Emanuel Soares de Souza

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1 Emanuel Soares de Souza Avaliação comparativa in vitro da influência do cimento endodôntico contendo eugenol na resistência à tração de pinos intra-radiculares cimentados com cimento de fosfato de zinco e cimento resinoso. Orientador: Prof. Dr. Paulo César Saquy Co-orientadora: Profa. Dra. Silvana Maria Paulino Ribeirão Preto 2005

2 Emanuel Soares de Souza Avaliação comparativa in vitro da influência do cimento endodôntico contendo eugenol na resistência à tração de pinos intra-radiculares cimentados com cimento de fosfato de zinco e cimento resinoso. Dissertação apresentada ao Curso de Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto, para obtenção do Título de Mestre em Odontologia, sub-área Endodontia. Orientador: Prof. Dr. Paulo César Saquy Co-orientadora: Profa. Dra. Silvana Maria Paulino Ribeirão Preto 2005

3 Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Processamento Técnico da Biblioteca Central da UNAERP - Universidade de Ribeirão Preto - B813a Souza, Emanuel Soares de, 1972 Avaliação comparativa in vitro da influência do cimento endodôntico contendo eugenol na resistência à tração de pinos intra-radiculares cimentados com cimento de fosfato de zinco e cimento resinoso. / Emanuel Soares de Souza, - - Ribeirão Preto, p.: il.- Orientador: Prof. Dr. Paulo César Saquy Dissertação (mestrado) Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP, Odontologia, área de concentração: Endodontia. Ribeirão Preto, Odontologia. 2. Endodontia. 3. Pinos fundidos - Retenção. 4- Tratamento. I. Título CDD:

4 Este trabalho foi realizado no Laboratório de Pesquisas em Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto UNAERP.

5 Dedicatórias

6 À DEUS, pois é Ele quem me dá sabedoria para descobrir novos caminhos, força para superar obstáculos e conseguir que um sonho se torne realidade.

7 Aos Meus Pais, Carlos Gomes de Souza e Cleonice Soares de Souza. Pelo amor incondicional, pela educação e exemplo de honestidade. Somente vocês têm o poder de sacrificar seus sonhos em favor dos meus. Meu reconhecimento e afeto a vocês, que apoiaram em meus ideais, me ajudaram a prosseguir na jornada, independente dos obstáculos. Dedico a vocês essa conquista, porque ela é tão sua quanto minha. Muito obrigado.

8 À minha amada esposa, Danuza Duarte Soares Mundim Pelo amor, dedicação, compreensão e companheirismo. Você também é responsável por essa vitória. Aos meus irmãos, Carla Soares de Souza e Esdras Soares de Souza, Por nossa eterna amizade. À minha segunda mãe (in memoriam), Marly Duarte Mundim Exemplo de força, dignidade e perseverança. Tu estarás sempre presente em minhas lembranças. Ao meu sobrinho e afilhado, Luiz Eduardo de Souza Novais

9 Agradecimentos Especiais

10 Ao meu orientador, Prof. Dr. Paulo César Saquy, pelos ensinamentos que sempre são acolhidos, pela sábia orientação. Pelo exemplo de pessoa e de profissional. Pela compreensão e pela amizade. Sempre é uma honra estar ao seu lado. A minha grande admiração, gratidão e respeito.

11 Ao Prof. Dr. Manoel D. de Sousa Neto, pela sua imensa colaboração, exemplo de seriedade, competência e dedicação. Pela oportunidade. Pelas críticas e elogios, que contribuíram para o meu crescimento pessoal e profissional. Quando você deveria ser professor, foi mestre, quando deveria ser mestre, foi meu amigo. Sou eternamente grato.

12 À Profa. Dra. Silvana Maria Paulino, de seu aprendiz o mais sincero dos reconhecimentos por sua demonstração de profissionalismo e humanidade.

13 Agradecimentos

14 Ao Curso de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP, que possibilitou meu crescimento intelectual e aprimoramento profissional. A equipe de professores do Curso de Mestrado em Endodontia da Universidade de Ribeirão Preto UNAERP, cujos ensinamentos e conhecimentos, souberam transmitir com clareza e seriedade durante minha formação profissional: Prof. Dr. Manoel D. de Sousa Neto, Prof. Dr. Luiz Pascoal Vansan, Prof. Dr. Antônio Miranda Cruz Filho, Pro. Dr. Paulo César Saquy, Prof. Dr. Raphael Carlos Comeli Lia, Profa. Dra. Yara Teresinha Corrêa Silva Sousa, Profa. Dra. Neide Aparecida de Souza Lefheld, Profa. Dra. Lisete Diniz Ribas Casagrande, Prof. Celso Bernardo de Souza Filho, Prof. Renato Cássio Roperto. Aos Prof. Dr. Luiz Pascoal Vansan, Profa. Melissa A. Marchesan, Prof. Edson Alfredo, Prof. José Antônio Brufato Ferraz, Prof. Fabrício Magalhães e Prof. Celso Bernardo de Souza Filho, pelos ensinamentos, imprescindível colaboração e paciência. A todos os professores do Curso de Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto UNAERP. À Cecilia Maria Zanferdini, secretária da Pós-Graduação, e ao secretário do Curso de Odontologia Sérgio Mendonça, pela atenção e competência com que realizam seus trabalhos. Aos eternos amigos João Henrique Coste, Rodrigo Spessotto Morais Toledo e Adriana Souza Bonemer, pelo apoio e companheirismo durante minha jornada.

15 Aos meus novos amigos Mariana Braga Silvério, Marcelo Soares Bertocco e Renato Interliche, por tornarem tão especiais. Aos colegas da quarta turma de Pós-graduação em Odontologia, sub-área Endodontia, André Augusto Franco Marques, Jarbas Passarinho Neto, Lucas da Fonseca Roberti Garcia, Marcelo Soares Bertocco, Marcos Pozzetti Meneghin, Mariana Braga Silvério, Michele Regina Nadalin, Neilor Matheus Antunes Braga, Renato Interliche, pela amizade durante o curso. Aos amigos e colegas do Laboratório de Pesquisa em Odontologia da UNAERP, Tabajara Sabbag Fonseca, Cristiano Castilho, Rafael Brandão Ferreira, Alessandro Rogério Giovani, Sylvia M. B. Nomelini que muito me ajudaram. Obrigado pela convivência harmoniosa, demonstração de companheirismo e empenho. Aos meus grandes amigos Nelson Mariano Duarte Filho, Maria Isidra Del Corral Duarte, Átila Soares Mundim, Juarez Soares Mundim Filho, Zara Duarte Mundim, Silas Soares Mundim, Gustavo Diniz, Camila Magalhães, Jener Alvarenga Costa, Sulivan Charlei de Miranda Leite, João David dos Santos, Eduardo Augusto Denis, Ana Valeska Lacerda de Ourofino, Adriana Rosa de Morais Soares, Juliana Rosa de Morais Soares, Fernando Moreno, Aldomar Pereira Matos, Renato Manzano, Marcelle Manzano, Rodrigo Gonçalves Ribeiro, Alexandre Augusto Soares Klein, Walter Frederico Bauchspiess, José Renato Zanotti, Silma Lauletta e Rosa Maria da Conceição, que me apoiaram e torceram pelo meu sucesso. À Ribeirão Preto, cidade do meu coração.

16 Sumário

17 RESUMO SUMMARY INTRODUÇÃO REVISTA DA LITERATURA PROPOSIÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÕES REFERÊNCIAS... 92

18 Resumo

19 No presente estudo avaliou-se a influência do cimento endodôntico contendo eugenol na resistência à tração de pinos intra-radiculares cimentados com cimento resinoso e cimento de fosfato de zinco. Vinte e quatro caninos humanos superiores unirradiculares foram divididos em dois grupos: no grupo 1, os dentes foram obturados endodonticamente com cimento EndoFill e cones de guta-percha, e no grupo 2, apenas com guta-percha. Metade dos corpos-de-prova de cada grupo, os pinos intra-radiculares foram cimentados com cimento de fosfato de zinco e na outra, com cimento resinoso Enforce. Todos os espécimes foram submetidos ao tracionamento na Máquina Universal de Ensaios INSTRON 4444, à velocidade de 0,5mm/min, e os valores de força máxima necessária ao desprendimento dos pinos foram registrados e submetidos à análise estatística. O teste de Kruskal-Wallis acusou diferença significante, ao nível de 1%, entre o cimento de fosfato de zinco e o Enforce, sendo que os pinos cimentados com cimento de fosfato de zinco foram mais retentivos (353,4 N) que os cimentados com Enforce (134,9 N). Em relação à influência do cimento à base de óxido de zinco eugenol na retenção dos pinos intra-radiculares cimentados com Enforce e fosfato de zinco, houve diferença significante entre eles (p<0,01). Concluiu-se que o cimento à base de fosfato de zinco apresentou valores mais elevados de retenção que o cimento resinoso e o cimento Enforce mostrou melhor comportamento no teste de tração quando da ausência do cimento endodôntico à base de óxido de zinco eugenol.

20 Summary

21 The present study evaluated the influence of endodontic cements containing eugenol on the resistance to traction of posts cemented with resin-based and zinc phosphate cement. Twenty-four maxillary human canines were divided into two groups: group 1, the teeth were endodontically sealed with EndoFill and guttapercha points, and in group 2, only gutta-percha points and no cement. In one half of each group the posts were cemented with zinc phosphate cement and the other half with a resin-based cement, Enforce. All specimens were submitted to the traction test on a universal testing machine INSTRON 4444, at 0.5 mm/min, and the maximum strength values for the removal of the posts were recorded and submitted to statistical analysis. The Kruskal-Wallis test showed a statistical significant difference (p<0.01) between the post cementing agents; the posts cemented with zinc phosphate cement (353.4 N) were more retentive than those cemented by Enforce cement (134.9 N). Regarding the influence of eugenol-based cement on the retention of posts cemented with Enforce and zinc phosphate, there was a significant statistical difference (p<0.01). We can conclude that the resinbased cement presented higher resistance to traction when the eugenol-based cement was not used.

22 Introdução

23 Após a terapia endodôntica, o elemento dental deverá estar apto a retornar à sua função, sendo que, para os casos de perda da estrutura dentária compreendendo grande parte ou a totalidade da coroa, lança-se mão de pinos intra-radiculares para possibilitar a colocação de uma coroa protética. Um dos fatores importantes para o sucesso da terapia endodôntica dos dentes a serem restaurados utilizando-se pinos intra-radiculares está intimamente na dependência da manutenção da cadeia asséptica durante as fases da preparação protética (KVIST et al., 1989; TORABINEJAD et al., 1990). Sabe-se que a presença de um pino intra-radicular não traz maior resistência ao remanescente dental, uma vez que a mesma está diretamente relacionada à quantidade de dentina remanescente, podendo, até mesmo, chegar ao enfraquecimento da raiz pelo preparo excessivo do espaço do canal para colocação dos pinos, introduzindo tensões em áreas do suporte radicular (SORENSEN; MATINOFF, 1984). Por outro lado, os pinos intra-radiculares são responsáveis pela retenção da coroa protética ao remanescente radicular, além de impedirem a passagem de microrganismos ou líquidos orgânicos da cavidade bucal para o interior do sistema

24 de canais radiculares (TORABINEJAD et al., 1990). As partes deste sistema, raizpino-coroa, devem estar devidamente dimensionadas e adaptadas entre si, a fim de suportarem as forças normais, cisalhantes e rotacionais presentes na cavidade bucal (SORENSEN; MATINOFF, 1984; MORGANO, 1996). As propriedades de retenção e estabilidade dos pinos em relação às raízes que vão abrigá-los, dependem fundamentalmente, das características do mesmo, das propriedades físico-químicas dos cimentos e do preparo das paredes do conduto radicular. Observa-se por meio da literatura que, para o estudo da retenção, os pesquisadores valem-se dos ensaios de tração e de cisalhamento, não existindo diferenças entre os dois procedimentos (MCSHERRY, 1996). Com relação às características dos pinos, STANDLEE et al. (1978) concluíram que os fatores mais importantes na retenção de um pino eram seu comprimento e forma e que as variações no diâmetro não tiveram efeito na capacidade retentiva. Ainda segundo estes autores, os pinos cônicos foram os menos retentivos, enquanto que os cilíndricos apresentaram maior retenção; em relação ao tipo de superfície, observaram que os serrilhados mostraram retenção intermediária e os rosqueáveis foram os mais retentivos. No entender de CHAN et al. (1993), a capacidade de diferentes cimentos em reter pinos está relacionada às suas propriedades mecânicas, sua capacidade de embricamento ao metal e à dentina e sua durabilidade. Um grande número de tratamentos dentários, incluindo-se os pinos intra-radiculares, é feito com

25 restaurações indiretas que precisam ser unidas aos dentes por meio de um cimento. A cimentação é definida como o uso de uma substância modelável, que tem como objetivo selar ou cimentar duas partes, mantendo-as juntas, promovendo retenção e selamento do espaço entre ambas, minimizando microinfiltrações (PHILLIPS, 1998). Um deficiente assentamento do pino intra-radicular ou o emprego de materiais para cimentação com propriedades físicas não compatíveis a este procedimento, podem levar ao insucesso pela penetração de microrganismos e conseqüente contaminação do canal ou por promover fratura radicular. De acordo com COHEN et al. (1998), o cimento de fosfato de zinco tem como característica a friabilidade, que pode levar a falhas através do afrouxamento do pino e posterior fratura da raiz, quando submetida a forças horizontais. O cimento à base de fosfato de zinco tem sido o mais utilizado na cimentação de pinos intra-radiculares, porém não apresenta nenhuma união química (adesão) à dentina e ao metal. A resistência à remoção por tração dos pinos cimentados com fosfato de zinco está relacionada às suas propriedades mecânicas de embricamento às irregularidades da dentina e do metal. Com o aparecimento e desenvolvimento de materiais adesivos, como os cimentos de ionômero de vidro e os sistemas de adesão resinosos, uma nova perspectiva surgiu para melhorar a retenção dos pinos, devido ao potencial de embricamento desses materiais tanto à liga metálica quanto à dentina.

26 Os cimentos resinosos, resinas sem carga e adesivos dentinários têm sido indicados para cimentação de peças metálicas por demonstrarem desempenho superior no teste de adesão, resistência à remoção por tração e redução da microinfiltração coronária (BACHICHA et al., 1998; SCHWARTZ et al., 1998). Além disso, SAUPE et al. (1996), MENDOZA et al., (1997) relataram que os cimentos resinosos são capazes de reforçar a estrutura radicular enfraquecida, tornando-a mais resistente à fratura. Embora esses agentes cimentantes resinosos proporcionem a máxima retenção ao pino e redução da microinfiltração, MITCHELL (2000) ressaltou que os profissionais que utilizam esses cimentos devem estar cientes de que os pinos cimentados com produtos resinosos podem ser de difícil remoção, se o acesso ao canal radicular for posteriormente necessário. Os estudos de GOLDMAN et al. (1984), EL-MOWAFY; MILENKOVIS (1994), ARAÚJO et al. (1996), UTTER et al. (1997), COHEN et al. (1998), LOVE; PURTON (1998) comprovaram que a força necessária para remoção dos pinos depende do tipo de cimento. Pinos cimentados com agentes resinosos exigem significativamente maior força para remoção quando comparados aos pinos cimentados com fosfato de zinco. A força requerida para deslocar os pinos com cimentos resinosos pode ser tão excessiva a ponto de causar fratura radicular. Por outro lado, existem pesquisas que avaliaram os efeitos de cimentos endodônticos e seus constituintes na retenção de pinos. DILTS et al. (1986), TJAN et al. (1992), HAGGE et al. (2002a) relataram perda de retenção no pino intra-

27 radicular cimentado com cimento resinoso, quando o canal era obturado com cimentos contendo eugenol. Considerando que os cimentos à base de óxido de zinco e eugenol têm sido, há anos, os mais utilizados por endodontistas de diversos países do mundo, tornase relevante estudar sua influência na retenção de pinos intra-radiculares com cimento resinoso atualmente disponível no mercado brasileiro.

28

29 Revista da Literatura Com o objetivo de esclarecer melhor sobre a utilização de pinos intraradiculares, dos cimentos utilizados na sua fixação e das técnicas de remoção de pinos, recorremos à literatura científica. O uso de pinos intra-radiculares em dentes tratados endodonticamente, com o objetivo de promover retenção para a reconstrução coronária, é um procedimento realizado mundialmente há mais de 2 séculos. ROUSH (1941) relatou que o cimento de fosfato de zinco é o material cimentante mais utilizado para fixação de pinos protéticos, ressaltando que este cimento não se une quimicamente ao metal ou à dentina, mas que sua retenção se faz devido à penetração de seus cristais entre duas superfícies intimamente opostas. STANDLEE et al. (1972) estudando os princípios de retenção dos pinos, observaram que: o comprimento do pino deveria ter, no mínimo, o comprimento da coroa anatômica para distribuição uniforme da força; em comprimentos curtos, os pinos rosqueáveis proporcionavam melhor distribuição de forças; pinos cônicos exibiam efeito de cunha e produziam a mais alta concentração de tensão; muitas tensões eram criadas pelos procedimentos inadequados para introduzir pinos

30 rosqueáveis; pinos cilíndricos com superfície lisa gerava o mais alto grau de tensão e os pinos com ângulos agudos produziam alto nível de tensão durante a incidência de carga. STERN; HIRSHFELD (1973) relataram princípios a serem obedecidos durante a preparação do espaço para colocação do pino, tais como: o ajuste do pino deveria ser suave para prevenir ação de cunha sobre a raiz; a forma do preparo deveria seguir a anatomia radicular externa, evitando perfurações e rotação do pino; o comprimento do pino deveria ser determinado pelo suporte ósseo da raiz envolvida. JOHNSON; SAKUMURA (1978) estudaram parâmetros como o comprimento, o diâmetro, a forma e o material cimentante do pino na influência da força retentiva dos mesmos. Obtiveram os seguintes resultados: a) pinos cilíndricos resistiram à força de tração 4,5 vezes mais que pinos cônicos; o aumento do comprimento, assim como do seu diâmetro, aumentaram proporcionalmente a retenção do pino; b) o tipo de cimento usado apresenta importância mínima quando a retenção e a resistência do pino são adequadas. O cimento deve ser selecionado dependendo da sua necessidade clínica. Nenhum cimento compensará a deficiência das propriedades físicas do pino; c) a espiral lentullo deve ser usada para levar o cimento ao preparo do canal, antes da cimentação do pino, porque melhora sua distribuição e aumenta a retenção, quando comparado ao cimento levado com ponta de papel, explorador endodôntico ou sobre o pino. Os autores

31 recomendaram, também, que o profissional observe a qualidade do tratamento endodôntico antes da cimentação dos pinos. De acordo com STANDLEE et al. (1978), a retenção do pino era determinada pelo seu diâmetro, comprimento, forma e o tipo de cimento usado. Quanto à forma, os pinos cônicos eram os menos retentivos, enquanto pinos cilíndricos apresentavam maior retenção; pinos serrilhados apresentavam retenção intermediária e os pinos rosqueáveis eram os mais retentivos. Em relação ao seu comprimento, quanto mais profundo, tanto mais retentivo será o pino. Quanto ao tipo de cimento, a diferença foi observada apenas em pinos cônicos. O cimento à base de fosfato de zinco proporcionou maior retenção, seguido pelo policarboxilato e, por último, com menor retenção, o cimento epóxico. Variações no diâmetro do pino não influenciaram na qualidade de retenção. Os autores ressaltaram, também, que o profissional deve avaliar a qualidade do tratamento endodôntico durante o planejamento do pino. GUZY; NICHOLS (1979) ressaltaram que o dente com tratamento endodôntico não precisa necessariamente receber pinos, pois o dente portador de pino apresenta resistência à fratura semelhante ao dente tratado endodonticamente desprovido de pino. Dentes sem pinos fraturam no terço cervical ou médio da raiz, enquanto dentes com pinos fraturam na direção do corpo do pino. A função do pino é fornecer retenção à reconstrução coronária, não implicando em aumento de resistência da raiz.

32 De acordo com O BRIEN; RYGE (1981), as resinas apresentam alto coeficiente de expansão térmica, portanto são susceptíveis a alterações de temperatura, diferindo do cimento à base de fosfato de zinco, que resiste mais à elevação de temperatura, devido ao seu baixo coeficiente de expansão térmica. TURNER (1982) ressaltou que a retenção dos pinos cimentados com fosfato de zinco é consideravelmente influenciada pela adaptação e pelo método de aplicação do cimento. O pino impregnado de cimento oferece apenas um terço de retenção quando comparado a um pino idêntico, onde se leva o cimento tanto no pino quanto no espaço protético. GOLDMAN et al. (1984) acrescentaram que a remoção da smear layer com hipoclorito de sódio (NaOCl a 5,25%) e EDTA aumenta a união entre o cimento e a parede radicular, aumentando a retenção do pino protético e, conseqüentemente, a força necessária para removê-lo. Observaram também que a força necessária para remoção dos pinos depende do tipo de cimento, sendo em ordem decrescente: cimento resinoso, cimento de fosfato de zinco e policarboxilato. MCINNES-LEDOUX et al. (1984) demonstraram que a smear layer pode mudar a morfologia e as propriedades físico-químicas da superfície dentinária e, provavelmente, a retenção das restaurações. A remoção de pinos fundidos ou pré-fabricados tem se mostrado como uma tarefa difícil, que consome muito tempo e requer remoção excessiva de estrutura dentária. O uso da ponta ultra-

33 sônica isolada ou combinada com outros recursos é um método eficiente e promove a conservação da estrutura dentária, inclusive quando os pinos estão fraturados. A principal vantagem da técnica ultra-sônica é a conservação da estrutura dentária. ASSIF; BLEICHER (1986), estudando a espessura da linha de cimento em pinos pré-fabricados, verificaram que os cimentos resinosos podem apresentar películas de até 500μm em pinos pré-fabricados, 20 vezes maior que a película recomendada para o cimento de fosfato de zinco. DILTS et al. (1986) avaliaram o efeito do cimento à base de óxido de zinco eugenol nas restaurações cimentadas com cimento de fosfato de zinco, cimentos resinosos e cimento de ionômero de vidro. Os autores concluíram que o cimento à base de óxido de zinco eugenol não alterou significantemente o cimento de fosfato de zinco. A maior alteração foi observada nas restaurações com compostos resinosos, ocorrendo interferência na polimerização e diminuindo a retenção. Os autores não recomendaram o uso de cimentos temporários à base de óxido de zinco eugenol em restaurações onde serão usados cimentos adesivos e resinosos. CRAIG et al. (1988) relataram que o cimento de fosfato de zinco resiste mais a alterações de temperatura, diferente das resinas, pois estas apresentam alto coeficiente de expansão térmica.

34 ROBINS (1990) recomenda uma série de pré-requisitos para restauração de dentes tratados endodonticamente: o tratamento endodôntico deve estar satisfatório; o diâmetro do pino deve ser o menor possível para garantir a retenção e preservar estrutura dentária; o aumento do comprimento do pino aumenta a retenção e a resistência à fratura dentária; um acesso coronário conservador não precisa necessariamente de pino ou coroa protética; quando a superfície do pino é chanfrada ou jateada, melhora a retenção; o tipo de cimento usado parece ser de importância mínima quando a retenção do pino é adequada; a espiral Lentullo deve ser usada para levar o cimento antes da cimentação do pino. De acordo com BOYARSKY; DAVIS (1992), as raízes providas de pinos intra-radiculares não estão mais predispostas a fraturas radiculares que as raízes tratadas endodonticamente que não receberam pinos. Verificaram, também, que as fraturas radiculares incompletas eram mais facilmente encontradas em dentes tratados endodonticamente que em dentes sem tratamento endodôntico. TJAN; NEMETZ (1992) estudaram as implicações do eugenol na redução da retenção das cimentações com compostos resinosos. O estudo avaliou o efeito dos resíduos de eugenol no canal radicular e na retenção de pinos ParaPost cimentados com cimento resinoso Panavia EX. Foi analisado também se a limpeza das paredes do preparo para o pino intra-radicular poderia

35 interferir com os efeitos do eugenol. 70 pré-molares inferiores foram selecionados e divididos em sete grupos que, exceto o grupo de controle, foram contaminados com eugenol. Os grupos foram divididos em: Grupo 1: pino cimentado com Panavia EX sem contaminação de eugenol; Grupo 2: pino cimentado com Panavia EX após irrigação com água destilada; Grupo 3: pino cimentado com Panavia EX após irrigação com água destilada e 2,0ml de álcool etílico; Grupo 4: pino cimentado com Panavia EX após irrigação com água destilada, seguida de 2,0 ml de solução de ácido cítrico a 25% e nova irrigação com água destilada; Grupo 5: pino cimentado com Panavia EX após irrigação com água destilada e 1,0 ml de acetona; Grupo 6: pino cimentado com Panavia EX após ataque com ácido fosfórico a 37% por 60 segundos e irrigação com água destilada; Grupo 7: pino cimentado com cimento de fosfato de zinco após irrigação com água destilada. A análise estatística (ANOVA) dos resultados mostrou diferença significante entre os grupos e os autores concluíram que os compostos fenólicos do eugenol prejudicaram a polimerização dos cimentos resinosos. Por outro lado, não houve diferença significante entre os grupos 1, 3 e 6, sugerindo que o eugenol é solúvel em álcool e o mesmo penetrou nas paredes promovendo uma limpeza. O ácido fosfórico também demonstrou poder de limpeza em relação ao eugenol e o cimento de fosfato de zinco, por sua vez, não demonstrou ser afetado pelo eugenol.

36 CHAN et al. (1993) compararam a retenção de pinos pré-fabricados com diferentes tipos de cimento. Cimento de fosfato de zinco, cimento policarboxilato, cimento de ionômero de vidro ou cimento resinoso foram usados para cimentação dos pinos. Uma força de tração foi aplicada para remover cada pino. Pinos cimentados com cimentos resinosos foram os mais difíceis de serem deslocados. PHILLIPS (1993) relatou que o cimento de fosfato de zinco está disponível para uso clínico por mais de 150 anos e apresenta muitas vantagens, tais como: baixo custo, fácil manipulação, rapidez no uso (praticidade no uso ou economia de tempo), tempo de vida longo, relativamente insensível à técnica, retenção confiável para os casos comuns com retenção mecânica adequada e fácil limpeza do excesso de cimento. Este autor relata que o cimento de fosfato de zinco não é ideal e também apresenta as seguintes desvantagens: não adere à estrutura dentária ou ao pino, pois sua união é por embricamento mecânico; frágil, quebradiço; solúvel com o tempo (solubilidade); vulnerável à microinfiltração e não libera flúor. EL-MOWAFY; MILENKOVIC (1994) compararam a retenção de pinos préfabricados cimentados com 5 tipos diferentes de sistemas adesivos resinosos e 1 cimento de fosfato de zinco (Fleck s Cement). Pinos cimentados com Prisma Universal Bond 3/Biomer ou Scotchbond Multi-Purpose/Resiment exigiram significantemente maior força para remoção quando comparados aos outros 4

37 sistemas de cimentação (Fleck s Cement, Kit Universal para Cimentação de Pinos, All- Bond 2/ All- Bond C&B Cement, Scotchbond 2/Resiment). A termociclagem não teve efeito sobre o deslocamento do pino. O fracasso adesivo (entre moléculas de substâncias diferentes: interface cimento/dente ou cimento/pino) ocorreu em todos os casos de sistemas adesivos, enquanto o fracasso coesivo (entre moléculas da mesma substância-cimento) ocorreu apenas nos pinos cimentados com cimento de fosfato de zinco, em 85,7% dos casos. RAIDEN; GENDELMAN (1994) observaram que preparos para pinos que deixavam obturações apicais em 1, 2, 3 e 4 mm de comprimento conseguiram prevenir efetivamente infiltração in vitro. Este resultado pode ter sua importância clínica quando se restaura raízes curtas, embora in vivo esta possibilidade possa ser diferente, pois fluidos teciduais podem influenciar a obturação. Em obturações apicais de 4 mm, o grau de infiltração foi zero. Nos grupos de 1, 2 e 3 mm, houve infiltração, mas não houve diferença significante comparado ao grupo sem preparo para núcleo (grupo controle negativo). LEARY et al. (1995) testaram a retenção de pinos com 4 diferentes cimentos (Comspan, Comspan/Gluma, cimento de fosfato de zinco e Ketac- Cem) e observaram que a colocação de um agente adesivo (Gluma) no espaço protético, prévio à cimentação do pino, aumenta a retenção do cimento resinoso Comspan e, conseqüentemente, aumenta a força necessária para removê-lo do canal.

38 FOGEL (1995) comparou o grau de infiltração de 5 tipos de cimentos usados para cimentação de pinos: cimento de fosfato de zinco, poliocarboxilato, resina composta, resina composta após o uso de agente de união dentinário e resina composta após o uso de condicionador dentinário e o agente de união. Os resultados mostraram que nenhum do sistema de pinos testado foi capaz de conseguir um selamento completamente seguro aos fluidos. SAUPE et al. (1996), estudando a resistência à fratura das raízes portadoras de pinos intra-radiculares, ressaltaram que a utilização de pinos reforçados com resina em raízes enfraquecidas aumentou consideravelmente (50%) a resistência à fratura radicular, quando comparada aos pinos cimentados de modo convencional com cimentos não adesivos. ARAÚJO et al. (1996) demonstraram que os núcleos fundidos, cimentados com resina composta antecedida por condicionamento ácido da dentina e aplicação de agente de união, necessitaram de maiores forças de tração para serem removidos que aqueles cimentados com cimento de fosfato de zinco ou ionômero de vidro. Núcleos fundidos cimentados com cimento de fosfato de zinco requereram maiores forças do que aqueles cimentados com ionômero de vidro. NEDER et al. (1996) estudaram in vitro a resistência de união, sob a força de tração, do cimento de ionômero de vidro Ketac-Cem e do cimento resinoso Comspan às ligas metálicas de níquel-cromo (Ni-Cr). Além disso, avaliaram a influência da ciclagem térmica na resistência adesiva à interface de rompimento da

39 adesão (dentina-cimento, cimento-metal ou mista). Os resultados deste estudo mostraram que os corpos-de-prova fixados com o cimento resinoso apresentaram maior resistência de união; a ciclagem térmica afetou a capacidade adesiva, principalmente do Comspan; o cimento resinoso Comspan, após a tração, ficou predominantemente aderido na liga, enquanto o cimento ionomérico Ketac-Cem, na dentina. VARGAS et al. (1996) demonstraram que cimentos para as restaurações metálicas fundidas (cimento de fosfato de zinco, ionômero de vidro e cimento resinoso), quando utilizados de maneira adequada e de acordo com as instruções dos fabricantes, não evidenciaram diferenças significativas entre si em relação à espessura de película e ao escoamento, nos testes de compressão. DRIESSEN et al. (1997) demonstraram que as raízes providas de pinos cimentados com cimento de fosfato de zinco, apresentaram semelhante resistência à fratura dentinária, quando comparadas às raízes portadoras de pinos cimentados com cimento resinoso. MENDOZA et al. (1997) compararam a resistência à fratura de raízes portadoras de pinos cimentados com diferentes tipos de cimentos. Raízes cujos pinos foram cimentados com cimento resinoso Panavia apresentaram significantemente mais resistência que raízes cujos pinos foram cimentados com cimento de fosfato de zinco, sugerindo ser promissor o uso de cimentos resinosos para reforçar ou aumentar a resistência à fratura de dentes tratados

40 endodonticamente. A força necessária para fraturar a raiz provida de pino cimentado com cimento de fosfato de zinco foi menor que a força para fraturar raízes providas de pinos fixados com cimentos resinosos. UTTER et al. (1997) relataram que os pinos pré-fabricados ParaPost, cimentados com cimento resinoso Panavia EX, demonstraram maior resistência ao deslocamento (à força de tração axial) que pinos cimentados com cimento de fosfato de zinco, com ou sem ataque ácido prévio. REGALO et al. (1997) avaliaram a eficácia de cimentos e de técnicas de cimentação de núcleos fundidos. Ocorreu uma superioridade da fixação com cimento resinoso e ionomérico antecedidos por condicionamento ácido. Os piores resultados foram obtidos com o cimento de policarboxilato, ficando o cimento de fosfato de zinco com valores intermediários. O condicionamento ácido prévio melhorou a fixação de todos os núcleos metálicos fundidos, aumentando a resistência à tração de todos os cimentos testados. GARONE NETO; BURGER (1998) classificaram os cimentos resinosos em dois tipos: adesivos e não-adesivos. Os cimentos resinosos adesivos contêm, além do tradicional Bis-GMA ou UDMA, monômeros adesivos 4-META ou10-mdp, (metacriloxietiltrimelitano anidro ou 10-Metacriloiloxidecildihidrogenofosfato, respectivamente) que se ligam quimicamente ao metal. Por isso, os cimentos resinosos adesivos são de primeira escolha quando se pretende cimentar qualquer peça metálica. Indicam-se os cimentos resinosos do tipo dual, quando

41 não se dispõe de cimentos resinosos quimicamente ativados. A fotoativação do cimento resinoso dual é responsável por uma conversão maior dos monômeros e por aumento em mais de 44% da resistência ao desgaste deste cimento. BACHICHA et al. (1998) avaliaram o grau de infiltração em dentes tratados endodonticamente e restaurados com pinos. Pinos cimentados com cimentos resinosos adesivos (Metabond C& B e Panavia-21) exibiram menor grau de infiltração que aqueles cimentados com cimento que não usavam adesivos dentinários (ionômero de vidro e cimento de fosfato de zinco). O cimento de fosfato de zinco mostrou o maior grau de infiltração, seguido pelo ionômero de vidro, Panavia-21 e Metabond, com menor grau de infiltração. SCHWARTZ et al. (1998) avaliaram se o cimento endodôntico à base de eugenol interfere na polimerização das resinas utilizadas para cimentação dos pinos. Concluíram que o tipo de cimento endodôntico usado (com ou sem eugenol) não afeta a retenção do cimento resinoso usado para retenção dos pinos. Além disso, observaram que a retenção obtida em pinos pré-fabricados Para-Post com cimento de fosfato de zinco foi consideravelmente superior àquela proporcionada pelo cimento resinoso Panavia 21. JUNGE et al. (1998), estudando três tipos de agentes cimentantes de pinos (cimento resinoso, cimento de fosfato de zinco e compômero), demonstraram que o núcleo/pino fundidos cimentados com cimento resinoso, necessitam de maior número de cargas repetitivas (cíclicas) antes de fraturar o cimento e provocar o

42 deslocamento do pino. Não houve diferença significante no número de cargas repetitivas entre o cimento de fosfato de zinco e o compômero. Não existiu correlação proporcional entre a dimensão vestíbulo-lingual do núcleo-pino e o número de cargas cíclicas para fraturar o cimento de fosfato de zinco e o cimento compômero. LOVE; PURTON (1998) compararam a retenção de pinos pré-fabricados serrilhados cimentados com 3 tipos de cimentos (resinoso, ionômero de vidro e híbrido). Concluíram que a retenção proporcionada pelos cimentos resinosos é superior aos demais cimentos. Em ordem decrescente de retenção está o cimento resinoso dual (Scotchbond), o ionomérico (Ketac-Cem), cimento resinoso quimicamente ativado (Panavia 21) e, por último, com menor grau de retenção, os cimentos híbridos (Vitremer, Fuji DUET). Os cimentos ionoméricos puros proporcionaram melhor retenção que aquela propiciada pelos cimentos híbridos (Vitremer, Fuji Duet). O desempenho dos cimentos híbridos foi consideravelmente inferior aos demais cimentos como alternativa para retenção de pinos protéticos, devendo os profissionais tomarem precaução quanto ao seu uso. COHEN et al. (1998) compararam a retenção de 3 tipos de pinos préfabricados (Flexi-Post, Acess Post e ParaPost) cimentados com 5 tipos de cimento, sendo 1 cimento resinoso (Flexi-Flow), 1 ionômero de vidro (Ketac-Cem), 2 compômeros (Duet e Advance) e 1 cimento de fosfato de zinco (Fleck s cement). Observaram que Flexi-Post foi o pino pré-fabricado mais retentivo, enquanto o

43 cimento resinoso Flexi-Flow proporcionou o mais alto grau de retenção quando comparado aos demais cimentos estudados. O pino Flexi-Post foi mais retentivo do que os pinos passivos Acess Post e ParaPost. O uso do pino com fenda e rosca (Flexi-Post), em combinação com cimento resinoso pode oferecer ao clínico o mais alto grau de retenção para as restaurações coronárias. DUNCAN; PAMEIJER (1998) compararam a eficácia de seis sistemas cimentantes, sendo dois cimentos híbridos resina-ionômero, dois cimentos resinosos, um cimento de ionômero de vidro e um de fosfato de zinco (controle), na retenção de pinos pré-fabricados de titânio de lados paralelos. Os cimentos com sistemas adesivos dentinários mostraram retenção estatisticamente superior (p<0,05) em relação aos outros grupos testados. Não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05) entre os cimentos de ionômero de vidro, híbrido resina-ionômero sem sistema adesivo e o de fosfato de zinco. JONES (1998) classificou os cimentos dentários em 3 tipos de acordo com sua aplicação: cimentante, restaurador e base; e de acordo com sua composição: cimentos à base de ionômero de vidro; cimentos resinosos modificados com ionômero (compômero); cimentos resinosos quimicamente ativados; cimentos resinosos do tipo dual; cimentos de fosfato de zinco; cimentos policarboxilato de zinco; óxido de zinco eugenol. O autor ainda ressaltou que somente os cimentos a base de ácido poliacrílico, tais como policarboxilato de zinco e ionômero de vidro, são capazes de provocar adesão química à estrutura dentária.

44 SILVA et al. (1998), estudando a resistência à tração de copings metálicos, cimentados com cimento de fosfato de zinco e cimento resinoso, submetidos à termociclagem, observaram uma diminuição da resistência à tração oferecida pelos dois tipos de agentes cimentantes, quando os corpos-deprova foram submetidos previamente à ciclagem térmica. Observaram, também, que o cimento resinoso com agente de união à dentina, Panavia 21, apresentou valor médio de resistência ao teste de tração superior ao do cimento de fosfato de zinco, tanto no grupo sem ciclagem térmica (grupo controle) como no grupo experimental, com ciclagem térmica. WU et al. (1998) demonstraram que o preparo do espaço para colocação do pino aumenta significativamente o grau de infiltração apical nos 4 mm finais de obturação do canal. Entretanto, esta infiltração pode ser compensada pela cimentação dos pinos com qualquer tipo de cimento (fosfato de zinco, resinoso, ionômero e compômero), desde que técnicas assépticas sejam usadas durante o preparo e a colocação do pino intra-radicular. Os autores recomendam uma série de procedimentos para evitar a contaminação do espaço protético: o preparo protético e a colocação do pino devem ser realizados sob isolamento absoluto; deve ser realizada irrigação prévia com hipoclorito de sódio no preparo protético, antes da colocação do pino e deve-se preencher o espaço protético com hidróxido de cálcio, caso o pino não seja colocado na mesma sessão.

45 De acordo com PHILLIPS (1998), a palavra cimentação é definida como o uso de uma substância modelável, que tem como objetivo selar ou cimentar duas partes, mantendo-as juntas, sendo que um grande número de tratamentos dentários é feito com restaurações indiretas que precisam ser unidas aos dentes por meio de um cimento, incluindo-se neles, os pinos intra-radiculares. O autor relatou que a espessura da película ou filme de cimento entre a restauração e o dente também é um fator de retenção; quanto menor for a espessura da película, melhor será a ação como agente cimentante. Afirmou, ainda, que são necessárias grandes forças de tração e cisalhamento para deslocar peças cimentadas com agentes de cimentação que possuem alta resistência à compressão, comparativamente aos de baixa resistência. Entretanto, as tensões desenvolvidas durante a mastigação são extremamente complexas e, sem dúvida, outras propriedades, além da resistência à compressão, estão envolvidas, entre elas, a tenacidade, resistência à tração e ao cisalhamento do cimento, bem como a espessura da película. Ainda segundo PHILLIPS (1998), os cimentos resinosos correspondem a um novo grupo de material usado para cimentação de pinos intra-radiculares. A composição da maioria dos cimentos resinosos modernos é semelhante à das resinas compostas para restauração, isto é, uma matriz resinosa com cargas inorgânicas tratadas com silano. Uma vez que a maior parte da superfície do dente preparado é composta de dentina, os monômeros com grupos funcionais

46 que têm sido usados para induzir adesão à dentina são freqüentemente incorporados a estes cimentos resinosos. Eles incluem os sistemas de organofosfonados, hidroxietil metacrilato e do 4-metacriletil trimetílico anidrido (4-META). A dentina é um obstáculo maior à adesão que o esmalte, pelo fato de ser um tecido vivo; é heterogênea e 50% de seu volume consiste em material inorgânico (hidroxiapatita), 30% em material orgânico (principalmente colágeno tipo I) e 20% do volume em fluidos. Este alto teor de fluidos cria restrições aos materiais para que possam ser agentes de união eficientes entre a dentina e um material restaurador. A natureza tubular da dentina constitui uma área variável, através da qual o fluido dentinário pode escoar para a superfície prejudicando a adesão. Outro desafio para a adesão envolve a presença de smear layer na superfície da dentina cortada e os efeitos colaterais biológicos potenciais que diferentes agentes químicos podem causar à polpa. Cimentos resinosos necessitam do uso de ataques ácidos, primers e/ou adesivos para conseguir uma adesão à parede dentinária do preparo e ao pino. Estas adesões são normalmente conseguidas através de retenção micromecânica, mas alguns cimentos resinosos contém 4 metacrilato-etil-trimetil-anidrido (4-META), o qual tem uma ligação química com a camada de óxido metálico. CAMPOS et al. (1999) observaram que o cimento resinoso Panavia 21 apresentou melhores resultados quanto ao grau de infiltração, quando comparado ao cimento de fosfato de zinco na cimentação de coroas metálicas fundidas. Os

47 dados mostraram que 100% das amostras cimentadas com cimento de fosfato de zinco apresentaram infiltração atingindo dentina e polpa e 100% das amostras cimentadas com Panavia 21 não sofreram qualquer tipo de infiltração. MARTINS et al. (2000) demonstraram que cimentações provisórias, com cimento à base de óxido de zinco com e sem eugenol, não influenciaram na retenção de coroas totais cimentadas sobre dentina de molares humanos, com os seguintes cimentos permanentes: fosfato de zinco, cimento de ionômero de vidro e cimento resinoso dual. Além disso, observaram que o cimento ionômero de vidro apresentou maior resistência à tração quando comparado aos outros dois cimentos (fosfato de zinco e cimento resinoso). ROSIN et al. (2000) avaliaram a retenção de pinos pré-fabricados variando 4 tipos de agentes cimentantes (fosfato de zinco, ionômero de vidro, compômero e cimento resinoso de cápsula). O Dyract Cem (compômero) exibiu a mais alta resistência ao deslocamento quando comparado aos demais cimentos. Entretanto, após a termociclagem, a retenção dos pinos cimentados com Dyract Cem reduziu, equiparando-se sua retenção ao Compulate (resinoso), que é ainda mais retentivo do que o Ketac Cem (ionomérico) e Harvard (fosfato de zinco). O cimento resinoso foi o único cimento que não foi sensível à combinação de umidade, termociclagem e esforço mecânico, fatores presentes no ambiente bucal. A termociclagem e a força mecânica causaram um aumento na retenção do Ketac Cem. Após termociclagem e força mecânica, o cimento de fosfato de zinco foi o menos

48 retentivo dos cimentos, evidenciando a necessidade de se encontrar agentes cimentantes alternativos para uso clínico. Embora neste estudo tenha sido demonstrado que o cimento resinoso é mais retentivo que o cimento de fosfato de zinco, a dificuldade da técnica e a manipulação dos cimentos resinosos são razões para continuar se escolhendo o fosfato de zinco como agente cimentante dos pinos. MITCHELL (2000) relatou que vários tipos de cimentos estão disponíveis para cimentação de pinos, sendo importantes para manter a retenção de pinos e minimizar a infiltração coronária, evitando a contaminação da obturação endodôntica ou o desenvolvimento de cárie secundária. O conhecimento das vantagens e desvantagens de cada um, juntamente com suas indicações e contraindicações, é essencial para o uso clínico. O cimento de fosfato de zinco é indicado para pacientes cuja liberação de flúor não é considerada essencial e cujos pinos já possuem adequada retenção mecânica. Embora o cimento de fosfato de zinco não proporcione adesão à dentina e ao pino, além de ter alto nível de infiltração e solubilidade quando comparado aos demais cimentos, é comprovado cientificamente o sucesso clínico e a confiabilidade desse cimento. Além disso, sua maior vantagem é permitir a remoção do pino no caso de retratamento endodôntico, sem risco de fratura radicular. Quando os pinos estão carentes de retenção mecânica, pode-se usar o cimento resinoso modificado com ionômero, pois este, além de fornecer retenção, também libera flúor. Cimentos resinosos

49 devem ser reservados para casos particulares onde a retenção mecânica está tão comprometida que o cimento ionomérico modificado com resina não resolveria. Os cimentos resinosos devem ser usados com grande cautela para melhorar a manipulação e evitar a dificuldade da remoção do excesso deste cimento. O autor enfatizou que os profissionais devem estar cientes que pinos fixados com cimentos resinosos podem dificultar ou até mesmo impedir sua remoção, caso a reintervenção ao sistema de canal radicular for necessária. Cimentos resinosos necessitam do uso de ataques ácidos, primers e/ou adesivos para conseguir adesão à parede dentinária do preparo e ao pino. Estas adesões são normalmente conseguidas através de retenção micromecânicas, mas alguns cimentos resinosos contém 4 metacrilato-etil-triemtil-anidrido (4-META), o qual tem uma ligação química com a camada de óxido metálica. Esse autor, com muita propriedade, lista uma série de características para cimentos utilizados na fixação de pinos intraradiculares, a saber: adesividade à parede do canal e ao metal do pino para melhorar a retenção e diminuir a infiltração; alta resistência à fratura para resistir à carga mastigatória; permitir que as próteses sejam facilmente removidas se o profissional desejar; estabilidade dimensional, para evitar excessiva contração durante a polimerização ou subseqüente expansão ao absorver fluidos; liberação de flúor; espessura fina da linha de cimento e baixa viscosidade para melhorar a manipulação, assim como permitir o completo assentamento do pino; tempo de trabalho e endurecimento adequados; biocompatibilidade; resistir à dissolução

50 oral; permitir fácil limpeza do excesso de cimento; baixo custo e uso clínico eficiente. TERATA et al. (2000) avaliaram o efeito dos cimentos temporários na retenção de compostos resinosos e relataram que os cimentos temporários que contém eugenol não são recomendados para uso antecedendo restaurações ou selantes resinosos, pois o eugenol interfere nas propriedades físicas desses compostos, impedindo a polimerização e permitindo o aparecimento de microinfiltrações que penetram nas estruturas dentinárias durante o tempo que permanece no dente. SOUZA FILHO et al. (2001) avaliaram a resistência à remoção por tração de pinos metálicos fundidos em liga de Cu-Al (Goldent LA) de comprimento e diâmetro constantes, cimentados com três diferentes cimentos: cimento de fosfato de zinco, cimento resinoso Enforce e cimento de ionômero de vidro Vidrion C. Os núcleos foram submetidos ao teste de tração em uma Máquina de Teste Universal a uma velocidade de 5 mm/min. Os resultados foram submetidos à análise estatística os autores concluíram que o cimento de fosfato de zinco e o Vidrion C apresentaram resultados iguais, porém melhor desempenho em relação ao cimento resinoso Enforce, sendo esta diferença significante ao nível de 5%. BOONE et al. (2001) avaliaram a resistência à tração de pinos cimentados com cimentos resinosos em canais obturados com cimentos endodônticos resinosos e a base de eugenol; verificaram, também, se o preparo para o pino

51 intra-radicular realizado antes ou depois da obturação dos canais influenciava na retenção dos pinos. Os pinos foram cimentados imediatamente após a obturação dos canais ou depois do endurecimento do cimento endodôntico. O trabalho foi realizado com 120 dentes divididos em 2 grupos de 60, que foram divididos em 2 grupos de 30, que foram divididos em 2 grupos de 15, totalizando 8 grupos. Os cimentos para obturação dos canais foram o AH26, que é um cimento resinoso e o Roth`s 801 Elite a base de eugenol. Todos os pinos metálicos foram cimentados paralelos ao longo eixo do dente com Panavia 21. No primeiro grupo de 60 dentes, a obturação do canal foi realizada antes do preparo para o pino e nos outros 60 dentes, o preparo para o pino antes da obturação. Nesse último grupo, a obturação que ocupava o espaço para o pino foi removida. Os dois grupos de 60 dentes foram divididos em dois e realizados os mesmos procedimentos. Formaram mais 2 grupos onde 30 dentes foram obturados com o cimento Roth s 801 e 30 com o cimento AH dentes de cada grupo tiveram pinos cimentados imediatamente após o preparo e obturação e 15 após um tempo. O objetivo do estudo foi avaliar o máximo de tensão aplicada para realizar o deslocamento dos pinos. Para a realização da tração dos pinos e a determinação do deslocamento, foi utilizada a Máquina de Teste Universal de Ensaios Instron. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística (ANOVA). Os pinos cimentados nos dentes que receberam preparo após a obturação do canal, onde a dentina contaminada com resíduos da obturação foi removida, revelaram resultados de

52 maior resistência à tração que os outros que foram obturados após o preparo para pino e que talvez a dentina contivesse componentes da obturação. Não houve diferença significativa entre os tipos de cimento e o tempo de cimentação. Os autores concluíram que a ordem do preparo para pino, antes ou depois da obturação, é um fator que interfere na retenção dos pinos intra-radiculares. Os autores também relataram que ouve uma contradição com outras pesquisas em relação aos tipos de cimentos endodônticos pois, conforme a literatura, o uso de cimentos à base de eugenol diminui a retenção do pino cimentado com cimentos resinosos. HAGGE et al. (2002a) avaliaram o efeito da seqüência de cimentação sobre a retenção de pinos pré-fabricados (ParaPost) cimentados com Panavia 21 OP em canais obturados com cimento à base de eugenol. Foram utilizados 64 dentes, distribuídos em 4 grupos: Grupo I: controle (não obturado) com pino cimentado após uma semana do preparo; Grupo II: canal obturado e pino cimentado imediatamente após o preparo; Grupo III: canal obturado e pino cimentado após uma semana do preparo; Grupo IV: canal obturado e pino cimentado após quatro semanas do preparo. Os espécimes foram submetidos ao teste de tração, revelando os seguintes resultados: grupo I: maior valor de resistência à tração do que todos os outros grupos; por outro lado, os grupos II e III apresentaram-se mais retentivos que o grupo IV. Os autores concluíram que o tempo que o cimento de eugenol permanece no canal radicular, influencia negativamente na adesividade

53 da cimentação de pinos, pois ocorre uma maior penetração do eugenol às paredes dentinárias. Os autores também concluíram que, quanto maior o tempo de preparo do pino e cimentação do mesmo, após obturação do canal, deve-se remover maior quantidade de dentina, devido à penetração dos compostos do cimento endodôntico. HAGGE et al. (2002b) avaliaram o efeito de três diferentes cimentos endodônticos na retenção de pinos intra-radiculares cimentados com Panavia 21 OP. 64 raízes foram usadas para o estudo e, após realizado o preparo do canal radicular, foram divididas em 4 grupos de 16 dentes. O primeiro grupo foi usado como controle e não recebeu obturação, os outros três grupos foram obturados com guta-percha e diferentes tipos de cimentos. No grupo 2 foi usado um cimento contendo eugenol, no grupo 3 foi usado um cimento de resina (AH 26) e no grupo 4 foi usado um cimento à base de hidróxido de cálcio (Sealapex). Após 1 semana, os dentes foram removidos da estufa, preparados com broca Gates Gliden número 6 e foram cimentados os pinos. Depois de 48 horas, eles foram montados em cilindros de PVC com resina acrílica. Os pinos foram removidos verticalmente por meio da Máquina Universal de Ensaios Instron com tração de 1 mm/min. Os autores concluíram que a formulação química dos cimentos endodônticos não afetou significamente a retenção dos pinos com cimentos resinosos, mas os pinos que foram cimentados com cimento à base de eugenol precisaram de menos força para a remoção. Não houve diferença significante entre os outros grupos.

54 HEDLUND et al. (2003) avaliaram a retenção dos pinos pré-fabricados: CosmoPost, Composipost carbon fibres, Composipost/Estheti-Plus, Composipost Light-Post e ParaPost Fiber White, cimentados com compostos resinosos. Núcleos metálicos fundidos, cimentados com cimento fosfato de zinco, foram utilizados como controle. Apenas o sistema Cosmopost apresentou valores de retenção significantemente menores que os do grupo controle. Os autores concluíram que pinos de cerâmica cimentados com compostos resinosos demonstraram fragilidade e que estudos futuros são necessários para melhorar a retenção dos pinos cerâmicos às paredes do canal radicular. GARRIDO et al. (2004) avaliou, in vitro, a influência da vibração ultrasônica, com e sem refrigeração ar/água, na redução da força para deslocamento de pinos fundidos intra-radiculares cimentados com material resinoso e com o cimento de fosfato de zinco. Os resultados demonstraram haver diferença estatística entre as técnicas de emprego do ultra-som para remoção dos pinos intra-radiculares. Por outro lado, não houve diferença na força necessária para remoção de pinos cimentados com fosfato de zinco ou Panavia F. SCHWARTZ; ROBBINS (2004) fizeram uma revisão de literatura sobre a restauração de dentes tratados endodonticamente, organizando os procedimentos clínicos suportados cientificamente em tópicos, dando ênfase ao plano de tratamento de cada caso, material utilizado, conduta clínica e perspectivas endodônticas. A tendência, na prática clínica, é direcionar para a utilização dos

55 pinos reforçados com fibra, apesar da literatura não ser unânime com relação aos resultados favoráveis a esse sistema. A performance in vitro desse sistema aproxima-o do pino metálico e a maioria dos estudos concorda que o tipo de falha desse pino de fibra é mais favorável que os pinos metálicos. O uso dos pinos de fibra provavelmente continuará crescendo, e os estudos clínicos a longo prazo devem ser analisados, esperando que os resultados do sucesso desses sejam similares aos já publicados, que utilizaram um período de tempo curto. FONSECA et al. (2004) avaliaram, in vitro, a retenção de pinos intraradiculares variando o método de aplicação do agente de união e o modo de levar o cimento resinoso dual ao preparo do canall radicular. Foram utilizados 60 caninos superiores que tiveram seu sistema de canais radiculares tratados endodonticamente, coroas seccionadas e descartadas e raízes incluídas em resina acrílica. O canal radicular foi preparado com broca de largo, acionada por micromotor acoplado a um paralelômetro, a fim de manter constantes o comprimento e o diâmetro dos pinos. Os canais, devidamente preparados, foram moldados pela técnica direta com resina acrílica ativada quimicamente. Após a fundição, os pinos intra-radiculares foram distribuídos aleatoriamente em 3 grupos, variando o modo de aplicação do cimento no preparo do canal radicular. No grupo I, o cimento foi incorporado ao pino; no grupo II, foi levado com auxílio de uma broca de lentulo; e no grupo III, foram associados os dois modos anteriores. Cada grupo foi subdividido segundo o método de aplicação do agente de união, com

56 pincel ou microbrush, previamente à inserção do cimento. Os corpos-de-prova foram submetidos a testes de tração na máquina universal de ensaios INSTRON 4444 a um milímetro por minuto. Os resultados evidenciaram diferença estatística (p<0,01) entre os métodos de aplicação do agente de união. Em relação à maneira de levar o cimento ao interior do canal radicular, o cimento incorporado ao pino foi diferente estatisticamente (p<0,01) dos outros dois modos. Os autores concluíram que a aplicação do agente de união com microbrush apresentou melhor desempenho e que o cimento levado ao espaço protético, anteriormente à inserção do pino, favoreceu-lhe a retenção. ALFREDO et al. (2005) avaliaram, in vitro, a retenção de pinos intraradiculares em superfícies dentinárias humanas, tratadas com EDTA-17% e irradiação laser Er:YAG, cimentados com material resinoso (Panavia F) e com cimento fosfato de zinco. A amostra constou de 48 corpos-de-prova distribuídos em três grupos, um para cada tipo de tratamento da superfície dentinária, que foram subdivididos em 2 subgrupos (cimentado com Panavia F ou fosfato de zinco): G1- superfícies dentinárias sem tratamento, irrigadas somente com água destilada (controle); G2- tratadas com NaOCl-1% + EDTA-17%; e G3- água destilada + laser Er:YAG (8 Hz; 200 mj; 60J; 300 pulsos). Todos os corpos-deprova foram submetidos ao tracionamento na Máquina Universal de Ensaios (Instron 4444), a uma velocidade de 1mm/min. A análise estatística evidenciou diferença significante (p<0,01) apenas entre os tratamentos prévios das paredes

57 dentinárias à cimentação dos pinos metálicos fundidos. Os resultados não acusaram diferença estatisticamente significante (p>0,05) entre as médias referentes ao tratamento das paredes dentinárias realizado com EDTA-17% + NaOCl-1% ou laser Er:YAG + água destilada, sendo ambos estatisticamente diferentes (p<0,01) do grupo que não recebeu tratamento (controle), que apresentou os menores valores de tensão de tração. As cimentações com Panavia F e Fosfato de Zinco não apresentaram diferença estatisticamente significante (p>0,05). O tratamento prévio das paredes dentinárias com EDTA-17% + NaOCl- 1% ou laser Er:YAG + água destilada promoveu maior retenção nos pinos intraradiculares cimentados com material resinoso e fosfato de zinco.

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59 Proposição O presente trabalho teve como objetivo avaliar, in vitro, a influência do cimento obturador dos canais radiculares à base de óxido de zinco eugenol na resistência à tração de pinos intra-radiculares, cimentados com cimento de fosfato de zinco e cimento resinoso.

60

61 Material e Métodos No presente trabalho foram utilizados 24 caninos superiores humanos, pertencentes ao Banco de Dentes do Laboratório de Pesquisas em Odontologia da Universidade de Ribeirão Preto, extraídos por razões diversas, armazenados em solução de timol 0,1% a 9 ºC e selecionados aqueles com achatamentos radiculares mesio-distal menos pronunciados, sem curvatura, sem preparo do canal radicular e que apresentassem aproximadamente 15 mm de comprimento. Os dentes foram previamente lavados em água corrente por 24 horas, com a finalidade de remover os resíduos do timol. Após a remoção de cálculos e de remanescentes teciduais, os dentes foram seccionados transversalmente na porção cervical da raiz, com disco de carborundum montado em peça de mão à baixa rotação, sob refrigeração ar/água, mantendo-se um comprimento de 15mm e padronizando-se os diâmetros mésiodistal e vestíbulo-lingual aproximadamente iguais. A seguir, foram realizados sulcos perpendiculares ao longo eixo das raízes, com discos carborundum, com o objetivo de proporcionar retenções nas mesmas, evitando assim, que se desalojassem do bloco de resina acrílica que as revestiu quando dos testes de tração dos pinos metálicos fundidos. (Figura 01A)

62 Na seqüência, as raízes foram centradas verticalmente, com auxílio de bastões de cera, em matriz metálica desmontável, com formato de um paralelograma, de secção quadrada de 16,0 mm de lado. Resina acrílica autopolimerizável foi vertida nos moldes em etapas, para evitar o aquecimento durante a polimerização, incluindo as raízes até a 1 mm do término de sua porção cervical (Figura 01B, 01C e 01D). B C D Figura 01. (A) Preparo dos sulcos na raiz para retenção na resina acrílica; (B) Vista lateral da matriz metálica desmontada com as raízes posicionadas (longo eixo na posição vertical); (C) Vista superior; (D) Colocação da resina acrílica para confecção dos corpos-de-prova.

63 Os conjuntos raiz-bloco de resina, a partir de então, foram denominados de corpos-de-prova, e em seguida, foram executados os seguintes procedimentos: Tratamento Endodôntico Todas as raízes tiveram seus canais tratados, sendo que o início do preparo do canal radicular foi realizado nas porções cervical e média com brocas de Gates- Gliden números 2, 3 e 4, finalizando com o preparo do batente apical confeccionado até a lima tipo Kerr número 50 (Dentisply-Maillefer, Ballaigues, Suíça). Durante todo o preparo endodôntico, a irrigação do canal radicular era efetuada com hipoclorito de sódio a 1 % e uma irrigação final de 10 ml de água destilada, seguida de aspiração com cânulas metálicas e secagem com cones de papel absorvente (Dentisply-Herpo, Petrópolis-RJ) eram realizados. Os corpos-de-prova foram divididos, aleatoriamente, em 2 grupos iguais contendo 12 amostras em cada grupo. No grupo I, os dentes foram obturados com cones principais e acessórios de guta-percha (Dentisply-Heerpo, Petrópolis, RJ), usando a técnica da condensação lateral. Para a realização desta técnica, foi utilizado como cimento obturador, o EndoFill (Dentisply-Herpo,, Petrópolis, RJ, Brasil), à base de óxido de zinco e eugenol, sendo a espatulação do cimento realizada de acordo com as orientações do fabricante. O cone principal foi levado com cimento e, a seguir, com o auxílio

64 de um espaçador digital foram criados espaços para a colocação de cones acessórios, impregnados de cimento. O espaçador foi usado com movimentos oscilatórios e pressão em direção ao ápice, forçando-o até criar um espaço além do terço cervical. Esta manobra foi repetida até que o espaço obtido ficasse restrito ao terço cervical e não coubessem mais cones acessórios no canal. Uma vez concluída a condensação lateral, ou seja, preenchido completamente o canal radicular, realizou-se o corte do excesso de cones extracoronários, com instrumento manual aquecido, realizando, posteriormente, a condensação vertical com condensadores de Paiva. No grupo II os dentes foram obturados empregando a mesma técnica que no grupo I, entretanto, somente com cones de guta-percha, sem o cimento obturador. Após a obturação dos canais radiculares, a cavidade cervical foi selada com cimento restaurador provisório Coltosol (Vigodent, Rio de Janeiro, Brasil). Os corpos-de-prova foram, então, mantidos em soro fisiológico a 37 C, em recipientes hermeticamente fechados.

65 Preparo do Espaço protético, Moldagem e Fundição Decorrido o processo de presa do cimento (120 minutos), os corpos-deprova foram removidos do soro fisiológico e secos com jatos de ar e gaze. O cimento provisório da entrada dos canais foi removido com broca esférica em baixa rotação e parte da obturação foi retirada, inicialmente com condensadores endodônticos aquecidos, até um comprimento aproximado de 5 mm. Procedeu-se, então, o preparo dos condutos radiculares com o uso da broca de Largo nº. 6 (diâmetro de 1,7 mm), com comprimento padronizado de 8 mm, limitado por um cursor. A extremidade cônica da broca de Largo foi cortada com um disco carborundum, com a finalidade de proporcionar ao preparo uma forma cilíndrica. Os preparos foram realizados em baixa rotação, com peça reta acoplada a um paralelômetro, com o objetivo de proporcionar um preparo padronizado ao longo eixo das raízes para todos os corpos de prova (Figura 02). Dessa forma, após estes preparos de 8 mm de comprimento, ainda restaram 6 mm de material obturador no canal radicular.

66 B D Figura 02. (A) Remoção da guia de penetração da broca de Largo; (B) Aferição da broca de Largo, em 8 mm, com o paquímetro digital; (C) Corpo-de-prova: vistas lateral e superior; (D) Preparo do espaço protético do corpo-de-prova com peça-de-mão no delineador. Em seguida, os condutos foram lavados com jatos de água destilada e secos com jatos de ar e cones de papel absorvente (Dentisply-Herpo, Petrópolis-RJ).

67 Para a obtenção dos padrões dos pinos foi utilizada a técnica direta de moldagem com resina acrílica quimicamente ativada Duralay (Reliance Dental, USA) e dispositivos de plástico pré-fabricados Pin-jet (Angelus Ind. Produtos Odontológicos Ltda., Londrina, Paraná) (Figura 03A). Os preparos dos canais radiculares foram lubrificados com vaselina que acompanha o kit da resina autopolimerizável e, com auxílio de um alargador endodôntico, a resina foi levada aos canais preparados, seguida da inserção dos pinos para moldagem. Após a polimerização do conjunto, o padrão do pino era analisado por meio de uma lupa e, se necessário, reembasado. A porção externa dos pinos apresentava comprimento constante de 5 mm e diâmetro de 1,7 mm. Nesta extremidade do pino foi colocado um fio de cera em forma de argola de 8 mm de diâmetro, para ser preso na Máquina Universal de Ensaios de Instron 4444 durante os testes (figura 03B). Figura 03. (A) Material utilizado para moldagem dos pinos; (B) Padrão de pino moldado.

68 Os padrões foram incluídos, em número de quatro, em anéis de silicone com revestimento fosfatado Termocast (Polidental, São Paulo) e fundidos em liga do sistema cobre-alumínio Goldent-L. A. (Com. Imp. Exp., São Paulo), de acordo com as instruções do fabricante. Após a desinclusão das fundições, as mesmas foram limpas, lavadas em água corrente e colocadas em um aparelho de ultra-som para remoção de possíveis partículas do revestimento que ficaram incrustadas. Seguiu-se o jateamento das peças com óxido de alumínio, com partículas de 60µ, a uma distância aproximadamente de 3,0 cm. Os pinos foram medidos com auxílio de um paquímetro digital Digimess (Shiko Precision Gaging Ltd., China) e provados nos seus respectivos condutos, previamente identificados, para verificação da fidelidade das fundições (Figura 04). Foi admitida uma usinagem leve quando o núcleo necessitasse de pequenos ajustes, mas nos casos em que as peças se mostraram inadequadas, novos padrões e nova fundição foram realizados (Figura 05).

69 Argola para apreensão do cabo durante o tracionamento 5,0 Pino 8,0 1,7 Figura 04. Desenho esquemático do pino intra-radicular (dimensões em milímetros). Figura 05. Corpo-de-prova e seu respectivo pino fundido. A B

70 Cimentação dos pinos intra-radiculares Nessa etapa, os grupos I e II foram subdivididos em dois conjuntos de 6 espécimes, a saber: Grupo I: I a. pinos metálicos fundidos cimentados com Enforce, em raízes onde se utilizou cimento EndoFill na obturação endodôntica; I b. pinos metálicos fundidos cimentados com fosfato de zinco, em raízes onde se utilizou cimento EndoFill na obturação endodôntica; Grupo II: II a. pinos metálicos fundidos cimentados com Enforce, em raízes onde se realizou a obturação endodôntica sem cimento obturador, somente com guta-percha; II b. pinos metálicos fundidos cimentados com fosfato de zinco, em raízes onde se realizou a obturação endodôntica sem cimento obturador, somente com guta-percha. Os corpos-de-prova em que os pinos foram cimentados com Enforce (Grupos Ia, IIa), seguiram as instruções do fabricante. A cimentação foi realizada aplicando-se uma camada uniforme do cimento sobre a superfície do pino, e também no espaço preparado para o mesmo. O pino, corretamente adaptado, foi mantido em posição por pressão digital durante 60

71 segundos. Em seguida, por meio de um pincel descartável, foram removidos os excessos de cimento das margens. O cimento foi fotopolimerizado por 20 segundos em cada face da raiz (vestibular, lingual e proximais), aguardando-se 6 minutos pela autopolimerização no interior do preparo. Os pinos metálicos foram cimentados com fosfato de zinco (LS-Vigodente, Rio de Janeiro, RJ, Brasil). O cimento foi usado na proporção de uma medida de pó para 4 gotas de líquido. Utilizou-se uma placa de vidro e uma espátula de aço inoxidável nº. 24 para misturar o pó ao líquido. O pó foi dividido em 4 porções iguais. Um quarto de porção foi dividido em duas partes e, ainda, uma oitava foi dividida em duas partes (Figura 09). Espatulou-se 1/16 da porção na quantidade toda de líquido por 10 segundos. Adicionou-se o outro 1/16 e misturou-se por mais 10 segundos. Adicionou-se 1/8 da porção espatulando-se por 10 segundos. As outras 3 quartas partes foram espatuladas por 10 segundos após cada adição e, finalmente, a quantidade toda por mais 30 segundos, totalizando um tempo de 1 minuto e 30 segundos. A cimentação foi realizada aplicando-se uma camada uniforme do cimento sobre a superfície do pino e também no espaço do preparo para o pino. O pino, corretamente adaptado, foi mantido por pressão digital em posição, por 60 segundos. Em seguida, com auxílio de um explorador, foram removidos os

72 excessos de cimento das margens. Aguardou-se 8 minutos para a presa final do cimento estabelecidos em testes previamente realizados. Os 24 corpos-de-prova foram acondicionados em estufa a 37 C, por 72 horas. Após este período, foram submetidos ao teste de tração na Máquina Universal de Ensaios Instron 4444 (Instron Corporation, Canton, Massachusetts, USA). Para tanto, foram posicionados na máquina através de um dispositivo que mantinha o corpo-de-prova na posição vertical, para que o eixo de tração se mantivesse ao longo eixo do pino, eliminando forças laterais. Posicionado o corpode-prova, uma força de tração crescente foi aplicada ao pino a uma velocidade de subida de 0,5 mm/minuto, até que este fosse desalojado da raiz (Figura 06). Os valores de força obtidos para cada corpo-de-prova foram anotados e submetidos à análise estatística. A análise estatística foi realizada com auxílio do software GMC 8.1, desenvolvido pelo Prof. Dr. Geraldo Maia Campos, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (CAMPOS, 2001).

73 Figura 06. (A) Máquina Universal de Ensaios INSTRON 4444; (B) Painel de controle da Máquina indicando a velocidade de 0,5 mm/minuto de aplicação da força de tração; (C) Partes constituintes da base posicionadora dos corpos-deprova; (D) Corpo-de-prova posicionado: vista frontal próxima; (E) vista frontal mostrando existir somente a direção vertical de força; (F) vista lateral mostrando também existir somente a direção vertical de força.

74 Resultados

75 Os dados utilizados foram os valores correspondentes aos resultados obtidos com os diferentes materiais endodônticos obturadores e agentes cimentantes dos pinos intra-radiculares. Cada um dos 4 grupos utilizou 6 corpos-de-prova. (Tabela I) Tabela I. Valores de Força de Tração, em Newton (N), obtidos com os diferentes materiais endodônticos obturadores e cimentantes dos pinos intraradiculares. Agentes Cimentantes Enforce Média e desvio padrão Fosfato de Zinco Média e desvio padrão Média e desvio padrão dos materiais obturadores Materiais Endodônticos Obturadores EndoFill Guta percha + Guta-percha (sem cimento) 81,7 135,3 109,7 139,1 78,7 155,9 113,3 301,7 121,9 156,3 103,7 120,9 101,5 ± 17,5 375,8 423,1 325,6 430,1 323,3 308,9 364,5 ± 53,3 233,0 ± 142,4 255,3 ± 115,0 Média e desvio padrão dos cimentos 168,2 ± 66,8 134,9 ± 58,1 270,9 318,6 335,4 489,7 363,3 276,4 342,4 ± 80,3 353,4 ± 66,0 Os dados foram submetidos a uma série de testes preliminares, visando verificar se a distribuição amostral seria normal. O cálculo dos parâmetros

76 amostrais sugeriu que a distribuição amostral não era normal, uma vez que há 4 dados acima e 8 abaixo da média. (Tabela II) Tabela II. Cálculo dos parâmetros amostrais. Valores originais. Parâmetros Valores Soma dos erros amostrais 0,0002 Soma dos quadrados dos erros amostrais 70205,8359 Termo de correção 0,0000 Variação total 70205,8359 Média geral da amostra 0,0000 Variância da amostra 3052,4277 Desvio padrão da amostra 55,2488 Erro padrão da média 11,2776 Mediana (dados agrupados) -9,2081 Número de dados da amostra Dados abaixo da média 24,0000 8,000 Dados iguais à média 12,0000 Dados acima da média 4,0000 Calculou-se, então, a distribuição de freqüências por intervalo de classe e acumuladas, nas quais os intervalos de classe baseiam-se na média e no desvio padrão amostral, como mostra a Tabela III. Tabela III. Distribuição de freqüências por intervalos de classe e acumuladas. Valores originais. A. Freqüências por intervalos de classe: Intervalos de classe: M-3s M-2s M-1s Med. M+1s M+2s M+3s Freqüências absolutas Em valores percentuais 0,0 0,0 33,3 50,0 8,3 4,2 4,2 B. Freqüências acumuladas Intervalos de classe: M-3s M-2s M-1s Med. M+1s M+2s M+3s Freqüências absolutas Em valores percentuais 0,0 0,0 33,3 83,3 91,7 95,8 100,0

77 Com os dados de freqüências acumuladas, traçou-se uma curva experimental à qual foi sobreposta uma curva normal matemática. A discrepância entre as duas curvas demonstra seu grau de aderência (Figura 07). Observa-se na Figura 07, que a curva normal e a curva experimental apresentam uma moderada discrepância entre elas, mostrando assim, a possibilidade da distribuição amostral não ser normal. Figura 07. Curva experimental e normal dos percentuais acumulados de freqüências. Traçou-se o histograma de freqüências da distribuição dos erros amostrais e a curva normal, os quais podem ser vistos na Figura 08, onde nota-se uma

78 assimetria na distribuição central dos dados experimentais dos dados ao redor da média, com números abaixo e acima dela, que não se equivalem, o que é um indício de que a distribuição dos erros amostrais não é normal. Figura 08. Histograma de freqüências da distribuição dos erros amostrais e curva normal. A seguir, realizou-se o teste de aderência da distribuição de freqüências por intervalo de classe da distribuição normal em relação à mesma distribuição dos dados amostrais. Verificou-se que a probabilidade da distribuição experimental não ser normal foi de 0,02% (Tabela IV).

79

80 Tabela IV. Teste de aderência à curva normal. Valores originais. A. Freqüências por intervalos de classe: Intervalos de classe: M-3s M-2s M-1s Med. M+1s M+2s M+3s Curva normal 0,44 5,40 24,20 39,89 24,20 5,40 0,44 Curva experimental 0, ,17 4,17 B. Cálculo do Qui quadrado: Graus de liberdade 4 Interpretação: Valor do Qui quadrado 22,09 Probabilidade de H 0 : 0,0200 % A distribuição amostral testada não é normal A análise do conjunto de resultados obtidos nesses testes preliminares levou à conclusão de que a distribuição amostral não era normal, o que nos conduziu para a realização da análise estatística não paramétrica, cujos resultados encontram-se a seguir. O teste estatístico não paramétrico que melhor se adaptou ao modelo experimental foi o de Kruskal-Wallis, pelo fato de se tratar de um teste que permite a comparação de múltiplos dados independentes. Os resultados do teste de Kruskal-Wallis podem ser vistos na Tabela V. Tabela V. Teste de Kruskal-Wallis. Dados originais. Resultados do teste de Kruskal-Wallis Valor (H) de Kruskal-Wallis calculado: Valor do Xý para 3 graus de liberdade: Probabilidade de Ho para esse valor: 0.03 % Significante ao nível de 1 % (α= 0,01)

81 O teste de Kruskal-Wallis acusou diferença estatística significante ao nível de 1% de probabilidade para análise dos diferentes cimentos estudados. Com finalidade de esclarecer quais dentre as comparações duas a duas, entre os componentes do fator de variação dos cimentos testados, seriam significantemente diferentes entre si, efetuou-se a comparação entre as médias dos postos das amostras, como podemos observar na Tabela VI. Tabela VI. Comparação entre as médias dos postos das amostras. Amostras comparadas (duas a duas) Diferença Significância entre médias Enforce/ guta-percha/ EndoFill X Enforce/ guta-percha 6,0000 ** Enforce / guta-percha/ EndoFill X Fosfato de Zinco/ EndoFill / guta-percha 15,6667 *** Enforce / guta-percha/ EndoFill X Fosfato de Zinco/ guta-percha 13,6667 *** Enforce/ guta-percha X Fosfato de Zinco/ EndoFill/ guta-percha 9,6667 *** Enforce / guta-percha X Fosfato de Zinco/ guta-percha 7,6667 *** Fosfato de Zinco/ EndoFill/ guta-percha X Fosfato de Zinco/ guta-percha 2,0000 ns Valores críticos : α (0,05) = 3,9334 *; α (0,01) = 5,3646 **; α (0,001) = 7,2596 ***; ns = não significante. A análise dos postos amostrais evidenciou diferença significante (p<0,01) entre os agentes cimentantes, sendo que os pinos cimentados com fosfato de zinco foram significantemente mais retentivos (353,4 N) que os cimentados com Enforce (134,9 N). Em relação à influência do cimento à base de óxido de zinco eugenol (Endofill) na retenção dos pinos intra-radiculares cimentados com Enforce e Fosfato de zinco houve diferença significante entre eles. Nas interações entre os agentes cimentantes e os materiais obturadores endodônticos houve diferença significante ao nível de 1% entre todas, com exceção aos subgrupos de fosfato de

82 zinco + EndoFill + guta-percha e fosfato de zinco + guta-percha, que se apresentaram iguais. Para melhor entendimento foram construídos os gráficos: tipos de cimentos obturadores e tipos de agentes cimentantes. (Figura 09 e 10). Valores de Força (N) Endo Fill Sem cimento Tipos de cimentos obturadores Figura 09. Gráfico dos valores de força, em Newton (N), em função do tipo de material obturador endodôntico independente do agente cimentante.

83 Valores de Força (N) Fosfato de Enforce Zinco Tipos de agentes cimentantes Figura 10. Gráfico dos valores de força, em Newton (N), em função dos tipos de agentes cimentantes independente do agente obturador.

84 Discussão

85 O estágio atual da terapêutica endodôntica tem demonstrado um elevado índice de sucesso em seus resultados, entretanto, não são raras as situações onde há necessidade de se promover um desgaste compensatório de estrutura dentária que envolva grande parte da coroa, para que se realize o acesso ao canal radicular. Nestes casos, como em outras situações que também levam a uma destruição coronária, a colocação da coroa protética para reabilitação final do elemento dentário necessita ser precedida da utilização de pinos intra-radiculares, sendo responsáveis pela retenção da coroa protética ao remanescente radicular. O modelo experimental usualmente empregado para a avaliação da retenção de pinos intra-radiculares é o que se utiliza de ensaios por tração e por cisalhamento, sendo que MCSHERRY (1996) salientou não existir diferenças entre estes dois procedimentos. Dessa forma, adotamos no presente estudo a avaliação da retenção através dos testes por tração, devido ao domínio da metodologia e ao suporte da literatura a este tipo de teste (ØRSTAVIK et al., 1983; GETTLEMAN et al., 1991; PASHLEY et al., 1995). A Máquina Universal de Ensaios Instron 4444 (Instron Corporation, Canton- Massachusetts, USA) utilizada neste estudo mostrou a força de tração aplicada sobre o corpo de prova até acontecer a ruptura da interface dentina/cimento/metal. A velocidade de tração empregada foi de 0,5 mm/minuto, estando de acordo com o descrito na literatura (MCINNES-LEDOUX et al., 1989).

86 Os principais fatores que afetam a retenção de um pino intra-radicular dependem de suas dimensões (comprimento, diâmetro), forma (cônica, cilíndrica), tipo de superfície (serrillhada, rosqueada, lisa), assim como, do preparo da superfície dentinária, do cimento utilizado e da habilidade do operador (STANDLE et al., 1978; SHILLINGBURG; KESSLER, 1991). A metodologia empregada no presente trabalho foi realizada por um único operador (autor), que manteve constante todos os fatores relativos ao pino intraradicular, variando-se apenas o agente cimentante. Os pinos metálicos fundidos, ainda nos dias de hoje, continuam sendo muito utilizados por preencherem bem, critérios como resistência e adaptação ao canal, quando comparados a um pino pré-fabricado, que não se adapta adequadamente à porção cervical alargada do canal, ocasionando concentração de stress na maior espessura do cimento. Por estes motivos, os pinos metálicos fundidos foram adotados nesse estudo. Segundo STERN; HIRSHFELD (1973); JOHNSON; SAKUMURA (1978); SHILLINGBURG; KESSLER (1991), um pino intra-radicular deveria ter, no mínimo, o comprimento da coroa a ser colocada. Concordam, também, que a retenção do pino é melhorada quando seu comprimento é maior que sua coroa clínica final, podendo abranger de meio a 2/3 do comprimento radicular. Entretanto, é de fundamental importância à permanência de, no mínimo, 3 a 5 milímetros de

87 material obturador na porção apical do canal, para prevenir o deslocamento e subseqüente infiltração. JOHNSON; SAKUMURA (1978); SHILLINGBURG; KESSLER (1991) e JACOBI; SHILLINGBURG (1993) determinaram que o diâmetro do pino não deveria exceder a 1/3 do diâmetro da raiz, inclusive com o propósito de reduzir a fratura. Dessa forma, o valor do diâmetro do pino usado nesse trabalho de 1,7 mm foi compatível com o recomendado pelos autores citados, uma vez que na porção média da raiz não excedeu a 1/3 do seu diâmetro. A utilização do comprimento constante dos pinos igual a 8 mm se aproximou da metade do comprimento das raízes dos caninos humanos utilizados. Os resultados evidenciaram que a média da força de tração necessária para o deslocamento dos pinos cimentados com fosfato de zinco apresentou diferença estatística significante em relação à média obtida para os pinos cimentados com Enforce (valores respectivos de 353,4 N e 134,9 N), estando de acordo com os achados de SCHWARTZ et al. (1998). TURNER (1982) ressaltou que a retenção dos pinos cimentados com fosfato de zinco é consideravelmente influenciada pela técnica de aplicação. O pino impregnado de cimento oferece apenas um terço de retenção quando comparado a um pino idêntico onde também se levou cimento dentro do espaço protético que receberia o pino. Considerando que, no presente trabalho, a cimentação foi realizada aplicando-se uma camada uniforme do cimento sobre a superfície do

88 pino, e também no interior da raiz, esse método de aplicação pode ter contribuído consideravelmente para a retenção dos pinos cimentados com fosfato de zinco. Também pode-se observar que a utilização do cimento endodôntico contendo eugenol (EndoFill) afetou a retenção do cimento Enforce, uma vez que canais obturados sem o cimento apresentaram maiores valores de retenção dos pinos (168,2 N). Os resultados estão de acordo com DILTS et al. (1986), TJAN et al. (1992), HAGGE et al. (2002a). Segundo esses autores, o eugenol tem efeitos prejudiciais sobre os compostos resinosos, uma vez que seus componentes fenólicos interferem na polimerização física e química comprometendo, dessa forma, suas propriedades adesivas. Somado a isso, HAGGE et al. (2002b) observaram que quanto maior tempo de obturação do canal radicular com cimento à base de óxido de zinco eugenol maior será a influência negativa na retenção dos pinos intra-radiculares, provavelmente devido à maior penetração do eugenol dos canalículos dentinários. Os cimentos resinosos adesivos contêm em sua composição, o 4 metacrilato-etil-trimetil-anidrido (4-META), que promove uma ligação química com a camada de óxido metálico, melhorando seu grau de retenção e sendo, portanto, superior ao cimento resinoso não-adesivo. MENDOZA et al. (1997), JUNGE (1998) LOVE; PURTON (1998) e MITCHELL (2000) demonstraram que pinos cimentados com cimento resinoso adesivo apresentaram maior resistência ao deslocamento

89 que pinos cimentados com fosfato de zinco, possivelmente porque esses autores utilizaram o cimento resinoso adesivo Panavia. Entretanto, quando utilizou-se o cimento fosfato de zinco como agente cimentante, observou-se que não houve diferença estatística entre os grupos obturados ou não com eugenol, apresentando, respectivamente, valores de 364,5 N e 342,4 N. DILTS et al. (1986) também concluíram ser o fosfato de zinco o cimento que menos efeito sofre em sua adesividade pela ação do eugenol. Dessa maneira, o cimento endodôntico contendo eugenol (EndoFill) pode ter alterado o processo de polimerização do cimento resinoso Enforce, entretanto, não interferiu nas propriedades do fosfato de zinco que produziu valores mais elevados de retenção que os cimentos resinosos. Apesar dos cimentos resinosos possuírem vantagens de adesão sobre cimento de fosfato de zinco, este ainda continua apresentando, além de outras destacadas propriedades, resultados mais satisfatórios quanto à retenção de peças protéticas, justificando assim, sua larga utilização na prática clínica. Este trabalho abre perspectivas para novas pesquisas de cimentos endodônticos que possam contribuir na efetividade da cimentação de pinos intra-radiculares, quando da utilização de cimentos resinosos.

90 Conclusões

91 De acordo com os resultados obtidos nesse estudo e com base na metodologia empregada, pode-se concluir que: 1. O cimento à base de fosfato de zinco produziu valores mais elevados de retenção que o cimento resinoso. 2. O cimento resinoso apresentou melhor comportamento quanto ao teste de tração quando da ausência do cimento endodôntico à base de óxido de zinco eugenol. O cimento endodôntico à base de óxido de zinco eugenol não interferiu na retenção de pinos cimentados com cimento de fosfato de zinco.

92 Referências Bibliográficas

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