EQUIPAMENTOS PARA EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DA MECÂNICA DOS SOLOS EDUCATIONAL EQUIPMENTS FOR TEACHING SOIL MECHANICS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "EQUIPAMENTOS PARA EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DA MECÂNICA DOS SOLOS EDUCATIONAL EQUIPMENTS FOR TEACHING SOIL MECHANICS"

Transcrição

1 EQUIPAMENTOS PARA EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DA MECÂNICA DOS SOLOS EDUCATIONAL EQUIPMENTS FOR TEACHING SOIL MECHANICS Cardoso, Rafaela, Instituto Superior Técnico,UTLisboa, Portugal, Gomes, Rui Carrilho, ESTBarreiro, IPSetúbal, Portugal, Santos, Jaime, Instituto Superior Técnico, UTLisboa, Portugal, Sena Costa, Víctor, Instituto Superior Técnico, UTLisboa, Portugal, Caetano, João Pedro, Instituto Superior Técnico, UTLisboa,Portugal, RESUMO Neste artigo apresentam-se os equipamentos para experiências pedagógicas desenvolvidos nos últimos dois anos no IST e na ESTB, tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino da Mecânica dos Solos, no âmbito da Engenharia Civil. Os equipamentos desenvolvidos evidenciam de uma forma simples alguns fenómenos e princípios fundamentais da Mecânica dos Solos. Pretende-se assim reforçar a componente experimental do ensino tradicional, motivando a aprendizagem dos alunos. Este trabalho, que constitui uma primeira etapa para estimular o ensino experimental, visa fomentar a reflexão e a discussão sobre o ensino da Mecânica dos Solos. ABSTRACT This paper describes the educational equipments developed at IST and ESTB in the last two years, aiming to improve the teaching quality of Soil Mechanics in Civil Engineering. Fundamental theoretical concepts and physical phenomena of Soil Mechanics can be illustrated with the developed equipments, in a very simple way. These experiences are integrated in classes, increasing the experimental component of the traditional way of teaching and motivating the students to learn. This work represents a first step to stimulate experimental teaching, intending to promote discussion about Soil Mechanics education. 1. INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta uma parte introdutória focando os aspectos fundamentais no ensino da Mecânica dos Solos onde se procura dar mais relevância ao ensino experimental para a melhoria da qualidade do ensino. O trabalho descreve em detalhe os equipamentos para experiências pedagógicas que foram desenvolvidos no IST e na ESTB. Através da análise de diversas opiniões expressas por Terzaghi, Casagrande, Peck e outros, Burland [1] apresentou um trabalho acerca do ensino da Mecânica dos Solos. De acordo com este autor, o ensino da Mecânica dos Solos, no âmbito da Engenharia Civil, deve contemplar quatro vertentes essenciais: (i) o perfil do terreno (para fins de engenharia): implica conhecimentos das áreas de Geologia e de Geologia de Engenharia, e envolve técnicas de prospecção para a caracterização mecânica e hidráulica dos maciços;

2 (ii) o comportamento dos solos: envolve ensaios de caracterização in situ e em laboratório e observações in situ; (iii) a mecânica aplicada: envolve a modelação e análise de problemas, recorrendo a leis idealizadas para descrever o comportamento dos materiais; os solos exibem comportamento complexo e, por isso, as leis devem ser devidamente calibradas tendo presente as hipóteses admitidas para cada situação; (iv) o empirismo: inevitavelmente associado à complexidade do comportamento dos solos; deste modo, a experiência acumulada é um factor preponderante na prática profissional geotécnica. A relação entre as vertentes mencionadas pode ser esquematizada sob a forma de um triângulo (Figura 1), onde o empirismo e a experiência ocupam o centro. Geologia do terreno Prospecção PERFIL DO TERRENO EMPIRISMO Experiência Observação Ensaios in situ Ensaios Laboratoriais COMPORT. DO SOLO MECÂNICA APLICADA Leis de comportamento Modelação Análise Figura 1 O triângulo da Mecânica dos Solos (adaptado de [1]) Ao aluno dever ser transmitido o papel de cada uma das vertentes referidas. Cada uma delas deve ser abordada utilizando metodologias e níveis de rigor diferentes, consoante a sua especificidade. É necessário instruir o aluno a cultivar o rigor não só nas análises, mas também nas medições e observações, na organização e cruzamento de informações, na formulação de hipóteses e sua validação, sempre com adequado espírito crítico. É na interligação entre as várias vertentes que se deve procurar uma metodologia equilibrada e que possa servir de referência tanto para o ensino como para a prática profissional. O uso de meios audiovisuais tais como a projecção de filmes ou a utilização de modelos para ilustrar fenómenos e princípios fundamentais da Mecânica dos Solos pode trazer vantagens acrescidas para o ensino da Geotecnia. De facto, o recurso a experiências simples onde envolve a participação do próprio aluno, pode ser extremamente útil para estimular a sua curiosidade e sensibilidade para a componente física e de aplicação nas várias disciplinas da área da Geotecnia. Além disso, permite ao aluno assimilar mais facilmente ou consolidar algumas matérias leccionadas nas aulas.

3 2. ENSINO EXPERIMENTAL 2.1 Ensaios correntes No Instituto Superior Técnico, IST, e na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, ESTB, o ensino da Geotecnia, no âmbito da Engenharia Civil, contempla uma ou duas disciplinas relacionadas com a área da Geologia e Geologia de Engenharia, duas disciplinas de Ciências de Engenharia, onde são apresentados os conceitos de base da Mecânica dos Solos e métodos de cálculo para dimensionamento de estruturas geotécnicas correntes, e uma disciplina de Especialidade, com preponderante componente de projecto. Nas disciplinas de Mecânica dos Solos, a leccionação das diversas matérias abordadas é acompanhada de visitas ao laboratório, onde se procura: (i) familiarizar os alunos com o material solo, através da realização de ensaios pelos próprios alunos (peneiração, determinação dos limites de consistência e ensaio de compactação Quadro 1); (ii) mostrar os principais ensaios que permitem obter os parâmetros que caracterizam o comportamento mecânico dos solos (Quadro 1), tais como o ensaio de compressão no edómetro (compressibilidade) e o ensaio triaxial (resistência); (iii) mostrar e/ou realizar alguns ensaios correntes para controlo de aterros (ensaio de compactação, determinação do teor em água por meio do Speedy e determinação da massa volúmica seca pelo método da garrafa de areia ); (iv) ilustrar alguns fenómenos fundamentais da Mecânica dos Solos, através de experiências pedagógicas, que serão descritas mais adiante. O Quadro 1 sintetiza os ensaios que são realizados actualmente no ensino da Geotecnia no IST e na ESTB. Descreve-se, em particular, o ensaio de permeabilidade, que é utilizado para explicar as noções de permeabilidade em diferentes tipos de solos, carga piezométrica e gradiente hidráulico. O equipamento, apresentado na Figura 2, consiste numa bancada autónoma com 3 permeâmetros, dois associados a um tanque de nível constante, e o outro de nível variável. Nos dois primeiros são colocados solos arenosos e no último é colocado um solo argiloso, permitindo observar, em simultâneo, o contraste de permeabilidade entre solos arenosos e solos argilosos, através do caudal efluente. No permeâmetro do meio, colocaram-se duas camadas de solo arenoso com granulometria distinta, sendo utilizado para a realização de um trabalho por parte dos alunos. Nesse trabalho os alunos determinam o coeficiente de permeabilidade do sistema equivalente (dois solos em série) com base na medição do caudal e do gradiente hidráulico e, posteriormente, assumindo a hipótese de escoamento unidimensional, determinam o coeficiente de permeabilidade de um dos solos, conhecido o coeficiente de permeabilidade do outro.

4 Quadro 1 Ensaios realizados no ensino da Geotecnia Classificação de Solos. Relacionar a natureza e granulometria do solo com as suas características geotécnicas (resistência e deformabilidade, consistência e trabalhabilidade) Identificação de solos Limites de consistência Percolação em meios porosos. Noções de coeficiente de permeabilidade, carga hidráulica e gradiente hidráulico. Escoamento unidireccional e bidimensional (redes de percolação). peneiração Limite de Limite de plasticidade liquidez Permeâmetro (ver Figura 2) Trabalho realizado: Traçado da curva granulométrica, determinação dos limites de consistência e classificação do solo. Trabalho realizado: Determinação do coeficiente de permeabilidade. Comportamento do solo em compressão no edómetro (unidireccional) e triaxial. Estados de tensão, tensão isotrópica e tensão deviatórica. Resistência ao corte drenada e não drenada, estado de pico e estado crítico. Compressibilidade, assentamentos imediatos e ao longo do tempo (consolidação e fluência). Edómetro Apresentação do equipamento Ensaio Triaxial Obras de aterro: objectivos da compactação, influência da energia e do teor em água no peso volúmico seco, na resistência e na deformabilidade do solo compactado. ensaio proctor ensaio speedy Trabalho realizado: Ensaio de compactação, com traçado das curvas de compactação e de saturação do solo. ensaio garrafa de areia

5 Reservatório de carga constante Piezómetros Reservatório de carga variável Solo arenoso homogéneo Solo arenoso estratificado Solo argiloso homogéneo Figura 2 Ensaio de permeabilidade (ESTB) 2.2 Equipamentos para experiências pedagógicas Visualização de superfícies de rotura O dimensionamento de estruturas de suporte rígidas é realizado, habitualmente, estimando os impulsos de terras ou pela teoria de Coulomb ou pela teoria de Rankine, ambas baseadas no método de equilíbrio limite. Em solos puramente friccionais, assumindo que o atrito na interface solo-muro é nulo, o plano da superfície de rotura apresenta uma inclinação com a horizontal de 45º+φ'/2, do lado activo, e 45º φ'/2, do lado passivo, onde φ' representa o ângulo de resistência ao corte do solo. Tal como o representado na Figura 3, é possível induzir a formação da cunha activa ou passiva movendo a estrutura de suporte rígida segundo a horizontal no sentido de se afastar do terreno, provocando a descompressão lateral (estado activo), ou de se aproximar, induzindo o aumento das tensões horizontais (estado passivo). As fundações superficiais, em meio puramente friccional, sujeitas a compressão vertical exibem modos de rotura diferentes, em função da compacidade do meio e da geometria da fundação. No modelo utilizado, os filamentos cilíndricos simulam um solo puramente friccional. A geometria dos filamentos e a forma da caixa impedem movimentos segundo a direcção normal ao plano, simulando desta forma um estado plano de deformação. O movimento de rearranjo dos filamentos permite identificar as superfícies de rotura.

6 Estrutura de suporte rígida Filamentos cilíndricos de PVC Figura de rotura Figura de rotura Lado Activo Lado Passivo Figura 3 Superfícies de rotura De acordo com a Figura 4, os equipamentos concebidos são constituídos pelos seguintes elementos: caixa de PVC, com uma face transparente em material perspex; filamentos cilíndricos de PVC, com 3 e 5 mm de diâmetro (IST), e 3 mm (ESTB); bloco de madeira para simular uma estrutura de suporte rígida e placas de perspex para simular estruturas de suporte flexíveis. Figura de rotura Figura de rotura Impulsos em estruturas de suporte rígidas(ist) Fundação superficial (ESTB) Figura 4 Modelos para visualização das superfícies de rotura para duas situações distintas Estes equipamentos são bastante versáteis pois permitem também visualizar a formação da cunha morta no caso de muros com secção tipo L e observar a influência da deformabilidade da parede Liquefacção O fenómeno da liquefacção dos solos traduz-se numa redução significativa da rigidez e da resistência devida à geração de excesso de pressões positivas da água intersticial durante a ocorrência dos sismos. A liquefacção pode dar origem a deformações permanentes importantes e conduzir a situações em que a tensão efectiva é praticamente nula. A liquefacção dos solos conduz a estragos catastróficos associados à perda de capacidade de carga das fundações, à flutuação, à instabilização de taludes, etc. É fácil de encontrar na bibliografia ou na Internet, relatos com imagens trágicas de edifícios derrubados ou completamente destruídos causados pela liquefacção dos solos durante os sismos de Niigata em 1964, Loma Prieta em 1989, Kobe em 1995, Turquia em 1999, etc.

7 A experiência consiste em provocar a liquefacção de um solo arenoso submerso e ilustrar os seus efeitos devastadores. Permite evidenciar o fenómeno da liquefacção, estando este intimamente relacionada com o Princípio das Tensões Efectivas e com o comportamento contráctil das areias soltas. O modelo concebido é constituído pelos elementos seguintes (Figura 5): tanque em material perspex translúcido, preenchido com material granular em condições submersas; base de apoio rolante; tubo PVC para simular o túnel; bloco em material PVC para simular o edifício. movimento de rotação do edifício Areia submersa movimento ascensional do túnel Excitação (manual ou por meios mecânicos) base de apoio rolante 1.00m x 0.50m x 0.50m Figura 5 Esquema da experiência de liquefacção de areias Durante a experiência, é aplicado um impulso lateral relativamente rápido que irá provocar a liquefacção da areia submersa. Assiste-se, quase de imediato, ao assentamento e à rotação do edifício e à flutuação do túnel, este inicialmente enterrado (Figura 5). Pode-se constatar ainda, um assentamento permanente bastante significativo pós-liquefacção. Este assentamento é definido pela simples diferença entre o nível da água e o nível da superfície da areia (inicialmente coincidentes). A sequência descrita pode ser observada na Figura 6. Início do ensaio (antes do impulso lateral) Fim do ensaio (após o impulso lateral) Figura 6 Liquefacção de areias (IST)

8 2.2.3 Percolação em meios porosos Os solos são constituídos por partículas sólidas com interstícios entre si, que formam pequenos canais através dos quais é possível o escoamento de fluidos. Se o solo estiver saturado e dois pontos distintos possuírem diferente carga hidráulica, ocorre escoamento do fluido. O equipamento visa representar um meio granular com nível freático instalado a pequena profundidade, onde existe uma cavidade cilíndrica (poço). A experiência realizada com este equipamento mostra o fenómeno da percolação provocado pelo rebaixamento do nível freático no interior do poço, permitindo visualizar o nível de água nos reservatórios de entrada e de saída, bem como a cota piezómétrica em vários pontos. O equipamento descrito é apresentado na Figura 7 e na Figura 8, sendo constituído pelos seguintes elementos: reservatório com a forma de uma meia-cana em PVC, tirando partido da simetria axial do sistema; reservatórios de entrada e de saída, com areia (meio poroso) entre ambos; 5 piezómetros, instalados para permitir conhecer a carga hidráulica em pontos representativos. Reservatório de saída Reservatório de entrada solo piezómetros Figura 7 Esquema do equipamento de percolação não confinada em meio poroso A G C H H G J B F E D J A I Legenda: A - Nível de entrada B - Nível de saída C - Linha de corrente superior D Zona de transição (efeito de capilaridade) E Solo seco F - Perda de carga total G - Perda de carga na fronteira H - Linha equipotencial I - Perdas de carga J - Linha de corrente inferior Figura 8 - Equipamento de percolação não confinada em meio poroso (ESTB)

9 Na Figura 8 é possível observar: (i) do lado esquerdo do poço, dois piezómetros situados sobre a mesma linha equipotencial; (ii) do lado direito 3 piezómetros onde se pode observar a perda de carga; (iii) e a linha de corrente superior Modelo de consolidação primária unidimensional de Terzaghi O fenómeno da consolidação hidrodinâmica (ou primária) em solos saturados consiste na variação de volume associada à expulsão da água, em consequência da aplicação de uma tensão. Nos casos em que se pode admitir comportamento não drenado na fase de aplicação do carregamento, o acréscimo da tensão total dá, de imediato, origem a um excesso de pressão intersticial de valor idêntico. Este excesso de pressão na água dissipa-se ao fim de um determinado tempo, cuja duração, depende essencialmente da permeabilidade do solo e das condições de fronteira. No final da consolidação primária, o acréscimo de tensão efectiva é igual ao acréscimo de tensão total. O modelo de Terzaghi é utilizado para explicar o fenómeno da consolidação primária em solos finos saturados. Neste modelo, estabelece-se a analogia entre o comportamento do solo em processo de consolidação primária e uma mola de compressão inserida num reservatório totalmente preenchido com água. A Figura 9 apresenta o esquema desse modelo, assim como o equipamento desenvolvido. Este equipamento é constituído pelos seguintes elementos: reservatório cilíndrico em perspex preenchido com água, com um êmbolo amovível e munido com uma mola de compressão no interior; manómetro instalado no êmbolo, para medir a pressão na água; válvula para controlar o caudal de saída. manómetro Carga válvula Esquema do ensaio 1) válvula fechada e carga aplicada 2) válvula aberta e compressão da mola Figura 9 - Modelo de Terzaghi para ilustrar o fenómeno da consolidação primária (ESTB) Ao colocar a carga sobre o êmbolo com a válvula fechada, ocorre o aumento da pressão da água registada no manómetro e não se observa a deformação da mola. Ao abrir a válvula, inicia-se o processo de drenagem da água, com a consequente diminuição da pressão na água (registada no manómetro) e a transferência de carga para a mola, permitindo observar em simultâneo a

10 descida do êmbolo e a compressão da mola. O sistema estabiliza quando a pressão registada no manómetro for nula, ou seja, quando toda a carga aplicada for suportada pela mola. 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho descreve os equipamentos para experiências pedagógicas desenvolvidos nos últimos dois anos no IST e na ESTB, visando a melhoria da qualidade do ensino da Geotecnia, no âmbito da Engenharia Civil. Os equipamentos desenvolvidos permitem evidenciar de uma forma simples alguns fenómenos e princípios fundamentais da Mecânica dos Solos. Pretende-se assim reforçar a componente experimental do ensino tradicional, motivando a aprendizagem dos alunos, demonstrada pela sua boa receptividade. Está em curso a construção de um novo equipamento para observação da distribuição de tensões, recorrendo à técnica da fotoelasticidade, bem como a construção de outros equipamentos para observação dos efeitos da percolação em cortinas e em barragens de terra. Este trabalho pretende constituir uma primeira etapa para reforçar o ensino experimental e, ao mesmo tempo, fomentar a reflexão e a discussão sobre o ensino da Geotecnia, no âmbito da Engenharia Civil. Aliás, esta é uma prática corrente noutros países onde há grupos de trabalho que se reúnem periodicamente para discutir e reflectir sobre o ensino da Mecânica dos Solos, procurando acompanhar o desenvolvimento tecnológico e científico e promover a ligação entre as universidades e as empresas. Como exemplo, refere-se: Meeting of Teachers of Geotechnical Subjects no Reino Unido (MTGS [2]) e United States University Council on Geotechnical Education nos Estados Unidos (USCGER [3]), entre outros. 4. AGRADECIMENTOS Os autores desejam expressar os seus agradecimentos aos colegas da secção de Geotecnia do Instituto Superior Técnico pelas contribuições e críticas manifestadas em várias ocasiões para a concepção e o aperfeiçoamento dos equipamentos para experiências pedagógicas. 5. BIBLIOGRAFIA 1. Burland, J. B., 1987, The Teaching of Soil Mechanics A Personal View. Proc. of the 9 th European Conference on Soil Mechanics and Foundation Engineering, Dublin, volume 3, pp MTGS, Meeting of Teachers of Geotechnical Subjects, 3. USCGER, United States University Council on Geotechnical Education,

NOVOS EQUIPAMENTOS DIDÁCTICOS NO ENSINO DA MECÂNICA DOS SOLOS NEW EDUCATIONAL EQUIPMENT FOR TEACHING SOIL MECHANICS

NOVOS EQUIPAMENTOS DIDÁCTICOS NO ENSINO DA MECÂNICA DOS SOLOS NEW EDUCATIONAL EQUIPMENT FOR TEACHING SOIL MECHANICS NOVOS EQUIPAMENTOS DIDÁCTICOS NO ENSINO DA MECÂNICA DOS SOLOS NEW EDUCATIONAL EQUIPMENT FOR TEACHING SOIL MECHANICS Cardoso, Rafaela, Instituto Superior Técnico,UTLisboa, Portugal, rafaela@civil.ist.utl.pt

Leia mais

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 PROBLEMAS Parte 1 1. O elemento A do solo arenoso da Figura 1 está sujeito a uma tensão

Leia mais

CÓDIGO: IT822. Estudo dos Solos CRÉDITOS: 4 (T2-P2) INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CÓDIGO: IT822. Estudo dos Solos CRÉDITOS: 4 (T2-P2) INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DECANATO DE ENSINO DE GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS E REGISTRO GERAL DIVISÃO DE REGISTROS ACADÊMICOS PROGRAMA ANALÍTICO DISCIPLINA CÓDIGO: IT822

Leia mais

Ensaios laboratoriais correntes

Ensaios laboratoriais correntes Ensaios laboratoriais correntes - 1 Mestrado em Engenharia de Estruturas Fundações de Estruturas Ensaios laboratoriais correntes Jaime A. Santos (IST) Ensaios laboratoriais correntes - 2 Ensaios laboratoriais

Leia mais

Ensaios laboratoriais correntes

Ensaios laboratoriais correntes Ensaios laboratoriais correntes - 1 Mestrado em Engenharia de Estruturas Fundações de Estruturas Ensaios laboratoriais correntes Jaime Santos Ensaios laboratoriais correntes - 2 Ensaios laboratoriais correntes

Leia mais

Laboratório de Mecânica dos Solos. Primeiro Semestre de 2017

Laboratório de Mecânica dos Solos. Primeiro Semestre de 2017 Laboratório de Mecânica dos Solos Primeiro Semestre de 2017 Aula 8 Permeabilidade 1. A água no solo Problemas práticos envolvendo percolação: Barragens: Vazões infiltradas, piping, dimensionamento de filtros

Leia mais

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS 1. CONSTRUÇÃO DE ATERROS A construção de aterros envolve os seguintes aspectos: 1. Estudos geológicos e geotécnicos, prospecção solos presentes e suas características, localização

Leia mais

Capítulo 5 Percolação

Capítulo 5 Percolação PROLEM 5.1 Considere a Figura 5.1 que representa dois casos em que onde se provocou o escoamento de água no interior de um provete de areia (γ sat =20kN/m 3 e k=0.5 10-5 m/s) através da alteração da posição

Leia mais

IPV.ESTG Volume de Trabalho Total (horas): 132,5 Total Horas de Contacto: 81,9 T TP PL OT 19, ,4 Competências

IPV.ESTG Volume de Trabalho Total (horas): 132,5 Total Horas de Contacto: 81,9 T TP PL OT 19, ,4 Competências Unidade Curricular: Mecânica dos Solos II Área Científica: Engenharia Civil Curso / Ciclo: Licenciatura em Engenharia Civil - 1º Ciclo Docente Responsável: João Manuel Pinto Marado Ano Regime Tipo 2º Semestral

Leia mais

EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS

EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS Algumas vezes, na engenharia civil, não dispomos de espaço suficiente para fazer uma transição gradual das elevações do terreno onde queremos implantar

Leia mais

Exercício resolvido - nº 1 Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 6 e 9

Exercício resolvido - nº 1 Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 6 e 9 Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 1º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 1 Ano lectivo 2002/2003 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 4 A Águas nos Solos. Percolação Exercício resolvido - nº 1 Exercícios para resolução

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS. Márcio Marangon. Professor Titular - UFJF

MECÂNICA DOS SOLOS. Márcio Marangon. Professor Titular - UFJF UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF Faculdade de Engenharia Departamento de Transportes e Geotecnia MECÂNICA DOS SOLOS Márcio Marangon Professor Titular - UFJF Versão: Dez/2018 Apresentação Os

Leia mais

COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO

COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO 1. Sobre o maciço representado na Figura 1 vai ser construído um aterro ( at. = kn/m ) com uma altura de 8 m e que ocupará uma área de aproximadamente 10 hectares.,0 m,0

Leia mais

Profa. Dra. Lizandra Nogami

Profa. Dra. Lizandra Nogami Universidade de Cuiabá Campus Barão Curso de Engenharia Civil Profa. Dra. Lizandra Nogami Agradecimentos: Prof. Dr. Jefferson Lins Profa. Msc. Rafaela Faciola Teoria do Livro: PINTO, Carlos de Sousa. Curso

Leia mais

Lista de Exercícios de Adensamento

Lista de Exercícios de Adensamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil Setor de Geotecnia CIV 333 - Mecânica dos Solos II Prof. Paulo Sérgio de Almeida Barbosa Lista de

Leia mais

Injecção de caldas cimentícias em terrenos arenosos. Modelação física

Injecção de caldas cimentícias em terrenos arenosos. Modelação física Injecção de caldas cimentícias em terrenos arenosos. Modelação física João Bilé Serra Laboratório Nacional de Engenharia Civil Edgar DuarteTomé FCT-UNL Injecção de caldas cimentícias em terrenos arenosos.

Leia mais

EC7 Importância da Caracterização Geotécnica

EC7 Importância da Caracterização Geotécnica Mestrado em Estruturas (IST) - 2003/2004 Fundações de Estruturas EC7 Importância da Caracterização Geotécnica Jaime A. Santos Eurocódigos estruturais: (Normas relativas ao projecto estrutural e geotécnico

Leia mais

3 - ESCOAMENTOS EM MEIOS POROSOS

3 - ESCOAMENTOS EM MEIOS POROSOS 3.1 - Generalidades 3 - ESCOAMENTOS EM MEIOS POROSOS No caso de escoamentos em meios porosos, dado que a velocidade de percolação é muito pequena, despreza-se o termo v 2 /2g, altura cinemática da equação

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA I Aula 08 Augusto Romanini Sinop - MT 2017/2 AULAS Aula 00 Apresentação

Leia mais

Plano de Ensino de GEOTECNIA II TURMA A01 (2017/2)

Plano de Ensino de GEOTECNIA II TURMA A01 (2017/2) Plano de Ensino de GEOTECNIA II TURMA A01 (2017/2) 1. Ementa Noções de compressibilidade. Teoria do adensamento unidimensional. Resistência ao cisalhamento. Teoria do equilíbrio plástico ativo e passivo

Leia mais

Aulas práticas. Figura do problema 4.3. Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1

Aulas práticas. Figura do problema 4.3. Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1 Figura do problema 4.3 Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1 4.4 - Sobre o terreno representado pelo perfil geotécnico da figura, pretende-se construir um edifício com uma área de 20x20 m 2,

Leia mais

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS Capítulo 3-3.1 - Introdução Compressibilidade é uma característica de todos os materiais de quando submetidos a forças externas (carregamentos) se deformarem. O que difere o solo dos outros materiais é

Leia mais

Mecânica dos Solos TC 035

Mecânica dos Solos TC 035 Mecânica dos Solos TC 035 Curso de Engenharia Civil 6º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Setembro 2015 Tensões totais, efetivas e neutras 1 Resistência ao cisalhamento Define-se como resistência

Leia mais

Compressibilidade e Teoria do adensamento. Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin

Compressibilidade e Teoria do adensamento. Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin Compressibilidade e Teoria do adensamento Mecânica de Solos Prof. Fabio Tonin Compressibilidade É a diminuição do volume sob a ação de cargas aplicadas. É uma característica que todos os materiais possuem

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III Aula 01 Fluxo no Solo Introdução Eng. Civil Augusto Romanini (FACET

Leia mais

Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e Fundações. Lista de Exercicios

Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e Fundações. Lista de Exercicios Lista de Exercicios 1. QUESTÕES TEÓRICAS 1) No que consiste a tecnica de equilíbrio limite para analise de estabilidade de massas de solo? Quais as hipóteses mais importantes assumidas? 2) Descreva suscintamente

Leia mais

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n o 8 Prazo para entrega do exercício resolvido até - 07/06/2002.

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n o 8 Prazo para entrega do exercício resolvido até - 07/06/2002. Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 2º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 2 Ano lectivo 2001/2002 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 4 Fundações superficiais Eercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas

Leia mais

Obras Geotécnicas. Cortinas multi-apoiadas. Nuno Guerra

Obras Geotécnicas. Cortinas multi-apoiadas. Nuno Guerra Obras Geotécnicas Cortinas multi-apoiadas Nuno Guerra Estruturas flexíveis versus Estruturas rígidas Aspectos a analisar: Geometria Abordagem (filosofia) de cálculo Suporte de terras: qual a acção? 2 Estruturas

Leia mais

Aula 1- Apresentação e Introdução

Aula 1- Apresentação e Introdução Estruturas de Suporte e Melhoramento de Solos Aula 1- Apresentação e Introdução Paulo Coelho - FCTUC Mestrado em Engª. Civil - Construções Civis ESTG/IPLeiria Apresentação: Paulo Coelho Prof. Auxiliar

Leia mais

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04)

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04) TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04) DEC FCTUC 1 - Considere uma fundação contínua com de largura, pertencente a um edifício de habitação, assente sobre um solo arenoso

Leia mais

Mecânica dos Solos TC 035

Mecânica dos Solos TC 035 Mecânica dos Solos TC 035 Curso de Engenharia Civil 6º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Setembro 2015 Tensões no solo Em qualquer ponto da massa do solo existem três planos ortogonais onde as

Leia mais

UNIDADE II FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 1

UNIDADE II FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 1 UNIDADE II FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 1 RECALQUE EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 2 RECALQUE EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS FUNDAÇÕES E

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina CIV332 Mecânica dos Solos I

Programa Analítico de Disciplina CIV332 Mecânica dos Solos I 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Engenharia Civil - Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal

Leia mais

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ESTRUTURAS DE BARRAGENS: TERRA, ENROCAMENTO E REJEITOS. Análises de percolação

CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ESTRUTURAS DE BARRAGENS: TERRA, ENROCAMENTO E REJEITOS. Análises de percolação CURSO DE CAPACITAÇÃO EM ESTRUTURAS DE BARRAGENS: TERRA, ENROCAMENTO E REJEITOS Análises de percolação PROFESSOR: Dr. Sidnei Helder Cardoso Teixeira Curitiba, 07 de Abril de 2017 Análise de percolação Estimar

Leia mais

LABORATÓRIO de MECÂNICA dos SOLOS Permeabilidade do Solo SUMÁRIO

LABORATÓRIO de MECÂNICA dos SOLOS Permeabilidade do Solo SUMÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO de MECÂNICA dos SOLOS Permeabilidade do Solo SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL GOIANO - CAMPUS TRINDADE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL GOIANO - CAMPUS TRINDADE 1. Identificação Instituição Docente Curso Unidade Curricular Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Trindade ALEONES JOSÉ DA CRUZ JUNIOR Técnico Integrado em Edificações Mecânica

Leia mais

Mecânica dos Solos TC 035

Mecânica dos Solos TC 035 Mecânica dos Solos TC 035 Curso de Engenharia Civil 6º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Agosto 2015 Relações Tensão x Deformação e s Relações Tensão x Deformação Elástico linear s Elástico não

Leia mais

ou lugar geométrico dos pontos da superfície da água no subsolo, submetidos à ação da pressão atmosférica.

ou lugar geométrico dos pontos da superfície da água no subsolo, submetidos à ação da pressão atmosférica. PERMEABILIDADE NOS SOLOS 1 Capilaridade 1.1 Fenômenos Capilares Quando um tubo é colocado em contato com a superfície da água livre, forma-se uma superfície curva a partir do contato água-tubo. A curvatura

Leia mais

Dimensionamento de uma parede de contenção não ancorada

Dimensionamento de uma parede de contenção não ancorada Manual de engenharia No. 4 Atualização: 0/209 Dimensionamento de uma parede de contenção não ancorada Programa: Verificação de Contenções Arquivo: Demo_manual_04.gp Neste capítulo, é descrito o dimensionamento

Leia mais

Ensaio de Adensamento

Ensaio de Adensamento Ensaio de Adensamento TC033 Laboratório de Mecânica dos Solos Professor: Vitor Pereira Faro INTRODUÇÃO Compressão (ou expansão): É o processo pelo qual uma massa de solo, sob a ação de cargas, varia de

Leia mais

Horizontes do solo. Em geral nos solos tropicais tem-se: a)colúvio b) solo residual maduro c)solo residual jovem d)alteração de rocha

Horizontes do solo. Em geral nos solos tropicais tem-se: a)colúvio b) solo residual maduro c)solo residual jovem d)alteração de rocha MECÂNICA DOS SOLOS A Mecânica dos Solos é uma disciplina da Engenharia Civil que procura prever o comportamento de maciços terrosos quando sujeitos a solicitações provocadas, por exemplo, por obras de

Leia mais

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. IST - DECivil. Total de páginas: Sumário. da aula. Terminologia

Construção. e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes. IST - DECivil. Total de páginas: Sumário. da aula. Terminologia 1/31 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T4 Terraplenagens Sumário da aula Fundação e leito do pavimento Tratamento de materiais 2/31 Terminologia 3/31 Pavimento Fundação Terraplenagem

Leia mais

Obras Geotécnicas. Mecânica dos Solos e das Rochas (3º/2ºS) Obras Geotécnicas (4º/2S)

Obras Geotécnicas. Mecânica dos Solos e das Rochas (3º/2ºS) Obras Geotécnicas (4º/2S) Obras Geotécnicas Mecânica dos Solos e das Rochas (3º/2ºS) Análise de Estruturas Geotécnicas (4º/1ºS) Obras Geotécnicas (4º/2S) Área de Especialização Geotecnia 4º ano 2º semestre Estruturas de Betão II

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAMA GERAL DE DISCIPLINA IDENTIFICAÇÃO CURSOS QUE ATENDE DEPARTAMENTO ENGENHARIA CIVIL

Leia mais

Projecto Geotécnico I

Projecto Geotécnico I Apresentação - 1 Projecto Geotécnico I Docentes: A. Gomes Coelho Eduardo Fortunato Marília Oliveira Jaime Santos (responsável) João Portugal José Muralha Ricardo Oliveira Mestrado em Geotecnia para Engenharia

Leia mais

Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação

Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação Manual de engenharia No. 37 Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação Atualização: 01/2019 Arquivo: Demo_manual_37.gmk Introdução Este exemplo mostra a aplicação

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS /1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA

MECÂNICA DOS SOLOS /1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA MECÂNICA DOS SOLOS 1 1998/1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA Folha de exercícios nº 6 Exercício resolvido - nº 1 Exercícios propostos para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas-

Leia mais

Notas de aulas de Mecânica dos Solos I (parte 13)

Notas de aulas de Mecânica dos Solos I (parte 13) 1 Notas de aulas de Mecânica dos Solos I (parte 13) Helio Marcos Fernandes Viana Tema: Permeabilidade dos solos e fluxo unidimensional (2. o Parte) Conteúdo da parte 13 1 Classificação do solo de acordo

Leia mais

Mecânica dos Solos TC 035

Mecânica dos Solos TC 035 Mecânica dos Solos TC 035 Curso de Engenharia Civil 6º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Agosto 2017 Resistência ao cisalhamento das areias e argilas Solicitações drenadas - Areias 1 Solicitações

Leia mais

Fundações por estacas Introdução

Fundações por estacas Introdução Manual de engenharia No. 12 Atualização: 04/2016 Fundações por estacas Introdução O objetivo deste manual de engenharia é explicar como utilizar os programas GEO5 para analisar fundações por estacas. O

Leia mais

LABORATÓRIO de MECÂNICA dos SOLOS - Noções de Compressibilidade - Ensaio de Adensamento

LABORATÓRIO de MECÂNICA dos SOLOS - Noções de Compressibilidade - Ensaio de Adensamento UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ UFPR SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO DE ENGENHARIA CIVIL LABORATÓRIO de MECÂNICA dos SOLOS - Noções de Compressibilidade - Ensaio de Adensamento

Leia mais

5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS. τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno

5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS. τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ = c + σ tg φ τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno Representação gráfica τ τ τ τ = c + σ tg φ

Leia mais

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica.

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica. 3 - ESOMETOS EM MEIOS POROSOS Equação de ernoulli o caso de escoamentos em meios porosos, dado que a velocidade de percolação é muito pequena, despreza-se o termo v /g, altura cinemática da equação de

Leia mais

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica.

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica. 3 - ESOMETOS EM MEIOS POROSOS Equação de ernoulli o caso de escoamentos em meios porosos, dado que a velocidade de percolação é muito pequena, despreza-se o termo v /g, altura cinemática da equação de

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/31 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T4 Terraplenagens 2/31 Sumário da aula Fundação e leito do pavimento Tratamento de materiais Controlo de qualidade Terminologia Pavimento

Leia mais

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA.

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA. PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA Água no solo Prof: Dr. Felipe Corrêa V. dos Santos INFILTRAÇÃO DE ÁGUA NO

Leia mais

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 7 e 8

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 7 e 8 Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 2º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 2 Ano lectivo 2003/2004 OLHA DE EXERCÍCIOS Nº1 IMPULSOS DE TERRAS Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas

Leia mais

BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3. Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP

BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3. Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3 Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP Análises da Estabilidade de Taludes de Barragens Escolha das Seções Críticas seção de altura

Leia mais

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

EXERCÍCIOS PROPOSTOS FLUXO UNIDIMENSIONAL EXERCÍCIOS PROPOSTOS QUESTÕES TEÓRICAS 1) Porque no líquido a carga total é constante. Nos solos acontece a mesma coisa? Por que? 2) As poro-pressões são calculadas multiplicando-se

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 1º Semestre. MECÂNICA DOS SOLOS 1 Ano lectivo 2002/2003

Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 1º Semestre. MECÂNICA DOS SOLOS 1 Ano lectivo 2002/2003 Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 1º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 1 Ano lectivo 2002/2003 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 5 Compressibilidade e Consolidação de Estratos de Argila Exercício resolvido - nº 1

Leia mais

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás.

liberada por se tratar de um documento não aprovado pela PUC Goiás. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação - PROGRAD Plano de Ensino 2016/1 Atenção! Este Plano de Ensino é um Rascunho. Sua impressão não está liberada por se tratar de um documento

Leia mais

Teoria do adensamento: Evolução dos recalques com o tempo

Teoria do adensamento: Evolução dos recalques com o tempo Teoria do adensamento: Evolução dos recalques com o tempo Mec. Solos II - Aula 05 Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS/UNESP Departamento de Engenharia Civil Geotecnia Capítulo 10 Tópicos abordados

Leia mais

MOVIMENTO DE ÁGUA NOS SOLOS TRAÇADO DE REDES DE FLUXO

MOVIMENTO DE ÁGUA NOS SOLOS TRAÇADO DE REDES DE FLUXO MOVIMENTO DE ÁGUA NOS SOLOS TRAÇADO DE REDES DE FLUXO 1 Movimento de Água nos Solos O estudo do fluxo de água em obras de engenharia é de grande importância: visa quantificar a vazão que percola no maciço;

Leia mais

τ τ τ 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno

τ τ τ 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ = c + σ tg φ Representação gráfica τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno τ τ τ τ = c + σ tg φ

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CAMPUS MONTEIRO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES (INTEGRADO)

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CAMPUS MONTEIRO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES (INTEGRADO) INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CAMPUS MONTEIRO CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES (INTEGRADO) DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR COMPONENTE CURRICULAR: MECÂNICA DOS SOLOS CURSO: Técnico

Leia mais

Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em solos

Permeabilidade e Fluxo Unidimensional em solos e Fluxo Unidimensional em solos GEOTECNIA II SLIDES 0 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Propriedade do solo que indica a facilidade com que um fluido poderá passar através

Leia mais

O que é compatação? Por que? Técnica de melhoria do terreno, onde o solo é densificado através de um esforço de compactação externo.

O que é compatação? Por que? Técnica de melhoria do terreno, onde o solo é densificado através de um esforço de compactação externo. Mecânica dos Solos e Fundações PEF 522 Compactação dos Solos Estabilidade de taludes O que é compatação? Técnica de melhoria do terreno, onde o solo é densificado através de um esforço de compactação externo.

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO

DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO DETERMINAÇÃO DA PERMEABILIDADE DO SOLO 1. Objetivo Determinar o coeficiente de permeabilidade à carga constante e à carga variável, com percolação de água através do solo em regime de escoamento laminar.

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III Aula 07 Investigações geológico-geotécnicas Eng. Civil Augusto Romanini

Leia mais

OBRAS DE TERRA BARRAGENS DE REJEITO OTIMIZAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE REJEITOS DE MINERAÇÃO

OBRAS DE TERRA BARRAGENS DE REJEITO OTIMIZAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE REJEITOS DE MINERAÇÃO OBRAS DE TERRA BARRAGENS DE REJEITO OTIMIZAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE REJEITOS DE MINERAÇÃO Barragens de Rejeitos Método de Montante Barragens de Rejeito Método de Jusante Barragens de Rejeito Método da Linha

Leia mais

Grupo Quais as fases do estudo geotécnico que acompanham os grandes projectos de Engenharia? Descreva sinteticamente cada uma delas.

Grupo Quais as fases do estudo geotécnico que acompanham os grandes projectos de Engenharia? Descreva sinteticamente cada uma delas. IST- OBRAS GEOTÉCNICAS Mestrado em Engenharia Civil 4º Ano - 2º Semestre 2º Exame 12 de Julho de 2008 Sem consulta Duração do exame: 2h30 Cotação (total =15,5 val.): Grupo 1: 1) 0,5 ; 2a) 0,4 ; 2b) 0,6

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS II COMPRESSIBILIDADE DOS SOLOS

MECÂNICA DOS SOLOS II COMPRESSIBILIDADE DOS SOLOS MECÂNICA DOS SOLOS II COMPRESSIBILIDADE DOS SOLOS Aula 4 - Notas de aula DEVIDO A CARGAS APLICADAS Compressibilidade- NBR 6502/95 Propriedade de um solo relativa à sua suscetibilidade de diminuir de volume

Leia mais

AULA 12: DEFORMAÇÕES DEVIDAS A CARREGAMENTOS VERTICAIS E A TEORIA DO ADENSAMENTO. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos

AULA 12: DEFORMAÇÕES DEVIDAS A CARREGAMENTOS VERTICAIS E A TEORIA DO ADENSAMENTO. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos AULA 12: DEFORMAÇÕES DEVIDAS A CARREGAMENTOS VERTICAIS E A TEORIA DO ADENSAMENTO Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos 8.1 RECALQUES DEVIDOS A CARREGAMENTOS NA SUPERFÍCIE As deformações ocorridas na

Leia mais

Mec. Solos II - Aula 02 Capítulo 05. Tensões nos Solos. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS/UNESP Departamento de Engenharia Civil Geotecnia

Mec. Solos II - Aula 02 Capítulo 05. Tensões nos Solos. Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS/UNESP Departamento de Engenharia Civil Geotecnia Tensões nos Solos Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS/UNESP Departamento de Engenharia Civil Geotecnia Mec. Solos II - Aula 02 Capítulo 05 Tensões no Solo Solo são constituídos de partículas

Leia mais

Análise da consolidação sob um aterro

Análise da consolidação sob um aterro Manual de engenharia No. 11 Atualização: 02/2016 Análise da consolidação sob um aterro Programa: Recalque Arquivo: Demo_manual_11.gpo Neste manual de engenharia, vamos explicar como analisar a consolidação

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CIV 332 MECÂNICA DOS SOLOS I APOSTILA DE EXERCÍCIOS Parte 03 Prof. Benedito de Souza Bueno Prof.

Leia mais

Para análise e solução dos problemas mais importantes de engenharia de solos é necessário o conhecimento das características de resistência ao

Para análise e solução dos problemas mais importantes de engenharia de solos é necessário o conhecimento das características de resistência ao Vários materiais sólidos empregados em construção normalmente resistem bem as tensões de compressão, porém têm uma capacidade bastante limitada de suportar tensões de tração e de cisalhamento. Geralmente

Leia mais

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA Água no solo Prof: Felipe Corrêa Condutividade Hidráulica em meio saturado APLICAÇÃO

Leia mais

FUNDAÇÕES RASAS INTRODUÇÃO

FUNDAÇÕES RASAS INTRODUÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL ECV 114 FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA FUNDAÇÕES RASAS INTRODUÇÃO ana.paula.moura@live.com

Leia mais

PROGRESSÃO DA EROSÃO INTERNA EM BARRAGENS DE ATERRO

PROGRESSÃO DA EROSÃO INTERNA EM BARRAGENS DE ATERRO PROGRESSÃO DA EROSÃO INTERNA EM BARRAGENS DE ATERRO Ricardo Santos ricardos@lnec.pt Bolseiro de Doutoramento Departamento de Geotecnia Núcleo de barragens e obras de aterro Orientadores Laura Caldeira

Leia mais

7 Ensaios de laboratório

7 Ensaios de laboratório 17 7 Ensaios de laboratório Neste capítulo serão apresentados os resultados dos ensaios de laboratório realizados. Estes ensaios visam a caracterização e a obtenção de parâmetros de resistência e deformabilidade

Leia mais

A PERCOLAÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS ESTUDOS EM MODELO REDUZIDO Groundwater flow in soils Small scale studies

A PERCOLAÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS ESTUDOS EM MODELO REDUZIDO Groundwater flow in soils Small scale studies 4. as Jornadas de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente [2009], FEUP, ISBN 978-989-95557-3-0 A PERCOLAÇÃO DE ÁGUA EM SOLOS ESTUDOS EM MODELO REDUZIDO Groundwater flow in soils Small scale studies JOSÉ

Leia mais

Aula 1 Taludes e Movimentos de Massa. CIV 247 OBRAS DE TERRA Prof. Romero César Gomes

Aula 1 Taludes e Movimentos de Massa. CIV 247 OBRAS DE TERRA Prof. Romero César Gomes Aula 1 Taludes e Movimentos de Massa CIV 247 OBRAS DE TERRA Prof. Romero César Gomes Aula 1 1.1 Introdução. 1.2 Fatores Predisponentes e Causas dos Movimentos de Massa. 1.3 Tipos de Movimentos de Massa.

Leia mais

Barragem de Terra Análise de Percolação em Estado Constante

Barragem de Terra Análise de Percolação em Estado Constante Manual de engenharia No. 32 Atualização 3/2016 Barragem de Terra Análise de Percolação em Estado Constante Programa: MEF Percolação Arquivo: Demo_manual_32.gmk Introdução Este exemplo mostra aplicar o

Leia mais

Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões deste trabalho e algumas sugestões para futuras pesquisas.

Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões deste trabalho e algumas sugestões para futuras pesquisas. 302 11 Conclusões Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões deste trabalho e algumas sugestões para futuras pesquisas. 11.1. Conclusões Esta pesquisa envolveu a realização de quatro etapas

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL GEOTECNIA III Aula 01 Fluxo no Solo Introdução Eng. Civil Augusto Romanini (FACET

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA CIVIL GEOTÉCNICA /2

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA CIVIL GEOTÉCNICA /2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA CIVIL GEOTÉCNICA - 2011/2 Apresentação Conteúdo programático Introdução: A Mecânica dos Solos na Engenharia Civil Marita Raquel P. C. Curbani maritarpc@gmail.com

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina CIV431 Laboratório de Mecânica dos Solos

Programa Analítico de Disciplina CIV431 Laboratório de Mecânica dos Solos 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Engenharia Civil - Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 2

Leia mais

6.2 MELHORAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE GRANULOMETRIA E PLASTICIDADE

6.2 MELHORAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS DE GRANULOMETRIA E PLASTICIDADE Melhoramento dos Solos com a Adição de Cal Análise dos Resultados Obtidos 6.1 INTRODUÇÃO Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos nos ensaios destinados a avaliar os efeitos da

Leia mais

Solicitações Não Drenadas

Solicitações Não Drenadas Controle de Obras Mecânica dos solos Resistência ao cisalhamento das areias e argilas 1 Solicitações Não Drenadas 2 1 Solicitações não drenadas Quando um carregamento é aplicado em uma massa de solo saturada,

Leia mais

Caderno de questões. Processo seletivo de ingresso para o 1º. Semestre de 2018 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS GEOTECNIA Mestrado e Doutorado

Caderno de questões. Processo seletivo de ingresso para o 1º. Semestre de 2018 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS GEOTECNIA Mestrado e Doutorado Caderno de questões Processo seletivo de ingresso para o 1º. Semestre de 018 CONHECIMENTOS ESPECIFICOS GEOTECNIA Mestrado e Doutorado ORIENTAÇÃO PARA ESSA PROVA Esta prova possui 0 (vinte) questões, todas

Leia mais

1. RESUMO 2. INTRODUÇÃO

1. RESUMO 2. INTRODUÇÃO 1. RESUMO O estudo dos solos em Engenharia Civil é de grande valia, uma vez que, envolvem em sua grande maioria obras de grande porte e de importância para a sociedade como, por exemplo, barragens, pavimentos

Leia mais

Projecto Geotécnico I

Projecto Geotécnico I Apresentação - 1 rojecto Geotécnico I Docentes: A. Gomes Coelho Eduardo Fortunato Marília Oliveira Jaime Santos (responsável) João ortugal José Muralha Ricardo Oliveira Mestrado em Geotecnia para Engenharia

Leia mais

P L A N O D E C U R S O. Objetivos Gerais: Estudar o solo como material de construção e como material para estruturas.

P L A N O D E C U R S O. Objetivos Gerais: Estudar o solo como material de construção e como material para estruturas. D E PA RTA M E N T O D E E N G E N H A R I A E N G 1 0 8 1 - G E O T E C N I A I T U R M A C 0 1 3 Ementa: P L A N O D E C U R S O Fundamentos de geologia de engenharia. Estudo das propriedades físicas

Leia mais

Capítulo 7. Permeabilidade. Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt GEOTECNIA I SLIDES 08.

Capítulo 7. Permeabilidade. Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt GEOTECNIA I SLIDES 08. Capítulo 7 Permeabilidade GEOTECNIA I SLIDES 08 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Propriedade do solo que indica a facilidade com que um fluido poderá passar através de

Leia mais

PROPRIEDADES MECÂNICAS E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS/ 3. mensurar os deslocamentos recuperáveis nos pavimentos, denominados de

PROPRIEDADES MECÂNICAS E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS/ 3. mensurar os deslocamentos recuperáveis nos pavimentos, denominados de TT 402 TRANSPORTES B PAVIMENTAÇÃO PROPRIEDADES MECÂNICAS E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS Eng. Mário Henrique Furtado Andrade PRPPRIEDADES MECÂNICAS E ESCOPO. Estudos de Resiliência 2. Estudos de Solos Tropicais.

Leia mais