AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA COM RECURSO À CARACTERIZAÇÃO DE COMUNIDADES BIOLÓGICAS NAS BACIAS DO VOUGA, MONDEGO E LIS

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1 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA COM RECURSO À CARACTERIZAÇÃO DE COMUNIDADES BIOLÓGICAS NAS BACIAS DO VOUGA, MONDEGO E LIS M.L. Chaves; P.M. Chainho; P.R. Almeida; I.M. Domingos; J.L. Costa & M.J. Costa Instituto de Oceanografia. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. R. Ernesto de Vasconcelos, Campo Grande , Lisboa zitasia@fc.ul.pt RESUMO A caracterização das comunidades de peixes e macroinvertebrados das bacias hidrográficas do Vouga, Mondego e Lis foi efectuada com base em amostragens realizadas no Verão de 1998 e Primavera de Utilizando o número total de capturas obtido através do método de pesca eléctrica, para os peixes, e kick-sampling, para os macroinvertebrados, foram efectuadas análises de correspondências com extracção de tendências, para cada uma das referidas comunidades. Ao relacionar, de modo indirecto, os resultados das análises multivariadas com as características de cada estação amostrada (e.g. altitude, tipo de substrato, profundidade) foi possível observar respostas distintas a estes factores por parte de cada uma das comunidades em estudo. Enquanto a comunidade piscícola reflecte fundamentalmente as características fisiogeográficas do território, permitindo identificar uma zonação longitudinal das bacias, os macroinvertebrados aparentam ser particularmente sensíveis aos níveis de poluição da água, uma vez que as estações de amostragem surgiram ordenadas ao longo do 1º eixo segundo um gradiente de degradação evidenciado pelo índice BMWP. Estes resultados corroboram a abordagem indicada pela proposta de Directiva- Quadro da Água, que aponta no sentido de se efectuar uma análise integrada dos diversos tipos de comunidades para o estabelecimento de uma rede de monitorização da qualidade da água. ABSTRACT The characterisation of the fish and invertebrates communities of Vouga, Mondego and Lis basins was based on Summer (1998) and Spring samples (1999). Detrended correspondence analysis were performed with the total number of fish captures (obtained by electric fishing gear) and macroinvertebrate captures (kicksampling). These results were indirectly related with the characteristics of each sampling station (e.g. altitude, riverbed type, depth) in order to obtain the communities answers to these parameters. I. INTRODUÇÃO Tendo em conta os objectivos propostos pela Directiva-Quadro para a Política da Água (Anónimo, 2000), e especificamente no que diz respeito às águas superficiais, os Planos de Bacia Hidrográfica (PBH) visaram integrar, desde logo, um conjunto de elementos que permitisse, entre outros objectivos, determinar o estado ecológico actual destas águas, bem como definir uma série de locais a integrar numa futura rede nacional de monitorização da qualidade ecológica das águas. Uma vez que o conceito de estado ecológico integra parâmetros tão diversos como bióticos, hidromorfológicos e físico-químicos a referida Directiva-Quadro previa também a definição de unidades territoriais com características biogeográficas homogéneas, as ecorregiões, por forma a facilitar o estabelecimento da futura rede de monitorização e simplificar a identificação de diferentes estados de referência. Analogamente, a identificação dos diversos tipos de cursos de água existentes numa

2 bacia hidrográfica, os ecótopos, como forma adicional de tipificação das diferentes zonas da bacia, veio também simplificar a concretização dos objectivos iniciais. Para definição dos diversos ecótopos a Directiva-Quadro aponta como possíveis dois sistemas: A onde se encontram estabelecidos os vários ecótopos a serem prospectados tendo em conta a altitude, a área de drenagem do curso de água e a geologia do local; e B onde são indicados parâmetros obrigatórios e um alargado conjunto de factores opcionais que poderão ser tidos em conta na definição das estações de amostragem. A caracterização das comunidades ictiofaunística e de macroinvertebrados das bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis, integrada no âmbito dos respectivos PBH, foi realizada em duas épocas distintas. O estudo destes dois grupos de organismos, que se encontram incluídos no conjunto dos elementos biológicos apontados pela Directiva-Quadro como fundamentais para a classificação do estado ecológico das águas superficiais, permitiu efectuar uma caracterização ampla das referidas bacias e, simultaneamente, inferir a aplicabilidade destas comunidades enquanto bioindicadoras. Os peixes e macroinvertebrados estão entre os elementos mais sensíveis dos biota aquáticos, e o seu funcionamento e bem estar são dependentes da produtividade primária e secundária, pelo que acabam por eventualmente revelar perturbações que ocorrem inicialmente num nível trófico mais baixo (Yoder & Smith, 1999). Actualmente já se encontram bem definidas as vantagens e desvantagens da utilização destas duas comunidades como indicadoras da qualidade ecológica da água (e.g. Metcalfe-Smith, 1994; Resh, 1995; Simon & Lyons, 1995; Guerreiro et al., 1996; Resh et al., 1996; Pujante 1997; Simon, 1999), bem como as características estruturais, fisiológicas e comportamentais que reflectem alterações qualitativas do meio aquático (e.g. Alba-Tercedor, 1996; Simon, 1999; Yoder & Smith, 1999). No que diz respeito a índices biológicos aplicados à ictiofauna, o Índice de Integridade Biótica, actualmente considerado como um conjunto de índices multimétricos, tem sido amplamente utilizado por forma a avaliar a qualidade ambiental dos habitats aquáticos (Simon & Lyons, 1995; Simon, 1999). A versão original tem sofrido várias adptações a diferentes regiões e habitats, tendo já sido aplicada a comunidades piscícolas de rios portugueses (e.g. Ferreira et al., 1995). Relativamente aos macroinvertebrados, foram desenvolvidos vários índices biológicos (Resh, 1995), alguns deles posteriormente adaptados às especificidades de diferentes regiões. Embora em Portugal a sua utilização seja ainda insipiente, recentemente tem-se observado uma aplicação preferencial da adaptação Ibérica do índice Biological Monitoring Working Party (BMWP ) (Alba-Tercedor, 1996). A integração da informação do conjunto das três bacias hidrográficas permitirá efectuar uma análise segundo uma perspectiva de gestão dos recursos, respeitando a continuidade ecológica existente entre elas. Os resultados obtidos permitirão estabelecer o valor, complementar ou não, das comunidades estudadas enquanto indicadores biológicos da qualidade da água e aferir, em função da sua distribuição espacial, a correcção da proposta de ecorregiões baseada na classificação biogeográfica de Costa et al. (1998). A confirmação de que as hipóteses de zonação avançadas são válidas poderá ser o ponto de partida para a criação de uma rede de monitorização representativa das diferentes ecorregiões. Será ainda possível discutir, no âmbito da Directiva-Quadro, a aplicabilidade dos sistemas A e B na tipificação das diferentes zonas existentes nas bacias.

3 II. METODOLOGIA Tendo em conta o sistema A da Directiva Quadro estabeleceram-se pontos de amostragem representativos dos écotopos identificados e ainda um conjunto de pontos complementares que visaram uma caracterização mais ampla das referidas bacias hidrográficas. Numa primeira fase (1998) procedeu-se ao estudo da fauna piscícola, sendo mais tarde (1999) analisada a comunidade de macroinvertebrados aquáticos. A caracterização dos macroinvertebrados e peixes teve por base colheitas realizadas num total de 30 pontos distribuídos pelas três bacias [oito estações de amostragem no Vouga (V1 a V8), quinze no Mondego (M1 a M15) e sete no Lis (L1 a L7)- Figura 1]. Vouga N L2 L6 M1 L1 L3 L4 L7 L5 M5 M2 M3 Lis V4 V6 V8 V1 V5 V2 M8 V3 M7 M4 M km M9 M11 M12 V7 M10 M13 Mondego V1- rio Vouga M9- rio Dão M14 V2- rio Alfusqueiro M10- rio Seia V3- rio da Serra M11- rio Alvôco M15 V4- rio Ínsua M12- rio Dão V5- rio Alcofra M13- rio Mondego V6- rio Vouga M14- rio Mondego V7- rio Vouga M15- rib. Quêcere M1- rio Pranto L1- rio de Fora M2- rio Arunca L2- rib. do Regato M3- rio Anços L3- rib. das Várzeas M4- rib. de Alcabideque L4- rib. de Escoura M5- rio Mondego L5- rib. da Caranguejeira M6- rio Corvo L6- rio Lena M7- rio Satão L7- rib. Murtórios M8- rib. de Falheiros Figura 1. Localização das estações de amostragem nas bacia hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis. Macroinvertebrados As campanhas de amostragem decorreram nos meses de Abril e Maio de 99 (Primavera), época considerada ideal para o estudo da fauna invertebrada aquática (Moreira et al., 1988). Para a captura dos macroinvertebrados bentónicos recorreuse a uma técnica semi-quantitativa, kick-sampling, definindo-se um tempo constante de 5 minutos de amostragem activa para cada estação. A recolha foi efectuada com um camaroeiro de armação metálica, de secção triangular, com 30 cm de lado e cuja rede apresentava 500 µm de malha. Foram prospectados homogeneamente, e independentemente, os diferentes tipos de habitats existentes em cada troço. Para amostrar zonas lênticas e/ou com vegetação aquática abundante, a técnica sofreu pequenas variações. A estação M11 (rio Alvôco) não foi amostrada devido à grande

4 profundidade que apresentava, impedindo a aplicação da técnica escolhida. Para conservação do material biológico foi utilizado álcool a 96º, por forma a que a água transportada pelo material recolhido provocasse uma diluição para próximo dos 70º (Alba-Tercedor, 1996). Complementarmente, foram capturados invertebrados de zonas marginais com vegetação, da superfície e coluna de água com auxílio de uma rede de mão de secção rectangular (10 cm 15 cm) e 500 µm de malha e/ou com o auxílio do camaroeiro já descrito. Os exemplares capturados com esta técnica foram conservados em álcool a 70º. Todos os exemplares recolhidos foram contados e identificados ao nível taxonómico requerido para o cálculo do BMWP (Alba- Tercedor, 1996). Esta adaptação do índice original BMWP (Hellawell, 1978) à Península Ibérica, possibilitou a determinação da qualidade ecológica da água em cada uma das estações de amostragem. O BMWP inclui a adição de novas famílias, alterações em algumas das pontuações das famílias existentes e correlações dos valores de BMWP com diferentes graus de poluição das águas (Alba-Tercedor, 1996). Este índice consiste num sistema de pontuações individuais de cada grupo de macroinvertebrados (de 1 a 10) que reflectem a respectiva tolerância à poluição, baseada nos conhecimentos actuais de distribuição e abundância (e.g. Metcalfe, 1989; Metcalfe-Smith, 1994; Alba-Tercedor, 1996). Grupos de macroinvertebrados intolerantes à poluição apresentam pontuações elevadas, enquanto grupos tolerantes apresentam pontuações baixas. O valor de BMWP de um determinado local é obtido pela soma das pontuações individuais de todas as famílias presentes nesse local, indicando o grau de contaminação das águas. O presente índice estabelece cinco classes de qualidade da água às quais se encontram associadas diferentes cores, permitindo a elaboração de um mapa da qualidade da água: a cor azul corresponde a boa qualidade da água; a verde a uma qualidade aceitável; a amarela a uma qualidade duvidosa e as cores laranja e vermelha respectivamente a qualidades crítica e muito crítica. O problema de estabelecer limites rígidos entre as classes de qualidade da água implica a necessidade de se reconhecerem situações intermédias. Assim, os valores de BMWP que se aproximam em cinco unidades por excesso ou por defeito dos valores limites das classes estabelecidas devem considerar-se intermédios entre duas classes de qualidade da água, sendo mapeados com as duas cores respectivas. Por forma a averiguar a variabilidade espacial dos macroinvertebrados capturados, e relacioná-la, de modo indirecto, com as características físicas de cada estação amostrada (e.g. altitude, tipo de substrato, profundidade) e com a qualidade da água (classes de qualidade da água obtidas com base no BMWP ), foi realizada uma análise de correspondências com extracção de tendências (DCA- detrended correspondence analysis), de acordo com o método indicado por ter Braak & Šmilauer (1998) (CANOCO). Para tal, utilizaram-se as abundâncias de cada taxa, em cada estação de amostragem, com a transformação adequada segundo ter Braak & Šmilauer (1998) (i.e. raiz quadrada). A extracção de tendências foi efectuada através do método de segmentos (ter Braak & Šmilauer, 1998). Nesta análise só foram considerados os taxa com uma abundância superior a 30 indivíduos, tendo sido os restantes englobados numa classe designada por Outros. Foram considerados, em conjunto, os dados relativos a todas as estações das bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis. Ictiofauna As campanhas de amostragem, realizadas com pesca eléctrica em sistema aberto (voltagem variável, i.e. 300 V e 600 V), decorreram entre os meses de Agosto e Outubro de 98, tendo sido prospectados os diferentes tipos de habitats existentes em cada troço. O Verão foi eleito como época de amostragem por simplificar a

5 execução e melhorar a representatividade da técnica escolhida em rios caudalosos, uma vez que no Inverno, e frequentemente na Primavera, a estrutura das comunidades piscícolas encontra-se alterada devido ao arrastamento dos indivíduos (C. Granado, com. pess.). Para além disso, é durante o período estival que as comunidades ictíicas estão sujeitas a maiores constrangimentos ambientais (redução do habitat disponível, abaixamentos dos teores de oxigénio dissolvido na água, menor diluição das cargas poluentes, etc.), podendo por isso reflectir condições extremas de degradação ambiental, que passariam despercebidas noutras épocas do ano. Os exemplares recolhidos foram identificados ao nível específico, contados e devolvidos ao meio. Com base no número total de capturas por estação, das espécies piscícolas, procurou-se estabelecer um padrão de distribuição, tendo-se, para tal, efectuado uma DCA, com extracção de tendências por segmentos, de acordo com o método indicado por ter Braak & Šmilauer (1998) (CANOCO). Tal como na análise anterior foram considerados, em conjunto, os dados relativos a todas as estações das bacias hidrográficas dos rios Mondego, Vouga e Lis. Desta análise foram excluídas as estações: (i) V4 e L7, por não apresentarem exemplares ictíicos; (ii) M7 por se tratar de uma linha de água de regime temporário que, à data das amostragens, se encontrava seca; e (iii) V8, cuja profundidade e velocidade da corrente não permitiram a aplicação da técnica de amostragem. III. RESULTADOS Macroinvertebrados Os dois primeiros eixos da DCA efectuada explicaram, respectivamente, 22,2% e 10,4% da variação total observada. A ordenação das estações de amostragem resultante da DCA não permitiu detectar quaisquer padrões de distribuição espacial das comunidades de macroinvertebrados em função das características físicas consideradas. Parece, assim, existir uma tendência para que a distribuição das estações ao longo do 1º eixo de ordenação ocorra em função da qualidade da água inferida através do índice BMWP (Figura 2). 2,6 2,2 1,8 Eph V5 Cae M15 Eixo 2 1,4 1,0 0,6 V2 V7 M8 M12 M6 V8 V4 Chi L2 V3 M14 L5 L6 M7 M9 M2 M1 V6 L3 M13 L1 M5 V1 M10 L7 Oli 0,2 BaeM3 M4 L4-0,2 Elm -0,6-0,8-0,2 0,4 1,0 1,6 2,2 2,8 Eixo 1

6 Figura 2. Diagrama de ordenação da DCA dos grupos de macroinvertebrados ( ) nas várias estações de amostragem ( ), segundo os dois primeiros eixos. Macroinvertebrados: Oli Oligochaeta; Bae Baetidae; Cae Caenidae; Eph Ephemerellidae; Elm Elmidae; Chi Chironomidae. Estações de amostragem: consultar legenda da figura 1. Classes de qualidade da água definidas para o BMWP : - boa; - aceitável; - duvidosa; - crítica; - muito crítica. As estações V1, M2, M5, M10, L3, L4 e L5, com um valor de BMWP intermédio entre duas classes foram incluídas na mais adequada, de acordo com a estrutura da comunidade e com as observações efectuadas no local de amostragem. Relativamente aos grupos de macroinvertebrados, só se encontram representados os de maior peso na presente análise, parecendo verificar-se uma ordenação análoga à dos pontos de amostragem, uma vez que a família Ephemerellidae, com elevada pontuação individual no BMWP, e o grupo Oligochaeta, com pontuação mínima, estão situados nos extremos do 1º eixo de ordenação. Ictiofauna Os dois primeiros eixos da DCA explicaram, respectivamente, 20,0% e 14,4% da variação total observada (Figura 3). 4 M4 Eixo V6 L2 L3 G I Rmac Gacu L5 Ghol L6 M5 L4 Lram V1 Lamp Cpal M6 Aang M1 Ggob Rarc M3 Caur Lgib V3 M8 V2 V7 G II G IV M11 Stru M15 Lcar M10 V5 L1 Mcep Ccar 0 Bboc M2 M14 Cpol M9 M13 G III M , 5-0,5 0,5 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 Eixo 1 Figura 3. Diagrama de ordenação da DCA das espécies piscícolas ( ) nas várias estações de amostragem ( ), segundo os dois primeiros eixos, e delimitação de ecozonas. Espécies piscícolas: Lamp Lampetra sp.; Aang Anguilla anguilla (Linnaeus, 1758); Bboc Barbus bocagei Steindachner, 1865; Caur Carassius auratus (Linnaeus, 1758); Cpol Chondrostoma polylepis Steindachner, 1865; Ccar Cyprinus carpio Linnaeus, 1758; Lcar Leuciscus carolitertii Doadrio, 1988; Rarc Rutilus arcasi (Steindachner, 1865); Rmac Rutilus macrolepidotus (Steindachner, 1865); Cpal Cobitis paludica Bacescu, 1962; Gacu Gasterosteus aculeatus Linnaeus, 1758 ; Lgib Lepomis gibbosus (Linnaeus, 1758); Ghol Gambusia holbrooki Girard, 1859; Lram Liza ramada (Risso, 1826); Mcep Mugil cephalus Linnaeus, 1758; Stru Salmo truta Linnaeus, Estações de amostragem: consultar legenda da figura 1. Esta análise evidencia a existência de padrões de distribuição das espécies idênticos nas três bacias, verificando-se, inclusive, a ocorrência de uma

7 certa continuidade entre essas bacias, o que permite reunir as estações de amostragem em quatro grupos (Figuras 3 e 4), que definem um igual número de ecozonas: GI - GII - GIII - GIV - troço inferior das bacias, que engloba as estações de amostragem caracterizadas por uma maior diversidade de espécies, registando-se, em alguns casos, a dominância de Barbus bocagei (barbo-do-norte) e Chondrostoma polylepis (boga) ou a dominância de Rutilus macrolepidotus (ruivaco). troço intermédio situado um pouco a montante da ecozona GI, caracterizado pela perda de alguma diversidade ictíica, passando as comunidades piscícolas a ser dominadas por Rutilus arcasi (pardelha). troço superior das bacias, caracterizado pela perda da dominância por parte de pardelha, passando a boga e o barbo-do-norte a ser as espécies mais abundantes. Este facto provoca, inclusive, uma certa aproximação deste grupo (GIII) com as estações identificadas como pertencentes ao grupo GI (Figura 3). foi definido como o conjunto de troços montanhosos, onde as comunidades ictíicas apresentam uma dominância de Leuciscus carolitertii (escalo-do- Norte), sendo relativamente comum a presença de Salmo trutta (truta).

8 Vouga N 200 V4 V8 V6 V7 Mondego V1 V5 M14 M12 V2 M8 M9 M13 M10 M15 V3 M11 M2 M5 M4 M6 M7 L2 M1 M3 Boa Aceitável BMWP' > 101 BMWP' L1 200 Duvidosa BMWP' L4 L3 L7 L5 Crítica Muito crítica BMWP' BMWP' < 15 BMWP' intermédio entre duas classes 200 L6 Lis Estação de amostragem onde não foi efectuada a componente macroinvertebrada km Figura 4. Representação gráfica das ecozonas estabelecidas e localização das estações de amostragem no Vouga (V), Mondego (M) e Lis (L), com o respectivo resultado do índice BMWP. IV. DISCUSSÃO Os resultados obtidos a partir dos dois grupos de organismos estudados nas bacias hidrográficas dos rios Vouga, Mondego e Lis permitiram formular algumas considerações acerca da validade das comunidades de peixes e de macroinvertebrados enquanto indicadores zoogeográficos e da qualidade ambiental.

9 Os agrupamentos resultantes da DCA efectuada para os peixes reflectem, acima de tudo, as características fisiográficas do território, em particular a altitude, uma vez que as comunidades presentes nas diversas estações de amostragem de cada um dos agrupamentos mantêm uma uniformidade em termos de espécies dominantes, independentemente do tipo de perturbações no meio. Desta forma, foi possível estabelecer uma zonação conjunta das três bacias em função da distribuição espacial da ictiofauna, que resultou na identificação de quatro ecozonas. Embora a carta biogeográfica de Portugal Continental, estabelecida por Costa et al. (1998) e fundamentada em critérios florísticos e fitossociológicos, apresente ecorregiões bastante abrangentes, não se verificou uma correspondência directa entre estas e as definidas no presente estudo. Assim a delimitação de ecorregiões tendo em conta critérios bióticos tão distintos como florísticos e ictiofaunísticos parece apenas evidenciar a existência de continuidade ecológica entre diferentes bacias, não permitindo a definição de áreas relativamente pequenas e homogéneas em termos destas comunidades biológicas. Ainda no âmbito da classificação das massas de água de acordo com a composição da comunidade ictiofaunística, são actualmente consideradas, segundo o Dec. Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto (Anónimo, 1998), três categorias ecologicamente distintas: águas de ciprinídeos, de salmonídeos e de transição. As duas primeiras categorias, como o próprio nome indica, são aproximadas, respectivamente, às ecozonas GI e GIV estabelecidos no presente estudo, enquanto a última, bastante mais abrangente, engloba os grupos GII e GIII, não diferenciando, no entanto, a existência de diferentes espécies dominantes fundamentalmente entre rios de maior caudal (GIII) e rios de menores dimensões (GII). As comunidades de macroinvertebrados, pelo contrário, não parecem estruturar-se em função das características geográficas. Estes organismos, tal como se verificou na respectiva DCA, respondem essencialmente a variações da qualidade da água, ou seja, a variações no teor de poluição orgânica, já que é este o parâmetro reflectido pelo BMWP e, consequentemente, determinante da distribuição espacial desta comunidade. Os macroinvertebrados parecem ser, portanto, mais adequados para avaliação da qualidade ecológica da água destas bacias, uma vez que ao considerar-se a composição específica e respectiva abundância da comunidade piscícola não se obtém o nível de informação suficiente para a aplicação de índices de integridade biótica. Teoricamente, para que tal aconteça, é necessário ter em consideração outras métricas, como por exemplo o tipo e número de anomalias detectadas por indivíduo (Yoder & Smith, 1999) ou as estruturas etária das populações e trófica das comunidades (Simon, 1999). Apesar dos macroinvertebrados reflectirem outros condicionantes da distribuição dos biota, como por exemplo a existência de barreiras físicas nos cursos de água (barragens e açudes), a rede de amostragem considerada no presente estudo não permitiu detectar as alterações decorrentes da instalação destes obstáculos. Statzner & Higler (1986), Casado et al. (1989), Fontoura (1989) e Jesus et al. (1999) verificaram diferenças na estrutura, estabilidade e resiliência das comunidades de macroinvertebrados, a montante e jusante dos empreendimentos hidráulicos. Fontoura (1989) refere, em particular, a velocidade da corrente e o tipo de substrato como factores determinantes na diferenciação das comunidades bentónicas. No entanto, é a comunidade piscícola uma das mais indicadas para avaliar a integridade física das bacias, em termos de continuidade longitudinal dado que duas das principais consequências da construção de barragens são a interrupção da migração dos peixes (Zhong & Power, 1996; Cowx & Welcomme, 1998; Domingos et al., 1999) e a substituição, a montante, de espécies piscícolas reofílicas por outras

10 características de sistemas lênticos (Cowx & Welcomme, 1998). Uma vez que as espécies piscícolas migradoras necessitam de técnicas de captura direccionadas e apresentam limites temporais de permanência nos rios, a sua presença nos locais de estudo foi inferida a partir da utilização de inquéritos (Domingos et al., 1999), tendo-se verificado que embora a migração destas espécies ainda se efectue nas bacias do Vouga e Mondego (o único migrador detectado na bacia do Lis foi a enguia), os açudes e/ou barragens impedem a sua deslocação acima do Açude da Grela, no rio Vouga, e do Açude-Ponte em Coimbra, no rio Mondego, sendo ilustrativos da descontinuidade existente. As vantagens da utilização dos peixes sob esta perspectiva prendem-se com o facto deste grupo ser de fácil manuseamento e identificação, cujo processamento é menos moroso e implica um menor volume de trabalho laboratorial, para além de que o seu método de captura não implica a eliminação dos exemplares. Adicionalmente, os peixes incorporam ainda informações relevantes do ponto de vista económico, uma vez que algumas das espécies possuem valor comercial e quaisquer alterações do meio que impliquem flutuações nos stocks vão ter repercussões, ainda que de âmbito regional, no sector económico da pesca. Dado que estes resultados foram obtidos com base numa única campanha de amostragem, quer para macroinvertebrados, quer para peixes, a sua confirmação dependerá de uma maior cobertura espacial e temporal das bacias. Adicionalmente, o facto de se ter considerado o sistem A da Directiva-Quadro com base para a selecção das estações de amostragem sub-valorizou e/ou desprezou determinadas características dos habitats, como o caudal, que por observação no campo demonstraram ser fundamentais, uma vez que tanto as comunidades de macroinvertebrados como de peixes apresentaram diferenças nítidas aquando de variações da corrente (lótico e lêntico), da profundidade e da dimensão do curso da água. A validação das hipóteses de zonação avançadas poderá ser o ponte de partida para a criação de uma rede de monitorização representativa das diferentes ecorregiões, englobando simultaneamente um conjunto de ecossistemas com características naturais e outros sujeitos a profundas alterações, resultantes de pressões de origem antrópica. A decisão acerca de qual ou quais os grupos de organismos indicadores a monitorizar é crítica para o eventual sucesso de uma monitorização biológica, pelo que uma das soluções iniciais terá necessariamente de passar pela caracterização conjunta das comunidades ictíicas e de macroinvertebrados presentes nos locais não alterados (situação prístina), em cada uma das quatro ecozonas identificadas anteriormente. Depois de estabelecidas situações de referência, todos os pontos de amostragem integrados dentro da mesma ecozona deverão ser classificados segundo uma escala comparativa de valores dos respectivos índices de qualidade. Não obstante a Directiva-Quadro da Água ser um instrumento de grande valia para o estabelecimento de objectivos de qualidade de água de acordo com critérios homogéneos e mais rigorosos para toda a União Europeia, são de referir alguns comentários às metodologias indicadas para a sua aplicação. Neste âmbito, convém salientar que a periodicidade de monitorização das comunidades ictíica e de macroinvertabrados (3 anos) é claramente insuficiente para detectar padrões de variação da qualidade da água independentes das variações intrínsecas aos próprios organismos e à sazonalidade, considerando-se que as amostragens anuais deveriam ser uma exigência mínima. Quanto aos índices bióticos indicados, embora a Directiva- Quadro preconize uma intercalibração dos resultados dos diversos Estados Membros, de modo a serem traduzidos numa mesma escala de cinco classes de qualidade, não integra uma diferenciação dos valores de referência para as diferentesecorregiões, cujas comunidades são bastante distintas, quer em diversidade, quer em abundância.

11 É ainda de referir a necessidade de efectuar adaptações dos índices bióticos já existentes às comunidades biológicas características de Portugal e mais especificamente para cada ecorregião. V. BIBLIOGRAFIA Alba-Tercedor, J Macroinvertebrados acuaticos y calidad de las aguas de los rios. Actas del IV Simposio del agua en Andalucia (SIAGA), 2: Anónimo Directive 2000/ /EC of the European Parliament and of the Council of establishing a framework for Community action in the field of water policy. Joint text approved by the Conciliation Committee provieded for in Article 251(4) of the EC Treaty. PE-CONS 3639/00, 49 p. Anónimo Decreto-Lei n.º 236/98 de 1 de Agosto do Ministério do Ambiente. Diário da República (Série I), 176: Casado, C.; Garcia de Jalon, D.; del Olmo, C.; Barcelo, E. & Menes, F The effect of an irrigation and hydroelectric reservoir on its downstream communities. Regulated Rivers: Research & Management, 4: Costa, J.; Aguiar, C.; Capelo, J.; Lousã, M. & Neto, C Biogeografia de Portugal Continental. Quercetea, 0: Cowx, I. & Welcomme, R Rehabilitation of rivers for fish. FAO Fishing New Books, Oxford, 260 p. Domingos, I.; Chainho, P.; Costa, J.L; Almeida, P.R.; Gordo, L. & Costa, M.J Zonação da ictiofauna do Vouga, Mondego e Lis com vista à definição de uma rede de monitorização ecológica. 6ª Conferência Nacional sobre a Qualidade do Ambiente, 2: Ferreira, M.; Cortes, R.; Godinho, F. & Oliveira, J Indicadores da qualidade biológica da água aplicados à bacia do Guadiana. Recursos Hídricos, 17: Fontoura, A Impacte ambiental. Influência da velocidade da corrente em comunidades de macroinvertebrados aquáticos. Actas do Colóquio Luso- Espanhol em Ecologia de Bacias Hidrográficas e Recursos Zoológicos: Guerreiro, J.; Marques, R & Costa L Qualidade ecológica das águas em sistemas estuarinos e indicadores biológicos. Actas do III Congresso da Água, 1: Hellawell, J Biological surveillance of rivers. Water Research Center, Stevenage, 332 p. Jesus, T.; Formigo, N.; Tavares, G.R. & Figueiredo, C Impacto de uma central mini-hídrica: dinâmica da comunidade de macroinvertebrados bentónicos e variação da qualidade da água. 6ª Conferência Nacional sobre a Qualidade do Ambiente, 2: Metcalfe, J Biological water quality assessment of running waters based on macroinvertebrate communities: history and present status in Europe. Environmental Pollution, 60: Metcalfe-Smith, J Biological water-quality assessment of rivers. Use of macroinvertebrates communities. In The rivers handbook, Calow, P. & Petts, G. (Eds.). Blackwell Scientific Publications, Oxford: Moreira, M., Canha, A. Franco, O. & Moura, A Comunidades de macroinvertebrados do rio Caima e do curso superior e médio do Vouga: cartografia da qualidade biológica da água. Revista de Biologia da Universidade de Aveiro, 2: Pujante, A Los artrópodos como bioindicadores de la calidad de las aguas. Boletin de la Sociedad Entomológica Aragonesa, 20: Resh, V Freshwater benthic macroinvertebrates and rapid assessment procedures for water quality monitoring in developing a newly industrialized

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