Aula 00- Demonstrativa. Legislação Especial Perito Criminal Polícia Civil do DF

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1 Aula 00 - Demonstrativa Legislação Especial Perito Criminal da Polícia Civil/DF Lei nº 4.898/ O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa, civil e penal, nos casos de abuso de autoridade. Professores: Leandro Igrejas e André Macedo. 1

2 Aula 00 Aula Demonstrativa Tópicos da Aula Introdução... 3 Lei n.º 4.898/65 Abuso de Autoridade Direito de Representação... 8 Sujeito Passivo Sujeito Ativo Condutas típicas Sanções Resumo dos pontos mais importantes Questões de concursos anteriores

3 Introdução Olá, tudo bem? Será um prazer ajudá-lo a conquistar uma vaga no concurso público para Perito Criminal da Polícia Civil do DF. Meu nome é Leandro Igrejas e minha graduação em Direito foi pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Já fui Oficial da Marinha, formado pela Escola Naval (1º colocado), e também Analista Judiciário do TRE/RJ (concurso de 2007, 5º colocado). Atualmente, ocupo um cargo de Analista da Superintendência de Seguros Privados SUSEP (concurso de 2010, 1º colocado). Esse curso de Legislação Especial será ministrado por mim e pelo Professor André Macedo, também do Ponto dos Concursos. O Prof. Macedo também já foi Oficial da Marinha do Brasil, graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atualmente, é Procurador Municipal Comissionado, advogado em atuação no Rio de Janeiro, com larga experiência na preparação para concursos públicos. Nosso curso está estruturado em 07 aulas, (compostas por teoria e exercícios), e abrangerá os pontos 01 a 08 do tópico de legislação especial, de acordo com o cronograma a seguir: Aula Conteúdo Programático Data Prof. Introdução e organização do estudo. 00 Lei Federal no 4.898/1965 (Direito de Representação e Processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos Casos de Abuso de Autoridade). Leandro Igrejas hoje 01 Lei Federal n.º 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos). Leandro Igrejas 13/04 3

4 02 Lei Federal n.º /2003 (Estatuto do Desarmamento). André Macedo 20/04 03 Lei Federal n.º 9.455/1997 (Define os crimes de tortura e dá outras providências). Leandro Igrejas 27/04 04 Lei Federal n.º 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). André Macedo 04/05 05 Lei Federal n.º 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor) André Macedo 11/05 06 Lei Federal no /2006 (Lei Anti-Drogas) 07 Lei Federal no 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais) André Macedo Leandro Igrejas 18/05 01/06 Antes de iniciarmos, gostaria de conversar com você, rapidamente, sobre faremos para garantir a melhor nota possível nessa disciplina. O sucesso em qualquer concurso público depende da adoção de uma estratégia eficiente de preparação. Infelizmente, não existe uma receita de bolo para isso. Tudo vai depender do tipo de prova que você irá fazer, do tempo e dos recursos disponíveis, da experiência em concursos anteriores, entre outros fatores de ordem pessoal, que variam de candidato para candidato. Contudo, posso assegurar que uma regra sempre é válida: Tão importante quanto conhecer as matérias, é saber como elas costumam ser cobradas pela banca examinadora. A tendência natural do candidato, sobretudo daquele que não tem vivência em concursos, é tentar estudar desesperadamente - todo o conteúdo do edital, sem considerar: 4

5 a importância relativa de cada disciplina na composição da nota; a frequência com que os assuntos caem nas provas; e a profundidade que costumam ser exigidos. Outro erro comum é privilegiar a parte teórica, deixando de lado os exercícios. Acredite, existem candidatos que sequer usam as questões dos concursos anteriores como uma forma de treino! Agindo assim, sem considerar as características específicas do certame e da banca examinadora, muitas pessoas não conseguem uma preparação eficiente, apesar dos enormes recursos investidos. Pois bem. Neste concurso, o IADES (Instituto Americano de Desenvolvimento) nossa banca examinadora irá cobrar toda a matéria de legislação especial (que não é pouca) em apenas três questões (!). Isso mesmo, você não leu errado: serão apenas três questões. Veja o que diz o edital: 1.9. LEGISLAÇÃO ESPECIAL (3 QUESTÕES): 1. Lei Federal no 4.898/1965 (Direito de Representação e Processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos Casos de Abuso de Autoridade) 2. Lei Federal no 9.455/1997 (Define os crimes de tortura e dá outras providências). 3. Lei Federal no 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 4. Lei Federal no /2003 (Estatuto do Desarmamento). 5. Lei Federal no 9.605/1998 (Lei dos Crimes Ambientais). 6. Lei Federal no 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos). 7. Lei Federal no 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor). 8. Lei Federal no /2006 (Lei Anti-Drogas). 9. *Organização e manutenção da Polícia Civil do Distrito Federal: Lei Distrital no 837/1994. Lei Federal no 4.878/1965. Decreto-Lei Federal no /1966. Lei Federal no 8.112/1990. Lei Federal no /2009. Lei Federal no 9.264/1996. Regimento Interno da PCDF, aprovado pelo Decreto Distrital no /2009. * Esse tópico será objeto de curso específico a ser oferecido pelo Ponto dos Concursos. 5

6 O que isso quer dizer? Primeiro: não podemos nos dar ao luxo de errar nenhuma questão! São pouquíssimas e farão diferença na nota. Segundo: não adianta tentar se tornar um especialista nessas leis. Elas são muitas, e algumas envolvem discussões teóricas extremamente densas, que não possuem a menor chance de serem abordadas em tão poucas questões. Além disso, é matematicamente provável que a banca examinadora sequer consiga abordar todos os assuntos. Alguns alunos, mais aplicados, costumam querer se aprofundar (desnecessariamente) na matéria, esquecendo que o concurso não exigirá, nem mesmo na prova discursiva, a elaboração de teses jurídicas mais profundas.. Perda de tempo! Priorize aquilo que estatisticamente é relevante e possível de ser cobrado em sua prova Fica claro, portanto, que precisamos otimizar nossa preparação! Assim sendo, propomos a você, caro(a) aluno(a), o seguinte: Foco no que realmente interessa o conteúdo será apresentado de forma objetiva, em linguagem clara, na medida necessária para que você tenha segurança para resolver as questões. Estude bem o conteúdo apresentado, e você terá plenas condições de realizar uma boa prova. 6

7 Treinamento - questões de concursos anteriores é a melhor forma de fixar os detalhes e pegadinhas que sempre são exigidos. Priorizaremos as questões do IADES. Contudo, quando essas não forem suficientes para o nosso treinamento, recorreremos a outras bancas. Ao final de cada aula, você encontrará o resumo dos pontos mais importantes. Utilize-o nas futuras revisões da matéria. Havendo dúvidas, aí sim, mergulhe na aula. Você economizará um tempo precioso com isso! E assim, finalizamos nossa conversa introdutória. Vamos trabalhar? Lei n.º 4.898/65 Abuso de Autoridade. A primeira coisa que você deve fazer em relação ao estudo desta Lei (e também das demais que virão nas próximas aulas) é ter em mãos o texto atualizado (que pode ser obtido em: Optamos por não reproduzir o texto integral das Leis neste material para não torna-lo extenso demais. Contudo, o ideal é que você possa imprimi-lo para destacar os detalhes mais importantes, que serão indicados na aula. Carregue-o com você (sim, concurseiro determinado faz isso!) e, sempre que tiver alguns minutos disponíveis, leia-o. Desse modo, sem perceber, você irá formando uma memória visual que ajudará muito na hora da prova. Agora sim, podemos começar. Toda lei penal visa proteger determinados bens considerados importantes para vida em sociedade. São exemplos de bens protegidos pelo direito: a vida 7

8 humana, o patrimônio, a honra, etc. Essa proteção se dá por meio da criminalização de condutas capazes de ofendê-los. Essa criminalização, em resumo, ocorre quando uma lei descreve determinada conduta, cominando (prescrevendo) penalidade(s) para quem, no futuro, a praticar. Desse modo, considerando que as leis são de conhecimento público, todos conhecerão, ao menos em tese, as condutas indesejadas no convívio social. A esse processo de previsão, em lei, das condutas indesejadas, dá-se o nome de tipificação. Você provavelmente já estudou esse tema em direito constitucional, na parte dos direitos e garantias individuais. Não custa relembrar: Art.5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Em outras palavras: só a Lei pode definir infrações e cominar penalidades. Pois bem. A Lei que iremos estudar hoje - Lei nº 4.898/65 - busca a proteção de dois bens muito importantes: a regular atuação das autoridades públicas, criminalizando certos desvios de conduta desses agentes; e alguns direitos e garantias individuais e coletivos das pessoas, potenciais vítimas diretas dessas autoridades. Passemos ao estudo da Lei. Direito de Representação Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa, civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei. 8

9 O direito de representação referido neste artigo corresponde à faculdade que todos dispomos de solicitar providências ao Poder Público contra os responsáveis por abusos de autoridade. Trata-se, portanto, de um direito de petição aos Poderes Públicos. Tal direito é assegurado pelo art. 5º, XXXIV, "a", da CF/88: Art.5º XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; A representação citada na Lei de Abuso de Autoridade, então, é um documento através do qual qualquer pessoa leva ao conhecimento dos Poderes Públicos o cometimento de abusos por parte de suas autoridades, solicitando providências. Aqui já cabe uma primeira observação importante para nossa prova: Ação penal pública incondicionada A regra é que a polícia e o Ministério Público (MP), diante da notícia da existência de um crime, podem agir de ofício. Ou seja, sem necessidade de serem provocados para isso. Daí dizer-se que os crimes, em regra, são de ação penal pública incondicionada. Isto é, não dependem da satisfação de nenhuma condição para serem apurados. Veja bem: ação penal pública (pois é iniciada pelo Ministério Público) e incondicionada (pois a iniciativa do MP não depende da satisfação de nenhuma condição). 9

10 (continuação) Ação penal pública condicionada à representação Por outro lado, existem certos crimes em que a atuação do MP dependerá de uma condição, qual seja: a manifestação prévia de vontade do ofendido em ver o crime investigado e o autor processado. Exemplo: crime de ameaça (art.147 do CP). Sem essa autorização prévia da vítima, o MP não poderá agir. Tal manifestação se dá por meio de representação, conforme previsto no Código Penal. Daí dizer-se que esses crimes são de ação penal pública condicionada à representação da vítima. Veja bem: ação penal pública (pois é iniciada pelo Ministério Público) e condicionada à representação (pois a iniciativa do MP depende da representação da vítima). Mas por que isso é importante para a nossa prova? Porque as bancas examinadoras costumam explorar os diferentes sentidos do termo representação (quais sejam: o previsto nos art.1º e 2º da Lei n.º 4.898/65 e aquele previsto no Código Penal). Portanto, esteja atento: Os crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade são de ação penal pública incondicionada. Ou seja, o Ministério Público pode agir, independentemente de qualquer manifestação da vítima. Isso porque a representação prevista na Lei n.º 4.898/65 é apenas uma comunicação dos fatos a quem tem o dever de apurá-los, não se confundindo com a autorização prévia (condição de procedibilidade da ação), típica dos crimes de ação penal condicionada. 10

11 (continuação) Sendo assim, se o MP tomar conhecimento do crime por outro modo que não seja pela comunicação da vítima (representação da Lei n.º 4.898/65), poderá iniciar a ação penal, já que os crimes de abuso de autoridade são de ação penal pública incondicionada. Ação penal privada Existem ainda outros tipos de crime onde a própria vítima é que deverá processar o ofensor. Por exemplo, o crime de dano (art.163 do CP). Por ser esta ação iniciada por um particular (a vítima), diz-se que a ação penal é privada. Ação penal privada subsidiária da pública Por fim, existem hipóteses em que a inércia do Ministério Público em tomar as providências contra o ofensor pode tornar legítima a atuação do próprio ofendido. Nesses casos, a ação, originalmente pública, dará lugar a uma ação penal privada subsidiária da pública (art.5º, LIX da CRFB). Existem outras subclassificações das ações penais. Mas, no que interessa ao nosso objetivo, estas já são suficientes. Em resumo, então, temos: 11

12 IADES/ METRÔ-DF - Segurança Metroferroviário (adaptada) Acerca da natureza jurídica das ações penais nos crimes de abuso de autoridade, assinale a alternativa correta. a) Depende de representação da vítima, sendo, por isso, crimes de ação penal pública condicionada. b) De regra, são crimes de ação penal pública incondicionada, conquanto seja necessária a representação criminal da vítima para o oferecimento da denúncia. c) O Ministério Público poderá oferecer a denúncia, desde que essa venha instruída com a representação criminal. d) Quando a autoridade praticar o abuso contra o particular, danificando, por exemplo, um bem de sua propriedade, a vítima oferecerá queixa-crime contra o abusador, caso em que a ação penal será privada. e) Todos os crimes praticados com abuso de autoridade são processados mediante ação penal pública incondicionada, embora seja possível ao lesado propor ação penal privada subsidiária da pública, ante a inércia do órgão ministerial. Gabarito: E. Temos ainda uma última observação acerca das ações penais. Comentário: Os crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade são de ação penal pública incondicionada. Conforme vimos, a representação da vítima ao Ministério Público prevista na Lei n.º 4.898/65 é uma mera comunicação dos fatos. Ou seja, o Ministério Público pode agir, independentemente de qualquer manifestação da vítima. Na hipótese de inércia do MP, poderá a vítima ajuizar uma ação penal privada que, nesse caso, será subsidiária da pública. 12

13 Feita essa observação, voltemos à matéria: O Ministério Público, então, tomando conhecimento dos fatos, poderá iniciar a ação penal visando à responsabilização da autoridade, mesmo que não haja representação por parte da vítima do abuso de autoridade 1. Note que a Lei estabelece a tríplice responsabilização das autoridades que cometerem abusos. Essas sofrerão sanções nas esferas: Administrativa; Civil; e Penal. Para que ocorra a responsabilidade administrativa, a representação deve ser dirigida à autoridade superior que tiver competência para aplicação de penalidade àquela que tenha cometido o abuso. Para que ocorra a responsabilização penal, a representação deve ser dirigida também ao Ministério Público. É o que dispõe o art.2º da Lei: Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição: a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção. b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada. Por fim, a responsabilidade civil deverá ser promovida, diretamente, pela vítima do abuso (art.9º), de acordo com as normas do Código de Processo Civil (art.11). 1 Lei 5.249/67. Art. 1º A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, não obsta a iniciativa ou o curso de ação pública. 13

14 FCC/ TRF - 4ª REGIÃO Técnico Judiciário (adaptada) De acordo com a Lei no 4.898/1965 (Lei de Abuso de Autoridade): o direito de representação será exercido por meio de petição e dirigido somente ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada. Gabarito: Errado Comentário: A petição de representação deve ser dirigida: a) à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção administrativa. b) ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada. Sujeito Passivo Diz-se que aquele que comete um crime é o sujeito ativo desse crime. Por consequência, aquele que sofre a ação criminosa é denominado sujeito passivo. Qualquer pessoa física ou JURÍDICA 2 pode ser vítima (sujeito passivo) do crime de abuso de autoridade. 2 Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: (...) h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal; 14

15 Pessoa jurídica? Sim! Imagine que uma autoridade da vigilância sanitária, ao inspecionar um supermercado, não encontre qualquer irregularidade. No entanto, por ser desafeto pessoal do gerente do supermercado, decide mandar destruir um lote de alimentos, sob argumento de que o material estaria fora da validade, o que sabia não ser verdade. Nesse caso, esse ato é lesivo ao patrimônio da pessoa jurídica, e a autoridade, em tese, cometeu crime de abuso de autoridade. Note que os próprios funcionários públicos (você, amanhã!), no exercício de suas funções, também podem ser vítimas de abuso de autoridade praticado por seus superiores. Mas essas pessoas (físicas ou jurídicas) são as vítimas imediatas do crime, pois sofrem diretamente a ação criminosa. No entanto, o Estado também é vitima, na medida em que essa conduta implica prejuízo ao regular funcionamento do serviço público. O crime de abuso de autoridade, então, tem dois sujeitos passivos: a pessoa física ou jurídica (sujeitos imediatos do crime) e o próprio Estado (sujeito mediato). Diz-se que o crime de abuso de autoridade tem dupla subjetividade passiva. Sujeito Ativo Quem são as autoridades que podem cometer os crimes previstos na Lei? Pode ser sujeito ativo do crime de abuso de autoridade aquele que se enquadrar no conceito de autoridade, nos termos do art.5º da Lei: 15

16 quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Repare: a abrangência do termo autoridade utilizado na Lei tem uma abrangência bem maior do que o senso comum costuma atribuir. Qualquer pessoa que exerça uma função pública pode ser considerada autoridade para os fins desta Lei. Você, em breve, será uma autoridade, para os fins desta Lei! FCC/ TRT - 4ª REGIÃO - Juiz do Trabalho Para efeito de tipificação dos crimes de abuso de autoridade, considera-se autoridade: a) somente quem exerce cargo de natureza militar não transitório. b) quem exerce cargo de natureza civil, desde que remunerado. c) apenas quem exerce cargo de natureza militar remunerado. d) quem exerce emprego público de natureza civil, desde que não transitório. e) quem exerce função pública de natureza civil, ainda que não remunerada. Gabarito: E Visto por outro ângulo, somente aqueles que efetivamente possuam essa qualidade (de autoridade) é que podem cometer os crimes previstos nessa Lei. Por isso, diz-se que os crimes de abuso de autoridade são crimes próprios. 16

17 ===================================== Existe uma classificação doutrinária dos crimes, sendo relevante destacar as seguintes para o nosso estudo: Crimes comuns são aqueles que podem ser praticados por qualquer pessoa, independente de serem possuidoras de alguma qualificação especial. Por exemplo: qualquer um pode cometer homicídio, roubo, furto, etc. Crimes próprios são aqueles que exigem uma determinada qualidade do sujeito ativo. Exemplo: crimes de abuso de autoridade, que só podem ser cometidos por quem se enquadrar no conceito de autoridade, nos termos do art.5º da Lei n.º 4.898/65. Mas será que um particular também pode responder por abuso de autoridade? A resposta é sim! Desde que: pratique o fato em conluio com a autoridade (diz-se, em concurso com a autoridade); e Saiba que o outro agente (a autoridade) possua essa qualidade (art.30 do CP). 17

18 Ou seja, o particular, sozinho, não pode cometer crime de abuso de autoridade. No entanto, poderá cometê-lo, desde que o faça em concurso 3 com quem seja uma autoridade. Nesse caso, o particular será coautor ou partícipe do crime. A autoridade pode cometer um crime de abuso de autoridade quando estiver fora do efetivo serviço? O entendimento da jurisprudência é que sim, mas desde que invoque a sua condição de autoridade para o cometimento do crime. Não é necessário, portanto, que esteja no efetivo exercício de sua função pública. Exemplo: João, delegado de polícia em férias (portanto, fora do horário de serviço) encontrava-se na fila de um banco. Incomodado com a demora no atendimento, decide passar a frente das outras pessoas, que passam a protestar veementemente contra essa atitude pouco civilizada. No ápice da discussão, João, invocando sua função de delegado, dá voz de prisão em flagrante a uma das pessoas reclamavam, por desacato à autoridade. Nessa situação, a prisão é ilegal, e João cometeu crime de abuso de autoridade. Conclusão: a autoridade pública até pode cometer o crime fora do efetivo serviço, mas desde que invoque sua condição de autoridade para praticá-lo. Condutas típicas Conforme já vimos, tipificar uma conduta significa, em resumo, descrevê-la em lei, associando-a a uma pena, de modo a torná-la um crime. Feito isso, aquele que, após a entrada em vigor da Lei, praticar a conduta típica, cometerá o crime. 3 Em linhas gerais, ocorre o concurso de pessoas (ou de agentes) quando um crime é cometido por mais de uma pessoa. 18

19 Por exemplo: Código Penal Homicídio simples (conduta) Art.121. Matar alguém: Pena reclusão, de seis a vinte anos. Vejamos agora as condutas tipificadas como abuso de autoridade, que estão previstas nos art. 3º e 4º da Lei n.º 4.898/65. Esse assunto costuma ser cobrado de forma literal em concursos, de modo que será necessária alguma memorização. Mas, não se preocupe: as condutas previstas no art.3º protegem direitos fundamentais previstos na CF/88, e que você já deve ter estudado em direito constitucional, o que tornará mais fácil essa tarefa! Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: a) à liberdade de locomoção; b) à inviolabilidade do domicílio; c) ao sigilo da correspondência; d) à liberdade de consciência e de crença; e) ao livre exercício do culto religioso; f) à liberdade de associação; g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto; h) ao direito de reunião; i) à incolumidade física do indivíduo; j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. Note que as condutas estão relacionadas a direitos fundamentais previstos na CF/88. Perceba que a autoridade cometerá o crime somente se atuar de forma irregular, ou seja, sem amparo da Lei ou sem estar cumprindo uma determinação judicial. E mais: a autoridade deve estar agindo com vontade livre e consciente de praticar a conduta irregular (dolo). 19

20 Não há a previsão legal para punição por crime de abuso de autoridade a título de culpa. Vamos aos detalhes importantes para nossa prova: Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: ===================================== Em regra, a tentativa de cometimento de um crime é punida de forma mais branda do que quando esse crime é completamente realizado (nesse último caso, diz-se que o crime foi consumado ) 1. Os crimes de atentado, contudo, são aqueles em que a tentativa é punida da mesma forma que o crime consumado. Diz-se então, que esses crimes não admitem a tentativa (pois a mera tentativa já configura o crime). Mas o que é importante para nossa prova? Apenas saber que os crimes previstos no art.3º são de atentado. Portanto, não admitem tentativa. Já os crimes previstos no art.4º (que não são de atentado) admitem tentativa. a) à liberdade de locomoção; Você já sabe que é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens (art.5º, XV da CF/88). 20

21 Assim sendo, um ato de autoridade municipal que restrinja a circulação de pessoas em determinada via pública, sem qualquer motivo justo, configura o crime de abuso de autoridade. b) à inviolabilidade do domicílio; O art.5, inciso XI, da CF/88, estabelece que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador. Exceções (situações em que não se exige o consentimento prévio do morador): nos casos de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, a qualquer hora e independente de ordem judicial; e durante o dia, por determinação judicial. Assim sendo, caso a autoridade pública ingresse na casa de alguém fora das hipóteses previstas, cometerá o crime de abuso de autoridade. Exemplo: João, delegado de polícia, durante uma investigação, suspeita que existam evidências importantes para o caso no interior de uma residência. Não há flagrante delito e João não possui uma ordem judicial que autorize seu ingresso na residência. Ao solicitar o consentimento do morador para a entrada, recebe resposta negativa. Irritado, tenta forçar a entrada, mas é contido por seus companheiros e não consegue seu intento. Nesse caso, João responderia pelo crime de abuso de autoridade? A resposta é sim! Conforme visto, os crimes previstos no art.3º da Lei de abuso de autoridade são de atentado. Ou seja, a mera tentativa de cometimento já configura o crime. Daí dizer-se que esses crimes não admitem tentativa. 21

22 c) ao sigilo da correspondência; O sigilo das correspondências é garantido pelo inciso XII do art.5º da CF/88. Essa proteção se destina às correspondências FECHADAS. Ou seja, correspondências abertas não recebem essa proteção. Como todos os direitos, o sigilo das correspondências também não é absoluto: segundo a jurisprudência do STF 4, é admissível, excepcionalmente e desde que justificada, a interceptação da correspondência remetida por presos sentenciados, quando necessária à disciplina do estabelecimento prisional ou à preservação da ordem jurídica. f) à liberdade de associação; A proteção à liberdade de associação encontra-se nos incisos XVII a XX da CF/88: XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; As questões de concurso sobre esse tema normalmente envolvem a literalidade das expressões destacadas no texto 4 HC , Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 1º , Primeira Turma, DJ de

23 constitucional acima. Ou seja, o examinador costuma alterar um detalhe ou outro, de modo a confundir o candidato. Portanto, é importante que você esteja bem atento aos pontos destacados, até porque também podem ser cobrados na prova de direito constitucional. Exemplo: a atuação regular de agentes policiais visando colocar fim a uma associação criminosa de tráfico de drogas ilícitas, por óbvio, não será considerada abuso de autoridade, tendo em vista o caráter ilícito dessa associação. Exemplo: Uma autoridade do Poder Executivo Municipal, sob argumento de que determinada associação pratica atividade ilícita, publica ato determinando o compulsório encerramento de suas atividades. Considerando que apenas ao Poder Judiciário é dada essa prerrogativa (art.5º, XIX da CF/88), o ato municipal representa um atentado contra a liberdade de associação e, portanto, configurará o crime de abuso de autoridade 5. h) ao direito de reunião; A Constituição Federal garante: XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; As questões de concurso sobre esse tema também envolvem a literalidade do texto constitucional. 5 ADI 3.045, voto do Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em , Plenário, DJ de 1º

24 Exemplo: Uma autoridade que determine a prisão de pessoas que pratiquem atos de violência, com uso de armas, durante uma passeata em via pública, não comete abuso de autoridade, uma vez que o direito de reunião deve ser exercido de modo pacífico. Exemplo: autoridade que tente impedir, sem qualquer motivo justo, a realização de reunião pacífica e previamente avisada, comete, em tese, crime de abuso de autoridade, por atentar contra o direito de reunião. i) à incolumidade física do indivíduo; As questões mais comuns sobre esse tema relatam o cometimento do crime de abuso de autoridade e, concomitantemente, lesão à integridade física da vítima. Nesse caso, a jurisprudência é pacífica, no sentido que a autoridade deve responder pelos dois crimes: abuso de autoridade e lesão corporal. Exemplo: policial efetua uma prisão ilegal, com emprego de violência e, durante essa ação, provoca lesão corporal na vítima. Nessa situação, responderá pelos dois crimes, e não apenas pelo abuso de autoridade. j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. O exercício aqui referido, por obvio, deve ser lícito. Autoridade que faça cessar a atividade de quem exerce, por exemplo, de modo ilegal a medicina, não comete abuso de autoridade. 24

25 Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei; f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor; g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal; i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. Ao contrário do art.3º, esses crimes do art.4º não são de atentado. Algumas condutas, portanto, admitem tentativa. Mais uma vez, é um rol de condutas que deve ser memorizado. 25

26 Vamos aos pontos importantes para nossa prova: a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; CF/88 - Art.5º LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; Assim sendo, se um policial militar ou civil (autoridades públicas, segundo a definição de Lei), suspeitando de uma pessoa na rua (ou seja, não há flagrante ou ordem judicial de prisão), decidir prendê-la por alguns dias para averiguações, essa prisão será ilegal e o agente cometerá abuso de autoridade. b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; Súmula Vinculante 11/STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 26

27 CESPE/ Prefeitura de Ipojuca/ PE - Procurador Municipal Em relação à Lei n.º 4.898/ abuso de autoridade, julgue o item seguinte: A conduta do agente público que conduz preso algemado, justificando o uso da algema pela existência de perigo à sua própria integridade física, não caracteriza abuso de autoridade, uma vez que está executando medida privativa de liberdade em estrita observância das formalidades legais e jurisprudenciais. Gabarito: Certo. c) deixar de comunicar, imediatamente, AO JUIZ competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre devem ser comunicados imediatamente ao 6 : juiz competente; ao Ministério Público; e à Defensoria Publica à família do preso; ou à pessoa por ele indicada O que interessa para nossa prova? Somente a falta de comunicação AO JUIZ competente é que configurará o crime de abuso de autoridade. Exemplo: um delegado de polícia efetua regularmente uma prisão em flagrante e a comunica apenas ao juiz competente. Cometeu abuso de autoridade? Não, pois só a falta de comunicação AO JUIZ é que configura o crime. Perceba que o crime de abuso pode ser praticado tanto por ação como por omissão do agente (ex: deixar de comunicar ). Logo, diz-se que o crime de abuso pode ser comissivo (ação) ou omissivo (omissão). 6 Art. 306 do Código de Processo Penal. 27

28 d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; O relaxamento de prisão é a providência que o juiz deve tomar conhecimento de uma prisão ilegal. Com isso, o preso será colocado em liberdade, se não houver outro motivo para mantê-lo preso. Não o fazendo, o juiz cometerá abuso de autoridade. Trata-se de crime próprio: somente o juiz poderá cometê-lo. e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei; Esse crime só poderá ser cometido, por óbvio, na hipótese de crimes que admitem fiança. O que interessa para nossa prova? Art.5º da CF/88: XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; Logo, a autoridade que negar fiança na hipótese de prisão pela prática dos crimes acima, não cometerá o crime de abuso de autoridade, uma vez que não admitem fiança. 28

29 f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor; g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; Não há lei que autorize a cobrança de despesas de carceragem. Logo, tal cobrança configura abuso de autoridade. i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. O que interessa para nossa prova? Você precisa saber, apenas, que o prolongamento da prisão temporária é que configura o abuso de autoridade. Ou seja, o prolongamento da prisão preventiva, ou da prisão em flagrante, não configura o crime, por falta de previsão legal. 29

30 FGV/ PC-RJ - Oficial de Cartório Assinale a alternativa que indique o comportamento que não constitui crime de abuso de autoridade, tal como previsto na Lei 4.898/65. a) Prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. b) Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. c) Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa. d) Submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei. e) Levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei. Gabarito: B Sanções Já dissemos que a Lei determina a tríplice responsabilização das autoridades. Ou seja, ao cometerem crime de abuso de autoridade, estarão sujeitas, ao mesmo tempo, a sanções nas esferas administrativa, civil e penal (art.6º). A sanção civil consiste no pagamento de indenização no valor do dano (art.6º 2º). A responsabilização administrativa se dará por meio da instauração de inquérito administrativo (art.7º), que seguirá a legislação local do Estado ou do Município ao qual o infrator esteja vinculado. Não havendo normas locais, a 30

31 Lei diz que será aplicada, supletivamente, o estatuto dos funcionários públicos civis da União 7 (art.7º 2º). É comum que servidores que respondam a processos administrativos e penais, pelo mesmo fato, requeiram à Administração o sobrestamento do primeiro deles, até que se defina sua situação na esfera penal. No caso de processos administrativos que apurem abuso de autoridade, contudo, a lei expressamente veda tal sobrestamento (art.7º 3º). O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil. advertência; repreensão; Sanções ADMINISTRATIVAS suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; destituição de função; demissão; demissão, a bem do serviço público. multa detenção perda do cargo Sanções PENAIS** inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo de até 3 (três) anos. **As sanções PENAIS podem ser aplicadas de forma autônoma (ou seja, apenas uma delas, de forma isolada) ou cumulativamente (mais de uma, ao mesmo tempo) (Art.6 4º). 7 Lei nº 1.711/52 (em vigor à época da publicação da Lei de Abuso de Autoridade), que foi revogada pela atual Lei n.º 8.112/

32 Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar (art.6º 5º), poderá ser aplicada, além das sanções acima indicadas, uma pena adicional, autônoma: Abuso de autoridade cometido por autoridade policial não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. FCC/ TCE-SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria Jurídica Para crimes de abuso de autoridade previstos na Lei no 4.898, de 09/12/1965, NÃO há previsão de aplicação da sanção penal de: a) detenção. b) multa. c) advertência. d) a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública pelo prazo até três anos. e) perda do cargo. Gabarito: C FCC/ TJ-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados Com relação às sanções do abuso de autoridade previstas na Lei no 4.898/1965, considere o parágrafo 5o do artigo 6o da Lei de Abuso de Autoridade. Art. 6o (...) 5o Quando o... for cometido por agente de autoridade...,... ou..., de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena... ou..., de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. 32

33 (continuação) Completa correta e, respectivamente, a disposição: a) crime - policial - civil - militar - alternativa - final b) abuso - federal - estadual - municipal - principal - autônoma c) crime - federal - portuária - rodoviária - autônoma - acessória d) abuso - federal - estadual - municipal - alternativa - de reclusão e) abuso - policial - civil - militar - autônoma acessória Gabarito: E Resumo dos pontos mais importantes Os crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade são de ação penal pública incondicionada. a Lei estabelece a tríplice responsabilização das autoridades que cometerem abusos: administrativa, civil e penal. A representação da vítima deve ser dirigida à autoridade superior (responsabilização administrativa), e também ao Ministério Público (para responsabilização penal). Pessoa JURÍDICA pode ser vítima de crime de abuso de autoridade. MUITO IMPORTANTE => Pode ser sujeito ativo do crime de abuso de autoridade: quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Os crimes de abuso de autoridade são crimes próprios, mas o particular também pode responder por abuso de autoridade, em concurso. A autoridade pode cometer um crime de abuso de autoridade quando estiver fora do efetivo serviço 33

34 Não se admite a prática do crime de abuso de autoridade na forma culposa. Os crimes de abuso de autoridade podem ser comissivos ou omissivos. Somente a falta de comunicação AO JUIZ competente é que configurará o crime de abuso de autoridade. sanções penais (art.6º 3º): multa, detenção, perda do cargo e inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo de até 3 anos. Não esquecer da hipótese de crime cometido por agente de autoridade policial (art. 6º 5º): não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de 1 a 5 anos. Sanções administrativas (art.6º 1º): advertência, repreensão, suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens, destituição de função, demissão, demissão a bem do serviço público. O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil. A sanção civil consiste no pagamento de indenização no valor do dano. 34

35 Questões de concursos anteriores As questões de múltipla escolha envolvendo a Lei de Abuso de Autoridade, salvo raríssimas exceções, exigem o conhecimento literal do texto legal. Portanto, é realmente importante memorizar os detalhes. Vamos treinar! 1. IADES/2014 METRÔ/DF - segurança Metroferroviário Acerca da Lei nº 4.898/1965, assinale a alternativa correta. a) Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, não poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. b) Não existindo no município, no Estado ou na legislação militar normas reguladoras do inquérito administrativo, serão aplicadas, alternativamente, as disposições dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711/1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União). c) O processo administrativo poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil. d) À ação civil serão aplicáveis as normas do Código Civil brasileiro. e) A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso. Comentário: Gabarito: E a) A banca trocou de lugar a palavra não, o que alterou totalmente o sentido da Lei, tornando a alternativa errada. Veja a redação original: 35

36 Art.6º 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. b) Essa é uma questão que demanda mais atenção do que conhecimento. Conforme vimos, a responsabilização administrativa se dará por meio da instauração de inquérito administrativo (art.7º), que seguirá a legislação local do Estado ou do Município ao qual o infrator esteja vinculado. Não havendo normas locais, a Lei diz que será aplicada, supletivamente (e não alternativamente), o estatuto dos funcionários públicos civis da União (art.7º 2º). c) O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil. d) a responsabilidade civil deverá ser promovida, diretamente, pela vítima do abuso (art.9º), de acordo com as normas do Código de Processo Civil (art.11). 2. CESPE/2015 DEPEN - Agente Penitenciário Federal (adaptada) Com base na [...] e na Lei contra Abuso de Autoridade, julgue o item subsequente. Nos crimes de abuso de autoridade, a ação é pública condicionada à representação da vítima, pois a falta dessa representação impede a iniciativa do Ministério Público. Gabarito: Errado Comentário: Os crimes previstos na Lei de Abuso de Autoridade são de ação penal pública incondicionada. 36

37 3. FUNCAB/ Polícia Civil/RO - Agente de Polícia A Lei nº 4.898/65 regula o direito de representação e processo de responsabilidade administrativa, civil e penal nos casos de abuso de autoridade. Tendo em vista a Lei de Abuso de Autoridade, analise as assertivas abaixo e assinale aquela que está INCORRETA: a) Deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente, a prisão ou detenção de qualquer pessoa constitui crime de abuso de autoridade. b) Qualquer atentado ao direito de reunião é considerado abuso de autoridade. c) Considera-se autoridade para os efeitos da lei somente os policias militares, civis e federais. d) Qualquer atentado à liberdade de locomoção é considerado abuso de autoridade. e) Constitui abuso de autoridade submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou constrangimento não autorizado em lei. Gabarito: C Comentário: Perceba que a questão solicita a indicação da alternativa INCORRETA. Conforme o Art. 5º da Lei n.º 4.898/65, considera-se autoridade quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. 4. FCC/2012 TRT (4ª REGIÃO) - Juiz do Trabalho Para efeito de tipificação dos crimes de abuso de autoridade, considera-se autoridade: a) somente quem exerce cargo de natureza militar não transitório. b) quem exerce cargo de natureza civil, desde que remunerado. c) apenas quem exerce cargo de natureza militar remunerado. d) quem exerce emprego público de natureza civil, desde que não transitório. e) quem exerce função pública de natureza civil, ainda que não remunerada. Gabarito: E 37

38 Comentário: Conforme o Art. 5º da Lei n.º 4.898/65, considera-se autoridade quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Perceba que, em cada alternativa, a banca examinadora coloca um detalhe que torna a assertiva incorreta. Veja: a) somente quem exerce cargo de natureza militar não transitório; b) quem exerce cargo de natureza civil, desde que remunerado; c) apenas quem exerce cargo de natureza militar remunerado; d) quem exerce emprego público de natureza civil, desde que não transitório. Muito cuidado com os termos somente, sempre, nunca, apenas, salvo, exceto, etc. Normalmente as bancas examinadoras inserem esses termos no meio de enunciados longos, a fim de distrair a atenção do candidato. 5. FCC/ TRF (4ª REGIÃO) - Técnico Judiciário De acordo com a Lei no 4.898/1965 (Lei de Abuso de Autoridade), a) o direito de representação será exercido por meio de petição e dirigido somente ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada. b) é considerada autoridade, quem exerce cargo, emprego ou função pública, apenas de natureza civil, ainda que transitoriamente e sem remuneração c) é considerada autoridade, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, desde que remunerado. d) o processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão de ação penal ou civil. e) o direito de representação será exercido por meio de petição e dirigido somente à autoridade que tiver competência legal para aplicar, à autoridade culpada, a respectiva sanção. Gabarito: D Comentário: aalternativas a) e e), o art. 2º da Lei determina que a petição seja dirigida à autoridade superior que tiver competência para aplicar a sanção administrativa e também ao Ministério Público para responsabilização penal. 38

39 Alternativas b) e c): conforme já comentado acima, art. 5º da Lei. 6. FCC/ TRE-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária No que concerne aos crimes de abuso de autoridade e a legislação específica que rege a matéria é correto afirmar: a) Considera-se autoridade, para os efeitos da Lei no 4.898/65, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente, sempre mediante remuneração. b) Não constitui abuso de autoridade o ato lesivo da honra de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com desvio de poder ou sem competência legal. c) Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena, autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. d) (...) e) (...) Gabarito: C Comentário: As alternativas d e e foram omitidas em razão de seu conteúdo não estar incluído em nosso edital. Alternativa a): conforme já comentado acima, art. 5º da Lei. Alternativa b): conforme o art. 4º, alínea h), da Lei, essa prática configura o crime de abuso de autoridade. Alternativa c): Art. 2º 5º da Lei. Normalmente, as quantidades cominadas de penas não são cobradas em concurso. No entanto, aqui houve uma excepcionalidade por parte da Banca da FCC. 39

40 7. FCC/ TRT - 18ª Região - Juiz do Trabalho No que concerne aos crimes de abuso de autoridade, é correto afirmar que: a) (...) b) é cominada pena privativa de liberdade na modalidade de reclusão. c) se considera autoridade apenas quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou militar, não transitório e remunerado. d) não é cominada pena de multa. e) constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. Gabarito: E Comentário: A alternativa A foi omitida em razão de seu conteúdo não estar incluído em nosso edital. Alternativas b) e d): conforme o art. 6º 3º da Lei, as penas cominadas são: multa, detenção, perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. Portanto, a única pena privativa de liberdade é a detenção, e não reclusão. Não esquecer da hipótese de crime cometido por agente de autoridade policial (art. 6º 5º) Alternativa c): conforme já comentado acima, art. 5º da Lei. Alternativa e): art. 3º, j). 8. CESPE/ TCE-PR - Auditor Assinale a opção correta acerca da tipificação de condutas e das sanções penais constantes da Lei n.o 4.898/1965 (abuso de autoridade). a) As sanções penais previstas no citado diploma para os crimes de abuso de autoridade limitam-se a detenção, perda do cargo e inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo de até três anos. b) As sanções e os tipos penais previstos na referida lei não se aplicam aos militares, que se sujeitam somente à legislação militar. 40

41 c) Constitui abuso de autoridade previsto na lei mencionada qualquer atentado ao sigilo de dados telefônicos constitucionalmente garantido. d) As sanções penais previstas no citado diploma para os crimes de abuso de autoridade restringem-se a multa pecuniária e detenção. e) (...) Gabarito: E Comentário: A alternativa E foi omitida em razão de seu conteúdo não estar incluído em nosso edital. Alternativa a) e d) conforme o art. 6º 3º da Lei, as penas cominadas são: multa, detenção, perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. Não esquecer da hipótese de crime cometido por agente de autoridade policial (art. 6º 5º). Alternativa b) conforme já comentado acima, art. 5º da Lei. Alternativa c) o sigilo de dados telefônicos não se encontra expressamente previsto no art.3º da Lei. Portanto, a alternativa deve ser considerada errada. 9. FCC/2015 TRT (1ª REGIÃO) - Juiz do Trabalho Substituto Constitui abuso de autoridade: a) ordenar ou executar medida restritiva de liberdade individual, mesmo com as formalidades legais ou com excesso de autoridade. b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento, mesmo que autorizado em lei. c) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie, quer quanto ao seu valor. d) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão, a busca e apreensão ou detenção de qualquer pessoa. e) prolongar a execução de prisão em flagrante ou preventiva, ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. 41

42 Gabarito: C Comentários: Alternativa a) medida restritiva de liberdade individual com as formalidades legais não caracteriza o abuso de autoridade. Alternativa b) basta lembrar que um dos requisitos para a caracterização do crime é a atuação irregular da autoridade, ou seja, sem amparo legal ou ordem judicial. Além disso, tem que estar caracterizado o dolo (vontade livre e consciente) da autoridade em cometer o ato ilegal, uma vez que não é possível a punição por abuso de autoridade, a título de culpa, por não existir essa previsão na lei. No caso da alternativa b) o constrangimento está autorizado em lei. Portanto, não há abuso de autoridade. Alternativa d) a comunicação imediata ao juiz competente se dá na hipótese de prisão e não na de busca e apreensão ou detenção. Alternativa e) o prolongamento da prisão temporária é que configura o abuso de autoridade. O da prisão preventiva, ou em flagrante, não, por falta de previsão legal. 10. CESPE/ TJ-PB - Juiz Substituto A condenação por crime previsto na lei de abuso de autoridade (Lei n.º 4.898/1965) poderá importar na aplicação de sanção penal de: a) inabilitação para contratar com a administração pública por prazo determinado. b) reclusão. c) inabilitação para o exercício de qualquer função pública por prazo determinado. d) advertência. e) prisão simples. Gabarito: C 42

43 Comentário: Preste atenção ao enunciado: o examinador deseja saber a sanção PENAL. Conforme o art. 6º 3º da Lei, as penas cominadas são: multa, detenção, perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. Não esquecer da hipótese de crime cometido por agente de autoridade policial (art. 6º 5º). 11. CESPE/ DPE-RR - Defensor Público Com base no disposto na lei de abuso de autoridade Lei n.º 4.898/1965, assinale a opção correta. a) De acordo com a lei em questão, somente podem ser agentes dos delitos de abuso de autoridade os agentes públicos ou pessoas que exerçam múnus público. b) Configura abuso de autoridade a ausência de comunicação da custódia à família do preso. c) (...) d) Admite-se a prática do crime de abuso de autoridade na forma culposa. e) Os crimes de abuso de autoridade podem ser comissivos ou omissivos. Gabarito: E Comentário: A alternativa C foi omitida em razão de seu conteúdo não estar incluído em nosso edital. Alternativa a) o particular, sozinho, não pode cometer crime de abuso de autoridade. No entanto, poderá cometê-lo, desde que o faça em concurso com quem seja autoridade. Nessa situação, o particular também será um agente do crime, o que torna essa alternativa errada. Alternativa b) somente a falta de comunicação AO JUIZ competente é que configurará o crime de abuso de autoridade. Alternativa d) para que possa ser responsabilizado por abuso de autoridade, o agente deve atuar com dolo, pois não há previsão na Lei n /65 para punição a título de culpa. 43

44 Alternativa e) Conforme vimos, os crimes de abuso de autoridade podem ser cometidos por meio de ações (crimes comissivos, exemplo: ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais, art.4º, alínea a ) e também por omissões (exemplo: deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; art.4º, alínea c ) - x - E assim, terminamos nossa aula demonstrativa. É muito importante que você, de tempos em tempos, refaça esses exercícios, como forma de manter os detalhes vivos na memória até o dia da prova. O tema é fácil, mas o olhar treinado é que fará toda a diferença! Até a próxima aula! Forte abraço,. 44

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