Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

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1 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano 2012 Folha de controlo do documento -+ Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano de Junho de 2013 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página i de 315

2 Folha de controlo do documento Folha de controlo do documento Documento/Arquivo Título Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano 2012 Data 25 de Junho de 2013 Nome do ficheiro e versão UCGIC TL Relatório da Atividade Cirúrgica Programada 2012 VE1 Localização na pasta partilhada Z:\04 INDICADORES\02 SIGIC\03 Indicadores e Relatórios\13 Relatórios anuais\2012\relatorio TP e NM 2012\UCGIC TL Relatório da Atividade Cirúrgica Programada 2012 VE1.docx Data da última atualização Registo de Alterações Versão Data Autores Coautores Revisores Aprovação VE Tânia Luis Pedro Gomes Ana Ferreira Miriam Viegas Pedro Gomes Distribuição do Documento Nome Organização Cargo/Responsabilidade Fernando Leal da Costa MS Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde Alexandre Lourenço ACSS, IP Vogal CD Ricardo Mestre ACSS, IP Diretor DPS Pedro Gomes ACSS, IP Coordenador Nacional do SIGIC Página ii de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

3 Folha de controlo do documento Documentos Relacionados Título Nome do ficheiro Localização da pasta partilhada Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página iii de 315

4 Nº. episódios Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano 2012 SUMÁRIO EXECUTIVO SUMÁRIO EXECUTIVO A procura de cuidados cirúrgicos, avaliado através da inscrição de novos episódios em lista de inscritos para cirurgia (entradas), cresceu continuamente desde que é efetuada uma medição sistematizada. O crescimento face ao ano de 2011 é de 2,1% e face a 2006 de 38,1%, situando-se acima de 624 mil entradas no ano de Este crescimento representa uma abertura progressiva do SNS às necessidades de saúde da população Evolução das entradas e das saídas desde 2006 até 2012 Entradas Saídas Gráfico 1 Evolução das entradas e saídas desde 2006 até A lista de inscritos para cirurgia (LIC) que representa o acumulado de episódios a aguardar cirurgia, decresceu continuamente desde a instauração do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), com uma inversão da tendência em 2011, mas com nova diminuição de 7,5%, em 2012, face ao período homólogo. 1 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página iv de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

5 LIC Mediana TE da LIC (meses) Taxa de crescimento da LIC Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano 2012 SUMÁRIO EXECUTIVO Evolução da taxa de crescimento da LIC entre 2006 e % 2% 1% 0% -1% -2% -3% -4% -5% -6% -7% Gráfico 2 Evolução da taxa de crescimento da LIC desde 2006 até O comportamento da mediana do tempo de espera (TE) dos utentes que aguardam cirurgia é semelhante ao da LIC. Em 2006 apresentava um valor de quase sete meses e desde então tem diminuído progressivamente. Esta tendência inverteu-se em 2011 com um ligeiro crescimento, no entanto, em 2012 voltou a diminuir e atingiu os 3 meses. Evolução da LIC e da mediana do TE da LIC (meses) desde 2006 até LIC Mediana TE LIC Gráfico 3 Evolução da LIC e da mediana do TE da LIC (meses) desde 2006 até Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página v de 315

6 SUMÁRIO EXECUTIVO A região Norte, com 82,5 inscrições (entradas) por habitantes no ano de 2012, tem uma procura assumidamente superior em mais do dobro, face à região com menos procura por habitantes, o Algarve (38,5). Nesta última região observou-se, face ao período homólogo, um decréscimo de quase 15%,na procura. A segunda região com maior procura é a de LVT, seguida da do Alentejo. Gráfico 4 Entradas por habitantes no ano de 2012 Verifica-se, desde 2006, um número crescente de cirurgias realizadas no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS) quer nas suas instituições, quer através de convenções e outros acordos. O número de intervenções cirúrgicas, ponderadas pelo seu índice de complexidade, atingiu o máximo ( ) no ano de Se atendermos exclusivamente à produção em hospitais públicos (sem parcerias público-privadas) observou-se um aumento de produção entre 2011 e 2012, tanto em número absoluto de cirurgias, como também em cirurgias ponderadas pelo índice de complexidade. A produção cirúrgica cresceu quer nos hospitais do SNS 3, quer nos hospitais protocolados, quer nos hospitais convencionados. 3 São considerados hospitais do SNS os hospitais públicos, em regime de parceria público-privada e Unidades Locais de Saúde (ULS). Página vi de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

7 SUMÁRIO EXECUTIVO 100% Evolução das Saídas Op. H.SNS Op. H.Conv. Op. H. Prot. Expurgo 80% 60% 40% 20% 0% Gráfico 5 Evolução da distribuição das saídas 4 desde 2006 até 2012 O expurgo que tinha vindo a decrescer até 2010 volta a crescer em 2012 para valores superiores a 2009, representando um acréscimo homólogo de 10%. Distribuição dos operados em 2012 H.PPP ULS H.Protocolados H.Convencionados 75% 7% 8% 5% 5% Das 534 mil cirurgias em 2012, 75% efetuaram-se em hospitais públicos, 8% em ULS, 7% em PPP, 5% em hospitais convencionados e 5% em hospitais protocolados. H.Públicos Gráfico 6 Distribuição dos operados no ano 2012 Em 2012, 26,8% das intervenções cirúrgicas foram consideradas prioritárias. A região com mais cirurgias realizadas por habitantes é a do Norte (71,9) com mais do dobro das realizadas no Algarve. Esta realidade revela uma assimetria regional marcada. Gráfico 7 Operados por habitantes no ano de Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página vii de 315

8 SUMÁRIO EXECUTIVO Nos hospitais públicos 9,0% das cirurgias foram efetuadas em modalidade remuneratória alternativa (MRA) 5.Este valor é superior ao do ano de 2011 (8,8%) mas muito inferior aos dos anos anteriores a 2010, que tinha atingido o máximo de 14,6% em Um estudo pormenorizado, que incidiu sobre a atividade e produção em MRA nos hospitais públicos em 2011, revela existir um comportamento muito variado entre hospitais, quer no que respeita à produtividade, quer no que respeita à utilização da produção MRA. Os hospitais em que se observa uma redução da MRA em geral, apresentam piores indicadores no que se refere ao acesso e no que se refere à produtividade. Na maioria dos hospitais, uma maior produção em MRA correlaciona-se com uma maior produção base (MRC). Analisada a atividade individual de cada médico, constata-se que os médicos que efetuam produção MRA são significativamente mais produtivos que os restantes, mesmo quando só considerada a produção base. Comprova-se que a produção MRA cumpre assim o desígnio para que foi criada: fixar os médicos, promover um aumento da produção para fazer face aos problemas de acesso, e promover o aumento da produtividade dos cirurgiões, através de um modelo que permite a remuneração variável em função duma produção variável. Não obstante, dada a diferenciação de comportamentos, existem ainda, oportunidades de melhoria do modelo e do envolvimento das administrações na sua correta utilização. As correlações estabelecidas entre a percentagem de produção MRA nos hospitais e variáveis apuradas no relatório da ACSS, IP Relatório de Benchmarking hospitais EPE e PPP dados a 31 de dezembro de 2012 revelam que parece haver evidência de que um aumento da atividade MRA correlaciona-se com um incremento da eficiência na utilização de camas e não tem impacto negativo nas variáveis referentes ao desempenho económico e financeiro. 5 Modalidade remuneratória alternativa produção realizada pela equipa cirúrgica fora do seu horário de trabalho estabelecido e paga por unidade produzida. Página viii de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

9 Meses Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano 2012 SUMÁRIO EXECUTIVO Braga Beja Porto Viana do Castelo Bragança Vila Real Évora Portalegre Lisboa Aveiro Leiria Viseu Castelo Branco Santarém Guarda Coimbra Faro Setúbal Mediana do TE da LIC em meses por distrito de residência ,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 Mediana do TE da LIC em meses Gráfico 8 Mediana do TE da LIC em meses em 2006 e 2012 O tempo que os doentes esperaram por uma cirurgia variou significativamente em função do seu distrito de residência. Os utentes que mais tempo esperaram foram os residentes nos distritos de Setúbal e Faro, ambos com medianas acima dos 4 meses. No polo inverso, Braga, Beja, Porto e Viana do Castelo são os distritos com menores medianas do tempo de espera Evolução da LIC/op. mês desde 2006 até 2012 País Norte Centro LVT Alentejo Algarve Gráfico 9 ARS: Evolução da LIC/op. mês 6 desde 2006 até 2012 Observando a dimensão relativa da lista de inscritos, verifica-se que na totalidade das regiões, tem vindo a decrescer, sendo que em 2012 a região mais bem posicionada é a região Norte e a pior posicionada é a região do Algarve. 6 É a taxa de resolução, isto é, seria o tempo que se demoraria a resolver a LIC caso não houvesse mais entradas e o número médio de operados por mês se mantivesse estável. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página ix de 315

10 Nº de operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano 2012 SUMÁRIO EXECUTIVO O próximo gráfico apresenta, para cada prioridade, a distribuição do número de operados por tempo de espera (semanas) em Distribuição dos operados por tempo de espera (semanas) em P1-não NM P1-NM P2-não NM P2-NM P3 P ,17 meses Semanas de espera Gráfico 10 Distribuição dos operados por tempo de espera (semanas) em 2012 Pode observar-se que a distribuição dos episódios, pelo tempo que aguardaram pela cirurgia, mantém um TE muito superior ao da mediana da LIC. A título de exemplo, para a prioridade P1 não oncológica a mediana do TE da LIC situa-se nos 3,17 meses sendo que os doentes situados no percentil acima de 90 têm uma média do TE da LIC de 9,36 meses. Há pois ainda um longo caminho a percorrer para melhorar a equidade no acesso e para evitar que alguns utentes, da lista de inscritos, vão sendo preteridos no acesso aos cuidados. Página x de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

11 SUMÁRIO EXECUTIVO As transferências asseguram a prestação dos cuidados cirúrgicos nos Tempos Máximos de Resposta Garantidos TMRG, sempre que o hospital de origem (HO) não tem capacidade para tal. O número de operados em hospitais de destino (HD) atingiu o máximo em 2008, com mais de 33 mil cirurgias. Em 2012 as cirurgias realizadas no HD representam 26 mil e um aumento de 6% face a Gráfico 11 Estrutura das transferências em 2012 A emissão de Nota de Transferência/Vale Cirurgia promoveu o expurgo da lista de inscritos, representando em 2012, 2,7% das saídas e 16,3% do expurgo total. Não obstante a atividade convencionada ter aumentado em 2012 a emissão de vales diminuiu 16%, face ao período homólogo, fazendo prever que esta atividade venha a diminuir. A abertura para receber utentes por via de transferência nos hospitais do SNS é residual sendo que em 2012 regrediu 58%, face ao período homólogo. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xi de 315

12 SUMÁRIO EXECUTIVO A percentagem de episódios em LIC, que ultrapassam os TMRG, tinha vindo a diminuir até 2010, altura em que atingiu 13%. Em 2011 este indicador teve um crescimento de 21,5%, estando nos 15,8%. Em 2012 este indicador voltou a descer para os 15,1%. As regiões do Centro e do Algarve são as regiões com piores prestações no que respeita a este indicador. Os 10% de utentes, que mais tempo permanecem em LIC, encontram-se à espera em média 8,7 meses. A 31 de Dezembro de 2012, 49,2% dos utentes em LIC estão em espera há mais de 3 meses. Este marco é relevante uma vez que existe a convicção de que um TE superior a 3 meses, torna a gestão da LIC mais ineficiente, traduzindo-se desta forma por um lado num serviço de pior qualidade, por outro lado em custos acrescidos. O próximo quadro identifica a capacidade instalada nos hospitais do SNS para a atividade cirúrgica. Tabela 1 País: Evolução dos indicadores de capacidade instalada desde 2010 até 2012 Indicadores de capacidade instalada homóloga 2011/2012 (%) Nº cirurgiões padrão , , ,9 8,8% Nº anestesistas padrão , , ,6-1,8% Nº salas de BO exclusivas de ambulatório ,5% Nº salas BO para convencional ,0% A padronização da capacidade instalada é fundamental para poder efetuar análises integradas e comparativas. 7 Cirurgiões padrão = * Horas de trabalho semanais dos cirurgiões + Horas de trabalho semanais dos cirurgiões internos/2]/35horas. As horas semanais de trabalho dos cirurgiões são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5 x 2)/nº semanas em analise]/(horas afetas BO cirurgião na CI/horas de trabalho dos cirurgiões na CI). Um ano tem 52 semanas. 8 Anestesistas padrão = * Horas de trabalho semanais dos anestesistas]/35horas. As horas semanais de trabalho dos anestesistas são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5)/nº semanas em analise]/(horas afetas BO anestesista na CI/horas de trabalho dos anestesistas na CI). Um ano tem 52 semanas. Página xii de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

13 SUMÁRIO EXECUTIVO Em 2012, podemos observar que de um modo geral a capacidade instalada teve um aumento positivo face a 2011, exceto no número de anestesistas padrão que teve uma diminuição de 1,8%. O próximo quadro apresenta alguns indicadores de produtividade no país. Tabela 2 País: Evolução dos indicadores de produtividade desde 2010 até 2012 Indicadores de produtividade homóloga 2011/2012 (%) Nº cirurgias padrão por cirurgiões padrão/ano 107,2 94,9 93,2-1,7% Nº cirurgias padrão por anestesistas padrão/ano 400,8 384,1 418,1 8,9% Grau de ajuste entre cirurgiões padrão afetos ao BO e anestesistas padrão afetos ao BO 1,8 1,9 2,2 15,8% Rácio entre sala disponível e sala padrão 9 0,57 0,59 0,62 5,1% No que se refere à produtividade em 2012, verifica-se que diminuiu no que concerne aos cirurgiões, no entanto houve um aumento para os anestesistas. Gráfico 12 ARS: Operados padrão por cirurgião padrão e por anestesista padrão no ano de 2011 e 2012 Como podemos ver no gráfico acima existe uma assimetria regional na produtividade, quer para a atividade dos cirurgiões, quer nos anestesistas, situando-se os valores mais elevados na região do Alentejo e os menos produtivos na região do Algarve. 9 Sala padrão corresponde a (12 horas diárias x 5 dias úteis + 5 horas de sábado x nº salas de BO) Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xiii de 315

14 SUMÁRIO EXECUTIVO A cirurgia de ambulatório, por poder corresponder a um serviço de melhor qualidade a menor custo, tem sido alvo, nos últimos anos, de uma campanha intensiva para a sua promoção. Gráfico 13 %Operados em ambulatório por distrito de residência no ano de 2006 e de 2012 Página xiv de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

15 SUMÁRIO EXECUTIVO As patologias que mais recursos financeiros consomem na atividade cirúrgica são as relacionadas com patologia osteoarticular, seguidas das relacionadas com patologia dos olhos, da pele e patologia cardíaca. A distribuição das patologias nas várias regiões é apresentada nos próximos gráficos. Gráfico 14 Entradas não oncológicas por habitantes por distrito de residência em 2012 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xv de 315

16 SUMÁRIO EXECUTIVO Gráfico 15 Entradas oncológicas por habitantes por distrito de residência em 2012 Observa-se uma assimetria marcada entre as várias patologias, na distribuição do acesso em função dos vários distritos de residência. Página xvi de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

17 SUMÁRIO EXECUTIVO O número de inscrições (entradas) para cirurgia, por patologia oncológica, que tem vindo sempre a crescer, em 2012 teve um decréscimo de 0,7%, face a Nas neoplasias malignas (NM) as da pele, seguidas das da região abdominopélvica são as mais frequentes. Média de TE (em dias) dos operados oncológicos por grupo nosológico Cancro da próstata 2012 Outros cancros da região abdominopélvica Cancro da cabeça e pescoço Carcinoma do útero (corpo e cervix) Cancro da mama Neoplasias malignas da pele Cancro do Cólon e recto Outros cancros da região torácica Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos Média de TE dos operados em dias Gráfico 16 Evolução da média de TE (em dias) dos operados oncológicos por grupo nosológico em 2012 Em oncologia são os episódios operados com patologias da próstata e da região abdominopélvica que mais tempo aguardaram por cirurgia. Contudo, 99,5% das cirurgias oncológicas ocorrem nos hospitais de origem. A mediana do tempo de espera, em LIC NM, diminuiu até 2010, ano em que atingiu os 22 dias, tendo no ano de 2012 crescido 4% (mais 1 dia de tempo mediano de espera), face a A percentagem de episódios em LIC NM, que ultrapassam o TMRG, diminuiu até 2010, atingindo 16,5% nesse ano. Em 2011, com um valor de 23,7%, registou-se um acréscimo de 43,6%, face Em 2012 esse valor voltou a diminuir 8,4%, atingindo os 21,7%. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xvii de 315

18 SUMÁRIO EXECUTIVO A especialidade com mais cirurgias é a Cirurgia Geral com 121 mil episódios, seguida pela Oftalmologia com 107 mil e pela Ortopedia com 84 mil. No entanto se ponderamos por complexidade é a Ortopedia que consome mais recursos financeiros (130 mil operados padrão). A região Norte dispõe de 15 instituições hospitalares do SNS, 25 convenções no âmbito do SIGIC e 10 acordos de cooperação (hospitais protocolados). O hospital com maior procura é o Centro Hospitalar São João com entradas em 2012, seguido do Centro Hospitalar do Porto com entradas e o Hospital de Braga com , o qual teve um crescimento de 24,4%, face ao ano de A produção global nesta região, em hospitais com protocolos é de e a produção no âmbito de convenções ao abrigo do SIGIC é de As medianas do TE da LIC variam entre 1,4 meses no IPO Porto e 3,23 meses no Centro Hospitalar Alto Ave Guimarães. A percentagem de episódios em LIC, com TE superior ao TMRG, varia entre 0,4% na Unidade Local de Saúde de Matosinhos e 18,3% no IPO do Porto. Página xviii de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

19 SUMÁRIO EXECUTIVO A região Centro dispõe de 12 instituições hospitalares do SNS, 20 convenções no âmbito do SIGIC e 1 acordo de cooperação (hospitais protocolados). O hospital com maior procura é o Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra com entradas em 2012, seguido do Centro Hospitalar do Baixo-Vouga com entradas. A produção global nesta região em hospitais com protocolos é de 447 e a produção nos convencionados, ao abrigo do SIGIC, é de As medianas do TE da LIC variam entre 0,8 meses no Hospital Arcebispo João Crisóstomo Cantanhede e 4,77 meses no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. O número de episódios em LIC com TE superior ao TMRG varia entre 0,0% no Hospital José Luciano de Castro - Anadia e 31,1% no Centro Hospitalar Tondela - Viseu. A região de Lisboa e vale do Tejo (LTV) dispõe de 15 instituições hospitalares do SNS, 23 convenções no âmbito do SIGIC e 3 acordos de cooperação (hospitais protocolados). O hospital com maior procura é o Centro Hospitalar Lisboa Central com entradas em 2012, seguido do Centro Hospitalar Lisboa Norte com entradas. A produção global nesta região em hospitais com protocolos é de e a produção nas convenções, ao abrigo do SIGIC, é de As medianas do TE da LIC variam entre 1,10 meses no IPO Lisboa e 5,83 meses no Centro Hospitalar Barreiro Montijo. O número de episódios em LIC com TE superior ao TMRG varia entre 2,6% no Hospital de Vila Franca de Xira e 29,7% no Centro Hospitalar Barreiro Montijo. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xix de 315

20 SUMÁRIO EXECUTIVO A região do Alentejo dispõe de 4 instituições hospitalares do SNS, 10 convenções no âmbito do SIGIC. O hospital com maior procura é o Hospital Espírito Santo - Évora com entradas em A produção global nesta região em hospitais convencionados no âmbito do SIGIC é de 327. As medianas do TE da LIC variam entre 1,6 meses na Unidade Local de Saúde (ULS) do Baixo Alentejo - Beja e 3,13 meses na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano Santiago do Cacém. O número de episódios em LIC com TE superior ao TMRG varia entre 0,8% na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo Beja e 10,1% no Hospital Espirito Santo Évora. A região Algarve dispõe de 2 instituições hospitalares do SNS, 11 convenções no âmbito do SIGIC. O hospital com maior procura é o Hospital de Faro com entradas em A produção global nesta região em hospitais convencionados no âmbito do SIGIC é de As medianas do TE da LIC são de 3,93 meses no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio - Portimão e de 4,43 meses no H. Faro. O número de episódios em LIC com TE superior ao TMRG é de 18% no Hospital de Faro e de 21,9% no Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio - Portimão. Página xx de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

21 SUMÁRIO EXECUTIVO Tabela 3 País: Ranking dos hospitais SNS 2012 Grupo A Tipo Indicador Procura Oferta Transferência Processo Qualidade Produtividade Total Grupo A Ponderação H. Dr. Franc. Zagalo - Ovar 53% 61% 95% 82% 70% 76% 73% 2 H. José Luc. de Castro - Anadia 42% 41% 100% 87% 83% 27% 66% 3 ULS Norte Alentejano - Portalegre 59% 48% 73% 45% 74% 42% 58% 4 H. Arc. J. Crisóst. - Cantanhede 68% 100% 52% 75% 54% 21% 57% 5 ULS Alto Minho - V. Castelo 53% 83% 69% 37% 69% 40% 57% 6 ULS Matosinhos 100% 89% 81% 34% 57% 27% 56% 7 Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx 0% 0% 97% 63% 61% 67% 54% 8 ULS Baixo Alentejo - Beja 0% 24% 80% 64% 83% 22% 52% 9 ULS Nordeste - Bragança 62% 78% 17% 25% 26% 35% 36% 10 ULS Guarda 66% 61% 21% 15% 29% 34% 33% 11 ULS Castelo Branco 30% 61% 54% 17% 36% 7% 30% 12 C.H. Oeste 9% 29% 0% 28% 33% 7% 20% Tabela 4 País: Ranking dos hospitais SNS 2012 Grupo B Tipo Indicador Procura Oferta Transferência Processo Qualidade Produtividade Total Grupo B Ponderação H. V. F. Xira 100% 100% 100% 98% 91% 62% 89% 2 C.H. Médio Ave - Famalicão 1% 16% 84% 83% 78% 67% 63% 3 H. Stª Maria Maior - Barcelos 9% 0% 98% 73% 61% 50% 54% 4 C.H. Póvoa do Varzim/VC 27% 26% 19% 86% 63% 33% 50% 5 ULS Litoral Alent. - Sant. Cacém 2% 17% 92% 0% 50% 22% 30% 6 H.D. Figueira da Foz 0% 30% 0% 23% 20% 66% 27% Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xxi de 315

22 SUMÁRIO EXECUTIVO Tabela 5 País: Ranking dos hospitais SNS 2012 Grupo C Tipo Indicador Procura Oferta Transferência Processo Qualidade Produtividade Total Grupo C Ponderação C.H. Cova da Beira - Covilhã 33% 57% 93% 86% 87% 21% 66% 2 C. H. Entre o Douro e Vouga 38% 66% 94% 52% 67% 69% 64% 3 C.H. Leiria - Pombal 8% 28% 100% 91% 72% 34% 60% 4 C.H. Tâmega e Sousa 14% 61% 98% 81% 75% 16% 59% 5 C.H. Médio Tejo -T. Novas 35% 21% 96% 62% 93% 13% 58% 6 C.H. Alto Ave - Guimarães 48% 100% 4% 41% 45% 20% 41% 7 C.H. Barlav. Algarvio - Portimão 20% 63% 0% 63% 54% 18% 41% 8 C.H. Setúbal 27% 41% 23% 41% 54% 22% 38% 9 HPP - H. Cascais 33% 55% 66% 36% 39% 2% 35% 10 C.H. Baixo Vouga 100% 61% 54% 15% 16% 23% 34% 11 C. H. Barreiro Montijo 53% 26% 37% 1% 39% 42% 32% 12 H.D. Santarém 0% 0% 30% 14% 49% 13% 23% Tabela 6 País: Ranking dos hospitais SNS 2012 Grupo D Tipo Indicador Procura Oferta Transferência Processo Qualidade Produtividade Total Grupo D Ponderação Hospital de Braga 100% 72% 93% 100% 69% 84% 84% 2 H. Fern. da Fonseca - Lx 61% 43% 94% 88% 93% 73% 80% 3 H. Espírito Santo - Évora 51% 49% 100% 74% 84% 85% 77% 4 C.H. Trás-os-Montes e Alt. Douro 38% 22% 92% 74% 75% 72% 67% 5 C.H. V. Nova de Gaia/Espinho 48% 100% 61% 63% 60% 72% 66% 6 H. Garcia de Orta - Almada 50% 45% 64% 27% 53% 25% 42% 7 C.H.Tondela - Viseu 55% 74% 59% 23% 17% 54% 39% 8 H. Faro 0% 0% 0% 44% 28% 0% 17% Página xxii de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

23 SUMÁRIO EXECUTIVO Tabela 7 País: Ranking dos hospitais SNS 2012 Grupo E Tipo Indicador Procura Oferta Transferência Processo Qualidade Produtividade Total Grupo E Ponderação C.H. S.João 34% 13% 87% 78% 82% 87% 71% 2 C.H. Lisboa Ocidental 100% 8% 75% 76% 77% 11% 59% 3 C.H. Porto 30% 100% 100% 57% 51% 26% 55% 4 C.H. Lisboa Central 21% 10% 64% 45% 43% 5% 32% 5 C. H. Lisboa Norte 0% 3% 16% 30% 27% 76% 31% 6 C.H. Univer. de Coimbra 72% 0% 0% 0% 20% 35% 20% Tabela 8 País: Ranking dos hospitais SNS 2012 Grupo F Tipo Indicador Procura Oferta Transferência Processo Qualidade Produtividade Total Grupo F Ponderação IPO Porto 100% 0% 78% 50% 51% 100% 63% 2 IPO Lisboa 76% 100% 100% 54% 25% 33% 52% 3 IPO Coimbra 0% 31% 0% 6% 50% 10% 21% Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xxiii de 315

24 SUMÁRIO EXECUTIVO As tabelas acima apresentam os valores relativos de cada grupo de indicador. Quanto mais próximo dos 100% melhor a performance. O ranking dos hospitais SNS, aqui apresentado, teve em conta a posição relativa de cada hospital, no conjunto dos valores dos restantes do seu grupo homogéneo. O valor da posição relativa, para o indicador em análise, traduz a posição da instituição, tendo em conta o leque de variação desse indicador (diferença entre o máximo e o mínimo). Os valores mais próximo de 100% representam a melhor situação. Assim, foram considerados os seguintes grupos de indicadores: (1) Procura: variação homóloga das entradas. (2) Oferta: variação homóloga dos operados padrão. (3) Transferências: percentagem dos operados em hospitais de destino mais percentagem do expurgo 10, na sequência de transferência, face às saídas. (4) Processo: (posição relativa da mediana TE 11 da LIC 12, posição relativa da média TE 13 dos operados). (5) Qualidade do acesso: (posição relativa da percentagem dos operados> TMRG 14, posição relativa da percentagem do expurgo 15 face às saídas, posição relativa da percentagem da LIC> TMRG 16 e posição relativa da percentagem de não conformidades face ao número de saídas acrescidas do número de episódios em LIC). 10 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. 11 Tempo de espera 12 Lista de Inscritos para Cirurgia 13 Tempo de espera 14 Tempo Máximo de Resposta Garantida 15 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. 16 Tempo Máximo de Resposta Garantida Página xxiv de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

25 SUMÁRIO EXECUTIVO (6) Produtividade: (posição relativa dos operados padrão por cirurgião padrão 17, posição relativa dos operados padrão por anestesista padrão 18 e posição relativa dos operados padrão por unidade padrão 19 ). Total: Média ponderada das posições relativas dos seis grupos de indicadores. O indicador de processo e o de produtividade têm ponderação de dois e o indicador de qualidade ponderação de três. Os hospitais foram comparados tendo em conta agrupamentos de instituições análogas. O Hospital Beatriz Ângelo Loures não foi considerado neste ranking, dado o seu início de atividade ter ocorrido apenas em 2012, pelo que não é possível determinar variações homólogas. Para maior detalhe ver capítulo Cirurgiões padrão = * Horas de trabalho semanais dos cirurgiões + Horas de trabalho semanais dos cirurgiões internos/2]/35horas. As horas semanais de trabalho dos cirurgiões são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5 x 2)/nº semanas em analise]/(horas afetas BO cirurgião na CI/horas de trabalho dos cirurgiões na CI). Um ano tem 52 semanas. 18 Anestesistas padrão = * Horas de trabalho semanais dos anestesistas]/35horas. As horas semanais de trabalho dos anestesistas são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5)/nº semanas em analise]/(horas afetas BO anestesista na CI/horas de trabalho dos anestesistas na CI). Um ano tem 52 semanas. 19 As unidades padrão afetas ao BO de 35 horas semanais são constituídas por uma sala, dois cirurgiões e um anestesista. Este indicador é igual ao fator limitante entre * Horas semanais afetas ao BO cirurgiões + Horas semanais afetas ao BO cirurgiões internos/2+/35horas/2 (dois cirurgiões), * Horas de trabalho semanais dos anestesistas+/35horas e Nº horas semanais disponíveis do BO/35 horas. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xxv de 315

26 PREFÁCIO PREFÁCIO A sociedade portuguesa está a passar por mudanças ímpares face às últimas décadas, em muito pouco tempo a perceção de um forte constrangimento económico e financeiro instalouse. Num contexto de procura e oferta crescente de cuidados de saúde surge uma redução acentuada dos gastos públicos em saúde. É pois legítimo, mesmo prudente, antever a possibilidade de dificuldades acrescidas ao acesso a cuidados de saúde. Importa compreender o significado de acesso em saúde. Este poderá resumir-se a duas dimensões fundamentais: Corresponder à espectativa do utente ser atendido, sentir que não esperou demasiado, que foi bem recebido e bem tratado e ainda que o contributo financeiro direto, que presta, é adequado aos serviços que lhe foram prestados; Corresponder às espectativas da sociedade em ganhos objetivos de saúde e na qualidade do atendimento, incluindo nestas as dimensões de oportunidade, equidade, qualidade técnica dos serviços prestados e ainda a evidência de que o contributo decorrente de impostos, visando o financiamento do serviço público de saúde, é comportável e é ajustado à qualidade percecionada. Sendo que um dos aspetos mais relevantes para a coesão de uma sociedade é o de que o acesso ao sistema de saúde seja efetivo para a globalidade dos cidadãos, existe a forte convicção de que um Serviço Nacional de Saúde (SNS) forte, coeso e de qualidade é um contributo determinante neste acesso. Outro pressuposto, corroborado por várias personalidades, é o de que um tempo de espera excessivo deteriora a qualidade do serviço e cria ineficiências, não devendo portanto ser utilizado como método de controlo ou de moderação do consumo de recursos em saúde. Acredita-se ainda que existe uma margem de manobra para conter a despesa, mantendo ou melhorando o acesso, restruturando o sistema no sentido da eficiência e centrando os serviços no acesso e em ganhos em saúde. Página xxvi de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

27 PREFÁCIO Numa conjuntura de escassez, o risco para o acesso e em particular para a qualidade, incrementa. A defesa do serviço público determina que para todos os encargos corresponda um ganho objetivo, que o nível de responsabilização dos protagonistas aumente, que o controlo relativo ao cumprimento das normas e dos contratos se traduza na efetividade dos serviços e na penalização dos infratores. A Administração Central do Sistema de saúde (ACSS, IP) construiu um rigoroso sistema de recolha, integração e qualificação da informação da atividade clínica e administrativa na área da cirurgia, visando a publicação de relatórios regulares. Neste sentido, pretendendo-se a salvaguarda dos valores civilizacionais adquiridos, a exigência no rigor, na transparência, na responsabilidade, na efetividade e eficiência das soluções a percorrer, torna-se particularmente importante conhecer a realidade da saúde no País. É com esta motivação e pelos princípios enunciados que consideramos particularmente importante esta publicação da procura, resultados e processos relativos à atividade cirúrgica financiada pelo SNS, em Portugal Continental. Esperando que com informação válida todos os interessados possam contribuir para a construção de um sistema de saúde melhor. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xxvii de 315

28 Índice Geral Índice Geral 1. INTRODUÇÃO ENQUADRAMENTO RELATÓRIO ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO OBJETIVOS, MÉTODOS E INDICADORES OBJETIVOS MÉTODOS E INDICADORES ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS PROCURA OFERTA Análise da produção em MRA PROCESSO TRANSFERÊNCIAS QUALIDADE CAPACIDADE INSTALADA E PRODUTIVIDADE CIRURGIA DE AMBULATÓRIO GRUPOS NOSOLÓGICOS CIRURGIA ONCOLÓGICA PROCURA OFERTA PROCESSO QUALIDADE SÍNTESE DOS PRINCIPAIS INDICADORES NOS IPO GRUPOS DE SERVIÇO (ESPECIALIDADES) HOSPITAIS HOSPITAIS DO SNS ARS Norte ARS Centro ARS LVT ARS Alentejo Página xxviii de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

29 Índice Geral ARS Algarve HOSPITAIS PROTOCOLADOS HOSPITAIS CONVENCIONADOS Convenções com a ARS Norte Convenções com a ARS Centro Convenções com a ARS LVT Convenções com a ARS Alentejo Convenções com a ARS Algarve APÊNDICES DISTRIBUIÇÃO DOS OPERADOS POR HOSPITAL DE DESTINO E GRUPO DE SERVIÇO Hospitais de destino do SNS Hospitais de destino convencionados RANKING DOS HOSPITAIS SNS LISTA DE SIGLAS, ACRÔNIMOS E ABREVIATURAS FORMULÁRIO GLOSSÁRIO APURAMENTO DOS GRUPOS NOSOLÓGICOS LISTA DE ILUSTRAÇÕES LISTA DE GRÁFICOS LISTA DE TABELAS Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página xxix de 315

30 1.INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO 1.1. ENQUADRAMENTO O Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) foi criado em 2004 com o objetivo de melhorar de forma sustentável o acesso aos cuidados de saúde prestados por serviços cirúrgicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), garantindo progressivamente que o tratamento cirúrgico ocorra dentro de um tempo máximo estabelecido, considerado clinicamente aceitável, em função da respetiva patologia. O SIGIC visa assim, garantir aos beneficiários do SNS o respeito pelos direitos consignados em particular no que respeita à igualdade no acesso ao tratamento cirúrgico programado em tempos máximos estabelecidos para todas as patologias, servindo-se para o efeito de instrumentos de avaliação e controlo de toda a atividade cirúrgica realizada a nível nacional. Faz parte também do âmbito do SIGIC a observância dos princípios da qualidade e boa gestão em saúde e governação clínica, por forma a garantir eficiência e eficácia, contribuído desta forma para a sustentabilidade do sistema RELATÓRIO É neste contexto e no âmbito das suas funções de monitorização e publicação de informação sobre a atividade cirúrgica realizada no país que a Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia (UCGIC) efetuou mais um relatório sobre os episódios cirúrgicos relativo a utentes que estavam propostos para cirurgia programada nos hospitais da rede do SNS tendo em conta o total de patologias. Este relatório apresenta uma análise dos indicadores globais do país, regiões de saúde, grupos de patologias, procedimentos e especialidades cirúrgicas. Apresenta ainda relativamente aos hospitais do SNS, hospitais protocolados e hospitais convencionados, uma análise mais detalhada da atividade em cirurgia de ambulatório e em cirurgia oncológica. O conjunto de mapas de indicadores, que passamos a apresentar, insere-se no projeto de transparência, responsabilidade e proximidade entre os Serviços e o cidadão. Decorre diretamente dos dados registados nos sistemas de informação hospitalar (SIH) que transitam por processos automáticos para uma base de dados central. Traduzem a atividade normal dos Página 30 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

31 1.INTRODUÇÃO hospitais, quer no que respeita à consulta e registo de utentes para cirurgia, quer no que respeita ao registo da atividade cirúrgica. Esta gestão de informação suporta-se nos registos normais da atividade e impôs uma necessidade de atualidade e rigor da informação que tem vindo a ser progressivamente melhorada. Em alguns hospitais, que estão a reformular os seus sistemas de informação, podem-se não obstante verificar ainda eventuais incorreções na informação disponibilizada que decorrem em geral da não atualização atempada dos registos. Todos os indicadores utilizados neste relatório foram antecipadamente disponibilizados aos hospitais para que se pronunciassem sobre os mesmos. O objetivo é incrementar a capacidade de organização e controlo nos hospitais, para que estes possam fornecer às populações, de uma forma clara e transparente, um melhor serviço e informação, centrados nas necessidades do cidadão ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO O presente relatório encontra-se dividido em nove capítulos. O presente capítulo para além de um breve enquadramento do tema pretende apresentar a organização do relatório. O segundo capítulo apresenta os objetivos principais, assim como os métodos utilizados e os indicadores analisados. A análise dos indicadores agregados ao nível do país e das regiões é efetuada no terceiro capítulo. Este encontra-se dividido em seis subcapítulos correspondendo cada um deles a um grupo de indicadores, a saber: Procura (entradas e número de episódios em lista de inscritos para cirurgia (LIC)); oferta (operados); processo (tempos de espera); transferências (notas de transferências e vales cirurgias (NT/VC)); qualidade (tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), não conformidades (NC)); capacidade instalada e produtividade (cirurgiões padrão, produção padrão). No quarto capítulo disponibiliza-se os dados referentes à cirurgia em regime de ambulatório. Os indicadores por grupo nosológico são apresentados no quinto capítulo. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 31 de 315

32 1.INTRODUÇÃO O sexto capítulo aborda aspetos particulares da cirurgia oncológica e encontra-se subdivido em cinco subcapítulo, procura, oferta, processo, qualidade e síntese dos principais indicadores nos Institutos Portugueses de Oncologia (IPO). A informação relativa aos grupos de serviço (especialidades) é analisada no sétimo capítulo. A análise comparativa dos hospitais do SNS, protocolados e convencionados encontra-se no oitavo capítulo que está dividido em três subcapítulos. Os apêndices a este relatório, tais como a distribuição dos operados por hospital de destino e grupo de serviço, ranking dos hospitais do SNS, lista de siglas, acrónimos e abreviaturas, formulário, glossário, apuramento dos grupos nosológicos, lista de ilustrações, lista de gráficos e lista de tabelas encontram-se no nono capítulo. Ao longo do relatório os indicadores são apresentados em gráficos, tabelas e no decorrer do texto. Chamamos a atenção de que em algumas das tabelas de análise evolutiva de indicadores, verifica-se omissões na sequência anual, decorrente da falta de espaço. Assim, o ano em falta, é 2007, e a coluna só consta como tal mas sem valores (vide tabela 3 e seguintes). Nas tabelas podem ser observadas setas, referentes às variações homólogas, com o seguinte significado: Seta Significado Aumento favorável face ao período homólogo Aumento desfavorável face ao período homólogo Diminuição favorável face ao período homólogo Diminuição desfavorável face ao período homólogo Noutras tabelas as variações homólogas são apresentadas em cor verde (variação favorável) ou em vermelho (variação desfavorável). Nos gráficos evolutivos referentes às Administrações Regionais de Saúde (ARS), cada uma é sempre apresentada na mesma cor: Norte Azul Centro Rosa LVT Verde Página 32 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

33 1.INTRODUÇÃO Alentejo Roxo Algarve Azul-turquesa Nos gráficos evolutivos referentes aos anos, cada um é representado por uma cor: 2006 Rosa 2007 Amarelo 2008 Verde 2009 Roxo 2010 Azul-turquesa 2011 Laranja 2012 Azul Nos gráficos o género são sempre apresentados na mesma cor: Homens Azul Mulheres Rosa Nos gráficos evolutivos referentes à produção cirúrgica, nos diferentes tipos de hospitais, cada tipo é apresentado sempre com a mesma cor: Hospitais do SNS Azul Hospitais Protocolados Azul-turquesa Hospitais Convencionados Rosa Nos gráficos evolutivos referentes à produção cirúrgica o regime, internamento ou ambulatório é apresentado por uma cor: Ambulatório Verde Internamento Vermelho Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 33 de 315

34 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.1.Objetivos 2. OBJETIVOS, MÉTODOS E INDICADORES 2.1. OBJETIVOS O presente relatório foi elaborado com a finalidade de avaliar a procura, oferta, processo, qualidade, transferências capacidade instalada e produtividade, no âmbito da atividade cirúrgica programada em Portugal Continental e tem como principais objetivos: Analisar aspetos evolutivos entre 2006 e 2012 da atividade cirúrgica em Portugal Continental; Analisar a procura de procedimentos no âmbito de terapêuticas cirúrgicas, a nível nacional e regional, por grupo nosológico e por especialidades; Avaliar a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) à procura de tratamento cirúrgico, numa perspetiva global e segmentada; Avaliar a atividade cirúrgica na área oncológica; Avaliar as transferências de utentes e correspondentes impactos; Identificar constrangimentos; Disponibilizar informação de suporte à gestão e aos processos de decisão; Contribuir para a transparência dos processos públicos, através da disponibilização de informação relativa à gestão da lista de inscritos para cirurgia (LIC) e da atividade cirúrgica programada. Página 34 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

35 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores 2.2. MÉTODOS E INDICADORES A determinação dos indicadores obedece a uma rigorosa metodologia que visa garantir a qualidade dos dados e comprometer os hospitais com a informação que disponibiliza. Ilustração 1 Integração de dados O processo de aquisição de dados, extração e qualificação de indicadores envolve a Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (ACSS, I.P.), as Administrações Regionais de Saúde (ARS) e os hospitais do SNS, protocolados e convencionados (privados e sociais). A aquisição de dados, provenientes dos sistemas de informação dos hospitais (SIH) é efetuada diariamente. Logo nesta fase são identificadas inconsistências e solicitadas correções. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 35 de 315

36 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Existem quatro níveis de extração / qualificação de dados e quatro repositórios: Nível 1: Recolha das mensagens provindas do processo de transferência dos hospitais; Repositório de mensagens; Nível 2: Tratamento do repositório de mensagens para integração de dados; Repositório da base de dados do operacional; o o Subnível a) verifica a conformidade dos dados e rejeita dados incoerentes; Subnível b) qualifica os dados integrados em válidos, suspeitos, inválidos SIH, inválidos Sistema Informático de Gestão da Lista de Inscritos para Cirurgia (SIGLIC). Ilustração 2 Extrações mensais Página 36 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

37 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores As extrações têm por finalidade calcular indicadores e ocorrem com uma periocidade mensal. Os dados extraídos mensalmente vão representando o acumulado desde o início do ano em curso até ao final do mês de referência 20. As extrações mensais ocorrem por volta do dia 15 do mês seguinte ao período em análise, permitindo-se desta forma que alguns eventuais atrasos nos registos não se repercutam nos indicadores. Nível 3: Processamento dos dados do repositório operacional Extrações mensais: o o o o o o Recolhe e arquiva dados para cálculo de indicadores; Identifica detalhes inválidos; Calcula indicadores excluindo os detalhes inválidos; Assinala indicadores com desvios; Cria avisos; Analisa o repositório data warehouse (DW) constituído por uma base de dados (BD) de detalhes e uma BD de indicadores, incluindo a informação necessária para introduzir no QlikView 21 e na aplicação SIGLIC. 20 Por exemplo a extração do mês de março de 2012 tem dados referentes ao período de até Ferramenta de Business Intelligence. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 37 de 315

38 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Ilustração 3 Relatórios semestrais/anuais - 1ª extração A preparação dos dados para os relatórios semestrais e anuais, que se destinam à publicação pública, obriga a etapas suplementares de qualificação por forma a garantir maior exatidão nos dados. Assim para estes relatórios são efetuadas duas extrações, uma chamada provisória e a oficial. Poderão ainda ser efetuadas extrações suplementares caso sejam detetadas inconsistências significativas. A primeira extração é em tudo semelhante às extrações mensais, com base nesta são criados indicadores. Os hospitais com esta informação confirmam os dados. Página 38 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

39 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Ilustração 4 Relatórios semestrais/anuais - 2ª extração A segunda extração é executada após o período dado aos hospitais para efetuaram correções. Atendendo aos relatórios produzidos com base na segunda extração os hospitais podem anexar comentários/justificações aos valores obtidos para os indicadores. Para facilitar o processo de análise os indicadores que apresentem desvios ao valor padrão ou variações homólogas superiores a 20% ou inferiores a -20% são destacados. Por sua vez os analistas da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia (UCGIC) efetuam análises com base nos indicadores da segunda extração e nos comentários/justificações efetuados pelos hospitais. Dos indicadores da segunda extração, dos comentários/justificações dos hospitais e dos analistas da UCGIC resultarão os relatórios semestrais /anuais. Nível 4: Processamento de informação dos repositórios de nível 3 duas vezes por ano (extração 1º semestre e anual): o Subnível a) após o processamento da 1ª extração (equivalente ao nível 3) é efetuada uma análise manual dos dados que é reportada aos hospitais, os hospitais analisam os dados e corrigem nos SIH eventuais erros; Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 39 de 315

40 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores o Subnível b) 2ª extração sob o mesmo período três semanas após a primeira; os hospitais analisam os novos indicadores e anexam comentários, os analistas da UCGIC avaliam os novos indicadores integram os comentários e produzem os relatórios finais a publicar. Página 40 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

41 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Os indicadores do presente relatório referem-se a episódios que se constituem na inscrição de um utente na lista de inscritos em cirurgia. Traduzem duas realidades diferentes, os atributos referentes a utentes inscritos à espera de cirurgia a 31 de Dezembro de 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 (LIC) e os atributos referentes a utentes operados em cirurgia programada durante o período de 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 (Operados). Os dados são apresentados nos seguintes modos de agregação: País Regiões Grupos Nosológicos Grupos de Serviços (Especialidades) Hospitais Ilustração 5 Tipos de agregações dos indicadores Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 41 de 315

42 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores São analisados diversos tipos de indicadores, definidos no formulário, dos quais se enumeram alguns dos mais importantes: Relativos à Procura Entradas; Idade média das entradas; Número de episódios em Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC); Idade média da LIC; Taxa de crescimento da LIC; LIC prioritária; LIC de neoplasias malignas (NM);... Relativos à Oferta Operados; Operados padrão; Operados prioritários; Operados ambulatório; Operados em modalidade remuneratória alternativa (MRA); Operados em relação à região; Expurgo; Saídas;... Relativos ao Processo Mediana do tempo de espera da LIC; LIC intransferível; Tempo médio pendência da LIC; LIC/(operados/mês); Média do tempo de espera dos operados;... Página 42 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

43 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Relativos às Transferências Notas de transferência/vales cirurgia (NT/VC) emitidos; Episódios que receberam NT/VC; Cativações; Operados em hospitais de destino (HD); Episódios com recusa de transferência; Operados após devolução ao hospital de origem (HO);... Relativos à Qualidade LIC com tempo de espera (TE) > Tempo máximo de resposta gararantido (TMRG); LIC prioritária TE > TMRG; LIC intransferível TE> TMRG; Operados TE > TMRG; Operados prioritários TE >TMRG; Óbitos; Não conformidades (NC);... Relativos à Capacidade Instalada e Produtividade Número de salas de bloco operatório (BO); Número de cirurgiões padrão; Número de anestesistas padrão Operados padrão por cirurgião padrão; Rácio entre cirurgiões padrão afetos ao BO e anestesistas padrão afetos ao BO;... Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 43 de 315

44 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Os dados analisados referem-se aos registos no SIGLIC, realizados por hospitais com atividade cirúrgica da responsabilidade do SNS (hospitais públicos e em regime de parcerias públicoprivadas, hospitais convencionados, hospitais com acordos ou contratos com o SNS), nas seguintes datas: Indicadores referentes a não conformidades (NC) e capacidade instalada (CI) dos anos em análise, foram extraídos a 20 de Junho de 2013; Indicadores de 2012: de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2012, cuja extração ocorreu a 1 de Junho de 2013, exceto os indicadores referentes ao número de notas de transferência/vales cirurgia (NT/VC) que foram extraídos a 17 de Junho de 2013; Indicadores de 2011: de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2011, cuja extração ocorreu a 21 de Fevereiro de Contudo, foram realizadas correções aos dados extraídos, decorrentes da análise de reportes por parte dos hospitais até 28 de Maio de 2012; Indicadores de 2010: de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2010, cuja extração ocorreu a 14 de Novembro de 2011; Indicadores de 2009: de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2009, cuja extração ocorreu a 6 de Abril de 2010; Indicadores de 2008: de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2008, cuja extração ocorreu a 27 de Fevereiro de 2009, exceto os indicadores referentes ao número de notas de transferência/vales cirurgia (NT/VC) que foram extraídos a 20 de Abril de 2009; Indicadores de 2007: de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2007, cuja extração ocorreu a 23 de Janeiro de 2008, exceto os indicadores de notas de transferência/vales cirurgia (NT/VC) que foram extraídos a 21 de Abril de 2009; Indicadores de 2006: de 1 de Janeiro até 31 de Dezembro de 2006, cuja extração ocorreu a 27 de Março de Página 44 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

45 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Os dados analisados no decurso deste relatório têm as seguintes características: População: Conjunto de episódios 22 registados na base de dados SIGLIC, provenientes de 48 instituições hospitalares do SNS, das quais quatro estão em regime de parceria público-privada, 14 hospitais com acordos de cooperação ou contratos com o SNS para a elaboração de atividade cirúrgica enquanto hospital de origem (HO), doravante designados por protocolados e 56 hospitais convencionados e referentes a: Episódios com registos de entradas (propostas cirúrgicas) em LIC para cirurgia programada de: 1 de Janeiro de 2006 a 31 de Dezembro de 2012; Episódios em LIC (a aguardar cirurgia) a: 31 de Dezembro de 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012; Episódios com registos de saídas de LIC, episódios realizados (operados) e episódios expurgados 23 de cirurgias programadas de: 1 de Janeiro de 2006 a 31 de Dezembro de 2012; 22 Integram a LIC episódios correspondentes a propostas cirúrgicas para cirurgia programada, incluindo urgências diferidas, excluindo pequenas cirurgias e quaisquer procedimentos efetuados fora do bloco operatório. Foram também excluídos os episódios pré-inscritos (não consentidos e/ou não validados pelo responsável do serviço). 23 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 45 de 315

46 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Em relação aos indicadores apresentados por instituição hospitalar, os valores constantes neste relatório, referentes a anos anteriores, poderão não coincidir com os dos relatórios já publicados, uma vez que tem ocorrido unificações de hospitais. Para permitir a comparação ao longo dos anos é atribuído à instituição hospitalar a atividade agregada dos hospitais que lhe deram origem. Na tabela seguinte são apresentados os hospitais que foram unificados no decorrer do ano de Tabela 9 Unificações de hospitais em 2012 Instituição hospitalar atual Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto Portaria n.º20/2012, de 23 de Janeiro Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E. Decreto-Lei n.º44/2012, de 23 de Fevereiro Hospital anterior Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto Centro Oftalmológico de Lisboa Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E (Hospital São José, Hospital Santo António dos Capuchos, Hospital Santa Marta e Hospital Dona Estefânia) Hospital Curry e Cabral, E.P.E. Maternidade Dr. Alfredo da Costa, E.P.E Centro Hospitalar do Oeste Portaria n.º276/2012, de 12 de Setembro Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, E.P.E. Decreto-Lei n.º238/2012, de 31 de Outubro Centro Hospitalar de Torres Vedras Centro Hospital do Oeste Norte Hospital do Litoral Alentejano, E.P.E O Hospital Beatriz Ângelo Loures foi inaugurado a 19 de Janeiro de 2012, pelo que a sua produção cirúrgica de 2012 foi incluída neste relatório. Em 2012 passou-se a contabilizar a produção cirúrgica da unidade de ambulatório do Centro Hospitalar do Porto. Os hospitais da Cruz Vermelha Portuguesa (LVT), Hospital Ortopédico de Sant Ana (LVT), Fundação Aurélio Amaro Diniz (Centro) e o Hospital São João de Deus (Alentejo), com produção cirúrgica em 2012 ao abrigo do SNS e contrariamente às orientações oficiais não se encontram recenseados no Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) pelo que a atividade que lhes diz respeito não foi contabilizada. Página 46 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

47 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores Apesar de ter sido integrado no SIGIC em 2010 o Hospital da Prelada não forneceu dados adequados à avaliação da sua atividade em Apenas são tidos em conta os dados do Hospital da Prelada a partir de Em 2011 vários hospitais das Misericórdias (hospitais protocolados) ao abrigo de acordos estabelecidos com as ARS e Ministério da Saúde (MS) passaram a ser hospitais de origem integrados no SIGIC. Assim, os dados destes hospitais foram tidos em conta a partir de esse ano. Em 2012 mais dois hospitais protocolados, com acordos estabelecidos com as ARS, de LVT e Norte, foram incorporados no SIGIC e por isso os seus dados são tidos em conta neste relatório. Neste relatório, numa progressiva aproximação a um reporte mais fidedigno dos dados, os referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passamos a ter em conta as transferências de responsabilidade (exemplo: se uma proposta for criada por um Serviço/UF e operado por outro, então são contabilizadas duas entradas, uma cirurgia e um expurgo). Nas comparações evolutivas referentes a anos transatos, os indicadores foram recalculados para permitir ter dados comparáveis. No sentido de melhorar o método da avaliação de desempenho hospitalar, no que concerne ao acesso, os dados apresentados referentes aos tempos de espera dos operados por hospital do SNS poderão não coincidir com publicações anteriores, dado que anteriormente estavam a ser apresentados tendo em conta o tempo de espera total do episódio, independentemente dos hospitais por onde passou, e agora passa a ter em conta o tempo de espera do episódio apenas o da responsabilidade do hospital que o operou. Em relação a dados referentes aos grupos nosológicos, os valores presentes neste relatório, referentes aos anos anteriores a 2009, poderão não coincidir com os dos relatórios dos anos 2007 e 2008, uma vez que nesses estavam incluídos no grupo de neoplasias - as de comportamento incerto e as de natureza não especificada. Estas deveriam representar um valor residual e a razão da sua inclusão decorria do princípio - na dúvida tratar em tempo útil como se de uma neoplasia maligna (NM) se tratasse. Não obstante, a verificação de um número inadequadamente elevado de classificações Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 47 de 315

48 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores nesta classe em alguns hospitais obrigaram à exclusão destas patologias deste agrupamento. Nas comparações evolutivas referentes a anos transatos, os indicadores foram recalculados para permitir ter dados comparáveis. A exclusão destes episódios do grupo nosológico das neoplasias também afeta os valores referentes aos tempos máximos de resposta garantido (TMRG). Os dados apresentados referentes aos operados por grupos de serviço, tipos de serviço, serviços, unidades funcionais poderão não coincidir com versões anteriores a 2011, pois nestes os dados estavam a ser apresentados na perspetiva do hospital onde o doente foi inscrito (HO) e não na perspetiva do hospital que procede à intervenção cirúrgica. Em 2010 o SNS passou a incluir os seguintes subsistemas, ADSE, ADM das Forças Armadas, SAD/GNR e SAD/PSP 24. Os dados referentes a anos anteriores a 2011, relativos aos subsistemas, foram corrigidos no presente relatório pois identificaram-se incorreções nas classificações. Os dados utilizados provêm primariamente e em exclusivo dos sistemas de informação dos hospitais, sendo estes pois responsáveis pelos mesmos. Os hospitais têm acesso autónomo, com uma antecipação mínima de três meses através da aplicação SIGLIC, a indicadores e aos dados desagregados que estão na base das análises efetuadas neste relatório. Os dados relativos a cirurgia de ambulatório foram agregados por região, hospital, agrupamentos nosológicos e grupos de serviços (agrupamento de especialidades). Os agrupamentos nosológicos formaram-se de acordo com as metodologias em anexo (vide 9.6) e tiveram em conta os procedimentos, a região anatómica intervencionada, as especialidades médicas envolvidas no tratamento, a patologia implicada e a frequência de ocorrência. Os agrupamentos de serviços foram constituídos de forma a possibilitar a comparação de serviços. Foram tidas em conta as especialidades médicas e cirúrgicas envolvidas, 24 De acordo com a Lei n.º 3-B/2010, publicada a de 28 de Abril e que aprovou o Orçamento do Estado para 2010 Página 48 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

49 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores desde que surjam registadas por proponentes ou executantes de procedimentos no bloco operatório. Na contabilização do tempo de espera (TE) em LIC é excluído o tempo em que o utente, por motivos pessoais ou clínicos, não pode ser submetido a cirurgia (tempo de pendência) e ainda o tempo entre a emissão de NT/VC e a sua cativação no hospital de destino (HD), que é da exclusiva responsabilidade do utente, no caso das transferências. Estes tempos que são excluídos pressupõem sempre a indisponibilidade expressamente consentida pelo utente. O tempo em que por motivos administrativos o episódio está suspenso para evitar transferência ou agendamento (tempo de suspensão) não é excluído. Também é contabilizado o tempo de espera no hospital de destino após transferência. A soma da produção dos hospitais de uma determinada ARS é diferente do valor da ARS. Esta situação deve-se ao facto que a produção em hospitais de destino é referenciada à ARS do hospital de origem que não é necessariamente a ARS em que o hospital se insere geograficamente. Os somatórios dos operados padrão, nos diferentes agrupamentos, poderão não coincidir exatamente com o número total de operados padrão, devido aos arredondamentos efetuados. O valor dos operados padrão poderá não ser exatamente igual ao número de operados multiplicado pela média do peso relativo (PR), devido aos arredondamentos efetuados. Para efeitos de cálculos da média do peso relativo não são tidos em conta episódios com peso relativo zero (situação que ocorre quando a codificação está errada e corresponde a grupos de diagnósticos homogéneos (GDH) de erro). No entanto para cálculo de operados padrão, todos os operados são tidos em conta sendo ajustados os casos de PR igual a zero à média do peso relativo do grupo de episódios com valor apurado. As médias do peso relativo poderão não corresponder às apresentadas em versão anteriores a 2011 pois nestas estavam a ser contabilizados os pesos relativos iguais a zero. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 49 de 315

50 2.OBJETIVOS E MÉTODOS 2.2.Métodos e indicadores O peso relativo decorre do apuramento do GDH, da cirurgia corrigida na conclusão, do episódio terapêutico cirúrgico. Não entra em conta com intercorrências ou terapias médicas complementares que possam ter ocorrido no internamento, não corresponde portanto ao episódio de internamento. Não obstante trata-se de valores, em termos médios, muito aproximados. Neste relatório são apresentadas as não conformidades detetadas em 2012, no entanto, muitas poderão ter justificações plausíveis que nesta análise não são tidas em conta. Nome NC Tipo de NC Subtipo de NC Dados pessoais utente incorrectos Administrativa Conteúdo Justificação prioridade incorrecta Clínica Conteúdo Informação clínica da proposta cirúrgica incorrecta Clínica Conteúdo Validação proposta cirúrgica não realizada Clínica Fluxo Desconformidade agendamento intra e inter LIC Clínica Fluxo Desconformidade agendamento inter LIC Clínica Fluxo Desconformidade agendamento intra LIC Clínica Fluxo TE HO>TMRG Clínica Fluxo TE HO>150% TMRG Clínica Fluxo Mobilização pelo HO do episódio transferido Administrativa Fluxo Episódios com 25%TME no HD Clínica Fluxo Registo não atempado Administrativa Fluxo Data da conclusão > Data da alta + 2 meses Clínica Fluxo Informação clínica da conclusão incorreta Clínica Conteúdo Episódios não cancelados Administrativa Fluxo A LIC a 31 de dezembro, de determinado ano, poderá não ser igual ao somatório da LIC do ano anterior com o valor das entradas do ano em análise, subtraído do valor das saídas. A razão desta ocorrência resulta de existir um número limitado de situações em que as instituições hospitalares corrigem, durante o ano em análise, episódios referentes a anos anteriores. Foram utilizados métodos de estatística descritiva. Página 50 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

51 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3. ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS No presente capítulo é apresentada a análise da atividade cirúrgica programada do país e das Administrações Regionais de Saúde (ARS), com os indicadores agregados por procura, oferta, processo, transferências, qualidade, capacidade instalada e produtividade. A procura alude aos utentes que entraram em lista (entradas) e aos que se encontram a aguardar cirurgia (LIC). Estes indicadores caraterizam a necessidade da população em tratamento cirúrgico após reconhecimento pelas instituições. A oferta é representada pela capacidade de resposta dos hospitais face à procura, cirurgias realizadas (operados). São consideradas duas grandes dimensões nos indicadores de oferta: uma referente a doentes operados (episódios cirúrgicos) independentemente da complexidade das cirurgias, outra relativa aos episódios cirúrgicos ponderados pelo nível de complexidade 25. É através desta última dimensão que as diversas prestações devem ser comparadas. Os indicadores de processo relatam a forma como é abordada a gestão da lista, encerram informação relativa aos tempos de espera (TE), tempos de pendências e episódios intransferíveis. Os indicadores pertencentes ao grupo de transferências relatam os movimentos dos episódios decorrentes da incapacidade do hospital de origem (HO) gerir a totalidade dos casos, agregam informação relativa às notas de transferência/vales cirurgia (NT/VC) emitidas e episódios operados em hospitais de destino (HD). Os indicadores de qualidade analisam o ajustamento às melhores práticas e explicam as não conformidades processuais. Os indicadores de capacidade instalada e produtividade apresentam os recursos físicos e humanos das instituições hospitalares assim como a produtividade destes últimos. 25 Índice de complexidade cirúrgica do GDH apurado para o episódio cirúrgico, à data da conclusão. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 51 de 315

52 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura 3.1. PROCURA Estes indicadores caraterizam a necessidade da população em tratamento cirúrgico após reconhecimento pelas instituições. Na tabela seguinte observa-se a evolução da procura, nos últimos sete anos, em relação aos episódios entrados e aos episódios a aguardar cirurgia (LIC), a 31 de Dezembro de cada ano em análise. Tabela 10 País: Evolução dos resultados da procura desde 2006 até 2012 Indicadores de procura Indicadores das entradas 26 homóloga 2011/2012 (%) Entradas ,1% %Entradas do SNS 81,4% 82,2% 82,8% 92,1% 90,9% 90,6% -0,3% %Entradas do sexo masculino 42,4% 42,0% 42,1% 42,0% 41,9% 42,2% 0,7% Idade média das entradas ,9% Indicadores da LIC LIC ,5% Mediana do TE da LIC em meses 6,9 3,7 3,4 3,1 3,3 3,0-9,1% % LIC prioritária 27 7,7% 7,3% 6,8% 6,7% 6,6% 6,4% -3,0% % LIC NM 1,6% 2,0% 1,9% 2,0% 2,0% 2,1% 5,0% Idade média da LIC ,0% Em 2012 verificou-se um aumento das entradas em 2,1% face ao ano anterior. A média etária dos utentes entrados em LIC é de 55 anos, 42,2% são homens e 90,6% são beneficiários do regime geral do SNS. O número de utentes inscritos a aguardar cirurgia (LIC), a 31 de Dezembro de 2012 era de episódios, o que representa cerca de 1,7% da população nacional 28. Destes no grupo 26 Neste relatório, numa progressiva aproximação a um reporte mais fidedigno dos dados os referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. 27 São considerados prioritários os episódios classificados com o nível de prioridade clínica 2, 3 e 4. Página 52 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

53 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura de utentes inscritos para cirurgia oncológica de recessão (NM) 29 contabilizavam-se episódios, o que corresponde a 2,1% da totalidade de inscritos. O número de utentes a aguardar cirurgia, classificados como prioritários, representa 6,4% da LIC total. A LIC a 31 de dezembro de 2012 voltou a diminuir assim como o tempo de espera (TE) mediano em LIC (menos nove dias) 7,5% e 9,1% respetivamente, face ao período homólogo. 28 Fonte: INE (censos 2011). 29 Exclui cirurgia com intuito exclusivo de diagnóstico, paliativo ou reconstrutivo, ainda que efetuado a doentes oncológicos. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 53 de 315

54 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura A tabela que se segue apresenta os mesmos indicadores que a tabela anterior, mas distribuídos por ARS e país, para o ano de Tabela 11 ARS: Resultados da procura em 2012 Indicadores de procura Norte Centro LVT Alentejo Algarve Pais Indicadores de entradas 30 Entradas homóloga entradas 3,0% 2,6% 3,1% -4,6% -14,5% 2,1% %Entradas do SNS 89,1% 92,0% 91,1% 94,8% 92,6% 90,6% % Entradas do sexo masculino 40,7% 42,1% 44,0% 42,3% 45,1% 42,2% Idade média das entradas Indicadores de LIC LIC homóloga LIC -14,2% -10,5% 3,8% 2,0% -18,5% -7,5% Mediana do TE da LIC em meses 2,3 3,6 3,4 2,5 4,2 3,0 % LIC prioritária 5,9% 8,4% 5,4% 5,4% 8,3% 6,4% % LIC NM 1,9% 2,3% 2,4% 1,6% 1,0% 2,1% Idade média da LIC LIC/(Operados /mês) 3,1 4,6 4,0 3,8 5,0 3,7 O número de entradas diminuiu na ARS do Alentejo (4,6%) e mais significativamente na região do Algarve (14,5%). A tendência do número de utentes a aguardar cirurgia diminuir verifica-se na maioria das regiões, exceto em LVT e no Alentejo. A diminuição da mediana do tempo de espera da LIC, face ao período homólogo, apenas não se verifica na ARS do Algarve, que teve um ligeiro aumento (mais três dias). 30 Neste relatório, numa progressiva aproximação a um reporte mais fidedigno dos dados os relatório referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página 54 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

55 Nº Saídas Nº entradas Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura A figura seguinte reflete a evolução do número de novas inscrições para cirurgia (entradas) e correspondentes saídas, seja por motivos de realização da cirurgia (operados) seja por efeito de cancelamento da proposta (cancelados). Evolução das entradas e saídas entre 2006 e Gráfico 17 País: Evolução das entradas e saídas desde 2006 até Ao longo dos anos verifica-se que o número de saídas é superior ao número de entradas o que se traduz na diminuição do número de utentes em LIC, no entanto esta tendência inverteu-se em 2011 dando assim origem ao aumento da LIC pela primeira vez em seis anos. Em 2012 as saídas voltaram a ser superiores às entradas e tornamos a verificar uma diminuição da LIC. Apesar do número de saídas em 2010 ser menor do que em 2009, esta diminuição ocorreu devido a diminuição do expurgo Neste relatório, numa progressiva aproximação a um reporte mais fidedigno dos dados os referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. 32 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 55 de 315

56 Taxa de crescimento da LIC Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura A figura seguinte apresenta a evolução da taxa de crescimento da LIC 33 no país, nos últimos sete anos. Evolução da taxa de crescimento da LIC entre 2006 e % 2% 1% 0% -1% -2% -3% -4% -5% -6% -7% ,5% 2,0% -2,1% -2,5% -3,7% -5,5% -6,1% Gráfico 18 País: Evolução da taxa de crescimento da LIC desde 2006 até Quer as entradas, quer as saídas de episódios em LIC têm vindo a crescer ao longo dos últimos sete anos, tendo sido esse crescimento no ano de 2012 de 2,1% e 6,7% respetivamente, face a Até ao ano de 2010 o volume das saídas tinha sido superior ao das entradas em LIC, ocorrendo de forma sistemática um crescimento negativo da LIC, invertendo-se esta situação em No entanto, em 2012 as saídas voltaram a ser superiores às entradas resultando novamente na diminuição da LIC. 33 Taxa de crescimento da LIC = [(Entradas-Saídas)/Entradas]* Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página 56 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

57 % Episódios entrados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura Na figura seguinte encontra-se representada a distribuição dos utentes entrados na lista desde 2006 até 2012, de acordo com os seus sistemas de financiamento. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Distribuição das entradas por entidade financeira responsável entre 2006 e 2012 % Não SNS % SNS 18,6% 18,2% 17,8% 17,2% 81,4% 81,8% 82,2% 82,8% 7,9% 9,1% 9,4% 92,1% 90,9% 90,6% Gráfico 19 País: Evolução das entradas por entidade financeira responsável entre 2006 e Cerca de 90,6% dos episódios entrados em LIC são beneficiários do regime geral (SNS). A diferença observada entre 2009 e 2010 decorre de incorporação dos subsistemas ADSE, ADM das Forças Armadas, SAD/GNR e SAD/PSP no regime geral Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. 36 De acordo com a Lei n.º 3-B/2010, publicada a de 28 de Abril e que aprovou o Orçamento do Estado para Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 57 de 315

58 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura A próxima figura representa o número de entradas por habitantes nos anos de 2006, 2011 e 2012, considerando a ARS a que pertencem os hospitais de origem do episódio cirúrgico. Entradas por habitantes nos anos de 2006, 2011 e 2012 Gráfico 20 ARS: Entradas 37 por habitantes nos anos de 2006, 2011 e 2012 Pode observar-se que a distribuição do acesso, medida pela inscrição de doentes em lista, não é homogénea no país, ainda que tenha evoluído favoravelmente entre 2006 e Um parâmetro que poderia influenciar esta distribuição seria a idade dos doentes mas observa-se que é justamente na região com mais entradas (Norte) que a idade média é menor. Conclui-se assim existirem fortes indícios de não existir equidade no acesso entre regiões. Excetuando-se as regiões do Alentejo e do Algarve que diminuírem as entradas em 2012, face a 2011 as restantes aumentaram, sendo que a ARS Norte se destaca por ter quase duplicado, desde 2006, o número de admissões por ano. 37 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página 58 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

59 Nº entradas por hab. Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura O próximo gráfico apresenta a evolução do número de entradas nos hospitais do SNS 38 e protocolados distribuídos pelas respetivas ARS, desde 2006 até ao ano de Evolução das entradas por habitantes por ARS desde 2006 até Norte ( ) Centro ( ) LVT ( ) Alentejo ( ) Algarve ( ) Gráfico 21 ARS: Evolução das entradas 39 por habitantes 40 desde 2006 até 2012 Em complemento com a informação anterior este gráfico mostra que a forma como se agrupam as regiões, no que respeita à equidade no acesso, sofreu alterações significativas entre 2006 e 2012 partindo de dois grupos: um mais bem situado, representado pelas regiões Centro, Norte e LVT e outro pior colocado, Algarve e Alentejo, para uma aproximação entre quatro regiões (LVT, Alentejo, Centro e Algarve) e o Norte que se destaca positivamente. As regiões do Alentejo e Algarve diminuíram o número de entradas face a Estas regiões não têm hospitais protocolados. Por outro lado 11,1% das entradas da região Norte pertencem a hospitais protocolados, contra 0,7% na região de LVT e 0,3% na região Centro. 38 São considerados hospitais do SNS os hospitais públicos, os em regime de parceria público-privada e os integrados nas Unidades Locais de Saúde (ULS). 39 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. 40 O número de habitantes por ARS é apresentado entre parêntesis. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 59 de 315

60 % Episódios Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura A figura seguinte representa a evolução anual da LIC, por prioridade à data de 31 de Dezembro de 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e Evolução da LIC por prioridade entre 2006 e % P1 P2 P3 P4 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Gráfico 22 País: Evolução da LIC por prioridade 41 entre 2006 e 2012 A 31 de Dezembro de 2012 encontravam-se em LIC episódios não prioritários 42, que corresponde a uma diminuição de cerca de 7,3% relativamente à mesma data em 2011 ( episódios) e a um decréscimo de 23,5% quando comparada com a LIC a 31 de Dezembro de 2006 ( episódios). Chama-se a atenção que 93,6% da LIC de 31 de Dezembro de 2012 corresponde a episódios considerados não prioritários. Os episódios de prioridade quatro (urgência diferida) correspondem apenas a 0,2% da LIC total a 31 de Dezembro de P1 Prioridade normal; P2 Prioridade prioritário; P3 Prioridade muito prioritário; P4 Urgência diferida. 42 Episódios não prioritários correspondem aos episódios classificados com nível de prioridade clínica igual a 1. Página 60 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

61 %LIC %LIC Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura Nas figuras seguintes observam-se a distribuição, por classes etárias e género, da LIC a 31 de Dezembro de 2006 e de % Distribuição da LIC por classes etárias e género no país em 2006 Homens Mulheres 20% 15% 10% 5% 0% 0< idade 10 10< idade 20 20< idade 30 30< idade 40< idade Classe etária 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 23 País: Distribuição da LIC por classes etárias e género em % Distribuição da LIC por classes etárias e género no país em 2012 Homens Mulheres 20% 15% 10% 5% 0% 0< idade 10 10< idade 20 20< idade 30 30< idade 40< idade Classe etária 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 24 País: Distribuição da LIC por classes etárias e género em 2012 A distribuição etária e género é semelhante entre 2006 e A maioria dos utentes em LIC situa-se nas faixas etárias dos 60 aos 80 anos de idade, sendo que nas mulheres o pico da classe etária verifica-se no grupo dos 50 aos 60 anos de idade. A média da idade dos utentes, que aguardavam por cirurgia a 31 de Dezembro de 2012, era de 53 anos. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 61 de 315

62 LIC por hab. Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura No gráfico seguinte observa-se a evolução do número de inscritos para cirurgia nos últimos sete anos nas diferentes regiões. Evolução da LIC por hab. por ARS desde 2006 até 2012 Norte ( ) Centro ( ) LVT ( ) Alentejo ( ) Algarve ( ) Gráfico 25 ARS: Evolução da LIC por habitantes 43 desde 2006 até 2012 A ARS com maior número de utentes em LIC por habitantes é a ARS Norte. Nessa região 5,7% da LIC pertence a hospitais protocolados, contra 0,2% em LVT e 0,04% no Centro. A região que apresenta melhores progressos ao longo destes sete anos é a ARS Centro que tinha em 2006 mais de 27 utentes por habitantes em LIC e em 2012 tem apenas 16. A ARS Alentejo apesar de se encontrar bem situada tem vindo a piorar ao longo destes anos. De um ponto de vista geral pode concluir-se que ao longo dos anos em análise observou-se uma redução na dispersão deste indicador. Realça-se que este indicador tem de ser analisado em função da capacidade produtiva da cada região. 43 O número total de habitantes por ARS é o valor inscrito entre parêntesis na legenda do gráfico Página 62 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

63 Mediana do TE da LIC (meses) Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura No gráfico seguinte observa-se a evolução da mediana do tempo de espera, em meses, dos utentes inscritos em lista para cirurgia nos últimos sete anos, nas diferentes regiões. Evolução da mediana do TE (meses) da LIC por ARS Norte Centro LVT Alentejo Algarve Gráfico 26 ARS: Evolução da mediana do TE da LIC em meses desde 2006 até 2012 A evolução é genericamente favorável, observando-se uma diminuição da mediana do tempo de espera em todas as regiões (exceto no Algarve) bem como uma diminuição da dispersão. As ARS do Alentejo e Norte apresentam a menor mediana do tempo de espera da LIC com 2,5 meses e 2,3 meses respetivamente. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 63 de 315

64 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura A tabela seguinte apresenta um resumo dos indicadores sobre a procura por região em Tabela 12 ARS: Indicadores da procura 44 no ano de 2012 ARS Entradas Entradas por habitantes homóloga entradas (%) LIC Mediana do TE da LIC em meses LIC/ operados por mês Norte ,5 3,0% ,3 3,1 Centro ,4 2,6% ,6 4,6 LVT ,3 3,1% ,4 4,0 Alentejo ,2-4,6% ,5 3,8 Algarve ,5-14,5% ,2 5,0 País ,2 2,1% ,0 3,7 Do lado da procura, as regiões que registaram maior número de entradas em 2012 e que tinham, a 31 de Dezembro de 2012, mais utentes a aguardar por cirurgia são a regiões Norte e de LVT. A ARS Algarve apresenta uma diminuição das entradas na ordem dos 14,5%, sendo esta região a que tem maior mediana do tempo de espera da LIC (4,2 meses) e maior tempo de resolução da LIC 45 (5,0 meses). 44 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. 45 Tempo que se demoraria a resolver a LIC caso não houvesse mais entradas e o número médio de operados por mês se mantivesse estável. Página 64 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

65 Nº episódios em LIC Nº episódios operados e entradas Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.1.Procura A figura seguinte ilustra a evolução semanal da LIC, das entradas e dos episódios operados no ano de Evolução semanal da LIC, entradas e operados no País em 2012 LIC Entradas Operados Semanas º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre Gráfico 27 País: Evolução semanal da LIC, entradas e operados em 2012 Os entalhes observados nas curvas de entradas e operados correspondem a épocas festivas e ao período de Agosto onde se concentra o maior período de férias. A LIC teve uma evolução favorável ao longo do ano 2012, apresentando no final do ano um decréscimo de episódios em relação ao ano de A evolução semanal das entradas acompanhou a dos utentes operados. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 65 de 315

66 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta 3.2. OFERTA Por oferta, no âmbito deste trabalho, entende-se processamento a que os episódios inscritos para cirurgia são submetidos nas instituições hospitalares que culminam na conclusão do episódio correspondendo à saída da lista de inscritos, quer seja com cirurgia realizada (operados) quer sem cirurgia designando-se neste caso por expurgo 46 (episódios saídos da lista sem que tenha sido efetuada a cirurgia programada ao abrigo do SNS). A produção cirúrgica pode ser realizada em hospitais do SNS 47 (Op. H. SNS), em hospitais convencionados (Op. H. Conv.) ou em hospitais protocolados 48 (Op. H. Prot.). No ano de 2012 saíram episódios de lista de inscritos para cirurgia. O próximo gráfico apresenta a distribuição das saídas ao longo dos últimos sete anos. 100% Evolução das Saídas Op. H.SNS Op. H.Conv. Op. H. Prot. Expurgo 80% 60% 40% 20% 0% Gráfico 28 País: Evolução da distribuição das saídas 49 desde 2006 até Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. 47 São considerados hospitais do SNS os hospitais públicos, os em regime de parceria público-privada e os integrados nas Unidades Locais de Saúde (ULS). 48 Hospitais protocolados hospitais com acordos de cooperação ou contratos com o SNS para a elaboração de atividade cirúrgica enquanto hospital de origem (HO). Página 66 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

67 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta Tabela 13 - País: Evolução da distribuição dos operados desde 2006 até 2012 Indicadores %Operados H. SNS 96,0% 93,1% 93,5% 95,0% 94,7% 91,4% 90,2% %Operados H. Convencionados 4,0% 6,9% 6,5% 5,0% 5,3% 4,9% 5,0% %Operados H. Protocolados n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 3,7% 4,7% Total Operados Legenda: n.a. Não aplicável. Nos primeiros anos de implementação do SIGIC, o expurgo 51 ultrapassava os 20%, fruto da necessidade de atualizar a listas de inscritos que incluía muitos utentes com vários anos de espera, paulatinamente, a partir de 2008, o valor começou a diminuir situando-se em 16,4% em Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. 50 Em 2011 passaram a ser contabilizados os episódios dos hospitais protocolados (Misericórdias com as ARS e MS), assim como o Hospital da Prelada. 51 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 67 de 315

68 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta A tabela seguinte apresenta os indicadores de oferta em cirurgia programada, desde de 2006 até 2012, assim como a variação desses indicadores entre 2011 e São apresentados valores para a totalidade dos episódios com cirurgia e estes são desagregados consoante se realizaram em hospitais de origem (HO) 52 destino (HD) 53. Oferta 55 Tabela 14 País: Evolução dos indicadores de oferta desde 2006 até 2012 Indicadores de oferta ou em hospitais de hom. 2011/2012 (%) Operados total ,1% Média peso relativo op. Total 56 1,22 1,11 1,04 1,00 0,99 1,00 1,0% Operados padrão 57 total ,5% Operados HO ,1% Média peso relativo HO 1,23 1,10 1,03 0,98 0,97 0,98 1,0% Operados padrão HO ,5% Operados HD ,0% Média peso relativo HD 1,05 1,20 1,22 1,30 1,30 1,32 1,5% Operados padrão HD ,3% Expurgo ,0% Saídas ,7% %Op. prioritários 59 27,9% 29,2% 29,9% 29,7% 28,9% 26,8% -7,3% %Op. MRA 60 H.Públicos 61 face operados H.Públicos 10,6% 13,1% 14,6% 12,3% 8,8% 9,0% 2,3% Diferencial entre procura e oferta 62 Entradas - saídas ,2% 52 HO Hospitais que receberam primariamente os utentes. 53 HD Hospitais que receberam doentes transferidos. 54 Em 2011 passaram a ser contabilizados os episódios dos Hospitais Protocolados (Misericórdias com acordos com as ARS e MS), assim como o Hospital de Prelada. 55 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passou-se a ter em conta as transferências de responsabilidade. 56 Índice de complexidade cirúrgica do GDH apurado para o episódio cirúrgico, à data da conclusão. 57 Número de episódios operados ajustados à complexidade cirúrgica no período em análise. Operados x Média do peso relativo. 58 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. 59 São considerados prioritários os episódios classificados com o nível de prioridade clínica 2, 3 e MRA - Produção realizada pela equipa cirúrgica fora do seu horário de trabalho estabelecido. 61 Não inclui PPP. 62 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passou-se a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página 68 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

69 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta O número de operados tem vindo a crescer, sendo esse aumento de 54,8%, face a 2006 e de 6,1% face a Nos hospitais de destino (maioritariamente hospitais convencionados) em 2012 houve um aumento de 6%, face ao período homólogo. A produção realizada em hospitais do SNS, enquanto hospitais de destino, apenas representa 1,1% dos operados em HD. O expurgo aumentou 10%, face a 2011, sendo os principais motivos desistência do utente (mais episódios), transferências de responsabilidade (4.488 episódios), outros motivos (1.312 episódios) e óbito (260 episódios). A percentagem de produção adicional interna e paga por unidade de produção (MRA) diminuiu em 41%, entre 2009, quando atingiu o seu pico, e A percentagem de classificação de episódios como prioritários diminuiu, entre 2009 e 2012, em 10%. Esta situação pode corresponder ou a um conjunto menos urgente de casos ou a uma tentativa de evitar os menores tempos garantidos para situações prioritárias. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 69 de 315

70 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta A próxima tabela apresenta a distribuição dos operados por classes de peso relativo (PR) 63 desde 2006 até Classes Peso relativo Tabela 15 País: Evolução da distribuição dos operados por classes de peso relativo 64 desde 2006 até 2012 hom. 2011/ (%) Nº % Nº % % % Nº % Nº % Nº % Nº % 0 PR < 0, ,5% ,0% ,5% ,4% ,4% ,1% -5,9% -9,1% 0,5 PR < 0, ,2% ,6% ,3% ,0% ,8% ,0% 8,7% 5,0% 0,8 PR < 1, ,3% ,6% ,7% ,3% ,6% ,3% 1,6% -2,4% 1,1 PR < 1, ,2% ,3% ,8% ,2% ,1% ,6% 18,6% 16,1% 1,4 PR < 1, ,8% ,5% ,0% ,7% ,8% ,1% 13,8% 10,7% 1,7 PR < 2, ,7% ,7% ,8% ,6% ,5% ,4% -0,4% -4,0% 2,0 PR < 2, ,5% ,5% ,8% ,8% ,7% ,2% -13,7% -18,5% 2,3 PR < 2, ,8% ,6% ,4% 598 0,1% 607 0,1% 701 0,1% 15,5% 0,0% 2,6 PR < 2, ,5% ,5% ,6% ,8% ,8% ,8% -0,3% 0,0% 2, ,6% ,7% ,1% ,1% ,2% ,4% 8,2% 3,2% Os episódios cirúrgicos mais frequentes correspondem aos de peso relativo entre 0,5 e 0,8 logo seguidos dos inferiores a 0,5 no seu conjunto representa mais de 69% dos episódios em As variações homólogas, face ao último ano, que mais cresceram foram nos episódios que estão compreendidos entre os PR de 1,1 e 1,7, e os que mais decresceram estão entre os PR de 2,0 e 2,3. 63 Os somatórios do número de operados poderá não corresponder ao total de operados pois existem episódios que por motivos de erros de codificação não têm peso relativo atribuído. 64 Índice de complexidade cirúrgica do GDH apurado para o episódio cirúrgico, à data da conclusão. Página 70 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

71 %Operados %Operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta Os próximos gráficos apresentam a distribuição dos operados por classes de peso relativo 65 desde 2006 até % Evolução da distribuição dos operados por classes de peso relativo desde 2006 até % 30% 20% 10% 0% 0 PR < 0,5 0,5 PR < 0,8 0,8 PR < 1,1 1,1 PR < 1,4 1,4 PR < 1,7 1,7 PR < 2,0 2,0 PR < 2,3 2,3 PR < 2,6 2,6 PR < 2,9 2,9 Gráfico 29 País: Evolução da distribuição dos operados por classes de peso relativo desde 2006 até % 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Evolução da distribuição dos operados por classes de peso relativo desde 2006 até PR < 0,8 0,8 PR < 1,4 1,4 PR < 2,0 2,0 PR < 2,6 2, Gráfico 30 País: Evolução da distribuição dos operados por classes de peso relativo desde 2006 até Podemos constatar que a maior percentagem de episódios operados tem peso relativo entre os 0,5 e os 0,8. Esta classe é mais representativa. 65 Índice de complexidade cirúrgica do GDH apurado para o episódio cirúrgico, à data da conclusão. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 71 de 315

72 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta A próxima tabela apresenta a oferta em 2011 e 2012 para os diferentes tipos de hospitais. Tabela 16 País: Evolução dos indicadores de oferta entre 2011 e 2012 Indicadores de oferta homóloga 2011/2012 (%) Oferta Nº MPR Op. Pad. 66 Nº MPR Op. Pad. 67 Nº MPR Op. Pad. 68 Operados H. públicos , , ,1% 2,0% 4,3% Operados H. PPP , , ,4% -1,1% 39,0% Operados ULS , , ,1% 2,3% 8,0% Operados H. protocolados , , ,7% -6,1% 28,2% Operados H. convencionados , , ,9% 0,0% 8,9% Total operados , , ,1% 1,0% 7,5% Esta distribuição permite identificar que o número de cirurgias está a aumentar em todas as tipologias hospitalares, quer quando consideradas unitariamente, quer quando contabilizadas como cirurgias padrão. 66 O valor dos operados padrão poderá não corresponder exatamente ao valor dos operados multiplicados pela média do peso relativo devido a arredondamentos. 67 O valor dos operados padrão poderá não corresponder exatamente ao valor dos operados multiplicados pela média do peso relativo devido a arredondamentos. 68 O valor dos operados padrão poderá não corresponder exatamente ao valor dos operados multiplicados pela média do peso relativo devido a arredondamentos. 69 Em 2012 o Hospital Beatriz Ângelo Loures iniciou a sua atividade, representando 13,2% da atividade cirúrgica das PPP. 70 Em 2012 passaram a haver mais dois hospitais protocolados (APDP e Sª Cª M. Esposende Valentim Ribeiro) representando 3,4% e 2,6% da atividade cirúrgica dos protocolados respetivamente. Página 72 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

73 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta A tabela seguinte apresenta os indicadores de oferta em cirurgia programada nas diversas regiões, reportando-se ao ano de Tabela 17 ARS: Indicadores de oferta em 2012 Indicadores de oferta Norte Centro LVT Alentejo Algarve País Oferta 71 Operados total homóloga operados 10,1% 3,3% 4,6% -3,5% -5,3% 6,1% Média peso relativo op. total 72 0,99 1,01 1,02 0,96 0,96 1,00 Operados padrão total Operados HO Média peso relativo HO 0,97 0,98 1,00 0,95 0,93 0,98 Operados padrão HO homóloga operados padrão HO 13,5% 3,3% 4,5% -0,8% -9,1% 7,5% Operados HD Média peso relativo HD 1,51 1,31 1,28 1,38 1,04 1,32 Operados padrão HD homóloga operados padrão HD -12,2% 5,8% 29,7% 27,6% 29,0% 7,3% %Operados HD H.SNS/ operados HD 0,8% 1,3% 1,7% 0,0% 0,0% 1,1% Expurgo Saídas %Op. prioritários 24,4% 31,3% 25,9% 28,1% 44,9% 26,8% %Op. MRA H.SNS face operados H.SNS 13,1% 6,8% 3,5% 6,0% 8,2% 8,4% homóloga %Op. MRA H.SNS face operados H.SNS 37,9% -16,0% -32,7% -69,7% -45,0% 0,0% Diferencial entre procura e oferta Entradas - saídas Pode-se observar que o diferencial entre entradas e saídas é negativo em três ARS (Norte, Centro e Algarve), significando que contribuíram para a diminuição global da LIC. O índice de 71 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. 72 Índice de complexidade cirúrgica do GDH apurado para o episódio cirúrgico, à data da conclusão. 73 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 73 de 315

74 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta complexidade médio (peso relativo) é discretamente inferior nas regiões do Algarve e Alentejo como seria de esperar dado não terem algumas valências associadas a procedimentos particularmente complexos. No entanto todas as ARS aumentaram a média do peso relativo face a A região com maior variação negativa do número de operados padrão nos hospitais de origem é a do Algarve como 9,1% de variação. O Algarve, sobressai com um crescimento significativo da produção em HD, a par da redução da produção pública. Outro aspeto relevante nesta região é a percentagem de casos classificados como prioritários, muito superior às outras regiões. A variação dos operados padrão em hospitais de destino é mais expressiva na região de LVT com um crescimento 29,7%, face ao período homólogo. A participação dos hospitais do SNS 74, como hospitais de destino, é muito discreta em 2012 com apenas 295 episódios, cerca de 1,1% 75 da atividade transferida. Quanto a percentagem de operados em MRA 76 podemos observar que esta é significativamente mais elevada na região do Norte, tendo sido também a única região em que se verifica um aumento deste indicador face a São considerados hospitais do SNS os hospitais públicos, os em regime de parceria público-privada e os integrados nas Unidades Locais de Saúde (ULS). 75 (Operados HD SNS/ Operados HD SNS + Operados H.Convencionado) x Produção realizada pela equipa cirúrgica fora do seu horário de trabalho estabelecido e paga por unidade ponderada de produção. Página 74 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

75 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta A tabela que se segue apresenta indicadores de oferta por ARS em relação à região de residência dos utentes. Tabela 18 ARS: Relação entre os episódios operados em cada região e a região de residência dos utentes no ano 2012 Região onde foram operados 77 Alentejo Algarve Centro LVT Norte Total Região de residência 78 Alentejo Algarve Centro LVT Norte Outras Total A ARS que mais opera utentes de outras regiões é a ARS Norte. A ARS do Algarve é a que opera menos utentes de entre todas as regiões do país. 77 Caso o HD seja um hospital convencionado a ARS onde é contabilizada a produção cirúrgica é aquela a que pertence o hospital de origem, pois é com essa ARS que o HD tem a convenção que permite a transferência. 78 Região onde a morada do utente está inserida. 79 Corresponde a residentes das regiões autónomas ou com morada desconhecida. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 75 de 315

76 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta A próxima figura apresenta o número de episódios operados por cada habitantes por ARS nos anos de 2006, 2011 e Operados por habitantes nos anos de 2006, 2011 e 2012 Gráfico 31 ARS: Operados por habitantes nos anos de 2006, 2011 e 2012 Na distribuição do número de cirurgias por região de residência observa-se que a região Centro, LVT e Alentejo apresentam valores entre os 41 e 48 cirurgias por habitantes. Na região Norte o valor é de 71,9 e na região Algarve de 33,7. Importa ainda salientar que apesar de em todas as regiões se observar um crescimento, face a 2006, no número de operados por habitantes, é na região Norte que este crescimento é mais expressivo. Em 2012 a ARS do Alentejo e Algarve diminuíram a produção face a Página 76 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

77 Nº operados por hab. Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta O próximo gráfico apresenta a evolução do número de operados por ARS desde 2006 até ao ano de Evolução dos operados por hab. por ARS desde 2006 até 2012 Norte ( ) Centro ( ) LVT ( ) Alentejo ( ) Algarve ( ) Gráfico 32 ARS: Evolução dos operados por habitantes 80 desde 2006 até 2012 Podemos constatar que dos dois grupos iniciais, um constituído pelas regiões Norte, Centro e LVT mais bem posicionadas, e outro com o Algarve e Alentejo, em 2012, todas convergem exceto a ARS Norte que se apresenta isolada como uma produção duas vezes superior à pior colocada (Algarve). A produção em hospitais protocolados representa 10,1% da produção total da ARS Norte. 80 O número de habitantes por ARS é apresentado entre parêntesis. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 77 de 315

78 Média do TE dos operados (meses) Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta O gráfico seguinte apresenta a evolução da média do tempo de espera (TE) dos operados nas diferentes regiões nos últimos sete anos. 7 Evolução média do TE (meses) dos operados por ARS Norte Centro LVT Alentejo Algarve Gráfico 33 ARS: Evolução da média do TE (em meses) dos operados desde 2006 até 2012 Excetuando a ARS Norte, no ano de 2012, em todas as ARS observa-se um aumento na média do tempo de espera dos operados, face a Outro aspeto a destacar é a da diminuição da dispersão da média do tempo de espera entre as diversas ARS. Página 78 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

79 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta A próxima tabela apresenta a distribuição dos episódios cirúrgicos (operados), por distrito de residência, no que se refere ao seu número, a média do tempo de espera de episódios com cirurgia realizada e ainda a mediana do tempo de espera da LIC. Distrito de residência Tabela 19 Distritos residência: Distribuição dos episódios em 2012 Nº hab. Nº Op./1.000 hab Média do TE dos Op. (meses) Mediana TE da LIC (meses) Coimbra ,6 3,49 3,97 Porto ,7 2,68 2,27 Braga ,2 2,30 2,10 Aveiro ,1 3,37 3,00 Évora ,3 2,49 2,73 Viana Do Castelo ,4 2,95 2,27 Viseu ,3 4,08 3,27 Vila Real ,2 2,69 2,67 Bragança ,0 3,26 2,30 Castelo Branco ,8 2,69 3,37 Lisboa ,0 2,28 2,97 Guarda ,4 3,33 3,90 Leiria ,0 2,83 3,13 Portalegre ,6 2,59 2,97 Santarém ,9 3,19 3,63 Setúbal ,2 3,34 4,83 Beja ,3 2,72 2,20 Faro ,8 3,53 4,20 Os distritos com mais operados por habitantes são Coimbra, Porto, Braga e Aveiro. Este quadro permite-nos observar indicadores de oferta nos diversos distritos do país. Apesar das diferenças observadas serem menores que as observadas no passado continuamos a verificar diferenças acentuadas entre os vários distritos. O número de operados por habitantes residentes é para os residentes do distrito de Coimbra quase o dobro de que para os de Faro. Em nove distritos a mediana do tempo de espera da LIC situa-se abaixo dos três meses e em dois acima dos quatro meses. Salientamos a relevância na equidade do agendamento dos utentes em LIC da diferença entre a mediana do tempo de espera da LIC e a média do tempo de espera dos operados. Assim, quanto maior a essa diferença, menor é a equidade e esta situação é mais marcante no caso de Setúbal. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 79 de 315

80 Nº episódios operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta O gráfico seguinte representa a evolução da produção cirúrgica (operados) mensal no ano de 2006 e 2012, com identificação dos períodos com significativa baixa produção cirúrgica Evolução mensal da produção cirúrgica em 2006 e Carnaval Páscoa Período de férias de verão Natal Gráfico 34 País: Evolução mensal dos operados em 2006 e em 2012 A evolução da produção cirúrgica entre 2006 e 2012 foi positiva. A distribuição ao longo do ano é semelhante, sendo que os períodos onde se verificam maiores quebras na produção correspondem aos períodos de feriados e de férias. A maior quebra verifica-se no período das férias de Verão e logo a seguir na época do Natal. Página 80 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

81 Nº episódios operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta No gráfico seguinte observa-se a evolução da atividade cirúrgica programada nos hospitais do SNS 81 na modalidade remuneratória alternativa (MRA) 82 e na modalidade remuneratória convencional (MRC) 83, em hospitais convencionados e em hospitais protocolados Evolução da atividade cirúrgica nos hospitais SNS e convencionados entre 2006 e 2012 H.SNS MRC H.SNS MRA H. Convencionados H. Protocolados Gráfico 35 País: Evolução da atividade cirúrgica nos hospitais SNS 85 e convencionados desde 2006 até 2012 O aumento global da produção é um resultado de todas as modalidades de produção. Tabela 20 - País: Evolução da atividade cirúrgica nos hospitais SNS 86 e convencionados desde 2006 até 2012 Indicadores %Operados H.SNS MRC 90,2% 89,1% 86,6% 85,7% 88,2% 91,6% 91,6% %Operados H.SNS MRA 9,8% 10,9% 11,0% 14,3% 11,8% 8,4% 8,4% %Operados H. SNS 96,0% 93,1% 93,5% 95,0% 94,7% 91,4% 90,2% %Operados H. Convencionados %Operados H. Protocolados 4,0% 6,9% 6,5% 5,0% 5,3% 4,9% 5,0% n.a. n.a. n.a. n.a. n.a. 3,7% 4,7% Total Operados São considerados hospitais do SNS os hospitais públicos, os em regime de parceria público-privada e os integrados nas Unidades Locais de Saúde (ULS). 82 MRA (modalidade remuneratória alternativa) - Produção realizada pela equipa cirúrgica fora do seu horário de trabalho estabelecido e paga por unidade ponderada de produção. 83 MRC (modalidade remuneratória convencional) - Produção realizada pela equipa cirúrgica dentro do seu horário de trabalho estabelecido e paga no âmbito do seu vencimento mensal. 84 Só iniciaram os acordos em Inclui PPP. 86 Inclui PPP. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 81 de 315

82 %Operados %Operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta Na figura seguinte observa-se a distribuição por classes etárias e género dos episódios que foram operados no ano de 2006 e % 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Distribuição dos operados por classes etárias e género em < idade 10 10< idade 20 20< idade 30 Homens 30< idade 40 40< idade 50 Mulheres 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade idade >90 90 Gráfico 36 País: Distribuição dos operados por classes etárias e género em % 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% Distribuição dos operados por classes etárias e género em 2012 Homens Mulheres 0< idade 10 10< idade 20 20< idade 30 30< idade 40 40< idade 50 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 37 País: Distribuição dos operados por classes etárias e género em 2012 Pode observar-se que a distribuição é muito semelhante entre os dois anos em análise. Quando comparadas as distribuições dos inscritos também não se observam diferenças significativas, o que significa não estar a ocorrer uma seleção adversa em função da idade. Página 82 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

83 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta Os gráficos seguintes apresentam a distribuição dos operados por ARS e por prioridade operacional em 2006 e % 80% 60% 40% 20% 0% Distribuição dos operados por prioridade operacional em 2006 Norte Centro LVT Alentejo Algarve País P4 P3 P2-NM P2-não NM P1-NM P1-não NM Gráfico 38 ARS: Distribuição dos operados por prioridade operacional em % 80% 60% 40% 20% 0% Distribuição dos operados por prioridade operacional em 2012 Norte Centro LVT Alentejo Algarve País P4 P3 P2-NM P2-não NM P1-NM P1-não NM Gráfico 39 ARS: Distribuição dos operados por prioridade operacional em 2012 Esta representação gráfica mostra a assimetria na distribuição dos episódios operados em função da prioridade. Sobressai um volume muito marcado de episódios muito prioritários na região do Algarve sugerindo a utilização de critérios diferentes nesta classificação, entre as cinco regiões. No caso destes indicadores existem alterações significativas entre 2006 e 2012 sendo especialmente notório na região do Algarve. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 83 de 315

84 Nº episódios Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta O próximo quadro representa a evolução do número de episódios com cirurgias realizadas e o número de episódios expurgados 87. Evolução dos episódios operados e expurgados desde 2006 até Operados/mês Expurgo/mês Gráfico 40 País: Evolução dos episódios operados e expurgados 88 desde 2006 até 2012 O número de cirurgias tem vindo a aumentar desde 2006, observando-se um crescimento de 6,1% face a O expurgo que tinha vindo a decrescer, em 2012 aumenta 10%, face ao ano de Expurgo: Doentes que tenham sido inscritos em lista e que saíram por não terem sido operados (cancelamento) ou operados de forma programada (urgência). 88 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página 84 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

85 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta Análise da produção em MRA 89 As listas de espera nos Hospitais têm constituído ao longo dos tempos, um dos problemas mais relevantes do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Com o objetivo de fornecer uma resposta rápida e eficiente aos utentes em espera, foi criado um sistema Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC), para minimizar o problema do acesso a cuidados cirúrgicos que se encontrava, em 2004, numa situação crítica, com tempos de espera (TE) de vários anos para muitos utentes. Entre as medidas adotadas, destaca-se a criação de um modelo de pagamento às equipas, designado de Modalidade Remuneratória Alternativa (MRA), que prevê o pagamento em função da produção, a valores indexados à receita. Os objetivos na criação desta modalidade remuneratória prendem-se com a necessidade de aumentar a produção por forma a corresponder à procura e em simultâneo garantir que os acréscimos na despesa correspondem à produção efetiva. Subsidiariamente procurava-se fixar os profissionais nas instituições públicas, diminuindo a necessidade de deriva para instituições privadas e ainda criar um dinamismo competitivo que promovesse a produção global diminuindo os custos unitários. Sendo certo que a sociedade portuguesa está presentemente a passar por mudanças ímpares face às últimas décadas, a perceção de um forte constrangimento económico e financeiro impõe a reavaliação dos modelos organizativos, nomeadamente hospitalares. Procura-se analisar a forma como a nova modalidade de remuneração foi e está a ser utilizada pelos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e ainda tentar correlacionar esta modalidade com os resultados obtidos. A análise restringe-se ao universo dos hospitais do SNS, excluindo-se assim a atividade a cargo do SNS em parcerias público-privadas (PPP) e hospitais privados ou sociais. 89 Dados referentes ao primeiro semestre de Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 85 de 315

86 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta Desde 2006 que a procura de serviços cirúrgicos tem vindo a aumentar, sendo este crescimento acompanhado até 2010, por uma diminuição dos inscritos a aguardar cirurgia e concomitantemente diminuição dos tempos de espera. Neste sentido, observa-se que os indicadores tendem a estabilizar, registando-se em 2012, 534 mil cirurgias e 166 mil inscritos em lista (LIC), com uma mediana de tempo de espera de 3 meses. Importa salientar que no primeiro semestre de 2012, a atividade cirúrgica programada a cargo do SNS realizou 83% dos casos, em hospitais públicos, e, neste mesmo período as instituições das Misericórdias com acordos especiais são responsáveis por 6% da produção cirúrgica global, tendo os hospitais privados e sociais uma quota de 5% da produção global, proveniente de transferências de utentes em risco de ultrapassarem os tempos máximos de resposta garantidos (TMRG). No primeiro semestre de 2012, a produção MRA representou 8% da produção total, o rácio entre a produção MRA e a global sofreu uma diminuição de 12% face ao período homólogo, e o número de episódios em MRA no mesmo período reduziu-se em 14% face ao homólogo. A diminuição em valores absolutos na produção MRA data do final do primeiro semestre de 2009, tendo atingido trinta e quatro mil casos, passando para dezoito mil no final do primeiro semestre de 2012, correspondendo a um decréscimo de 47%. A região Norte é a que apresentou maior produção cirúrgica e também maior produção MRA, representando 12% do total, quatro vezes superior à percentagem registada em LVT, que não atinge os 4%. É também nessa região que se observam os melhores resultados globais na vertente do acesso e da produtividade (dados do primeiro semestre de 2012). Foi analisada a produtividade nos hospitais, considerando a produção contratada face à realizada. Verificou-se que a produtividade média é de 83 cirurgias padrão por cirurgião padrão por ano, correspondendo a um valor estimado de 166 participações /ano, em intervenções cirúrgicas (em cada intervenção em média são necessários dois cirurgiões). Página 86 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

87 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta Este valor de 83 cirurgias padrão/cirurgião padrão fica aquém do desejável, já que a referência se estabelece para valores médios (com necessidade de ajustamentos por especialidade) em 154 cirurgias ano 90. Importa referir que a produtividade por cirurgião varia entre regiões, em 50%, sendo interessante a constatação de que a produção contratada por cirurgião padrão varia no conjunto dos hospitais num rácio superior a um para dois e que existe uma correlação marcada entre a contratação e a produtividade. Acresce que os hospitais com aumento na produção MRA apresentam no seu conjunto um aumento na produtividade em produção base e um crescimento na produção global. Já os hospitais sem produção MRA também apresentaram um aumento da produtividade, mas a variação da produção total é negativa; os hospitais com diminuição na produção MRA diminuem a produtividade e a produção. O número total de entradas nos hospitais em análise diminui 4%, sendo no entanto de referir que novas alternativas surgiram em especial nas regiões de LVT e Norte com parcerias públicoprivadas e acordos com Misericórdias. Não deixa de ser significativo o facto de na região do Algarve se ter observado uma diminuição de 11%, sem que tivessem surgido alternativas na oferta de cuidados. Em 2012, 16 instituições não efetuaram produção MRA, o que representa um acréscimo de 45% face a Em todas as instituições que deixaram de fazer MRA observa-se uma diminuição da produção global e piores indicadores de acesso. Das instituições que diminuíram a atividade MRA, 80% diminui a produção global. Salienta-se, contudo, que as instituições que aumentaram a produção MRA, 86% destas, aumentaram a produção global. A atividade MRA é muito variável no universo dos hospitais, oscilando entre zero e 30% da atividade global. 90 O valor de referência 154 tem por base 44 semanas anuais dedicadas a atividade cirúrgica em que um cirurgião com 35h de dedicação ao Serviço (excluindo atividade de urgência) reserva para tempo de intervenção cirúrgica 30% do seu tempo global (10,5h). Nesta referência atribui-se o valor de 1,5h ao tempo de sala necessário para uma cirurgia padrão. A atividade representa 308 participações anuais em cirurgias correspondendo a uma média de 154 episódios cirúrgicos. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 87 de 315

88 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta De igual forma é inconstante a variação da taxa de MRA na produção global entre períodos homólogos. De entre os hospitais que fazem MRA, 13, representando 60% dos utentes operados, diminuíram a produção MRA, representando nestes, a acumulação em lista e a dependência de transferências 3,5%, face ao total de entradas, enquanto no grupo em que aumentou a produção MRA este indicador de insuficiência é negativo em 0,1%. Nos hospitais que aumentaram a produção MRA, quer a percentagem de acumulação, quer a dependência de transferências têm menores valores que no grupo que diminuiu a produção MRA. De entre os hospitais que efetuam MRA, os que têm uma produção MRA acima da média têm, também, maior produção MRC por cirurgião (exceto num caso ULS Castelo Branco). A maioria dos hospitais onde se verifica uma diminuição da produção MRA verifica-se, também, uma diminuição no número de entradas e um aumento na percentagem de utentes que ultrapassam o tempo máximo de resposta garantido. Ao analisamos o comportamento valência por valência em cada hospital, verificou-se que só 43% recorrem à modalidade MRA. De entre os que utilizam esta modalidade observou-se uma grande dispersão no que respeita à relação entre a produção total e a MRA, e entre 2011 e 2012 a maioria das valências reduziu a produção MRA. Ao verificar-se a relação entre a variação de entadas e a variação na produção MRA, conclui-se que foram poucas as valências que utilizaram variações na produção MRA para fazer face às entradas. E, ao analisar a relação entre a variação da média do tempo de espera (TE) dos operados e a variação na produção MRA, conclui-se, ainda, que foram poucas as valências que utilizaram variações na produção MRA para fazer face à variação do TE. Também não foi possível estabelecer uma correlação na variação da produção em MRA como resposta a aumentos no número de episódios que ultrapassam o Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG). Na análise efetuada relativamente aos médicos que praticam atividade MRA como cirurgiões principais, constatou-se que no período de 2011, se verificou que apesar de representarem, Página 88 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

89 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.2.Oferta apenas, 31% do conjunto total de médicos, são responsáveis por mais de 200 mil cirurgias, correspondendo a mais de 46% da atividade cirúrgica global. Constatou-se, também, que a produtividade média do grupo de médicos que faz MRA é de 106 cirurgias padrão/ cirurgião padrão por ano, todavia, considerando, apenas, a produção base, este valor é de 83, muito acima do grupo que não faz MRA, que apresenta um valor de 48. A produtividade dos médicos que efetuam produção MRA, no seu horário normal (excluindo pois a produção MRA) é cerca do dobro da produtividade dos que não utilizam esta modalidade. Assim, poder-se-á concluir que: Existe um comportamento muito variado entre hospitais, quer no que respeita à produtividade, quer no que respeita à utilização da MRA. Os hospitais em que se observa uma redução da MRA em geral, apresentam piores indicadores no que se refere ao acesso e no que se refere à produtividade. Na maioria dos hospitais, uma maior produção em MRA correlaciona-se com uma maior produção base (MRC). Analisada a atividade individual de cada médico, constata-se que os médicos que efetuam produção MRA são significativamente mais produtivos que os restantes, mesmo quando só considerada a produção base. Comprova-se que a produção MRA cumpre assim o desígnio para que foi criada: fixar os médicos, promover um aumento da produção para fazer face aos problemas de acesso, e promover o aumento da produtividade dos cirurgiões, através de um modelo que permite a remuneração variável em função duma produção variável. Não obstante, dada a diferenciação de comportamentos, existem, ainda, oportunidades de melhoria do modelo e do envolvimento das administrações na sua correta utilização. As correlações estabelecidas entre a percentagem de produção MRA nos hospitais e variáveis apuradas no relatório da ACSS, IP Relatório de Benchmarking hospitais EPE e PPP dados a 31 de dezembro de 2012 revelam que parece haver evidência de que um aumento da atividade MRA se correlaciona com um incremento da eficiência na utilização de camas e não tem impacto negativo nas variáveis referentes ao desempenho económico e financeiro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 89 de 315

90 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo 3.3. PROCESSO Os indicadores de processo revelam como a lista de inscritos é organizada e processada. A tabela seguinte apresenta-nos indicadores como a média do tempo de espera (TE) dos operados, o coeficiente de variação dos operados, ajustado à prioridade e percentagem do tempo de pendência dos operados. LIC Tabela 21 País: Evolução dos indicadores de processo desde 2006 até 2012 Indicadores de processo homóloga 2011/2012 (%) Mediana TE da LIC em meses 6,9 3,7 3,4 3,1 3,3 3,0-9,1% Média TE da LIC em meses 8,6 4,8 4,1 3,7 3,8 3,8 0,0% Tempo médio de pendência 91 6,3 5,5 4,5 3,4 3,7 6,5 75,7% por episódio em LIC em dias % LIC intransferível 5,3% 7,2% 7,6% 8,4% 6,0% 5,8% -3,3% LIC/ (operados/mês) 92 7,7 4,6 4,2 4,0 4,3 3,7-14,0% Operados Média TE dos operados em meses 4,9 3,5 2,9 2,6 2,7 2,8 3,7% Coeficiente de variação dos operados ajustado à prioridade 639,1% 146,0% 150,2% 193,5% 144,1% 147,7% 2,5% % Tempo de pendência dos 93 operados 0,8% 1,3% 2,0% 1,5% 3,1% 1,4% -54,8% A média do tempo de espera dos operados aumentou 3,7% face ao ano anterior, o que corresponde a um aumento de três dias. A mediana do tempo de espera da LIC diminuiu 9,1% o que corresponde a menos nove dias. A conjugação destas duas tendências é indiciadora de processos mais equitativos na abordagem dos utentes. 91 Tempo médio que cada episódio em LIC esteve pendente. Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. 92 É a taxa de resolução, isto é, seria o tempo que se demoraria a resolver a LIC caso não houvesse mais entradas e o número médio de operados por mês se mantivesse estável. 93 Percentagem de tempo que cada episódio operado esteve pendente face ao tempo real de espera (tempo de espera + tempo de pendência). Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. Página 90 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

91 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo Observa-se uma subida para o dobro do tempo médio de pendência. Uma análise detalhada indica que existem dez hospitais em que o tempo médio de pendência é superior a dez dias, sete destes hospitais apresentam medianas de TE da LIC inferior a três meses. Em 40 de unidade funcionais (UF) regista-se um tempo médio de pendência superior a 30 dias. Estes dados justificam uma análise mais detalha para excluir a hipótese deste mecanismo estar a ser usado para reduzir os tempos de espera dos utentes. O tempo de resolução da LIC 94 diminuiu 14% o que neste caso representa menos 18 dias para resolver a LIC, caso não ocorressem novas entradas e o ritmo mensal das cirurgias se mantivesse, face ao período homólogo. 94 LIC/(Operados/mês) Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 91 de 315

92 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo A tabela seguinte apresenta-nos por prioridade o tempo médio de pendência por episódios em LIC e a percentagem do tempo de pendência dos operados, desde 2006 até Tabela 22 País: Evolução dos indicadores de processo desde 2006 até 2012 Indicadores de processo Tempo médio de pendência por episódio em LIC em dias 95 homóloga 2011/2012 (%) P1 - não NM 6,6 5,6 4,5 3,4 3,7 6,8 83,8% P1 - NM 4,5 1,5 1,9 2,9 4,0 2,4-40,0% P2 - não NM 3,4 5,0 5,1 3,0 5,0 4,2-16,0% P2 - NM 0,7 1,4 4,0 2,5 2,7 3,6 33,3% P3 - não NM 5,5 6,1 2,7 2,4 2,9 2,2-24,1% P3 - NM 3,4 2,3 2,5 2,0 1,0 0,1-90,0% P4 - não NM 4,6 1,0 0,8 7,3 1,3 0,3-76,9% P4 - NM 0,0 4,4 0,0 12,8 0,0 0,0 0,0% % Tempo de pendência dos operados 96 P1 - não NM 0,9% 1,2% 2,0% 1,5% 3,1% 1,4% -54,8% P1 - NM 0,3% 0,5% 1,5% 0,4% 3,9% 3,3% -15,4% P2 - não NM 0,8% 1,9% 2,4% 2,2% 3,1% 1,7% -45,2% P2 - NM 0,2% 0,6% 2,4% 0,9% 4,0% 2,3% -42,5% P3 - não NM 0,9% 1,6% 0,9% 1,1% 1,0% 1,8% 80,0% P3 - NM 0,2% 0,3% 0,7% 0,3% 0,9% 2,8% 211,1% P4 - não NM 0,2% 0,6% 0,2% 1,7% 0,3% 0,5% 66,7% P4 - NM 0,0% 0,2% 0,2% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% Este quadro mostra que o crescimento do tempo de pendência dos episódios em LIC em 2012 ocorre especialmente à custa dos episódios não prioritários. Nesta mesma prioridade o tempo de pendência observado nos episódios operados mostra uma tendência inversa ao observado na LIC. 95 Tempo médio que cada episódio em LIC esteve pendente. Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. 96 Percentagem de tempo que cada episódio operado esteve pendente face ao tempo real de espera (tempo de espera + tempo de pendência). Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. Página 92 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

93 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo A tabela seguinte apresenta-nos os indicadores, mediana do tempo de espera da LIC, tempo médio de pendência por episódio em LIC, média do tempo de espera dos operados e percentagem do tempo de pendência dos operados, para as diferentes ARS, em Tabela 23 ARS: Evolução dos indicadores de processo em 2012 Indicadores de processo Norte Centro LVT Alentejo Algarve País LIC Mediana TE da LIC em meses 2,3 3,6 3,4 2,5 4,2 3,0 homóloga mediana TE da LIC em meses -16,0% -19,8% -4,6% -2,6% 3,2% -9,1% Média TE da LIC em meses 3,2 4,9 3,7 3,2 5,1 3,8 homóloga média TE da LIC em meses -11,5% 4,2% 5,8% 9,9% 14,7% 0,0% Tempo médio de pendência por 97 4,6 12,0 5,1 7,2 3,9 6,5 episódio em LIC em dias % LIC intransferível 3,2% 9,2% 7,4% 0,0% 2,8% 5,8% homóloga % LIC intransferível -27,5% -18,7% 50,8% -99,3% 84,3% -3,3% Operados Média TE dos operados em meses 2,7 3,4 2,6 2,8 3,7 2,8 homóloga média TE dos operados em meses -3,2% 10,6% 7,6% 11,9% 14,9% 3,7% % Tempo de pendência dos operados 98 1,4% 1,2% 1,8% 0,3% 0,3% 1,4% A ARS Centro é a que apresenta maior percentagem de utentes em LIC classificados como intransferíveis, sendo o seu valor quase o dobro da média nacional. A região com menor mediana do TE da LIC é a região Norte com um valor de 2,3 meses. A região Centro apresentando um valor ainda elevado, é a que mais melhorou face ao período homólogo. Um crescimento da média do TE dos operados para valores muito díspares da mediana do TE da LIC, indica uma má gestão da equidade em LIC e apenas a região Norte apresenta decréscimo neste indicador. 97 Tempo médio que cada episódio em LIC esteve pendente. Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. 98 Percentagem de tempo que cada episódio operado esteve pendente face ao tempo real de espera (tempo de espera + tempo de pendência). Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 93 de 315

94 Meses Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo O próximo gráfico apresenta a evolução da resolução da LIC desde 2006 até 2012, isto é, se não houvesse mais inscrições e a média de operados por mês se mantivesse, seria o tempo que se demoraria a resolver o número de episódios a aguardar cirurgias. Evolução da LIC/op. mês desde 2006 até ,0 País Norte Centro LVT Alentejo Algarve 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0, Gráfico 41 ARS: Evolução da LIC/op. mês 99 desde 2006 até 2012 O tempo de resolução da LIC diminuiu em %, face a 2011, o que representa uma diminuição de 18 dias. A região com maior tempo para resolução da LIC é o Algarve, seguida do Centro. Apenas a região Norte tem tempos de resolução da LIC inferiores à média nacional. 99 É a taxa de resolução, isto é, seria o tempo que se demoraria a resolver a LIC caso não houvesse mais entradas e o número médio de operados por mês se mantivesse estável. Página 94 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

95 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo No gráfico seguinte, observa-se a mediana do tempo de espera (TE) da LIC, indicador de equidade regional importante, em meses, por distrito de residência e ordenado por ordem crescente, em relação aos valores de Mediana do TE da LIC em meses por distrito de residência Braga Beja Porto Viana do Castelo Bragança Vila Real Évora Portalegre Lisboa Aveiro Leiria Viseu Castelo Branco Santarém Guarda Coimbra Faro Setúbal 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 Mediana do TE da LIC em meses Gráfico 42 Distrito residência: Mediana do TE da LIC em meses em 2006 e 2012 Em todos os distritos observou-se uma melhoria no acesso entre 2006 e Os distritos de residência com maior mediana de TE são os distritos de Setúbal e Faro com 4,83 e 4,2 meses respetivamente. O distrito que mais melhorou a sua mediana foi o distrito de Leiria passando de 10,6 meses em 2006 para 3,13 em 2012, apesar de em 2011 ter estado mais bem classificado com 2,57 meses. Apesar da melhoria absoluta a equidade regional mantém-se diferente de um para dois entre regiões, na mediana da do tempo de espera em LIC. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 95 de 315

96 Média do tempo de espera dos operados (meses) Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo O próximo gráfico apresenta a evolução da média do tempo de espera dos operados em meses, desde 2006 até Esta média está representada para os operados em regime de ambulatório, em internamento e para o total de operados. 6,0 Evolução da média do tempo de espera dos operados em meses desde 2006 até 2012 Operados Ambulatório Operados Internamento Total Operados 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0, Gráfico 43 País: Evolução do tempo de espera dos operados desde 2006 até 2012 Podemos observar que a média do tempo de espera dos operados em meses é mais elevada no regime de cirurgia de internamento. De notar que desde 2008 que a diferença tem vindo a manter-se mais ou menos constante. Página 96 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

97 Nº de operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.3.Processo O próximo gráfico apresenta para cada prioridade a distribuição do número de operados por tempo de espera (semanas) em Distribuição dos operados por tempo de espera (semanas) em P1-não NM P1-NM P2-não NM P2-NM P3 P ,17 meses Semanas de espera Gráfico 44 País: Distibuição dos operados por tempo de espera (semanas) em 2012 Pode observar-se que a distribuição dos episódios pelo tempo que aguardaram pela cirurgia mantém um número muito importante de episódios com TE muito superior ao da mediana. A título de exemplo, para a prioridade P1 não oncológica a mediana do TE da LIC situa-se nos 3,17 meses sendo que os doentes situados no percentil acima de 90 têm uma média do TE da LIC de 9,36 meses. O SNS no seu todo não consegue dar um acesso equitativo aos seus utentes. Se o acesso fosse equitativo estaríamos a ver uma curva normal centrada na média e mediana e com um desvio padrão não superior a 15 dias para P1-não NM. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 97 de 315

98 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.4.Transferêcnias 3.4. TRANSFERÊNCIAS Os indicadores pertencentes ao grupo de transferências refletem os movimentos dos episódios, decorrentes da incapacidade do hospital de origem (HO) gerir a totalidade dos casos e agregam informação relativa às notas de transferência/vales cirurgia (NT/VC) emitidas. A tabela seguinte apresenta indicadores referentes a transferências, tais como número de notas de transferências/vales cirurgia (NT/VC) emitidos, recusas de transferências, cativações em hospitais convencionados e públicos e devoluções após a cativação. Tabela 24 País: Indicadores sobre as transferências de utentes no âmbito do SIGIC desde 2006 até 2012 Indicadores de transferências hom. 2011/2012 (%) NT/VC emitidos ,4% Episódios para os quais ,6% foram emitidos NT/VC Recusas de transferência ,4% Expurgo na sequência de transferência ,1% Cativados em H. SNS ,0% Cativados em H. convencionados ,9% Devoluções (após cativação) ,8% No que se refere às transferências de utentes através de NT/VC, no ano hospitais convencionados receberam utentes por esta via. Foram emitidos NT/VC, o que corresponde a uma diminuição de 16,4% face a Já o número de episódios com NT/VC foi de o que representa também uma diminuição de 12,6%, face ao período homólogo. O número de cativações diminuiu, quer em hospitais do SNS 102, quer em hospitais convencionados. Sendo a diminuição das cativações nos hospitais do SNS de 58%, face ao 100 O número de episódios de NT/VC contabiliza apenas um NT/VC por utente no ano de 2012, isto é, o número de utentes que receberam NT/VC em O número apresentado representa o número de vezes que NT/VC foram recusados independente do número de NT/VC para cada utente. Isto é se um utente teve dois NT/VC e recusou os dois, são ambos contabilizados. Página 98 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

99 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.4.Transferências período homólogo. O que justifica também a diminuição dos operados em hospitais de destino do SNS. O número de transferências tem vindo a diminuir desde Esta situação decorre dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG) não terem vindo a acompanhar os ganhos de desempenho no acesso. Presentemente apesar da mediana do TE da LIC se situar nos três meses o TMRG para prioridade normal é de nove meses. Apesar do número de cativações em hospitais convencionados ter diminuído a produção neste setor aumentou em A percentagem de cativações em hospitais do SNS 103 tem vindo a diminuir ao longo dos anos, representando apenas 1,9% do total das cativações em 2012, o que corresponde a metade do observado em O expurgo na sequência das transferências cresceu 40%, desde 2006, demonstrando uma gestão da lista de inscritos progressivamente menos cuidada. 102 São considerados hospitais do SNS os hospitais públicos, os em regime de parceria público-privada e os integrados nas Unidades Locais de Saúde (ULS). 103 Idem Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 99 de 315

100 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.4.Transferêcnias A tabela seguinte apresenta indicadores referentes às transferências, tais como número de NT/VC emitidos, recusas de transferências, cativações em hospitais convencionados e devoluções após a cativação, por ARS, em Tabela 25 ARS: Indicadores sobre as transferências de utentes no âmbito do SIGIC em 2012 Indicadores de transferências Norte Centro LVT Alentejo Algarve País NT/VC emitidos Episódios para os quais foram emitidos NT/VC Recusas de transferência %Recusas de transferências 52,8% 55,9% 54,4% 60,2% 28,0% 52,3% Expurgo na sequência de transferência Cativados em H. SNS hom. cativados em H. SNS -39,2% -67,9% -49,7% 0,0% -32,1% -58,0% Cativados em H. convencionados hom. cativados em H. convencionados -28,8% -3,1% 24,0% 4,5% 24,8% -1,9% Devoluções (após cativação) No que se refere às transferências de utentes por via de NT/VC, a ARS LVT é a que tem maior número de utentes com NT/VC. Contudo em percentagem de episódios que recebem NT/VC sobre o número de episódios entrados em LIC é a região Algarve que apresenta maior valor com 50,5% de casos, verificando-se um aumento de 50,7%, face a As regiões em que as variações homólogas nas cativações de NT/VC em hospitais convencionados diminuíram são o Norte e o Centro, 28,8% e 3,1% respetivamente. É na região do Alentejo que se verifica mais recusas de transferência (60,2%). 104 O número de episódios de NT/VC contabiliza apenas um NT/VC por utente no ano de 2012, isto é, o número de utentes que receberam NT/VC em O número apresentado representa o número de vezes que NT/VC foram recusados independente do número de NT/VC para cada utente. Isto é se um utente teve dois NT/VC e recusou os dois, são ambos contabilizados. Página 100 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

101 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.4.Transferências O próximo gráfico apresenta a distribuição dos episódios com NT/VC emitidos, durante o ano de Gráfico 45 País: Estrutura das transferências em 2012 Em 2012 foram emitidos NT/VC para episódios dos quais 41,6% foram recusados. Em 31 de dezembro de 2012 estavam em posse de NT/VC utentes que não tinham ainda decidido sobre a transferência. Dos NT/VC emitidos e cativados em 2012 foram realizadas cirurgias e devolvidos ao HO episódios. O processo de transferência para além de possibilitar soluções alternativas para os episódios sem solução atempada nos respetivos hospitais de origem é um mecanismo importante na manutenção das listas, permitindo neste ponto do percurso identificar eventuais erros nos registos e em caso de necessidade expurgar os utentes que já não aguardam cirurgia. 106 Este gráfico refere-se exclusivamente a NT/VC emitidos em 2012, isto é, um utente com NT/VC emitido em 2011 e operado em 2012 não aparecerá neste mapa. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 101 de 315

102 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.4.Transferêcnias No próximo gráfico observa-se a distribuição das devoluções ao hospital de origem (HO), após cativação e apresentados por ordem decrescente pelos respetivos motivos, em Distribuição das devoluções ao HO por motivos em 2012 A pedido do utente por motivos pessoais plausíveis Utente s/ condições operatórias por motivos clínicos Sem indicação cirúrgica Desistência Outros Motivos Cuidados especiais não disponíveis O HD opta por não realizar a cirurgia Desacordo com a proposta cirúrgica Proposta não adequada à situação clínica do utente Já operado no hospital de origem Incapacidade técnica para realizar a cirurgia Devoluções: Devoluções Gráfico 46 País: Distribuição das devoluções ao HO, por motivos, em 2012 Verifica-se que a razão mais relevante nas devoluções é o pedido por motivos pessoais. Esta situação ocorre frequentemente pelo HO, após a transferência, contactar o utente para ser operado no hospital. Este comportamento não conforme, identificado repetidamente na gestão nas transferências, introduz custos desnecessários e improdutivos no sistema devendo ser tomadas medidas para impedir estas ocorrências. Página 102 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

103 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade 3.5. QUALIDADE Os indicadores de qualidade analisam o ajustamento às melhores práticas e explicam as não conformidades. A próxima tabela apresenta indicadores de qualidade como a percentagem de episódios em lista de inscritos para cirurgia (LIC) com tempo de espera (TE) superior ao tempo máximo de resposta garantido (TMRG) 107. Tabela 26 País: Evolução dos indicadores de qualidade desde 2006 até 2012 Indicadores de qualidade homóloga 2011/2012 (%) LIC % LIC > TMRG 43,5% 21,6% 18,4% 13,0% 15,8% 15,1% -4,4% % LIC > 3 meses 72,0% 56,5% 54,4% 50,9% 53,5% 49,3% -7,9% Média do TE da LIC acima do percentil 90 (em meses) 23,6 10,6 9,0 8,1 8,7 8,7 0,0% %LIC prioritária > TMRG 69,6% 42,6% 35,8% 30,2% 31,5% 31,9% 1,3% % LIC intransferível > TMRG face à LIC intransferível 43,0% 37,4% 36,9% 34,8% 44,8% 24,4% -45,5% Operados % Operados >TMRG 25,6% 16,0% 9,8% 7,7% 9,1% 9,1% 0,0% % Operados prioritários > TMRG Saídas ,5% 19,9% 15,3% 12,1% 13,2% 13,2% 0,0% %Expurgo 109 face às saídas 26,3% 19,2% 17,9% 16,0% 15,9% 16,4% 3,1% % Óbitos face às saídas 0,5% 0,4% 0,4% 0,3% 0,3% 0,3% 0,0% Um indicador importante de qualidade é a percentagem de inscritos que ultrapassaram os tempos máximos de resposta garantidos para as respetivas prioridades. 107 TMRG: P1-Geral 270 dias; P1-NM 60 dias; P2-Geral 60 dias; P2-NM 45 dias; P3 15 dias; P4 3 dias. 108 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passou-se a ter em conta as transferências de responsabilidade. 109 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 103 de 315

104 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade Este indicador tinha vindo a melhorar desde 2006, apresentando em 2011 um aumento significativo. Em 2012 verificou-se nova redução de 4,4%, face a 2011, mantendo-se no entanto acima dos valores apresentados em 2011, não obstante comparado com 2006 corresponde a uma melhoria de 65,3%. A percentagem de LIC intransferível, com tempo de espera superior ao TMRG, face à LIC intransferível, subgrupo de utentes para os quais foi considerado pelo hospital de origem ser prejudicial a sua transferência, em 2012 diminuiu 45,5%, face a 2011, mantendo-se no entanto num valor excessivo de 24,4%. Neste subgrupo os utentes estão particularmente fragilizados. Existem estudos que apontam para que a permanência em LIC de um utente por mais de três meses traduz uma gestão ineficiente por parte do hospital. O número de casos tem vindo a diminuir e em 2012 situa-se abaixo dos 50%. O grupo de utentes que se encontram nos 10% de utentes que mais tempo esperou em LIC em 2012, esperam em média 8,7 meses (quase o triplo da média de todos os utentes em LIC). Este indicador quando comparado com a mediana nacional indica a equidade com que a gestão da LIC é efetuada. Página 104 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

105 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade A próxima tabela apresenta indicadores de qualidade como a percentagem de episódios em lista, com tempo de espera superior ao tempo máximo de resposta garantido para a respetiva prioridade distribuídos pelas cinco ARS, para o ano de Tabela 27 ARS: Indicadores de qualidade em 2012 Indicadores de qualidade Norte Centro LVT Alentejo Algarve País LIC % LIC > TMRG 6,7% 23,7% 18,7% 6,3% 19,6% 15,1% % LIC > 3 meses 39,7% 56,0% 54,6% 42,4% 59,3% 49,3% Média do TE da LIC acima do percentil 90 7,6 10,5 9,2 7,1 9,8 8,7 %LIC prioritária > TMRG 18,5% 39,7% 40,2% 11,5% 38,8% 31,9% % LIC intransferível > TMRG face à LIC intransferível 33,4% 14,1% 28,9% 100,0% ,1% 24,4% Operados % Operados >TMRG 6,5% 13,7% 9,9% 4,6% 16,1% 9,1% % Operados prioritários > TMRG 10,1% 17,5% 14,0% 7,0% 19,1% 13,2% Saídas 111 %Expurgo 112 face às saídas 16,2% 19,1% 15,2% 12,8% 19,6% 16,4% % Óbitos face às saídas 0,2% 0,4% 0,3% 0,4% 0,4% 0,3% O Centro e o Algarve são as regiões que apresentavam em 2012 piores indicadores de qualidade. O Centro é a região com mais utentes a aguardar com tempo de espera desadequado e com uma média de TE mais elevada para os utentes em LIC acima do percentil noventa. Neste último indicador também as regiões de LVT e Algarve encontram-se muito mal colocadas. Sobressaem ainda as regiões do Centro, Algarve e LVT com uma percentagem de episódios prioritários acima dos TMRG superior a 38%. 110 Representa apenas um episódio intransferível. 111 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passou-se a ter em conta as transferências de responsabilidade. 112 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 105 de 315

106 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade No gráfico seguinte observa-se a evolução da mediana de tempo de espera dos utentes que aguardavam por cirurgia a 31 de Dezembro de 2006 e de 2012 em cada ARS. Evolução da LIC por habitantes em 2006 e 2012 LIC TMRG/1.000 hab. LIC > TMRG/1.000 hab. Norte Centro LVT Alentejo Algarve LIC/1.000 Hab. Gráfico 47 ARS: Evolução da LIC por habitantes em 2006 e 2012 Em 2012 a região com menos utentes em LIC a ultrapassar o TMRG por habitantes é o Alentejo e é no Centro que se observa o maior número de episódios com tempo de espera superior ao TMRG por habitantes. Há uma tendência que sobressai em todas as regiões de redução da proporção da LIC superior ao TMRG no total de LIC quando comparados os anos de 2006 e Página 106 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

107 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade O próximo gráfico apresenta por ordem crescente, em relação a 2012, a percentagem de episódios em LIC que ultrapassam o TMRG, por distrito de residência, em 2006 e VIANA DO CASTELO PORTALEGRE CASTELO BRANCO Distribuição da % LIC > TMRG por distrito de residência BRAGANÇA PORTO VILA REAL BEJA BRAGA ÉVORA SANTARÉM AVEIRO GUARDA LISBOA LEIRIA FARO SETÚBAL COIMBRA VISEU 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% %LIC > TMRG Gráfico 48 Distrito residência: Percentagem da LIC> TMRG em 2006 e 2012 Sobressai genericamente que entre 2006 e 2012 existiu uma melhoria significativa na redução do número de episódios em LIC que ultrapassavam os TMRG. Em 2012 os distritos de Setúbal, Coimbra e Viseu apresentam percentagens de episódios em LIC com TE superior aos TMRG, acima dos 20%. Por sua vez os distritos que apresentam menor percentagem são Viana do Castelo, Bragança e Porto com 2,7%, 4,9% e 6,1% respetivamente. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 107 de 315

108 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade O próximo gráfico apresenta a distribuição da percentagem dos operados com TE acima do TMRG, distribuído por distrito de residência e ordenado por ordem crescente dos valores de Distribuição da %operados > TMRG por distrito de residência BEJA VIANA DO CASTELO PORTO ÉVORA PORTALEGRE BRAGA LISBOA SANTARÉM VILA REAL LEIRIA CASTELO BRANCO BRAGANÇA AVEIRO SETÚBAL COIMBRA VISEU FARO GUARDA 0% 10% 20% 30% 40% 50% %operados > TMRG Gráfico 49 Distrito residência: Percentagem dos operados> TMRG em 2006 e 2012 Os distritos que apresentam mais operados com TE superior ao TMRG são o da Guarde com 16,3% e Faro com 15,4%. Os distritos de Beja e de Viana do Castelo distinguem-se por terem a menor percentagem 4,7% e 5,5% respetivamente. As diferenças entre regiões superiores a 250% configuram iniquidade importantes no acesso entre regiões do país. Página 108 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

109 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade O gráfico seguinte apresenta a distribuição dos motivos de expurgo por cada região em Por cada região de saúde é apresentada a percentagem de expurgo, face às saídas, valor inscrito entre parêntesis. Distribuição do expurgo em cada região por motivos em 2012 Transferência de responsabilidade Perda de indicação cirúrgica Outros Operado fora do SIGIC Óbito NT/VC expirado Erro processual Desistência 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Norte (16,2%) Centro (19,1%) LVT (15,2%) Alentejo (12,8%) Algarve (19,6%) Gráfico 50 ARS: Distribuição do expurgo 113 por motivos no ano 2012 O expurgo por motivo de desistência é o mais comum. O motivo que apresenta menor valor é o óbito. No Algarve o expurgo, por perda de indicação cirúrgica e por NT/VC expirado adquirem particular relevância, sendo este um forte indicador de má gestão da lista. 113 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 109 de 315

110 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade No Centro o motivo de expurgo que atinge, nesta região, a sua expressão máxima é o intitulado no gráfico operado fora do SIGIC o que significa que o episódio foi cancelado porque o utente foi intervencionado numa instituição privada, fora do âmbito SIGIC, ou no Serviço de Urgência. Também este indicador deve levar a uma reflexão sobre a equidade de acesso nesta região. Página 110 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

111 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade O próximo gráfico mostra a distribuição dos motivos de expurgo no país em Distribuição do expurgo em 2012 Desistência Erro processual 14% 30% NT/VC expirado 13% Óbito 4% Operado fora do SIGIC 18% 13% 6% 2% Outros Perda de indicação cirúrgica Transferência de responsabilidade Gráfico 51 País: Distribuição do expurgo 114 por motivos no ano 2012 No país o motivo de expurgo mais frequente é a desistência da cirurgia por parte do utente. O tempo de espera médio nos casos de desistência é de 7,1 meses, 2,5 vezes superior ao da média do tempo de espera dos doentes operados nas respetivas prioridades. Este indicador indicia que um tempo de espera excessivo pode ser um fator que condiciona a desistência. De entre os episódios expurgados em 2012, 98,8% tinham ultrapassado o TMRG. Comparando este dado com a percentagem de episódios que ultrapassam o TMRG entre os que são operados conclui-se que a permanência excessiva em LIC condiciona marcadamente o expurgo. 114 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 111 de 315

112 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade Na tabela seguinte observa-se o expurgo, no ano de 2012, distribuído por região e pelos respetivos por motivos. Tabela 28 ARS: Distribuição do expurgo 115 por motivos no ano de 2012 Motivos de expurgo 116 dos episódios Norte Centro LVT Alentejo Algarve País Desistência homóloga desistência 18,7% 28,3% 21,8% 8,6% 4,0% 20,2% Erro processual homóloga erro processual -59,1% 13,2% 20,2% -24,6% -18,7% -28,9% NT/VC expirado homóloga NT/VC expirado -4,1% -24,9% 4,1% -21,5% 8,5% -3,8% Óbito homóloga óbito 1,0% 32,7% 16,9% 38,3% 27,4% 16,8% Operado fora do SIGIC homóloga operado fora do SIGIC -35,3% 188,9% 5,5% 21,6% -12,0% -0,7% Outros homóloga outros 6,3% 18,9% 2,0% 5,5% -9,3% 7,5% Perda de indicação cirúrgica homóloga perda de indicação cirúrgica -4,2% 2,9% 9,7% 18,2% 23,4% 3,6% Transferência de responsabilidade homóloga transferência de responsabilidade 17,5% 341,3% 11,9% -55,6% 420,8% 43,6% Total expurgo homóloga total expurgo -3,1% 47,5% 11,4% 6,5% 11,2% 10,0% %Expurgo/Saídas 16,2% 19,1% 15,2% 12,8% 19,6% 16,4% homóloga %Expurgo/Saídas -10,1% 34,7% 5,5% 9,0% 14,0% 3,1% As regiões com expurgo face às saídas mais elevado são o Algarve e o Centro. Todas as regiões aumentaram o expurgo à exceção da região Norte. Nas regiões Centro, LVT e Norte o expurgo por motivo de desistência ou por cirurgia privada ou urgente foram os que mais cresceram face ao ano anterior, atingindo valores que recomenda uma averiguação sobre a gestão da lista de espera nestas regiões. 115 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois passou-se a ter em conta as transferências de responsabilidade. 116 Utentes inscritos em lista que são excluídos desta sem terem sido operados de forma programada, quer por terem desistido, falecido, operados de forma urgente ou outro. Página 112 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

113 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade A próxima tabela apresenta os indicadores de não conformidade (NC) em 2012 por ARS e no país por tipo. Por cada episódio processado, desde a inclusão em LIC até à sua conclusão (por cirurgia ou cancelamento) podem ocorrer diversas situações não conformes com o processo SIGIC, designando-se por não conformidades. Em seguida é apresentado um quadro com as não conformidades detetadas em Destas, muitas poderão ter justificações plausíveis que nesta análise não são tidas em conta. Tabela 29 ARS: Indicadores de não conformidades por tipo em 2012 Tipo NC Subtipo NC Norte Centro LVT Alentejo Algarve País NC Administrativas NC Clínicas Conteúdo Fluxo Total NC administrativas Conteúdo Fluxo Total NC clínicas Total NC %NC administrativas/total NC 16,6% 19,0% 9,9% 3,3% 6,7% 13,9% %NC clínica/total NC 83,4% 81,0% 90,1% 96,7% 93,3% 86,1% %NC total/(saídas+lic) 78,4% 84,6% 96,7% 85,9% 71,6% 85,5% %NC total/entradas 99,0% 115,2% 123,7% 109,4% 103,8% 110,4% %NC graves/entradas 63,7% 71,4% 82,3% 73,4% 68,8% 71,6% %NC simples/entradas 35,3% 43,8% 41,4% 36,0% 35,0% 38,8% As NC classificadas como clínicas, dizem respeito a situações predominantemente do foro médico e são sempre da responsabilidade do médico/cirurgião subscritor do documento ou responsável do evento. Por exemplo, no plano de cuidados todos os dados clínicos preenchidos são da responsabilidade imediata do médico proponente. As NC administrativas podem ser da responsabilidade médica ou administrativa, mas dizem sempre respeito a situações mais administrativas do processo de gestão da LIC. Por exemplo, um agendamento da cirurgia indevidamente realizado. Esta situação é do foro administrativo, mesmo que seja planeada/executada pelo diretor de serviço ou pelo cirurgião. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 113 de 315

114 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.5.Qualidade Tanto as NC clínicas como as Administrativas estão subdivididas em duas categorias Conteúdo e Fluxo, consoante estejam associadas a erros nos registos de evento (administrativos ou clínicos) ou a um procedimento/etapa do processo SIGIC. As não conformidades podem ser de natureza grave ou simples. As não conformidades são simples quando da sua verificação não decorrem prejuízos graves para os utentes inscritos em LIC, podendo todavia passarem a graves quando as situações de irregularidade que lhes estão subjacentes não forem objeto de correção. As não conformidades são consideradas graves quando decorrem de omissões ou erros nos dados e nos processos que interferem com gravidade na saúde do utente, violam a equidade do seu acesso à prestação de cuidados cirúrgicos e prejudicam o exercício dos seus direitos, impedem a realização em tempo adequado da cirurgia e interferem com a gravidade no processo de gestão da LIC. Relativamente aos indicadores de NC é de salientar as seguintes situações: - É nas regiões Norte e Centro que se observa o maior número de NC administrativas; - As NC Clínicas têm maior expressão nas regiões de LVT, Algarve e Alentejo; - Em média observa-se 1,1 NC por cada episódio entrado em LIC; - Cerca de 2/3 das não conformidades são consideradas Graves. Página 114 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

115 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.6.Capacidade instalada e produtividade 3.6. CAPACIDADE INSTALADA E PRODUTIVIDADE Os indicadores de capacidade instalada e produtividade apresentam os recursos físicos e humanos das instituições hospitalares assim como a produtividade destes últimos. Nas tabelas seguintes observam-se os indicadores sobre a capacidade instalada e produtividade no país desde 2010 até Estes indicadores são referentes aos hospitais do SNS (públicos e PPP). Tabela 30 País: Evolução dos indicadores de capacidade instalada desde 2010 até 2012 Indicadores de capacidade instalada homóloga 2011/2012 (%) Nº cirurgiões padrão , , ,9 8,8% Nº anestesistas padrão , , ,6-1,8% Nº equipas padrão 119 afetas ao BO 512,4 544,6 564,6 3,7% Nº unidades padrão 120 afetas ao BO 443,2 496,6 520,3 4,8% Nº salas de BO exclusivas de ambulatório ,5% Nº salas BO para internamento/ambulatório ,0% Nº horas semanais disponíveis do BO para Internamento/ambulatório em MRC Nº horas semanais disponíveis do BO para ambulatório (exclusivo) em MRC Nº horas semanais disponíveis do BO para Internamento/ambulatório em MRA Nº horas semanais disponíveis do BO para ambulatório (exclusivo) em MRA ,5% ,6% ,2% ,4% 117 Cirurgiões padrão = * Horas de trabalho semanais dos cirurgiões + Horas de trabalho semanais dos cirurgiões internos/2]/35horas. As horas semanais de trabalho dos cirurgiões são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5 x 2)/nº semanas em analise]/(horas afetas BO cirurgião na CI/horas de trabalho dos cirurgiões na CI). Um ano tem 52 semanas. 118 Anestesistas padrão = * Horas de trabalho semanais dos anestesistas+/35horas. As horas semanais de trabalho dos anestesistas são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5)/nº semanas em analise]/(horas afetas BO anestesista na CI/horas de trabalho dos anestesistas na CI). Um ano tem 52 semanas. 119 As equipas padrão afetas ao BO de 35 horas semanais são constituídas por dois cirurgiões e um anestesista. Este indicador é igual ao fator limitante entre * Horas semanais afetas ao BO cirurgiões + Horas semanais afetas ao BO cirurgiões internos/2]/35horas/2 (dois cirurgiões) e * Horas de trabalho semanais dos anestesistas+/35horas As unidades padrão afetas ao BO de 35 horas semanais são constituídas por uma sala, dois cirurgiões e um anestesista. Este indicador é igual ao fator limitante entre * Horas semanais afetas ao BO cirurgiões + Horas semanais afetas ao BO cirurgiões internos/2+/35horas/2 (dois cirurgiões), * Horas de trabalho semanais dos anestesistas]/35horas e Nº horas semanais disponíveis do BO/35 horas. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 115 de 315

116 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.6.Capacidade instalada e produtividade Tabela 31 País: Evolução dos indicadores de produtividade desde 2010 até 2012 Indicadores de produtividade homóloga 2011/2012 (%) Nº cirurgias padrão por cirurgiões padrão/ano 107,2 94,9 93,2-1,7% Nº cirurgias padrão por anestesistas padrão/ano 400,8 384,1 418,1 8,9% Nº cirurgias padrão por equipa padrão afetas ao BO/Ano 874,5 818,2 843,9 3,1% Nº cirurgias padrão por unidade padrão afetas ao BO/Ano 1011,0 897,3 915,8 2,1% Grau de ajuste entre cirurgiões padrão afetos ao BO e anestesistas padrão afetos ao BO 1,8 1,9 2,2 15,8% Rácio entre sala disponível e sala padrão 121 0,57 0,59 0,62 5,1% A padronização da capacidade instalada é fundamental para poder efetuar análises integradas e comparativas. Em 2012, podemos observar que de um modo geral a capacidade instalada teve um aumento positivo face a 2011, exceto no número de anestesistas padrão que teve uma diminuição de 1,8%. No que se refere à produtividade em 2012, esta diminuiu para os cirurgiões padrão, no entanto houve um aumento para os anestesistas padrão. As unidades padrão são calculadas tendo em conta o prossuposto de haver uma hora de anestesista afeta ao BO, duas de cirurgiões afetas ao BO e uma hora de sala disponível, sendo que um destes fatores limita os outros dois. Em 2012, 18 dos 48 hospitais têm como fator limitante as horas de anestesistas afetas ao BO, 8 as horas de cirurgiões e 21 as horas disponíveis de sala de BO. Apenas um hospital tem como fator limitante tanto os anestesistas, como os cirurgiões. O indicador grau de ajuste entre cirurgiões padrão afetos ao BO e anestesistas padrão afetos ao BO indica-nos que existem menos cirurgiões para anestesistas do que deveria, uma vez que 121 Sala padrão corresponde a (12 horas diárias x 5 dias úteis + 5 horas de sábado x nº salas de BO) Página 116 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

117 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.6.Capacidade instalada e produtividade o valor ideal 122 seria 3,3 cirurgiões padrão afetos ao BO por cada anestesista padrão afeto ao BO. No que se refere ao rácio entre sala disponível (horas disponíveis que os hospitais dizem ter) e o que seria ideal, podemos observar que está muito aquém do esperado, apesar do valor ter aumentado 5,1% em 2012 face a Teoricamente a disponibilidade de cirurgião padrão (com 35 horas semanais) deve ser de 10,5 horas afetas ao BO (30%) e a disponibilidade de anestesista padrão (35 horas semanais) de 17,5 horas afetas ao BO (50%). Tendo em conta que existe uma proporção de dois cirurgiões uma cirurgia, para um anestesistas padrão existe 3,33 cirurgiões padrão [17,5 /(10,5/2cirurgiões)]. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 117 de 315

118 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.6.Capacidade instalada e produtividade Nas tabelas seguintes observam-se os indicadores sobre a capacidade instalada e produtividade por ARS em Tabela 32 ARS: Evolução dos indicadores de capacidade instalada em 2012 Indicadores de capacidade instalada Norte Centro LVT Alentejo Algarve País Nº cirurgiões padrão ,5 936, ,0 167,8 212, ,9 homóloga nº cirurgiões padrão 7,4% 0,8% 13,8% 8,9% 16,1% 8,8% Nº anestesistas padrão ,4 220,1 439,1 33,2 34, ,6 homóloga nº anestesistas padrão -0,6% -2,8% -3,3% -1,1% 12,5% -1,8% Nº equipas padrão 125 afetas ao BO 233,7 102,3 193,5 19,6 15,5 564,6 hom. nº de equipas padrão afetas ao BO 11,3% -2,0% -0,3% -2,8% -3,0% 3,7% Nº unidades padrão 126 afetas ao BO 201,6 97,4 189,0 17,5 14,8 520,3 hom. nº de unidades padrão afetas ao BO 9,0% -1,2% 3,3% 0,3% 16,3% 4,8% Nº salas de BO exclusivas de ambulatório Nº salas BO para internamento/ambulatório Nº horas semanais disponíveis do BO para internamento/ambulatório em MRC Nº horas semanais disponíveis do BO para ambulatório (exclusivo) em MRC Nº horas semanais disponíveis do BO para internamento/ambulatório em MRA Nº horas semanais disponíveis do BO para ambulatório (exclusivo) em MRA , Nº Horas semanais disponíveis do BO (total) homóloga nº Horas semanais disponíveis do BO (total) 6,0% -2,8% 8,9% -6,0% 46,7% 5,9% 123 Cirurgiões padrão = * Horas de trabalho semanais do cirurgiões + Horas de trabalho semanais do cirurgiões internos/2]/35horas. As horas semanais de trabalho dos cirurgiões são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5 x 2)/nº semanas em analise]/(horas afetas BO cirurgião na CI/horas de trabalho dos cirurgiões na CI). Um ano tem 52 semanas. 124 Anestesistas padrão = * Horas de trabalho semanais dos anestesistas]/35horas. As horas semanais de trabalho dos anestesistas são as registadas na capacidade instalada mais as realizadas em MRA. As horas semanais realizadas em MRA são o nº de operados padrão em [(MRA x 1,5)/nº semanas em analise]/(horas afetas bo anestesista na CI/horas de trabalho dos anestesistas na CI). Um ano tem 52 semanas. 125 As equipas padrão afetas ao BO de 35 horas semanais são constituídas por dois cirurgiões e um anestesista. Este indicador é igual ao fator limitante entre * Horas semanais afetas ao BO cirurgiões + Horas semanais afetas ao BO cirurgiões internos/2]/35horas/2 (dois cirurgiões) e * Horas de trabalho semanais dos anestesistas+/35horas As unidades padrão afetas ao BO de 35 horas semanais são constituídas por uma sala, dois cirurgiões e um anestesista. Este indicador é igual ao fator limitante entre * Horas semanais afetas ao BO cirurgiões + Horas semanais afetas ao BO cirurgiões internos/2]/35horas/2 (dois cirurgiões), * Horas de trabalho semanais dos anestesistas]/35horas e Nº horas semanais disponíveis do BO/35 horas. Página 118 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

119 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.6.Capacidade instalada e produtividade Tabela 33 ARS: Evolução dos indicadores de produtividade em 2012 Indicadores de produtividade Norte Centro LVT Alentejo Algarve País Nº cirurgias padrão por cirurgiões padrão/ano homóloga nº cirurgias padrão por cirurgiões padrão/ano Nº cirurgias padrão por anestesistas padrão/ano homóloga nº cirurgias padrão por anestesistas padrão/ano Nº cirurgias padrão por equipa padrão afetas ao BO/Ano homóloga nº cirurgias padrão por equipa padrão afetas ao BO/Ano Nº cirurgias padrão por unidade padrão afetas ao BO/Ano homóloga nº cirurgias padrão por unidade padrão afetas ao BO/Ano Grau de ajuste entre cirurgiões padrão afetos ao BO e anestesistas padrão afetos ao BO homóloga grau de ajuste entre cirurgiões padrão afetos ao BO e anestesistas padrão afetos ao BO 106,9 93,5 83,3 109,1 49,4 93,2 5,5% 1,9% -8,6% -9,0% -21,7% -1,7% 485,3 397,7 364,3 552,5 302,0 418,1 14,0% 5,7% 7,6% 0,2% -19,1% 8,9% 856,2 855,8 826,6 935,2 678,6 843,9 1,8% 4,9% 4,3% 2,0% -6,2% 3,1% 992,7 898,9 846,6 1045,1 710,6 915,8 4,0% 4,0% 0,6% -1,2% -21,8% 2,1% 2,2 1,8 2,4 2,0 2,7 2,2 9,2% 13,6% 19,7% -8,7% 5,5% 15,8% Rácio entre sala disponível e sala padrão 127 0,70 0,46 0,64 0,56 0,72 0,62 homóloga rácio entre sala disponível e sala padrão 3,4% -1,2% 7,8% -1,0% 46,7% 5,1% Em 2012 todas as ARS viram aumentar o número de cirurgiões padrão. No que se refere aos anestesistas padrão apenas a ARS do Algarve teve um aumentou face a A ARS Norte foi a única que teve um aumento do indicador das equipas padrão contribuindo assim para o aumento nacional. A região Centro foi a única que viu diminuir o indicador das unidades padrão. No que se refere à produtividade a ARS Norte foi a única que teve um aumento em todos os indicadores. A região Centro apresenta apenas diminuição do rácio entre sala disponível e sala padrão, tendo verificado um aumento em todos os outros indicadores de 2011 para Sala padrão corresponde a (12h x 5 dias + 5 horas de sábado x nº salas) Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 119 de 315

120 3.ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.6.Capacidade instalada e produtividade O próximo gráfico apresenta a produtividade por cirurgião padrão em 2011 e 2012 para as diferentes regiões do país. Operados padrão por cirurgião padrão no ano de 2011 e 2012 Gráfico 52 ARS: Operados padrão por cirurgião padrão no ano de 2011 e 2012 O próximo gráfico apresenta a produtividade por anestesista padrão em 2011 e 2012 por ARS. Operados padrão por anestesista padrão no ano de 2011 e 2012 Gráfico 53 ARS: Operados padrão por anestesista padrão no ano de 2011 e 2012 Página 120 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

121 Nº operados padrão por cirurgião padrão Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano ANÁLISE DO PAÍS E DAS ARS 3.6.Capacidade instalada e produtividade O próximo gráfico apresenta a relação entre o número de operados padrão por cirurgiões padrão face ao número de operados padrão por anestesista padrão em Operados padrão por cirurgião padrão e operados padrão por anestesista padrão em 2012 Proporção ideal H. José Luc. de Castro - Anadia IPO Lisboa IPO Porto H. Dr. Franc. Zagalo - Ovar C.H. Médio Ave - Famalicão C.H. V. Nova de C. H. Entre o Douro e Gaia/Espinho Vouga H.D. Figueira da Foz C.H. S.João ULS Guarda 60 H. Faro C.H. Póvoa do Varzim/VC Inst. Oft. Dr. Gama Pinto - Lx Nº operados padrão por anestesista padrão Gráfico 54 País: Operados padrão por cirurgião padrão e operados padrão por anestesista padrão em 2012 A reta tracejada apresentada no gráfico representa a proporção ideal 128 de cirurgiões padrão e anestesistas padrão. Os hospitais que se encontram acima desta reta (a tracejado) têm menor número de cirurgiões padrão face aos anestesistas padrão. Os hospitais que se encontram abaixo desta reta (a tracejado) têm menor número de anestesista padrão face ao número de cirurgiões padrão. 128 Teoricamente a disponibilidade de cirurgião padrão (com 35 horas semanais) deve ser de 10,5 horas afetas ao BO (30%) e a disponibilidade de anestesista padrão (35 horas semanais) de 17,5 horas afetas ao BO (50%). Tendo em conta que são necessários dois cirurgiões para uma cirurgia, 17,5 horas de anestesistas dão para 17,5 /(10,5/2cirurgiões)=3,33 cirurgiões padrão. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 121 de 315

122 4.CIRURGIA DE AMBULATÓRIO 4. CIRURGIA DE AMBULATÓRIO 129 A cirurgia de ambulatório representou cerca de 50% do total da atividade cirúrgica, a nível nacional, no ano de 2012, correspondendo a episódios operados nos hospitais. No quadro seguinte, observa-se a evolução dos indicadores da cirurgia de ambulatório nos últimos sete anos e respetiva variação entre 2011 e Tabela 34 Cirurgia de ambulatório: Evolução dos indicadores dos operados em ambulatório desde 2006 até 2012 Indicadores de cirurgia de ambulatório hom. 2011/2012 (%) % Operados em ambulatório 15,5% 37,6% 44,7% 47,0% 47,9% 50,4% 5,2% Operados em ambulatório ,4% Média de TE dos op. em amb. em meses 4,0 2,9 2,4 2,2 2,2 2,4 9,1% Coeficiente da variação do TE dos op. amb. ajustado à 176,0% 142,5% 143,7% 148,8% 125,1% 141,8% 13,3% prioridade Média de idade dos op. em amb ,0% Operados grupo A ,8% % Operados em amb. grupo A 17,9% 52,9% 62,9% 66,2% 67,8% 70,1% 3,4% Operados grupo B ,8% % Operados em amb. grupo B 4,4% 3,2% 5,5% 6,2% 6,8% 9,0% 32,4% % Operados em amb. > TMRG 17,7% 8,8% 5,0% 4,1% 4,2% 4,9% 16,7% % de conversões em cirurgias de internamento 132 7,3% 0,7% 0,3% 0,4% 0,4% 0,4% 0,0% 129 Foram consideradas cirurgias de ambulatório, as cirurgias que os hospitais assinalaram como tal. 130 É um conjunto de procedimentos normalmente passíveis de serem realizados em regime de ambulatório, compilado pela APCA (Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória). Listagem no glossário. 131 É um conjunto de procedimentos não universalmente realizados em regime ambulatório, mas que podem eventualmente sê-lo, divulgado pela APCA (Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória). Listagem no glossário. 132 Número de cirurgia que foram consideradas de ambulatório mas que efetivamente tiveram internamento. Página 122 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

123 4.CIRURGIA DE AMBULATÓRIO Observou-se um crescimento da cirurgia em regime de ambulatório, no ano 2012, de 5,2% em relação ao ano de Quanto aos tempos de espera (TE) dos utentes operados nesse regime também aumentaram face ao período homólogo, sendo em 2012 de 2,4 meses, ainda assim um valor inferior ao TE dos episódios operados em regime de internamento. A idade média dos utentes operados em ambulatório é de 55 anos. A percentagem de utentes operados em ambulatório com tempo de espera superior ao tempo máximo de resposta garantido (TMRG) é de 4,9%. Parte significativa (70%) da lista de procedimentos ajustados à cirurgia de ambulatório já é executada neste regime. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 123 de 315

124 4.CIRURGIA DE AMBULATÓRIO A próxima figura apresenta a percentagem de episódios operados em ambulatório face ao total de operados por cada distrito de residência nos anos de 2006, 2011 e %Operados em ambulatório face ao total de operados nos anos de 2006, 2011 e 2012 Gráfico 55 Cirurgia de ambulatório: %Operados em ambulatório por distrito de residência nos anos de 2006, 2011 e 2012 Podemos observar que em 2006 a percentagem de cirurgias em regime de ambulatório era pouco significativo em todo o país. Em 2006 eram os utentes residentes no distrito de Coimbra que mais cirurgias tinham neste regime com um valor acima de 25%. Em 2012 podemos observar que a percentagem de operados em regime de ambulatório aumentou consideravelmente em todos os distritos, sendo agora os distritos de Braga, Porto e Viseu que se destacam apresentando percentagens superiores a 55%. Página 124 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

125 Operados Padrão Operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA DE AMBULATÓRIO Os próximos quadros apresentam o número de operados e operados padrão em cirurgia de ambulatório e regime de internamento Evolução dos operados desde 2006 até 2012 Internamento Ambulatório Gráfico 56 Cirurgia de ambulatório: Evolução dos operados desde 2006 até Evolução dos operados padrão desde 2006 até 2012 Internamento Ambulatório Gráfico 57 Cirurgia de ambulatório: Evolução dos operados padrão desde 2006 até 2012 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 125 de 315

126 4.CIRURGIA DE AMBULATÓRIO A tabela seguinte traduz os valores observados nos gráficos anteriores mostrando a evolução da produção cirúrgica e da produção cirúrgica padrão desde 2006 até Tabela 35 Cirurgia de ambulatório: Evolução da produção cirúrgica e da produção cirúrgica padrão desde 2006 até 2012 Ano Total operados % Operados ambulatório Total operados padrão % operados padrão amb. MPR 133 amb. MPR 134 int ,4% ,4% 0,60 1, ,9% ,9% 0,58 1, ,0% ,6% 0,59 1, ,7% ,6% 0,53 1, ,6% ,7% 0,46 1, ,9% ,0% 0,50 1, ,5% ,6% 0,68 1,32 A cirurgia de ambulatório representa cerca de 50% da atividade cirúrgica mas quando ponderada pelo indicador de complexidade a cirurgia em regime de internamento corresponde a 70% de toda a atividade. No gráfico com a evolução dos operados padrão verifica-se que entre os anos de 2007 e 2010 houve uma transferência dos casos de internamento para ambulatório mantendo-se a relação estável a partir desse ano. 133 MPR Média do peso relativo: Índice de complexidade cirúrgica do GDH apurado para o episódio cirúrgico, à data da conclusão. 134 Idem Página 126 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

127 4.CIRURGIA DE AMBULATÓRIO O próximo gráfico apresenta a distribuição dos operados em ambulatório por grupo nosológico em Distribuição dos operados em ambulatório por grupo nosológico em 2012 Doença do Olhos e anexos 13,8% 3,7% 4,0% 4,4% 5,2% 5,5% 6,0% 7,0% 13,9% 36,4% Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago) Ossos, tecidos moles e articulações Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido Doença do útero e anexos Outras doenças da cabeça e pescoço Hérnias Inguino-femurais Outros Gráfico 58 Cirurgia de ambulatório: Distribuição dos operados em ambulatório por grupo nosológico no ano 2012 Tabela 36 Cirurgia de ambulatório: Grupos nosológicos que estão incluídos em outros em 2012 Grupo Nosológico %Op. amb. face ao total de op. amb. Neoplasias malignas da pele 3,23% Varizes dos membros inferiores 3,15% Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos 2,38% Hemorroidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência 1,68% Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa 1,13% Doença da Vesícula Biliar 0,77% Carcinoma do útero (corpo e cérvix) 0,38% Cancro da cabeça e pescoço 0,34% Doença da Tiroide 0,15% Coluna Vertebral 0,12% Doença do Coração 0,10% Outros cancros da região abdominopélvica 0,09% Cancro da mama 0,07% Outras doenças da região torácica 0,06% Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa 0,05% Outros cancros da região torácica 0,04% Doença do Cólon (intestino grosso) 0,03% Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos 0,02% Doença do Sistema nervoso central 0,01% Cancro da próstata 0,01% Cancro do Cólon e reto 0,01% Obesidade 0,01% Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 127 de 315

128 4.CIRURGIA DE AMBULATÓRIO O grupo nosológico no qual se realiza mais cirurgias em regime de ambulatório é o dos procedimentos nas doenças dos olhos e anexos, representado 36,4% do total de cirurgias realizadas em ambulatório seguido das cirurgias a lesões cutâneas e subcutâneas (13,9%). Página 128 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

129 %Operados %Operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA DE AMBULATÓRIO Os gráficos seguintes mostram a distribuição dos operados em ambulatório, por sexo e classe étaria em 2006 e % Distribuição dos operados em ambulatório por classes etárias e género em 2006 Homens Mulheres 20% 15% 10% 5% 0% 0< idade 10 10< idade 20 20< idade 30 30< idade 40 40< idade 50 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 59 Cirurgia em ambulatório: Distribuição dos operados em ambulatório por classes etárias e género em % Distribuição dos operados em ambulatório por classes etárias e género em 2012 Homens Mulheres 20% 15% 10% 5% 0% 0< idade 10 10< idade 20 20< idade 30 30< idade 40 40< idade 50 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 60 Cirurgia em ambulatório: Distribuição dos operados em ambulatório por classes etárias e género em 2012 Em 2012 a classe etária onde foram realizadas mais cirurgias em regime de ambulatório é a dos 60 aos 80 anos. No que respeita à evolução, face a 2006, pode observar-se que o número de utentes com idades entre os 70 e 80 anos aumentou. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 129 de 315

130 %Operados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA DE AMBULATÓRIO O gráfico seguinte mostra a distribuição dos operados por classe étaria em internamento e ambulatório. 25% Distribuição dos operados em ambulatório e internamento por classes etárias em 2012 Internamento Ambulatório 20% 15% 10% 5% 0% 0< idade 10 10< idade 20 20< idade 30 30< idade 40 40< idade 50 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 61 Cirurgia em ambulatório: Distribuição dos operados em ambulatório e internamento por classes etárias em 2012 A idade média dos utentes operados é de 55 anos quer em ambulatório, quer em regime de internamento. Importa sobressair que é nas classes etárias entre os 50 e os 80 que mais é relevante o impacto da cirurgia de ambulatório. Página 130 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

131 %Operados em ambulatório Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA DE AMBULATÓRIO O próximo gráfico apresenta a evolução da percentagem dos operados em ambulatório por ARS, desde 2006 até % Evolução da %Operados em ambulatório por ARS desde 2006 até 2012 Norte Centro LVT Alentejo Algarve 50% 40% 30% 20% 10% 0% Gráfico 62 Cirurgia de ambulatório: Evolução da % dos operados em ambulatório por ARS desde 2006 até 2012 As regiões que aumentaram a sua percentagem de produção em ambulatório no ano de 2012 foram o Norte, o Alentejo e o Centro sendo de destacar a região do Norte com uma percentagem de 56% face ao total de operados. A região de LVT que ocupava o segundo lugar em 2006 e 2007, de entre as regiões com mais cirurgias de ambulatório, passou para o último lugar a partir de 2008, mantendo a posição em Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 131 de 315

132 %Operados ambulatório Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA DE AMBULATÓRIO O próximo gráfico apresenta a distribuição dos operados em ambulatório, pelo seu distrito de residência, em As cores representadas no gráfico indicam a variação da posição relativamente ao ano de % 60% %Operados em ambulatório por distrito de residência em 2012 Média nacional 50,4% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Distrito de residência Variação face a n-1 Desceu de posição Subiu de posição Mantêm a posição Gráfico 63 Cirurgia de ambulatório: Operados em ambulatório por distrito de residência em 2012 Cerca de metade dos distritos apresentam uma taxa de ambulatório entre os 50% e 60%. Em 2012 os distritos com menos residentes operados em ambulatório, com uma percentagem inferior a 45%, são os de Leiria, Lisboa, Portalegre e Castelo Branco. Cerca de metade dos distritos mantiveram a sua posição, face a Página 132 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

133 %Operados em ambulatório Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA DE AMBULATÓRIO O próximo gráfico apresenta a distribuição dos operados em ambulatório por grupo de serviço em As cores representadas no gráfico indicam a variação da posição relativamente ao ano de % 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% %Operados em ambulatório por grupo de serviço em 2012 Grupo de serviço Desceu de posição Subiu de posição Mantêm a posição Gráfico 64 Cirurgia de ambulatório: Operados em ambulatório por grupo de serviço em 2012 Os grupos de serviço com mais operados em ambulatório em 2012 são Oftalmologia, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Plástica/Dermatologia com percentagens acima dos 60%, apresentando a Oftalmologia percentagens de 90%. As posições dos grupos de serviço, face a 2011, mantiveram-se quase para todos os grupos, exceto a área de Cabeça e Pescoço que aumentou a percentagem de ambulatório e de Ginecologia/Obstetrícia com um movimento inverso. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 133 de 315

134 %Op. amb. grupo/ operados total grupo Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA DE AMBULATÓRIO O próximo gráfico apresenta a distribuição da percentagem de cirurgias de ambulatório do grupo A 135 e B 136 face ao total de operados para esse mesmo grupo. 100% %Operados em ambulatório grupo A e B %Op. Amb Grupo A %Op. Amb Grupo B 80% 60% 40% 20% 0% Gráfico 65 Cirurgia de ambulatório: Evolução do número de operados em ambulatório do grupo A e B desde 2006 até 2012 O crescimento de cirurgias de ambulatório é particularmente expressivo nas cirurgias do grupo A que representa os casos menos complexos. No entanto em 2012 as cirurgias em ambulatório no grupo B aumentaram consideravelmente, cerca de 32%, face a Grupo A (em CA) é um conjunto de procedimentos normalmente passíveis de serem realizados em regime de ambulatório, compilado pela APCA (Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória). 136 Grupo B (em CA) é um conjunto de procedimentos não universalmente realizados em regime ambulatório, mas que podem eventualmente sê-lo, divulgado pela APCA (Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória). Página 134 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

135 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS 5. GRUPOS NOSOLÓGICOS Os grupos nosológicos 137 agrupam os episódios de acordo com a patologia e os procedimentos cirúrgicos que estes encerram, tendo em conta as grandes regiões anatómicas e patologias/procedimentos mais frequentes, estabelecendo desta forma um conjunto abrangente e compreensível por leitores não especializados. Os gráficos seguintes ilustram a distribuição da lista de inscritos para cirurgia (LIC) por grupos nosológicos não oncológicos e oncológicos no ano de 2012, por ordem decrescente. Distribuição da LIC não oncológica por grupo nosológico em 2012 LIC TMRG LIC>TMRG Ossos, tecidos moles e articulações Doença do Olhos e anexos Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago) Varizes dos membros inferiores Hérnias Inguino-femurais Doença da Vesícula Biliar Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho Coluna Vertebral Doença do útero e anexos Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência Outras doenças da cabeça e pescoço Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos Doença da Tiróide Obesidade Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa Doença do Coração Doença do Cólon (intestino grosso) Doença do Sistema nervoso central Outras doenças da região torácica Nº episódios em LIC Gráfico 66 Grupos nosológicos: Distribuição da LIC não oncológica por grupo nosológico em A constituição dos grupos nosológicos pode ser consultada subcapítulo 9.6. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 135 de 315

136 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Os grupos nosológicos não oncológicos mais frequentes em LIC são os procedimentos em ossos, tecidos moles, articulações e em doença dos olhos e anexos. Pode verificar-se que existem áreas em que o incumprimento dos tempos máximos de resposta garantida (TMRG), é maior, nomeadamente nas patologias ortopédicas, varizes, doenças da vesícula biliar e obesidade. Distribuição da LIC oncológica por grupo nosológico em 2012 LIC TMRG LIC>TMRG Outros cancros da região abdominopélvica Neoplasias malignas da pele Cancro da mama Cancro da cabeça e pescoço Cancro do Cólon e recto Cancro da próstata Carcinoma do útero (corpo e cervix) Outros cancros da região torácica Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos Nº episódios em LIC Gráfico 67 Grupos nosológicos: Distribuição da LIC oncológica por grupo nosológico em 2012 Os grupos nosológicos oncológicos mais frequentes em LIC são os procedimentos em neoplasias malignas (NM) da região abdominopélvica, seguida de NM da pele. As áreas com mais episódios em atraso, face aos TMRG, observam-se nos cancros da região abdominopélvica, nos da pele, nos da cabeça e pescoço e nos da próstata. Página 136 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

137 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Nos gráficos seguintes observa-se a comparação das medianas de tempo de espera da LIC verificadas em 2012 e 2006, por grupos nosológicos não oncológicos e oncológicos e apresentados por ordem decrescente, em relação ao ano de Mediana de TE da LIC (em meses) não oncológica por grupo nosológico em 2006 e Obesidade Coluna Vertebral Varizes dos membros inferiores Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa Ossos, tecidos moles e articulações Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa Doença da Tiróide Doença da Vesícula Biliar Outras doenças da região torácica Doença do Sistema nervoso central Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido Doença do Cólon (intestino grosso) Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência Hérnias Inguino-femurais Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho Outras doenças da cabeça e pescoço Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago) Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da Doença do Coração Doença do Olhos e anexos Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos Doença do útero e anexos Mediana de TE da LIC em meses Gráfico 68 Grupos nosológicos: Mediana de TE (em meses) da LIC não oncológica, por grupo nosológico, em 2006 e 2012 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 137 de 315

138 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Mediana de TE da LIC (em dias) oncológica por grupo nosológico em 2006 e Cancro da próstata Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos Neoplasias malignas da pele Outros cancros da região abdominopélvica Carcinoma do útero (corpo e cervix) Cancro da cabeça e pescoço Cancro do Cólon e recto Cancro da mama Outros cancros da região torácica Mediana de TE da LIC em dias Gráfico 69 Grupos nosológicos: Mediana de TE (em dias) da LIC oncológica, por grupo nosológico, em 2006 e 2012 Exceto para obesidade em todos os outros procedimentos, oncológicos e não oncológicos, observa-se entre 2006 e 2012 uma redução significativa da mediana do TE da LIC. Os grupos nosológicos com mediana do tempo de espera mais baixa são: Nos não oncológicos, os procedimentos em doenças do útero e anexos e em doenças dos olhos e anexos, com 1,8 meses e 2,3 meses, respetivamente; Nos oncológicos, os procedimentos em cancros da região torácica e cancro da mama, ambas com 20 dias. Página 138 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

139 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Os próximos gráficos apresentam o número de entradas por habitantes (para não NM) e por habitantes (para NM), para cada grupo de patologias e por distrito de residência, em 2012, traduzindo o acesso em função da residência. Também são apresentados dois gráficos reatando a média da idade dos utentes inscritos em lista (entrados) em cada distrito de residência, consoante se são oncológicas ou não. Grandes agrupamentos de patologias não oncológicas Entradas não oncológicas por habitantes por distrito de residência em 2012 Gráfico 70 Grupos nosológicos: Entradas não oncológicas por habitantes por distrito de residência em 2012 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 139 de 315

140 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Idade média dos utentes referentes às entradas não oncológicas por distrito de residência em 2012 Gráfico 71 Grupos nosológicos: Idade média dos utentes referentes às entradas não oncológicas por distrito de residência em 2012 Página 140 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

141 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Grandes agrupamentos de patologias oncológicas Entradas oncológicas por habitantes por distrito de residência em 2012 Gráfico 72 Grupos nosológicos: Entradas oncológicas por habitantes por distrito de residência em 2012 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 141 de 315

142 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Idade média dos utentes referentes às entradas oncológicas por distrito de residência em 2012 Gráfico 73 Grupos nosológicos: Idade média dos utentes referentes às Entradas oncológicas por distrito de residência em 2012 Um aspeto que sobressai desde logo é a idade média dos utentes que se inscrevem ser mais elevada no interior face ao litoral. Genericamente e para a maioria das patologias também se pode afirmar que nos distritos do norte e nos do litoral se inscrevem mais doentes. Importava estudar se esta ocorrência se correlaciona com variações na prevalência das doenças ou se corresponde, como parece a iniquidades regionais no acesso aos tratamentos. Página 142 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

143 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS As figuras seguintes ilustram a distribuição da atividade cirúrgica padrão por grupos nosológicos não oncológicos e oncológicos no ano 2012, por ordem decrescente dos valores dos H.SNS. Distribuição dos operados padrão não oncológicos por grupo nosológico em 2012 H.SNS H.Convencionados H.Protocolados Ossos, tecidos moles e articulações Doença do Olhos e anexos Doença do Coração Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago) Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos Coluna Vertebral Outras doenças da cabeça e pescoço Doença do útero e anexos Hérnias Inguino-femurais Doença da Vesícula Biliar Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho Varizes dos membros inferiores Doença do Sistema nervoso central Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa Doença da Tiróide Doença do Cólon (intestino grosso) Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa Obesidade Outras doenças da região torácica Nº operados padrão Gráfico 74 Grupos nosológicos: Distribuição dos operados padrão não oncológicos por grupo nosológico em 2012 Os grupos nosológicos não oncológicos mais frequentes na atividade cirúrgica ajustada dos hospitais são os procedimentos em ossos, tecidos moles e articulações e os procedimentos em doenças dos olhos e anexos, com 23,3% e 14,3% do total de operados padrão no País, respetivamente. Este gráfico mostra também que a área mais relevante dos hospitais convencionados é a ortopédica. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 143 de 315

144 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Distribuição dos operados padrão oncológicos por grupo nosológico em 2012 H.SNS H.Convencionados H.Protocolados Outros cancros da região abdominopélvica Cancro do Cólon e recto Neoplasias malignas da pele Cancro da cabeça e pescoço Cancro da mama Cancro da próstata Carcinoma do útero (corpo e cervix) Outros cancros da região torácica Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos Nº operados padrão Gráfico 75 Grupos nosológicos: Distribuição dos operados padrão oncológicos por grupo nosológico em 2012 Os grupos nosológicos oncológicos mais frequentes na atividade cirúrgica ajustada dos hospitais são os procedimentos em cancros na região abdominopélvica e os procedimentos em cancro do cólon e reto, com 27,5% e 23,4% do total de operados padrão NM no País, respetivamente. Pode-se observar que os hospitais protocolados e convencionados tem uma participação residual na área da oncologia. Página 144 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

145 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Os gráficos seguintes expõem a média do tempo de espera (TE) dos utentes operados por grupo nosológico, não oncológico e oncológico, nos anos de 2006 e de A apresentação dos grupos nosológicos é por ordem decrescente em relação aos valores no ano de Média de TE (em meses) dos operados não oncológicos por grupo nosológico Obesidade Varizes dos membros inferiores Doença da Vesícula Biliar Coluna Vertebral Doença da Tiróide Doença das Amígdalas, adenóides, nariz, seios perinasais, ouvido Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa Ossos, tecidos moles e articulações Hérnias Inguino-femurais Hemorróidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago) Doença do Olhos e anexos Doença do útero e anexos Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada e outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa Outras doenças da cabeça e pescoço Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos Doença do Cólon (intestino grosso) Doença do Coração Outras doenças da região torácica Doença do Sistema nervoso central Média de TE dos operados em meses Gráfico 76 Grupos nosológicos: Evolução da média de TE (em meses) dos operados não oncológicos por grupo nosológico em 2006 e 2012 Em relação à média de tempo de espera dos utentes operados dos grupos nosológicos não oncológicas, os procedimentos em obesidade, doenças do cólon, doenças na região torácica e doença do coração tiveram um aumento face a 2006 de cerca de 164 dias, 11 dias, 4 dias e 1 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 145 de 315

146 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS dia respetivamente. Nos restantes grupos nosológicos houve uma diminuição do tempo médio de espera, sendo mais significativo nos procedimentos das doenças das amígdalas, adenoides, nariz, seios perinasais, ouvido e nas varizes dos membros inferiores (menos 223 dias). No ano 2012, os procedimentos em doenças do sistema nervoso central e doenças da região torácica destacam-se dos restantes grupos, com menos de 1 mês de tempo de espera médio dos utentes operados. Média de TE (em dias) dos operados oncológicos por grupo nosológico Cancro da próstata Outros cancros da região abdominopélvica Cancro da cabeça e pescoço Carcinoma do útero (corpo e cervix) Cancro da mama Neoplasias malignas da pele Cancro do Cólon e recto Outros cancros da região torácica Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos Média de TE dos operados em dias Gráfico 77 Grupos nosológicos: Evolução da média de TE (em dias) dos operados oncológicos por grupo nosológico em 2006 e 2012 No que se refere aos grupos nosológicos oncológicos todos eles diminuíram a média do tempo de espera dos operados. No entanto, a maior diminuição verifica-se nos procedimentos do cancro da próstata que apesar de ainda terem o maior tempo de espera este diminuiu, 25 dias, desde 2006, encontrando-se em 52 dias, em Página 146 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

147 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS As tabelas seguintes apresentam um conjunto de indicadores sobre a LIC, a 31 de Dezembro de 2012, distribuídos pelos vários grupos nosológicos, referindo a sua variação em relação a Tabela 37 Grupos nosológicos não oncológicos: Indicadores da LIC a Grupo Nosológico Não Oncológico LIC hom. LIC (%) hom. Entradas (%) Mediana do TE da LIC (meses) hom. mediana TE da LIC (%) % LIC >TMRG Ossos, tecidos moles e articulações ,3% 1,1% 3,87-15,4% 17,9% Doença do Olhos e anexos ,9% 4,9% 2,30 3,1% 8,9% Doença das Amígdalas, adenoides, nariz, seios perinasais, ouvido Lipomas, quistos sebáceos, adiposidade localizada, outras lesões da pele benignas e malignas sem intenção curativa Outras doenças da região abdominopélvica (inclui esófago) ,8% -0,1% 3,17-7,7% 9,7% ,6% 11,1% 2,43-10,9% 12,1% ,5% 1,1% 2,47-6,2% 15,2% Varizes dos membros inferiores ,0% -5,0% 4,13-21,6% 20,6% Hérnias inguino-femurais ,3% 6,6% 2,77-13,5% 12,5% Doença da Vesícula Biliar ,7% 0,7% 3,50-16,7% 18,1% Quisto sinovial, Dupuytran, sind. do túnel cárpico, dedo em gatilho ,7% 1,9% 2,57-28,1% 7,8% Coluna Vertebral ,5% -4,6% 5,37 1,3% 26,8% Doença do útero e anexos ,3% -1,4% 1,77-10,3% 5,6% Hemorroidas, outras doenças anais, prolapsos e incontinência ,9% 1,6% 2,80-11,7% 15,4% Outras doenças da cabeça e pescoço ,9% -1,3% 2,50 0,0% 8,6% Doença benigna da mama e maligna sem intenção curativa Outras referências não enquadráveis em outros agrupamentos ,7% 5,0% 4,10-1,7% 23,4% ,5% -0,5% 2,27-15,1% 13,5% Doença da Tiroide ,6% -2,4% 3,63-2,6% 16,5% Obesidade ,8% -24,3% 9,93-3,6% 53,8% Doença benigna da próstata e maligna sem intenção curativa ,1% -5,8% 3,70-14,5% 25,8% Doença do Coração ,4% 2,1% 2,43-9,9% 13,9% Doença do Cólon (intestino grosso) 477 0,2% -2,6% 3,03 2,8% 28,3% Doença do Sistema nervoso central 371-5,4% 7,0% 3,40 12,6% 29,4% Outras doenças da região torácica 100-2,9% 7,4% 3,47-10,4% 28,0% Os grupos nosológicos não oncológicos, com mais utentes em LIC, são os procedimentos em ossos, tecidos moles e articulações e doença dos olhos e anexos. No entanto, estes também são os procedimentos mais operados. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 147 de 315

148 5.GRUPOS NOSOLÓGICOS Tabela 38 Grupos nosológicos oncológicos: Indicadores da LIC a Grupo Nosológico Oncológico LIC hom. LIC (%) hom. Entradas (%) Mediana do TE da LIC (dias) hom. mediana TE da LIC (%) % LIC >TMRG Outros cancros da região abdominopélvica 933 6,5% 3,8% 27 8,0% 24,9% Neoplasias malignas da pele ,1% -4,9% 28-9,7% 26,4% Cancro da mama 426 4,7% 1,3% 20 11,1% 10,3% Cancro da cabeça e pescoço ,1% -4,0% 25 4,2% 23,3% Cancro do Cólon e reto ,6% -1,7% 21 31,3% 12,5% Cancro da próstata 277-5,5% -1,3% 33 0,0% 28,2% Carcinoma do útero (corpo e cérvix) ,5% 3,9% 26 15,9% 13,4% Outros cancros da região torácica 83-1,2% -0,1% 20 25,0% 14,5% Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos 53 20,5% 1,7% 32-55,6% 32,1% No que se refere aos grupos nosológicos oncológicos os procedimentos com mais utentes a aguardar cirurgia são os cancros da região abdominopélvica. A mediana do tempo de espera dos utentes a aguardar por uma cirurgia em neoplasias malignas (NM) situa-se em quase todos os procedimentos em cerca de um mês. Página 148 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

149 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6. CIRURGIA ONCOLÓGICA O tratamento do cancro faz-se com recurso a um conjunto integrado de procedimentos médicos, cirúrgicos, psicológicos e de intervenção social. O papel da cirurgia é o mais determinante na possibilidade de cura para os tumores sólidos. O tempo de resposta às necessidades da população, no tratamento oncológico, é da máxima relevância dada a gravidade e o estigma social associado a estas situações. É neste contexto que se efetuou mais um estudo dos episódios cirúrgicos relativos a utentes que estavam propostos para cirurgia de ressecção por doença oncológica. O presente capítulo foi elaborado com o objetivo de avaliar o acesso e a atividade cirúrgica em neoplasias malignas (NM) no país, apresentado os indicadores distribuídos por grupos, procura, oferta, processo e qualidade. Apresenta-se ainda a síntese dos principais indicadores referentes aos Institutos Portugueses de Oncologia (IPO). Como já foi referido anteriormente nesta análise não são considerados os episódios em que a cirurgia é de intenção exclusivamente de diagnóstico (biópsias), os procedimentos paliativos e os destinados a reconstruções. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 149 de 315

150 Nº episódios NM em LIC Nº episódios NM Operados e Entrados Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA ONCOLÓGICA O próximo gráfico ilustra a evolução semanal do número de episódios em lista de inscritos (LIC) com neoplasias malignas (NM), número de episódios entrados NM e operados NM. Evolução semanal da LIC, entradas e operados em NM em LIC NM Entradas NM Operados NM Carnaval Páscoa Período de férias de verão Natal Semanas 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre 4º trimestre 0 Gráfico 78 Cirurgia oncológica: Evolução semanal da LIC, entradas e operados NM, em 2012 A LIC de neoplasias malignas, tal como a LIC em geral teve uma evolução favorável ao longo do ano 2012, apresentando no final do ano um decréscimo em 100 episódios em relação ao ano de A evolução semanal das entradas acompanhou a dos utentes operados. Os entalhes nas curvas correspondem a épocas festivas e ao período habitual de férias centrado em Agosto. Página 150 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

151 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.1.Procura 6.1. PROCURA A próxima tabela apresenta os resultados da procura referentes às neoplasias malignas (NM) nos últimos sete anos, quer no que respeita a episódios entrados (inscrições para cirurgia no período de um ano), quer a episódios a aguardar cirurgia (LIC NM) a 31 de Dezembro de cada ano. Tabela 39 Cirurgia oncológica: Evolução dos resultados da procura referentes às neoplasias malignas desde 2006 até 2012 Indicadores de Procura Indicadores das Entradas 138 homóloga 2011/2012 (%) Entradas NM ,7% %Entradas NM/ Total 7,3% 7,6% 7,4% 7,8% 7,7% 7,5% -2,6% %Entradas NM do sexo masculino Indicadores da LIC 47,9% 47,9% 49,2% 48,1% 47,8% 47,5% -0,6% LIC NM ,8% Mediana do TE da LIC NM em dias ,0% % LIC P1 NM 38,4% 36,2% 29,8% 33,4% 34,1% 34,6% 1,5% % LIC P2 NM 46,8% 55,7% 64,0% 61,4% 60,3% 62,5% 3,6% % LIC P3 NM 14,0% 7,5% 5,5% 5,0% 5,3% 2,8% -47,2% % LIC P4 NM 0,8% 0,8% 0,8% 0,2% 0,3% 0,2% -33,3% O número de utentes inscritos, para cirurgia com neoplasias malignas, a 31 de Dezembro de 2012 era de episódios, o que representa cerca de 2,1% da LIC total. No entanto, o número de episódios entrados com neoplasias malignas representa 7,5% do universo das inscrições em lista em 2012 (entradas). O tempo de espera (TE) mediano, em LIC NM, aumentou 4,0%, o que corresponde a mais um dia de espera face ao período homólogo, todavia, em relação a 2006, verifica-se uma diminuição de 49%. 8 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois atualmente estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 151 de 315

152 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.1.Procura Em 2012 verifica-se uma diminuição das entradas NM em 0,7% face ao ano anterior, no entanto quando comparado com 2006 o crescimento das entradas foi de 41%. A média etária dos utentes entrados em LIC NM é de 65 anos e 47,5% são homens. Um aspeto relevante foi a transferência significativa de prioridades P3 para P2, entre 2011 e 2012, com consequente ganho de tempo para efetuar a cirurgia. A tabela que se segue apresenta os mesmos indicadores que a tabela anterior mas com a sua distribuição, por região de saúde, no ano de Tabela 40 Cirurgia oncológica: Resultados da procura referentes às neoplasias malignas em 2012 por ARS Indicadores de Procura Norte Centro LVT Alentejo Algarve Pais Indicadores de Entradas 139 Entradas NM homóloga entradas NM -1,3% 0,1% 1,8% 0,3% -24,6% -0,7% %Entradas NM/total 6,1% 7,7% 9,4% 7,1% 7,7% 7,5% % Entradas NM do sexo masculino 47,9% 47,8% 46,9% 49,3% 47,1% 47,5% Idade média das entradas NM Indicadores da LIC LIC NM homóloga LIC NM -1,6% 2,6% -7,7% 34,2% -18,2% -2,8% Mediana do TE da LIC NM em dias % LIC NM prioritária 61,3% 78,8% 59,9% 66,3% 69,8% 65,4% Idade média da LIC NM Apesar do número de entradas ter diminuído ao nível do país, três das ARS aumentaram as suas entradas. No Algarve houve uma diminuição significativa das entradas (menos 436 episódios, -24,6%). O número de utentes a aguardar cirurgia aumentou nas ARS do Centro e Alentejo. No entanto, o aumento da mediana do tempo de espera verifica-se nas ARS Norte, Centro e Algarve. A região de LVT manteve a mediana do TE da LIC NM e a ARS Alentejo diminuiu. 139 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página 152 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

153 Nº entradas NM por hab. Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.1.Procura O próximo gráfico apresenta a evolução do número de entradas de NM por ARS desde 2006 até ao ano de Evolução das entradas NM por hab. por ARS desde 2006 até 2012 Norte ( ) Centro ( ) LVT ( ) Alentejo ( ) Algarve ( ) Gráfico 79 Cirurgia oncológica: Evolução das entradas 140 NM por habitantes desde 2006 até 2012 Este gráfico mostra a forma como se agrupam as regiões no que respeita à equidade interregional no acesso em neoplasias malignas. O panorama nacional sofreu alterações significativas entre 2006 e Podemos observar que na ARS Centro ocorreram pequenas variações, enquanto que as ARS Norte e LVT, próximas entre si destacam-se das restantes. Na ARS do Algarve houve uma grande quebra entre 2011 e 2012, importa verificar se se trata de uma falta de acesso ou duma transferência para outras regiões. 140 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 153 de 315

154 %LIC %LIC Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.1.Procura Nos gráficos seguintes observam-se as distribuições por classes etárias e género dos episódios em LIC NM a 31 de Dezembro de 2006 e de % 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 0< idade 10 Distribuição da LIC NM por classes etárias e género no país em < idade 20 20< idade 30 Homens 30< idade 40< idade Classe etária Mulheres 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 80 Cirurgia oncológica: Distribuição da LIC NM por classes etárias e género em 2006 Distribuição da LIC NM por classes etárias e género no país em % 30% 25% 20% Homens Mulheres 15% 10% 5% 0% 0< idade 10 10< idade 20 20< idade 30 30< idade 40< idade Classe etária 50< idade 60 60< idade 70 70< idade 80 80< idade 90 idade >90 Gráfico 81 Cirurgia oncológica: Distribuição da LIC NM por classes etárias e género em 2012 A maioria dos utentes em LIC NM situa-se nas faixas etárias dos 60 aos 80 anos de idade. A média da idade dos utentes, que aguardavam por cirurgia de neoplasias malignas a 31 de Dezembro de 2012, era de 67 anos. Página 154 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

155 Nº LIC NM por hab. Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.1.Procura O próximo gráfico apresenta a evolução do número de episódios em LIC NM, por ARS, desde 2006 até ao ano de Evolução da LIC NM por hab. por ARS desde 2006 até 2012 Norte ( ) Centro ( ) LVT ( ) Alentejo ( ) Algarve ( ) 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0, Gráfico 82 Cirurgia oncológica: Evolução da LIC NM por habitantes desde 2006 até 2012 A ARS com maior número de utentes em LIC NM por habitantes é a ARS LVT. De um ponto de vista geral pode concluir-se que existem dois grupos: Um com as regiões Norte, Centro e LVT com mais episódios a aguardar cirurgia por habitantes; E outro com o Alentejo e Algarve com menos episódios a aguardar cirurgia por habitantes. Importa verificar se esta diferença na prestação de cuidados tem impacto no acesso da região aos tratamentos. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 155 de 315

156 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.2.Oferta 6.2. OFERTA A tabela seguinte apresenta os indicadores de oferta em cirurgia programada de neoplasias malignas (NM) desde de 2006 até 2012, assim como a variação desses indicadores, entre 2011 e Tabela 41 Cirurgia oncológica: Evolução dos indicadores de oferta referentes a neoplasias malignas desde 2006 Oferta 141 até 2012 Indicadores de Oferta homóloga 2011/2012 (%) Operados NM total ,7% Média Peso Relativo Op. NM Total 1,68 1,61 1,45 1,29 1,27 1,27 0,0% Operados padrão NM Total ,2% Operados NM HO ,3% Operados NM HD ,8% %Expurgo NM/saídas NM 16,4% 10,5% 10,6% 8,9% 8,4% 9,0% 7,1% Saídas NM ,01% %Operados P1 NM 29,2% 29,2% 26,9% 27,3% 28,5% 29,2% 2,5% %Operados P2 NM 40,0% 49,9% 52,9% 54,5% 55,7% 56,5% 1,4% %Operados P3 NM 27,0% 17,5% 17,3% 15,5% 13,2% 12,0% -9,1% %Operados P4 NM 3,8% 3,3% 3,0% 2,8% 2,5% 2,2% -12,0% O número de operados tem vindo a crescer desde 2006, com um aumento de 16,6% no esforço cirúrgico global (operados padrão), tendo sofrido uma pequena diminuição em 2012 face a 2011, de 0,7%, o que corresponde à diminuição das entradas. Apesar da diminuição ser discreta, dado as análises epidemiológicas apontarem para um aumento da incidência do cancro, este indicador pode ser preocupante, e deve ser monitorizado com proximidade e assiduidade. 141 Os dados referentes às entradas, saídas e expurgo não correspondem aos indicadores apresentados em relatórios anteriores pois estamos a ter em conta as transferências de responsabilidade. Página 156 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

157 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.2.Oferta A tabela seguinte apresenta os indicadores de oferta em cirurgia programada, referente a neoplasias malignas para o ano de 2012, por ARS. Tabela 42 Cirurgia oncológica: Indicadores de oferta referentes a neoplasias malignas em 2012 por ARS Indicadores de Oferta Norte Centro LVT Alentejo Algarve País Oferta Operados NM total homóloga operados NM -1,1% -1,3% 2,8% -2,3% -25,9% -0,7% Média Peso Relativo Op. NM Total 1,34 1,22 1,25 1,13 1,16 1,27 Operados padrão NM Total Operados NM HO Operados NM HD %Expurgo NM/saídas NM 7,2% 9,3% 10,8% 5,8% 7,7% 9,0% Saídas NM %Op. NM Prioritários 70,9% 84,0% 63,6% 67,7% 83,1% 70,8% O índice de complexidade médio (peso relativo) é discretamente inferior nas regiões do Algarve e Alentejo como seria de esperar dado não terem algumas valências associadas a procedimentos particularmente complexos. O Algarve é a região que apresenta maior variação negativa do número de operados face ao período homólogo (-25,9%, -431 episódios). Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 157 de 315

158 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.2.Oferta A próxima figura apresenta o número de episódios operados com neoplasias malignas (NM) por cada habitantes por ARS nos anos de 2006, 2011 e Neste quadro é tido em conta a localidade da instituição em que foram tratados, pelo que não representa o acesso real das populações ao tratamento em oncologia cirúrgica. Operados NM por habitantes nos anos de 2006, 2011 e 2012 Gráfico 83 Cirurgia oncológica: Operados NM por habitantes nos anos de 2006, 2011 e 2012 Observa-se um crescimento, de 2006 para 2012, do número de operados NM por habitantes, em todas as ARS. Todavia, face a 2011, a única ARS que aumentou o número de operados por habitantes, foi a região de LVT e a diminuição mais significativa verificou-se na ARS do Algarve. O fenómeno aqui representado em que os habitantes da região de LVT têm 1,7 vezes mais tratamento cirúrgico que os da região do Algarve e 1,4 vezes mais que a região do Alentejo, não sendo crível que isso corresponda a uma variação equivalente na incidência das doenças subjacentes, importa verificar e sanar eventuais iniquidades de acesso. Página 158 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

159 Nº operados NM por hab. Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.2.Oferta O próximo gráfico apresenta a evolução do número de operados NM por ARS, tendo em conta a que região pertence o hospital de origem do utente, desde 2006 até ao ano de Evolução dos operados NM por hab. por ARS desde 2006 até 2012 Norte ( ) Centro ( ) LVT ( ) Alentejo ( ) Algarve ( ) 5,0 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0, Gráfico 84 Cirurgia oncológica: Evolução dos operados NM por habitantes 142 desde 2006 até 2012 Os doentes operados NM por habitantes por ARS podem ser agrupados em dois grupos, um que em 2006 agrega a ARS do Alentejo e Algarve, e o outro composto pelas restantes regiões de saúde. Contudo, na evolução até 2012, constatou-se que a ARS Centro mudou de grupo pois o crescimento de doentes operados não é suficiente para acompanhar a ARS Norte e LVT. 142 O número de habitantes por ARS é apresentado entre parêntesis. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 159 de 315

160 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.2.Oferta Tabela 43 Cirurgia oncológica: Relação entre os episódios operados NM em cada região e a região de residência dos utentes no ano 2012 Região onde foram operados 143 Alentejo Algarve Centro LVT Norte Total Região de residência 144 Alentejo Algarve Centro LVT Norte Outras Total Caso o HD seja um hospital convencionado a ARS onde é contabilizada a produção cirúrgica é aquela a que pertence o hospital de origem, pois é com essa ARS que o HD tem a convenção que permite a transferência. 144 Região onde a morada do utente está inserida. 145 Corresponde a residentes das regiões autónomas ou com morada desconhecida. Página 160 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

161 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.3.Processo 6.3. PROCESSO A tabela seguinte apresenta-nos indicadores como a mediana do tempo de espera (TE) da LIC, média do TE dos operados e percentagem do tempo de pendência dos operados. LIC Tabela 44 Cirurgia oncológica: Evolução dos indicadores de processo desde 2006 até 2012 Indicadores de Processo homóloga 2011/2012 (%) Mediana TE da LIC NM em dias ,0% Tempo médio de pendência por 146 2,5 1,5 3,3 2,7 3,0 3,1 3,3% episódio em LIC NM em dias % LIC NM intransferível 4,1% 8,8% 13,0% 12,3% 16,0% 7,7% -51,9% Operados Média TE dos Operados NM em dias ,2% % Tempo de pendência dos 147 Operados NM 0,3% 0,6% 2,0% 0,7% 3,8% 2,7% -28,9% A média do tempo de espera dos operados NM e a mediana do tempo de espera da LIC NM aumentou 4,2%, (mais 1 dia) e 4,0% (mais 1 dia), em relação a 2011, apresentando esta última no entanto uma redução de 49% face a Tempo médio que cada episódio em LIC esteve pendente. Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. 147 Percentagem de tempo que cada episódio operado esteve pendente face ao tempo real de espera (tempo de espera + tempo de pendência). Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 161 de 315

162 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.3.Processo A tabela seguinte apresenta-nos os mesmos indicadores que a anterior mas por ARS, em LIC Tabela 45 Cirurgia oncológica: Indicadores de processo referentes a neoplasias malignas em 2012 por ARS Indicadores de Processo Norte Centro LVT Alentejo Algarve País Mediana TE da LIC NM em dias Tempo médio de pendência por 148 2,1 4,8 3,1 1,8 0,6 3,1 episódio em LIC NM em dias % LIC NM intransferível 4,2% 3,3% 14,3% 0,0% 1,6% 7,7% Operados Média TE dos Operados NM em dias % Tempo de pendência dos Operados 149 0,2% 4,2% 3,9% 0,0% 0,0% 2,7% NM A mediana do tempo de espera (TE) da LIC apenas diminuiu na ARS do Alentejo (menos 7 dias), enquanto LVT manteve e as ARS Norte (3 dias), Centro (3 dias) e Algarve (2 dias) aumentaram. No que se refere à média do TE dos operados as regiões Norte e Algarve mantiveram o valor, face a 2011, tendo as restantes ARS aumentado. 148 Tempo médio que cada episódio em LIC esteve pendente. Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. 149 Percentagem de tempo que cada episódio operado esteve pendente face ao tempo real de espera (tempo de espera + tempo de pendência). Para o cálculo são contabilizados todos episódios independentemente se tiveram pendentes ou não. Página 162 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

163 Mediana do TE da LIC NM em dias Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.3.Processo O gráfico seguinte mostra a distribuição do tempo de espera dos episódios NM em LIC, por hospital, desde 2006 até O valor inscrito representa a mediana do TE da LIC NM no país. 250 Distribuição da mediana do TE (em dias) da LIC NM por hospital desde 2006 até Gráfico 85 Cirurgia oncológica: Distribuição da mediana de TE (em dias) da LIC NM por hospital desde 2006 até 2012 Em 2012 a mediana do TE da LIC NM manteve-se nos 25 dias, contudo os valores de dispersão dos vários hospitais apresentaram um decréscimo significativo. Ainda assim pode observar-se que a mediana se encontra muito à esquerda da curva de distribuição dos TE o que significa que são deixados para traz um número significativo de casos. Como representação do exposto veja-se que a média de tempo de espera dos episódios em LIC acima do percentil 90 é de 60 dias. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 163 de 315

164 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.3.Processo O próximo gráfico representa a evolução da mediana do tempo de espera (TE) dos episódios em lista de espera para cirurgia (LIC) por grupo nosológico, em 2006 e Mediana de TE da LIC (em dias) oncológica por grupo nosológico em 2006 e Cancro da próstata Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos Neoplasias malignas da pele Outros cancros da região abdominopélvica Carcinoma do útero (corpo e cervix) Cancro da cabeça e pescoço Cancro do Cólon e recto Cancro da mama Outros cancros da região torácica Mediana de TE da LIC em dias Gráfico 86 Cirurgia oncológica: Mediana de TE da LIC (em dias) oncológica por grupo nosológico em 2006 e 2012 O cancro da próstata e as neoplasias da pele são as patologias que apresentam maior mediana do TE da LIC NM com 33 e 28 dias, respetivamente. O cancro da mama e outros cancros da região torácica são as patologias que apresentam menor mediana do TE da LIC NM, ambas com 20 dias. Um aspeto relevante que se observa neste gráfico é a diminuição significativa nas assimetrias observadas entre patologias, entre 2006 e Página 164 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

165 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.3.Processo O gráfico que se segue apresenta a evolução da média do tempo de espera dos episódios operados, por grupo nosológico, em 2006 e Evolução da Média do TE (em dias) dos Operados NM por Grupo Nosológico Cancro da próstata Outros cancros da região abdominopélvica Cancro da cabeça e pescoço Carcinoma do útero (corpo e cervix) Cancro da mama Neoplasias malignas da pele Cancro do Cólon e recto Outros cancros da região torácica Neoplasias malignas não enquadráveis em outros agrupamentos Média do TE dos Operados NM em dias Gráfico 87 Cirurgia oncológica: Evolução da média de TE (em dias) dos operados NM por grupo nosológico em 2006 e 2012 O cancro da próstata é o procedimento que apresenta maior média de tempo de espera nos operados NM com 52 dias (mais 3 dias face a 2011). Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 165 de 315

166 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.4.Qualidade 6.4. QUALIDADE A próxima tabela apresenta indicadores de qualidade tais como a lista de inscritos para cirurgia (LIC) face aos operados por mês e percentagem de episódios em lista com tempo de espera (TE) superior ao tempo máximo de resposta garantido (TMRG) 150. LIC Tabela 46 Cirurgia oncológica: Evolução dos indicadores de qualidade desde 2006 até 2012 Indicadores de Qualidade homóloga 2011/2012 (%) LIC NM/(Operados NM/mês) 151 1,52 1,19 0,99 1,00 1,04 1,01-2,9% % LIC NM> TMRG 55,1% 37,5% 19,9% 16,5% 23,7% 21,7% -8,4% %LIC NM prioritária > TMRG 54,9% 32,2% 18,7% 15,6% 22,6% 20,7% -8,4% Operados % Operados NM >TMRG 25,8% 21,2% 15,2% 13,2% 12,6% 14,8% 17,5% % Operados NM prioritários > TMRG Saídas 31,4% 26,0% 18,4% 14,2% 13,6% 15,3% 12,5% %Expurgo NM face às Saídas NM 9,9% 9,2% 9,6% 8,4% 7,7% 9,0% 16,9% A LIC face aos operados por mês representa uma reserva operacional de procura. O valor representa quanto tempo teria o fornecedor da produção caso não existisse mais procura. Este valor diminuiu 2,9% face ao período homólogo. Em relação aos episódios em LIC NM cujo tempo de espera ultrapassa o TMRG para a respetiva prioridade clínica, no ano 2012, houve uma diminuição em 8,4%, face ao ano Já no que diz respeito aos operados NM com tempo de espera superior ao TMRG aumentou 17,5%, face ao período homólogo. Importa salientar que quer o indicador relativo à LIC, quer o relativo aos operados, no que respeita à ultrapassagem do TMRG, apresentam valores claramente excessivos e recomendam uma intervenção no sentido de tornar mais célere a abordagem destes utentes. 150 TMRG: P1-NM 60 dias; P2-NM 45 dias; P3 15 dias; P4 3 dias. 151 Tempo que se demoraria a resolver a LIC caso não houvesse mais entradas e o número de operados por mês se mantivesse estável. Página 166 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

167 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.4.Qualidade A próxima tabela apresenta os mesmos indicadores que a tabela anterior mas por ARS, em Tabela 47 Cirurgia oncológica: Indicadores de qualidade referentes a neoplasias malignas em 2012 por ARS Indicadores de Qualidade Norte Centro LVT Alentejo Algarve País LIC LIC NM/(Operados NM/mês) 152 0,91 1,32 1,00 0,83 0,61 1,01 % LIC NM> TMRG 15,9% 34,7% 19,4% 4,1% 15,9% 27,7% % LIC NM prioritária > TMRG 13,4% 30,1% 20,8% 4,6% 6,8% 20,7% Operados % Operados NM >TMRG 9,9% 22,7% 16,3% 7,1% 8,6% 14,8% % Operados NM prioritários > TMRG 7,2% 24,4% 19,0% 5,7% 7,5% 15,3% Saídas %Expurgo NM face às Saídas NM 7,2% 9,3% 10,8% 5,8% 7,7% 9,0% No que respeita à qualidade do acesso em oncologia, medida em número de casos que ultrapassam os tempos recomendados e em expurgo, as regiões Norte, Alentejo e Algarve estão melhor situadas que as de LVT e Centro. Os valores, em particular no Centro, do número de casos irregulares é preocupante. 152 Tempo que se demoraria a resolver a LIC caso não houvesse mais entradas e o número de operados por mês se mantivesse estável. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 167 de 315

168 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.4.Qualidade No gráfico seguinte, observa-se a evolução da LIC NM por habitantes, a 31 de Dezembro de 2006 e de 2012, em cada ARS. Evolução da LIC NM por habitantes por ARS LIC NM TMRG/ hab. LIC NM> TMRG/ hab. Centro LVT Norte Algarve Alentejo LIC NM por habitantes Gráfico 88 Cirurgia oncológica: Evolução da LIC por ARS em 2006 e 2012 A LIC NM tem vindo a aumentar em todas as ARS, exceto nas ARS Centro e LVT. A tendência notória é a da redução no número de utentes com tempo de espera superior ao TMRG. A ARS Centro é a que apresenta mais utentes NM, com tempo de espera superior ao TMRG, cerca de 13 utentes por habitantes. As ARS com menos utentes NM a ultrapassar os TMRG são as ARS Alentejo e Algarve com 1 e 2 utentes, respetivamente. Página 168 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

169 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.4.Qualidade O gráfico seguinte apresenta a evolução da LIC NM, em função dos tempos máximos de reposta garantidos dos utentes, por grupo nosológico, em 2006 e LIC NM por Grupo Nosológico em 2006 e 2012 LIC NM TMRG LIC NM > TMRG 2012 Outros cancros da região abdominopélvica Neoplasias malignas da pele Cancro da mama Cancro da cabeça e pescoço Cancro do Cólon e recto Cancro da próstata Carcinoma do útero (corpo e cervix) Outros cancros da região torácica Neoplasias malignas não enquadráveis em outros Nº episódios em LIC NM Gráfico 89 Cirurgia oncológica: LIC NM por grupo nosológico em 2006 e 2012 Os episódios com maior frequência em LIC são os referentes a outros cancros da região abdominopélvica, seguidos dos com neoplasias malignas da pele e estas últimas são as que apresentam mais casos com tempos excessivos. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 169 de 315

170 6.CIRURGIA ONCOLÓGICA 6.5.Indicadores nos IPO 6.5. SÍNTESE DOS PRINCIPAIS INDICADORES NOS IPO A próxima tabela apresenta indicadores síntese para os três IPO, tais como número de episódios entrados com neoplasias malignas (NM), número de episódios inscritos NM (LIC NM), operados NM e média do tempo de espera (TE) dos operados NM, entre outros. Tabela 48 Cirurgia oncológica: Síntese dos indicadores oncológicos nos IPO em 2012 IPO Coimbra IPO Lisboa IPO Porto Indicadores 2012 hom. 2011/ 2012 (%) 2012 hom. 2011/ 2012 (%) 2012 hom. 2011/ 2012 (%) Entradas NM ,1% ,1% ,4% LIC NM 271-7,5% ,2% ,5% Mediana TE da LIC NM em dias 26 0,0% 32 0,0% 26 44,4% %LIC NM> TMRG 21,4% -0,5% 27,0% -23,5% 9,1% -34,1% Operados NM ,3% ,2% ,8% Média TE dos Operados NM em dias 36 16,1% 33 0,0% 22 10,0% Operados NM padrão ,5% ,0% ,6% % Operados NM> TMRG 20,7% 44,7% 28,5% -0,5% 7,1% 33,5% % Operados NM prioritários 96,3% 0,5% 89,9% 1,1% 63,5% 1,9% De entre os três IPO, o do Porto é o que tem mais procura e também o que efetua mais cirurgias. Mesmo tendo maior volume de atividade, o IPO do Porto é o que tem melhores indicadores de qualidade no acesso. No IPO de Lisboa mais de um quarto dos utentes esperam mais do que deviam, no entanto há diferenças muito significativas na atribuição de prioridades. Estas observações reforçam a importância da existência de protocolos comuns aplicados nas três instituições, nomeadamente relativos à atribuição de prioridades. Página 170 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

171 7.GRUPOS DE SERVIÇO (ESPECIALIDADES) 7. GRUPOS DE SERVIÇO (ESPECIALIDADES) identificados 12 grupos de serviço. Os grupos de serviços agregam serviços a fim de concentrar as propostas operatórias em grupos homogéneos em que as especialidades médicas e cirúrgicas se juntam. Assim, por exemplo, no grupo designado de Cirurgia Cardiotorácica iremos encontrar, para além dos serviços de Cirurgia Cardiotorácica, a atividade dos serviços de Cardiologia e de Pneumologia. Foram Na tabela seguinte, observam-se os indicadores de 31 de Dezembro de 2012 e respetiva variação homóloga sobre a lista de inscritos para cirurgia (LIC) distribuída e ordenada pelos grupos de serviço. Grupo de serviço Tabela 49 Grupos de serviço: Indicadores da LIC a LIC homóloga LIC (%) Mediana de TE da LIC (meses) homóloga mediana de TE da LIC (meses) (%) % LIC > TMRG Ortopedia ,4% 3,7-18,3% 16,8% Cirurgia Geral ,5% 3,1-7,0% 18,1% Oftalmologia ,4% 2,3 4,5% 8,7% Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia) ,1% 2,9-8,3% 9,2% Cirurgia Plástica / Dermatologia ,0% 3,0-10,8% 19,9% Ginecologia/ Obstetrícia ,4% 1,6-17,1% 5,3% Urologia ,0% 2,5-15,8% 20,7% Cirurgia Vascular ,4% 4,6-20,3% 22,1% Neurocirurgia ,3% 5,1 8,5% 27,2% Cirurgia Pediátrica ,5% 2,5-3,8% 4,4% Cirurgia Cardiotóracica ,9% 2,5-6,2% 15,3% Outros 71-26,8% 2,0 9,4% 9,9% País ,5% 3,0-9,9% 15,1% Em relação aos tempos de espera (TE) para cirurgia, destacam-se as especialidades de Ginecologia/Obstetrícia e Oftalmologia com medianas de TE da LIC de 1,6 e 2,3 meses respetivamente. As especialidades de Neurocirurgia e Cirurgia Vascular são as que apresentam mais utentes que já ultrapassaram o seu tempo máximo de espera para a prioridade, com 27,2% e 22,1% respetivamente. É também de sobressair o esforço na melhoria do acesso nas valências de Cirurgia Vascular, Ortopedia e Ginecologia/Obstetrícia. Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia Página 171 de 315

172 Nº episódios em LIC Relatório da Atividade em Cirurgia Programada Ano GRUPOS DE SERVIÇO (ESPECIALIDADES) O próximo gráfico relaciona número de episódios em LIC (YY), mediana de tempo de espera em LIC (XX), relação entre a LIC e o número de cirurgias realizadas por mês (volume da esfera) e taxa de crescimento da LIC (cor da esfera) taca 0 Ginecologia/ Obstetrícia Oftalmologia Urologia C. Pediátrica C.Cardiotóracica C. Geral Cirurgia Cabeça e Pescoço (inclui ORL, Estomatologia) Ortopedia Cirurgia Plástica / Dermatologia C. Vascular Neurocirurgia Volume da esfera: LIC face aos operados por mês Cor da esfera: Taxa de crescimento da LIC Características da LIC em 2012 Mediana do TE da LIC em meses Taxa Cresc. LIC Gráfico 90 Grupos de serviço: Características da LIC no ano 2012 Neste gráfico de esferas, a dimensão das situações em análise (episódios em LIC, LIC face aos operados por mês) é dada pela altura no gráfico e pelo volume da esfera; a criticidade das variáveis medidas (mediana de tempo de espera em LIC e Taxa de crescimento) é dada pelo desvio para a direita no gráfico e pelas cores, vermelho taxas positivas (aumento da LIC) e verde para taxas negativas (diminuição da LIC). A Neurocirurgia e Cirurgia Vascular são os grupos de serviço que apresentam maior mediana do tempo de espera, 5,1 meses e 4,6 meses respetivamente. A Cirurgia Cardiotorácica é a que apresenta menor tempo de resolução da LIC, 1,65 meses. As valências com maior acumulação de inscritos face à produção, por unidade de tempo é a Ortopedia, a Cirurgia Vascular e a Neurocirurgia. A Cirurgia Cardiotorácica e a Ginecologia/Obstetrícia são as que apresentam mais acumulação. Página 172 de 315 Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia

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