Preparando os Líderes e Inovadores de Amanhã: Pesquisa e Ensino superior, Pontes para a Prosperidade nas Américas

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1 Preparando os Líderes e Inovadores de Amanhã: Pesquisa e Ensino superior, Pontes para a Prosperidade nas Américas O presente documento descreve a proposta temática do CAEI Canadá , desde as recomendações iniciais até a formulação final do tema principal do congresso e de seus subtemas. Contexto geral O Congresso das Américas sobre Educação Internacional (CAEI), fundado em 2009, rapidamente tem consolidado sua reputação como foro pioneiro da internacionalização do ensino superior nas Américas. Conforme a seu mandato, o CAEI garante um espaço comum para estimular um diálogo livre, promovendo assim as redes e as alianças estratégicas em níveis bilateral, regional e multilateral. Durante suas quatro edições anteriores (Canadá 2010, Brasil 2012, México 2013 e Equador 2015), a iniciativa do CAEI alcançou resultados destacáveis que ratificam sua pertinência como instrumento de valor para o progresso da colaboração durável no continente. A realização da quinta edição, que será levada a cabo em Montreal, Canadá, em 2017, oferecerá de novo um espaço acadêmico de participação e inclusão onde serão discutidos os desafios enfrentados atualmente e onde as orientações serão projetadas no futuro. Preparando-se a os desafios enfrentados, o relatório da OUI Resultados do CAEI e orientações futuras para o período (p.45) concluiu que o tema principal do CAEI 2017 deverá destacar os seguintes elementos: - A internacionalização compreensiva - A internacionalização do ensino superior: enlaces e pesquisa - A internacionalização da pesquisa - A pesquisa, a inovação e a formação doutoral no âmbito da internacionalização - Gestão universitária e internacionalização - Setores governamentais, acadêmicos e privados: aliados para a internacionalização do ensino superior - Os governos e seus calendários nacionais para a internacionalização do ensino superior - Calendários comuns para a internacionalização do currículo. Tema principal do congresso A Secretaria do CAEI, guiada por estas recomendações e consciente das questões atuais às quais estão confrontados nossos países, levou uma consulta junto a certos conselheiros e uns protagonistas importantes a fim de definir os temas principais do CAEI Ao fazer este primeiro exercício de 1

2 brainstorming, estivemos capazes de compilar os resultados e produzir o seguinte quadro que ilustra e resume os resultados mais importantes: Baseando-se no que foi mencionado anteriormente, pudemos definir o tema do congresso proposto inicialmente (acima), os diferentes subtemas classificados na coluna da esquerda e o título de cada uma das rubricas selecionadas com o nome do(s) ator(es) diretamente implicados em cada uma das questões. Finalmente, baseado no quadro, encontramos também três barras horizontais (de cor diferente) que consideramos como condições básicas e fazem parte integral de nosso trabalho: Internacionalização/Colaboração (interamericana), Garantia de qualidade e Desenvolvimento sustentável. Baseando-se nas contribuições iniciais do Comitê assessor, e apoiando-se numa série de consultas junto aos conselheiros e protagonistas principais, assim como aos Comitês acadêmico, assessor e nacional, estamos dispostos a propor agora o tema principal do CAEI 2017: Preparando os Líderes e Inovadores de Amanhã: Pesquisa e Ensino superior, Pontes para a Prosperidade nas Américas Com esta declaração, considerada nossa orientação principal, deveríamos empreender as medidas necessárias para incentivar e estabelecer uma discussão sincera que trata, da melhor maneira possível, de colaborar, levando em conta nossas diferentes tradições acadêmicas, para adaptar nossas pesquisas 2

3 prioritárias pelo desenvolvimento dos líderes e os inovadores que são conscientes de seu papel como promotores de um continente mais equitativo, durável e próspero. Os subtemas do congresso O CAEI 2017 discutirá o tema principal do congresso sob diferentes ângulos, a fim de adquirir uma melhor compreensão das diversas realidades das nações de nosso continente, das prioridades nacionais e regionais, das capacidades existentes, dos atores essenciais assim como dos protagonistas envolvidos e ultimamente, dos resultados buscados e desejados. Os subtemas formarão a base das convocações e definirão a seleção dos conferencistas para as sessões plenárias e os workshops do congresso. As consultas com o Comitê nacional, que conta com as cinco universidades em Montreal, assim como outros conselheiros e protagonistas, suscitaram os seguintes subtemas do evento: 1. Desenvolvimento do conhecimento e dos ecossistemas de inovação Estamos todos convencidos de que as IES não existem de modo abstrato e não são dissociadas de seu contexto. As interações contínuas que se apresentam entre o aspecto acadêmico, as entidades governamentais e as indústrias criam oportunidades únicas para a promoção das iniciativas gerais que se incorporam no melhoramento e no avance de nossas sociedades mediante a inovação e o desenvolvimento do capital humano. Por isso, estamos todos convidados a articular constantemente contextos que consolidam a criação de uma imensa colaboração interdisciplinar e intersetorial baseando-se em nossos pontos fortes particulares e nosso rendimento comprovado. 2. Pesquisa básica e aplicada, pilares da inovação A dissociação dominante entre as pesquisas básicas e aplicadas assombra nossa capacidade de compreender a inovação como a continuidade de esforços científicos e acadêmicos que poderiam levar-nos à prosperidade. Nesta perspectiva, enfrentamos o desafio de poder definir a melhor maneira de realizar plenamente as capacidades e as experiências existentes tanto na pesquisa básica quanto na aplicada com o objetivo de propulsar a inovação no continente. Seríamos capazes de articular um mecanismo determinado para identificar as complementariedades que, não somente potenciarão os resultados de nossa pesquisa, mas teriam também uma incidência positiva sobre nossas sociedades? 3. Instituições de Ensino superior (IES), aprendizagem permanente e empregabilidade Uma parte importante das atividades acadêmicas estabelecidas no continente está dedicada ao desenvolvimento dos graduados que têm competências orientadas para o trabalho que 3

4 responde às necessidades da economia baseada na indústria. Em geral, as tendências são determinadas pelos governos, os empregadores e os empregados dos organismos. Neste contexto, qual será a contribuição do ensino superior no desenvolvimento do capital humano e das competências de trabalho para os futuros graduados? Tendemos a aprofundar as diferenças ou queremos aproveitar as oportunidades de articulação entre a Universidade tradicional e os setores técnicos e tecnológicos? Como vamos integrar as políticas sociais, econômicas e ambientais que favorecem a melhor participação da indústria local, enquanto cumprimos as várias necessidades e prioridades de nossas comunidades? 4. Modelos educativos inovadores e desenvolvimento das competências ao longo da vida Adquirir conhecimentos numa disciplina determinada ou desenvolver competências para um trabalho específico parece insuficiente para os graduados hoje em dia. Além disso, nossos estudantes precisam desenvolver suas competências sociais transferíveis que possam ser utilizadas numa ampla variedade de campos profissionais e além de suas fronteiras nacionais. A aprendizagem baseada no trabalho ou aprendizagem experimental é somente um exemplo de enfoque educativo não tradicional que demostrou efetivamente seu êxito no alcance de seus objetivos. As diferenças nos setores acadêmicos e centros de trabalho no continente contribuíram para a criação de vários enfoques inovadores e úteis para a educação e a colaboração a fim de conseguir uma aprendizagem permanente e a inovação. 5. Equidade e inclusão: o ensino superior como vetor de oportunidades As oportunidades de acesso à uma educação de qualidade ainda estão distribuídas desigualmente dentro e entre nossos países. O gênero, a origem, o contexto étnico, as diferenças linguísticas, a incapacidade e as atitudes tradicionais para certos grupos da sociedade são alguns dos fatores de desigualdade e discriminação. Com o objetivo de combater a marginalização, estes aspectos deveriam ser abordados simultaneamente muito além das iniciativas locais, tendendo para um enfoque mais amplo que envolva as comunidades, as políticas educativas, os professores, os currículos e o financiamento eficaz da educação. a) Evolução social e adaptabilidade das IES Nossas sociedades foram confrontadas a desafios importantes nos últimos anos. Nossa compreensão dos papeis tradicionalmente desempenhados pelos diferentes atores em nossas comunidades evidentemente evoluiu, devidos à transformação do resultado econômico, os câmbios políticos internos, as impulsões externas ou as tendências globais e os desafios que estão determinando atualmente nosso futuro. Através deste processo, temos conseguido manter e estabilizar o nível de câmbio tido em nossas sociedades? Temos facilitado com êxito a melhor comunicação possível entre a academia, o governo, a sociedade civil, os doadores e o setor privado? Como temos adaptado nossos programas 4

5 acadêmicos e atividades de pesquisa para assegurar-nos de que nossa formação de líderes e inovadores de amanhã é real e eficaz? 5