A LUDICIDADE E O ENSINO DE QUÍMICA: desenvolvimento de um jogo didático para o ensino de ligações químicas

Transcrição

1 A LUDICIDADE E O ENSINO DE QUÍMICA: desenvolvimento de um jogo didático para o ensino de ligações químicas Naara Ferreira da Silva; Amanda de Oliveira Souza; Juliano da Silva Martins de Almeida ; Jhonata Pereira Borges; Marcus Vinicyus de Oliveira Nogueira Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Goiano, Campus Iporá; naaraferreira6@gmail.com Eixo 6: Práticas pedagógicas e ensino de Ciências Resumo: O ensino de Química é marcado pela busca constante de novas metodologias de ensino, capazes de auxiliar na melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem e a sua efetividade. Nesse contexto, o uso de atividades lúdicas como ferramentas no Ensino de Ciências, tem sido adotada constantemente nas práticas pedagógicas, visando auxiliar no processo de construção do aprendizado do aluno. Assim, buscando superar algumas dificuldades enfrentadas no conteúdo de ligações químicas no Ensino de Química, esse trabalho teve como objetivo desenvolver um jogo que auxiliasse no melhor entendimento e compreensão do conteúdo abordado. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, Campus Iporá, por alunos do 6 período do curso de Licenciatura em Química, como atividade pedagógica avaliativa na disciplina de Química Inorgânica II. O jogo foi aplicado para um grupo de alunos do primeiro ano do Ensino Médio em uma escola estadual no município de Iporá-GO, durante a prática de Estágio Supervisionado. A avaliação da atividade proposta ocorreu de maneira qualitativa. No decorrer da execução do jogo, foram observadas algumas dificuldades em relação ao conteúdo de ligações químicas, como a diferenciação entre uma ligação iônica e covalente ou ainda, a utilização das estruturas de Lewis para representação dos elétrons. O jogo proporcionou diversão, interação entre o grupo de alunos e troca de conhecimentos. Palavras-Chave: Ligações químicas; Ensino de Química; Jogos no Ensino de Química; Ligação covalente; Ligação Iônica. Introdução A utilização do lúdico no Ensino de Ciências vem aumentando com o decorrer dos últimos anos. Segundo Soares (2015) a ludicidade se caracteriza como uma atividade prazerosa e divertida, livre e voluntária, com regras explícitas e implícitas, onde o jogo é sinônimo de atividade lúdica. A partir da brincadeira há aprendizado e ele acontece sem que seja notado. Cada ato de inteligência é definido pelo desequilíbrio entre duas tendências: acomodação e assimilação. Na assimilação, a criança incorpora eventos, objetos ou situações dentro de formas e pensamentos, que constituem as estruturas mentais organizadas. Na acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se para incorporar novos aspectos do ambiente externo. Durante o ato de inteligência, o sujeito adapta-se ás gepeec@gmail.com Página 838

2 exigências do ambiente externo, enquanto, ao mesmo tempo, mantêm sua estrutura mental intacta. O brincar neste caso é identificado pela primazia da assimilação sobre a acomodação. Ou seja, a criança assimila eventos e objetos a suas estruturas mentais (PIAGET, 1998). Aliar atividades lúdicas ao processo de ensino e aprendizagem pode ser de grande valia para o desenvolvimento do aluno. Nesse contexto, um exemplo de atividade que desperta o interesse do aluno, é o jogo, sobre o qual Kishimoto afirma: O jogo como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como importante aliado para o ensino, já que colocar o aluno diante de situações lúdicas como jogo pode ser uma boa estratégia para aproximá-lo dos conteúdos culturais a serem veiculados na escola. (1994, p. 13). Destacando ainda mais a importância do lúdico, Ronca (1989) afirma: O lúdico permite que a criança explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidades, ou cria condições mentais para sair de enrascadas, e ela vai então, assimilando e gastando tanto, que tal movimento a faz buscar e viver diferentes atividades fundamentais, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como também ao longo da construção de seu organismo cognitivo. (1989, p.27). É importante ressaltar ainda que o objetivo de todo jogo educativo segundo Kishimoto (1996) e Soares (2008) é manter constante o equilíbrio entre as funções lúdico e educativo. Na aplicação dos jogos, não se deve buscar apenas o exercício da função educativa, devendo o lúdico estar atrelado à mesma, pois caso haja um distanciamento entre ambos, o jogo se tornará desinteressante e passa a ser visto como outro material didático qualquer. As duas funções precisam caminhar juntas neste processo para que a aprendizagem aconteça. Nesse contexto Piaget (1975) reforça ainda que os jogos em si não carregam a capacidade de desenvolvimento conceitual, porém podem suprir certas necessidades e funções vitais ao desenvolvimento intelectual. Desta forma, os jogos podem ser vistos como recursos adicionais, que aliados a outros possibilitam a aprendizagem de conceitos abstratos e complexos. Nesse sentido, percebemos que o ensino de Química é marcado pela busca constante de novos meios pedagógicos, visando auxiliar na melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem e a sua efetividade. Nesta perspectiva, Soares (2008) refere-se ao uso de atividades lúdicas como ferramentas auxiliares no processo de construção do aprendizado no ensino de Química. Assim, acredita-se que quando as atividades lúdicas gepeec@gmail.com Página 839

3 são aliadas a outros recursos pedagógicos favorece-se a aquisição de conhecimento em clima de alegria e prazer (SANTOS, 2009). Os jogos lúdicos ligados ao ensino, permitem que os alunos desenvolvam diversas habilidades e competências em sala de aula. Na execução do jogo, são trabalhados os aspectos cognitivos dos alunos, estimulando a busca e resolução de problemas. Quando um jogo didático é bem elaborado os alunos são levados a refletir sobre o que propõe o jogo e a traçar estratégias e ações que contribuem para o desenvolvimento do raciocínio e da criatividade (MIRANDA, 2001). Além disso o jogo lúdico possibilita aos alunos a construção ativa de seu aprendizado, auxiliando na socialização e na comunicação. Toda a inter-relação provocada pelo jogo traz aos mesmos a possibilidade de trabalho em equipe, pois com a aplicação do jogo em sala de aula, os alunos trocam informações entre si sobre o assunto abordado pelo jogo, o que auxilia na (re) construção do conhecimento. Contudo, Tahan (1968) afirma que que para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam de certa forma, dirigidos pelos educadores. Desta forma, percebemos que o professor tem um importante papel na aplicação do jogo, que assim como em uma aula comum, deve ser o mediador do conhecimento. O professor deve conduzir, dirigir as regras e as normas dos jogos, organizar bem para que haja uma boa execução e que as relações entre os alunos aconteçam garantindo assim o fluxo de comunicação, e desta forma estabeleça um bom aprendizado aos alunos. Para Kishimoto (1996) a utilização de jogos potencializa ainda mais a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna típica do lúdico. Nesse contexto, é de suma importância que os alunos se sintam motivados em sala de aula, e por estas atividades lúdicas escolares tratarem de se diferenciar das atividades geralmente utilizadas no ambiente escolar, elas tornam as aulas mais dinâmicas e atraentes, deixando-os motivados. Assim, buscando superar algumas dificuldades enfrentadas por alunos do ensino médio no ensino de ligações químicas vivenciadas no estágio supervisionado, percebeu-se durante o planejamento da disciplina de Química Inorgânica II do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano - câmpus Iporá, a necessidade de desenvolver algum material didático que auxiliasse no enfrentamento das mesmas e que permitisse melhor compreensão dos tipos de ligações químicas. Metodologia gepeec@gmail.com Página 840

4 O presente trabalho de caráter qualitativo, foi desenvolvido no Instituto Federal Goiano Campus Iporá, proposto pelo professor da disciplina de Química Inorgânica II e fundamentado por discentes do 6 período do curso de Licenciatura em Química. A finalidade do trabalho desenvolvido é proporcionar diversão e entretenimento aos alunos de maneira lúdica e esclarecedora sobre ligações químicas, além de permitir que o desenvolvimento do mesmo, auxilie na conexão entre teoria, diversão e aprendizado. Assim, com a aplicação deste podemos considerar a quebra do modelo tradicional de ensino aprendizagem que se baseia principalmente em giz e quadro negro, fazendo a ruptura deste padrão e inserindo nas propostas de educação, uma alternativa eficaz, dinâmica e além de tudo prática e esclarecedora. O jogo Roleta das Ligações Químicas (Figura 1) foi aplicado para doze alunos do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola estadual do município de Iporá (GO), durante a prática do estágio supervisionado. O mesmo foi produzido utilizando-se materiais reciclados de outros trabalhos pedagógicos desenvolvidos durante as aulas de oficinas pedagógicas realizadas na graduação. É composto por uma base de madeira circular, a qual foi dividida em 16 espaços numerados e de colorações diferentes. Cada número na roleta corresponde a uma questão teórica sobre o conteúdo de ligações químicas. As questões utilizadas durante a aplicação da atividade, foram impressas em papel cartão, contendo estas, cinco alternativas para análise dos estudantes. Na Tabela 1, são apresentadas algumas questões utilizadas durante a atividade. Contatos: cecifop@gmail.com gepeec@gmail.com Trabalho Completo Página 841 CECIFOP/2017

5 Figura 1 Jogo Roleta das Ligações Químicas. Questão 01 Questão 04 Questão 08 Questão 12 A molécula que apresenta somente uma ligação covalente normal é: (Dados: O=8; C= 6; F=9; H=1) a) F 2. b) CO. c) H 2 O. d) O 2. e) O 3. A ligação covalente estabelecida entre dois elementos químicos será tanto mais polar quanto maior a diferença entre as... desses elementos. Complete-se corretamente esta afirmação substituindo... por : a) massa atômicas c) temperaturas de fusão e) cargas nucleares. b) eletronegatividades d) densidades A ligação, que se forma quando dois átomos compartilham um par de elétrons, chama-se: a) covalente. b) metálica. c) iônica. d) dupla. e) dativa A ligação iônica ocorre entre: a) metal + metal b) ametal + ametal c) metal + gás nobre d) ametal + gás nobre e) ametal + metal A utilização do jogo proposto ocorreu em duas fases distintas: a) no primeiro momento foi realizada uma revisão teórica sobre o conteúdo de ligações químicas e os aspectos que as fundamentam; b) na segunda fase, os alunos participantes foram dividos em grupos para a execução do jogo. Após a divisão da sala, foi explicado aos alunos sobre o funcionamento do jogo e as regras que o compõem, como por exemplo, cada grupo deve responder em dez segundos a pergunta indicada pela seta após o giro da roleta. Caso o grupo responda à questão de maneira incoerente, o professor estagiário irá indicar a resposta correta ao grupo. Além de conter números descritos na roleta, a mesma apresenta quatros símbolos surpresas, os quais, propõe a realização de tarefas pelos alunos. Para verificar a eficácia do jogo e sanar possíveis falhas, os alunos participantes foram avaliados por meio de um questionário discursivo (Tabela 2), cujos resultados descritos a seguir são fundamentados na análise das respostas contidas no questionário. Questão 01 Questão 02 O jogo aplicado proporcionou a aquisição de novos conhecimentos ou apenas contribuiu para edificar os conhecimentos que já possuía? Quais são suas dificuldades em relação ao conteúdo de ligações químicas e como o jogo auxiliou na superação dessas dificuldades? gepeec@gmail.com Página 842

6 Questão 03 Questão 04 Questão 05 Como você avalia a atividade desenvolvida? A atividade desenvolvida poderia ser utilizada como um método de avaliação durante as aulas de química? Você sentiu dificuldades na execução do jogo? Dê sugestões para sua melhoria? Discussão e Resultados O presente trabalho teve como propósito, proporcionar aos alunos envolvidos uma forma diferente, divertida, lúdica e eficiente de compreender o conteúdo sobre ligações químicas. Durante a aplicação do jogo, não foram observadas dificuldades dos alunos quanto à condução do mesmo, o que sinaliza uma boa receptividade de sua utilização pelos envolvidos. Embora os alunos participantes já tivessem um conhecimento prévio sobre o conteúdo de ligações químicas, foram verificadas apenas dúvidas teóricas durante a resolução das questões propostas, mesmo após a aplicação da revisão teórica, como por exemplo, de que maneira ocorre o compartilhamento de elétrons em uma ligação covalente? Segundo Mendonça et al. (2011), o tema ligações químicas exige compreensão do aluno a nível molecular e atômica, além da formulação de modelos. Nesse contexto, as dúvidas existentes podem estar relacionadas a diversos fatores, como tratamento do tema de maneira superficial durante as aulas de química ou até mesmo o nível de abstração que certos conteúdos possuem. As dúvidas de caráter teórico que surgiram durante a condução da atividade foram sanadas pelos aplicadores do jogo. Ao final da atividade, os alunos foram orientados a responder um questionário discursivo, o qual possibilitou compreender o nível de satisfação da atividade proposta, bem como os benefícios da sua aplicação. Foi verificado que a atividade contribuiu para a construção de novos conhecimentos sobre o conteúdo de ligações químicas (Questão 01), tendo em vista que alguns alunos manifestaram melhor entendimento do mesmo após a execução do jogo: Bom, eu confundia muito a ligação covalente com a iônica, pois eu não conseguia entender a regra do Octeto para essa ligação. Eu pensava que tinha também atração eletrostática na covalente. Agora eu tenho uma noção mais clara de como ocorre essa ligação e a quantidade de pares de gepeec@gmail.com Página 843

7 elétrons que são compartilhados dependendo da ligação. O jogo me auxiliou muito. Aprendi divertindo.. A partir do fragmento de fala de um aluno, entende-se que certas dificuldades no ensino de ligações químicas podem estar relacionadas a forma como esse conteúdo é explanado em sala de aula, pois em uma abordagem teórica superficial, pode-se dar a entender que a regra do Octeto seria a única maneira pela qual um átomo tornaria-se estável. No entanto, devemos considerar ainda, por exemplo, as variações de energia envolvidas durante o processo de formação de uma ligação entre os átomos, como observado nos trabalhos de Mortimer et al. (1994) e Silva & Marques (2016). Sobre as dificuldades na compreensão do conteúdo de ligações químicas (Questão 02), apenas um aluno afirmou não compreender muito bem a utilização das estruturas de Lewis para representação dos elétrons na ligação covalente e dois alunos, sentem dificuldades para distinguir uma ligação iônica da covalente. Sobre as estruturas de Lewis, foi explanado que a representação de uma molécula covalente deve obedecer ao caráter tridimensional e que esta deve estar fundamentada no modelo de Repulsão dos Pares Eletrônicos da Camada de Valência. Em relação a diferenciação da ligação iônica e covalente, foi explicado novamente com auxílio de uma Tabela Periódica projeta por data show, a propriedade periódica de eletronegatividade e a maneira como ocorre a atração na ligação iônica, o que permitiu esclarecer as dúvidas existentes. Questionados quanto à atividade desenvolvida (Questão 03), todos os alunos demonstraram aceitação pela mesma, ressaltando que foi uma atividade motivadora, que despertou um clima de competição e colaboração entre os envolvidos e que, outras atividades lúdicas deveriam ser utilizadas com maior frequência nas demais disciplinas. Ainda, alguns alunos expressaram que o jogo utilizado, os fez racionar melhor durante a resolução das questões: Mesmo sendo um jogo, ninguém queria responder errado. Nós pensamos muito antes de responder. Algumas questões nos exigiram maior raciocínio, principalmente as que fogem da regra do Octeto nas ligações covalentes. Em relação a utilização do jogo como atividade avaliativa na disciplina de Química (Questão 04), foi verificado que todos os alunos manifestaram interesse na utilização de atividades lúdicas como métodos de avaliação na disciplina de química, justificando que o jogo aplicado auxiliou na melhor compreensão do conteúdo de ligações químicas, além de ser uma atividade na qual houve maior interação entre os colegas, com respectiva troca de conhecimentos. Não foram verificadas dificuldades em gepeec@gmail.com Página 844

8 relação à condução do jogo proposto (Questão 05). Os alunos envolvidos na atividade sugeriram que fosse ampliado o tempo para respostas das questões como também, a adoção de perguntas mais breves. Considerações Finais A utilização de jogos no ambiente escolar é de suma relevância, devido à influência que os mesmos exercem na compreensão de um determinado conteúdo, além de possibilitar um momento no qual os alunos se veem motivados e incentivados a buscar o conhecimento. O jogo Roleta das Ligações Químicas pode ser utilizado como auxiliar na prática docente, tendo em vista que o mesmo possibilitou aos alunos participantes durante sua execução, aliar teoria e diversão, tornando o aprendizado prazeroso e participativo entre os integrantes. Referências KISHIMOTO, Tizuko M. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira, KISHIMOTO, T. M. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. São Paulo: Cortez, MENDONÇA P. C. C.; JUSTI, R.; OLIVEIRA, M. M. Analogias sobre Ligações químicas elaboradas por alunos do Ensino Médio. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Revista 6 1, 2006 pp MIRANDA, S. No fascínio do jogo, a alegria de aprender. Ciência Hoje, v. 28, p , MORTIMER, E. F.; MOL, G.; DUARTE, L. P. Regra do octeto e teoria da Ligação Química no Ensino Médio: Dogma ou Ciência? Química Nova, 17(3), 1994 PIAGET, J,; A Formação do Símbolo na Criança. Rio de Janeiro: Zahar Editores, PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Ed. Bertrand, RONCA, P.A.C. A aula operatória e a construção do conhecimento. São Paulo: Edisplan, gepeec@gmail.com Página 845

9 SANTOS, D. G., et al. Na trilha da reciclagem: um jogo didático para o auxílio da aprendizagem sobre a problemática do lixo. In: Anais do XVI Encontro Centro-Oeste de Debates sobre Ensino de Química (XVI ECODEQ), Itumbiara Goiás,2009. SILVA, R. P.; MARQUES, D. M. O ensino de Ligações Químicas por meio do conceito de energia: uma proposta didática para o Ensino Médio. XVIII Encontro Nacional de Ensino de Química (XVIII ENEQ). Florianópolis, SC, Brasil 25 a 28 de julho de 2016 SOARES, M.H.F.B. Jogos e Atividades lúdicas para o ensino de Química, Goiânia: Kelps, 2015, 196p. SOARES, M. H. F. B. Jogos e Atividades Lúdicas no Ensino de Química: Teoria, Métodos e Aplicações In: Anais do XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ), Curitiba Paraná, TAHAN, M. O homem que calculava. Rio de Janeiro: Record, TRISTÃO, Marly Bernardino. O lúdico na prática docente. Porto Alegre, 2010, 39p. gepeec@gmail.com Página 846