Análise do cenário político estadual do Rio de Janeiro (2012) Wendel Pinheiro

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1 Análise do cenário político estadual do Rio de Janeiro (2012) Wendel Pinheiro

2 Análise do cenário eleitoral do Estado do Rio de Janeiro (2012) Prefeituras (final do 1 turno) Neste cenário, vale atentar, além da evolução/descenso dos partidos, algumas peculiaridades das eleições do 2 turno em 2012, não apenas na capital, mas nas cidades da Baixada Fluminense e no Interior. No 2 turno, o PDT disputou nas cidades onde têm prefeituras, o que torna a eleição bastante plebiscitária (São Gonçalo, Nova Iguaçu e Niterói). Em São Gonçalo, a disputa é contra o PR, enquanto que em Nova Iguaçu e Niterói, o enfrentamento se dá, direta ou indiretamente com Cabral (Nova Iguaçu, onde o PDT enfrenta o e Niterói, onde Cabral apóia a coalizão PT- contra o PDT). Por sua vez, o PSB, com a presença do PDT na vice, enfrenta em Duque de Caxias o. A legenda peemedebista ainda enfrentaria o PSB, em Petrópolis. Da mesma forma, o PR enfrentou o PDT em São Gonçalo e, simultaneamente, o em Volta Redonda. Já o PCdoB disputaria contra o PRTB em Belford Roxo. Tabela 1 Partidos e prefeitos eleitos (Eleições turno) Partidos PT PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB PTB PSOL PV 1 PPS Outros 2 Prefeitos (2008) Prefeitos ( turno) Com este desenho, vale atentar o forte recuo do 3, no final do 1 turno, na perda parcial de 12 prefeituras, além da perda do PP e do PSDB com seis prefeituras cada partido. Idem ao decréscimo do DEM, ao perder três prefeituras. O PT, por sua vez, manteve o mesmo número de prefeituras, no final do 1 Macaé elegeu o Deputado Federal Dr. Aluízio (PV). Vide também o PSOL em Itaocara. Na tabela seguinte, ver o descompasso entre a eleição de prefeitos por esses partidos e as respectivas representações de suas agremiações partidárias nas Câmaras Municipais destes municípios. 2 No caso, em 2008, são PTC e PHS. Em 2012, são PMN, PSDC e PRTB. O PSDC elegeu em Guapimirim, após a desistência de candidata do. Destes, o PRTB disputa o 2 turno com o PCdoB em Belford Roxo, com o Deputado Estadual Waguinho. 3 Entretanto, José Laerte () de Quatis, junto com Rafael Miranda (PP) de Cachoeiras de Macacu, Sérgio Soares (PP) de Itaboraí, Rachid Elmor (PDT) de Paty do Alferes e Frederico Barbosa Lemos (PR), de São Francisco do Itabapoana tiveram candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, portanto, os votos que receberam foram contabilizados como nulos. 2

3 1 turno. Sobre as legendas que cresceram, destaque para o PDT e o PRB, com o avanço de mais uma prefeitura (junto com o PSOL, PV, PMN e PSDC); o PR, PSB e PSC cada um deles com três prefeituras a mais, além da presença surpreendente e inédita do PCdoB, ao vencer duas prefeituras, e a presença do PSD em seis. Nas chapas onde o PDT seguiu para o 2º turno como cabeça de chapa (Nova Iguaçu, São Gonçalo e Niterói), a legenda trabalhista concorreu com êxito contra o ou aos candidatos apoiados pelo Governador Sérgio Cabral 4. Nos municípios onde o PDT venceu, ele enfrentou diretamente o em cidades como São João de Meriti, São José do Vale do Rio Preto, Engenheiro Paulo de Frontin e Mendes com a exceção de Porto Real e Cabo Frio, na aliança com o. Entretanto, nas alianças do PDT com o, a legenda trabalhista perderia em cidades como, por exemplo, Itatiaia, Italva e, em destaque, Armação dos Búzios e Cordeiro 5. E nos municípios onde o PDT foi o vice da chapa, o maior êxito na aliança contra a legenda peemedebista resultaria na ida ao 2 turno em Duque de Caxias na chapa PSB-PDT-PCdoB-PT-PRB. Tabela 2 Municípios com prefeitos eleitos no 1 turno (chapas próprias ou apoios) 6 Cidades Apoio do Cabral Apoio do PR Garotinho Apoio do PT Independentes Angra dos Reis PT Aperibé PSB PSB Araruama PR Areal PR Armação dos Búzios PSC Arraial do Cabo Barra do Piraí Barra Mansa PCdoB Belford Roxo Bom Jardim Bom Jesus do Itabapoana Cabo Frio PDT Cachoeiras do Macacu PSC PSC Cambuci Campos dos Goytacazes PR 4 Como em Niterói, onde o é aliado preferencial do PT de Rodrigo Neves. 5 Ainda que a cabeça de chapa, em Cordeiro, fosse do PSB, a aliança costurada foi a do PSB-PDT--PHS. Ela perderia para a coligação encabeçada pelo PR que, mesmo na conjuntura política local, teria como seus aliados imediatos o PT, PCdoB, PV e PSDB. 6 Pode haver municípios onde haja a conjunção de apoios ( com PT, PR com PT ou até com PR). Os independentes consistem na vitória de partidos sem ou com coligações sem o, PR e PT. 3

4 Cidades Apoio do Cabral Apoio do PR Garotinho Apoio do PT Independentes Cantagalo PT PT Carapebus PRB PRB Cardoso Moreira PRB Carmo PSB PSB Casimiro de Abreu PSC Comendador Levy Gaparian Conceição de Macabu PT Cordeiro PR PR Duas Barras Duque de Caxias Engenheiro Paulo de Frontin PDT Guapimirim PSDC Iguaba Grande PP PP Itaboraí Itaguaí PSDB Italva DEM Itaocara PSOL Itaperuna PP PP Itatiaia PP Japeri PSD Laje do Muriaé PSC Macaé PV Macuco Magé Mangaratiba PSD Maricá PT Mendes PDT Mesquita PSC Miguel Pereira PT Miracema PR Natividade PSD PSD Nilópolis PMN Niterói Nova Friburgo PSD Nova Iguaçu

5 Cidades Apoio do Cabral Apoio do PR Garotinho Apoio do PT Independentes Paracambi PT PT Paraíba do Sul DEM Parati PT PT Paty do Alferes Petrópolis Pinheiral PT Piraí PSB PSB Porciúncula Porto Real PDT PDT Quatis PR Queimados Quissamã PP Resende PP Rio Bonito Rio Claro PSD PSD Rio das Flores PCdoB Rio das Ostras PSC PSC Rio de Janeiro Santa Maria Madalena PP Santo Antônio de Pádua PSB São Fidélis São Francisco de Itabapoana PSC São Gonçalo São João da Barra São João de Meriti PDT São José de Ubá São José do Vale do Rio Preto PDT São Pedro da Aldeia PT PT São Sebastião do Alto PT Sapucaia PSD Saquarema Seropédica PSB Silva Jardim PRB Sumidouro Tanguá PTB PTB 5

6 Cidades Apoio do Cabral Apoio do PR Garotinho Apoio do PT Independentes Teresópolis Trajano de Morais PSDB Três Rios Valença PP Varre-Sai PP Vassouras PSB Volta Redonda Dos apoios que resultaram à vitória o 1 turno, apenas em 5 municípios (Aperibé, Itaperuna, Natividade, Porto Real e Rio Bonito) houve a aliança entre os apoios do e do PR, constituindo-se, dentre os 85 municípios que elegeram seus prefeitos no 1 turno, a baixa cifra de 5,88% dos prefeitos eleitos no 1 turno. Destas cidades, três se localizam no Noroeste Fluminense (Aperibé, Itaperuna e Natividade) e apenas uma próxima à Região Metropolitana (Rio Bonito), junto com a vitória do PDT em Porto Real. Tal observação é possível de ser elencada, uma vez que tal aliança repercutiria com bastante constrangimento a ambos os lados, principalmente se viesse a ser feita na maioria dos municípios da Região Metropolitana e nos grandes centros do interior. Da mesma forma, a aliança entre PR/PT surtiria efeito em 4 municípios (Cachoeiras do Macacu, Carmo, Cordeiro e Iguaba Grande), onde destes, metade se localizam na Região Serrana (Carmo e Cordeiro). Entre a aliança /PT, presença vitoriosa em Cantagalo (PT), Carapebus (PRB), Comendador Levy Gaparian (), Duas Barras (), Magé (), Paracambi (PT), Paraty (PT), Piraí (PSB), Queimados (), Rio Claro (PSD), Rio das Ostras (PSC), Rio de Janeiro (), São Fidélis (), São João da Barra (), São José de Ubá (), São Pedro da Aldeia (PT), Saquarema (), Tanguá (PTB) e Três Rios (), constituindo-se em 19 municípios, alcançando a marca dos 22,35%. Destes, 10 municípios tiveram a chapa encabeçada pelo, constituindo-se em 52,63% do total de municípios conquistados por esta aliança em contrapartida com apenas 4 municípios com o PT (21,05% o total da aliança /PT), o que pode ser lido o interpretado como a tentativa de interiorização do PT no estado, fazendo sentido à lógica da candidatura de Lindberg Farias em Sem incluir a capital, o PT conquistaria com a aliança PT- nestes municípios o contingente considerável de 17 vereadores eleitos, isto é, 20,48% da bancada de 83 vereadores petistas pelo estado. Se incluir a capital na soma, com os respectivos vereadores, o percentual amplia para 25,3%, elegendo na prática, com esta aliança, ¼ de todos os vereadores eleitos pelo PT. Os demais partidos apoiados pelo PT/ seriam vencedores em 5 municípios, com a presença pulverizada de partidos, como o PRB (1), PSB (1), PSD (1), PSC (1) e PTB (1) destes, hegemonia dos partidos de centro/centro-direita (PRB, PSD, PSC e PTB) em 4 municípios, alcançando a marca de 80% (!) dos partidos eleitos com a aliança PT/. Sem contar com os apoios conjuntos, os partidos independentes sagraram-se vencedores, em pleno 1 turno, em 9 cidades das 85 (10,59%), com destaque a cidades como Resende (PP). Dos partidos que venceram nestas condições, 3 foram do PP, 2 do PDT, 1 do PRB, 1 do PSC, 1 do PSD e 1 do PSOL. Ainda no que tange às vitórias no 1 turno, as cidades que o venceria, seja com prefeituras próprias ou com apoios exclusivos, seriam as de Arraial do Cabo (), Barra do Piraí (), Bom Jardim (), Bom Jesus do Itabapoana (), Cabo Frio (PDT), Cambuci (), Guapimirim (PSDC), Itaboraí (), Japeri (PSD), Macuco (), Nova Friburgo (PSD), Paty do Alferes (), Porciúncula (), Sumidouro (), Teresópolis 6

7 (), Trajano de Morais (PSDB) e Vassouras (PSB), sendo o total delas o número de 17 municípios (20% do total dos 85). Destes 17, o elegeria seus respectivos 11 municípios, o que representaria o total de 64,7% dos 17 municípios e, em geral, 47,82% de todos os 23 prefeitos eleitos pela legenda peemedebista no 1 turno elegendo somente em duas cidades médias, Teresópolis e Itaboraí 7. Dos demais partidos eleitos com o apoio exclusivo do, leve destaque para o PSD, ao vencer em 2 municípios (Nova Friburgo e Japeri), e a pulverização entre PDT (1), PSB (1), PSDB (1) e PSDC (1). Destes 6 municípios, 4 seriam conquistados pela aliança de centro/centro-direita (PSD, PSDC e PSDB). Já as cidades conquistadas exclusivamente pelo apoio de Anthony Garotinho (PR), elas seriam, a saber: Araruama (PR), Areal (PR), Barra Mansa (PCdoB), Campos (PR), Italva (DEM), Laje do Muriaé (PSC), Miracema (PR), Nilópolis (PMN), Paraíba do Sul (DEM), Quatis (PR), Quissamã (PP), Rio das Flores (PCdoB), Santo Antônio de Pádua (PSB), Seropédica (PSB) e Silva Jardim (PRB). Destas 15 cidades, 4 cidades são cidades com significativa expressão populacional e/ou regional no estado (Araruama, Barra Mansa, Campos e Nilópolis), constituindo-se no total de 26,6% das 15 cidades vencidas com o apoio de Garotinho. Destas, a metade delas seria vencida pelo PR (Araruama e Campos). Das mesmas 15 cidades, o PR venceria 5 (83,3% de todos os prefeitos eleitos pelo PR no 1 turno). Vale destacar, de forma inconteste, a vitória do PCdoB em seus dois municípios com o apoio de Garotinho. Idem ao DEM, com os também 2 municípios eleitos. No demais, a pulverização dos apoios de Garotinho, com PSB (2), PRB (1), PSC (1), PMN (1) e PP (1). No que tange às eleições de vereadores em 2012, segue a tabela a seguir, com a colocação dos partidos, os respectivos números de vereadores eleitos e os seus percentuais. Tabela 3 Ranking de vereadores eleitos pelo Estado do RJ (2012) Colocação Partido Vereadores Percentual 1 Outros (Partidos nanicos) 196 (195) 16,65% (16,57%) ,87% 3 PP 85 7,22% 4 PT 83 7,05% 5 PDT 81 (82) 6, 88% (6,96%) 6 PSB 76 6,46% 7 PR 74 6,29% 8 PSD 71 6,03% 9 PSC 63 5,35% 10 PPS 49 4,16% 11 PTB 47 3,99% 12 PRB 46 3,91% 7 Na estimativa do IBGE em 2012, Teresópolis teria habitantes e Itaboraí, habitantes. Das duas, o rivalizaria diretamente com o PR em Itaboraí. 7

8 13 PSDB 43 3,65% 14 PV 33 2,80% 15 PCdoB 26 2,21% 16 DEM 21 1,78% 17 PSOL 8 0,68% Total % Como reflexo do resultado eleitoral, vale atentar não apenas para o crescimento numérico do PDT, na condição de 4ª maior bancada de vereadores no Estado do Rio de Janeiro, com 81 vereadores (6,88%), mas, principalmente, na quantidade de vereadores eleitos do PP e do PT por sinal, bastante próximos da legenda trabalhista. O crescimento de 76 vereadores nas eleições de 2008 para os atuais 81 vereadores 9 em 2012, constituindo um crescimento de 6,58%, se torna bastante significativo, se comparado a demais legendas de maior expressão e envergadura política estadual e/ou nacional como o PR, PSD, PSDB e DEM, que alçaram percentuais inferiores aos conquistados pelo PDT. É preciso considerar como significativo o aumento no número de vereadores trabalhistas, uma vez que todos os partidos se beneficiaram com o aumento no número de vereadores pelos diversos rincões do estado fluminense. Como observações para uma maior reflexão, visando as eleições de 2014, vale apontar as seguintes constatações: 1) Na Região Metropolitana 10, o PDT aumentou de 22 vereadores (2008) para 30 vereadores (2012), significando, em outras palavras, um acréscimo de 36,3%. O contingente de vereadores da Região Metropolitana em relação ao número de vereadores do estado corresponde a 37,03% do total 8 É preciso ressaltar que o número de vereadores no Estado do Rio de Janeiro, em 2008, era de 999. O atual quantitativo (1177 vereadores) representa um acréscimo de 17,81% - por sinal, bastante longe da previsão do acréscimo no número de vereadores dos 999 em 2008 para os hipotéticos 1362 vereadores. Mais detalhes sobre este debate, ver em acessado no dia 14 de outubro de 2012, às 21:29h e em acessado no dia 14 de outubro de 2012, às 21:14h. 9 Vale atentar sobre o aumento do número de vereadores, decorrentes do PEC 333/2004 do Deputado Federal Pompeo de Mattos (PDT-RS), interferindo decisivamente no quantitativo de vereadores. Ela resultaria, posteriormente, na EC 58/2009, fazendo uma listagem do número de vereadores de acordo com o tamanho populacional das respectivas cidades. Sobre o teor desta emenda constitucional, ver em acessado no dia 14 de outubro de 2012, às 20:30h. No que tange ao impacto desta emenda, o acréscimo de vereadores no país em relação a 2008 seguiu na ordem de 10,4%. Ver maiores detalhes em acessado no dia 14 de outubro de 2012, às 20:55h. 10 Os municípios que compreendem a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, de acordo com a Lei Complementar Estadual nº 133/2009 são, a saber, as cidades do Rio de Janeiro, Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São Gonçalo, São João de Meriti, Seropédica, Tanguá e Itaguaí. Ver maiores detalhes e informes sobre o teor desta Lei Complementar Estadual na página acessada no dia 14 de outubro de 8

9 dos 81 vereadores trabalhistas percentual apenas inferior ao PSOL 11 (87,5%), PT 12 (38,5%) e DEM (38,09%) 13. O PDT inclusive supera, em percentual, legendas como o próprio 14 (31,42%), PR (21,6%), PSB (21,05%) e PP 15 (18,8%). 2) Os municípios com maior número de vereadores do PDT na Região Metropolitana são as cidades de São Gonçalo (5), Nova Iguaçu (4), São João de Meriti (4) e Niterói (4). Somadas, representam 56,6% da bancada trabalhista da Região Metropolitana e 20,98% da bancada de vereadores trabalhistas presentes em todo o estado. 3) A bancada de vereadores do DEM (21) conseguiu se tornar inferior ao próprio PCdoB (26) e até de partidos nanicos como, por exemplo, o PTdoB, com 33 vereadores eleitos (ou seja, 16,83% de todos os vereadores eleitos pelos partidos nanicos). Ainda no que tange ao PCdoB, vale apontar o ótimo desempenho da legenda comunista em municípios como Barra Mansa onde conseguiu eleger o prefeito e mais três vereadores, Itaboraí (2), Nova Iguaçu (2), São Fidélis (2), Seropédica (2) e Três Rios (2). Entretanto, em comparação ao DEM, a inserção do PCdoB na Região Metropolitana é bem menor, com apenas 6 vereadores eleitos, isto é, apenas 23,07% da bancada eleita de vereadores comunistas pelo estado. A preocupação da legenda em enraizar-se pelo estado fez com que o PCdoB viesse a descuidar de suas bases, a ponto de perder, inclusive, a sua histórica representação na capital, com a eleição de um vereador desde ) A excessiva representação no interior do estado do Rio de Janeiro pela bancada de vereadores eleitos pelo PSC (82,37%), PSD (81,43%), PP (81,2%), PSB (78,94%) e PR (78,4%). Entretanto, no interior, destaque ao PDT em Nova Friburgo, pulando de 2 para 3 vereadores, graças à excelente nominata de vereadores e a expressiva votação do Vereador Professor Pierre , às 22:20h. Igualmente, no que tange a um rápido histórico e dados afins da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ver os dados adicionais em acessado no dia 14 de outubro de 2012, às 22:28h. 11 Dos 8 vereadores eleitos do PSOL, 4 estão na capital e 3 em Niterói, o que justifica esta cifra bastante elevada. 12 Embora o PT tenha eleito na Região Metropolitana do RJ 32 vereadores (com destaque às cidades do Rio de Janeiro, Maricá e Mesquita), vale notar que o PT elegeu o mesmo número de vereadores no Rio de Janeiro e em Niterói, se for comparado com o PSOL. 13 Embora seja necessário ressaltar que dos 21 vereadores eleitos pelo DEM no Estado do Rio de Janeiro, 8 destes foram eleitos na Região Metropolitana. 14 O elegeu na Região Metropolitana 55 dos 175 vereadores eleitos no estado do Rio de Janeiro. Destes 55, vale ressaltar que 13 vereadores foram eleitos na capital, o que corresponde a 23,6% dos vereadores peemedebistas da Região Metropolitana. A título de exercício e maior compreensão sobre a real abrangência do na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, comparar a sua bancada eleita em 2012, representando 25,49% dos 51 vereadores da Câmara, contra os 12 vereadores do PFL eleitos em 2004 (24% dos 50 vereadores eleitos). 15 A atuação exígua do PP resultou na baixa performance da legenda com apenas 16 vereadores eleitos na Região Metropolitana. Seria superior apenas ao PSD, com apenas 13 vereadores eleitos. 16 No caso, a eleição de Edson Santos pelo PCdoB em 1988 e a sua posterior reeleição em Com a sua saída para o PT em 1994, o PCdoB não conseguiria eleger seu vereador em Porém, nas eleições de 2000 a 2004, quem assumiria a vaga de vereador pelo PCdoB seria Fernando Gusmão até a sua eleição para Deputado Estadual em Em 2008, Roberto Monteiro ocuparia este espaço, ao se eleger para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. 17 A validação dos votos de Samoel Grassini (conhecido como Samoel da Farmácia) tira a vaga do PSDC, representado por Ricardo Figueira (PSDC) e assegura a bancada trabalhista de Nova Friburgo, com 3 vereadores. Ver mais detalhes em e em acessado no dia 24 de outubro de

10 5) A inexpressividade do PSD em cidades da Região Metropolitana, onde lançou candidatos a Prefeito e vereador como em Duque de Caxias (2 vereadores), Niterói (1 vereadora e votação à prefeitura inferior ao PSOL) e Maricá (nenhum vereador, com candidatura à prefeitura atrás das chapas do PT, do DEM e do ). Exceção feita a Japeri, ao eleger o seu prefeito e mais dois vereadores. Ainda assim, na capital fluminense, com o envidamento de esforços dos próceres estaduais do PSD, a legenda apenas elegeu um vereador por sinal, um quadro alheio à aposta dos caciques pessedistas, ligado à AD de Madureira (Eliseu Kessler). 6) A elevada cifra de abstenção, somadas com os votos brancos e nulos, nas eleições proporcionais para a capital fluminense, ultrapassando a marca dos 31%. 7) A excessiva e super-representação dos partidos nanicos nas respectivas Câmaras Municipais, como, por exemplo, em Belford Roxo (64% - 16 dos 25 eleitos) e Teresópolis (50% - 6 dos 12 eleitos). 8) A derrota do caciquismo, onde o PSD (composto por dissidentes do PDT, PR e DEM) conseguiu uma performance pior que o PR e nem mesmo conseguiu emplacar seus candidatos em Niterói (abaixo do PSOL) e Duque de Caxias (abaixo do Zito). Na capital, o PSD mal elegeu 1 vereador. Nem Charbel Zaib foi eleito, com todo o apoio do Deputado Federal Arolde de Oliveira. 9) A afirmação do PSOL enquanto força alternativa de esquerda, ocupando o lugar do PT (vide a mesma representação de ambos, com os mesmos números de vereadores, no Rio de Janeiro e em Niterói). 10) Na maioria dos municípios fluminense onde o PDT foi com chapa própria ou na vice contra o, venceu ou seguiu para o 2 turno. 11) Altíssima representação dos partidos nanicos (ou de "aluguel") que, juntos, superam o em número de vereadores. 12) O maior rival do PDT nos grandes centros urbanos, no sentido de marcar sua posição identitária e ideológica é, sem dúvidas, o PSOL, não apenas na expressiva eleição de parlamentares da nova legenda, mas, sobretudo, na votação considerável nos votos de legenda e dos seus prefeitáveis. Na capital fluminense, algumas constatações: 1) A plena apatia político-eleitoral do povo carioca (pior que em 2008), com a soma de 20,45% de ausentes ( eleitores) + 8,12% de brancos ( eleitores) + 8,94% de nulos ( eleitores), chegando a cifra de 37,51% (!!!) na votação proporcional (vereador). Ou seja, em outras palavras, um contingente de eleitores! 2) De longe, os maiores vencedores foram o Marcelo Freixo (passando dos 22% das pesquisas para 28,15%!), o PSOL (2 para 4 vereadores) e o Pr. Silas Malafaia, na expressiva votação do Pr. Alexandre Isquierdo (8º mais votado do RJ dos 51 eleitos e o 5º mais votado dos 13 eleitos pelo, com votos). Vale atentar a transferência de votos do Pr. Abner Ferreira (AD de Madureira) a Eliseu Kessler, conforme eu previra anteriormente. Manutenção da influencia de RR Soares com a reeleição de Dr. Jorge Manaia (PDT). Duplicação dos votos de Leonel Brizola Neto ( votos em 2012 contra os votos em 2008). 3) Vitória de Pirro ao, restringindo-se à sustentação/acomodação da esquerda (PT-PDT-PSB-PCdoB) e do Marcelo Crivella no Ministério da Pesca. Uma coalizão segura sem sobressaltos, somado com a apatia do eleitorado entorpecido com o discurso da auto-estima carioca e da manutenção da parceria federal/estadual/municipal/universal. 4) Os maiores derrotados na capital foram Cesar Maia (apenas votos para vereador contra os votos na capital na eleição em 2010 para o Senado), Cidinha Campos (não elegeu seu filho Ricardo Campos), Wagner Montes (ele, na condição de Deputado Estadual mais votado da história do país não conseguiu eleger sequer seu próprio filho), Lindberg Farias (não conseguiu eleger nem seu amigo nos idos da UNE, o Ex- Presidente da UNE, Ex-Vereador e Ex-Deputado Estadual Fernando Gusmão), Anthony Garotinho (fiasco da votação de Fernando Peregrino em 10

11 2012, com votos, atrás de Márcia Teixeira e Marcelo Nascimento lembrando que Peregrino foi candidato ao governo RJ em 2010, com votos e, destes, votos na capital) e Patrícia Amorim derrota anunciada da atual Presidente do Flamengo. 5) Mais ainda, a derrota da união que mais subtraiu que somou (Rodrigo Maia/Clarissa Garotinho), onde os votos históricos de Cesar Maia e Anthony Garotinho migraram naturalmente para o Eduardo Paes. Derrota do PT, onde mesmo avançando de 3 para 4 vereadores, se viu perdendo o espaço tradicional da esquerda pequeno-burguesa para o PSOL, ao PT se deslocar para o centro com a sua aliança com o. Derrota do PSD e de todos os que traíram Cesar Maia/Anthony Garotinho/PDT, ao migrarem para o PSD. Todos juntos (Índio da Costa, Arolde de Oliveira, André Corrêa, Wagner Montes - WM - e Miriam Rios), mesmo usando toda o tempo de campanha do PSD para vereador, só elegeram 1 vereador. 6) Se na política carioca o candidato que viesse a ser artista obrigatoriamente vencesse, Cabeção (PT, locutor da FM O DIA), MC Brunninha (PSDC), Charles Henriquepédia (PTdoB, artista do Pânico da TV) e Marcelo Nascimento (PR, cantor gospel) seriam os futuros vereadores. 7) Nem sempre igreja evangélica elege vereador (!), o que foi a tônica central dessa eleição vide as tentativas fracassadas de Waldomiro Santiago com o Missionário Armando José (PSB), do Pr. Ezequiel Teixeira com a Márcia Teixeira (PR), o Pr. Marcos Pereira com o Allan Pereira (PCdoB), a cantora Rose Nascimento com o seu irmão e cantor Marcelo Nascimento (PR) e até quadros oriundos da Igreja Batista, como o Fabinho Fernandes (PTC) e a Vereadora Nereide Pedregal (PDT). 8) Pulverização de votos na eleição mais esquisita da história política carioca, com quase 20 partidos (!!!) com representação na Câmara Municipal. Reforma Política URGENTE URGENTÍSSIMA. 9) Péssima performance do PRB, com nominata fraca, mostrando o grau de inaptidão de Marcelo Crivella enquanto dirigente partidário, com uma nominata esdrúxula de candidatos com 2 mil votos ou menos (o mais próximo de WM Filho teve a votação pífia de votos). 10) Hiper-representação de partidos nanicos de aluguel ou coligações como o PSDC (3) e PTC-PSL (2). Encolhimento de bancadas (PV, de 3 pra 1) e/ou desaparecimento de partidos como PPS e PCdoB. 11) A aliança PT- não serve, definitivamente, aos demais partidos de esquerda, prejudicando-os (PDT caiu de 3 pra 2, PSB caiu de 3 pra 2 e PCdoB perdeu seu único representante, o Roberto Monteiro). No 2 turno, as disputas para a prefeitura de cidades estratégicas, tanto da Baixada Fluminense quanto do interior, resultariam nos resultados na tabela abaixo, a saber: Tabela 4 Cidades, vencedores e apoios no 2 turno Cidades Habitantes (Estimativa IBGE 2012) Partido Apoio Abstenção (falta) Brancos + nulos Total (Abstenção + brancos + nulos) Abstenção + brancos + nulos (1 turno) Belford Roxo PCdoB Cabral/Lindberg 22,32% 10,2% 32,52% 30,17% Duque de Caxias PSB Lindberg/Garotinho 20,57% 7,27% 27,84% 26,69% Niterói PT Lindberg/Cabral 21,67% 16,06% 37,73% 32,16% Nova Iguaçu Cabral 22,74% 13,59% 36,33% 33,27% Petrópolis PSB Lindberg/Garotinho 22,57% 16,66% 39,23% 28,5% 11

12 São Gonçalo PR Garotinho 22,09% 9,76% 31,85% 33,17% Volta Redonda Cabral 17,05% 4,18% 21,23% 23,04% Com o novo cenário, o readquiriria fôlego, ganhando do PDT na cidade de Nova Iguaçu e vencendo em Volta Redonda. Por sua vez, seu apoio resultaria na eleição de Denis Dauttmann (PCdoB) em Belford Roxo e na vitória de Rodrigo Neves (PT) em Niterói 18. Em contrapartida, o apoio de Cabral também resultaria na perda de cidades como Petrópolis, Duque de Caxias e, principalmente, em São Gonçalo. Das três, as duas últimas são as duas maiores cidades do estado perdendo apenas para a capital. Em Petrópolis e em Duque de Caxias, o PSB se sagraria vencedor, enquanto que em São Gonçalo, Neilton Mulim (PR) venceria o pleito. Ainda no que tange a esta cidade, o destaque surpreendente ao acréscimo frágil de votos de Adolpho Konder (PDT), dos 41,65% dos votos válidos no 1 turno ( votos) para os 43,22% dos votos válidos no 2 turno ( votos), mesmo com o apoio do Ex-Presidente Lula (PT), da Presidente Dilma Rousseff (PT), do Ministro da Pesca Marcelo Crivella (PRB), do Senador Lindberg Farias (PT), do Governador Sérgio Cabral () e do Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes () em contraponto aos 25,22% dos votos válidos do candidato do PR, o Deputado Federal Neilton Mulim ( votos) no 1 turno e o acréscimo bastante exacerbado 19 no 2 turno, com 56,78% dos votos válidos ( votos). Isto é, em números absolutos, um acréscimo de 127,53% (!) dos votos válidos. É preciso atentar também para o elevado contingente da soma de abstenções, votos brancos e nulos nas cidades de Petrópolis (39,23%), Niterói (37,73%) e Nova Iguaçu (36,33%). Destas, o maior percentual é de cidade governada pelo PT, enquanto as duas seguintes são de cidades dirigidas pelo PDT. Entretanto, São Gonçalo decresceria essa soma (31,85%), se comparado ao 1 turno (33,17%), alcançando a 2ª maior marca, perdendo por apenas 0,1% para Nova Iguaçu no 1 turno (33,27%). O alto percentual de votos brancos e nulos estariam em Petrópolis (16,66%) e Niterói (16,06%), sendo que, destas cidades, Niterói obteve a marca de 11,93% de votos nulos, enquanto que em Nova Friburgo, a marca chegou a exatos 12,48%. No que tange à abstenção, as marcas estiveram na faixa dos 22% em 4 das 7 cidades (Belford Roxo, Nova Iguaçu, Petrópolis e São Gonçalo), superando o índice nacional de 19% 20. O único índice inferior de abstenção à média nacional esteve em Volta Redonda (17,09%) por sinal, o mesmo local com o menor índice de votos brancos/nulos (4,18%). A soma de abstenção/brancos/nulos nesta mesma cidade no 2 turno (21,23%) seria menor ao alcançado no 1 turno, na ordem de 23,04% por sinal, a menor dentre todas as cidades que tiveram 2 turno no estado do Rio. A partir destes resultados, o comparativo final entre as prefeituras, nas eleições de 2008 e de 2012, passa a ser, a saber: 18 Esta vitória tática torna-se bastante emblemática para Cabral, onde Rodrigo Neves seria o interlocutor privilegiado do para a reedição da aliança com o PT nas eleições de Com toda a licença pleonástica para explicar os votos de Mulim, no uso da expressão acréscimo bastante exacerbado. 20 Mais detalhes em acessado no dia 28 de outubro de 2012, às 23:57h. 12

13 Tabela 5 Partidos e prefeitos eleitos (Eleições Final) Partidos PT PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB PTB PSOL PV PPS Outros Prefeitos (2008) Prefeitos (2012) O maior acréscimo no número de prefeituras se deu a partir de legendas como as do PSB (3 para 8), PR (3 para 7) e PCdoB (0 para 3). Na legenda comunista, vale destacar a vitória em cidades como Barra Mansa e Belford Roxo, enquanto que o PSB venceu cidades como Duque de Caxias e Petrópolis. O PR, por sua vez, se destacaria nas cidades-pólos de São Gonçalo, Campos e Araruama, enquanto que o, mesmo perdendo no total 10 prefeituras, asseguraria, além da capital fluminense, as cidades do porte de Nova Iguaçu, Volta Redonda, Magé e Itaboraí. Em contrapartida, o crescimento tímido do PT e do PDT foi nítido, embora a legenda petista viesse a vencer Niterói e Angra dos Reis e o PDT conseguisse eleger os prefeitos de Cabo Frio e de São João de Meriti. Tabela 6 Ranking de prefeituras (2008 x 2012) Colocação Eleições 2008 (Partido e número de prefeituras) Eleições 2012 (Partido e número de prefeituras) Percentual comparativo ( ) 21 1 (35) (25) PCdoB (300%) 2 PP (14) PT (11) PSB (266%) 3 PT (10) PSB (8) e PP (8) PR (233%) 4 PSDB (8) PR (7) e PSC (7) PV (100%) e PSOL (100%) 5 PDT (5) e DEM (5) PDT (6) e PSD (6) PSC (75%) 6 PSC (4) PCdoB (3) e PRB (3) PRB (50%) 7 PSB (3) e PR (3) DEM (2), PSDB (2) e Partidos PDT (20%) Nanicos (2) 8 PRB (2) e Partidos Nanicos (2) PV (1) e PSOL (1) PT (10%) 9 PTB (1) PPS (0) Partidos Nanicos (0%), PTB (0%) e PPS (0%) 10 PCdoB (0), PV (0), PSOL (0) e PPS (- 28,57%) (0) 11 PP (- 42,86%) 21 O PSD não é incluído no percentual, pois não existia em

14 12 DEM (- 60%) 13 PSDB (- 75%) Vale destacar o elevado decréscimo do DEM, PSDB, PP e, em certa medida, do. Este último perderia mais de ¼ de suas prefeituras, enquanto que o DEM perderia mais da metade das prefeituras conquistadas em 2008 e o PSDB, por sua vez, alcançaria a cifra da perda de ¾ de suas respectivas prefeituras em Em contrapartida, há o acréscimo forte do PCdoB, do PSB e PR superando a marca dos 200% em comparação a 2008, além das conquistas inéditas de prefeituras pelo PV e pelo PSOL. Por sua vez, houve um crescimento tímido de partidos históricos como o PDT (20%) e PT (10%). 14

15 Tabela 7 Vereadores eleitos pelo Estado do Rio de Janeiro (2012) Cidades PT PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB PTB PSOL PV PPS Outros Angra dos Reis Aperibé (PTdoB) Araruama (2 PSL + 1 PTdoB) Areal (PTN) Armação dos Búzios (PTdoB) Arraial do Cabo (PHS) Barra do Piraí (PSDC) Barra Mansa (3 PRTB + 1 PSL + 2 PSDC) Belford Roxo (1 PTN + 2 PRP + 2 PSL + 3 PRTB + 2 PHS + 1 PSDC + 2 PTdoB + 3 PTC) Bom Jardim Bom Jesus do Itabapoana (1 PRTB + 1 PSDC + 2 PTdoB) Cabo Frio (PTdoB) Cachoeiras do Macacu (1 PMN + 1 PTdoB) Cambuci Campos dos Goytacazes (1 PMN + 1 PSDC + 2 PTdoB + 1 PHS + 2 PTC) Cantagalo (1 PHS + 15

16 2 PSL) Cidades PT PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB PTB PSOL PV PPS Outros Carapebus Cardoso Moreira (3 PRTB + 1 PSDC) Carmo Casimiro de Abreu (1 PSDC + 2 PRTB) Comendador (PHS) Levy Gaparian Conceição de Macabu (1 PSL + 1 PMN + 1 PHS) Cordeiro (PSDC) Duas Barras Duque de Caxias (2 PSDC + 1 PRTB + 1 PSL + 1 PMN) Engenheiro (PMN) Paulo de Frontin Guapimirim (1 PRP + 1 PTdoB + 1 PSDC) Iguaba Grande (1 PTdoB + 1 PHS) Itaboraí (PRTB) Itaguaí (1 PSDC + 1 PRP + 1 PTdoB + 1 PMN) Italva (2 PRP + 1 PMN) Itaocara (PMN) Itaperuna Itatiaia Japeri (PTdoB) Laje do Muriaé

17 Cidades PT 22 PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB PTB PSOL PV PPS Outros Macaé (2 PSL + 1 PPL) Macuco (PTdoB) Magé (1 PTC + 2 PTdoB) Mangaratiba (PSL) Maricá (1 PPL + 1 PRP + 1 PTdoB) Mendes Mesquita (1 PHS + 1 PRTB + 1 PTdoB) Miguel Pereira Miracema (1 PMN + 1 PTN + 1 PRP) Natividade (1 PSL + 1 PRTB) Nilópolis (1 PSL + 2 PMN + 1 PTdoB) Niterói (1 PTdoB + 1 PRP) Nova Friburgo (3) ou 5 (1 PSDC + 2 PHS + 3 PRP) Nova Iguaçu (1 PSDC + 1 PMN + 3 PTN + 2 PHS) 22 Na cidade de Nova Iguaçu, há uma especificidade interessante na nominata do PT. O 2 vereador eleito (Arthur Fabiano Lima de Andrade Arthur Legal, com votos) superou, por apenas dois votos (!), o 1 suplente Sebastião Wagner Berriel, com votos. Seja pelo último mandato de Sheila Gama, se reeleita, com o vice do PT, seja por esta situação sui generis, explica-se uma das razões para o envidamento dos esforços da legenda petista na reeleição da prefeita trabalhista. 17

18 Cidades PT PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB PTB PSOL PV 23 Paracambi Paraíba do Sul (2 PRP + 1 PTN) Parati (1 PMN + 1 PTdoB + 1 PSDC) Paty do Alferes Petrópolis (PTC) Pinheiral (PRTB) Piraí (PTdoB) Porciúncula Porto Real (1 PSL + 1 PSDC + 1 PTN) Quatis Queimados (PSDC) Quissamã Resende Rio Bonito (PTN) Rio Claro (1 PPL + 1 PRP) Rio das Flores Rio das Ostras Rio de Janeiro (3 PSDC + 1 PTN + 1 PTC + 1 PSL + 1 PRTB + 1 PHS) PPS Outros 23 O reduto eleitoral do Deputado Federal Dr. Aluízio (PV) na grande Macaé não só reverteria apenas à sua eleição para Prefeito em Macaé, como também ajudaria o PV a ter uma boa performance em Rio das Ostras, cidade vizinha de Macaé, com a eleição de dois vereadores. 24 De fato, a super-representação da bancada do em Queimados faz jus à expressiva votação de Max à Prefeitura. 25 A representação dos partidos nanicos na capital fluminense é, de fato, bastante inferior se comparado a Belford Roxo. 18

19 Cidades PT PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB PTB PSOL PV PPS Outros Santa Maria (PHS) Madalena Santo Antônio (PTC) de Pádua São Fidélis São Francisco (PSDC) de Itabapoana São Gonçalo (2 PRP + 1 PTN + 1 PTdoB + 1 PRTB) São João da Barra (1 PSDC + 1 PTdoB) São João de Meriti (2 PHS + 2 PSDC + São José de Ubá São José do Vale do Rio Preto São Pedro da Aldeia São Sebastião 1 PSL) (1 PRTB + 1 PSDC + 1 PTN) (1 PRP + 1 PRTB) (1 PHS + 2 PSDC) do Alto Sapucaia (PTdoB) Saquarema (PSL) Seropédica (1 PTN + 2 PRP) Silva Jardim Sumidouro (PPL) Tanguá (1 PSDC + 2 PHS + 1 PTdoB) 26 Todas as cidades destacadas em vermelho são as que pertencem à Região Metropolitana do Rio de Janeiro. 19

20 Cidades PT PP PSC PDT PSB PR PSD PRB PCdoB DEM PSDB 27 PTB PSOL PV PPS Outros Teresópolis (2 PTN + 1 PSL + 1 PRP + 1 PMN + 1 PSDC) Trajano de Morais Três Rios (PSL) Valença (PHS) Varre-Sai (1 PMN + 1 PTdoB + 1 PPL) Vassouras Volta Redonda (1 PSDC + 1 PTN) Total (Partidos) (196) (82) Total (Estado) 1177 Algumas considerações finais: 1) A luz das leituras e dos desenhos eleitorais pelos municípios fluminenses, é possível apostarmos na construção de quatro grandes blocos nas eleições de 2014, ainda que a política seja dinâmica e venha a ter fatores supervenientes na construção das articulações para as chapas, visando não somente o cenário estadual, mas visando à conjuntura política nacional. A partir do enfraquecimento estadual do e a emergência de novas forças ou, no caso, do PDT, o retorno gradual da legenda trabalhista ao comando político do estado, podemos atentar sobre algumas possibilidades, a saber. 1.1 Chapa de centro-direita/liberal-conservadora (-PP-PSC-PTB-PSD), com a candidatura provável de José Mariano Beltrame. 27 O ótimo desempenho do PSDB em Trajano de Morais resultou não apenas na eleição do seu prefeito, mas da maior bancada da cidade, com 4 dentre os 9 vereadores. 20

21 1.2 Chapa de centro-direita/social-liberal (PR-DEM-PSDB), com a candidatura de Anthony Garotinho, podendo ter, como leque maior de alianças, o PSD (dependendo, claro, do leque nacional de alianças da legenda pessedista) e até, numa hipótese remota, o PPS (idem, na política de alinhamento nacional de oposição à Dilma). 1.3 Chapa de centro-esquerda/reformista (PT-PDT-PSB-PCdoB-PRB), com a candidatura de Lindberg Farias. 1.4 Chapa de esquerda (PSOL-PCB ou mesmo a inclusão do PSTU), com a candidatura de Milton Temer ou Paulo Pinheiro. 2) Seguindo a lógica do item 1, a disputa entre PT e poderá criar certos constrangimentos à Dilma Rousseff, ao não declarar o seu apoio, diante da aliança nacional PT-. Quem tentará capitalizar isto para si será o PSOL e o PR, sendo este último o mantenedor da candidatura de direita, ligada, provavelmente a Aécio Neves (PSDB). Vale ressaltar também, a hipótese do plano alternativo presidencial do PSB (com chapa própria, via Eduardo Campos, ou com Aécio), criando mais fissuras e contradições internas, por vezes até gerando constrangimentos insanáveis, dentro da aliança PT-PDT-PSB-PCdoB-PRB. 3) Na impossibilidade de Lindberg consolidar a sua candidatura pelo PT (a partir da aliança nacional ao centro entre PT- e a contrapartida do PT apoiar o ao governo estadual), é possível aventar a possibilidade concreta de migração de Lindberg para o PSB ou mesmo para o PDT. 4) Sem dúvidas, a aliança dos partidos progressistas (PDT, PT, PSB, PCdoB) com o mais prejudicou estes partidos do que os ajudou. Se os mesmos tiveram êxitos, foram, em boa parte, fruto de uma tática alternativa e/ou independente. 5) É de creditar, portanto, a partir dos resultados colhidos pelo PDT, construir uma nominata expressiva para deputado federal (a partir da inserção dos próprios nomes de Felipe Peixoto, Aparecida Panisset e Sheila Gama), com o intuito de ampliar a representação de 3 deputados federais para 4 (ou até, em uma hipótese remota, 4 +1, dependendo, é claro, do peso expressivo que a nominata de federais venha a tomar). Idem ao cenário estadual, ao investir na eleição de novos deputados estaduais/quadros emergentes, como o próprio Adolpho Konder, Professor Pierre (3 vereador mais votado de Nova Friburgo), Dr. Jorge Manaia (vereador do Rio de Janeiro), Ilsan Vianna (esposa de Arnaldo Vianna), Augusto Ribeiro (Secretário Municipal de Trabalho do RJ) e Jorge Mariola (vereador de São Gonçalo e 1 suplente), além da aposta do partido na criação de novos quadros oriundos da JS/AMT/Movimento Negro/MAPI, utilizando-se da máquina partidária (diretórios municipais e zonais orgânicas) para viabilizar tais candidaturas seja para assegurar a eleição de 7 deputados estaduais ou mesmo a eleição de 8 deputados. 6) Neste sentido, a volta do PDT às ruas é fundamental e imprescindível, com parlamentares usando a tribuna como espaço privilegiado de denúncia/proposição/representação, logrando, assim, o apoio de setores consideráveis da sociedade civil organizada. Trazer o povo para o PDT, a partir do apoio institucional do partido aos movimentos de cooperação (JS, AM, Movimento Negro, MAPI) e a volta urgente aos movimentos sociais, no surgimento/consolidação de lideranças. Entre o alto índice de abstenção/brancos/nulos nas eleições de 2012 e a renovação dos quadros políticos, o espaço para o pragmatismo político perde força para a reinserção do debate político qualificado e ideológico. Daí, a importância capital da FLB-AP, com cursos de formação política aos 81 vereadores eleitos e suas respectivas assessorias, além da qualificação político-ideológica aos militantes e às lideranças sociais. No novo cenário, o PDT terá que se preparar para enfrentar partidos do porte do PSOL, PR e, até para assegurar seu espaço político e ampliá-lo em