SOLUÇÕES DE TRATAMENTO DO TERRENO DE FUNDAÇÃO DOS ACESSOS À PLATAFORMA LOGÍSTICA DE LISBOA NORTE

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SOLUÇÕES DE TRATAMENTO DO TERRENO DE FUNDAÇÃO DOS ACESSOS À PLATAFORMA LOGÍSTICA DE LISBOA NORTE"

Transcrição

1 SOLUÇÕES DE TRATAMENTO DO TERRENO DE FUNDAÇÃO DOS ACESSOS À PLATAFORMA LOGÍSTICA DE LISBOA NORTE SOLUTIONS FOR SOIL FOUNDATION IMPROVEMENT OF THE ACCESS TO THE NORTHERN LISBON LOGISTIC PARK Brito, José Mateus. Cenorgeo, Lisboa, Portugal, Santos, Jaime. Cenorgeo, Lisboa, Portugal, Nunes, Alfredo. Cenorgeo, Lisboa, Portugal, Tavares, Gonçalo. Cenorgeo, Lisboa, Portugal, Cruz, Francisco. Cenorgeo, Lisboa, Portugal, Lourenço, João. Cenorgeo, Lisboa, Portugal, RESUMO Os acessos rodoviários de ligação da Plataforma Logística de Lisboa Norte (PLLN) à Auto-estrada do Norte e à Estrada Nacional 1 situam-se na bacia aluvionar da margem direita do Rio Tejo, sendo, por isso, muito condicionante para a concepção e dimensionamento das obras a elevada espessura das aluviões lodosas, que chega a atingir 34 m. Entre as várias soluções de tratamento do terreno de fundação preconizadas destaca-se a utilização de aterros de pré-carga, associados ou não a geodrenos verticais. No presente artigo descrevem-se os critérios e procedimentos de dimensionamento dos aterros de pré-carga associados a geodrenos (afastamento da malha de geodrenos, altura dos aterros, tempo de actuação das pré-cargas e a utilização de GeoLeca) para a aceleração do processo de consolidação na fase de construção, visando reduzir para valores toleráveis os assentamentos residuais durante a vida útil da obra. ABSTRACT The access roads connecting the Northern Lisbon Logistic Park to the A1 Motorway and the National Road EN1 are located on the alluvial basin of Tagus River right bank. The large thickness of the alluvial soils at this location, which can reach up to 34 m, is the main challenge of this design. Among the diverse ground improvement solutions studied, this article focuses on the use of preloading with or without vertical strip drains. It is also described the design criteria and procedures to define the preload surcharge with vertical drains (drains spacing, fill height, preloading period and the use of GeoLeca) which accelerate the consolidation process at construction stage in order to reduce the long-term settlements during the access roads lifetime. 1. CONDIÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS A Plataforma Logística de Lisboa Norte (PLLN), já em fase de construção, junto a Castanheira do Ribatejo e ao nó de interligação A10-A1, será servida, ainda no ano de 010, por acessos rodoviários à Auto-Estrada do Norte (A1) e à Estrada Nacional 1 (EN1). O traçado abrange várias soluções, sendo composto por dois viadutos sobre a A1, escavação no extremo Oeste e aterros na restante extensão da obra. Preconiza-se ainda uma maior largura da via na zona da implantação da praça da portagem e dos respectivos acessos. Na Figura 1 apresenta-se a localização da PLLN e dos acessos à A1 e à EN1. Na Figura apresenta-se a planta geral da obra, realçando-se as áreas de intervenção de índole geotécnica.

2 Figura 1 Planta de localização da PLLN e dos acessos à A1 e à EN1 Figura Planta geral da obra dos acessos da PLLN à A1 e à EN1 Com base nos resultados obtidos nas campanhas de prospecção e ensaios efectuados foi possível caracterizar as formações ocorrentes, tendo sido individualizadas, em profundidade, as seguintes unidades (Cenorgeo, 009a), conforme se representa na Figura 3: a 1 - aluviões argilo-siltosas consolidadas com espessura compreendida entre 1,5 e 4,7 m (N SPT = 3 a 1 e q c = 1 a 4 MPa) a - argilas moles com níveis lenticulares de areias lodosas com espessura compreendida entre 4,3 e 8,0 m (N SPT = 0 a 5; q c = 0,1 a 1,3 MPa; c u = 15 a 75 kpa) a 3 - argilas siltosas com espessura compreendida entre 1,5 e 15,5 m (N SPT = 5 a 33) a 4 - cascalheiras arenosas com espessura variável entre 1,0 e 10,5 m (N SPT = a 60) Q - argilas siltosas de antigos depósitos de terraços com espessura variável entre 4,0 e 1 m (N SPT = 5 a 9 e q c = 4 a 5 MPa) M argilas silto-arenosas e arenitos silto-argilosos do Miocénico com um horizonte superior descomprimido e amolecido com espessura máxima de 4 m (N SPT = 37 a 60 e q c = 4 a 6 MPa)

3 Figura 3 Perfil geológico segundo o acesso da PLLN à A1 As argilas moles da camada a apresentam as seguintes características geotécnicas: Percentagem de finos (<0,074 mm) - 6 a 90%; fracção argila (< µm) - 30 a 67% Limite de liquidez: w L - 60 a 8%; Índice de plasticidade: IP - 3 a 48% Teor em água: w n - 44 a 80%; Grau de saturação: S r - 91 a 97% Peso volúmico saturado: γ - 15,4 a 17,3 kn/m 3 ; Peso volúmico seco: γ d - 8,6 a 1 kn/m 3 Resistência não drenada: c u - profundidade 0 a 4 m: 15 a 0 kpa; abaixo de 4 m: entre c u = 7,14+1,96 h e c u = 11,34+,13 h (ensaios de corte rotativo e DMT) Índice de compressibilidade: C c - 0,55 a 1,00; C c /1+e o - 0,1 a 0,3 Coeficiente de consolidação vertical: C v 1,5 x10-8 a 4,6x10-8 m /s (ensaio edométrico); k - 1,0 x10-8 a 3, x m/s (ensaio edométrico) Coeficiente de consolidação horizontal: C h 5,9 x10-8 a 10,0 x10-8 m /s (ensaios de dissipação CPTu). DESCRIÇÃO GERAL DA OBRA.1. Introdução Nos acessos à PLLN, em função dos condicionamentos das obras e da espessura das argilas moles, são utilizadas as seguintes soluções (Cenorgeo, 009b): 1. Aterros de endentamento, nas ligações dos ramos A1-PLLN;. Plataformas de transferência de cargas fundadas por estacas, nas ligações dos ramos A1-PLLN; 3. Tratamento com aterros de pré-carga para consolidação forçada associados ou não a geodrenos. As soluções adoptadas nas ligações dos ramos A1-PLLN justificam-se pela necessidade de conceber um aterro que não induza assentamentos adicionais nos aterros existentes da A1. Os aterros de endentamento têm espessuras reduzidas e, por vezes, são associados a agregado leve de argila expandida (GeoLeca) para minorar o seu peso e, por consequência, os assentamentos.

4 Nas plataformas de transferência de cargas realizadas nos ramos de ligação à A1, fundadas por estacas cravadas, são intercaladas geogrelhas nos aterros de detritos de pedreira. Por vezes, esta solução está também associada a aterros de GeoLeca, por forma a reduzir o peso total dos aterros. Nas zonas de aterros de pré-carga nos acessos à PLLN, são utilizados geodrenos para a consolidação forçada das argilas moles. Nos aterros que atingem altura total mais significativa associam-se, em grande parte, detritos de pedreira a GeoLeca, diminuindo assim o seu peso por forma a reduzir os tempos de actuação das pré-cargas, tornando-os compatíveis com os prazos de execução das obras. Para além das obras de índole geotécnica mencionadas, no traçado onde a via se desenvolve em perfil de aterro existem ainda duas zonas específicas, de elevada exigência em termos de deformações, nas quais foram usadas soluções estruturais de lajes fundadas por estacas: na praça da portagem e sobre o gasoduto que atravessa o terreno a uma profundidade de aproximadamente 3 m. Tendo em consideração o carácter especial da obra e a importância do seu acompanhamento, foi definido um plano de observação constituído pelos seguintes instrumentos, distribuídos por toda a obra: 113 placas de nivelamento, 5 marcas topográficas, 11 piezómetros eléctricos, 9 inclinómetros, 4 extensómetros do tipo Sondex. Prevê-se também a execução de 16 ensaios DMT para avaliação da evolução do processo de consolidação... Aterros de endentamento Os aterros de endentamento, adoptados nas ligações dos ramos A1-PLLN, onde a espessura dos aterros a construir não ultrapassa,0 m e a sua largura é limitada, são constituídos integralmente por detritos de pedreira (material do tipo C) ou por detritos de pedreira e GeoLeca (material do tipo D) como se mostra na Figura 4. Figura 4 Secções transversais tipo dos aterros de endentamento.3. Plataformas de transferência de cargas A construção dos acessos à PLLN engloba a execução de aterros de alargamento dos aterros existentes da A1 e de novos aterros próximos destes. Dado que os aterros da A1 já foram construídos há mais de 30 anos, tendo-se já processado grande parte dos assentamentos devidos à consolidação das argilas moles, foi necessário conceber uma solução de fundação dos novos aterros que não induzisse assentamentos adicionais nos aterros existentes. Das soluções analisadas, a solução que foi considerada mais ajustada, dos pontos de vista técnico e económico, foi a de aterros fundados por estacas através de plataformas de transferência de carga reforçadas por geogrelhas. Em geral, estes aterros apresentam alturas entre 1,5 e 3,5 m. As plataformas de transferência de carga são materializadas através de aterros em detritos de pedreira (material do tipo C), com 1,0 m de espessura, reforçados com três níveis de geogrelhas biaxiais em polipropileno, do tipo Tensar SS30, para os dois níveis inferiores, e do tipo

5 Tensar SS0, para o nível superior. Estas plataformas são fundadas através de estacas pré-fabricadas com secção quadrada de 0,4 m de lado, encastradas no substrato miocénico. Para permitir a transferência de cargas da plataforma para as estacas e de forma a reduzir o vão das geogrelhas, as estacas são encabeçadas por maciços de betão armado com 1,5 m x 1,5 m x 0,45 m e 1,75 m x 1,75 m x 0,45 m. A malha adoptada para a implantação das estacas foi definida por forma a limitar a tensão de serviço nas estacas a cerca de 7 MPa, considerando também a eventual ocorrência de atrito negativo, obtendo-se malhas de 3,5 m x 3,5 m e 3,75 m x 3,75 m. O limite de funcionalidade das geogrelhas especificadas obriga a que o afastamento máximo entre as faces dos maciços de encabeçamento seja de,0 m. A execução das plataformas de transferência de cargas inicia-se pela desmatação e limpeza de terreno natural e escavação de parte do aterro existente, após remoção da vegetação e da terra vegetal. Posteriormente, é preparada uma plataforma de trabalho constituída por detritos de pedreira, com 0,5 m de espessura, sobre a qual são executadas as estacas e os maciços de encabeçamento. Seguidamente, é colocado, por camadas, o aterro constituído por detritos de pedreira, com 1,0 m de altura, incorporando as geogrelhas. Sobre esta camada é construído o aterro com material do tipo C até à cota final do projecto de traçado. Na Figura 5 apresentam-se cortes tipo da solução de fundação dos aterros fundados através de plataformas de transferência de cargas (Cenorgeo, 009b). Em algumas zonas estes aterros são associados a GeoLeca (material do tipo D), de forma a reduzir o seu peso. Figura 5 Secções transversais tipo das plataformas de transferência de carga.4. Consolidação forçada com aterros de pré-carga e geodrenos Os aterros de pré-carga são constituídos por detritos de pedreira (material do tipo C). Conforme indicado na Figura 6, os aterros da plataforma da estrada são constituídos, na base, por detritos de pedreira drenantes com percentagem de finos inferior a 10% (material do tipo B) e no corpo do aterro integralmente por detritos de pedreira (material do tipo C) ou por detritos de pedreira (material do tipo C) e GeoLeca (material do tipo D). A base dos aterros é constituída por uma camada drenante de areia (material do tipo A) assente sobre um geotêxtil não tecido com função de separação e drenagem, colocado directamente sobre o terreno natural após remoção da vegetação. Esta camada terá uma espessura média de

6 0,50 m e constitui não só a plataforma de trabalho a partir da qual serão executados os geodrenos, como também a camada drenante das águas colectadas por estes. a) Aterro definitivo com material do tipo C b) Aterro definitivo com materiais dos tipos C e D Figura 6 Secções transversais tipo dos aterros de pré-carga e geodrenos Dado que, após a consolidação forçada das argilas moles, a camada de areias fica abaixo do terreno natural, previu-se a execução na base dos aterros de uma camada de detritos de pedreira com uma percentagem de finos inferior a 10% (material do tipo B). Esta camada destina-se a evitar a saturação da base dos aterros, uma vez que o nível freático na época das chuvas estará praticamente instalado à superfície do terreno natural. A espessura desta camada foi definida de forma a compensar o assentamento previsto na fase de actuação da pré-carga. Os geodrenos têm uma malha triangular com afastamentos de 1,0, 1,1 e 1, m, consoante a zona a tratar, sendo que a sua colocação é dispensada em zonas onde a altura dos aterros é reduzida. 3. DIMENSIONAMENTO DOS ATERROS DE PRÉ-CARGA As soluções de tratamento do terreno de fundação na ligação à PLLN foram definidas tendo em conta os seguintes critérios: a pré-carga deve actuar o tempo necessário por forma a induzir a totalidade dos assentamentos previstos para o aterro definitivo na ausência de tratamento da fundação;

7 os tempos de actuação da pré-carga devem obedecer aos prazos limite previstos no planeamento da obra tempo de actuação máximo de 6 a 8 meses, dependendo da zona; a altura do aterro de pré-carga não deve ultrapassar um valor tal que ponha em causa a segurança à rotura da fundação aproximadamente 5 m de altura; o afastamento em planta entre geodrenos não deverá ser menor do que 1,0 m, por razões construtivas. Como base, foi estabelecido nos cálculos que durante a actuação dos aterros de pré-carga deveriam ocorrer os assentamentos previstos para o aterro definitivo (assentamento imediato e assentamento por consolidação primária). O assentamento imediato h i ocorre devido a deformações de corte a volume constante e pode ser obtido através da expressão seguinte: σ B hi = I [1] E u em que σ é a tensão vertical aplicada, B é a largura da área carregada, E u é o módulo de deformabilidade em condições não drenadas e I é o coeficiente de assentamento. A metodologia de cálculo dos assentamentos por consolidação primária contemplou a aplicação da teoria da consolidação unidimensional de Terzaghi, associada a uma distribuição bidimensional das cargas transmitidas ao terreno, tendo sido admitido um modelo de cálculo distinto para cada uma das zonas em estudo. Tendo em conta que o valor do assentamento calculado é consideravelmente influenciado pelo estado de tensão inicial, e que este é variável com a profundidade, de forma a obter-se um resultado mais preciso foi efectuada uma discretização em camadas de 1,0 m de espessura. Tal como indica a interpretação geológico-geotécnica apresentada, os solos têm uma natureza recente e encontram-se normalmente consolidados. Admitindo que o coeficiente de compressibilidade C c /(1+e 0 ) é constante em profundidade para cada uma das camadas, o assentamento total por consolidação primária para um número de camadas n é dado por: h c C σ ' + σ ' i = 1+ σ n c 0, i H i log e0 i= 1 ' 0, i [] Deve referir-se ainda que os cálculos efectuados admitiram a existência de efeitos de segunda ordem, uma vez que estes têm considerável importância em problemas deste tipo, nos quais o solo exibe uma deformabilidade elevada e grande espessura. Estes foram tidos em conta no cálculo do assentamento total do aterro definitivo, tendo este cálculo sido efectuado de uma forma iterativa. Para uma eventual situação em que não existiria tratamento do terreno de fundação, considerando que o terreno iria assentar devido à carga que um aterro lhe transmite, verificar-se-ia que a cota de topo do aterro definida no projecto do traçado se tornaria mais baixa que o definido. De forma a que o aterro definitivo mantivesse a sua cota, este teria de ser novamente aterrado com uma camada de espessura igual ao assentamento ocorrido. Por consequência, verificar-se-ia um novo acréscimo de carga, logo de assentamento, que assim teria de ser novamente compensado pela colocação de mais uma camada no topo do aterro. Mantendo esta metodologia, representada esquematicamente na Figura 7, garante-se a convergência da solução ao fim de algumas iterações.

8 Figura 7 Esquema da metodologia adoptada para estimativa dos assentamentos por consolidação Tendo em conta que a colocação de geodrenos tem vital importância na velocidade de consolidação, uma vez que encurtam o percurso de drenagem, é considerada a presença destes na formulação do cálculo dos assentamentos por consolidação primária. Assim, admitindo que a consolidação passa a ocorrer maioritariamente na direcção radial, despreza-se a consolidação no sentido vertical, sendo a equação governativa da consolidação radial dada por: ue 1 u e ch + r r r = u t e [3] O grau de consolidação médio radial e o factor tempo para consolidação radial podem ser dados, respectivamente, por: U r Tr F ( n) = 1 e [4] T 1 = F( n) ln 1 ( ) r U r [5] Sendo: n 3n 1 F( n) = ln( n) [6] n 1 4n cht Tr = R [7] em que c h é o coeficiente de consolidação radial, d o raio equivalente da área de influência de cada geodreno e n uma relação entre o afastamento dos geodrenos e o raio de um geodreno de perímetro equivalente. Tendo conhecimento do valor do assentamento total associado a uma determinada altura de aterro, assim como da lei que rege a sua evolução ao longo do tempo para um determinado afastamento de geodrenos, é possível determinar, de uma forma iterativa, qual a altura de

9 pré-carga necessária para atingir os assentamentos desejados no tempo exigido pelo faseamento da obra. Este procedimento é representado na Figura 8. No Quadro 1 pode confirmar-se a influência que esta metodologia tem no dimensionamento dos aterros de pré-carga para uma das zonas definidas para a obra. Figura 8 Procedimento de cálculo do tempo de actuação da Pré-carga Quadro 1 Altura e Tempo de pré-carga para um aterro da obra h aterro H lodos h total (1ª ordem) h aterro pré-carga / t pré-carga (1ª ordem) h total (ª ordem) h aterro pré-carga / t pré-carga (ª ordem),10 m 5,0 m 0,99 m 3,4 m / 6 meses 1,46 m 4,6 m / 6 meses Figura 9 Relação entre altura de pré-carga, tempo de actuação e afastamento dos geodrenos Através dos procedimentos atrás referidos, e tendo em conta as características geométricas dos aterros e as propriedades geotécnicas do solo de fundação em cada zona de estudo, foi possível a elaboração de gráficos, como o da Figura 9, que permitiram aferir as alturas de pré-carga a aplicar, em função do tempo de actuação e dos afastamentos da malha de geodrenos a implementar. Deve referir-se que devido às condicionantes impostas à partida relativas aos tempos de execução da obra, altura máxima dos aterros e afastamentos mínimos de geodrenos para algumas das zonas a metodologia de cálculo não atingia solução possível, tendo sido por isso

10 necessária a redução dos assentamentos do aterro definitivo, através do aligeiramento da carga que este transmite ao solo. Tal redução de peso foi garantida pelo recurso a materiais mais leves como a GeoLeca, que apresenta um peso volúmico cerca de 3 vezes inferior ao de um solo corrente de aterro, garantindo ainda assim a sua estabilidade e segurança. 4. CONCLUSÕES A construção dos acessos da Plataforma Logística de Lisboa Norte à Auto-Estrada A1 e à Estrada Nacional EN1, numa zona de baixa aluvionar onde as elevadas espessuras de lodos tornam complexa a previsão do respectivo comportamento sob a acção dos aterros, obrigou à concepção de várias soluções de tratamento destes terrenos de fundação, nomeadamente a solução de aterros fundados por estacas através de plataformas de transferência de cargas, reforçadas com geogrelhas, e de aterros de pré-carga com e sem consolidação forçada por geodrenos. Mostrou-se também que para situações extremas se pode recorrer à aplicação de materiais de aterro mais leves, reduzindo assim consideravelmente as cargas transmitidas ao solo durante a fase de vida da obra. Foi descrita a metodologia de cálculo para dimensionamento das alturas de pré-carga, tempos de actuação e afastamentos dos geodrenos, tendo sido contemplada a teoria da consolidação radial, com base na teoria da consolidação unidimensional de Terzaghi. Deu-se especial atenção ao fenómeno que se refere como assentamento de ª ordem, confirmando-se a importância fundamental que este tem na definição do tratamento de terreno a efectuar. Tendo em conta a complexidade da previsão da resposta dos terrenos perante os tratamentos a efectuar, destaca-se a importância da implementação de uma rede de dispositivos de observação capaz de monitorizar o comportamento da obra ao longo do tempo, no que respeita às deformações ocorridas e excessos de pressão intersticial dissipados. O acompanhamento da obra deverá ser efectuado em função das leituras e complementado por estudos de retro-análise. Será assim possível tomar, durante a construção, decisões sobre o tempo de actuação das cargas e, eventualmente, sobre a necessidade de ajustar as alturas de pré-carga. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à Brisa e à Abertis a colaboração e a autorização concedida para a publicação desta comunicação. REFERÊNCIAS Cenorgeo (009a). Acessos Rodoviários à Plataforma Logística de Lisboa Norte. Estudo Geológico-geotécnico. Cenorgeo (009b). Acessos Rodoviários à Plataforma Logística de Lisboa Norte. Ligação à A1. Ligação à EN1. Projecto de Execução. PE1-Terraplenagens. Tomo A Soluções de Tratamento do Terreno de Fundação.

Aulas práticas. Figura do problema 4.3. Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1

Aulas práticas. Figura do problema 4.3. Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1 Figura do problema 4.3 Mecânica dos Solos Engª Geológica DEC/FCT/UNL 4.1 4.4 - Sobre o terreno representado pelo perfil geotécnico da figura, pretende-se construir um edifício com uma área de 20x20 m 2,

Leia mais

TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS (2003/04) DEC FCTUC

TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS (2003/04) DEC FCTUC TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS (2003/04) DEC FCTUC 1 - Considere uma estaca cravada, de betão, com secção circular de 0,5 m de diâmetro. Calcule a carga vertical máxima

Leia mais

COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO

COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO 1. Sobre o maciço representado na Figura 1 vai ser construído um aterro ( at. = kn/m ) com uma altura de 8 m e que ocupará uma área de aproximadamente 10 hectares.,0 m,0

Leia mais

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04)

EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04) TEORIA DAS FUNDAÇÕES EXERCÍCIOS DE CÁLCULO DE FUNDAÇÕES DIRECTAS (2003/04) DEC FCTUC 1 - Considere uma fundação contínua com de largura, pertencente a um edifício de habitação, assente sobre um solo arenoso

Leia mais

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016

Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 Instituto Superior Técnico Mestrado Integrado em Engenharia Civil Análise de Estruturas Geotécnicas, Setembro 2016 PROBLEMAS Parte 1 1. O elemento A do solo arenoso da Figura 1 está sujeito a uma tensão

Leia mais

MONITORIZAÇÃO DE ATERROS

MONITORIZAÇÃO DE ATERROS MONITORIZAÇÃO DE ATERROS EDUARDO M. MIRA FERNANDES ELSAMEX PORTUGAL FRANCISCO ADELL ARGILES ELSAMEX / CENTRO DE INVESTIGACIÓN ELPÍDIO SANCHEZ MARCOS LUÍS BUDIA MARIGIL ELSAMEX / CENTRO DE INVESTIGACIÓN

Leia mais

MECÂNICA DOS SOLOS /1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA

MECÂNICA DOS SOLOS /1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA MECÂNICA DOS SOLOS 1 1998/1999 COMPRESSIBILIDADE E CONSOLIDAÇÃO DE ESTRATOS DE ARGILA Folha de exercícios nº 6 Exercício resolvido - nº 1 Exercícios propostos para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas-

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 1º Semestre. MECÂNICA DOS SOLOS 1 Ano lectivo 2002/2003

Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 1º Semestre. MECÂNICA DOS SOLOS 1 Ano lectivo 2002/2003 Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 1º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 1 Ano lectivo 2002/2003 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 5 Compressibilidade e Consolidação de Estratos de Argila Exercício resolvido - nº 1

Leia mais

NOTA TÉCNICA CLIENTE: ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES LOCAL: ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES, LISBOA

NOTA TÉCNICA CLIENTE: ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES LOCAL: ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES, LISBOA CLIENTE: ESCOLA SECUNDÁRIA CAMÕES LOCAL: TRABALHOS A REALIZAR: DO CAMPO DE JOGOS NASCENTE ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 1 2. SOLUÇÕES PROPOSTAS... 2 2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS... 2 2.2 SOLUÇÃO 1... 3 2.3 SOLUÇÃO

Leia mais

ATERROS EXPERIMENTAIS SOBRE FUNDAÇÕES LODOSAS NA ZONA DE MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA

ATERROS EXPERIMENTAIS SOBRE FUNDAÇÕES LODOSAS NA ZONA DE MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA ATERROS EXPERIMENTAIS SOBRE FUNDAÇÕES LODOSAS NA ZONA DE MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA EXPERIMENTAL EMBANKMENTS ON SOFT SOILS IN THE AREA OF MARINHAS DO MULATO, VILA FRANCA DE XIRA Guedes de

Leia mais

TROÇO J - PINHAL NOVO OBRAS DE ARTE VIADUTO DE LIGAÇÃO ENTRE A E.M.575 E A E.M ESTUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO ÍNDICE GERAL 1. INTRODUÇÃO...

TROÇO J - PINHAL NOVO OBRAS DE ARTE VIADUTO DE LIGAÇÃO ENTRE A E.M.575 E A E.M ESTUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO ÍNDICE GERAL 1. INTRODUÇÃO... TROÇO J - PINHAL NOVO OBRAS DE ARTE VIADUTO DE LIGAÇÃO ENTRE A E.M.575 E A E.M.533-1 ESTUDO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO ÍNDICE GERAL RELATÓRIO 1. INTRODUÇÃO... 1 2. GEOLOGIA LOCAL... 1 3. PROGRAMA DE PROSPECÇÃO...

Leia mais

COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO EXERCÍCIOS PROPOSTOS

COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO EXERCÍCIOS PROPOSTOS COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO EXERCÍCIOS PROPOSTOS QUESTÕES TEÓRICAS 1. O que significa comportamento não drenado? 2. Porque, no caso de solos argilosos, deve-se estudar a resposta não drenada do solo?

Leia mais

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n o 8 Prazo para entrega do exercício resolvido até - 07/06/2002.

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n o 8 Prazo para entrega do exercício resolvido até - 07/06/2002. Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 2º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 2 Ano lectivo 2001/2002 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 4 Fundações superficiais Eercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas

Leia mais

Capítulo 5 Percolação

Capítulo 5 Percolação PROLEM 5.1 Considere a Figura 5.1 que representa dois casos em que onde se provocou o escoamento de água no interior de um provete de areia (γ sat =20kN/m 3 e k=0.5 10-5 m/s) através da alteração da posição

Leia mais

ESCAVAÇÃO DE GRANDE PROFUNDIDADE PARA A CONSTRUÇÃO DA BIBLIOTECA CENTRAL E ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA

ESCAVAÇÃO DE GRANDE PROFUNDIDADE PARA A CONSTRUÇÃO DA BIBLIOTECA CENTRAL E ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA ESCAVAÇÃO DE GRANDE PROFUNDIDADE PARA A CONSTRUÇÃO DA BIBLIOTECA CENTRAL E ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA Alexandre Pinto, apinto@jetsj.pt Ana Pereira, apereira@jetsj.pt Miguel Villar, mvillar@betar.pt ÍNDICE

Leia mais

Obra Obr s Geotécnicas Geotécnicas Ensaios de de Campo Campo. Correlações Jaime A. Santos

Obra Obr s Geotécnicas Geotécnicas Ensaios de de Campo Campo. Correlações Jaime A. Santos Obras Geotécnicas Ensaios de Campo. Correlações Jaime A. Santos Ensaio de penetração dinâmica SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é realizado no interior de um furo de sondagem e consiste em cravar

Leia mais

Lista de Exercícios de Adensamento

Lista de Exercícios de Adensamento UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Engenharia Civil Setor de Geotecnia CIV 333 - Mecânica dos Solos II Prof. Paulo Sérgio de Almeida Barbosa Lista de

Leia mais

Obras Geotécnicas TC 066

Obras Geotécnicas TC 066 Obras Geotécnicas TC 066 Curso de Engenharia Civil 7º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Março 2018 Aspetos Gerais da Execução de Aterros Escolha da Solução Construtiva Características da estrutura

Leia mais

Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e Fundações. Lista de Exercicios

Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e Fundações. Lista de Exercicios Lista de Exercicios 1. QUESTÕES TEÓRICAS 1) No que consiste a tecnica de equilíbrio limite para analise de estabilidade de massas de solo? Quais as hipóteses mais importantes assumidas? 2) Descreva suscintamente

Leia mais

IST- OBRAS GEOTÉCNICAS Mestrado em Engenharia Civil 4º Ano - 2º Semestre 1º Exame 30 de Junho de 2009 Sem consulta Duração do exame: 2h30

IST- OBRAS GEOTÉCNICAS Mestrado em Engenharia Civil 4º Ano - 2º Semestre 1º Exame 30 de Junho de 2009 Sem consulta Duração do exame: 2h30 IST- OBRAS GEOTÉCNICAS Mestrado em Engenharia Civil 4º Ano - 2º Semestre 1º Exame 30 de Junho de 2009 Sem consulta Duração do exame: 2h30 Cotação (total =15,0 val.): Grupo 1: a) 1,0 ; b) 1,0 ; 2c) 1,0

Leia mais

Obras Geotécnicas TC 066

Obras Geotécnicas TC 066 Obras Geotécnicas TC 066 Curso de Engenharia Civil 7º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Março 2017 Drenos Verticais Funcionamento dos Drenos Verticais Consiste na introdução no solo natural de

Leia mais

e o da placa (S P ) será:, sendo (BF ) a menor dimensão da fundação e (B P ) a menor dimensão da placa.

e o da placa (S P ) será:, sendo (BF ) a menor dimensão da fundação e (B P ) a menor dimensão da placa. 45.(ALERJ/FGV/2017) Em uma prova de carga, o recalque elástico sofrido pela placa quadrada do equipamento de 300 mm de dimensão, em um solo argiloso sobre o qual será assentada uma sapata retangular de

Leia mais

Obras Geotécnicas TC 066

Obras Geotécnicas TC 066 Obras Geotécnicas TC 066 Curso de Engenharia Civil 7º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Março 2017 Areias Solos muito permeáveis Comportamento controlado pelas forças de gravidade, logo pelo tamanho

Leia mais

Obras Geotécnicas TC 066

Obras Geotécnicas TC 066 Obras Geotécnicas TC 066 Curso de Engenharia Civil 7º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Março 2016 Formação das Argilas Moles Argilas Moles Quaternárias Ambientes de Depoisção Fluvial: várzeas

Leia mais

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CONCEITO A capacidade de carga de uma fundação

Leia mais

MUNICÍPIO DO FUNCHAL CONCURSO PÚBLICO

MUNICÍPIO DO FUNCHAL CONCURSO PÚBLICO CONCURSO PÚBLICO RECUPERAÇÃO E AMPLIACÃO DA ETAR DO FUNCHAL (2ª FASE), TRATAMENTO PRIMARIO NO LAZARETO: ARRUAMENTO DE ACESSO INCLUINDO INFRAESTRUTURAS. MEMÓRIA DE CÁLCULO DE MUROS DE SUPORTE (BETÃO ARMADO/BETÃO

Leia mais

MODELAÇÃO NUMÉRICA DA CONSTRUÇÃO DE UM TÚNEL SUPERFICIAL

MODELAÇÃO NUMÉRICA DA CONSTRUÇÃO DE UM TÚNEL SUPERFICIAL 4º Congresso Luso-Moçambicano de Engenharia // 1º Congresso de Engenharia de Moçambique Art_.11 MODELAÇÃO NUMÉRICA DA CONSTRUÇÃO DE UM TÚNEL SUPERFICIAL Francisco Ferreira Martins Departamento de Engenharia

Leia mais

EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS

EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS EMPUXOS DE TERRA E ESTEDO DE TENCOES EM MACISSOS TERROSOS Algumas vezes, na engenharia civil, não dispomos de espaço suficiente para fazer uma transição gradual das elevações do terreno onde queremos implantar

Leia mais

Obras Geotécnicas TC 066

Obras Geotécnicas TC 066 Obras Geotécnicas TC 066 Curso de Engenharia Civil 7º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Março 2018 Reforço de Aterros com Geossintéticos A força de tração no geossintético deve ser pequena, para

Leia mais

Utilização de agregados leves na reabilitação de estruturas de suporte: Exemplos

Utilização de agregados leves na reabilitação de estruturas de suporte: Exemplos Utilização de agregados leves na reabilitação de estruturas de suporte: Exemplos Jorge M.C. Roxo, OPWAY Engenharia, S.A. Info: jorge.roxo@gmail.com. Exemplo 1 Caso de obra Idealizou a concepção Executou

Leia mais

log σ 4 - CONSOLIDAÇÃO Cálculo da tensão de pré-consolidação, σ' P,

log σ 4 - CONSOLIDAÇÃO Cálculo da tensão de pré-consolidação, σ' P, 4 - ONSOLIDAÇÃO álculo da tensão de pré-consolidação, σ P, Para estimar o valor da tensão de pré-consolidação, é usual utilizar o método proposto por asagrande, esquematizado na igura: e a) - Localizar

Leia mais

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CABANAS DE VIRIATO

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CABANAS DE VIRIATO BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CABANAS DE VIRIATO RELATÓRIO GEOTÉCNICO (REFª 72/2008/08/GER - 1126) Agosto de 2008 QUARTEL DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE CABANAS DE VIRIATO ÍNDICE 1- INTRODUÇÃO... 2 2- ENQUADRAMENTO

Leia mais

Análise do desempenho de aterros rodoviários construídos sobre solos moles tratados com a técnica de Consolidação Profunda Radial (CPR)

Análise do desempenho de aterros rodoviários construídos sobre solos moles tratados com a técnica de Consolidação Profunda Radial (CPR) Análise do desempenho de aterros rodoviários construídos sobre solos moles tratados com a técnica de Consolidação Profunda Radial (CPR) Denise de Almeida Monteiro, Grupo CCR, Jundiaí, Brasil, denise.monteiro@grupoccr.com.br

Leia mais

Obras Geotécnicas TC 066

Obras Geotécnicas TC 066 Obras Geotécnicas TC 066 Curso de Engenharia Civil 7º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Março 2016 Aspetos Gerais da Execução de Aterros Escolha da Solução Construtiva Características da estrutura

Leia mais

Alexandre Pinto BCAML Soluções Ancoradas em Escavação de Grande Profundidade

Alexandre Pinto BCAML Soluções Ancoradas em Escavação de Grande Profundidade BCAML Soluções Ancoradas em Escavação de Grande Profundidade ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. PRINCIPAIS CONDICIONAMENTOS 3. SOLUÇÕES ADOTADAS 4. DIMENSIONAMENTO 5. INSTRUMENTAÇÃO E OBSERVAÇÃO 6. CONSIDERAÇÕES

Leia mais

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS

Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS Cap. 2 CONSTRUÇÃO DE ATERROS 1. CONSTRUÇÃO DE ATERROS A construção de aterros envolve os seguintes aspectos: 1. Estudos geológicos e geotécnicos, prospecção solos presentes e suas características, localização

Leia mais

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES

ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO ENGENHARIA DE FORTIFICAÇÃO E CONSTRUÇÃO CADERNO DE QUESTÕES 2016 1 a QUESTÃO Valor: 1,00 A figura acima mostra uma viga de comprimento L e rigidez à flexão EJ

Leia mais

Compactação Exercícios

Compactação Exercícios Compactação Exercícios 1. Num ensaio de compactação foram obtidos os dados listados na tabela abaixo Identificação 1 2 3 4 5 Teor de umidade, w (%) 5,2 6,8 8,7 11,0 13,0 Massa do cilindro + solo (g) 9810

Leia mais

Tensões geostáticas. 1) Determinar as tensões no solo devidas ao seu peso próprio dadas as condições apresentadas na figura abaixo:

Tensões geostáticas. 1) Determinar as tensões no solo devidas ao seu peso próprio dadas as condições apresentadas na figura abaixo: Tensões geostáticas 1) Determinar as tensões no solo devidas ao seu peso próprio dadas as condições apresentadas na figura abaixo: SOLO1, γ s = 27 kn/m 3, n = 0,4, w = 15% SOLO1 SOLO2, γ s = 26,5 kn/m3

Leia mais

TÉCNICAS DE MELHORAMENTO DE SOLOS NA MODERNIZAÇÃO DA REDE FERROVIÁRIA NACIONAL

TÉCNICAS DE MELHORAMENTO DE SOLOS NA MODERNIZAÇÃO DA REDE FERROVIÁRIA NACIONAL TÉCNICAS DE MELHORAMENTO DE SOLOS NA MODERNIZAÇÃO DA REDE FERROVIÁRIA NACIONAL SOIL IMPROVEMENT TECHNIQUES, FOR THE REFURBISHMENT OF THE PORTUGUESE RAILWAYS NETWORK Antunes, José Luiz F. B., Keller - Portugal,

Leia mais

6 Análise Método Clássico

6 Análise Método Clássico 159 6 Análise Método Clássico No presente capítulo estão apresentados os resultados da análise (por equilíbrio limite) do problema geotécnico ilustrado no capítulo 5. Nos itens a seguir estão descritos

Leia mais

Em argilas considera-se que a rigidez é constante com a profundidade. Logo o recalque da sapata pode ser calculado com a seguinte equação:

Em argilas considera-se que a rigidez é constante com a profundidade. Logo o recalque da sapata pode ser calculado com a seguinte equação: Questão 1. A partir da prova de carga da Figura 1, realizada numa camada de argila, sobre uma placa de 0,8 m de diâmetro, estime o recalque de uma sapata de 3 m de lado, que será construída no mesmo local

Leia mais

O CONHECIMENTO DA GEOTECNIA NA CONCEÇÃO E PROJETO DE DOCAS SECAS PARA NAVIOS DE GRANDE DIMENSÃO

O CONHECIMENTO DA GEOTECNIA NA CONCEÇÃO E PROJETO DE DOCAS SECAS PARA NAVIOS DE GRANDE DIMENSÃO O CONHECIMENTO DA GEOTECNIA NA CONCEÇÃO E PROJETO DE DOCAS SECAS PARA NAVIOS DE GRANDE DIMENSÃO José Manuel Cerejeira, Engenheiro Civil PROMAN Centro de Estudos e Projecto, S.A. 1 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO

Leia mais

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 2 e 9

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 2 e 9 Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 2º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 2 Ano lectivo 2002/2003 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 3 Estabilidade de taludes e de aterros Exercícios para resolução fora do âmbito das

Leia mais

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 2 e 9

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 2 e 9 Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 2º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 2 Ano lectivo 2003/2004 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 3 Estabilidade de taludes e de aterros Exercícios para resolução fora do âmbito das

Leia mais

GEO-45. Engenharia Geotécnica II. Adensamento de Argilas Moles Slides das Figuras Complementares às Notas da Teoria tomadas em Sala de Aula

GEO-45. Engenharia Geotécnica II. Adensamento de Argilas Moles Slides das Figuras Complementares às Notas da Teoria tomadas em Sala de Aula GEO-45 Engenharia Geotécnica II Adensamento de Argilas Moles Slides das Figuras Complementares às Notas da Teoria tomadas em Sala de Aula Paulo Hemsi 2010 Adensamento de Solos Argilosos Moles Obras Portuárias

Leia mais

6. Análise de Estabilidade

6. Análise de Estabilidade . Análise de Estabilidade As análises de estabilidade de aterros sobre solos moles podem ser realizadas em termos de tensões totais (φ = ) ou em termos de tensões efetivas (c, φ e u ). A condição não drenada

Leia mais

Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação

Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação Manual de engenharia No. 37 Aterro Assentamentos ao longo do tempo (consolidação) Programa: MEF Consolidação Atualização: 01/2019 Arquivo: Demo_manual_37.gmk Introdução Este exemplo mostra a aplicação

Leia mais

5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS. τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno

5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS. τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ = c + σ tg φ τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno Representação gráfica τ τ τ τ = c + σ tg φ

Leia mais

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS

Capítulo 3 - COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO DOS SOLOS Capítulo 3-3.1 - Introdução Compressibilidade é uma característica de todos os materiais de quando submetidos a forças externas (carregamentos) se deformarem. O que difere o solo dos outros materiais é

Leia mais

2. CONTROLO DA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS

2. CONTROLO DA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS 2. CONTROLO DA CONSTRUÇÃO DE BARRAGENS A construção das barragens é uma etapa fundamental pois é nesta fase que se põe em prática as opções de projecto. É também na fase de construção que se adapta o projecto

Leia mais

Análise da consolidação sob um aterro

Análise da consolidação sob um aterro Manual de engenharia No. 11 Atualização: 02/2016 Análise da consolidação sob um aterro Programa: Recalque Arquivo: Demo_manual_11.gpo Neste manual de engenharia, vamos explicar como analisar a consolidação

Leia mais

PROVISÓRIO. Aterro de sobrecarga

PROVISÓRIO. Aterro de sobrecarga Epa! Solo mole. Conheça as diferenças entre as técnicas de tratamento de solos moles. Descubra a solução definitiva. Comparativo ATERRO PROVISÓRIO Aterro de sobrecarga Aterro de projeto Solo mole Solo

Leia mais

5. Análise dos deslocamentos verticais

5. Análise dos deslocamentos verticais 5. Análise dos deslocamentos verticais Os deslocamentos verticais em aterros fundados em solos altamente compressíveis apresentam-se como uma das principais preocupações do engenheiro projetista. A busca

Leia mais

τ τ τ 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno

τ τ τ 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno 5 - PROPRIEDADES RESISTENTES DOS SOLOS Lei de Coulomb τ = c + σ tg φ Representação gráfica τ - resistência ao corte c - coesão σ - tensão normal total φ - ângulo de atrito interno τ τ τ τ = c + σ tg φ

Leia mais

Tensões no Solo Exercícios

Tensões no Solo Exercícios Tensões no Solo Exercícios 1. Dado o perfil geotécnico abaixo, calcule: a) as tensões devidas ao peso próprio do solo σ e σ e as pressões neutras; ( ) V V b) adotando o valor de k 0 = 0,5 para todas as

Leia mais

GESTEC. Processos de Construção Licenciatura em Engenharia Civil. DECivil FUNDAÇÕES DIRECTAS CAP. X 1/67

GESTEC. Processos de Construção Licenciatura em Engenharia Civil. DECivil FUNDAÇÕES DIRECTAS CAP. X 1/67 CAP. X FUNDAÇÕES DIRECTAS 1/67 1. INTRODUÇÃO 2/67 1. INTRODUÇÃO Segurança Fiabilidade Durabilidade Utilidade funcional Economia Profundidade adequada Segurança em relação à rotura Assentamentos aceitáveis

Leia mais

3 - ESCOAMENTOS EM MEIOS POROSOS

3 - ESCOAMENTOS EM MEIOS POROSOS 3.1 - Generalidades 3 - ESCOAMENTOS EM MEIOS POROSOS No caso de escoamentos em meios porosos, dado que a velocidade de percolação é muito pequena, despreza-se o termo v 2 /2g, altura cinemática da equação

Leia mais

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 8 e 9

Exercícios para resolução fora do âmbito das aulas teórico-práticas - n os 8 e 9 Licenciatura em Engenharia Civil 4º Ano 2º Semestre MECÂNICA DOS SOLOS 2 Ano lectivo 2002/2003 FOLHA DE EXERCÍCIOS Nº 2 Impulsos de Terras. Dimensionamento de muros de suporte. Exercícios para resolução

Leia mais

30 Projectos e Obras #1 Biblioteca Central e Arquivo Municipal de Lisboa

30 Projectos e Obras #1 Biblioteca Central e Arquivo Municipal de Lisboa 30 Engenharia e Vida 30-37 Projectos e Obras - As soluções adoptadas na obra de escavação e contenção periférica do edifício da futura Biblioteca e Arquivo Municipal de Lisboa, no Vale de Santo António,

Leia mais

Reabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco - Projecto

Reabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco - Projecto Reabilitação e reforço dos cais entre Santa Apolónia e o Jardim do Tabaco - Projecto Pedro Godinho, WW Consultores de Hidráulica e Obras Marítimas, S.A. WW CONSULTORES DE HIDRÁULICA E OBRAS MARÍTIMAS,

Leia mais

BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3. Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP

BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3. Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP BARRAGENS DE TERRA E DE ENROCAMENTO AULA 3 Prof. Romero César Gomes - Departamento de Engenharia Civil / UFOP Análises da Estabilidade de Taludes de Barragens Escolha das Seções Críticas seção de altura

Leia mais

Verificação de uma Fundação em Microestacas

Verificação de uma Fundação em Microestacas Manual de engenharia No. 36 Atualização 06/2017 Verificação de uma Fundação em Microestacas Programa: Arquivo: Grupo de Estacas Demo_manual_en_36.gsp O objetivo deste manual de engenharia é mostrar como

Leia mais

Geotecnia de Fundações TC 041

Geotecnia de Fundações TC 041 Geotecnia de Fundações TC 041 Curso de Engenharia Civil 8º Semestre Vítor Pereira Faro vpfaro@ufpr.br Agosto 2018 FUNDAÇÕES ESPECIAIS 1 Fundações especiais Estapata; Estaca T; Radier Estaqueados; Estacas

Leia mais

Total de páginas: 9 1

Total de páginas: 9 1 /26 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T2 Terraplenagens Sumário da aula Estudo e reconhecimento geológico e geotécnico Características dos materiais e sua classificação Especificações

Leia mais

ESTADO DE TENSÃO EM MACIÇOS TERROSOS

ESTADO DE TENSÃO EM MACIÇOS TERROSOS ESTADO DE TENSÃO EM MACIÇOS TERROSOS 1. A Figura 1 representa um corte interpretativo dum maciço onde se realiou uma campanha de prospecção e caracteriação geotécnica.,0 m 5,0 m S 0 % N. F. Areia γd 15,

Leia mais

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes

e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes 1/26 Construção e Manutenção de Infra-estruturas de Transportes Aula T2 Terraplenagens Sumário da aula Estudo e reconhecimento geológico e geotécnico Características dos materiais e sua classificação Especificações

Leia mais

Modelagem numérica de seção de aterro experimental executado na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro

Modelagem numérica de seção de aterro experimental executado na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro Modelagem numérica de seção de aterro experimental executado na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro Bruno Teixeira Lima Programa de Pós Graduação em Engenharia Civil, Universidade do Estado do Rio de Janeiro,

Leia mais

4 Análise Probabilística de Ruptura da Barragem de Curuá- Una para Diversos Níveis do Reservatório.

4 Análise Probabilística de Ruptura da Barragem de Curuá- Una para Diversos Níveis do Reservatório. 4 Análise Probabilística de Ruptura da Barragem de Curuá- Una para Diversos Níveis do Reservatório. Neste capítulo, será apresentado o estudo probabilístico de estabilidade da Barragem de Curuá-Una, para

Leia mais

PROJECTO DE EXECUÇÃO LANÇO A IP8 NÓ DE RONCÃO (IC33) / NÓ DE GRÂNDOLA SUL (IP1) GEOLOGIA E GEOTECNIA

PROJECTO DE EXECUÇÃO LANÇO A IP8 NÓ DE RONCÃO (IC33) / NÓ DE GRÂNDOLA SUL (IP1) GEOLOGIA E GEOTECNIA Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações EP Estradas de Portugal, S.A. SPER Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária, S.A. EDIFER, DRAGADOS, TECNOVIA, CONDURIL RODOVIAS

Leia mais

Obras Geotécnicas. Cortinas multi-apoiadas. Nuno Guerra

Obras Geotécnicas. Cortinas multi-apoiadas. Nuno Guerra Obras Geotécnicas Cortinas multi-apoiadas Nuno Guerra Estruturas flexíveis versus Estruturas rígidas Aspectos a analisar: Geometria Abordagem (filosofia) de cálculo Suporte de terras: qual a acção? 2 Estruturas

Leia mais

INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA EM ATERROS E PLATAFORMAS FERROVIÁRIAS IMPORTÂNCIA, NECESSIDADE E APLICAÇÕES

INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA EM ATERROS E PLATAFORMAS FERROVIÁRIAS IMPORTÂNCIA, NECESSIDADE E APLICAÇÕES INSTRUMENTAÇÃO GEOTÉCNICA EM ATERROS E PLATAFORMAS FERROVIÁRIAS IMPORTÂNCIA, NECESSIDADE E APLICAÇÕES GEOTECHNICAL INSTRUMENTATION IN RAILROAD LANDFILLS IMPORTANCE, NEED AND APPLICATIONS Gil, Sara, Mota-Engil

Leia mais

Bases do Projecto Geotécnico Eurocódigo 7

Bases do Projecto Geotécnico Eurocódigo 7 DFA em Engenharia de Estruturas Fundações de Estruturas Bases do Projecto Geotécnico Eurocódigo 7 Jaime A. Santos (IST) Requisitos fundamentais Uma estrutura deve ser projectada e executada de forma tal

Leia mais

Mestrado em Geotecnia para Engenharia Civil. Projecto Geotécnico I. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT

Mestrado em Geotecnia para Engenharia Civil. Projecto Geotécnico I. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT Mestrado em Geotecnia para Engenharia Civil Projecto Geotécnico I Ensaios de campo Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é realizado na base de

Leia mais

Dimensionamento de uma parede de contenção não ancorada

Dimensionamento de uma parede de contenção não ancorada Manual de engenharia No. 4 Atualização: 0/209 Dimensionamento de uma parede de contenção não ancorada Programa: Verificação de Contenções Arquivo: Demo_manual_04.gp Neste capítulo, é descrito o dimensionamento

Leia mais

OBRAS RODOVIÁRIAS. Os fatores que influenciam o traçado geométrico de obras rodoviárias, aplicam-se a: Distinguem-se:

OBRAS RODOVIÁRIAS. Os fatores que influenciam o traçado geométrico de obras rodoviárias, aplicam-se a: Distinguem-se: Os fatores que influenciam o traçado geométrico de obras rodoviárias, aplicam-se a: alinhamento horizontal alinhamento vertical contribuem para a obtenção dos parâmetros de projeto. Distinguem-se: A) Factores

Leia mais

Projeto de Aterro Para Posto de Pesagem na BR-116-RJ - km131

Projeto de Aterro Para Posto de Pesagem na BR-116-RJ - km131 Projeto de Aterro Para Posto de Pesagem na BR-6-RJ - km3 Carolina de Albuquerque Cardoso e Sílio Carlos Pereira Lima Filho LPS Consultoria e Engenharia Ltda RESUMO: O presente trabalho apresenta o desenvolvimento

Leia mais

17/03/2017 FUNDAÇÕES PROFESSORA: ARIEL ALI BENTO MAGALHÃES / CAPÍTULO 2 FUNDAÇÕES RASAS

17/03/2017 FUNDAÇÕES PROFESSORA: ARIEL ALI BENTO MAGALHÃES / CAPÍTULO 2 FUNDAÇÕES RASAS FUNDAÇÕES PROFESSORA: ARIEL ALI BENTO MAGALHÃES / ARIELALI@GMAIL.COM CAPÍTULO 2 FUNDAÇÕES RASAS 1 Critérios Fundação direta, rasa ou superficial é aquela em que as cargas da edificação (superestrutura)

Leia mais

SONDAGENS DO OESTE, S.A.

SONDAGENS DO OESTE, S.A. RELATÓRIO GEOTÉCNICO (REFª 45/2016/07/SO 165/2016) AMPLIAÇÃO DA ESCOLA BÁSICA DE BIDOEIRA LEIRIA (JULHO 2016) SONDAGENS DO OESTE, S.A. PÁGINA 1 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO...2 2. ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO...3 3.

Leia mais

ESCAVAÇÃO DE GRANDE PROFUNDIDADE PARA A CONSTRUÇÃO DA BIBLIOTECA CENTRAL E ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA

ESCAVAÇÃO DE GRANDE PROFUNDIDADE PARA A CONSTRUÇÃO DA BIBLIOTECA CENTRAL E ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA ESCAVAÇÃO DE GRANDE PROFUNDIDADE PARA A CONSTRUÇÃO DA BIBLIOTECA CENTRAL E ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA DEEP EXCAVATION FOR THE NEW CENTRAL LIBRARY AND MUNICIPAL ARCHIVE OF LISBON Pinto, Alexandre, JetSJ

Leia mais

3 Histórico do local. 3.1 Descrição da Obra

3 Histórico do local. 3.1 Descrição da Obra 3 Histórico do local 3.1 Descrição da Obra A obra consiste na execução de um extenso aterro para implantação da Indústria Rio Polímeros. A área escolhida localiza-se ao lado da Refinaria Duque de Caxias

Leia mais

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica.

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica. 3 - ESOMETOS EM MEIOS POROSOS Equação de ernoulli o caso de escoamentos em meios porosos, dado que a velocidade de percolação é muito pequena, despreza-se o termo v /g, altura cinemática da equação de

Leia mais

DFA em Geotecnia para Engenharia Civil. Caracterização Geotécnica. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST)

DFA em Geotecnia para Engenharia Civil. Caracterização Geotécnica. Ensaios de campo. Jaime A. Santos (IST) DFA em Geotecnia para Engenharia Civil Caracterização Geotécnica Ensaios de campo Jaime A. Santos (IST) Ensaio de penetração dinâmica SPT O ensaio SPT (Standard Penetration Test) é realizado na base de

Leia mais

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica.

p γ Se imaginarmos um tubo piezométrico inserido no ponto em questão, a água subirá verticalmente numa altura igual à altura piezométrica. 3 - ESOMETOS EM MEIOS POROSOS Equação de ernoulli o caso de escoamentos em meios porosos, dado que a velocidade de percolação é muito pequena, despreza-se o termo v /g, altura cinemática da equação de

Leia mais

REABILITAÇÃO E REFORÇO DOS CAIS ENTRE SANTA APOLÓNIA E O JARDIM DO TABACO

REABILITAÇÃO E REFORÇO DOS CAIS ENTRE SANTA APOLÓNIA E O JARDIM DO TABACO REABILITAÇÃO E REFORÇO DOS CAIS ENTRE SANTA APOLÓNIA E O JARDIM DO TABACO ENGENHARIA GEOTÉCNICA NA REABILITAÇÃO DO PATRIMÓNIO CONSTRUÍDO 26 DE FEVEREIRO DE 2014 - PORTO WW CONSULTORES DE HIDRÁULICA E OBRAS

Leia mais

SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS APLICADAS NO EDIFÍCIO DO TERMINAL DE CRUZEIROS DE LEIXÕES

SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS APLICADAS NO EDIFÍCIO DO TERMINAL DE CRUZEIROS DE LEIXÕES SOLUÇÕES GEOTÉCNICAS APLICADAS NO EDIFÍCIO DO TERMINAL DE CRUZEIROS DE LEIXÕES Manuel Neves mneves@jetsj.pt Alexandre Pinto apinto@jetsj.pt João Vaz joao.vaz@dimstrut.pt Miguel Pimentel miguel.pimentel

Leia mais

Como uma solução engenhosa pode mudar o destino de obras de estradas?

Como uma solução engenhosa pode mudar o destino de obras de estradas? Como uma solução engenhosa pode mudar o destino de obras de estradas? Toda a camada de solo mole. Tensões radiais. Eliminação da compressibilidade, impondo rigidez no solo. Enrijecimento apenas sob o corpo

Leia mais

PROJECTO DE ESTABILIDADE DA ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM ARTUR RAVARA

PROJECTO DE ESTABILIDADE DA ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM ARTUR RAVARA PROJECTO DE ESTABILIDADE DA ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM ARTUR RAVARA LISBOA FUNDAÇÕES E ESTRUTURA PROJECTO DE EXECUÇÃO MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 2 2 DESCRIÇÃO GERAL DA

Leia mais

UNIDADE II FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 1

UNIDADE II FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 1 UNIDADE II FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 1 RECALQUE EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 2 RECALQUE EM FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS FUNDAÇÕES E

Leia mais

Geotécnica Ambiental. Aula 4: Propagação de tensões no solo

Geotécnica Ambiental. Aula 4: Propagação de tensões no solo Geotécnica Ambiental Aula 4: Propagação de tensões no solo Propagações de tensões no solo devido a carregamentos externos São as tensões decorrentes das cargas estruturais aplicadas (tensões induzidas),

Leia mais

COMPACTION GROUTING. Diferencial:

COMPACTION GROUTING. Diferencial: Diferencial: Garantia de diâmetro mínimo e continuidade da coluna executada. Argamassa com módulo controlado. Todas as colunas formadas são monitoradas e controladas, com emissão de relatório: profundidade,

Leia mais

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO EXERCÍCIOS PROPOSTOS QUESTÕES TEÓRICAS

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO EXERCÍCIOS PROPOSTOS QUESTÕES TEÓRICAS RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO EXERCÍCIOS PROPOSTOS QUESTÕES TEÓRICAS 1) O que é envoltória de ruptura? 2) Quais os mecanismos que interferem na resistência ao cisalhamento dos solos? 3) Qual critério de

Leia mais

ESCAVAÇÃO PERIFÉRICA

ESCAVAÇÃO PERIFÉRICA ESCAVAÇÃO PERIFÉRICA ECOCENTRO VALORIZAÇÃO AMBIENTAL Zona Industrial de Cedrim - Sever do Vouga Câmara Municipal de Sever do Vouga TERMO DE RESPONSABILIDADE Anabela de Sá Marques, Engenheira Civil, moradora

Leia mais

BARRAGEM DO ARNÓIA Aspectos Construtivos Melhoria da Fundação

BARRAGEM DO ARNÓIA Aspectos Construtivos Melhoria da Fundação BARRAGEM DO ARNÓIA Aspectos Construtivos Melhoria da Fundação Empreendimento CONSTRUÇÃO DE: 1 Barragem do Arnóia 2 Ponte do Arnóia 3 Estrada Á-dos-Negros / Casais da Areia 4 Est. Elevatória, Rede de Rega

Leia mais

PROJETO DE INFRAESTRUTURAS DE REDE DE ÁGUAS E ESGOTOS

PROJETO DE INFRAESTRUTURAS DE REDE DE ÁGUAS E ESGOTOS Projeto de Loteamento Urbano e dos Projetos das Obras de Urbanização da Zona de Localização Empresarial do Sabugal PROJETO DE INFRAESTRUTURAS DE REDE DE ÁGUAS E ESGOTOS MEMÓRIA DESCRITIVA REQUERENTE: CÂMARA

Leia mais

Fundações por estacas Introdução

Fundações por estacas Introdução Manual de engenharia No. 12 Atualização: 04/2016 Fundações por estacas Introdução O objetivo deste manual de engenharia é explicar como utilizar os programas GEO5 para analisar fundações por estacas. O

Leia mais

Aula 5 Desenho Topográfico

Aula 5 Desenho Topográfico Aula 5 Desenho Topográfico Disciplina: Geometria Descritiva 2CC Prof: Gabriel Liberalquino Soares Lima ESTRADAS ESTRADA: Obra que se destina à circulação de veículos. automóveis = estrada de rodagem trens

Leia mais

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Departamento de Engenharia Civil

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Departamento de Engenharia Civil Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Departamento de Engenharia Civil ESTRUTURAS DE BETÃO 2 11 de Julho de 2005 Recurso Duração: 3 h 1) (5.0 valores) A figura representa em corte transversal

Leia mais

Acessos Rodoviários à PLLN Margarida Apetato

Acessos Rodoviários à PLLN Margarida Apetato [] Acessos Rodoviários à PLLN Margarida Apetato enquadramento e antecedentes fase de projecto fase de pré-construção fase de construção enquadramento e antecedentes fase de projecto fase de pré-construção

Leia mais