EFEITOS DA FREQUÊNCIA NOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO ELÉTRICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EFEITOS DA FREQUÊNCIA NOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO ELÉTRICO"

Transcrição

1 EFEITOS DA FREQUÊNCIA NOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO ELÉTRICO Claudiner Mendes de Seixas 1,2, Sergio Kurokawa 2, 1- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Campus Votuporanga / SP 2-Universidade Estadual de São Paulo Campus Ilha solteira / SP RESUMO. Este estudo tem por finalidade fazer uma análise qualitativa sobre sistemas de aterramento. O trabalho investiga algumas publicações e normas técnicas que tratam o assunto aterramento elétrico, os classifica descrevendo as finalidades de cada tipo e constata que existe deficiência normativa sobre a resposta do aterramento para correntes impulsivas. Define e descreve de forma sucinta a resistência e a impedância de aterramento e os fatores que as influenciam. Especial atenção é dada à influência da frequência nos parâmetros eletromagnéticos (condutividade σ e permissividade ε) do solo, pois ela afeta a impedância impulsiva e consequentemente a resposta do aterramento. Também são abordados os fenômenos da ionização do solo, propagação de ondas, interface solo-ar e suas influências na impedância do aterramento. A ação do sistema de aterramento é classificada em período permanente (PP) cujas respostas correspondem a frequências industriais (baixas), por exemplo as envolvidas em curto-circuito e, período dinâmico (PD), cujas respostas correspondem a altas frequências, por exemplo, das ondas impulsivas de correntes de descargas atmosféricas. Resultados evidenciando as respostas do sistema nestes dois períodos são mostrados. A interferência eletromagnética foi abordada visto que o sistema de aterramento pode contribuir para atenuar ruídos do sistema aterrado ou, se sua construção for inadequada, pode introduzir ruídos no sistema. Três filosofias de aterramento são apresentadas e descritas suas implicações pertinentes à interferência eletromagnética. Palavras-chave: Aterramento elétrico. Corrente impulsiva. Descarga atmosférica. Impedância. Resistência. 1. INTRODUÇÃO O Brasil, por estar a maior parte de seu território localizado próximo ao equador geográfico e devido a sua grande extensão territorial é um dos países com maior ocorrência de descargas atmosféricas no mundo. Estima-se ser atingido anualmente por cerca de 100 milhões de relâmpagos, ou seja, 3 por segundo. Resulta em uma média de quase 10 relâmpagos por km 2, cerca de 200 mortes e prejuízos de 500 milhões de dólares por ano (Junior, 2000). Cerca de tempestades estão sempre ocorrendo simultaneamente no planeta, o que significa que 16 milhões ocorrem no mundo anualmente. Cerca de 50 a 100 relâmpagos atingem o solo do planeta a cada segundo, o que equivale a cerca de 5 a 10 milhões por dia ou cerca de 1 a 3 bilhões por ano, sendo que menos de 10% ocorrem nos oceanos. Relâmpagos ocorrem com maior frequência no verão, devido o maior aquecimento solar. As nuvens típicas de tempestade tem um diâmetro aproximado de 10 a 20 km, inicia-se em torno de 1 km, alcança altitudes de 10 a 20 km e em média duram de 30 a 90 minutos, podendo permanecer fixas em um determinado local ou se mover com velocidades típica entre 40 a 50 km/h (Junior, 2000). Os relâmpagos duram em média 0,25 segundos, embora valores variando entre 0,1 a 2 segundos têm sido registrados e, percorrem na atmosfera uma típica trajetória de 5 a 10 km de comprimento, neste tempo. Neste intervalo de tempo a corrente sofre grandes variações, raramente (menos de 0,01% dos casos) ultrapassando os 200 ka. A corrente flui em um canal com um diâmetro de alguns centímetros e as temperaturas são extremamente elevadas atingindo valores máximos de ºC, equivalendo a 5 vezes a temperatura da superfície do sol e a pressão atinge valores de dezenas de vezes a pressão atmosférica ao nível do mar (Junior, 2000). O relâmpago é uma consequência do rápido movimento dos elétrons de uma região de cargas negativas para uma região de cargas positivas, fazendo o ar ao seu redor iluminar-se, aquecer-se e expandir-se em alta velocidade comprimindo o ar vizinho ao canal. Estas compressões propagam-se em todas as direções produzindo para distâncias maiores que alguns poucos metros, uma onda sonora popularmente conhecida como trovão, que apresenta máxima energia numa frequência aproximada de 100Hz. A maior parte da energia de um relâmpago, mais que 95% é gasta na expansão do ar nos primeiros metros ao redor do canal, sendo o restante convertida em energia térmica, acústica, eletromagnética (parte desta na forma luminosa) e energia elétrica no solo (Junior, 2000). Observando estes dados, fica evidente a importância dos sistemas de aterramentos elétricos e trabalhos precisam ser desenvolvidos buscando inovações para melhorar cada vez mais a eficiência destes sistemas. O aterramento elétrico é parte integrante fundamental das instalações elétricas e, provavelmente devido sua importância, vem despertando cada vez mais o interesse de muitos pesquisadores em todo o mundo. Ele se faz necessário para promover um bom desempenho, segurança e proteção para os equipamentos e as instalações, bem como para promover segurança e proteção aos seres vivos, sobretudo a humana (Sotile, 1989), (Kindermann, 2002), (Kindermann, 2004). Ele compreende todas as interligações metálicas diretas entre determinados elementos ou partes das instalações e um eletrodo ou grupo de eletrodo enterrados no solo, com o objetivo de conseguir que no conjunto de

2 instalações e nas superfícies próximas ao eletrodo não ocorram potenciais perigosos e ao mesmo tempo permita escoar para terra as correntes injetadas nos eletrodos. O aterramento elétrico deve viabilizar um caminho alternativo de baixa resistência e baixa impedância para a terra com a finalidade de escoar cargas devido a descargas atmosféricas (incluindo as correntes impulsivas de alta frequência), eletricidade estática ou tensões das fases devido a falhas, sensibilizando eficientemente as proteções elétricas (relés, fusíveis, disjuntores, supressores, etc.). O sistema de aterramento elétrico também contribui na qualidade dos serviços de fornecimento de energia elétrica, na qualidade da energia fornecida, na minimização de potenciais indesejáveis, na redução de interferências eletromagnéticas, dentre outras contribuições (Sotile, 1989), (Kindermann, 2002), (Kindermann, 2004), (Copel, 2004), (Modena), (Visacro, 2007). Basicamente, o aterramento deve apresentar os seguintes requisitos: capacidade de condução de corrente; valor de resistência invariável com as condições climáticas; tempo de vida útil compatível com a vida do sistema a ser protegido; proporcionar segurança ao pessoal e aos equipamentos aos quais foi eletricamente conectado (Copel, 2004). No caso do Brasil o projeto e construção de sistemas de aterramentos adequados à segurança e proteção de seres vivos e, que garantam um bom desempenho do sistema, não é tarefa simples dado as características do solo brasileiro que possui elevada resistividade (na maioria dos casos superior a Ω.m) e ao grande número de descargas elétricas sofridas pelo planeta, principalmente na região entre os trópicos, onde concentra a maior parte do território brasileiro. Um aterramento pode ser funcional, de proteção ou de trabalho (temporário) (NR10, 2004). O aterramento funcional é a ligação intencional à terra do condutor neutro, garantindo-se desta forma uma referência em relação à terra para as fases do sistema e demais potenciais derivados das fases. O aterramento de proteção se refere a conexão à terra de todas as partes condutoras pertencentes a uma instalação elétrica e ao redor dela que deveriam ter seu potencial nulo (mesmo potencial que a terra), isto é, que deveria ter seu potencial impedido de se elevar substancialmente no caso de contato com as fases ou em consequência de descargas atmosféricas e/ou cargas estáticas. Este aterramento visa a proteção contra choque elétrico por contato indireto (massa/carcaça energizada). O aterramento temporário, segundo NR10- Glossário, é a ligação elétrica efetiva confiável e adequada intencional à terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica. Neste trabalho será descrito resumidamente os três tipos de sistemas de aterramento elétrico e será dado um foco maior nos parâmetros associados à resistência elétrica e a impedância elétrica do aterramento, isto é, na resposta do aterramento para correntes de baixa e de alta frequência, bem como as interdependências dos parâmetros que influenciam o desempenho do aterramento. O assunto aterramento elétrico é abordado pelas normas técnicas ABNT NBR15751-Sistemas de aterramento de subestações-requisitos, NBR15749-Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em sistema de aterramento, NBR7117-Medição da resistência do solo pelo método dos quatro pontos (Wenner), NBR5410- Instalações elétricas de baixa tensão, NBR5419-Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, NBR Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kv a 36,2 kv, pela norma regulamentadora do ministério do trabalho e emprego NR10-Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, pelas normas internacionais IEC 479-1:1994- Effects of current on human beings and livestock - Part 1: General aspects e IEC :2002 -Electrical installations of buildings Part 5-54: Selection and erection of electrical equipment, Earthing arrangements, protective conductors and protective bonding conductors, dentre outras. Verifica-se a deficiência normativa em se abordar o aterramento elétrico considerando também sua impedância e as variações desta com a frequência extrapolando os conceitos pertinentes a resistência elétrica. 2. TIPOS/CLASSIFICAÇÃO DE ATERRAMENTOS A seguir, descrição da classificação dos tipos de aterramento elétrico em: funcional, de proteção e temporário: Conforme a ABNT NBR5410:2004, aterramento é a ligação elétrica efetiva, confiável e adequada, intencional à terra (solo), entendida como a massa condutora com potencial elétrico igual a zero (convenção), através da qual correntes elétricas podem fluir. O aterramento funcional é realizado conforme a classificação dos sistemas de baixa tensão em relação a alimentação e das massas em relação à terra. A classificação é feita por letras onde a Primeira letra (T, I) especifica a situação da alimentação em relação à terra e a Segunda (T, N, I, S e C) Especifica a situação das massas (carcaças) das cargas ou equipamentos em relação à terra. Enquanto o aterramento funcional e o de proteção são permanentes, o aterramento de trabalho não é. Este aterramento é realizado para garantir a segurança dos equipamentos e do trabalhador durante as atividades a serem realizadas nos sistema/instalações elétricas e é removido logo ao final dos serviços para a reenergização das instalações. Por isso recebe o nome de aterramento de trabalho ou temporário. Conforme manual de instrução técnica da Copel (Copel, 2004) ele se faz necessário também nas redes aéreas de distribuição comprovadamente desligadas e, portanto, aparentemente segura às condições de trabalho, pois elas podem ser indevidamente energizadas. Vários fatores podem ser responsáveis pela energização acidental da rede, tais como: descargas atmosféricas, indução eletrostática, contato de condutores energizados na rede desenergizada, diferença de potencial criada por diferenças de altitudes, tensão induzida por linhas adjacentes, erros de manobra, fontes de alimentação de terceiros, dentre outros. O aterramento temporário é realizado de modo a vincular os condutores fases previamente desenergizados e o neutro ao potencial de terra, de forma a promover a equipotencialização protegendo os equipamentos e a não oferecer risco de

3 choque elétrico ao trabalhador, sensibilizando os dispositivos de proteção e seccionamento para atuação rápida, evitando riscos de elevação de potencial nas instalações. O aterramento de proteção se refere a conexão à terra de todas as partes condutoras não energizadas pertencentes a uma instalação elétrica e ao redor dela. O aterramento dessas massas pode ser feito por meio de eletrodo exclusivo ou usando o condutor neutro, conforme esquemas de aterramento funcional descritos anteriormente. O principal objetivo deste aterramento é manter as tensões de passo e de toque dentro de valores aceitáveis, além de sensibilizar os dispositivos de proteção para atuação rápida, minimizando os riscos de choque elétrico decorrentes de faltas. 3. RESISTIVIDADE DO SOLO E FATORES QUE A INFLUENCIAM Conforme definição da NBR15751:2009 a resistividade aparente do solo é a resistividade vista por um sistema de aterramento qualquer, em um solo com característica de resistividade homogênea ou estratificado em camadas, cujo valor é utilizado para o cálculo da resistência de aterramento desse sistema. A resistividade do solo varia com o tipo de solo, mistura de diversos tipos de solo, teor de umidade, temperatura, compactação e pressão, composição química e concentração dos sais dissolvidos na água retida, da formação geológica, etc. (Sotile, 1989), (Kindermann, 2002). Os sistemas de aterramento devem ser realizados de modo a garantir a melhor ligação com a terra (menor resistência de aterramento). Como normalmente a medição da resistividade do solo é um subsídio para a execução do projeto de aterramento, esta deverá vir acompanhada de croquis de medição assinalando a direção e o sentido das medições. Informações como índice pluviométrico, temperaturas (máxima, mínima e média da região), amostras de solo, índice de umidade, perfil do solo, tipos de solo e as características da camada superficial são importantes para o projeto (Sotile, 1989). A resistividade (ρ) do aterramento pode ser medida por vários métodos (Wenner, Lee, Schlumberger-Palmer, etc). O método de Wenner é o mais usado, pois além de simples, apresenta uma boa precisão em seu resultado. Ele usa a formulação de Palmer apresentada na Eq. (1). (1) sendo d a distância entre as hastes em metros, p a profundidade cravada metros e R a resistência do solo (medida como explicado adiante). Para que não haja interferência entre as hastes, afetando a qualidade da medição, é preciso que elas estejam razoavelmente afastadas uma da outra. Para afastamentos relativamente grandes, ou seja, maiores que 20 vezes a profundidade de cravamento, a Eq. 1 se reduz para a Eq IMPEDÂNCIA DO ATERRAMENTO ELÉTRICO A maioria dos sistemas de aterramentos elétricos comunga da importância de se obter uma baixa resistência de aterramento. Esta preocupação se deve ao fato de que as frequências das correntes de falta são baixas e a resistência passa a ser o elemento mais expressivo da impedância de terra. Como exemplo disso, observa-se que Kindermman (2004), descrevendo sobre o choque elétrico, trata a resistência como um elemento de suma importância para que o aterramento desempenhe seu papel com eficiência. O comportamento de sistemas de aterramento submetido a altas correntes de impulso e altas frequências, como por exemplo as das ondas de descargas atmosféricas, difere consideravelmente de quando submetido a baixas frequências e baixas correntes pois o comportamento indutivo ou capacitivo pode se tornar muito mais importante em relação ao comportamento resistivo (Geri, 1999). O solo se comporta essencialmente como uma resistência para baixas frequências e com valores normais de resistividade. Para descargas muito rápidas para o solo (frequências muito altas ou frente de onda muito íngreme) podese considerar que circula uma corrente de deslocamento (capacitiva) considerável na capacitância do solo, em paralelo com a corrente de condução da condutância e também uma corrente longitudinal no eletrodo referente a resistência e indutância própria da malha, o que torna possível representa-lo por um modelo R, L, G e C (Verma e Mukhedkar, 1981). A Figura 1 apresenta um exemplo de como o módulo e a fase da impedância impulsiva variam com a frequência da onda injetada no sistema de aterramento. Verifica-se que para baixas frequências o módulo e a fase praticamente não variam, isto se dá devido ao efeito resistivo prevalecer sobre os efeitos indutivos e capacitivos. Para faixa de frequência entre aproximadamente 100kHz a 1MHz, verifica-se a influência da frequência na impedância. Note que a fase cresce negativamente com o aumento da frequência de 100kHz até aproximadamente 300kHz, onde atinge o valor mínimo (aproximadamente -15º). Este comportamento se deve a influência capacitiva ser predominante para esta faixa de (2)

4 frequência. Após esta frequência, a fase começa a aumentar passando pelo zero em aproximadamente 500kHz e continua aumentando até atingir valor máximo (aproximadamente +28º) próximo aos 850kHz. Nesta faixa de frequência o efeito indutivo passa a ser significativo, compensando o efeito capacitivo na frequência da passagem da fase por zero e, a partir desta frequência, passa a predominar. O módulo começa a diminuir a partir de aproximadamente 150kHz, atingindo seu valor mínimo em aproximadamente 500kHz, frequência aproximada em que a fase passa por zero; a partir daí começa a aumentar com o aumento da frequência. Fig. 1 Variação da impedância impulsiva (módulo e fase) com a frequência - Fonte: Alípio, Segundo Visacro (2002) o conhecimento sobre a representação dos parâmetros do solo na condição imposta pelo fenômeno solicitante é o ponto chave para se avaliar a resposta transiente destes aterramentos. O comportamento dos eletrodos de aterramento frente a corrente de descargas atmosféricas é muito diferente daquele observado para correntes de baixa frequência, como as de curto-circuito. Este comportamento compreende diferentes aspectos, principalmente quanto à resposta a correntes impulsivas, à dependência da frequência, dos parâmetros do solo e ao processo de ionização desse meio. Observa-se nestes casos a preocupação com a impedância do aterramento e não somente com a resistência. Entende-se por impedância de aterramento a maneira pela qual o sistema enxerga o aterramento, ou seja, é a oposição oferecida pelo solo à injeção e dispersão da corrente elétrica nele, através dos eletrodos. Uma conexão à terra apresenta resistência, capacitância e indutância. A impedância impulsiva Zp é definida, no domínio do tempo, como sendo a relação entre a elevação da tensão no ponto de injeção da corrente em relação a um terra remoto pelo pico da corrente impulsiva injetada no aterramento, ou seja, Zp=Vp/Ip, sendo Vp e Ip grandezas de pico (Visacro, et al., 2007), (Visacro, et al., 2011), (Grcev, 2009) e Grcev, et al., 2012). Também é definida a impedância transitória como sendo Z(t)=V(t)/I(t), onde V(t) e I(t) são valores instantâneos. Ela apresenta variação rápida durante o período inicial do transitório e tende ao valor da resistência após alguns microssegundos (Alípio, 2012). No domínio da frequência, o comportamento da Impedância Complexa do Aterramento pode ser determinado pela relação entre a elevação de potencial desenvolvido no eletrodo (referenciada ao infinito) e a corrente aplicada ao aterramento para cada frequência específica, Z(ω)=V(ω)/I(ω). Na literatura é também chamada de impedância harmônica (Visacro, et al., 2011). Alípio (2012), a luz da definição de impedância transitória Z(t) feita por Visacro (2007) e Grcev (2009), define dois períodos distintos para a resposta de sistemas de aterramentos, visto que esta impedância apresenta variação rápida durante o período inicial do transitório e, após alguns microssegundos, tende ao valor da resistência de aterramento R. O primeiro período, a que chamou de Período Dinâmico (PD), corresponde a alguns microssegundos e está relacionado com as correntes impulsivas de alta frequência. Neste período os efeitos reativos e de propagação são acentuados e o aterramento é melhor representado por uma impedância. O segundo período, a que chamou de Período Permanente (PP), possui seu comportamento caracterizado pela resistência de aterramento, pois os efeitos da alta frequência não são relevantes neste período, isto é, os efeitos reativos e de propagação não são significativos. A Figura 2 apresenta o comportamento da impedância transitória de um aterramento, onde pode-se observar o descrito no parágrafo anterior, isto é, variação da impedância transitória para os primeiros 1,3 microssegundos (PD) e a evolução praticamente constante e com valor próximo ao valor da resistência (28 Ω) no PP (t > 1,3μs).

5 Visacro (2007) apoud Alípio (2012) afirma que quando uma corrente impulsiva é injetada num sistema de aterramento, a onda eletromagnética referente ao surto se propaga ao longo do eletrodo, porém sofre distorção e atenuação em decorrência das perdas e da ionização do solo. A onda é deformada e atenuada com o passar do tempo a medida que viaja no eletrodo imerso num meio condutivo (solo) e a atenuação aumenta com a frequência e com a condutividade do solo. Daí deriva o conceito de comprimento efetivo do eletrodo (l ef ) que corresponde ao comprimento máximo, a partir do qual aumentos do eletrodo não implicam em diminuição da impedância impulsiva, pois as componentes de alta frequência da corrente impulsiva estarão tão atenuadas e distorcidas que o aumento no comprimento do eletrodo não mais contribui para a dispersão da corrente no solo (Visacro, 2007). Alípio (2012) mostra por meio de resultados de simulação o comportamento da impedância impulsiva e da resistência para solos de diferentes resistividades (ρ=100, 500 e 1.000Ω.m) e para comprimentos de eletrodos variando de 5 a 90m. A Figura 3 mostra o aspecto destas curvas onde se percebe que a partir de um determinado comprimento, o que foi definido no parágrafo anterior como comprimento efetivo do eletrodo (l ef ), a impedância impulsiva se mantém praticamente constante, o que não justifica aumentar mais o comprimento do eletrodo para obtenção de melhor reposta impulsiva (referente a frente de onda) pois não se terá ganhos na redução desta impedância. Com relação a resistência do aterramento, esta sim vai reduzindo com o aumento do eletrodo o que favorece o escoamento da corrente de calda do fenômeno, já que a onda de frente não enxergará um eletrodo maior que o comprimento efetivo. Sabe-se também que a propagação de uma onda é mais atenuada em meios com maior condutividade (menor resistividade), fato este apresentado na Fig. 3, onde se verifica menores valores de impedância e menor comprimento efetivo para o solo de menor resistividade (100Ω.m). Conforme a Fig. 4 pode-se observar que os comprimentos efetivos dos eletrodos para solos de resistividades de 100, 500 e 1.000Ω.m são respectivamente 10, 18 e 26m, para uma onda de frente rápida (1,2/50μs), comprimento este que seria aumentado para ondas mais lentas como por exemplo com tempo de frente de 3μs ou 8/20μs e também com o aumento da resistividade do solo. Fig. 2 - Impedância transitória de um aterramento de eletrodo horizontal de 30m, enterrado a 0,5m de profundidade, imerso em solo de 500Ω.m de resistividade - Fonte: Alípio, Fig. 3 - Resistência de aterramento R e impedância impulsiva Zp em função do comprimento do eletrodo, imerso em solos de resistividade de 100, 500 e 1000 Ω.m - Fonte: Alípio, O comprimento efetivo determina a extensão da malha de aterramento a partir da qual o valor de pico da sobretensão no ponto de injeção de corrente é independente do tamanho do sistema de aterramento, o que é mostrado na Fig. 4, que apresenta curvas de elevação de potencial no ponto de injeção de corrente em relação a um terra remoto, para eletrodos de diferentes comprimentos (entre 5 a 90m) e solo de resistividade de 500Ω.m (Alípio, 2012). Reforçando o que se mostrou nas Figuras 2, 3 e 4, a Fig. 5 apresenta o comportamento da resposta de um aterramento com eletrodo de 40m de comprimento perante a uma onda impulsiva, onde se percebe que a impedância transitória é maior que a resistência para o período dinâmico (PD) e este pode ser estimado como 1, 2 e 10 microssegundo para os solos com resistividade de 1.000, 500 e 100Ω.m, respectivamente, e que se iguala com a resistência no período permanente (PP). Verifica-se também que para solos mais condutivos ocorre um distanciamento maior entre a impedância transitória e a resistência no período dinâmico.

6 Fig.4 - Elevação de potencial no ponto de injeção para diferentes comprimentos de eletrodos e solo de 500Ω.m. Fonte: Alípio, Fig.5 - Resistência de aterramento R e impedância transitória z(t) para eletrodo de 40 m, imerso em solos de resistividades 100, 500 e Ω.m. Fonte: Alípio, A resistência de aterramento não depende do ponto de injeção da corrente de impulso na malha, pois ela não depende do comprimento efetivo do eletrodo. Para a resistência, quanto maiores os eletrodos, maior a facilidade da corrente se escoar e menor a resistência. Então, independentemente do ponto de injeção, se na extremidade da malha ou no meio, a corrente sempre enxergará a mesma resistência R. Já no caso da impedância impulsiva, ela depende do ponto de injeção devido ao comprimento efetivo do eletrodo, isto é, ela pode ser significativamente diferente se a conexão for feita na extremidade da malha, ou pior, no vértice, quando comparada com conexão no centro, pois no vértice os eletrodos estariam instalados numa área equivalente a no máximo 90º enquanto que no centro a área poderá ser os 360º ao redor do ponto de conexão. A Fig. 6 ilustra esta situação, onde se obtém menor impedância impulsiva se a injeção ocorrer no ponto B ao invés do A. Fig.6 Influencia do comprimento efetivo do eletrodo na impedância impulsiva. Fonte: Alípio, Percebe-se então que a região ao redor do ponto de injeção do impulso de corrente é a região aonde a corrente impulsiva irá se dispersar, porém ela é limitada por um raio igual ao comprimento efetivo do eletrodo. Assim, esta área de dispersão passa a ser o fator de maior influência na redução da impedância impulsiva. Para grandes malhas e para solos mais condutivos (menor comprimento efetivo do eletrodo) este aspecto passa a ser relevante. Uma distribuição adequada dos pontos de injeção pode melhorar substancialmente a resposta do sistema de aterramento (Alípio, 2012). Outro conceito encontrado na literatura e que é importante mencioná-lo é o coeficiente de impulso. Para comparação entre o comportamento impulsivo e o de baixa frequência do aterramento é usado o coeficiente de impulso Ic definido, como sendo a relação entre a impedância impulsiva Zp e a resistência de aterramento para baixa frequência R LF, Ic=Zp/R LF. (Visacro,2007), (Grcev, 2009) e (Grcev, et al., 2012). O coeficiente de impulso é altamente dependente do comprimento efetivo do eletrodo e próximo a este comprimento apresenta valores próximos a unidade; quanto mais curto o eletrodo comparado com o comprimento efetivo e quanto menor a resistividade do solo, menor o coeficiente, se apresentando menor que a unidade, geralmente entre 0,4 a 0,9. Para comprimentos de eletrodo maiores que o comprimento efetivo tal coeficiente pode atingir valores superiores a 10 vezes a unidade. O autor deste trabalho realizou simulações para eletrodos singelos horizontais, usando modelos a serem discutidos em outras publicações e obteve dentre outras, as curvas da Fig. 7.a e 7.b. Na Fig.7.a observa-se que a impedância impulsiva diminui exponencialmente com o aumento do comprimento do eletrodo quando este é curto, mas que a partir de um determinado comprimento (comprimento efetivo) praticamente não se tem ganhos na diminuição da impedância impulsiva com o aumento do comprimento do eletrodo. A simulação foi de realizada para diversos comprimentos entre 1 a 100 metros. Na simulação ilustrada na Fig.7.b, Ia representa a corrente (dupla exponencial) injetada na extremidade do eletrodo para representar a descarga atmosférica, com 1kA de pico e tempo de frente igual a 1,2μs e as tensões V 1, V 2, V 3 e V f,

7 representam as tensões nas posições de 8, 20, 36 e 72m, respectivamente, ao longo do eletrodo de 80m a partir do ponto de injeção da corrente. Observa-se que as tensões V 1, V 2, V 3 e V f, vão reduzindo a sua amplitude conforme se caminha para a extremidade final do eletrodo o que indica que a propagação da onda da tensão gerada pelo fenômeno impulsivo sofre atenuação e deslocamento, confirmando o conceito de comprimento efetivo. Verifica-se que ambas as figuras concordam com a teoria até aqui discutida. Fig.7.a- Impedância impulsiva versus comprimento do eletrodo. Fonte: próprio autor Fig.7.b- Tensão em pontos distintos de um eletrodo de 80m de comprimento. Fonte: próprio autor 5. INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS ELETROMAGNÉTICOS DEPENDENTES DA FREQUÊNCIA DE SOLOS Pedrosa et al., (2010) fizeram um estudo analisando a influência da variação dos parâmetros elétricos do solo com a frequência, mais precisamente a condutividade (σ) e a permissividade (ε), na resposta transitória de aterramentos elétricos frente a descargas atmosféricas e compararam algumas das diferentes formulações existentes na literatura, isto é, com (Scott, 1967), (Visacro e Portela, 1987) e (Portela et al., 2003). O estudo considerou eletrodos horizontais de diferentes comprimentos e solos de diferentes resistividades (ρ) medidas em baixa frequência e mostrou que a impedância de aterramento diminui quando se considera a variação dos parâmetros do solo (σ e ε) com a frequência. Segundo Visacro (2011), normalmente a permeabilidade magnética (μ) do solo tem um valor próximo à permeabilidade do ar, mas a condutividade e a permissividade do solo são fortemente dependentes da frequência da onda impulsiva. Pedrosa et al (2010) afirma baseada em Scott (1967), Visacro e Portela (1987) e Portela et al. (2003) que quando a frequência varia de 100Hz a 2MHz ocorre um aumento da condutividade e uma redução da permissividade relativa. As Figuras 8 e 10 foram construídas considerando solos com condutividade, medida em baixa frequência de σ =10mS/m (resistividade ρ=100ω.m), portanto mais condutivos do que nas Figuras 9 e 11, cuja condutividade é de σ =1mS/m (resistividade ρ=1.000ω.m) ou seja, mais resistivo que o anterior. As Figuras 8 e 9 mostram a variação da condutividade (σ[ms/m]) em função da frequência (f[hz]), conforme equações levantadas pelos autores supracitados onde se verifica a mesma tendência do aumento da condutividade com o aumento da frequência, em todo o espectro de frequência, sendo mais acentuada em Visacro para solos mais condutivos e em Portela em solos mais resistivos e frequências entre 500kHz e 1MHz. Fig.8 Variação da condutividade do solo em função da frequência (solos com ρ = 100Ω.m). Fonte: Pedrosa et al., Fig.9 Variação da condutividade do solo em função da frequência (solos com ρ = 1.000Ω.m). Fonte: Pedrosa et al., 2010.

8 As Figuras 10 e 11 ilustram a variação da permissividade vezes a frequência angular (ωε [ms/m]) em função da frequência (f[hz]), conforme equações levantadas pelos autores supracitados, onde se verifica a mesma tendência do aumento de ωε com o aumento da frequência, em todo o espectro de frequência (mesmo com ε diminuindo com o aumento da frequência (Pedrosa et al., 2010)) sendo mais acentuada nas altas frequências em Portela para ambos os tipos de solos. Fig.10 Variação de ωε do solo em função da frequência (solos com ρ de 100Ω.m). Fonte: Pedrosa et al., Fig.11 Variação de ωε do solo em função da frequência (solos com ρ de 1.000Ω.m). Fonte: Pedrosa et al., As Figuras 12a e 12b mostram o módulo e a fase, respectivamente, da impedância harmônica Z(jω), para variação de frequência de 100Hz a 1MHz, considerando os parâmetros do solo σ (condutividade σ ou resistividade ρ = 1/σ ) e ε (permissividade) dependentes da frequência e também considerando estes parâmetros independentes da frequência, para um eletrodo de 70m de comprimento. (a) Módulo (b) Fase Fig.12 - Impedância em função da frequência para um eletrodo de 70 m e solo com resistividade elétrica medida em baixa frequência igual a Ω.m. Fonte: Pedrosa et al., Para o espectro de frequência inferior o efeito da permissividade ε é pouco expressivo, como mostrado na Fig. 10 e pode ser desprezado, isto porque para baixas frequências a corrente predominante é a de condução, podendo ser desprezados os efeitos da corrente de deslocamento. No entanto, para frequências maiores percebe-se uma diminuição da impedância quando comparado os resultados em que não foi considerada a variação dos parâmetros do solo com a frequência, com os que esta variação foi levada em consideração, ver Fig. 12. Verifica-se nas Figuras 8 e 9 que a resistividade diminui e, nas Figuras 10 e 11, que a permissividade aumenta, respectivamente, com o aumento da frequência. Isto resulta no aumento da impedância, conforme mostrado na Fig. 12a, mas no caso em que se levou em conta a variação dos parâmetros do solo com o aumento da frequência, o aumento da impedância foi menor do que no caso em que não se levou em conta a variação dos parâmetros σ e ε com a frequência. Em outras palavras, ocorre redução na impedância ao se considerar a variação da condutividade (ou resistividade) e da permissividade do solo com a frequência. Verifica-se na Fig. 12b, na formulação proposta por Portela, a predominância dos efeitos capacitivos para frequências aproximadamente entre 100Hz e 30kHz. Em torno dos 30kHz a fase assume valor zero, significando que os efeitos capacitivos e indutivos se compensam, resultando comportamento tipicamente resistivo. Verifica-se também que neste ponto a impedância assume valor mínimo, ocorrendo a troca de tendência (derivada igual a zero). Para frequências

9 entre aproximadamente 30kHz e 300kHz os efeitos indutivos predominam e acima dos 300kHz voltam a predominar os efeitos capacitivos. Em solos de menor resistividade o efeito capacitivo é menos pronunciado, pois neste caso os efeitos transversais associados as correntes capacitivas apresentam pouca influência no comportamento do aterramento. As Figuras 13a e 13b ilustram, respectivamente, o módulo e a fase da impedância harmônica Z(jω), para variação de frequência de 100Hz a 1MHz, considerando os parâmetros do solo σ (condutividade ou ρ = 1/σ = resistividade) e ε (permissividade) dependentes da frequência e também considerando estes parâmetros independentes da frequência, para um eletrodo de 10m de comprimento. (a) (b) Fig. 13 Impedância em função da frequência para eletrodo de 10 metros de comprimento e solo com resistividade elétrica medida em baixa frequência igual a Ω.m. Fonte: Pedrosa et al., Comparando as Figuras 12 com 13 verifica-se que para o condutor de menor comprimento os efeitos capacitivos para o espectro de menor frequência são bem mais acentuados. Também ocorre maior diferença nos resultados entre as formulações que consideram a variação dos parâmetros do solo com a variação da frequência. Além desses efeitos mostrados até aqui, deve-se saber que a ionização do solo, o efeito de propagação e a interface solo-ar também influenciam na impedância de aterramento. 6. CONCLUSÃO Conclui-se neste trabalho que o estudo de sistemas de aterramento elétrico é de suma importância dada a quantidade de descargas atmosférica que incidem no planeta, especialmente no solo brasileiro e, dada a vulnerabilidade dos sistemas caso as proteções não atuem de maneira eficaz e eficiente. Os prejuízos financeiros e as mortes decorrentes de descargas atmosféricas podem ser minimizados com o emprego de um bom aterramento. O aterramento apresenta comportamento distinto perante a eventos rápidos (descargas atmosféricas) quando comparado com eventos lentos (frequências industriais). Assim, o projetista de aterramento deve conhecer muito bem a aplicação do sistema de aterramento a ser projetado e as respostas esperadas para cada configuração, quando submetida a correntes de altas e baixas frequências. Não se considerar a redução da impedância do aterramento com o aumento da frequência, se estaria sendo conservador. Mas, não se considerar que a impedância e a resistência do aterramento são muito diferentes nas altas frequências se estaria cometendo um grave erro para aplicações que requerem esta diferenciação. Material pode ser economizado conhecendo-se o conceito de comprimento efetivo do eletrodo ou da malha de aterramento para aplicações em alta frequência, bem como a eficiência do sistema pode ser aumentada com a correta escolha do ponto de injeção da corrente impulsiva. Este trabalho não teve a pretensão de esgotar o assunto sobre aterramento, pelo contrário, mostra apenas algumas linhas de pesquisa para subsidiar próximos estudos. 7. REFERÊNCIAS ALIPIO, R. S. Modelagem Eletromagnética de Aterramentos Elétricos nos Domínios do Tempo e da Freqüência f. Dissertação (Mestrado em Modelagem Matemática e Computacional.) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonte, ALÍPIO, R. S., AFONSO, M. M., SCHROEDER, M. A. O., OLIVEIRA, T. A. S. e ASSIS, S. C. Resposta impulsiva de eletrodos de aterramento. Revista Controle & Automação, Vol.23, no.4, pp , Julho e Agosto 2012.

10 COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA-COPEL. Módulo 4 - Aterramento de Redes de Distribuição. MIT. Manual de Instruções Técnicas. Curitiba, PR: COPEL, p GERI, A. Behaviour of grounding systems excited by high impulse currents: The model and its validation. IEEE Trans. On Power Delivery, vol14, issue 3, pp , July, GRCEV, L. Impulse Efficiency of Ground Electrodes. IEEE Transactions on Power Delivery, Vol. 24, no1, pp , January JUNIOR, O. P., PINTO, I. R. C. A. Tempestades e Relâmpagos no Brasil. INPE, São José dos Campos, SP, KINDERMANN, G. Choque elétrico. Sagra Luzzatto, 2ª Ed, Porto Alegre, KINDERMANN, G., CAMPAGNOLO, J. M. Aterramento elétrico. Sagra Luzzatto, 4ª Ed, Porto Alegre, L. GRCEV, B. Markovski, V. Arnautovski-Toseva, K. E. K. Drissi. Transient Analysis of Grounding Systems Without Computer. International Conference on Lightning Protection (ICLP), 2012, Vienna, Austria. NBR15751:2009. Sistemas de aterramento de subestações requisitos. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR5410:2004. Instalações elétricas de baixa tensão. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NR10:2004. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Norma Regulamentadora 10. Ministério do Trabalho e Emprego, Brasil, PEDROSA, A. G., ALIPIO, R. S., SCHROEDER, M. A. O. AFONSO, M. M. Influência dos parâmetros eletromagnéticos dependentes da frequência de solos típicos na resposta harmônica de aterramentos elétricos. XVIII Congresso Brasileiro de Automática (CBA2010), Bonito, Setembro PORTELA, C.M.; TAVARES, M.C. AND PISSOLATO J. F. Accurate representation of soil behavior for transient studies. IEE Proc. Gener. Transm. Distrib., Vol. 150, No 6, pp , November SCOTT, H. S. Dielectric constant and electrical conductivity measurements of moist rocks: A new laboratory method. J. Geophys. Res., Vol. 72, No. 20, pp , SOTILLE, C. A. Guia orientativo para o curso de aterramento. CESP Companhia Energética de São Paulo VERMA, R., MUKHEDKAR, D. Fundamental Considerations and Impulse Impedance of Grounding Grids, IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems, vol. PAS-100, pp , VISACRO, S. A Comprehensive Approach to the Grounding Response to Lightning Currents. IEEE Transactions on Power Delivery, Vol. 22, no1, pp , Jan VISACRO, S. AND PORTELA, C. M. Soil permittivity and conductivity behavior on frequency range of transient phenomena in electric power systems. Presented at the Symp. High Voltage Eng., Braunschweig, Germany, VISACRO, S. Aterramentos Eletricos: Conceitos Basicos, Medicoes e Instrumentação, Filosofias de aterramento. ArtLiber, 2 ed., Sao Paulo, Brazil, VISACRO, S., ALIPIO, R., VALE, M. H. M. and PEREIRA, C. The response of grounding electrodes to lightning currents: The effect of frequency-dependent soil resistivity and permittivity, IEEE Trans. Electromagn. Compat., vol. 53, no. 2, pp , May NOTA DE RESPONSABILIDADE Os autores são os únicos responsáveis pelo conteúdo deste artigo.

Avaliação da Impedância Harmônica de uma Malha de Aterramento Submetida a Correntes Impulsivas

Avaliação da Impedância Harmônica de uma Malha de Aterramento Submetida a Correntes Impulsivas Avaliação da Impedância Harmônica de uma Malha de Aterramento Submetida a Correntes Impulsivas Felipe J. L de Araújo Edson G. da Costa Helder Alves Pereira Marconni F. B. R. Gonçalves João Marcelo Costa

Leia mais

Ligação intencional à terra por meio da qual correntes elétricas podem fluir. Pode ser: Funcional: ligação à terra de um dos condutores do sistema.

Ligação intencional à terra por meio da qual correntes elétricas podem fluir. Pode ser: Funcional: ligação à terra de um dos condutores do sistema. ATERRAMENTO Ligação intencional à terra por meio da qual correntes elétricas podem fluir. Pode ser: Funcional: ligação à terra de um dos condutores do sistema. Proteção: ligação à terra das massas e dos

Leia mais

SOLUÇÕES EM QUALIDADE DE ENERGIA Soluções em média e alta tensão

SOLUÇÕES EM QUALIDADE DE ENERGIA Soluções em média e alta tensão SOLUÇÕES EM QUALIDADE DE ENERGIA Soluções em média e alta tensão 2 Moving together 1. PAINÉIS METÁLICOS, FILTROS DE HARMÔNICOS E BANCOS DE CAPACITORES 1. PAINÉIS METÁLICOS, FILTROS DE HARMÔNICOS E BANCOS

Leia mais

RESPOSTA IMPULSIVA DE ELETRODOS DE ATERRAMENTO

RESPOSTA IMPULSIVA DE ELETRODOS DE ATERRAMENTO RESPOSTA IMPULSIVA DE ELETRODOS DE ATERRAMENTO Rafael Silva Alípio rafael.alipio@gmail.com Márcio Matias Afonso marciomatias@des.cefetmg.br Sandro de Castro Assis sandro.assis@cemig.com.br Marco Aurélio

Leia mais

Medidas de controle do RISCO ELÉTRICO. Desenergização. Desenergização

Medidas de controle do RISCO ELÉTRICO. Desenergização. Desenergização Medidas de controle do RISCO ELÉTRICO Desenergização A desenergização é um conjunto de ações coordenadas, seqüenciadas e controladas. Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas

Leia mais

APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. UNIDADE 7 Blindagem e Aterramento do Cabeamento Estruturado

APRENDIZAGEM INDUSTRIAL. UNIDADE 7 Blindagem e Aterramento do Cabeamento Estruturado APRENDIZAGEM INDUSTRIAL UNIDADE 7 Blindagem e Aterramento do Cabeamento Estruturado Porque blindar ou aterrar? Quando um cabo é submetido a um campo eletromagnético, correntes e tensões são induzidas em

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima:

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima: 13 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 35 É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima: a) A soma do ângulo de fator de potência interno do transformador com o

Leia mais

Medição e Avaliação da Condutividade e Permissividade no Domínio da Freqüência de Amostras de Solo da Região de Cachoeira Paulista SP

Medição e Avaliação da Condutividade e Permissividade no Domínio da Freqüência de Amostras de Solo da Região de Cachoeira Paulista SP SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GSC - 32 16 a 21 Outubro de 2005 Curitiba - Paraná GRUPO X GRUPO DE ESTUDO DE SOBRETENSÕES E COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO Medição e

Leia mais

Sistemas de Aterramentos Elétricos

Sistemas de Aterramentos Elétricos Sistemas de Aterramentos Elétricos Prof. Dr. Silvério Visacro F. LRC Lightning Research Center UFMG Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil Texto adaptado para o curso "Sistemas de Puestas a Tierra",

Leia mais

MANUTENÇÃO BÁSICA Aula teórica de revisão 02 Parte I

MANUTENÇÃO BÁSICA Aula teórica de revisão 02 Parte I MANUTENÇÃO BÁSICA Aula teórica de revisão 02 Parte I Revisão de Corrente e tensão Contínua e Alternada e Aterramento Tensão Contínua Na tensão continua ou constante o seu valor não se altera com o tempo.

Leia mais

Simulação de um Sistema de Aterramento Submetido a Impulsos de Corrente Utilizando o COMSOL Multiphysics

Simulação de um Sistema de Aterramento Submetido a Impulsos de Corrente Utilizando o COMSOL Multiphysics Simulação de um Sistema de Aterramento Submetido a Impulsos de Corrente Utilizando o COMSOL Multiphysics M. F. B. R. Gonçalves 1 *; E. G. da Costa 1 ; R. C. S. Freire 1 ; J. M. C. L. da Silva 1 ; F. J.

Leia mais

Avaliação Experimental da Variação Sazonal da Resistividade do Solo

Avaliação Experimental da Variação Sazonal da Resistividade do Solo Avaliação Experimental da Variação Sazonal da Resistividade do Solo 1 Bruno P. Jácome, Lêda S. C. Batista, Marco Aurélio O. Schroeder, Lane M. R. Baccarini, Gleison F. V. Amaral Universidade Federal de

Leia mais

Capítulo 3. Proteção contra choques elétricos fundamentos. 3.1 A corrente elétrica no corpo humano 26/04/2010

Capítulo 3. Proteção contra choques elétricos fundamentos. 3.1 A corrente elétrica no corpo humano 26/04/2010 Capítulo 3 Proteção contra choques elétricos fundamentos 2008 by Pearson Education slide 1 3.1 A corrente elétrica no corpo humano A publicação IEC/TS 60479-1: Effects of current on human beings and livestock.

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA. Plano de Ensino

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA. Plano de Ensino DISCIPLINA: Tópicos Especiais em Sistemas Elétricos: Interação entre Descargas Atmosféricas e Sistemas Elétricos. CÓDIGO: MEE001 Validade: A partir do 1º semestre de 2009. Carga Horária: 45 horas-aula

Leia mais

Planejamento e projeto das instalações elétricas

Planejamento e projeto das instalações elétricas Planejamento e projeto das instalações elétricas 1) A energia elétrica fornecida aos consumidores residenciais é resultado da conexão do consumidor com: a) Sistema elétrico de geração; b) Sistema de compatibilidade

Leia mais

E DE E NERGIA ENERGIA LTE

E DE E NERGIA ENERGIA LTE LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA LTE Efeitos Ambientais na Transmissão de Energia Elétrica Aula 3: Efeitos Ambientais na Transmissão Prof. Fabiano F. Andrade 2010 Roteiro da Aula 5.1 Efeito Pelicular da

Leia mais

SPDA - SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS ( PARA-RAIOS ) Principais mudanças da norma NBR5419-Parte 3

SPDA - SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS ( PARA-RAIOS ) Principais mudanças da norma NBR5419-Parte 3 SPDA - SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS ( PARA-RAIOS ) Principais mudanças da norma NBR5419-Parte 3 A nova norma NBR5419 teve com o diretriz a IEC 62305 e se divide em 4 partes bem distintas,

Leia mais

Meios de proteção elétrica: Aterramento

Meios de proteção elétrica: Aterramento Meios de proteção elétrica: Aterramento (Estudo Técnico 3: 3: Aterramento de torres de telecomunicação) José Osvaldo S. Paulino-UFMG 1 Meios de proteção. Aterramento; Blindagem eletromagnética; Arranjo

Leia mais

Aterramento elétrico

Aterramento elétrico 48 Capítulo I Aterramento elétrico Jobson Modena e Hélio Sueta * Esta série de fascículos sobre aterramento elétrico tem o objetivo de levar ao conhecimento do leitor, da forma mais simples possível, os

Leia mais

Um circuito DC é aquele cuja alimentação parte de uma fonte DC (do inglês Direct Current), ou em português, CC (corrente contínua).

Um circuito DC é aquele cuja alimentação parte de uma fonte DC (do inglês Direct Current), ou em português, CC (corrente contínua). Um circuito DC é aquele cuja alimentação parte de uma fonte DC (do inglês Direct Current), ou em português, CC (corrente contínua). Como vimo anteriormente, para que haja fluxo de corrente pelo circuito,

Leia mais

Conversão de Energia II

Conversão de Energia II Departamento de Engenharia Elétrica Aula 3.4 Motor de Indução Trifásico Prof. João Américo Vilela Torque x velocidade Rotores de Barras Profundas e Dupla Gaiola de Esquilo Com o rotor parado a frequência

Leia mais

MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE DO

MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE DO UNIDADE III MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE DO SOLO 1. INTRODUÇÃO A realização de uma instalação de aterramento requer conhecer previamente o perfil da resistividade do terreno conforme a profundidade.

Leia mais

ATERRAMENTO ELÉTRICO CONCEITOS, ESQUEMAS, PROJETO E TÉCNICAS DE MEDIÇÃO. Prof. Gabriel Granzotto Madruga

ATERRAMENTO ELÉTRICO CONCEITOS, ESQUEMAS, PROJETO E TÉCNICAS DE MEDIÇÃO. Prof. Gabriel Granzotto Madruga CONCEITOS, ESQUEMAS, PROJETO E TÉCNICAS DE MEDIÇÃO Prof. Gabriel Granzotto Madruga O que é um ATERRAMENTO ELÉTRICO? O termo ATERRAMENTO se refere à terra propriamente dita; Quando algo está aterrado, falamos

Leia mais

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica

XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica XVIII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2008-06 a 10 de outubro Olinda - Pernambuco - Brasil Impacto da transmissão da Copa do Mundo 2006 para a qualidade da energia elétrica

Leia mais

TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Graduação em Engenharia Elétrica TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA PROF. FLÁVIO VANDERSON GOMES E-mail: flavio.gomes@ufjf.edu.br Aula Número: 06 2 - 3 4 5 6 7 8 9 10

Leia mais

Apostila de Física 24 Condutores em Equilíbrio Eletrostático

Apostila de Física 24 Condutores em Equilíbrio Eletrostático Apostila de Física 24 Condutores em Equilíbrio Eletrostático 1.0 Condutor em Equilíbrio Eletrostático Não ocorre movimento ordenado de cargas elétricas em relação a um referencial fixo no condutor. O campo

Leia mais

Cabos nus de alumínio para eletrificação rural

Cabos nus de alumínio para eletrificação rural Cabos nus de alumínio para eletrificação rural Introdução Este catálogo apresenta os cabos nus de alumínio (CA) e alumínio com alma de aço (CAA), de fabricação Prysmian, nas bitolas padronizadas para distribuição

Leia mais

Observação: As ondas são as que antecedem, a perturbação formada de espumas, há o transporte de energia e a oscilação, não há o transporte da matéria.

Observação: As ondas são as que antecedem, a perturbação formada de espumas, há o transporte de energia e a oscilação, não há o transporte da matéria. ONDAS Para a Física, a onda é uma perturbação que se propaga no espaço ou em qualquer outro meio. Elas são classificadas em relação à natureza, direção e energia de propagação. Definição: As ondas são

Leia mais

Instalações e Máquinas Elétrica

Instalações e Máquinas Elétrica Instalações e Máquinas Elétrica Professor: Vanderley vanderley@actire.com.br Material de circulação interna, pode ser usado por terceiros, desde que citado o autor. Dispositivos de Proteção para Instalações

Leia mais

Conceitos básicos sobre aterramentos

Conceitos básicos sobre aterramentos Conceitos básicos sobre aterramentos (Estudo Técnico 2: Aterramento de cercas e currais.) José Osvaldo S. Paulino 1 PROGRAMA: Conceitos básicos sobre aterramento. Segurança pessoal. Aterramento de torres

Leia mais

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA Universidade do Estado de Mato Grosso Campus Sinop Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA DE ELÉTRICA ROGÉRIO LÚCIO LIMA Sinop Novembro de 2016 Modelos

Leia mais

Problemas de Compatibilidade Eletromagnética Entre Painéis Elétricos Análise de Caso

Problemas de Compatibilidade Eletromagnética Entre Painéis Elétricos Análise de Caso Problemas de Compatibilidade Eletromagnética Entre Painéis Elétricos Análise de Caso (EMField short paper 01-2008) Ricardo L. Araújo*, Leonardo M. Ardjomand e Artur R. Araújo EMField Consultoria em Ensaios

Leia mais

FATORES DE INFLUÊNCIA PARA OTIMIZAÇÃO DO NIVEL DE EMISSÃO IRRADIADA DO SISTEMA DE IGNIÇÃO

FATORES DE INFLUÊNCIA PARA OTIMIZAÇÃO DO NIVEL DE EMISSÃO IRRADIADA DO SISTEMA DE IGNIÇÃO Blucher Engineering Proceedings Setembro de 2015, Número 1, Volume 2 FATORES DE INFLUÊNCIA PARA OTIMIZAÇÃO DO NIVEL DE EMISSÃO IRRADIADA DO SISTEMA DE IGNIÇÃO Marcelo Sartori Campi Robert Bosch Ltda. E-mail:

Leia mais

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO X GRUPO DE ESTUDO DE SOBRETENSÕES E COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO GSC

SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GRUPO X GRUPO DE ESTUDO DE SOBRETENSÕES E COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO GSC SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GSC 07 14 a 17 Outubro de 007 Rio de Janeiro - RJ GRUPO X GRUPO DE ESTUDO DE SOBRETENSÕES E COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO GSC ANÁLISE

Leia mais

Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013

Décimo Quinto Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ Foz do Iguaçu-PR, Brasil 19 a 23 de maio de 2013 DETECÇÃO DE DESCARGAS PARCIAIS EM EQUIPAMENTOS ISOLADOS EM SF6, EM CAMPO W.R. Bacega* H. Tatizawa** F. Bacega* * Companhia de Transmissão de energia Elétrica Paulista - CTEEP **Instituto de Eletrotécnica

Leia mais

I. Fatores a serem considerados durante o Projeto

I. Fatores a serem considerados durante o Projeto I. Fatores a serem considerados durante o Projeto 1. Adaptação do projeto ao meio ambiente; 2. Escolha do nível de tensão; 3. Seleção dos condutores fase (tipo e tamanho); 4. Seleção dos cabos pára-raios;

Leia mais

SISTEMA DE MEDIÇÃO DESCRIÇÃO

SISTEMA DE MEDIÇÃO DESCRIÇÃO SISTEMA DE MEDIÇÃO Um sistema de medição é constituído de múltiplos componentes INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO FF TRANS. CSE-1 CSE-2 CSE-n CABOS CSI-1 CSI-n FONTES DE INTERFERÊNCIA Legenda: FF - Fenômeno físico

Leia mais

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO ELÉTRICO

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO ELÉTRICO 1 Introdução UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO ELÉTRICO O aterramento é, por definição, a conexão física com o solo efetuada com o auxílio de materiais condutores de

Leia mais

Em um circuito DC, seja ele resistivo ou não, a corrente varia somente no instante em que o circuito é aberto ou fechado.

Em um circuito DC, seja ele resistivo ou não, a corrente varia somente no instante em que o circuito é aberto ou fechado. Em um circuito DC, seja ele resistivo ou não, a corrente varia somente no instante em que o circuito é aberto ou fechado. Quando o circuito é puramente resistivo essas variações são instantâneas, porém

Leia mais

Circuitos em Corrente Alternada contendo R, L e C. R = Resistor; L = Indutor; C = Capacitor

Circuitos em Corrente Alternada contendo R, L e C. R = Resistor; L = Indutor; C = Capacitor Circuitos em Corrente Alternada contendo R, L e C. R = Resistor; L = ndutor; C = Capacitor No Resistor Considerando uma corrente i( = m cos( ω t + φ) circulando no resistor, teremos nos seus terminais

Leia mais

O símbolo usado em diagramas de circuito para fontes de tensão é:

O símbolo usado em diagramas de circuito para fontes de tensão é: Circuitos Elétricos Para fazer passar cargas elétricas por um resistor, precisamos estabelecer uma diferença de potencial entre as extremidades do dispositivo. Para produzir uma corrente estável é preciso

Leia mais

NOVO! update 6.3 (Setembro 2016)

NOVO! update 6.3 (Setembro 2016) NOVO! update 6.3 (Setembro 2016) Com mais de 27 anos de desenvolvimento, o TecAt Plus é a melhor relação custo/benefício do mercado mundial para malhas de terra de qualquer aplicação, em solos de 2, 3

Leia mais

A Revisão da ABNT NBR 5419: PROTEÇÃO CONTRA AS

A Revisão da ABNT NBR 5419: PROTEÇÃO CONTRA AS A Revisão da ABNT NBR 5419: PROTEÇÃO CONTRA AS te ti o e o m e ol ot i o tem l em el e o e e i me e tmo i e mi ete e e e t e e i o o m b ilei o ote o e t t to o t o e eito 16 boletim ABNT Maio/Jun 2015

Leia mais

Capacitores e Indutores (Aula 7) Prof. Daniel Dotta

Capacitores e Indutores (Aula 7) Prof. Daniel Dotta Capacitores e Indutores (Aula 7) Prof. Daniel Dotta 1 Sumário Capacitor Indutor 2 Capacitor Componente passivo de circuito. Consiste de duas superfícies condutoras separadas por um material não condutor

Leia mais

MEDIÇÕES DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO EM SUBESTAÇÕES ENERGIZADAS UTILIZANDO VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA - EXPERIÊNCIA DA CELESC DISTRIBUIÇÃO

MEDIÇÕES DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO EM SUBESTAÇÕES ENERGIZADAS UTILIZANDO VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA - EXPERIÊNCIA DA CELESC DISTRIBUIÇÃO MEDIÇÕES DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO EM SUBESTAÇÕES ENERGIZADAS UTILIZANDO VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA - EXPERIÊNCIA DA CELESC DISTRIBUIÇÃO Marcelo E. de C. Paulino Adimarco marcelo@adimarco.com.br Dilney

Leia mais

Utilização Eficiente de Canaletas Metálicas para a Prevenção de Problemas de Compatibilidade Eletromagnética em Instalações Elétricas

Utilização Eficiente de Canaletas Metálicas para a Prevenção de Problemas de Compatibilidade Eletromagnética em Instalações Elétricas Utilização Eficiente de Canaletas Metálicas para a Prevenção de Problemas de Compatibilidade Eletromagnética em Instalações Elétricas (EMField, short paper 02-2008) Ricardo L. Araújo*, Leonardo M. Ardjomand,

Leia mais

Indução Magnética. E=N d Φ dt

Indução Magnética. E=N d Φ dt Indução Magnética Se uma bobina de N espiras é colocada em uma região onde o fluxo magnético está variando, existirá uma tensão elétrica induzida na bobina, e que pode ser calculada com o auxílio da Lei

Leia mais

SISTEMA DE MEDIÇÃO DESCRIÇÃO

SISTEMA DE MEDIÇÃO DESCRIÇÃO SISTEMA DE MEDIÇÃO Um sistema de medição é constituído de múltiplos componentes INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO FF TRANS. CSE-1 CSE-2 CSE-n CABOS CSI-1 CSI-n FONTES DE INTERFERÊNCIA Legenda: FF - Fenômeno físico

Leia mais

1 Exercícios. Carlos Marcelo Pedroso. 17 de abril de 2010

1 Exercícios. Carlos Marcelo Pedroso. 17 de abril de 2010 Exercícios Carlos Marcelo Pedroso 17 de abril de 2010 1 Exercícios Exercício 1: Quais os dois principais mecanismos que proporcionam a condução de corrente em materiais? Quais as características (microscópicas)

Leia mais

Método dos Elementos Finitos aplicado em projetos de sistemas de aterramento

Método dos Elementos Finitos aplicado em projetos de sistemas de aterramento Método dos Elementos Finitos aplicado em projetos de sistemas de aterramento Ciciane Chiovatto, Décio Bispo, José oberto Camacho, Antônio Carlos Delaiba e Sérgio Ferreira de Paula Silva esumo Este trabalho

Leia mais

INTRODUÇÃO A ELETRICIADE BÁSICA

INTRODUÇÃO A ELETRICIADE BÁSICA 1 INTRODUÇÃO A ELETRICIADE BÁSICA Na eletricidade básica existem três grandezas fundamentais que são a tensão elétrica, a corrente elétrica, a resistência elétrica. Para estuda-las utilizaremos o conceito

Leia mais

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Descargas Atmosféricas Definição Dispositivos de proteção contra surtos DPS Barreiras e invólucros / Bloqueios e impedimentos Obstáculos e anteparos Isolamento das partes vivas /

Leia mais

O que é Aterramento? É A LIGAÇÃO INTENCIONAL DE UM EQUIPAMENTO OU UM SISTEMA À TERRA DE MODO A CRIAR UM CAMINHO SEGURO E DE BAIXA RESISTÊNCIA.

O que é Aterramento? É A LIGAÇÃO INTENCIONAL DE UM EQUIPAMENTO OU UM SISTEMA À TERRA DE MODO A CRIAR UM CAMINHO SEGURO E DE BAIXA RESISTÊNCIA. ATERRAMENTO BT O que é Aterramento? É A LIGAÇÃO INTENCIONAL DE UM EQUIPAMENTO OU UM SISTEMA À TERRA DE MODO A CRIAR UM CAMINHO SEGURO E DE BAIXA RESISTÊNCIA. FUNÇÕES DO ATERRAMENTO Desligamento Automático

Leia mais

Electromagnetismo e Física Moderna. Conhecer um método para a determinação da capacidade eléctrica

Electromagnetismo e Física Moderna. Conhecer um método para a determinação da capacidade eléctrica Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Física 1 Compreender o que é um condensador eléctrico Electromagnetismo e Física Moderna Capacidade e condensadores Conhecer

Leia mais

PROCESSO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO SUBPROCESSO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE CONSUMIDOR

PROCESSO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO SUBPROCESSO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE CONSUMIDOR PROCESSO DE PROJETO E CONSTRUÇÃO SUBPROCESSO DE INSTALAÇÃO ELÉTRICA DE CONSUMIDOR 1. OBJETIVO Estabelecer critérios para projeto de melhoria do fator de potência nas instalações elétricas das unidades

Leia mais

Eletrodinâmica REVISÃO ENEM CORRENTE ELÉTRICA

Eletrodinâmica REVISÃO ENEM CORRENTE ELÉTRICA REVISÃO ENEM Eletrodinâmica CORRENTE ELÉTRICA Corrente elétrica em um condutor é o movimento ordenado de suas cargas livres devido a ação de um campo elétrico estabelecido no seu interior pela aplicação

Leia mais

Cabeamento Estruturado CAB Curso Técnico Integrado de Telecomunicações 7ª Fase Professor: Cleber Jorge Amaral

Cabeamento Estruturado CAB Curso Técnico Integrado de Telecomunicações 7ª Fase Professor: Cleber Jorge Amaral Cabeamento Estruturado CAB6080721 Curso Técnico Integrado de Telecomunicações 7ª Fase Professor: Cleber Jorge Amaral 2016-1 Revisão da aula anterior... Banda passante e largura de banda Hz e bps Banda

Leia mais

1ª LISTA DE FÍSICA 1º BIMESTRE

1ª LISTA DE FÍSICA 1º BIMESTRE Professor (a): PAULO Disciplina FÍSICA Aluno (a): Série: 3ª Data: / / 2015 1ª LISTA DE FÍSICA 1º BIMESTRE 1) Uma descarga elétrica ocorre entre uma nuvem que está a 2.000 m de altura do solo. Isso acontece

Leia mais

MODELAGEM DE ATERRAMENTOS ELÉTRICOS PARA FENÔMENOS DE ALTA FREQUÊNCIA E COMPARAÇÃO COM RESULTADOS EXPERIMENTAIS

MODELAGEM DE ATERRAMENTOS ELÉTRICOS PARA FENÔMENOS DE ALTA FREQUÊNCIA E COMPARAÇÃO COM RESULTADOS EXPERIMENTAIS MODELAGEM DE ATERRAMENTOS ELÉTRICOS PARA FENÔMENOS DE ALTA FREQUÊNCIA E COMPARAÇÃO COM RESULTADOS EXPERIMENTAIS Rafael Silva Alípio rafael@dppg.cefetmg.br Márcio Matias Afonso marciomatias@des.cefetmg.br

Leia mais

Sistemas de Proteção para minirredes com Sistemas Fotovoltaicos FINDER BRASIL 26/05/2011

Sistemas de Proteção para minirredes com Sistemas Fotovoltaicos FINDER BRASIL 26/05/2011 Sistemas de Proteção para minirredes com Sistemas Fotovoltaicos FINDER BRASIL 26/05/2011 Como proteger uma Minirrede Rural? As minirredes rurais autônomas, apesar de não estarem sujeitas as sobretensões

Leia mais

Unidade III. 2. Circuitos mistos: RL, RC, RLC. Ressonância. Circuitos série-paralelo. Circuitos CA

Unidade III. 2. Circuitos mistos: RL, RC, RLC. Ressonância. Circuitos série-paralelo. Circuitos CA Unidade III 2. Circuitos mistos: RL, RC, RLC. Ressonância. Circuitos série-paralelo. Circuito RL Circuitos RL são formados por resistências e indutâncias, em série ou paralelo. São usados para representar

Leia mais

Aquino, Josué Alexandre.

Aquino, Josué Alexandre. Aquino, Josué Alexandre. A657e Eletrotécnica para engenharia de produção : análise de circuitos : corrente e tensão alternada / Josué Alexandre Aquino. Varginha, 2015. 53 slides; il. Sistema requerido:

Leia mais

Conversão de Energia II

Conversão de Energia II Departamento de Engenharia Elétrica Aula 5.2 Acionamento e Controle dos Motores de Indução Trifásico Prof. João Américo Vilela Exercício 1 Para o motor de indução trifásico que tem as curva de torque,

Leia mais

5. Coeficientes de Reflexão e Transmissão Incidência normal

5. Coeficientes de Reflexão e Transmissão Incidência normal Propagação de Ondas Sísmicas, AGG 0305, coefs_rt.doc 5. Coeficientes de Reflexão e Transmissão Incidência normal 5.1 Introdução Quando uma onda sísmica (com amplitude A o ) incide numa interface, parte

Leia mais

Melhoria do desempenho de linhas de transmissão de alta tensão através da utilização de malhas de aterramento de baixo valor de impedância

Melhoria do desempenho de linhas de transmissão de alta tensão através da utilização de malhas de aterramento de baixo valor de impedância Melhoria do desempenho de linhas de transmissão de alta tensão através da utilização de malhas de aterramento de baixo valor de impedância José Osvaldo S. Paulino, Ivan J. S. Lopes, Eduardo N. Cardoso,

Leia mais

Elementos de Circuitos Elétricos

Elementos de Circuitos Elétricos Elementos de Circuitos Elétricos Corrente e Lei de Ohm Consideremos um condutor cilíndrico de seção reta de área S. Quando uma corrente flui pelo condutor, cargas se movem e existe um campo elétrico. A

Leia mais

COMPORTAMENTO ELÉTRICO TRANSITÓRIO DE UM CONDUTOR DE DESCIDA SUBMETIDO A UMA DESCARGA ATMOSFÉRICA

COMPORTAMENTO ELÉTRICO TRANSITÓRIO DE UM CONDUTOR DE DESCIDA SUBMETIDO A UMA DESCARGA ATMOSFÉRICA COMPORTAMENTO ELÉTRICO TRANSITÓRIO DE UM CONDUTOR DE DESCIDA SUBMETIDO A UMA DESCARGA ATMOSFÉRICA Décio Bispo, Marcos Vinícius Silva Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia Elétrica,

Leia mais

Henry Leonardo Lopez Salamanca Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento

Henry Leonardo Lopez Salamanca Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento XXII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétri SENDI 2016-07 a 10 de novembro Curitiba - PR - Brasil Henry Leonardo Lopez Salamanca Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento henry@lactec.org.br

Leia mais

As figuras acima mostram as linhas de indução de um campo magnético uniforme B r

As figuras acima mostram as linhas de indução de um campo magnético uniforme B r 1) No sistema mostrado abaixo, as roldanas e os fios são ideais e o atrito é considerado desprezível. As roldanas A, B, e C são fixas e as demais são móveis sendo que o raio da roldana F é o dobro do raio

Leia mais

+&, -. / 0*, 1 -,2354, *. 1 -,28*1 1 3,93*: ;,6 - A a)tensão de Toque Im V t = K i K m Lt. K i = 0,172N + 0,65

+&, -. / 0*, 1 -,2354, *. 1 -,28*1 1 3,93*: ;,6 - A a)tensão de Toque Im V t = K i K m Lt. K i = 0,172N + 0,65 Œ! " # $! &%'! ()*) ( +&, -. / 0*, -,354, 6 7. 8*. -,8* 3,93*: ;,6 8=@!. - A54. 7 8 BC C < C5D 8*E*3F B!C GC H 3 I, 4 3*>6 E C, G 3*6 ;J 4 3*H. 8 E-mailK L M N*O P Q R S P T UV P W X M P YX Z O Palavras-chave

Leia mais

PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES

PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES PROTEÇÃO CONTRA SOBRETENSÕES Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS) Prof. Marcos Fergütz fev/2014 - O Surto - Geração da Sobretensão(Surto): Descarga Atmosférica (raio) Direta; Indução por descarga

Leia mais

Qualidade de Energia Elétrica

Qualidade de Energia Elétrica Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Centro de Ciências Tecnológicas - CCT Mestrado em Engenharia Elétrica - MEE Qualidade de Energia Elétrica Prof. Sérgio Vidal Garcia Oliveira, Dr. svgo_udesc@svgo.net

Leia mais

Software TecAt Plus 6 Officina de Mydia / Volts and Bolts NBR 7117:2011 Revisão dos Exemplos - anexo B Ed. Preliminar (incompleta) - 13/03/2016

Software TecAt Plus 6 Officina de Mydia / Volts and Bolts NBR 7117:2011 Revisão dos Exemplos - anexo B Ed. Preliminar (incompleta) - 13/03/2016 Software TecAt Plus 6 Officina de Mydia / Volts and Bolts NBR 7117:2011 Revisão dos Exemplos - anexo B Ed. Preliminar (incompleta) - 13/03/2016 Introdução Em atenção a consultas de usuários, apresentamos

Leia mais

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil David Carvalho ENERGISA PARAIBA DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S/A david.carvalho@energisa.com.br

Leia mais

RESISTOR É O ELEMENTO DE CIRCUITO CUJA ÚNICA FUNÇÃO É CONVERTER A ENERGIA ELÉTRICA EM CALOR.

RESISTOR É O ELEMENTO DE CIRCUITO CUJA ÚNICA FUNÇÃO É CONVERTER A ENERGIA ELÉTRICA EM CALOR. Resistores A existência de uma estrutura cristalina nos condutores que a corrente elétrica percorre faz com que pelo menos uma parte da energia elétrica se transforme em energia na forma de calor, as partículas

Leia mais

Resistência elétrica de uma barra (prismática ou cilíndrica) de área A e comprimento L

Resistência elétrica de uma barra (prismática ou cilíndrica) de área A e comprimento L Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Física III Prof. Dr. Ricardo uiz Viana Referências bibliográficas: H. 28-4, 29-4, 29-6 S. 26-4, 27-2 T. 22-2 ula Resistores

Leia mais

Gabriel Augusto Buss ATERRAMENTO ELÉTRICO: APLICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE

Gabriel Augusto Buss ATERRAMENTO ELÉTRICO: APLICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE Gabriel Augusto Buss ATERRAMENTO ELÉTRICO: APLICAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS ASSISTENCIAIS DE SAÚDE Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Santa

Leia mais

Olimpíada Brasileira de Física ª Fase Prova para alunos de 3º ano

Olimpíada Brasileira de Física ª Fase Prova para alunos de 3º ano Leia atentamente as instruções abaixo antes de iniciar a prova: 1 Esta prova destina-se exclusivamente a alunos de 3 o ano. 2 A prova contem vinte questões. 3 Cada questão contem cinco alternativas, das

Leia mais

QUESTÕES DA PROVA DE RÁDIO ELETRICIDADE - PARTE - 2

QUESTÕES DA PROVA DE RÁDIO ELETRICIDADE - PARTE - 2 QUESTÕES DA PROVA DE RÁDIO ELETRICIDADE - PARTE - 2 QUESTÃO 50 Se aumentarmos o valor da corrente através de um fio condutor, o que acontece com o campo magnético: a. Diminui a intensidade b. Aumenta a

Leia mais

MELHORIA DO DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE PÁRA-RAIOS

MELHORIA DO DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE PÁRA-RAIOS GLT/ 11 17 à 22 de outubro de 1999 Foz do Iguaçu Paraná - Brasil GRUPO III GRUPO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (GLT) MELHORIA DO DESEMPENHO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DE PÁRA-RAIOS Jorge

Leia mais

Circuitos Ativos em Micro-Ondas

Circuitos Ativos em Micro-Ondas Circuitos Ativos em Micro-Ondas Unidade 1 Comportamento de Dispositivos Passivos e Semicondutores em Micro-Ondas Prof. Marcos V. T. Heckler 1 Conteúdo Introdução Resistores operando em Micro-Ondas Capacitores

Leia mais

SENDI 2004 XVI SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

SENDI 2004 XVI SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 916 SENDI 2004 XVI SEMINÁRIO NACIONAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Avaliação da Distância de Proteção Proporcionada por Pára-raios Instalados em Redes de Distribuição de Média Tensão F. S. Almeida,

Leia mais

Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas SPDA NBR :2015

Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas SPDA NBR :2015 Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas SPDA NBR 5419-1:2015 Princípios Gerais Prof. Marcos Fergütz Setembro/2016 Fonte: Proj. de Instalações Elétricas/Domingos Leite Filho/2001 Formação das

Leia mais

COMISSÃO PERMANENTE DE SELEÇÃO COPESE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAD PISM III- TRIÊNIO PROVA DE FÍSICA

COMISSÃO PERMANENTE DE SELEÇÃO COPESE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAD PISM III- TRIÊNIO PROVA DE FÍSICA PISM III- TRIÊNIO 008-00 Na solução da prova, use quando necessário: Aceleração da gravidade g = 0 m / s 8 ;Velocidade da luz no vácuo c = 3,0 0 m/s Permeabilidade magnética do vácuo = 7 µ T m A 0 4π 0

Leia mais

ATERRAMENTO DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO NTD

ATERRAMENTO DE REDE DE DISTRIBUIÇÃO NTD Página: 1 de 9 Data Elaboração: Dezembro/07 Data Revisão : Setembro/08 1. Objetivo Esta norma tem a finalidade de uniformizar os procedimentos para especificação, execução, medição e inspeção dos serviços

Leia mais

Dilatação dos sólidos e dos líquidos

Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos e dos líquidos Dilatação dos sólidos

Leia mais

Instalações Elétricas Prediais. Condutores Elétricos. Prof. Msc. Getúlio Teruo Tateoki

Instalações Elétricas Prediais. Condutores Elétricos. Prof. Msc. Getúlio Teruo Tateoki Prof. Msc. Getúlio Teruo Tateoki Conceito -É assim chamado todo material que possui a propriedade de conduzir ou transportar energia elétrica. -Os condutores devem ser analisados sobre seguintes aspectos.

Leia mais

COLÉGIO PEDRO II CAMPUS CENTRO FÍSICA 3ª SÉRIE 2ª CERTIFICAÇÃO 2ª chamada

COLÉGIO PEDRO II CAMPUS CENTRO FÍSICA 3ª SÉRIE 2ª CERTIFICAÇÃO 2ª chamada COLÉGIO PEDRO II CAMPUS CENTRO FÍSICA 3ª SÉRIE 2ª CERTIFICAÇÃO 2ª chamada Professores: Osmar Preussler e Pedro Terra Coordenador: Sérgio Lima TURMA: NOTA NOME: NÚMERO: QUESTÕES OBJETIVAS 1. Dois trens

Leia mais

Curso Técnico em Eletroeletrônica Instalações Elétricas

Curso Técnico em Eletroeletrônica Instalações Elétricas Curso Técnico em Eletroeletrônica Instalações Elétricas Aula Aterramento Prof. Dra. Giovana Tripoloni Tangerino 2016 ATERRAMENTO Um completo sistema de aterramento, que proteja as pessoas de um modo eficaz,

Leia mais

Qual a norma vigente para instalações elétricas de piscinas? NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão

Qual a norma vigente para instalações elétricas de piscinas? NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão Qual a norma vigente para instalações elétricas de piscinas? NBR 5410:2004 Instalações elétricas de baixa tensão 9.2.1 Campo de aplicação As prescrições complementares desta subseção são aplicáveis aos

Leia mais

Física 3 - EMB5031. Prof. Diego Duarte. (lista 10) 12 de junho de 2017

Física 3 - EMB5031. Prof. Diego Duarte. (lista 10) 12 de junho de 2017 Física 3 - EMB5031 Prof. Diego Duarte Indução e Indutância (lista 10) 12 de junho de 2017 1. Na figura 1, uma semicircunferência de fio de raio a = 2,00 cm gira com uma velocidade angular constante de

Leia mais

CAPÍTULO 5 MANUTENÇÃO DO ATERRAMENTO

CAPÍTULO 5 MANUTENÇÃO DO ATERRAMENTO CAPÍTULO 5 MANUTENÇÃO DO ATERRAMENTO Versião2.0 Direitos Reservados PROCOBRE 2009 INTRODUÇÃO Para conseguir manter a resistência de aterramento no seu valor inicial é necessário realizar um programa de

Leia mais

Prof. Raphael Carvalho

Prof. Raphael Carvalho 1. (Unesp 2012) A luz visível é uma onda eletromagnética, que na natureza pode ser produzida de diversas maneiras. Uma delas é a bioluminescência, um fenômeno químico que ocorre no organismo de alguns

Leia mais

1. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO Diretoria de Infraestrutura

1. SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO Diretoria de Infraestrutura 1. FINALIDADE MEMORIAL DESCRITIVO Fornecimento de energia elétrica a três edifícios da Universidade Federal do Sul da Bahia, com a sede sendo a Reitoria localizada na Rua Itabuna, s/n, Rod. Ilhéus Vitória

Leia mais

CONTROLE DE INTERFERÊNCIA EM SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO. Aterramento e Blindagem e Proteção contra Raios

CONTROLE DE INTERFERÊNCIA EM SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO. Aterramento e Blindagem e Proteção contra Raios Curso de Formação: CONTROLE DE INTERFERÊNCIA EM SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO Aterramento e Blindagem e Proteção contra Raios Objetivo O curso tem como objetivo o estudo das técnicas necessárias à implantação

Leia mais

3. Elementos de Sistemas Elétricos de Potência

3. Elementos de Sistemas Elétricos de Potência istemas Elétricos de Potência 3. Elementos de istemas Elétricos de Potência 3..5 Modelos de Linhas de Transmissão Professor: Dr. aphael Augusto de ouza Benedito E-mail:raphaelbenedito@utfpr.edu.br disponível

Leia mais

Comentários sobre bobinas de Tesla

Comentários sobre bobinas de Tesla Comentários sobre bobinas de Tesla Por Antônio Carlos M. de Queiroz Este documento complementa um outro que escrevi sobre bobinas de Tesla, descrevendo alguns aspectos sobre o funcionamento de bobinas

Leia mais

4 Modelo Proposto para Transformador com Tap Variável e Impacto em Estudos de Estabilidade de Tensão

4 Modelo Proposto para Transformador com Tap Variável e Impacto em Estudos de Estabilidade de Tensão 4 Modelo Proposto para Transformador com Tap Variável e Impacto em Estudos de Estabilidade de Tensão A representação de equipamentos elétricos através de simples combinações de resistências e reatâncias

Leia mais

AULA LAB 02 TRANSFORMADORES E INDUTORES

AULA LAB 02 TRANSFORMADORES E INDUTORES CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ELETRÔNICA Retificadores (ENG - 20301) AULA LAB 02 TRANSFORMADORES E INDUTORES 1 INTRODUÇÃO Os transformadores e indutores são componentes

Leia mais

Ondas. Definição: Onda é uma perturbação de partículas de um meio ou cargas elétricas, sendo uma propagação de energia sem o transporte de matéria.

Ondas. Definição: Onda é uma perturbação de partículas de um meio ou cargas elétricas, sendo uma propagação de energia sem o transporte de matéria. Ondas Quando batemos na superfície da água formam-se ondas que se propagam em todas as direções. Ocorre o mesmo quando um alto falante bate no ar da atmosfera ou então quando batemos em uma corda. Essas

Leia mais