DIREITO EMPRESARIAL III PROF. JORDANO SOARES

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1 DIREITO EMPRESARIAL III PROF. JORDANO SOARES (completar essa aula) BIBLIOGRAFIA Marlon Tomazette José Emygdio R. Júnior Wille Duarte Costa Fran Martins INTRODUÇÃO Os títulos de crédito estão sobre dois conteúdos básicos, a saber, cambiais e cambiariformes. Cambiais a partir deles os outros títulos extraem suas formas letra de câmbio e nota promissória. Cambiariformes duplicata e cheque 1. CONCEITOS I Estrutura da letra de câmbio Sacador emite a ordem de pagamento Sacado figura cambial em relação a qual a ordem foi dirigida Tomador beneficiário do título; quem toma possa do título Há a figura do aceite. II Estrutura da nota promissória Emitente / subscritor realiza a promessa de pagamento Tomador recebe a promessa de pagamento

2 III Estrutura do cheque (análoga à estrutura da letra de câmbio) Sacador correntista do banco sacado Sacado banco Tomador terceiro para quem é emitido o cheque Nesse caso, não há a figura do aceite, sendo que o banco realiza o pagamento se houver provisão suficiente de fundos. IV Estrutura da duplicata (análoga à estrutura da letra de câmbio) Vendedor / prestador de serviço Comprador / tomador de serviço Tomador é o próprio vendedor Nesse caso há a figura do aceite Endosso ato cambial cuja função é transferir a titularidade do crédito Aval garantia fidejussória (pessoal) cambial 2. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Cada título de crédito é regido por lei especial. I Cambiais letra de câmbio e nota promissória Lei Uniforme de Genebra (Decreto /65) Lei Saraiva (Decreto 2.044/1908) II Cambiariformes a) duplicata Lei 5.474/68 b) cheque Lei 7.357/85 III Outros títulos a) cédulas de crédito rural (Decreto 167/67); industrial (Decreto 413/69); à exportação (Lei 6.313/75) e comercial (Lei 6.840/80).

3 b) cédula de crédito bancário Lei /04 A Lei Uniforme de Genebra se aplica subsidiariamente às omissões da legislação específica dos demais títulos de crédito. 3. CÓDIGO CIVIL Parte especial (livro II) Título VII (Título de crédito) art. 887 e ss. Ou o CC repetiu as regras previstas na legislação especial, ou trouxe regulamentação totalmente em sentido contrário Inovações do Código Civil I Emissão de títulos de crédito eletrônicos (art. 889, 3º) Boleto bancário II Interrupção da prescrição pelo protesto do título (art. 202, III) Obs.: Súmula 153 do STF simples protesto cambial não interrompe a prescrição (antes do CC de 2002) III Exigência de outorga conjugal para validade do aval (art. 1647, III) 4. FUNÇÕES DO TÍTULO DE CRÉDITO I Negociabilidade do título O título nasceu para circular II Garantia O título pode ser objeto de garantia (caução) Obs.: penhora é ato de constrição judicial que impede a transferência do bem. Não é vontade do indivíduo. Penhor direito real de garantia sobre bens móveis. Hipoteca direito real de garantia sobre bens imóveis. III Instrumento de captação de recursos no mercado de capitais

4 Debêntures, commercial papers (nota promissória da S/A) 5. CARACTERÍSTICAS DO TÍTULO DE CRÉDITO I Documento formal A presença dos requisitos formais deve estar satisfeita no momento da realização dos atos cambiais (aceite, protesto, execução). Credor de boa-fé pode preencher o título posteriormente a sua emissão art. 10 do Decreto /66; art. 10 da Lei 7.357/85; Súmula 387 do STF; art. 891 do CC II Presunção de certeza e liquidez A certeza está relacionada com a existência da obrigação. A liquidez, por sua vez, está relacionada com a quantificação do valor devido (quantum debeatur). O título de crédito é um título executivo extrajudicial (art. 585 do CC). III Título pro solvendo Pro solvendo emitido para pagamento. Não extingue a relação causal de direito material que o originou. Pro soluto em pagamento. Extingue a relação causal de direito material (novação). IV Negociabilidade V Título de resgate A quitação deve ser passada no próprio corpo do título, sendo que o devedor deve resgata-lo. O Direito Cambiário protege o credor de boa-fé. VI Obrigação quesível Satisfeita no domicilio do devedor (o credor que deve buscar a efetivação do pagamento) obrigação portável. VII Solidariedade O endossante assume a posição de coobrigado toda vez que transfere o título. Os avalistas e endossantes são devedores solidários. Art. 914 do CC não se aplica essa regra pros títulos de créditos estudados (inversão da regra no caso das obrigações).

5 Art. 903 do CC aplicação do CC é subsidiária (aplica-se apenas nas omissões da legislação especial) O CC inverte a regra, aproximando os títulos de créditos do direito das obrigações, segundo o qual solidariedade não se presume. No direito cambiário, como regra, todos os endossantes vão responder. Neste conflito normativo, pelo princípio da especialidade, aplica-se a legislação especial, mesmo que o CC seja posterior, pois o art. 903 deste diploma legal afirma que a aplicação de suas regras é subsidiária, só se aplicando em omissões da legislação especial. 6. CONCEITOS Cesare Vivante documento necessário ao exercício de um direito literal e autônomo nele mencionado. Art. 887 do CC documento necessário ao exercício de um direito literal e autônomo nele contido, só produzindo efeitos se preenchidos os requisitos legais. Documento necessário princípio da cartularidade / incorporação Exercício de um direito literal princípio da literalidade Direito autônomo princípio da autonomia AULA 15/10/2012 Introdução: Os títulos de crédito (cheque, duplicata, empréstimo pessoal...) trazem o conteúdo de títulos cambiais (letras de câmbio* e nota promissória) e cambiariformes (duplicata e cheque). *não se usa mais. Mas a partir dela, tem-se os institutos básicos do direito cambial. 1. Estrutura da letra de câmbio: Na letra de câmbio, tem-se uma estrutura fundada na presença de um sacador, um sacado (quem recebe uma ordem) e um tomador. O que é a letra de câmbio: se tenho uma dívida com Thales, mas Marianna também me deve, emito um título de câmbio e entrego ao Thales se Marianna aceitar**, o Thales deve cobra-la no dia combinado da Marianna. Se ela não aceitar, deve o Thales cobrar de mim mesma. Sacador: eu

6 Sacado: figura cambial à qual a ordem é dirigida (Marianna) Tomador: Thales. **Aceite: tenho uma divida com alguém, mas outra pessoa me deve. Em um título de crédito, soluciono o problema. Se Marianna recusar, não terá obrigação cambial nenhuma. 2. Estrutura da Nota Promissória: muito mais simples, por não incluir três pessoas. Há um emitente (subscritor), que faz uma promessa de pagamento para o tomador. Não há um terceiro que tem que aceitar ou não. Os títulos cambiariformes extraem sua forma desses títulos cambiais: - Cheque: sacador é o correntista (quem emite a ordem), sacado é o Banco mas este não precisa aceitar ou não (havendo provisão de fundos, o Banco vai pagar). - Duplicata: título de crédito emitido diante de compra e venda mercantil ou prestação de serviços (médico, advogado, etc.). Quem saca a duplicata é o vendedor ou o prestador de serviços. Também o tomador é o vendedor. O sacado é o comprador. É um título emitido em favor de si mesmo. Porém, na duplicata, volta a ter a figura do aceite. O titulo de crédito nasceu para circular é essencialmente negociável. O tomador endossa, por exemplo, a nota promissória para uma factoring. Endosso é um ato cambial cuja função é transferir a titularidade do crédito. O título pode ser endossado até seu vencimento, infinitas vezes. Pode-se, nesta, exigir a figura de um avalista (aval). Aval é uma garantia fidejussória cambial. Legislação Aplicável: Os títulos de créditos possuem sua lei específica de regência (legislação extravagante). A letra de câmbio, por exemplo, é regida pelo Decreto n.º /60 LUG (Lei Uniforme de Genebra) incorporado de tratado internacional. Outra norma supletiva dispõe sobre a letra de câmbio: Decreto 2.044/1908 (Lei Saraiva). A nota promissória é regida pelo mesmo diploma LUG. A duplicata é regida pela lei 5.474/68. O cheque é regido pela lei 7.357/85. Dentre outros títulos, há as cédulas de crédito, que podem ser: - rurais (Decreto 167/67); - industriais (Decreto 403/69); - à exportação (Lei 6.313/75); - comerciais (Lei 6.840/80).

7 Há, também, as cédulas de crédito bancárias nestas, pouco importa o que farei com o dinheiro (Lei /04). Nos pontos omissos dessas legislações, aplica-se subsidiariamente a LUG. Código Civil: O CC de 1916 não trabalhava com títulos de crédito. Em 2002, se envolveu com a matéria cambiária. Inseriu um título (VIII) só para tratar de títulos de créditos (artigo 887 e ss). Em matéria cambiária, ou repetiu regras (dispositivos da legislação extravagante) ou dispôs em sentido contrário. Todas as vezes que dispôs em sentido contrário, foi completamente contra o que a legislação cambiária previu. Inovações do Código Civil: TÍTULOS DE CRÉDITO ELETRÔNICOS: A primeira inovação de destaque está no artigo 889, 3º. O Código Civil expressamente previu a possibilidade de emissão de títulos de crédito eletrônicos. É muito mais comum usar cartão de crédito, transferências eletrônicas, boleto bancário (ao invés de duplicata emite-se o boleto no Banco, para o cliente pagar). Não tinha na legislação especial dispositivo semelhante. INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO PELO PROTESTO DO TÍTULO: Não se pagando um título de crédito, cabe protesto não tem o condão de interromper a prescrição, segundo a súmula 153, STF; mas segundo o Código Civil (art.202, III), o protesto de título de crédito interrompe a prescrição. EXIGÊNCIA DE OUTORGA CONJUGAL PARA A VALIDADE DO AVAL: Antes do Código Civil, não se exigia outorga conjugal para aval. Com o CC/02, passouse a exigir (artigo 1.647, III). Funções do Título de Crédito 1ª: a negociabilidade do título: o título de crédito nasceu para circular. Então é possível conseguir a antecipação do valor que se precisa, através de operação de desconto, por exemplo. Até o vencimento, podem-se fazer quantos endossos forem necessários. 2º: pode ser objeto de garantia podem ser entregues no Banco, por exemplo, em caução. Não pode ser penhorado (ato de constrição judicial que impede de dispor sobre o patrimônio), mas empenhado (penhor).

8 3º: Instrumento de captação de recursos no mercado de capitais. Quando se está diante de uma S/A que precisa de dinheiro e não quer emitir novas ações, ou ela recorre ao Banco, ou emite debêntures. Mas existe também a commercial paper (nota promissória da S/A). A CEMIG Distribuição, por exemplo, emitiu 64 notas promissórias. Para um investidor de perfil moderado, dada a baixa da taxa SELIC, é um bom investimento em data futura, resgata esse título, com juros contratados. Características de um título de crédito: 1º: documento formal ele tem que preencher os requisitos da lei, para produzir seus efeitos. A nota promissória é uma cártula (encontra-se, mesmo, em bancas de revistas), com dados do emitente, sua assinatura, indicação do tomador (para quem vou pagar), o vencimento, o valor, etc. Não preencher a data do vencimento, em regra, invalida o título. Mas o credor, de boa-fé, pode preencher o vencimento, para data posterior. A presença dos requisitos deve estar satisfeita no momento da realização dos atos cambiais (aceite, protesto...). Havendo omissão no título executado, cabem embargos à execução, na qual o juiz declarará a invalidade do título e vai extinguir a execução. Artigo 10, Dec /60; artigo 16, Lei n.º 7.357/85; sumula 387, STF; artigo 891, CC: todos traduzem a mesma ideia. 2º: o título de crédito é um documento dotado de certeza e liquidez (não precisa ajuizar ação de cobrança procedimento ordinário, no qual cabe dilação probatória mas ação de execução). A certeza se relaciona à existência da obrigação e a liquidez se relaciona à quantificação do valor devido. Então o título de crédito tem que ter um valor certo. Na execução, no máximo, deve-se juntar uma planilha. Se, no dia do vencimento, o devedor não paga, o título passa a ser exigível título executivo extrajudicial, o que viabiliza a ação de execução judicial. 3º: Título de crédito é pro solvendo. Título pro solvendo é emitido para pagamento e não extingue a relação causal que o originou (a dívida, de que origem for). Título pro soluto é em pagamento e extingue a relação de direito material. Acontece, nele, uma novação. 4º: negociabilidade do titulo: podem-se fazer quantos endossos forem necessários, até o vencimento do título. 5º: Título de resgate: a quitação tem que ser passada no próprio corpo do título. O direito cambiário protege o credor de boa-fé.

9 6º: obrigação quesível, porque deve ser satisfeita no domicílio do devedor. O interessado, credor, deve buscar o pagamento. 7º: solidariedade: na cadeia de endossos, pode-se ter vários avalistas (figuras intervenientes). A B (F) C D (G) E Se a nota promissória é para o dia 15/11, na data, o credor cobra do principal (A). Este, A, em protesto, pode executar todos os demais obrigados da cadeia toda vez que um endossante transfere o título, assume a posição de coobrigado. A transferência é relação de confiança, na qual se deve ter garantia. Avalistas e endossantes devem ser, portanto, solidariamente responsáveis. O CC inverte a regra (artigo 914 não vai se aplicar). Aproximou os títulos de créditos do direito das obrigações, segundo o qual solidariedade não se presume. No direito cambiário, como regra, todos os endossantes vão responder. Neste conflito normativo, pelo principio da especialidade, aplica-se a legislação especial. Mas o CC é posterior. Porém o artigo 903, CC, afirma que a aplicação do CC é subsidiária, só se aplicando em omissões da legislação especial. Esse artigo é a válvula de escape de CC. Conceito de títulos de crédito: O conceito de títulos de crédito mais aceito e adotado pelo CC é aquele do autor Cesare Vivante. A legislação especial nada diz sobre títulos de créditos. Apenas o artigo 887 do CC o traz. Título de crédito é o documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele mencionado. O CC só vai um pouco além: (...) só produzindo efeitos se preencher os requisitos da lei. Dá um destaque, assim, às formalidades. Cada termo do conceito dará origem a um princípio: Documento necessário princípio da cartularidade / incorporação; Direito literal princípio da literalidade; Direito autônomo princípio da autonomia Trabalhos para ou

10 Em dupla I Resenha crítica do Capítulo 2 do livro Teoria contemporânea dos títulos de crédito (Carlos Fernandes) II Explicar os títulos de crédito atípicos Obs.: típicos regulamentação em lei RESUMO Os títulos de crédito aproveitam as características da letra de câmbio e da nota promissória. Letra de câmbio Sacador dá a ordem de pagamento Sacado a quem a ordem é dirigida Tomador toma posse do título Cheque Correntista sacador Banco sacado Tomador Duplicata compra e venda mercantil e prestação de serviço Vendedor sacador Comprador sacado Tomador é o próprio vendedor Nota promissória promessa de pagamento Emitente / subscritor Tomador Cédula de crédito bancário Endosso ato cambial pela qual se transfere a titularidade do título de crédito. Não há limite legal para a quantidade sucessiva de endosso.

11 Obs.: factoring Avalista garantia pessoal do título de crédito. Constitui obrigação autônoma e independente. O emitente é o devedor direto (principal). Os coobrigados (endossantes) são devedores indiretos se o devedor principal não realizar o pagamento na data ajustada (vencimento), o possuidor do título pode cobra-lo de quaisquer dos endossantes. Estes respondem solidariamente. 7. PRINCÍPIOS Conceito de título de crédito (CC, art. 887) documento necessário ao exercício de um direito literal e autônomo nele mencionado. Documento necessário princípio da cartularidade Literal literalidade Autônomo princípio da autonomia 7.1. Princípio da cartularidade a) Conceito Posse do documento original para praticar os atos cambiais Protesto necessidade de apresentar o título original Execução (art. 585) título executivo extrajudicial Exceção ao princípio da cartularidade: duplicata (Lei 5.474/68, art. 13, 1º, in fine) Protesto por indicação não há necessidade de apresentar o título original; indicação dos dados da duplicata retida indevidamente por 10 dias pelo comprador (tabelionato comprovante de entrega da mercadoria mais indicação de dados). Exemplo: Duplicata compra e venda mercantil mercadorias Vendedor fatura / nota fiscal

12 30 dias para dar o aceite Comprador (sacado) 4 posturas diferentes: I Devolver a duplicada com o aceite, subscrevendo-a; II Declaração justificada; III Devolver a duplicata em branco; IV Reter indevidamente o título (10 dias). Obs.: boleto bancário é uma duplicata? Doutrina majoritária não é duplicata, não é título de crédito, mas sim simples documento de cobrança expedido por banco. Entretanto, esse entendimento não está assentado REsp /PR, 3ª Turma, Nancy Andrigui possibilidade de protesto e execução do boleto bancário. b) desmaterialização dos títulos de crédito O princípio da cartularidade é cada vez mais relativizado CC, art. 889, 3º título de crédito eletrônico Títulos de crédito: I cartulares II escriturais ou eletrônicos registrados em sistema de registro e liquidação de instituição autorizada pelo Banco Central para executar é necessário o certificado emitido pela CETIP Exemplos (Lei /04): letra de crédito imobiliária; cédula de crédito imobiliário; letra de arrendamento mercantil; letra financeira 7.2. Literalidade Apenas tem validade para o título de crédito o que está escrito na cártula. Eventuais negociações extracartulares não podem ser opostas ao possuidor de boa-fé. Exemplos: a quitação do título de ser certificada no próprio corpo do título; o aval deve ser constituído no corpo do título de crédito. Exceção: duplicata (Lei 5.474/68, art. 9º) validade do recibo em documento apartado Princípio da Autonomia

13 Divide-se em dois subprincípios: a) subprincípio de direito material As relações cambiais são autônomas e independentes entre si; eventual nulidade ou uma assinatura falsa não interfere na obrigação dos demais coobrigados. b) subprincípio de direito processual As exceções pessoais do devedor não podem ser opostas ao credor de boa-fé. Obs.: abstração fenômeno cambial que confere autonomia plena ao título de crédito de forma que a relação cambial ficará completamente desvinculada da relação material que lhe deu origem só se tem a autonomia da relação cambial quando o título circula (REsp /PR) Autonomia relativa da nota promissória Nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito STJ, súmulas 233, 247 e 258. a) contrato de abertura de crédito (cheque especial) Limite que o banco disponibiliza para o correntista usar se quiser. Execução CPC, art. 585 (título executivo extrajudicial) mais extratos bancários. Entretanto, decidiu-se que o contrato de abertura de crédito é ilíquido. Sendo assim, não é título de crédito. b) ação monitória (CPC, art A) procedimento especial de jurisdição voluntária Cobrança cognição ampla Execução mandado para pagamento em 10 dias Monitória documento escrito Se o pagamento não se realiza no prazo sem manifestação da parte ré, a monitória traslada-se em título executivo extrajudicial. Se há oposição de embargos, o procedimento transforma-se em cognitivo. c) nota promissória vinculada ao cheque especial

14 Não tem autonomia e não pode, pois, ser executada iliquidez (completar essa aula) 8. CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO 8.1. Quanto ao modelo / forma a) vinculado Títulos que devem observar o padrão estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Padrões ditados por resolução. Exemplos: cheque e duplicata. b) livre Desde que preenchido os requisitos da lei, a forma do título do crédito é livre, não havendo falar-se em padronização do título. Exemplos: letra de câmbio e nota promissória Quanto à causa de emissão a) causais A emissão está vinculada a uma causa, a uma relação material de fato (como, por exemplo, crédito bancário e contrato de compra e venda). Se há emissão do título sem essa causa exigida, o título será sem lastro (título frio). Exemplos: duplicata e cédula de crédito bancário. b) abstratos A emissão do título é totalmente desvinculada de uma causa. Exemplos: letra de câmbio, nota promissória e cheque Quanto à estrutura a) consubstanciação de ordem de pagamento Sacador quem emite o título e dá a ordem de pagamento Sacado quem recebe a ordem de pagamento Tomador beneficiário O aceite na letra de câmbio é facultativo, pois o sacado não assume obrigação cambial alguma se não o realizar.

15 No cheque não existe a figura do aceite, pois o banco paga se o correntista tiver saldo suficiente. Na duplicata, de regra, o aceite é obrigatório. Exemplos: cheque, letra de câmbio e duplicata. b) consubstanciação de promessa de pagamento Emitente subscritor Tomador Emitente se obriga a fazer o pagamento direto Exemplos: nota promissória e cédula de crédito 8.4. Quanto à circulação a) ao portador Título que não indica o beneficiário (tomador). A circulação desse tipo de título e realizada apenas com a tradição, não sendo necessário o endosso. Lei 8.021/90 proibida a emissão de títulos ao portador, salvo autorização expressa de lei. Lei 9.069/95 o cheque até o valor de R$100,00 pode ser emitido como sendo ao portador (sem indicação do beneficiário) Obs.: a indicação do beneficiário, nos títulos que exijam isso, pode se dar no momento da execução. b) nominais Beneficiário (tomador) está identificado no título. Se o título for à ordem, a circulação se dá por meio do endosso cumulada com a tradição. Se o título for não à ordem, a circulação se dá por meio da cessão civil de crédito cumulada com a tradição. Para o devedor a cessão civil de crédito é melhor. Em regra, o endosso é feito no verso do título, bastando a assinatura. Se realizado no rosto do título, o ato cambial deve ser identificado. Endosso Cessão civil de crédito Formas de transferência do crédito Declaração unilateral de vontade (basta a Contrato, negócio jurídico bilateral

16 assinatura para a produção de efeitos) Independe de notificação do devedor para a produção de efeitos Transferência de novo direito Princípio da inoponibilidade das exceções (convergência de vontades) Depende de prévia notificação do devedor para a produção de efeitos (CC, art. 290) Transferência de direito derivado A inoponibilidade não prevalece c) nominativos Arts. 921 e 922 do CC Título nominativo é aquele emitido em favor de pessoa cujo nome conste em registro do emitente. A circulação deste título é dada por meio da assinatura do proprietário e do adquirente no termo de transferência no registro do emitente. Se não houver a assinatura do termo de transferência não haverá a produção de efeitos em relação ao devedor. Exemplo: debênture (LSA, art. 63) LETRA DE CÂMBIO 1. HISTÓRICO 1.1. Período italiano (séc. XIII até 1673) Littera cambii prova da emissão do contrato de câmbio trajetício. O mercador se deslocava entre as cidades. Para não deslocar com dinheiro, evitando furtos e roubos, utilizava-se da letra de câmbio. A letra de câmbio no período italiano não era título de crédito, mas apenas instrumento de contrato de câmbio Período francês (1673 até 1898) Surgimento do endosso e da figura embrionária do aval. A letra de câmbio passou a ser instrumento de pagamento. Não era considerada título de crédito, pois a emissão da letra de câmbio estava condicionada ao câmbio trajetício Período alemão (1848 e ss.) Nesse período, a letra de câmbio se tornou abstrata (documentação de qualquer operação), adquirindo caráter de título de crédito. Construção dos princípios. Surgimento do cheque e nota promissória.

17 2. Processo de uniformização Convenção de Genebra (1930) Lei Uniforme de Genebra (regulamentação da letra de câmbio e nota promissória). Devido à dificuldade de consenso entre todos os países, a LUG possui normas obrigatórias e facultativas. Estas se relacionam com as reservas (o país pode adotar ou não a norma) Legislação aplicável no Brasil Código Comercial (1850) letra de câmbio regulamentação defasada Decreto 2.044/1908 letra de câmbio e nota promissória 1942 adesão à LUG a incorporação dessa lei só ocorreu em 1966, por ocasião do Decreto /66. Sendo assim, chama-se esse decreto de LUG. A nossa LUG é cópia da tradução portuguesa de Portugal. Essa lei possui: anexo 1 (normas obrigatórias) e anexo 2 (reservas) No Direito pátrio, em matéria de letra de câmbio, prevalece o Decreto /66, em caso de reservas ou de omissões desta, o Decreto 2.044/1908 e o Código Civil. AULA 29/10/2012 CLASSIFICAÇÃO DOS TÍTULOS DE CRÉDITO Para classificar qualquer coisa é preciso estabelecer critérios: 1. Quanto ao modelo ou forma: No cheque, por exemplo, é tudo padronizado. Quanto a forma, há dois tipos: títulos de modelo vinculado e títulos de forma livre. No caso do cheque e da duplicata, a forma deve observar um padrão estabelecido pelo Conselho Monetário Internacional. A cártula deve observar padrões editados por resolução do CMI. Quanto ao modelo livre, há a letra de câmbio e a nota promissória. Desde que se preencham os requisitos da lei (data de emissão, dados do emitente, etc.), pode-se até usar uma folha de caderno para formar o título de crédito. O mais comum é compra-las em papelaria e gráfica, mas nada impede que se confeccione por conta própria. 2. Quanto à causa de emissão: Nesse caso, os títulos de crédito distinguem-se em causais e abstratos. Dentre os causais, há a duplicata e as cédulas de crédito bancário. Só posso emitir duplicata diante

18 de determinadas causas, relações materiais, de fato. Emitida fora dessas situações, será a duplicata fria. Já a cédula de crédito bancário só pode, também, ser feita perante operação de crédito. Os abstratos são completamente desvinculados de uma causa, podendo ser emitidos diante de qualquer situação (pagamento de prestação de serviços, empreitada, doação...). Exemplo: letras de câmbio, notas promissórias e cheques. Essa abstração não se confunde com o princípio da abstração (quando o título se desvincula da relação material que o originou). 3. Quanto à estrutura: Há dois tipos: títulos que consubstanciam ordem de pagamento e títulos que consubstanciam uma promessa de pagamento. Como exemplos de ordem de pagamento, há as letras de câmbio, duplicata e cheque*. Como promessa de pagamento, há notas promissórias e cédulas de crédito bancário**. *nas três situações, há a figura de um sacador, um sacado e um tomador. Nas letras de câmbio, sacador é quem emite o título, dá uma ordem de pagamento. O sacado é aquele ao qual a ordem foi dirigida. Tomador é o beneficiário. O sacador faz uma promessa de fato de terceiro. Não promete que vai fazer o pagamento, mas que um terceiro fará. No cheque, o sacador é quem emite a ordem (correntista), sacado é o Banco e tomador é quem é beneficiário do cheque. Na duplicata, sacador é o vendedor da mercadoria, ou prestador do serviço. Sacado é o tomador do serviço ou comprador. O tomador é o mesmo vendedor ou prestador de serviços. O título é emitido pelo sacador em seu próprio benefício. Quando se faz uma promessa de fato de terceiro, há a figura do aceite, que pode ser facultativo ou obrigatório. Na letra de câmbio, é facultativo (o sacado não assume obrigação cambial nenhuma, até que aceite pode aceitar ou não). No cheque, não existe figura de aceite: o banco pagará se houver fundos. Já na duplicata, como regra, o aceite é obrigatório, pois quando o sacador presta um serviço ou expede mercadoria, se não forem constatados vícios, tem o comprador que aceitar (aceite obrigatório), a não ser que haja vícios. **há a figura do emitente, chamado subscritor, e a figura do tomador. O emitente se obriga a fazer o pagamento direto do título em determinada data (ele mesmo pagará não há promessa de fato de terceiro). 4. Quanto à circulação: Há três tipos: títulos ao portador, títulos nominais e títulos nominativos.

19 a) Títulos ao portador: Título que não indica o beneficiário. O problema é que a Lei 8.021/90 teve uma política de rigidez fiscal, proibindo a emissão de títulos ao portador, salvo autorização expressa de lei. O exemplo de título que tem autorização expressa é o cheque até o valor de R$100,00. O cheque até R$100,00 é ao portador. A partir desse valor, deve ser ao beneficiário indicado (Lei 9.069/95). O portador, nos demais casos, em que se aplica a lei 8.021/90, deve ser indicado no momento da cobrança. Na emissão o título não deixará de ser válido pela ausência da indicação do beneficiário. Esse título circula por simples tradição não precisa de endosso. Transmite riqueza sem gerar impostos. b) Títulos nominais: É aquele em que o beneficiário ou tomador está indicado. Circula de duas formas: se for um título à ordem, transfere pela figura do endosso + tradição; se for um título não à ordem, transfere-se pela via da cessão civil de crédito + tradição. O cheque já é confeccionado com o padrão à ordem, pelo artigo 37. Cruzase o cheque, para pagamento por crédito em conta (não se consegue sacar na boca do caixa desestimula a prática de delito). Quando se risca a cláusula à ordem e se insere a expressão Não à ordem, estabelece-se que o cheque não será transferido por endosso, mas por cessão civil de crédito (melhor para o devedor). ENDOSSO CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO O ponto em comum entre eles é que ambos são formas de transferência do crédito. Endosso é uma declaração unilateral de vontade (basta a assinatura lançada no título já está apta a produzir efeitos), que tem que ser lançada, como regra, Já a cessão civil de crédito é um contrato, negócio jurídico bilateral precisa da convergência de vontades do cedente e do cessionário. no verso do título (assinar o verso do título é autorizar o endosso). Se não indicado no verso, é preciso a expressão pague-se este cheque a fulano, senão a lei entende como

20 sendo aval. A circulação do título independe da notificação do devedor para produzir efeitos. Transfere-se um direito novo prevalece o princípio da INOPONIBILIDADE das exceções. A circulação depende de prévia notificação do devedor (artigo 290, CC). Transfere-se um direito derivado, de forma que todos os vícios são transferidos ao cessionário não prevalece o princípio da inoponibilidade das exceções. É melhor para o devedor porque se pode falar que não vai pagar em razão do vício. c) Títulos nominativos: Artigos 921 e 922, do CC. É aquele emitido em favor de pessoa cujo nome conste em registro do emitente. Esse título circula mediante termo, em registro do emitente. O proprietário e o adquirente têm que assinar um termo de transferência no registro do emitente. Se um deles não assinar, não produzirá efeito a transferência em relação ao devedor. Por exemplo, há a debênture (artigo 63, da LSA): empresta-se dinheiro à S/A e adquirese contra ela um direito certo de crédito. Mas não pode o debenturista transferir a debênture sem assinar termo de transferência no registro da S/A. Não produz efeito para a companhia a transferência sem a assinatura do termo. TÍTULOS DE CRÉDITO EM ESPÉCIE 1. LETRAS DE CÂMBIO História: - Período italiano: aproximadamente no século XIII, até Nessa época, não havia estado nacional (Itália), mas cidades com autonomia Gênova e Veneza. Nestas, havia mercadores, que compravam mercadorias em Veneza, por exemplo, para vender em Gênova. Mas como o Estado não era unificado, cada cidade possuía sua moeda. Assim, iam os mercadores até os banqueiros para fazer transações de câmbio. O mercador entregava ao banqueiro o dinheiro e este lhe passava a letra de câmbio (não era o

21 câmbio manual para não ir com o saco de dinheiro até a outra cidade). Esta agia como um contrato de câmbio trajetício. Chegando o mercador na outra cidade, procurava um representante do banqueiro para pegar a moeda que precisava (entregava a letra de câmbio e pegava o dinheiro da nova cidade). A origem da letra de câmbio era um contrato trajetício. Mas nesse período, a letra de câmbio era somente um instrumento do contrato de câmbio, mas não um título de crédito propriamente dito. - Período francês: aproximadamente de 1673 até Essa prática da letra de câmbio começou a difundir da Itália para toda a Europa. Na França, aflorou características novas. Havia o mercador, o banqueiro e o representante. Quando o francês procurava o representante, não era raro não encontra-lo no banco (não havia dinheiro suficiente). Procurava, assim, diretamente o feirante. Surgiu, nesse período, a figura do endosso. O feirante aceitava a letra de câmbio, mas mediante um garantidor (se o mercador não pagasse, o garantidor garantiria o pagamento) embrião do avalista. A letra de câmbio passou a ser instrumento de pagamento e não do contrato de câmbio. Não era considerada um título de crédito porque a emissão estava condicionada à operação de câmbio trajetício. Não era autônomo. - Período alemão: 1848 e seguintes. Foi quando as letras de câmbio se transformaram em título de crédito. A letra de câmbio passou a ter sua emissão autorizada para documentar operação de qualquer natureza, tornando-se um título abstrato. Não seria preciso, sequer, ter uma dívida com o sacado. Foram desenvolvidos, aí, os princípios da autonomia, cartularidade e literalidade. Nessa altura, outros títulos de crédito já estavam sendo desenvolvidos (cheques, notas promissórias...). A letra de câmbio começou a cair em desuso por causa do aceite. O cheque e a nota promissória, no final do período alemão já começaram a se tornar muito mais práticos. Diversos países adotavam regras diversas de títulos de crédito. Surgia, assim, a necessidade de dar uma uniformidade a isso. Processo de uniformização: Para obter as mesmas regras de títulos de crédito em diversos países, houve duas conferências em Haia, das quais participaram muitos países. Em 1910, não obtiveram êxito porque os países da Common Law não participaram. Em 1912, houve uma guerra na sequencia, de forma que não houve êxito novamente.

22 ACEITE O êxito só foi em 1930, com uma convenção em Genebra (LUG). Nem todas as regras da LUG obtiveram consenso dos países. Foi composta, assim, de normas obrigatórias e facultativas. Devido à dificuldade de consenso de todos os países, nas regras todas, foram permitidas reservas em algumas regras. Se o país aderisse à lei uniforme, teria que observar o corpo de normas às quais aderira, internamente no país. Legislação aplicável no Brasil: Desde o início do século XX, tentavam uniformizar. No Brasil, o Código Comercial de 1850 tinha regras de letras de câmbio seguindo o sistema francês (defasado). Em 1908, editaram, portanto, o Decreto 2044/1908, melhor que a LUG, que tratava sobre a letra de câmbio e a nota promissória. Só em 1942 que o Brasil manifestou sua adesão à LUG. Um tratado internacional só passa a produzir efeitos internamente após o decreto do legislativo a incorporação da LUG só se deu em 1966 por ocasião do decreto (chamado, no Brasil, de LUG). Ao invés de, no procedimento legislativo, analisarem o tratado e redigirem em português claro, copiaram uma tradução de Portugal. Além disso, tem a LUG dois anexos (o anexo I é das normas obrigatórias; o anexo II é das normas facultativas, reservas). Decreto 2.044/1908: aplica-se nas omissões e reservas da LUG. Código Civil: aplicação muito restrita (interrupção da prescrição e exigência de outorga uxória) MODELO DE LETRA DE CÂMBIO (completar essa aula) Vencimento / / Valor R$ ,00 Pague-se por esta única via de letra de câmbio, na praça de Belo Horizonte/MG, a Fulano de Tal a quantia de dez mil reais. Dados do Sacado Dados do Sacador RG RG CPF CPF Local e data Endereço Endereço Assinatura 3. Requisitos Gerais (art. 104 do CC)

23 Capacidade, objeto e forma. Específicos (arts. 1º e 2º da LUG) Essenciais sem eles o título deixa de ser válido Cláusula cambiária (nome); Ordem de pagamento Obs. 1: ordem pura e simples (incondicional); Obs. 2: cláusula de juros (art. 890 do CC, art. 10 da Lei 7.357/85 cláusula considerada não escrita). É admitida na letra de câmbio à vista e letra de câmbio a certo termo de vista (art. 5º da LUG). Obs. 3: é possível a emissão de letra de câmbio em moeda estrangeira (art. 42 da LUG). Porém, ela vai ser paga pelo câmbio cotado no dia do vencimento. Obs. 4: em caso de divergências entre o algarismo e o valor por extenso, prevalece este (art. 6º da LUG). Em caso de divergência entre algarismo e algarismo ou extenso e extenso, prevalece o de menor valor; Nome do sacador (aquele que dirige a ordem de pagamento); Nome do sacado; Data da emissão; Assinatura pode ser feita por procurador com poderes especiais (art. 2º, anexo II, da LUG c/c art. 1º, V, do Dec /1908). Não essenciais / supríveis Praça de emissão se ausente a praça de emissão, esta será o local indicado ao lado do nome do sacador (art. 2º, 3º, da LUG); Praça de pagamento se não se menciona a praça de pagamento, esta será o local indicado próximo ao nome do sacador (art. 2º, 2º, da LUG);

24 Vencimento se não houver data de vencimento, considera-se que o título foi emitido à vista ou contra a apresentação. 4. Espécies de vencimento a) letra de câmbio à vista; b) letra de câmbio a dia certo; c) letra de câmbio a certo termo de vista (aceite) o prazo para vencimento começa a correr após o aceite prazo de 1 ano para colher o aceite. d) letra de câmbio a certo termo de data (emissão) o prazo para vencimento começa correr após a emissão. 5. Aceite 5.1. Conceito ato cambial facultativo e privativo do sacado, pelo qual o mesmo assume a posição de devedor direto da letra de câmbio. O devedor direto é aquele que realiza o pagamento extintivo do título de crédito, sendo que não tem direito à ação regressiva. Já os devedores indiretos têm direito à ação regressiva Forma de regra, deve ser dado na parte frontal do título (ao contrário do endosso, que, em regra, é dado no verso). O aceite pode ser dado no verso, sendo que, nesse caso, deve-se indicar que se trata de aceite Recusa duas consequências (art. 43 da LUG): a) vencimento antecipado do título de crédito; b) vinculação de todos os coobrigados ao pagamento da letra de câmbio. Obs.: protesto ato formal e solene para se comprovar a recusa do aceite (art. 44 da LUG). Protesto cambial necessário indispensável para executar os coobrigados da letra de câmbio 1 dia útil após o vencimento ou a recusa do aceite (art. 28 do Dec /1908). Se não se protesta, perde-se o direito de executar, mas não de cobrar.

25 Protesto cambial facultativo para se cobrar forma de pressão, pois inclui o nome no SPC, SERASA, além de vedar participação de licitação (negativação do nome) Aceite parcial / qualificado a) aceite limitativo relaciona-se com o valor; Duas correntes: 1ª autonomia das obrigações cambiais deve-se cobrar dos coobrigados a integralidade da dívida, cabendo ao coobrigado ação regressiva contra o sacado. 2ª literalidade de boa-fé deve-se cobrar apenas o saldo não reconhecido. b) aceite modificativo alteração de outro dado (por exemplo, data do vencimento) Em relação ao sacado, o mesmo se obriga nos termos do aceite. Em relação aos demais coobrigados o aceite parcial não tem diferença alguma, ou seja, o aceite parcial também acarreta o vencimento antecipado e a vinculação dos demais obrigados (art. 26 c/c art. 43, ambos da LUG) Cláusula não aceitável Garantir o sacador do vencimento antecipado em caso de recusa do aceite. 6. Endosso 6.1. Conceito endosso próprio ou translatício ato cambial que se destina à transferência da titularidade do crédito incorporado no título Forma de regra, deve ser realizado no verso, mas pode ser feito na face do título, identificando que se trata de endosso Efeitos a) transferência b) vinculação Obs.: art. 914 do CC em regra, o endossante não se obriga. Mas como o CC tem aplicação subsidiária, aplica-se a regra da legislação especial, a saber, vinculação do endossante.

26 6.4. Endosso sem garantia Não há vinculação do endossante (paga-se, sem garantia, a Fulano de Tal) Endosso e cessão civil de crédito No endosso o endossante responde pela insolvência do devedor. Na cessão de civil de crédito o endossante não responde pela insolvência Endosso impróprio Não se presta a transferir a titularidade do crédito, mas apenas o de legitimar a posse do endossatário. Endosso mandato simples transferência da posse, para legitimar os atos de cobrança realizados pelo endossatário-mandatário, feitos em nome e no interesse do endossante. Endosso caução / pignoratício legitima a transferência da posse do título de crédito, que serve de garantia de uma outra operação celebrada entre o endossante e o endossatário. Se a operação de crédito não for adimplida no seu vencimento, o mandatário praticara os atos de execução em nome e no interesse próprio. Obs.: o endossatário, no endosso mandato e no caução, não pode praticar o endosso translatício, já que somente tem a posse do título; qualquer endosso por ele praticado será entendido como endosso mandato Endosso em preto e endosso em branco Em preto identifica o beneficiário circula por novo endosso Em branco não identifica o beneficiário ao portador circula por simples tradição Endosso póstumo ou tardio Emissão Vencimento Prazo para protesto 1 dia O endosso realizado após o prazo do protesto por falta de pagamento assume a forma de endosso, mas somente produz efeitos de cessão civil de crédito.

27 6.9. Endosso parcial É nulo o endosso parcial (art. 912, parágrafo único, do CC, art. 12 da LUG) é vedada a transferência parcial do crédito. Obs.: o endosso deve ser feito por escrito no corpo do título. Entretanto, é possível a existência de folha de alongamento (folha anexa) espaço para diversas assinaturas. 7. Aval (art. 30 a 32 da LUG) 7.1. Conceito Aval é o ato cambial pelo qual o avalista assume a condição de garantidor da obrigação do avalizado. É uma forma de garantia pessoal / fidejussória (fides confiança) Forma O aval deve ser prestado no anverso, bastando a assinatura do avalista. Também pode ser prestado no verso, mas se deve indicar que se trata de aval ( por aval de ). Obs.: REsp /MG caso em que o aval foi prestado fora do corpo do título vício de forma que afasta a obrigação do avalista Responsabilidade do avalista (art. 32 da LUG) O aval é uma garantia autônoma, sendo que o avalista responde da mesma forma que o avalizado. O aval permanece mesmo diante de uma nulidade da obrigação avalizada. A única exceção à autonomia é o vício de forma na prestação do aval. O avalista pode avalizar o devedor direto (aquele que realiza pagamento extintivo do título) ou o devedor indireto. Na letra de câmbio o devedor direto é o aceitante. Na nota promissória o devedor direto é o emitente. Os devedores indiretos são os endossantes e o sacador na letra de câmbio. Quando se avaliza devedor direto, não há necessidade protesto (o avalista responde da mesma forma que o avalizado). Já quando se avaliza devedor indireto, há necessidade de protesto.

28 Obs.: aval antecipado é o aval prestado antes da manifestação do sacado sobre o aceite. Se o sacado não aceitar a ordem, o avalista responde? Duas doutrinas bem divididas: a) o avalista responde, pois a sua obrigação é autônoma (Fábio Ulhoa Coelho e José Emygdio professor também adota essa corrente); b) o avalista não responde, pois sua obrigação é a mesma do avalizado Aval e outorga conjugal Em seu art. 1647, III, o CC realizou uma das poucas alterações no regimento legal dos títulos de crédito. Regime de bens comunhão universal, comunhão parcial, participação final nos aquestos, separação de bens. Exceto no regime de separação absoluta de bens, é necessária a outorga conjugal para a prestação de aval (art. 1647, caput). Falta de técnica o que é separação absoluta? Separação obrigatória / legal (art. 1641) maior de 70 anos de idade (crítica incapacidade presumida do maior de 70 anos); Separação convencional. Apenas neste regime (separação convencional) é que se dispensa a necessidade de outorga conjugal. Separação obrigatória súmula 377 do STF mesmo no regime de separação obrigatória, os bens adquiridos onerosamente na constância da relação passam a integrar os aquestos, ou seja, o patrimônio comum dos cônjuges. Devido à possibilidade de formação de patrimônio comum, surge a pretensão do cônjuge de realizar o controle sobre os atos obrigacionais do outro, para impedir que certos atos alcancem o patrimônio conjunto (REsp /PB). a) suprimento judicial da outorga conjugal (art. 1648) quando a recusa for imotivada. b) prazo o cônjuge preterido tem o prazo de 2 anos para propor a ação anulatória do aval. c) consequências da ausência da outorga escada pontiana (Pontes de Miranda) ato inexistente, inválido ou ineficaz? O CC diz que é inválido (arts e 1649) não atende a forma prescrita por lei, cabendo ação anulatória. Entretanto, há entendimentos diversos (TJMG, TJRS, TJPR, TJRJ) ineficácia parcial do aval, pois o ato produz efeitos em relação ao cônjuge que assumiu a obrigação, não atingindo somente a

29 meação do cônjuge preterido. O aval prestado pelo avalista é existente e válido, sendo ineficaz em parte, pois atinge somente o patrimônio do cônjuge que prestou o aval. Obs.: a outorga conjugal pode ser prestada posteriormente ao aval Aval e fiança Natureza jurídica Forma Responsabilidade Solidária Extensão da responsabilidade Aval Garantia pessoal Fiança Necessidade de outorga conjugal Declaração unilateral de vontade Escrito, corpo do título, folha anexa Prevalece o princípio da inoponibilidade das exceções pessoais (garantia autônoma) Contrato Escrito (art. 819), em qualquer documento Subsidiária (benefício de ordem indicação de bens pode haver renúncia ao benefício de ordem, pelo que a obrigação será solidária) As exceções pessoais são oponíveis (garantia acessória) 7.6. Aval sucessivo e aval simultâneo Aval sucessivo aval de aval avalista avalizando avalista solidariedade Aval simultâneo dois ou mais avalistas garantem a obrigação de um mesmo avalizado (coaval) solidariedade civil cada avalista é responsável na medida de sua quota (ex. no caso de dois avalistas, cada um será responsável por metade do crédito). Obs.: aval em branco (aquele que não identifica o avalizado) e aval em preto (aquele que identifica o avalizado) o aval em branco na letra de câmbio presume-se firmado em favor do sacador. Obs.: súmula 189 do STJ avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos coaval.

30 7.7. Aval parcial É possível o aval parcial (legislação cambiária) art. 30 da LUG (letra de câmbio); art. 29 da Lei 7.357/85 (cheque); art. 25 da Lei 5.974/68 (duplicata). Entretanto, o art. 897 do CC veda o aval parcial Direitos do avalista O avalista tem direito à ação regressiva. A ação regressiva do avalista pode ser movida em face do respectivo avalizado e contra todos os demais coobrigados situados anteriormente na cadeia de endosso (avalistas e endossantes) é comum datar o aval Estudo dirigido em grupo de três no dia Acórdãos e consulta a legislação seca 8. Endosso / desconto bancário / factoring (fomento mercantil ou faturização) a) ponto comum Tanto no desconto bancário como no factoring ocorre a antecipação do crédito com deságio (juros). b) diferença Segundo entendimento do STJ, jurisprudência majoritária, apenas as instituições financeiras podem cobrar, em regresso, o valor do cliente caso o título não seja pago. Quanto às operações de factoring, por não representarem operações bancárias típicas, não há possibilidade de manejo de ação regressiva contra o endossante (a empresa de factoring assume o risco da operação). c) instituição financeira e operações (art. 17 da Lei 4.595/64) Instituição financeira é toda entidade de direito público ou privado que realiza uma operação de aplicação, intermediação, captação ou custódia de valores de terceiros. A instituição financeira precisa de autorização para funcionar. Se for nacional, necessita de autorização do Banco Central. Se for estrangeira, haverá a necessidade de autorização concedida por Decreto Presidencial. Instituição financeira APLICAÇÃO agente econômico (deficitário)

31 Aplicação cheque especial, mútuo, descontos de títulos operações ativas, pois a instituição financeira assume a posição de credora. Agente econômico INTERMEDIAÇÃO agente econômico Instituição financeira CAPTAÇÃO agente econômico (supervitário) Captação CDB operação passiva, pois a instituição financeira assume a posição de devedora. Segundo o STJ, as sociedades que atuam no ramo de factoring não são consideradas instituições financeiras e desse fato resultam duas consequências: I taxa de juros no caso das instituições financeiras, a taxa de juros é fixada segundo as leis do mercado, sendo que não há limite legal. A Lei de Usura (Dec /33) proíbe a contratação de juros por taxa superior ao dobro da taxa legal (taxa SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia). Atualmente, a taxa SELIC é de 6% ao ano. As instituições financeiras não se sujeitam ao limite de taxa juros fixado pela Lei de Usura (Súmula 596). Por outro lado, as empresas de factoring não podem cobrar juros superiores a 12% ao ano (dobra da taxa legal). II ação regressiva as empresas de factoring não podem cobrar a dívida do endossante em ação regressiva, porque, segundo entendimento predominante do STJ, essa possibilidade fica restrita às instituições financeiras. Professor não compartilha desse entendimento, pois ele descaracteriza a natureza do endosso, o qual tem como uma das consequências a vinculação do endossante. PROTESTO (LEI 9.492/97) 1. Conceito Art. 1º protesto é o ato formal e solene que serve para provar o inadimplemento e o descumprimento de obrigação cambial Obs.: crítica nem sempre o protesto vai provar o descumprimento de uma obrigação, como ocorre, por exemplo, com o protesto por falta de aceite, o qual tem por função legitimar o credor a promover a execução contra os devedores indiretos. O sacado não tem obrigação de dar o aceite. Segundo Ulhoa, protesto é o ato formal e solene,

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