ENVELHECIMENTO E DEGRADAÇÃO DE REBOCOS CORRENTES EM FACHADAS

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1 ENVELHECIMENTO E DEGRADAÇÃO DE REBOCOS CORRENTES EM FACHADAS Pedro Lima Gaspar, Arquitecto, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico, Assistente na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa Jorge de Brito, Eng.º Civil, Professor Associado c/ Agregação no Instituto Superior Técnico Considerações iniciais Neste artigo, baseado na dissertação de mestrado do primeiro autor [1] e dedicado aos rebocos correntes (cimentícios) exteriores, após uma primeira descrição das tecnologias de aplicação em obra deste tipo de revestimento que asseguram que o seu comportamento será tão bom ao longo do tempo quanto a durabilidade natural dos materiais o permita, analisa-se o ciclo de vida do reboco do ponto de vista físico [2], ilustrado através dos fenómenos associados ao seu envelhecimento natural e a formas de degradação precoce devidas ao não cumprimento das regras da boa prática na aplicação dos revestimentos e na selecção dos materiais. 1. Tecnologias de aplicação em obra Os rebocos correntes são aplicados sob a forma de placas ou camadas, aplicadas sucessivamente, mais ou menos solidarizadas entre si e com a superfície de suporte, com espessuras que variam entre os 5 mm e os 40 mm. Ao longo da sua aplicação, a composição das argamassas é ajustada de modo a obter-se uma constituição (ou traço) diferenciada de entre camadas. A aplicação das camadas pode ser feita de modo tradicional ou, sobretudo no caso da utilização de massas pré-doseadas, por projecção. A vantagem da aplicação de diferentes camadas com composições distintas é relativamente evidente atendendo à quase impossibilidade de obter a argamassa perfeita, que responda a todas as exigências (muitas vezes contraditórias: por exemplo, permeabilidade ao vapor de água e impermeabilidade à água) que se colocam aos rebocos, sobretudo atendendo à grande variabilidade de factores relacionados com as características, modo de fabrico e de aplicação destes Preparação da superfície Antes da aplicação, a superfície de base deve apresentar uma certa continuidade e homogeneidade, evitando diferenças bruscas de material, cavidades ou buracos que possam conduzir a posterior fissuração do reboco. Deve ainda estar limpa de poeiras, sais, depósitos orgânicos, óleos e gorduras que possam limitar a adesão do reboco à superfície base [3], nomeadamente impedindo uma correcta absorção da água por parte da parede Mistura da pasta Tradicionalmente, a pasta da argamassa é misturada ou obtida no local da obra, manualmente ou através de betoneira. Independentemente do tipo de ligante, deve procurar-se utilizar o mínimo de água de amassadura (desde que se garanta a trabalhabilidade da argamassa), pois após a sua evaporação o reboco tenderá a retrair. A amassadura deve ser prolongada de modo a garantir uma boa mistura dos constituintes. As areias devem ser limpas, isentas de sais e condicionadas de modo a não sofrerem contaminação de outros materiais, já no local da obra. Quando se desconhece o módulo de finura da areia e não é possível ou viável recorrer a análises das características da areia, pode fazer-se uma experiência rudimentar: a) encher totalmente um balde com areia seca e compactada; b) verter água para dentro do balde, de forma lenta, até preencher totalmente o vazio existente; c) medir a quantidade de água utilizada e comparar com a água necessária para repetir a experiência com areias conhecidas de modo a calcular a quantidade de água e ligante necessários à amassadura.

2 Na aplicação de rebocos não tradicionais, as pastas vêm normalmente pré-doseadas de fábrica, devendo seguir-se as instruções do fabricante Aplicação da argamassa A aplicação dos rebocos deve ser feita com tempo relativamente seco e não muito quente, pois o excesso de humidade pode prejudicar as reacções de hidratação e carbonatação das argamassas. Também se desaconselha a aplicação de rebocos em tempo muito frio, muito embora essas condições raramente se verifiquem no nosso país. Idealmente, a superfície a revestir deve estar abrigada do vento e da incidência de sol directo de modo a evitar uma evaporação demasiado rápida da água, antes ainda da presa da argamassa. Antes de se aplicar cada camada, deve-se pulverizar com água a superfície da parede 24 horas antes da aplicação do reboco e, se necessário, no caso da primeira camada, aumentar a rugosidade da parede para facilitar a adesão do reboco ao suporte. As alvenarias de tijolo corrente apresentam já a sua superfície estriada exactamente para facilitar a aplicação de argamassas. A aplicação é feita de cima para baixo, em camadas delgadas, para facilitar a secagem e, no caso de rebocos à base de cal, a carbonatação [4]. Cada camada deve ser bem apertada na parede ou na camada anterior com colher de pedreiro. Se necessário, deve repetir-se o aperto algumas horas depois, antes da secagem de cada camada. Normalmente, os rebocos são aplicados em três camadas distintas (salpisco ou crespido, emboço ou camada de base, esboço ou camada de acabamento - figura 1), com uma diminuição gradual da rigidez e da impermeabilização do interior para o exterior, de forma a reduzir a fendilhação decorrente da retracção da camada anterior e evitar a ocorrência probabilística de fendas coincidentes de camada para camada. Em todo o caso e para condições normais de execução em obras correntes, dever-se-á evitar a tendência de utilizar cimento em excesso para não se obter uma argamassa demasiado rígida e mais susceptível de fendilhar. Figura 1 - À esquerda, vista da camada base (do lado esquerdo da fachada) e camada de acabamento e, à direita, pormenor de camada de crespido Entre camadas, deve garantir-se um adequado tempo de secagem, dependendo das condições de cada obra, mas que em termos teóricos não deve ser inferior a cerca de 28 dias [5], à semelhança dos tempos de presa do betão. Caso se verifique uma secagem demasiado acelerada, deve garantirse uma cura adequada através da molhagem da superfície do reboco. No caso da aplicação de argamassas à base de cal, a secagem deveria ser tão prolongada quanto possível, para assegurar uma completa carbonatação de cada camada. Presentemente, os tempos de secagem, a trabalhabilidade das argamassas e a sua porosidade, permeabilidade e capacidade de colagem ao suporte podem ser melhorados com a utilização de aditivos, muito embora as respectivas dosagens e natureza ainda sejam estimadas de modo relativamente empírico.

3 No caso da aplicação de rebocos por projecção, a espessura total da camada projectada é normalmente inferior à espessura de rebocos aplicados de modo tradicional, não devendo ser inferior a cerca de 20 mm. Se se tratar de um revestimento aplicado sobre isolamento térmico, o procedimento recomendado passa pela aplicação de uma primeira camada sobre o suporte - camada de base - onde se embebem redes de reforço, normalmente em fibra de vidro ou polipropileno. Sobre esta camada é posteriormente projectado o segundo nível da camada de base, normalmente rematado com uma camada exterior de acabamento. Antes de se iniciarem as pinturas, deve-se assegurar um adequado tempo de secagem do conjunto, permitindo inclusivamente que alguma humidade retida na parede durante a obra possa alcançar o exterior. 2. Ciclo de vida física do reboco Logo após a aplicação de um reboco e durante as primeiras horas e dias, dão-se reacções físicas e químicas que condicionam fortemente a sua durabilidade. Estes fenómenos dizem respeito não só às suas características intrínsecas (coesão da argamassa, porosidade), mas afectam também a sua adesividade ao suporte, sua retracção e a sua susceptibilidade à fendilhação, factores que condicionam a sua durabilidade A presa Os ligantes constituintes das argamassas dos rebocos reagem com a água e perdem plasticidade de modo em tudo idêntico às argamassas constituintes de betões. O endurecimento da argamassa resulta da hidratação dos constituintes do cimento, nomeadamente dos silicatos bicálcico (C 2S) e tricálcico, (C 3S), dominante na pasta de cimento - até cerca de 60% da sua composição. Desta reacção resulta a formação de hidróxido de cálcio (3(OH) 2Ca) - cal (com uma estrutura em forma de plaquetas hexagonais, representando cerca de 20 a 25% do volume de sólidos da pasta de cimento que se vão formando até a água ficar saturada deste sal, num ph próximo dos 12,5). (1) 2 C 3S + 6 H 2O 3 CSH + 3 (OH) 2Ca (cimento) (2) 2 C 2SH + 4 H 2O 3,3 CSH + 0,7 (OH) 2Ca (cal hidráulica) A partir desse momento, começam a formar-se silicatos de cálcio hidratado (3CSH) (em lamelas formando agulhas) que, na prática, conferem resistência à argamassa. Esta é uma reacção exotérmica, durante a qual se verifica uma contracção da argamassa, isto é, o volume dos compostos é inferior à soma dos volumes dos componentes. Nesta reacção formam-se ainda aluminato tricálcico (C 3A) e aluminoferratos (C 4AF), que conferem a cor cinzenta à argamassa. Cada um deles representa cerca de 5% do cimento e, apesar de serem potencialmente prejudiciais à argamassa (pela sua tendência de se ligarem ao hidróxido de cálcio), é relativamente caro retirá-los da pasta. Por isso, à semelhança do betão, ao qual se adiciona gesso para que reaja com estes compostos, podem-se adicionar pozolanas ou outros aditivos às argamassas para rebocos. Ao longo do processo de endurecimento da pasta, os compostos hidratados cristalinos (quer sob a forma de agulhas, quer sob a forma de plaquetas) vão-se agrupando conforme se formam, soldando-se, entrelaçando-se e integrando os agregados e, assim, criam a coesão da argamassa [6]. Durante a aplicação, se não existir uma quantidade suficiente de água na parede, pode acontecer que esta sugue a água transportada pelo reboco o que leva a uma dessecação deste, impedindo a hidratação dos seus constituintes (como é o caso de argamassas à base de cal aérea) e tornando a interface entre este e a parede pulverulenta a nível macroscópico (como nas cais hidráulicas) ou pouco estável, por não se dar o processo de carbonatação (nível microscópico) [7]. Para se controlar a capacidade de absorção da parede, pulveriza-se a superfície das alvenarias com água. Inversamente, porém, a existência de demasiada água entre as duas superfícies pode originar a sua absorção pela parede (macroscópico) ou a saturação e obstrução dos poros da cal, ao ponto de im-

4 pedir a sua carbonatação [7]. Com o tempo, esta tenderá a libertar a água aprisionada podendo dar origem ao aparecimento de eflorescências e manchas após a conclusão da obra. Muito embora não existam valores definidos para as relações água / cimento para que se dê a hidratação completa dos constituintes das argamassas de ligante mineral, pode-se assumir uma relação mínima idêntica à necessária à produção de betões, isto é na ordem de A/C = 0,35, muito embora aos rebocos se exija uma maior trabalhabilidade pelo que não é raro encontrar referências a A/C entre 0,25 e 0, Secagem dos rebocos O aglomerado que se obtém da hidratação dos constituintes da argamassa apresenta-se como uma esponja de partículas com uma quantidade considerável de vazios intergranulares (a nível microscópico) e como uma estrutura porosa de vazios com ar entre os agregados (a nível macroscópico). Na realidade, à semelhança do betão, devem distinguir-se três níveis diferentes de vazios nas argamassas de rebocos, que originam diferentes tipos de movimento da água, consoante se trate de água adsorvida, capilar ou livre: a) micro-poros: poros finos que preenchem toda a argamassa, com dimensões que vão desde 1 a 2 nm a 0,1 µm e onde os movimentos da água se dão por difusão (adsorção, desadsorção); b) poros capilares vazios intergranulares, na ordem dos 10-5 a 10-4 mm, resultantes da evaporação da água em excesso e onde se dão movimentos de água regidos pela teoria dos líquidos em tubos capilares, e; c) macro-poros, na ordem dos 10-3 mm ou mais, com origem idêntica aos capilares, mas que podem ter igualmente origem em introdutores de ar ou num deficiente aperto da argamassa; nestes vazios, a água movimenta-se sobretudo por permeabilidade. Na realidade, logo após a aplicação da argamassa, dá-se início a um processo relativamente rápido de exsudação do reboco, durante o qual se liberta para o exterior a água livre contida nos poros de maiores dimensões. Nesta fase, alguma desta água é mesmo consumida pelo próprio reboco, no processo de hidratação, pelo que não se verifica perda de volume da argamassa. Em certos casos, pelo contrário, pode mesmo verificar-se um ligeiro aumento do volume desta, se a água livre penetrar nas partículas que constituem a argamassa. Após a perda desta água, verificam-se fenómenos de dessecação, com a continuação de libertação da água ligada (existente nos capilares) para o exterior a par da continuação do seu consumo nas reacções de hidratação da argamassa. Registe-se que a libertação de água para o exterior é feita não só para o meio ambiente, mas também, por absorção, para o material de suporte do reboco. Esta fase dura apenas algumas horas, durante as quais a argamassa inicia a sua primeira fase de retracção plástica que dá origem a rápidas variações dimensionais e perda de peso (perda de volume), acompanhadas de perda de deformabilidade e de uma progressiva diminuição da retracção. Os rebocos são um material particularmente susceptível nesta fase devido à sua grande superfície exposta em contacto directo com o ambiente e o suporte, às dificuldades em proceder a curas adequadas e, finalmente, devido à natureza dos suportes que geralmente apresentam uma porosidade aberta com grande poder de sucção da água contida na argamassa. Depois desse período, pode dar-se um ligeiro e curto aumento do volume da argamassa, decorrente dos fenómenos químicos que nela se operam, mas que é seguido por um período mais longo de secagem. Esta fase inicia-se em torno da sexta hora de aplicação - muito embora possa ter um começo mais tardio em argamassas bastardas - e prolonga-se de forma lenta e contínua ao longo de toda a fase de presa (cerca de 28 dias) e ao longo da vida do reboco. Neste período, o reboco perde grande parte da sua deformabilidade e, inversamente, começa a consolidar as suas características mecânicas, conforme se completam os fenómenos de hidratação e se iniciam os fenómenos de carbonatação da argamassa O fenómeno da adesão Como refere ADDLESON [8], a adesão resulta de uma combinação de acções mecânicas - que são predominantes no caso dos rebocos - e da adesão específica dos materiais.

5 Após a aplicação da argamassa sobre o suporte, a adesão processa-se por penetração capilar da água de amassadura nos poros do suporte, arrastando os elementos mais finos da argamassa [9] (Figura 2). Para potenciar este fenómeno, as bases têm de ter características que favoreçam as ligações, quer de forma natural (porosidade), quer induzidas de forma mecânica (juntas avivadas, superfície rugosa ou picada), quer complementadas por materiais que favoreçam a ligação e/ou tornem contínua a superfície de contacto (como redes metálicas, acrílicas ou adjuvantes). Durante este processo, ocorre a perda de água da argamassa, por evaporação, por hidratação dos seus constituintes e por absorção do suporte e, com ela, a perda de plasticidade da pasta. Figura 2 - Esquema ilustrativo do fenómeno de adesão [adaptado de 3] Do ponto de vista da durabilidade, uma boa adesão entre o reboco e o suporte (e entre cada uma das diversas camadas da sua constituição) permite controlar a ocorrência de fendilhação - uma vez que as tensões internas que se geram durante a retracção são distribuídas de forma equilibrada por toda a argamassa. Assegura ainda uma maior resistência a movimentos diferenciais entre os dois materiais e, a prazo, permite evitar descolamentos do reboco em relação à alvenaria A retracção Como se viu, a diminuição de volume decorre das reacções de hidratação, que consomem parte da água de amassadura existente, dos fenómenos de dessecação (decorrentes da perda de água para o meio ambiente e para o suporte) e da carbonatação da argamassa ao longo do seu endurecimento [3] [10]. Estas três causas actuam de forma sobreposta ainda que com ritmos distintos. Assim, a dessecação começa a actuar imediatamente após a aplicação do reboco, logo após este ter libertado a sua água livre sob a forma de exsudação. Esta é considerada a causa principal da retracção. A perda de água por hidratação dos constituintes da argamassa tem um pico poucas horas depois da aplicação do reboco e vai diminuindo conforme este vai perdendo a plasticidade. A carbonatação, por fim, é um fenómeno muito mais lento, responsável pelo endurecimento da argamassa, cujo efeito se mantém ao longo da vida útil do material (Figura 3). Figura 3 - Esquema com a conjugação dos fenómenos que influenciam a retracção nos rebocos [1] e exemplo dos efeitos de fendilhação da argamassa decorrente da retracção. VEIGA [3] distingue diversos tipos de retracção nos rebocos:

6 a) retracção efectiva ou própria, que resulta da contracção plástica da argamassa (diminuição do volume e perda da plasticidade, dependente da relação água / cimento, do teor de finos ou da espessura das camadas), durante a qual se desenvolvem tensões internas de tracção na argamassa, mas cujos efeitos em termos de fendilhação no reboco são compensados pela relaxação do material, numa fase em que este ainda não está totalmente coeso; b) retracção restringida, que resulta das tensões induzidas no reboco resultantes do atrito entre e o suporte e que, se forem superiores ao módulo de elasticidade do próprio reboco, originam fendilhações à sua superfície; por outro lado, a retracção diferencial entre camadas do próprio reboco é normalmente acompanhada por micro-fendilhação muito fina na camada mais exterior; c) retracção diferencial numa mesma camada, restringida ou não pela adesão à camada anterior, que acontece devido às diferentes velocidades de secagem das superfícies duma mesma camada (em contacto com o suporte ou em contacto com o ambiente exterior). Da existência da retracção restringida decorre a importância de uma boa adesão do reboco ao suporte ou à camada anterior, como forma de distribuir o mais possível as tensões que se geram entre estas camadas, por forma a evitar - ou minorar - o aparecimento de fendilhação. Este último tipo de fenómeno é uma variante da retracção restringida e decorre directamente das condições ambientais durante o período de aplicação do reboco, nomeadamente da humidade relativa (função da temperatura e humidade) e da velocidade do vento, factores que afectam inclusivamente de modo diferente o reboco ao longo da sua vida útil [3] Molhagem e secagem Após o seu endurecimento - a dita fase estável - e à semelhança de todos os materiais porosos, o reboco apresenta diferentes mecanismos de hidratação (molhagem e secagem). No estado seco pode dizer-se que todos os poros se encontram vazios e, por isso, os mecanismos de difusão de vapor de água predominam (figura 4). Se a percentagem de humidade aumenta, dá-se a adsorção de água nas superfícies dos capilares, eventualmente com condensação de água nos vazios de menores dimensões [11] [12]. Figura 4 - Representação esquemática do fenómeno de difusão num material poroso. À medida que a quantidade de água aumenta, os poros e capilares começam a ficar preenchidos com água, num processo relativamente lento se só estiver em acção um fenómeno de difusão de vapor de água, mas que acelera rapidamente na presença de água livre, por exemplo decorrente de água da chuva batida pelo vento, ou escorrendo pelas fachadas. Quando os poros ficam totalmente preenchidos com água, os fenómenos de difusão deixam de se verificar e passa a ocorrer a migração de água por capilaridade ou, nos grandes poros, por diferenças de pressão (efeito de água e vento, por exemplo), figura 5. Figura 5 - Representação esquemática da penetração da água da chuva num reboco, por acção do vento. A relação entre a porosidade e permeabilidade do reboco à entrada de água é considerada um dos factores essenciais no domínio da durabilidade dos rebocos. E se, por um lado, a sua porosidade e

7 permeabilidade ao vapor de água nas argamassas de ligante mineral decorrem do respectivo processo de fabrico e aplicação, estes factores ganham extrema relevância ao longo da vida útil do reboco e na forma como este responde às condições ambientais. Assim, um reboco muito poroso, ou fendilhado, em condições de grande exposição ao vento e à chuva é mais susceptível de acumular dentro de si humidade (expressa pela relação entre o peso da água contida no material e o peso do próprio material) e originar uma vastíssima série de patologias no reboco (manchas e descolamento do suporte, infiltração para a parede, ataque de cloretos ou sulfatos no interior do reboco, condições para o aparecimento de líquenes e fungos e, em casos climáticos extremos, estando os poros grandes cheios de água, destruição do reboco por ciclos de gelo / degelo). 3. Fenómenos de envelhecimento e degradação As características e o comportamento físico das argamassas em si não influenciam directamente a durabilidade dos rebocos, mas fazem-no de forma indirecta, através de uma maior ou menor susceptibilidade à acção dos agentes ambientais. Importa, pois, na perspectiva da durabilidade, aprofundar como se processam os fenómenos de degradação associados a este tipo de fenómenos Efeito da água da chuva A água da chuva afecta os rebocos de três modos distintos: incidência directa, escorrimento e salpico, como se ilustra nas Figuras 6. Destas três, segundo alguns autores [11] [13], a incidência directa é a que mais afecta a durabilidade, o que se demonstra pela relação directa que existe entre a quantidade de água (da chuva) e a ocorrência de anomalias e a frequência das acções de manutenção. Figura 6 - Exemplos de degradação de rebocos devido à incidência directa, escorrência e salpico de água (da esquerda para a direita) [1] Do ponto de vista dos mecanismos de deterioração dos rebocos, a presença de água contribui decisivamente para a sua durabilidade, especialmente por favorecer acções de degradação simultâneas, como a penetração de sais, as condensações superficiais ou internas e o ataque biológico. A absorção da água da chuva é feita ao longo do tempo de acordo com uma relação de exponencial invertida (mm/h) [11] [13]. Quando chove com muita intensidade, se o limite de absorção da argamassa é ultrapassado, dá-se o preenchimento total dos poros e o material alaga, ou seja, não tem tempo de secar naturalmente sem afectar o próprio reboco. Esta situação pode acontecer nomeadamente no caso de argamassas à base de cal hidratada (sobretudo se ainda não endurecidas na totalidade), através do efeito de arrasto dos cristais sólidos de hidróxido de cálcio - ou mesmo a sua dissolução [7]. Este efeito revela-se a nível macroscópico pela desagregação da argamassa, com a perda de capacidade desta para ligar os grãos de agregado que a constituem. Os rebocos saturados de água são igualmente mais sensíveis a fenómenos de condensações, penetração de cloretos, ataque biológico ou degradação decorrente de ciclos de gelo / degelo. Incidência directa Do ponto de vista da água que incide nos edifícios, mais do que as quantidades de precipitação, interessa avaliar a conjugação de vento e chuva. De facto, de um ponto de vista teórico, se as mas-

8 sas de ar estivessem totalmente paradas (ou seja, se não existisse vento), não existiria incidência directa de chuva nas fachadas. Na realidade, quando chove, a água que cai embate nas superfícies dos edifícios em função da velocidade do vento, da sua orientação, da dimensão das gotas, da orientação relativa da parede e do seu grau de protecção. Numa mesma superfície, geram-se efeitos aerodinâmicos que levam a que as massas de ar contornem as superfícies, para os lados e para cima, podendo levar a que as gotas de água contornem as paredes em vez de se esmagar contra elas. Nas esquinas e nas coberturas, o encontro de diferentes correntes de ar (com velocidade, orientação e quantidade de água provavelmente distintas) leva a que certas gotas de água rebentem e pulverizem a superfície exposta, pelo que se considera que numa chuvada as quantidades de água recebidas pelas superfícies das fachadas possa sofrer variações de ponto para ponto [13] [14]. Escorrência e salpicos Durante uma chuvada, a água que incide na fachada e que não é absorvida, tende a escorrer para o solo, provocando a molhagem da parede. Este fenómeno conduz a uma maior absorção de água ao longo da superfície da fachada pela argamassa e dá origem a efeitos conjugados de pingos e salpicos de água em saliências ou junto ao solo. Inicialmente a deterioração manifesta-se através de sujidade e manchas, mas poderá evoluir para fenómenos de degradação por ataque biológico, erosão da argamassa (Figura 7) pela alternância de ciclos de seco / molhado e cria condições para anomalias decorrentes de gelo / degelo ou eflorescências Carbonatação À semelhança dos fenómenos de hidratação da pasta de cimento, também se podem traçar paralelismos entre o fenómeno da carbonatação nas argamassas de rebocos e no betão, como seria natural já que esta só se dá na pasta e não nos agregados. Estas semelhanças dizem respeito não só à ocorrência do fenómeno em si (alteração da micro-estrutura dos materiais e da velocidade de avanço da carbonatação), mas também no que se refere à durabilidade dos materiais (como os efeitos de fadiga sob acção de cargas constantes ou a deterioração da superfície, por exemplo) [11]. A carbonatação é um fenómeno químico de reacção entre o dióxido de carbono (CO 2) existente na atmosfera com os hidróxidos de cálcio existentes no cimento / betão, sempre que exista a presença de água, fenómeno que é mais acentuado em rebocos muito porosos. Este é um fenómeno relativamente lento, que progride do exterior para o interior e que vai diminuindo de velocidade com a profundidade. Simultaneamente, dá-se uma diminuição do ph no interior da argamassa o que aumenta a susceptibilidade à corrosão de eventuais elementos metálicos no seu interior [15] [16], nomeadamente sempre que se empregam redes metálicas de armadura ou peças e esquadrias de reforço em esquinas (como é o caso de rebocos aplicados sobre isolamento térmico). O óxido de ferro resultante da corrosão destes elementos, por sua vez, acaba por deteriorar a própria argamassa devido às suas características expansivas. A carbonatação em si nem sempre é nefasta para os rebocos pois contribui para o seu endurecimento, o que é particularmente importante no caso da utilização de argamassas de cal [7]. De facto, se o hidróxido de cálcio existente na cal não carbonatar depois da aplicação da argamassa, formando cristais de calcite e aragonite não solúveis na água, assim que o reboco começa a perder a água, esta arrasta consigo partículas dissolvidas. Do ponto de vista da durabilidade, uma cal mal carbonatada produz uma massa muito porosa e fofa, muito sujeita a fendilhação, escorrência de água e degradação por efeito da humidade. Nestes casos, para que a carbonatação se complete, há que assegurar um adequado tempo de secagem dado que, por regra, o processo tende a ser muito lento em condições de humidade relativa entre os 55% e os 85 % Penetração de sais O ataque de cloretos (iões cloro) ocorre normalmente em ambientes agressivos (por exemplo, zonas costeiras ou sujeitas a chuvas ácidas), com elevada concentração de iões cloro, sobretudo através da água que preenche os poros ou micro-fissuras do reboco. Em situações de muita poluição, as partículas de poluição atmosféricas dissolvidas na água depositam-se à superfície dos rebocos (sujidade) pela acção da água da chuva. E, se por um lado, esta água pode lavar o próprio reboco, na prática deposita as partículas nos poros da argamassa, conforme vai escorrendo pela fachada [4]. Pode

9 ainda dar-se o caso da presença de sais no interior da argamassa, provenientes dos seus próprios constituintes (nomeadamente por causa de areias mal lavadas) ou presentes no suporte (sobretudo em casos de intervenção em edifícios antigos). Por fim, refira-se a possibilidade, geralmente característica dos países frios, da degradação dos rebocos devido à concentração de cloretos presentes nos sais usados para derreter a neve. Os cloretos penetram do exterior para o interior e são depositados no interior da argamassa quando a água que os transporta se evapora ou seca, o que leva a que este tipo de fenómeno seja particularmente acelerado sempre que se esteja em presença de situações de ciclos seco / molhado [9] [17]. No interior da argamassa, a progressão dos iões de cloro é feita por difusão ou por sucção capilar consoante os poros estiverem ou não cheios de água [18]. Estudos recentes [19] referem que a penetração de cloretos ocorre com maior intensidade em zonas fendilhadas e depende sobretudo da profundidade da fissura, mais do que da sua largura, o que é particularmente gravoso para um material com uma espessura relativamente reduzida. Para fendas entre 0,05 a 0,35 mm, a penetração de cloretos é relativamente acelerada o que permite formular as seguintes hipóteses de trabalho: a) a degradação nos rebocos é idêntica à do betão, apesar de não ter o mesmo carácter estrutural; b) quando existe fendilhação visível a olho nu, pode-se assumir uma grande susceptibilidade dos rebocos à penetração de cloretos; c) rebocos com várias camadas têm um comportamento teórico melhor, pois as fendilhações não atravessam toda a sua espessura (probabilisticamente). Quando a água abandona a argamassa ou se verifica uma diminuição da humidade relativa, os sais nela dissolvidos recristalizam no interior da estrutura porosa da argamassa, aumentando de volume, originando a destruição da matriz e a degradação da superfície do reboco (que estala ou se desfaz, adquirindo uma consistência pulverulenta) [14] [19] [20]. Uma vez no interior da argamassa, os sais podem ser transportados pela água e depositar-se na superfície dos rebocos quando esta se evapora, originando eflorescências, ou, quando acontecem sob a superfície, criptoflorescências (Figura 8). Estas anomalias contribuem para a degradação visual dos rebocos e podem levar à perda de adesão destes, à delaminação ou à desagregação da argamassa devido às pressões resultantes do aumento do volume dos cristais dos sais solúveis. Figura 7 - A degradação associada ao salpico da água manifesta-se inicialmente por manchas de sujidade e humidade, mas, com o tempo, pode evoluir e causar a erosão da superfície do reboco [1] 3.4. Variação de temperatura Figura 8 - Deterioração do reboco devido ao depósito de sais no interior da argamassa devido à ascensão de água do solo [1] O efeito da variação de temperatura nos rebocos pode ocorrer de forma isolada dos restantes fenómenos de degradação ou conjugado com a humidade ambiente, através de variações da humidade

10 relativa do ar. No primeiro caso, dão-se fenómenos cíclicos de dilatação e contracção das argamassas e da parede por acção das variações de temperatura, dependendo da orientação da parede. Estes fenómenos podem levar à perda de adesão entre camadas ou com o substrato e conduzem a fadiga do material. As diferenças de comportamento entre o reboco e o suporte podem ainda originar fendilhação, generalizada ou localizada, geralmente orientada se o suporte não for homogéneo (fissuração nos encontros de alvenaria e estrutura, platibandas, vigas e pilares, panos de alvenaria), como se ilustra na Figura 9. A temperatura pode ainda originar degradação da superfície se o reboco for muito rígido e acelera reacções químicas como o ataque dos UV, a oxidação e carbonatação [4]. Figura 9 - Exemplos de fissuração associada a movimentos diferenciais ao nível do suporte, devido ao efeito da temperatura (nota: imagem da direita encontra-se manipulada para mais fácil percepção da anomalia) [1] Quando conjugados com a humidade, os efeitos da variação de temperatura afectam de forma muito acentuada os rebocos, quer prejudicando os fenómenos de secagem e cura das argamassas (tornando-as particularmente susceptíveis à retracção diferencial e fendilhação precoce), quer porque criam condições para a ocorrência de condensações, para o aparecimento de manchas de humidade e favorecendo o crescimento de bolores e líquenes (bem patente no aparecimento de fantasmas à superfície do reboco - figura 10). As condensações ocorrem sempre que, na presença de determinados níveis de humidade, a temperatura baixa, reduzindo o ponto de saturação da água contida no material. Esta humidade condensase, podendo manifestar-se na superfície exterior do reboco (favorecendo o aparecimento de manchas e ataque biológico) ou entre o reboco e o suporte (podendo originar destaques do reboco ou a transmissão de sais à argamassa e à parede). Figura 10 - Fachada afectada por fantasmas

11 3.5. Ciclos gelo / degelo Em situações de temperatura muito baixa, a água acumulada nos poros da argamassa congela, aumentando de volume aproximadamente 9%. Tipicamente, a congelação começa nos poros maiores e avança para os poros de menores dimensões; forçada pelo aumento do seu volume. A pressão nos diversos capilares em torno dos poros do gel pode ser suficiente para destruir a coesão da pasta se for ultrapassada a sua resistência interna a esforços de tracção. Quando a água derrete, a estrutura porosa encontra-se alterada (podendo ter ocorrido deterioração da coesão da argamassa, delaminação ou fissuração da superfície) e fica mais sensível para os efeitos do próximo ciclo de gelo, o que conduz a um efeito progressivo e repetido. De igual modo, passa a ser mais fácil a penetração da água no interior do material, favorecendo a acção de outros agentes de degradação (por exemplo carbonatação, ataque de sais). Este mecanismo é determinado pela água acumulada no interior da argamassa e pela porosidade desta [4]. As acções de degradação iniciam-se quando se ultrapassa o valor crítico de água contida, o que pode ocorrer em qualquer momento da vida do reboco, bastando um reduzido número de ciclos para deteriorar a argamassa [21] Radiação solar Os raios ultravioletas (UV) afectam sobretudo argamassas de ligante orgânico, sempre que se conjugam a incidência solar, a presença de oxigénio, água e calor ou vários de entre estes factores. Os efeitos são a degradação superficial do reboco, com amarelecimento, desmaio de cores e erosão mais acelerada. Os UV também contribuem para diminuir certas propriedades tais como a resistência à penetração da água [4]. 4. Fim da vida útil Diz-se que um reboco alcança o final do seu tempo de serviço a partir do momento em que deixar de cumprir os critérios de performance para ele estabelecidos, ou seja, as respectivas exigências funcionais e que têm a sua síntese no critério da durabilidade. Na realidade, não é fácil definir o final da vida útil do reboco, à semelhança de todos os outros materiais e componentes, pois este depende do nível de performance que se está preparado para exigir (e por ele pagar) ou, mais economicamente, aceitar até que um factor ou mais se tornem intoleráveis para os utilizadores. Refira-se que, por vezes, mesmo que todos os critérios de performance ainda estejam dentro de limites tecnicamente considerados funcionais, pode dar-se o caso de o reboco ser considerado obsoleto por razões estéticas. Noutros casos, por exemplo em contextos históricos, mesmo que o reboco se apresente em maior ou menor grau degradado, pode ser considerada adequada a manutenção da situação existente, por questões de coerência do conjunto. 5. Referências bibliográficas [1] Gaspar, Pedro L. Metodologia para o cálculo da durabilidade de rebocos exteriores correntes. Dissertação de Mestrado em Construção no Instituto Superior Técnico, Lisboa, Abril de 2003, 203 p. [2] Gaspar, Pedro L.; Brito, Jorge de O ciclo de vida das construções - Parte III. Vida útil física. Arquitectura & Vida, n.º 44, Lisboa, Dezembro de 2003, pp [3] Veiga, Mª. Rosário Revestimentos de paredes: funções e exigências. Arquitectura & Vida, n.º 12, Lisboa, Janeiro de 2001, pp [4] Kus, H. Service life of external renders. XXX IAHS World Congress on Housing, Vol. III, Coimbra, 2002, pp [5] Veiga, Mª. Rosário Comportamento de argamassas de revestimento de paredes. Teses e programas de investigação do LNEC, Lisboa, 1998, 458 p. [6] Coutinho, A. de Sousa Fabrico e propriedades do betão. Vol. I, LNEC, Lisboa, [7] Nero, J. Gaspar Os rebocos - II parte. Arquitectura & Vida, n.º 21, Lisboa, Novembro de 2001, pp [8] Addleson, Lyall Building failures, a guide to diagnosis, remedy and prevention. Butterworth & Heinemann, 3 rd Edition, 1992, 167 p.

12 [9] Gaspar, Pedro L.; Brito, Jorge de Metodologia de cálculo da vida útil de rebocos exteriores. Congresso Construção 2001, Vol. II, Lisboa, 2001, pp [10] Müller, A.; Romagna, R. H. Reduction of cracks in plaster revetment. 8 th Int. Conference on Durability of Building Materials & Components, Vancouver, 1999, pp [11] Bohner, E. Durability of autoclaved aerated concrete - a field study of industrial buildings. 8 th Int. Conference on Durability of Building Materials and Components, Vol. I, Vancouver, 1999, pp [12] Noumowe, A. N. Coupled heat and mass transfers in building materials. 8 th Int. Conference on Durability of Building Materials & Components, Vancouver, 1999, pp [13] Atkinson, B.; Snape, P. Mapping rainfall distribution characteristics on facades using surface deposit geometry. 8 th Int. Conference on Durability of Building Materials & Components, Vol. I, Vancouver, 1999, pp [14] Henriques, F. Acção de humidade em paredes, Tese de Doutoramento em Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico, Lisboa, [15] Emmons, P. H. Concrete repair and maintenance. R. S. Means Company, Kingston, 280 p. [16] Gaspar, Pedro L.; Brito, Jorge de O Regulamento Japonês como instrumento de apoio ao projecto para a durabilidade. REPAR 2000, Lisboa, 2000, pp [17] Brito, Jorge de Degradação da qualidade das construções. IST, Lisboa 1998, 35 p. [18] Mayer, P. D.; Wornell, P. Assessing the remaining service life of existing building components for insurance. 8 th Int. Conference on Durability of Building Materials & Components, Vancouver, 1999, pp [19] Hansen, E. J. P. et al Durability of cracked fiber reinforced concrete structures exposed to chlorides. 8 th Int. Conference on Durability of Building Materials & Components, Vol. I, Vancouver, 1999, pp [20] Rodrigues, P. F.; Henriques, F. The effects of hydraulic components on lime mortars. XXX IAHS World Congress on Housing, Vol. III, Coimbra, 2002, pp [21] Fagerlund, G. Service life with regard to frost attack - a probabilistic approach. 8 th Int. Conference on Durability of Building Materials & Components, Vancouver, 1999, pp

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