Birth weight and performance in mediterraneun and jafarabadi water buffaloes
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- Márcio Domingues Palha
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1 8. IndúS1r. anim., Nova Odessa, SP, 46(2) :193-8, juf./dez PESO AO NASCER E DESENVOLVIMENTO DAS RAÇAS MEDITERRÂNEO PONDERAL DE BUBALlNOS E JAFARABADI(1) JOSÉ RAMOS NOGUEIRA(2),CELSO BARBOSA(2,5), JOÃO CARLOS AGUIAR DE MATrOS(3), BENEDlCfO DO ESPÍRITO SANTO DE CAMPOS(4,S)e DURVALFARES VlANA CAMARGO(2,S) RESUMO: O presente trabalho foi conduzido DO Posto Experimental de Castilho (PEC), Unidade do Instituto de Zootecnia de São Paulo, a noroeste do Estado, de 1982 a 1986,e teve por objetivos avaliar o peso ao nascer e desenvolvimento ponderar de búfalos das raças Mediterrâneo e Jafarabadi mantidos em pastagens de capim cojonião (Panicum maximum, Jacq) e criados exclusivamente para a produção de carne. No período experimental o peso médio das matrizes mediterrâneo e jafarabadi foram respectivamente: no inicio da cobertura, 635,40 e 601,32kg (P < 0,01); no final da cobertura 619,35 e 601,94 kg (P> 0,05); no parto 675,57 e 662,98kg (P> 0,05). O peso médio ao nascer dos bezerros foi 38,86 e 37,81 kg respectivamente para as raças Mediterrâneo e Jafarabadi, sendo 38,76 kg para os machos e 37,91 kg para as fêmeas (P> 0,05). Os pesos médios ajustados aos 4, 7, 12, 18, e 24 meses foram respectivamente: 151,5e 153,2 kg; 224,63 e 223,12 kg; 301,31 e 310,26 kg; 360,43 e 352,51 kg; 516,15 e 512,82 kg para as raças Mediterrâneo e Jafarabadi (P> 0,05), enquanto que para machos e fêmeas esses pesos foram respectivamente: 155,37e 148,88kg; 231,76 e 215,99 kgj 314,57 e 297,00 kg; 385,47 e 327,47 kg; 520,14 e 508,82 kg. Houve um aumento significativo dos pesos no transcorrer dos anos de nascimento e diferenças entre as progênies dos touros dentro de cada raça. O peso das vacas na saída de cobertura não influenciou o peso ao nascer dos bezerros (P>0,05), porém apresentou significância aos 4,7,12 meses (P<O,OI), e aos 18 meses (P < 0,05). Termos para indexação: peso ao nascer, desenvolvimento ponderal, bubalinos. Birth weight and performance in mediterraneun and jafarabadi water buffaloes SUMMARY: This work was conducted at Posto Experimental de Castilho, SP, from 1982 to 1986 and their objectives were to appraise the birth weight and performance in mediterraneun andjafarabadi water buffaloes, raised in pastures of green panic (Panicum maximum, Jacq) for beef production in the northwest region of São Paulo State. The mean weight for (1) Parte do projeto IZ /83. Recebido para publicação em dezembro de (2) Estação Experimental de Zootecnia de Andradina, Instituto de Zootecnia. (3) Seção de Avaliação e Classificação do Gado de Corte, Divisão 'de Zootecnia de Bovinos de Corte. (4) Seção de Estatística e Técnica Experimental, Divisão de Técnica Básica e Auxiliar. (5) Bolsista do CNPq. 193
2 B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 46(2):193-8, jul./dez JOSÉ RAMOS NOGUEIRA et ai females and males were respcctively: birth and kg; 4 months: and kg; 7 months: and kg (P < 0.01); 12 months: and kg (P < 0.01); 18 months: and kg (P < 0.01); 24 months: and kg. The mean weight for mediterraneun and jafarabadi breeds were respectively: birth and kg; 4 months: and kg; 7 montbs: and kg; 12 months: and kg; 18 months: and kg. There was an increase of the lodyweight during the years and a significant difference among the progenies of sires within each breed. Cows weight at the end mating season did not affect the birth weight and the weight at 24 months (P >0.05), howere it had a highby significant effect at 4, 7 and 12 months (P < 0.01) and 18 months (P >0.05). These results demonstrated that, in favorable conditions, water buffaloes reach good performance. Index terms: birth weight, performance, water buffaloes. INTRODUÇAO Obúfalo é um animal de grande rusticidade e fácil adaptação, que aproveita bem as pastagens grosseiras e de várzeas onde normalmente os bovinos não têm acesso (BATISTA, 1979). A observação do comportamento dos bubalinos permite concluir sobre seu extraordinário potencial biológico que os sobrepõe a ambientes freqüentemente hostis a outras espécies herbívoras, como: climas quentes, glebas fracas, pastos pobres, áreas de vegetação inadequada a pastejo, terras alagadiças, etc (FON- SECA, 1979). A capacidade de se afirmarem em tais. situações, comprovada por fertilidade e desenvolvimento adequados, sugere que em situações favoráveis o desempenho dos búfalos atingirá índices plenamente satisfatórios. A estacionalidade reprodutiva da búfala parece ser condicionada pela diminuição da luminosidade diurna, tendo maior frequência nos meses de abril a junho (NASCIMENTO et ai. 1972; MOSSE, 1979; NASCIMENTO & CARVALHO, 1979). Consequentemente, a desmama é feita no inicio do ciclo de boas pastagens, favorecendo o crescimento dos animais até aos 12meses de idade, preparando- os para enfrentar o "stress" das secas. Os pesos dos bubalinos de acordo com um levantamento em Flórida Paulista por NASCIMENTO et alo (1972), foram respectivamente para machos e fêmeas: ao nascer: 37,5 e 36,5 kg; aos 3 meses: 73,5 e 65,5 kg; aos 15 meses: 306,0 e 266,0 kg; aos 18 meses: e 303,0 kg. Já PACOLA et alo (1978), observando o comportamento de bubalinos em Sertãozinho encontraram: peso ao nascer: 44,6 e 42,7 kg; aos 4 meses: 101,24 e 94,24 kg; aos 7 meses: 155,32 e 140,28 kg; aos 14,5 meses:. 352,55 e 328,55 kg para machos e fêmeas respectivamente. Na Amazônia, NASCIMENTO et alo (1979) estudando o peso ao nascer e desenvolvimento ponderal de búfalos em pastagem nativa encontraram os seguintes resultados para as raças Mediterrâneo e Jafarabadi respectivamente: peso ao nascer: 37,5 e 37,9 kg; aos 6 meses: 146,5 e 129,5 kg; aos 12 meses: 223,7 e 198,6 kg; aos 18meses: 311,6e 285,6 kg; aos 24 meses 394,6 e 324,1 kg. Tendo em vista a discrepância dos resultados obtidos pelos diferentes autores em diferentes regiões, este estudo teve por objetivos estudar o peso ao nascer e desenvolvimento ponderal de bubalinos das raças Mediterrâneo e Jafarabadi mantidos em pastagens cultivadas de capim colonião (Panicum maximum, Jacq) frente às condições ecológicas da região Noroeste do Estado de São Paulo. MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi conduzido no Posto Experimental de Castilho, pertencente ao Instituto de Zootecnia, localizado na região Noroeste do Estado de São Paulo, a 355 metros de altitude, latitude 20 47'S e longitude 51 34'W. O clima local segundo a classificação de Kopper é tropical quente úmido com inverno seco, temperatura média anual mínima de 17,8 e máxima de 29,6 C precipitação pluvial média de mm e umidade relativa do ar média de 65%. Os solos da região pertencem ao grande grupo latossol vermelho escuro, textura média. O período experimental foi de janeiro de a dezembro de 1.986, com um plantei composto de 60 matrizes das raças Mediterrâneo e Jafarabadi e 6 reprodutores, divididos em 6 lotes. As matrizes foram distribuidas nos lotes por sorteio de acordo com a raça e dentro dos grupos de idade.. O regime de criação utilizado foi o extensivo em pastagens de capim colonião (Panicum maximum, Jacq). Cada lote ocupou um piquete de aproximadamente 24 ha, numa lotação média de 1,4 UAlha, onde a disponibilidade de matéria seca na época das águas foi de 3323 kg de materia seca por ha, o que garantiu uma reserva de alimentos para a seca, não alterando o estado nutricional dos animais. Após o desmame os bezerros foram separados de acordo com o sexo e colocados em piquetes próprios 194
3 8. Indústr. anim., Nova Odessa,SP, 46(2): ]ul./dez PESO AO NASCER.. para recria numa lotação aproximada de 1,8 UA/ha. O período de cobertura foi de abril a junho, sendo cada touro colocado para cobrir 20 vacas. As matrizes foram pesadas no início e final da estação de monta e por ocasião do parto e os bezerros no dia do nascimento, quando receberam identificação através de brincos e tatuagem na orelha. As outras pesagens foram feitas aos 4, 7, 12,18 e 24 meses de idade e em todas as pesagens os pesos foram ajustados para poder se comparar os animais de acordo com a seguinte fórmula: Onde: PA = Peso ajustado PR = Peso real PN = Peso ao nascer PR-PN PA id d~/»nd+ptv 1 a «dias Ri = efeito fixo de raça (i = 1,2) Tij = efeito aleatório de touro j dentro da raça i G = 1,2,... ) Ak = efeitofixodoanodenascimento(k = ) SI = efeito fixo de sexo (l = 1,2). Bl = coeficiente de regressão linear parcial do peso dos bubalinos sobre o peso das búfalas na saída de cobertura. p = peso das búfalas na saída de cobertura. p = média de peso das búfalas na saída de cobertura. Eijklm = erro aleatório. RESULTADOS E DISCUssAo As variáveis meteorológicas obtidas durante o período experimental são mostradas nos quadros 1 e 2. No quadro 3 encontram-se o peso médio das idade em dias = Idade do animal no dia da pesagem nd = número de dias a ser ajustado; depende da pesagem a ser ajustada (120,210, 365, 548 ou 730 dias) O desmame dos bezerros foi realizado aproximadamente aos 7 meses de idade, e os reprodutores (machos e fêmeas) foram selecionados com a idade de I ano, considerando o peso ajustado aos 365 dias. A taxa de reposição anual adotada foi de 20% para fêmeas e 50% para machos, tendo as novilhas e reprodutores entrado em reprodução aos 2 anos de' idade. Foi adotado o seguinte esquemá sanitário: corte e desinfecção do umbigo ao nascer, vacina contra febre aftosa para todos os animais acima de 4 meses de idade, de 4 em 4 meses; vacina contra carbúnculo sintomático para todos os animais aos 4 meses de idade e repetida após 6 meses; vacina contra brucelose em todas as fêmeas na faixa etária de 3 a 8 meses; vermifugação no primeiro, terceiro e sétimo mês de idade e após o desmame 2 vêzes ao ano (início e final das secas) e sal mineralizado à vontade. O modelo matemático utilizado para defmir os dados de desenvolvimento ponderal foi: Onde: Yijklm = peso dos bubalinos às diferentes idades, em kg. J-I = média geral. Quadro 1. Preci(iltaçãO pluvial (médias mensais) de 1982 a 1987 (nun) 1) Meses janeiro 163,8 316,8 134,4 147,6 195,3 376,2 fevereiro 63,3 158,3 49,5 274,3 115,6 128,6 março 352,8 207,4 111,3 239,6 141,6 117,6 abril 20,2 194,9 111,5 169,7 72, maio 118,3 122,0 4O,J 41, ,9 junho 39,1 22,1 0,0 7,4 0,0 10,1 julho 52,1 21,1 10,5 11,6 28,3 22,4 agosto 16,6 0,0 52,3 31,7 82,1 13,4 setembro 52,8 87,2 40,6 26,7 16, outubro 132,4 192,7 21,2 89,7 66,5 102,2 novembro 175,7 188,6 76,0 73,0 122,7 162,2 dezembro 251,6 257,2 235,8 25,6 247,2 197,6 Total 1438,7 1768,4 883,4 1138,4 1243,7 1350,6 (1) Estação Climatológica do Ministério da Agricultura e Estação Experimental de Zootecnia de Andradina. matrizes no início e final de cobertura e ao parto, observando-se que as matrizes das raças Mediterrâneo e J afarabadi apresentaram respectivamente os seguintes pesos: no início de cobertura, 635,40 e 601,32 kg (P<O,Ol); no final de cobertura, 619,35 e 601,94 kg (P < 0,05); na parição 675,57 e 662,98 kg (P < 0,05), sendo observado ainda os maiores pesos médios no início e final de cobertura e ao parto no ano de 1986, fato esse provavelmente devido a melhor distribuição de chuvas nesse ano, o que aumentou a disponibilidade de pastagens. o desenvolvimento ponderal dos bubalinos nascidos no Posto Experimental de Castilho de 1983 a 1986 encontra-se no quadro 4, e observa-se que o peso 195
4 B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 46(2):193-8, jul./dez JOSÉ RAMOS NOGUEIRA eta/. Quadro 2. Temperaturas médias mensais de máximas e mínimas de 1982 a 1986 Cq(l) meses média média média média média máx. mino máx. mino máx. mino máx. mino máx. mino janeiro 30,6 20,3 30,7 21,4 33,0 21,0 30,0 21,0 32,0 19,7 fevereiro 32,5 20,5 31,4 21,3 33,9 21,4 32,1 21,3 31,2 21,2 março 29,6 20,6 30,7 19,9 32,7 20,7 30,4 20,9 31,5 20,8 abril 28,0 17,5 30, ,9 18,8 28,7 19,5 31,5 21,5 maio 27,6 14,8 27, ,0 16,4 27,6 16,9 29, junho 27,5 16,3 24,9 14,2 29,6 14,6 25,5 12,0 30,0 17,6 julho 28,1 14,4 27,9 14,8 30,1 14,7 26,2 11,9 27,8 17,2 agosto 29,4 16,3 28,6 13,4 28,3 13,8 30,2 16,0 28,8 19,1 setembro 31,4 17,7 28,4 16,6 29,3 15,4 31,3 17,6 29,4 16,6 outubro 30,8 19,1 30,2 19,0 33,9 19,5 34,4 20,1 32,2 18,2 novembro 33,2 21,7 30,9 18,9 32,3 20,5 32,9 20,6 33,7 20,6 dezembro 29,3 19,7 31,0 19,9 29,7 20,2 34,7 21,6 30,8 21,3 média 29,8 18,4 29,4 18,0 31,1 18,1 30,3 18,2 30,7 19,6 (1) Estação Climatológica do Ministério da Agricultura Estação Experimental dezootecnia de Andradina, SP. Quadro 3. Peso médio das matrizes no Início e final de cobertura e ao parto (kg) Variáveis Peso matrizes no início de cobertura Peso matrizes no final de cobertura Peso matrizes ao parto Média da raça (142) A (142) a (142) a Jafarabafi Média da raça (164) B (164) a (164) a Medite:..;;rrâ.;:;;n:.;ce:...;:a'-- _ Ano (64) (64) (64) Ano (67) (67) (67) Ano (94) (94) (94) Ano (81) (81) (81) ( ) Número de observações. Médias seguidas por letras distintas maiúsculas nas colunas diferem entre si (P < 0,01) e minúsculas ao nível de (P < 0,05) pelo teste F. médio ao nascimento foi de 38,86 e 37,81 kg respectivamente para as raças Mediterrânea e Jafarabadi, sendo 37,91 kg para fêmeas e 38,76kg para machos, não sendo observada diferença significativa entre raça, sexo, e ano de nascimento (P >0,05). Esses resultados são superiores aos achados de NASCIMENTO et al. (1972) em Flórida Paulista SP, semelhantes aos encontrados por NASCIMENTO et al. (1979) na Região Amazônica, e inferiores aos descritos por PACOLA et al. (1978) em Sertãozinho SP. Já os pesos médios ajustados aos 4 meses neste experímento foram 151,05 e 153,20 kg respectivamente para a raça Mediterrânea e Jafarabadi, sendo 148,88kg para fêmeas e 155,37 kg para machos, não evidenciando diferença significativa entre raça e sexo (P < O,O ). Houve significância para efeito de ano de nascimento (P < 0,05) demonstrando um aumento linear de kg durante o transcorrer de cada ano considerado neste trabalho. Esses pesos foram superiores aos encontrados por PACOLA et al. (1978) em Sertãozinho SP. Os pesos ajustados aos 7 meses (desmame) foram 224,63 e' 223,12 kg respectivamente para as raças Mediterrâneo e Jafarabadi, não se evidenciando diferença significativa (P > 0,05), ao passo que para Quadro 4. Desenvolvimento ponderal de búfalos das raças Mediterrâneo e Jafarabadi nascidos Posto Experimental de Castilho, SP, de 1983 Variáveis a 1986 (peso médio ~uslado em kg) Idade Nascimento 4 meses 7 meses 12 meses 18 meses 24 meses Mediterrânea 38,86 (164) a (122) a 224,63 (150) a 301,31 (144) a 360,43 (055) a 516,15 (37) a Jafarabadi 37,81 (142) a 153,20 (088) a 223,12 (136) a 310,26 (134) a 352,51 (056) a 512,82 (46) a Fêmeas 37,91 (140) a (W5) a 215,99 (131) A 297,00 (131) A 327,47 (073) A 508,82 (33) a Machos 38,76 (166) a 155,37 Q,15) a 231,76 (155) B 314,57 (147) B 385,47 (038) B 520,14 (50) a Nasc.I983 36,58 (064) (061) 188,68 (060) 246,37 (053) 350,64 (025) Nasc.l (067) 151,23 (060) 222,13 (060) 309,80 (059) 334,10 (029) 496,99 (27) Nasc.l985 39,59 (094) 163,45 (089) 232,19 (089) 346,36 (089) 384,67.(057) 531,97 (56) Nasc.l986 40,44 (081) 252,51 (077) 320,62 (077) o ( ) número de observações Médias seguidas por letras distintas maiúsculas nas colunas diferem entre si ao nível de 1%, e minúsculas ao nível de 5%, pelo teste F, para os eleitos de raça e sexo e para u ano de nascimento a aplicacao da análise de regressão dentro da análise de variância demonstrou efeito significativo tp < lj,ul) para as equações lineares crescente aos 4 c 7 meses e para as equações quadrãucas decrescentes aos 12 c lls meses, respectivamente. 196
5 B. Indústr. mim., Nova Odessa,SP, 46(2):193-8, Jul./dez PESO AO NASCE R... fêmeas e machos esses valores foram 215,99 e 231,76 kg, evidenciando uma superioridade dos machos (P < 0,01). Verificou-se ainda um acréscimo linear significativo (P<O,Ol) de kg do peso ao desmame sobre cada ano, dentro do período estudado. As médias resultadas desta pesquisa foram superiores àquelas encontradas por PACOLA et alo (1978) e NASCIMENTO et alo(1979). foram superiores aos resultados obtidos por NASCIMENTO er alo(1979). No quadro 5 encontra-se a avaliação da progênie na raça Mediterrâneo, com o nome do touro a ser testado e os pesos médios de seus filhos nas diversas idades. Observa-se que a média de peso ao nascer e aos 4 meses nessa raça foi de 38,86 e 151,05 kg respectivamente, enquanto que a média dos filhos dos diversos touros variou de 37,60 kg no touro desertor, a 41,49 kg no touro espanto, para peso ao nascer; e de 137,28 kg no touro baco, a 161,78 kg no touro espanto, para o peso aos 4 meses; não sendo evidenciada diferença significativa entre touros nestas duas idades (P > 0,05). Os pesos aos 12 meses foram: 301,31 kg para os animais da raça Mediterrâneo e 310,26 kg para os da raça Jafarabadi, não se evidenciando diferença significativa entre raças (P<0,05); 297,00 kg para fêmeas e 314,57 kg para machos, sendo observada uma superioridade dos machos (P < 0,01). Evidenciou-se também um efeito curvilineo do ano de nascimento aos 12 meses (P < 0.01) com significância para uma equação quadrática desse peso sobre o ano de nascimento, no mesmo período de anos, indicando um peso máximo para o ano de Esses valores são superiores aos encontrados por NASCIMENTO et alo (1972) e NASCIMENTO et alo(1979), que trabalharam em São Paulo e na Amazônia respectivamente. A média dessa raça para peso aos 7 meses foi 224,63 kg, sendo que os filhos de ensaio (268,14kg) e espanto (244,54kg) suplantaram os filhos de baco (192,23kg) e bacurau (190,64kg) (P < 0,01). Para. o peso médio aos 12 meses, com exceção aos filhos de taburno, os filhos de espanto superaram os demais (P<O,OI). A média na raça para peso aos 18 e 24 meses foram respectivamente 360,43 e 516,15 kg, não se evidenciando diferença significativa entre touros nestas duas idades (P > 0,05). Os pesos aos 18 meses foram: 360,43 kg para os animais da raça Mediterrâneo e 352,51 kg para os da raça Jafarabadi, não sendo observada diferença significativa entre raças (P > 0,05); 327,47 kg para fêmeas e 385,47 kg para machos, observando-se uma supe-: rioridade dos machos (P < 0,01). O peso médio dos animais nascidos nos anos de 1983, 1984, 1985, foram respectivamente: 350,64, 334,10, e 384,67 kg, demonstrando um efeito quadrático (P < 0.01) em que a equação revelou um ponto de mínimo aos 1983, 75 anos, ou seja, os animais tiveram um menor peso próximo ao ano de nascimento de Esses dados são superiores aos resultados obtidos por NASCIMENTO et alo(1972) em São Paulo e NASCIMENTO et alo(1979) na Amazônia. A avaliação da progênie na raça Jafarabadi encontra-se no quadro 6. Observa-se que os pesos médios na raça foram: 37,81 kg para peso ao nascer; e 153,20, 223,12, 310,26, 352,51 e 512,82 kg, respectivamente para pesos aos 4, 7, 12, 1~ e 24 meses. Os filhos de rancho e salgueiro apresentaram pesos ao nascer superiores aos obtidos pelos filhos de condor (P < 0,01), e aos 12 meses os filhos de rancho suplantaramos filhos de sabido, condor e espeto (P < 0,01), enquanto aos 18 meses os filhos de salgueiro superaram os filhos de sabido, condor e espeto (P < 0,01), enquanto aos 18 meses os filhos de salgueiro superaram os filhos de sabido e condor (P < 0,01). Os pesos aos 24 meses nesta pesquisa foram: 516,15 e 512,82 kg respectivamente para a mesma sequência de raças, enquanto em fêmeas e machos esses valores foram: 508,82 e 520,14 kg; não sendo evidenciada diferença significativa entre raça, sexo, e ano de nascimento (P>0,05). Os valores encontrados Quadro S. Avaliação da progênie na raça Mediterrâneo CONCLusAO Com base nas condições em que foi realizado o dos animais nascidos no Posto Experimental Peso médio ajustado Touro de Castilho, SP., de 1982 a 1986 dos filhos (Kg) Nome N Ao nascer Aos 4 meses Aos 7 meses Aos 12 meses Aos 18 meses Aos 24 meses Tabumo 4 40,23 (16) a 157,15 (15) a 233,10 (15) AB 317,71 (15) AB 371,74 (08) a 541,02 (06) a (10) a Bacurau 5 37,61 (20) a 141,17 (19) a 190,64 (19) A 281,96 (19) A 346,10 (10) a Uaipi 6 40,05 (15) a 157,96 (10) a 230,40 (10) AB 301,58 (10) A 379,95 (OS) a 540,62 (OS) a Desertor 9 37,60 (33) a 150,98 (16) a 213,36 (31) AB 291,63 (31) A 347,16 (11) a 502,65 (10) a 350,09 (06) a 505,54 (06) a Baco 10 37,70 (20) a 137,28 (20) a 192,23 (20) A 275,72 (20) A Ensaio 12 37,91 (15) a (15) a 268,14 (14) B 281,67 (14) A Espanto 82 41,49 (45) a 161,78 (42) a 244,54 (41) B 358,87 (35) B 367,54 (15) a 38,86 (164) 151,05 (122) 224,63 (150) 301,31 (144) 360,43 (55) Média/raça () Número de filhos testados Médias seguidas por letras distintas maiúsculas nas colunas diferem entre si ao nível de 1%, pelo teste de Tukey ,15 (37)
6 B. Indústr. anirn., Nova Odessa,SP, 46(2) :193-8, jul./dez JOSÉ RAMOS ~OGUEIRA et ai. Quadro 6. Avaliação da progê.m na raça Jararabadi dos animais nascido/! no PQSto Experimental de Casttího, SP, de 1982 a 1986 Touro Peso médio ajulilado dos filhos (kg) N Nome Ao nascer Aos 4 meses A0&1:mesq AOli12meses Aos l~meses Ao&44 meses Rancho 01 39,19 (33) A 150,31 (33) a 225,80 {32) a, 354,00 (31) A 366,53 (13) AB 539,82 (03) a Salgueiro 02 41,06 (07) A 167,31 (07) a 251,21.(07) I 310,97 (07) AB 384,08 (06) A 531,21 (06) a Sabido 03 37,07 (26) AB 149,89 (21) a m7,77(24) a m,22(23) B 324,59 (16) B 5~OS (16) a Condor 07 34,10 (33) B 149,72 (15) a 207,26 (33) a 288,63 (33) B 330,77 (11) B 478,63 (11) a Tanan 08 38,37 (15) AB 148,76 (13) a 215,38 ( 13) a 313,03 (13) AB 356,55 (10) AB 506,37 (10) a JL ,55 (16) AB 150,21 (16) a 229,58 (15) a 311,34 (15) AB Espeto ,31 (12) AB 152,42 (12) a 224,88 (12) a 301,65 (12) B Média/Raça 37,81 (142) 153,20 (088) 223,F!136) :310,26 (134) 352,51 (056) 512,82 (046) ( ) Número de filhos testados. Médias seguidas por letras distintas maiúsculas nas colunas diferem entre si ao ~fvel"de 1% pelo Teste de Tukey. trabalho, conclui-se que os bubalinos das raças Mediterrâneo e Jafarabadi, quando criados exclusivamente para produção de carne em pastagens de boa qualidade, são animais bastante precoces, que atingem peso ideal de abate por volta de 2 anos de idade, constituindo-se assim uma alternativa viável para produção de carne e é um potencial pecuário que deverá ser melhor explorado. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem aos Técnicos Agropecuários: Valfrido Lemos Vasconcelo Sobrinho, José Carlos Marine Rasteiro, Sebastião Sérgio Lopes Camargo, Mitsuharu Kuriyama e aos Técnicos de Laboratório: Helena Maria Capitel Camargo e Sidney Marques da Silva pela colaboração prestada na condução deste trabalho. REFER~NCIAS BIBUOGRÁFICAS BATISTA, MAM. Digestibilidade comparativa entre búfalos jafarabadi e bovinos gir e holandes. Tese de Mestrado, Lavras, MG, ESAL, p. FONSECA, W.c. O búfalo em São Paulo, São Paulo, DNPA-DAGE e ABCB, p. M~SE, G.,Estudo do desempenho reprodutivo e 'produtivo'de um rebanho bubalino. ln: ENCONTRO SOBRE BUBALINOS, Araçatuba, SP., Anais..., Araçatuba, SP., Sociedade Brasííeira de Zootecnia, p NASCIMENTO, C.N.B. & CARVALHO, L.O.D.M. Características reprodutivas de búfalos da raça Mediterraneo. In: ENCONTRO SOBRE BUBAIJNOS, SP., Anaís..; Araçatuba, SP., Sociedade Brasileira de Zootecnia, p.23o..-.j'; SALINOS, E.P.; MOURA CARVALHO, L.O.D. " LOURENÇO JUNIOR, J_B. Peso ao nascer e desenvolvimento pondera I de búfalos em pastagens nativa. In: ENCONTRO SOBRE BUBALINOS, Araçatuba, SP., 1979, Anais..., Araçatuba, SP., Sociedade Brasileira de Zootecnia, p.2)8-19. B.C. & SILVA, R.P. Resuitádos parciais do controle ponderal de búfalos na fazenda Porangaba, Florida Paulista e fertilidade, do rebanho em 1970(71. São Paulo, SeI. Zootec., 11(126):34-5, o ; ALVES, PACOLA, LJ.; NASCIMENTO, J.; REI.cHERT, R.H.& ~OOK, AG. Desempenho de bubalinos em Sertãozinho (SP). B. Indústr. anim., Nova Odessa, SP, 35(2): ,
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