivos curriculares e de suporte a actividades e projectos de âmbito extra - curricular, bem como recursos informativos e de lazer de forma a responder a necessidades intelectuais e formativas dos membros da comunidade educativa, satisfazendo assim as funções informativas, educativa, cultural e recreativa. 3. Para o efeito a BE gere recursos educativos, integrando espaços dotados de equipamentos adequados, onde são recolhidos, tratados e disponibilizados todo o tipo de documentos que contribuam para o desenvolvimento de actividades de natureza pedagógica, bem como de ocupação de tempos livres e de lazer, geradores de competências potenciadoras de cidadãos críticos para a sociedade da informação e do conhecimento. 4. As actividades desenvolvidas e promovidas pela Biblioteca Escolar estão em conformidade com as grandes linhas de actuação do Projecto Educativo do Agrupamento e encontram-se integradas no respectivo Plano de Actividades. 5. A BE dispõe de espaço próprio e gabinete de trabalho. As instalações organizam-se em vários espaços integrados, dotados de equipamentos específicos. Em qualquer das situações, os espaços e equipamentos afectos às bibliotecas são exclusivos para essa função, devendo qualquer alteração prevista ser proposta à RBE/DREC e aprovada em Conselho Pedagógico.
3 Art.º2 Princípios, Missão e Objectivos 1. Tendo por base os objectivos traçados no Projecto Educativo, bem como os objectivos estabelecidos pelo Programa da Rede de Bibliotecas Escolares, a Biblioteca Escolar rege-se, essencialmente, pelos seguintes princípios: a) Constituir a BE como centro de recursos educativos de toda a comunidade educativa, independentemente da idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua e estatuto profissional ou social, dotando as escolas de um fundo documental adequado às necessidades curriculares e aos vários projectos de trabalho; b) Promover a plena utilização e integração dos recursos pedagógicos existentes, apoiando docentes e discentes na execução de trabalhos e projectos de âmbito curricular e de desenvolvimento curricular; c) Desenvolver nos alunos competências a nível da gestão e produção de informação, de autonomia e do trabalho colaborativo; d) Estimular e fomentar nos alunos a apetência para a aprendizagem, criando condições para a descoberta do prazer de ler e escrever, o interesse pelas ciências, pela arte e pela cultura; e) Apoiar os professores na planificação e criação de situações de aprendizagem, divulgando e incentivando o uso e integração dos recursos materiais e de informação na actividade pedagógica, de forma a promover o desenvolvimento das literacias cruciais à construção do conhecimento e à progressão nas aprendizagens. f) Providenciar acesso aos recursos locais, regionais, nacionais e globais e ás oportunidades que confrontem os alunos com ideias, experiencias e opiniões diversificadas. g) Organizar actividades que favoreçam a consciência e a sensibilização para as questões de ordem cultural e social. h) Defender que a liberdade intelectual e o acesso à informação são essenciais à construção de uma cidadania efectiva e responsável e à participação na democracia. i) Oferecer aos utilizadores, em especial aos alunos, recursos para ocupação dos tempos livres. j) Alargar o âmbito de funcionalidade da BE às escolas que integram o Agrupamento de modo a: 1- Criar um serviço de itinerâncias documentais; 2- Disponibilizar aos jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do ensino básico um serviço de biblioteca que preveja a renovação dos fundos documentais já existentes. 3- A forma de concretização dos princípios referidos encontra-se enunciada no Plano de Acção da BE, documento já elaborado/revisto de três em três anos. 4- O Plano integra os seguintes documentos normativos: Manual de Procedimentos, Política de Desenvolvimento e Gestão da Colecção, Plano de Actividades e Regimento Interno. 5- A elaboração destes documentos é da responsabilidade da Equipa de Trabalho da BE que deverá ser multidisciplinar.
4 Art.º3 Política Documental do Agrupamento 1. A política documental será definida, ouvidos o Órgão Directivo, o Conselho Pedagógico, os professores, os alunos e a restante comunidade educativa e deve estar de acordo com os Projectos Educativo e Curricular do Agrupamento. 2. O fundo documental deve: a) Representar a ideia de que a liberdade e o acesso à informação são essenciais para uma cidadania efectiva e responsável e para a participação na democracia; b) Obedecer a uma oferta informativa em suportes diversificados, respeitando a proporcionalidade de 1:3 relativamente ao material livro e não livro; c) Facultar um fundo documental global equivalente a 10 vezes o número de alunos; d) Proporcionar apoio a todas as áreas do Currículo Nacional; e) Conter bibliografia de apoio a docentes para o desenvolvimento dos projectos curriculares de turma em especial no que se refere a diferenciação de ensino, a necessidades educativas especiais e a diversidade cultural; f) Incluir toda a documentação adquirida pelas escolas (através de oferta, compra ou permuta). g) Os documentos serão registados/inventariados na BE da escola sede, ficarão acessíveis para pesquisa no catálogo colectivo do Agrupamento e disponíveis para requisição domiciliária e empréstimo inter-bibliotecas. h) Registar os materiais produzidos no âmbito das actividades desenvolvidas nas escolas que revelem interesse para a comunidade escolar; i) Contemplar áreas da componente extracurricular e lúdico-recreativo. 3. Para a consecução dos pontos acima referidos será definida a política de desenvolvimento e gestão da colecção e o respectivo plano anual de aquisições. 4. O Coordenador(a), com o apoio da equipa da BE, será o principal responsável pela execução da política documental definida e decidirá, em última instância, as aquisições documentais, ouvidos os diferentes utilizadores, e de acordo com a dotação orçamental anual consignada pelo Agrupamento para o efeito. 5. A política de desenvolvimento da colecção será aprovada pelo Conselho Pedagógico, sendo este órgão responsável pela sua publicitação junto da comunidade educativa. 6. Este documento deverá ser revisto sempre que ocorrerem mudanças significativas ao nível da politica educativa e/ou planos curriculares e/ou quando se verifique a reformulação do Projecto Educativo do Agrupamento. Art.º4 Organização e Gestão A organização e gestão da BE é da responsabilidade do(a) Coordenador(a) com apoio da equipa, em articulação com o Órgão de Gestão.
5 Art.º5 Equipa de BE: Composição e Designação 1. De acordo com a Portaria n.º 756/2009 de 14 de Julho, o(a) Coordenador(a) da equipa é designado pelo órgão de gestão o qual deverá ser um docente do quadro do Agrupamento (sempre que possível) com formação específica nesta área, de acordo com as orientações do Gabinete da Rede de Bibliotecas e da legislação vigente. 2. Os docentes que integram a equipa da Biblioteca Escolar são designados pelo Director do Agrupamento, de entre os que disponham de competências nos domínios pedagógicos, de gestão de projectos, de gestão da informação, das ciências documentais e das tecnologias de informação e comunicação. 3. Compete ao Órgão de Gestão, a designação dos elementos da equipa de trabalho da BE da escola respeitando os requisitos de formação e o perfil funcional legalmente definido e ouvindo a opinião do respectivo coordenador. 4. A representação da BE, no Conselho Pedagógico ficará a cargo do Coordenador(a). 5. O Coordenador(a) da BE, cumprirá 35 horas semanais, divididas pelos vários dias da semana, em horário a estipular pelo Director. Essas horas serão distribuídas pelas actividades inerentes às funções do coordenador de bibliotecas, sendo necessário prever períodos para preparação de actividades e participação em reuniões de vária ordem, internas e externas à escola. 6. O exercício da função de Professor Bibliotecário em mobilidade é anual, podendo ser renovado só até 3 vezes, desde que haja interesse do director do agrupamento e a concordância expressa do docente e ainda que reúna um mínimo de 4 pontos em formação na área das bibliotecas escolares, de acordo com o n.º2 do artigo 11 da portaria 756/2009 de 14 de Julho. 7. A Equipa da BE reúne, ordinariamente, uma vez por período e, extraordinariamente, sempre que convocada pelo seu Coordenador ou a pedido de pelo menos um terço dos seus membros. 8. Os funcionários com experiência e/ou formação específica na área da biblioteconomia deverão ficar vinculados à Biblioteca, considerando a especificidade do conteúdo funcional requerido. Art.º6 Professor Bibliotecário (PB) 1. A equipa educativa responsável pela Biblioteca é coordenada pelo PB. 2. O PB é designado pelo Director, no âmbito das suas atribuições legais, de entre os docentes que se enquadrem no perfil definido na Portaria nº 756/2009 de 14 de Julho. 3. O coordenador da equipa da BE é designado pelo director, de entre os professores bibliotecários 4. O mandato do PB, com duração mínima de quatro anos, poderá cessar a todo o tempo, por decisão fundamentada do Director, ouvido o Conselho Pedagógico, ou a pedido do interessado. Para todos os efeitos e em qualquer dos casos a demissão só se concretiza no final do ano lectivo. Exceptuam-se os casos de doença prolongada
6 ou quando se torna manifesta a desadequação ao cargo, com evidentes prejuízos para os alunos. 5. O PB poderá ser substituído nas suas funções, em caso de ausência prolongada, à semelhança de outros docentes, de acordo com a legislação em vigor. 6. O PB pode optar por manter a leccionação de uma turma. 7. O PB que exerça funções em regime de monodocência pode ter até cinco horas de apoios educativos. 8. Compete ao Professor Bibliotecário, sem prejuízo de outras tarefas a definir no presente regulamento: a) Assegurar serviço de biblioteca para todos os alunos do agrupamento ou da escola não agrupada; b) Promover a articulação das actividades da biblioteca com os objectivos do projecto educativo, do projecto curricular de agrupamento/escola e dos projectos curriculares de turma; c) Assegurar a gestão dos recursos humanos afectos à(s) biblioteca(s); d) Garantir a organização do espaço e assegurar a gestão funcional e pedagógica dos recursos materiais afectos à biblioteca; e) Definir e operacionalizar uma política de gestão dos recursos de informação, promovendo a sua integração nas práticas de professores e alunos; f) Apoiar as actividades curriculares e favorecer o desenvolvimento dos hábitos e competências de leitura, da literacia da informação e das competências digitais, trabalhando colaborativamente com todas as estruturas do agrupamento ou escola não agrupada; g) Apoiar actividades livres, extracurriculares e de enriquecimento curricular incluídas no plano de actividades ou projecto educativo do agrupamento ou da escola não agrupada; h) Estabelecer redes de trabalho cooperativo, desenvolvendo projectos de parceria com entidades locais; i) Implementar processos de avaliação dos serviços e elaborar um relatório anual de auto-avaliação a remeter ao Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares (GRBE); j) Representar a biblioteca escolar no Conselho Pedagógico, nos termos do Regulamento Interno; l) O PB deverá coordenar a equipa técnico-pedagógico, representá-los no Conselho Pedagógico, promovendo reuniões mensais com os mesmos. m) Gerir os recursos financeiros previstos e aprovados para a execução do Plano de Actividades; n)participar nas reuniões/projectos da Rede de Bibliotecas Concelhias, de acordo com o protocolo estabelecido; o) Representar externamente a BE de acordo e em consonância com o órgão de gestão e o Conselho Pedagógico; Art.7 Competências dos Professores da Equipa: O bibliotecário escolar é o elemento do corpo docente, qualificado, responsável pelo planeamento e gestão da biblioteca escolar. É apoiado por uma equipa tão adequada quanto possível, trabalhando em conjunto com todos os membros da comunidade escolar e em ligação com a biblioteca pública e outras.
7 Os Professores da equipa, assumem competências: a) Na área do planeamento e gestão (planificação de actividades, gestão do fundo documental, organização da informação, serviços de referência e fontes de informação, difusão da informação e marketing, gestão de recursos humanos, materiais e financeiros); b) Na área das literacias, em particular nas da leitura e da informação; c) No desenvolvimento do trabalho em rede; d) Na área da avaliação; e) No desenvolvimento do trabalho em equipa. Art.8 Competências do Auxiliar de Acção Educativa na BE São atribuições do Auxiliar de Acção Educativa na BE: a) Atendimento aos utilizadores; b) Controlo da leitura presencial, do empréstimo domiciliário e para as aulas; c) Controlo do funcionamento do espaço da BE; d) Apoio à utilização dos equipamentos; e) Manuseamento da fotocopiadora; f) Controlo da utilização das impressoras; g) Colaboração com o Coordenador e outros elementos da equipa no tratamento técnico dos documentos (registo, carimbagem, cotação, arrumação, catalogação e informatização); h) Manter a organização das zonas funcionais do espaço. i) Conservação e restauro de materiais; j) Participação no desenvolvimento das actividades de animação pedagógica e cultural; k) Cooperação no tratamento estatístico regular dos dados da avaliação do desempenho da BE. Art.º9 Dinâmica Concelhia A nível concelhio existe um grupo trabalho que funciona de acordo com o estipulado em regulamento próprio. A BE deve estabelecer laços de parceria técnica - pedagógica com o Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares constituído na Biblioteca Municipal (Biblioteca municipal Manuel Alegre). Art.10 Avaliação da BE A avaliação da BE far-se-á com regularidade, através da recolha de dados do trabalho desenvolvido e serviços prestados. Trimestralmente a equipa procederá a uma avaliação intermédia, com base nos dados recolhidos e na reflexão conjunta, podendo
8 em função dessa avaliação realizar-se ajustes à planificação. No final de cada ano lectivo será elaborado pela Coordenadora em colaboração com a equipa, uma Auto- Avaliação, em modelo próprio. Esta Auto-Avaliação, permite determinar até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos para a BE estão ou não a ser alcançados, permite identificar práticas que têm sucesso e que deverão continuar e permite identificar pintos fracos. A avaliação da BE, deve ainda ser incorporada no processo de auto-avaliação da própria escola e deve articular-se com os objectivos do Projecto Educativo da Escola. Os vários elementos a analisar na auto-avaliação da BE, agrupam-se em quatro domínios e respectivos subdomínios: Apoio ao Desenvolvimento Curricular. Leitura e Literacia. Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade. Gestão da BE. A Coordenadora da Biblioteca Escolar (Teresa Alexandra Rodrigues Olaio)
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