Toxicologia Ambiental: um olhar para as áreas contaminadas. Prof. Dr. Fábio Kummrow
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- Valdomiro Benke Candal
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1 Toxicologia Ambiental: um olhar para as áreas contaminadas Prof. Dr. Fábio Kummrow 20/01/2017
2 Definição de área contaminada (CETESB): Uma área contaminada pode ser definida como uma área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural.
3 Conceitos em Toxicologia ambiental: Contaminação ambiental pode ser definida como a presença de substâncias químicas em locais onde normalmente não ocorreriam ou ainda acima das concentrações naturais. Poluição é a contaminação que resulta ou pode resultar em efeitos biológicos adversos às comunidades. (Chapman, 2007)
4 Conceitos em Toxicologia ambiental: Toxicologia Ambiental: estuda os efeitos adversos para o homem dos poluentes presentes nos diferentes compartimentos ambientais. A Toxicologia ambiental utiliza dados obtidos em estudos de avaliação toxicológica com organismos relevantes (normalmente roedores e outros mamíferos) para inferir possíveis efeitos nocivos para o homem.
5 Conceitos em Toxicologia ambiental: Os três elementos básicos para qualquer fenômeno em toxicologia: Agente tóxico Organismos vivos Contato
6 Como a Toxicologia ambiental pode ajudar a lidar com áreas contaminadas? Identificando o perigo das substâncias presentes nas áreas contaminadas; Avaliando o risco dessas substâncias para a população exposta; Auxiliando na etapa de gerenciamento de riscos; Acompanhando a evolução da área contaminada por meio da monitorização ambiental...
7 Coleta inicial de informações: Qual o agente tóxico envolvido? Contaminante único ou mistura de contaminantes? Qual a forma do toxicante? Qual a sua concentração nos diferentes componentes do meio? O agente tóxico está em uma forma quimicamente e/ou biologicamente disponível? Existe de fato exposição da população aos contaminantes?
8 Conceitos em Toxicologia ambiental: Disponibilidade química: processo pelo qual a substância torna-se solúvel ou em forma desagregada no meio. Biodisponibilidade (ou disponibilidade biológica): processo pelo qual uma substância está disponível para ser assimilada pelo organismo. Esse processo depende das propriedades físicas e químicas da substância, da anatomia e fisiologia do organismo, da toxicocinética do agente e das vias de exposição.
9 Avaliação de risco: Avaliação de risco é a caracterização sistemática científica dos potenciais efeitos adversos à saúde resultantes de exposições humanas a um agente ou situação perigosa. Perigo: são as propriedades tóxicas intrínsecas das substâncias. É a capacidade da substância causar um efeito adverso. Risco: é a probabilidade da ocorrência de um efeito adverso em determinadas condições de exposição a uma substância.
10 Elementos do processo de avaliação de risco: Estudos epidemiológicos, clínicos, toxicológicos e investigações ambientais Extrapolação dos resultados desses estudos para predizer e estimar o tipo e a extensão dos efeitos do agente químico para a SAÚDE HUMANA Análise do número e das características dos indivíduos expostos a diferentes intensidades e durações Expressão da existência e da magnitude do problema a saúde Caracterização das incertezas inerentes à inferência do risco
11 Principais etapas do processo de avaliação de risco: IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO: caracterização dos efeitos adversos inerentes à determinada substância química AVALIAÇÃO DOSE-RESPOSTA: caracterização da relação entre a dose e a incidência de efeitos adversos em populações expostas. AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO: medição ou estimativa da intensidade, da frequência e da duração da exposição humana à substância química. CARACTERIZAÇÃO DO RISCO: Estimativa da intensidade de efeitos adversos para a saúde sob várias condições de exposição humana.
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14 Derivação do critério de saúde humana: - Dose de referência (RfD): doses as quais a população pode estar exposta diariamente sem apresentar risco de aparecimento de efeitos nocivos a saúde durante toda a vida.
15 - Cálculo da dose de referência: RfD = NOAEL Fatores de segurança Fatores de incerteza ou segurança utilizados para calcular a RfD: Fatores ,1 10 Justificativa Variabilidade humana Extrapolação dos animais para humanos Utilização de estudos subcrônicos Utilização do LOAEL Fatores adicionais
16 CARACTERIZAÇÃO E MANEJO DO RISCO: - Coeficiente de perigo (Hazard Quotient): HQ = Ingresso RfD ou RfC ou IDA Onde: RfD dose de referência; RfC concentração de referência; IDA Ingestão diária Aceitável
17 Avaliação da população exposta: Monitorização biológica: determinação de biomarcadores dos toxicantes presentes na área contaminada nos tecidos, fluidos, secreções, excretas e ar expirado comparando os resultados obtidos com valores de referência apropriados.
18 Avaliação da população exposta: Biomarcadores: parâmetros que evidenciam a ocorrência de alguma alteração (bioquímica, genética ou celular) num sistema ou numa amostra biológica. Biomarcadores de dose interna Biomarcadores de efeito Biomarcadores suscetibilidade Valores de referência (VR)
19 Avaliação da população exposta: Requisitos para a escolha de um biomarcador: 1) Conhecimentos sobre a toxicocinética e toxicodinâmica do agente 2) Conhecimento das relações dose-efeito e dose-resposta 3) Disponibilidade de técnicas analíticas confiáveis 4) Amostragem de fácil execução
20 Muito obrigado! ou
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