LEI DE 2016 LEI DO ANTITERRORISMO

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2 LEI DE 2016 LEI DO ANTITERRORISMO Regulamenta o disposto no inciso XLIII do art. 5 o da Constituição Federal, disciplinando o terrorismo, tratando de disposições investigatórias e processuais e reformulando o conceito de organização terrorista; e altera as Leis n os 7.960, de 21 de dezembro de 1989, e , de 2 de agosto de O artigo 5º, XLIII, da CF/88 diz: XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem. Portanto, houve um tratamento rigoroso para o terrorismo, considerando-o um crime equiparado/assemelhado a HEDIONDO. Então, você deve saber que os crimes de terrorismo são: INAFIANÇÁVEIS INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA A definição de terrorismo se encontra no art. 2º da Lei: o terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. Podemos então entender que as razões são: XENOFOBIA E DISCRIMINAÇÃO OU PRECONCEITO DE RAÇA, COR, ETINIA E RELIGIÃO. Com a finalidade de: PROVOCAR TERRO SOCIAL OU GENERALIZADO. O que é terror social ou generalizado? É o terror causado as pessoas pelas práticas do terrorismo. Infelizmente, o legislador deixou algo abstrato para nós. No mesmo artigo 2º é estabelecido os Bens juridicamente protegidos, vejamos: A Pessoa; O Patrimônio; A Paz Pública; A Incolumidade Pública. MUITO IMPORTANTE! O próprio dispositivo, estabelece que o crime de terrorismo não exige dano concreto ao bem jurídico protegido. A mera ameaça de lesão já é o suficiente para caracterizar o delito. O parágrafo primeiro do artigo 2º vai nos dizer sobre os atos de terrorismo: I - usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa; pág. 2

3 CUIDADO! Para a incidência do inciso I, não basta a prática dessas condutas, sendo necessário observar as RAZÕES E FINALIDADES do crime de terrorismo. Portanto, se o indivíduo estiver portando explosivos sem estas finalidades, haverá o crime do Estatuto do Desarmamento. IV - sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, de meio de comunicação ou de transporte, de portos, aeroportos, estações ferroviárias ou rodoviárias, hospitais, casas de saúde, escolas, estádios esportivos, instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais, instalações de geração ou transmissão de energia, instalações militares, instalações de exploração, refino e processamento de petróleo e gás e instituições bancárias e sua rede de atendimento; O inciso IV faz referência ao Hacker, sabotagem ou apoderar de determinados serviços públicos essenciais, aos quais se caírem nas mãos de terroristas, haverá a prática de crime de terrorismo. Ex.: Apoderar-se da torre do espaço aéreo de algum aeroporto. Havendo aquelas razões e finalidades, estará configurado o crime de terrorismo. V - atentar contra a vida ou a integridade física de pessoa: Não é necessário a morte da pessoa (bem protegido), lembrem-se basta a mera ameaça de lesão é o necessário para configurar o crime de terrorismo. violência. Pena - reclusão, de doze a trinta anos, além das sanções correspondentes à ameaça ou à CUIDADO! É OBRIGATÓRIO AS RAZÕES E FINALIDADES DO ARTIGO 2º Já o parágrafo 2º, vai nos mostrar quando não será considerado atos de terrorismo: 2 o O disposto neste artigo não se aplica à conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais, sem prejuízo da tipificação penal contida em lei. Observem que o fato de não considerar atos de terrorismo não significa que não haverá impunidade para os crimes praticados. Obedecidas essas regras, apenas não se encaixará na lei de pág. 3

4 terrorismo, mas é aplicável legislação própria a depender dos crimes praticados. Art. 3 o Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista: Pena - reclusão, de cinco a oito anos, e multa. Mais uma vez, trata-se de crime abstrato/formal, não é necessário o dano concreto, praticando qualquer dos verbos já está configurado o crime de terrorismo. DOS ATOS PREPARATÓRIOS Art. 5 o Realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito: Pena - a correspondente ao delito consumado, diminuída de um quarto até a metade. Via de regra, a preparação não é punida, exceto se há a pratica do crime. Porém o Legislador foi bem claro em deixar a punição para os atos preparatórios devido ao possível perigo à coletividade e para mais segurança jurídica. Por exemplo, se o indivíduo está construindo uma bomba para que seja utilizada num ato terrorista, bastará para que haja configuração do crime. O mesmo se aplica aos casos de troca de mensagens de celular, visando a prática de atos de terrorismo. l o Incorre nas mesmas penas o agente que, com o propósito de praticar atos de terrorismo: I - recrutar, organizar, transportar ou municiar indivíduos que viajem para país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade; ou II - fornecer ou receber treinamento em país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade. Lembrando, não é necessário que se concretize. 2 o Nas hipóteses do 1 o, quando a conduta não envolver treinamento ou viagem para país distinto daquele de sua residência ou nacionalidade, a pena será a correspondente ao delito consumado, diminuída de metade a dois terços. Trata-se do TERRORISMO INTERNO OU NACIONAL. Art. 6 o Receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter em depósito, solicitar, investir, de qualquer modo, direta ou indiretamente, recursos, ativos, bens, direitos, valores ou serviços de qualquer natureza, para o planejamento, a preparação ou a execução dos crimes previstos nesta Lei: pág. 4

5 Pena - reclusão, de quinze a trinta anos. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem oferecer ou receber, obtiver, guardar, mantiver em depósito, solicitar, investir ou de qualquer modo contribuir para a obtenção de ativo, bem ou recurso financeiro, com a finalidade de financiar, total ou parcialmente, pessoa, grupo de pessoas, associação, entidade, organização criminosa que tenha como atividade principal ou secundária, mesmo em caráter eventual, a prática dos crimes previstos nesta Lei. A Lei cuidou de punir igualmente o financiamento EVENTUAL OU HABITUAL. CAUSAS DE AUMENTO DE PENA Art. 7 o Salvo quando for elementar da prática de qualquer crime previsto nesta Lei, se de algum deles resultar lesão corporal grave, aumenta-se a pena de um terço, se resultar morte, aumenta-se a pena da metade. LESÃO CORPORAL - + 1/3 MORTE - + ½ CUIDADO! O artigo 7º menciona salvo elementar. Portanto, no caso do artigo 2º, 1º (atentar contra a vida das pessoas), nós mencionamos que se trata de crime abstrato, não sendo obrigatório a morte. Porém se houver a morte, não haverá aumento de pena pois já está incluído. Não importando a morte ou mera lesão. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ Art. 10. Mesmo antes de iniciada a execução do crime de terrorismo, na hipótese do art. 5 o desta Lei, aplicam-se as disposições do art. 15 do Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de Código Penal. Note que a desistência voluntária e o arrependimento eficaz são institutos utilizados após iniciada a execução. Porém, o Legislador permitiu que fossem utilizados ainda nos atos preparatórios. pág. 5

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