OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo

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1 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo Daniel da Silva Costa 1 Resumo: Este trabalho possui como tema gerador a formação do arraial, de Canudos posteriormente destruído pelas forças legalistas. No entanto, não pretendemos abordar o conflito em si, mas sim perceber as manifestações da imprensa para com a figura de Antônio Conselheiro e o medo desencadeado na elite agrária do norte da província baiana a partir das andanças e posterior formação do Arraial de Canudos, bem como o medo criado sobre a figura de Antônio Conselheiro pela imprensa da capital da República, Rio de Janeiro. Neste sentido, este trabalho desenvolver-se-á em um recorte temporal que vai de 1874, ano da primeira menção a Antônio Conselheiro na Imprensa, a 1897, ano da destruição completa da comunidade de Canudos. Usamos como principais fontes, as cartas enviadas ao Barão de Jeremoabo, maior latifundiário do Nordeste durante o segundo reinado; Jornais e Relatórios de presidentes da província baiana. Chegando a conclusão de que a imprensa refletiu e fortaleceu o medo que povoava o imaginário da elite agrária, que após a proclamação da república viu seu poder político diminuir na política provincial, e que agora diante da figura do carismático Antônio Conselheiro, corria o risco de perder a capacidade de dominação da massa trabalhadora sertaneja, e consequentemente a mão de obra, que já sofrera diminuição considerável com a abolição da escravatura e se tornava mais crítica ainda com a migração em direção a Amazônia, após o fracasso da primeira expedição, a imprensa da capital da República começa a dá destaque a figura de Antônio Conselheiro, com uma gradual construção da figura monarquista sobre o mesmo, o que foi fundamental para a mobilização da opinião pública a favor da destruição da comunidade. Palavras-chave: Latifúndio. Miséria. Transição políticas. Legitimação. Imprensa. Campanha de Canudos. 1 Acadêmico do Centro Universitário AGES daniel.historia2014@outlook.com

2 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo THE BACKGROUND OF THE CONFLICT OF CA- NUDOS: The press, the agrarian elites and the construction of fear Daniel da Silva Costa 2 Abstract: This work has as its generating theme the formation of the camp, of Canudos later destroyed by legalistic forces. However, we do not pretend to address the conflict itself, but rather to perceive the manifestations of the press towards the figure of Antônio Conselheiro and the fear unleashed in the agrarian elite of the northern province of Bahia from the wandering and later formation of Arraial Of Canudos, as well as the fear created on the figure of Antônio Conselheiro by the press of the capital of the Republic, Rio de Janeiro. In this sense, this work will be carried out in a temporal cut from 1874, the year of the first mention of Antonio Conselheiro in the Press, to 1897, the year of the complete destruction of the community of Knots. We used as main sources the letters sent to the Baron of Jeremoabo, the largest landowner of the Northeast during the second reign; Newspapers and Reports of presidents of the province of Bahia. It came to the conclusion that the press reflected and strengthened the fear that populated the image of the agrarian elite, that after the proclamation of the republic saw its political power diminish in provincial politics, and that now before the figure of the charismatic Antônio Conselheiro, Ran the risk of losing the capacity for domination of the Sertanean working mass, and consequently the labor force, which had already suffered a considerable decrease with the abolition of slavery, and became even more critical with the migration towards Amazonia, after The failure of the first expedition, the press of the capital of the Republic begins to highlight the figure of Antônio Conselheiro, with a gradual construction of the monarchist figure on the same, which was fundamental for the mobilization of public opinion in favor of Destruction of the community. Keywords: Latifundio. Misery. Transition policies. Legitimation. Press. Canudos cam-panha. 2 Academic of the University Center AGES daniel.historia2014@outlook.com

3 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez INTRODUÇÃO O império brasileiro da segunda metade do século XIX, mostrava-se economicamente forte, as fortunas do café cresciam cada vez mais, a burguesia cafeeira já se aventuravam na indústria, o sul e sudeste do país se desenvolviam de forma rápida e já atraia a atenção de levas de migrantes e imigrantes, as ideias positivistas de progresso já alcançavam largo desenvolvimento, neste contexto de acordo com Azevedo (1987), acaloravam-se os debates em torno da questão escravocrata, que já dava claros sinais de que chegaria ao fim, dado a pressão inglesa que levara a medidas como a proibição do tráfico transatlântico e a Lei do ventre livre, e até mesmo as inúmeras revoltas que deixavam a elite agrária em estado de pânico, por vislumbrarem em tamanha movimentação o ensaio para uma tragédia muito maior, uma revolução negra semelhante ao que ocorrera em São Domingos (Haiti). Dessa maneira, quer fosse pelos abolicionistas, ou pelos positivistas que viam no grande número de escravos, uma ameaça ao progresso, e a própria índole do branco, a abolição da escravatura mostrava-se com dias contados e já começava a se pensar na possibilidade de introdução da mão de obra imigrante e a partir da década de 70, como mostra Carvalho (1987), já iniciava-se as agitações, ainda que de forma bastante tímida com relação a mudança para o regime republicano. Todavia, toda essa agitação política e social em nada afetava a vida das populações sertanejas, em especial dos sertões do norte, já que, consoante Facó (2009), o poder dos coronéis continuavam os mesmos, a opressão destes tornava as relações de trabalho semelhantes à

4 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo servidão de gleba da idade média, nos sertões isso ficava ainda mais grave, pois as entupirias climáticas ajudavam a aumentar ainda mais a miséria da população, que já começava a aventurar-se na migração para os estados do Pará e Amazônia, que começavam a exploração do látex, essa imigração começava preocupar os latifundiários que temiam pela escassez de mão-de-obra que ficava de fato ameaçada, pelo tamanho das levas que saiam em especial da província do Ceará (ARRUDA 1993). É neste contexto de miséria, exploração, ineficácia da justiça que surge figuras de lideres carismáticos, sendo o mais famoso deles, Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro, que em suas andanças pelos sertões das províncias de Sergipe e Bahia, iniciadas, supõese ter iniciado nos primeiros anos de da década de 70, já que o primeiro relato que se tem do mesmo na região de Sergipe remonta ao ano de 1974, atrairia a atenção da população por meio de suas obras de bem feitorias e seus discursos anti-exploração, encorajadores, ganhando daí seus apelidos por parte da imprensa local, como, Conselheiro, Bom Jesus conselheiro. De andanças em andanças, este atrai atenção da gente humilde e sofrida, como também dos latifundiários e da igreja, que não os via com tão bom olhos, os primeiros por enxergar na figura do Conselheiro a uma ameaça de quebra do padrão de dominação da mão de obra rural; e a igreja, por perceber no movimento de canudos uma persistência do sincretismo católico, que vinha sendo fortemente combatido com a romanização católica; todavia, será que apenas isso seria capaz de influenciar a ação do governo federal, que chegaria a enviar quatro expedições sobre o arraial de Canudos, que estava localizado no norte da Bahia, região que nunca desfrutou de

5 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez uma importância econômica tão grande? O que motivou a imprensa Baiana a adotar postura de repúdio ao Conselheiro desde o início de sua chegada a província? Qual efeito desta postura da imprensa no imaginário das elites agrárias da região? São esses questionamentos que orientaram esta pesquisa que dar-se-á por meio da análise do discurso da imprensa baiana e sergipana e das cartas enviadas a Cícero Dantas Martins, o barão de Jeremoabo sobre a figura de Antônio Conselheiro, contextualizadas no memento de transição política, tanto Nacional quanto regional. UM RETRATO DOS SERTÕES OITOCENTISTA (Latifúndios e miséria) A ocupação da colônia do Brasil se dá inicialmente por meio das capitanias hereditárias, onde a coroa portuguesa concedeu enormes faixas de terra a posseiros denominados capitães donatários, o território que hoje corresponde a Bahia e a Sergipe, era dividido em cinco capitanias que para facilitar a administração, era concedido pelos donatários pedaços de terras chamadas de sesmarias. Seguindo a ótica de Arruda (1993), esse é o início dos latifúndios, pois esses sesmeiros começavam a ser os grandes detentores de poder das microrregiões. Todavia o mesmo sistema mostra-se ineficaz, já que as regiões mais longe do recôncavo ficam quase que inexplorada, tendo como principais exploradores os jesuítas. Estes jesuítas não demorariam a entrar em conflito com os maiores produtores da região, estes eram os Brito e os Garcia D Ávila, que de acordo com Nunes (2009), no processo de colonização da Bahia e Sergipe, mesmo sob a garantia por parte dos jesuítas, de que os índios

6 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo não representavam perigo, empreendem uma perseguição aos indígenas em direção ao interior, dessa forma, apesar da colonização não se empreender de fato, é o início das atenções com relação ao interior, que ganharia força a partir do século XVIII, com o surgimento de pequenos vilarejos, que surgem em decorrência do crescimento das propriedades da família de Cícero Dantas Martins, o barão de Jeremoabo, que foi o maior latifundiário do norte baiano e de Sergipe, de acordo com Mattoso (1992), e que será importantíssimo no compreender do conflito de Belo Monte, como veremos mais adiante através nas inúmeras cartas que lhes foram enviadas no período anterior ao conflito. A região norte da Bahia, aonde viria a constituir-se o arraial de Belo Monte, era totalmente ligada a esta tradição latifundiária, tendo como agravante maior da questão econômica e social as secas que afetavam a região e tornava quase que impraticável uma agricultura de maior porte, como era comum nas regiões do recôncavo, ficando restrito a criação de animais, como mostra Mattoso (1992), constituindo se assim de grandes faixas de terra improdutivas, o interior das províncias, de modo geral, caracterizava-se por um total abandono por parte do poder público, como sugere este relatório de província do ano de 1868, que referindo-se a ordem pública diz: Reúna-se a isto a indiferença das camaras municipais no tocante as medidas das polícias que lhes incumbe promover e executar, a pouca segurança das nossas cadeias, a impunidade que o patronato, mais que a compaixão, prodigalisa no jury aos criminosos, e não ha de estranhar que os resultados colhidos pela polícia no desempenho de suas missões fiquem mui-

7 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez to áquem de seus exforços. (RELATÓRIO DE PROVÍN- CIA, 1868, n. p.) i Dessa maneira o presidente da província baiana queixava-se da incapacidade da polícia em repremir os constates desordeiro, dado ao baixo número de praças e trazia um ponto bastante característico dos sertões oitocentista, isto é a figura do patronato que enfraquecia ainda mais a credibilidade da justiça, uma vez que, dado a pouca capacidade de ação do estado em estabelecer a ordem nos rincões do sertão, esta ficava sempre nas mãos dos potentados locais, que organizavam uma própria estrutura de justiça, baseada nas milícias de jagunços, consoante Pinho (2001); mesmo quando ocorria de determinadas disputas irem para o âmbito da decisão da justiça estatal, esta acabava sempre pendendo a balança para o lado dos grandes oligárquicos; como forma de elucidar essa característica do sertão provincial, usamos a aqui o relatório do presidente da província baiana João Maurício Wanderley de 1953, onde ele diz: A falta de instrucção e de applicação ao trabalho, a carencia de uma educação fortemente religiosa, a facilidade com que em uma Provincia extensa e despovoada, em relaçao ao seu grande territorio, os criminosos escapam á acção da justicça, o inveterado uso de armas defezas, que he quase geral no centro, a fraqueza das prisões, a perniciosa inclinação que se observa de proteger-se o crime por uma mal entendida compaixão, ou por desejo de dar-se mostra de poderio e influencia; o receio de affrontar os màos quando o cidadão em muitos lugares só pode contar com seus recursos pessoaes para defender-se das aggressões dos perversos; a impossibilidade emfim de manter-se uma força de policia em todas as localidades onde ella se torna necessaria, contribuem para que ainda por muito tempo tenhamos de lastimar a continuação d esta falta de segurança. (RELATÓRIO DE PROVÍNCIA, 1953, n.p. Grifo Nosso) ii

8 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo Este recorte, além de mostrar a incapacidade de justiça por parte do estado acabava fazendo com que o número de crimes aumentasse ainda mais, uma vez que se mostrava claro, para a população, que a justiça não viria por parte do poder estatal tornava-se comum às vinganças, brigas de família por poder, bastante característicos da região e época; reforça ainda, a ideia de que a justiça acabava sendo usada para a legitimação de certos grupos nas disputas pelo poder local; é importante perceber que tal panorama não mudou com o passar das décadas, uma vez que, em praticamente todos os relatórios de província analisados, as queixas com relação ao abandono do sertão era uma constante, como exemplo este recorte de relatório feito 25 anos depois do primeiro recorte, que novamente trazia como queixa o abandono da região: O nosso uberino sertão, que contém no seu seio riquezas que opulentariam nações, vê-se quase segregado do resto do estado pela absoluta de meios de comunicação, sem pontes, sem estradas, abandonado como filho espúrio, mostrando nesse abandono a desídia criminosa dos poderes públicos, que asfixiavam as antigas províncias. (RELATÓRIO DE PROVÍNCIA, 1893, p. 6) iii Some-se a este abandono a característica geográfica da província, onde os índices pluviométricos são baixíssimos, provocando grandes períodos de secas agravando ainda mais a miséria e a fome da população, que possuíam apenas duas alternativas, migrar para regiões mais desenvolvidas, como o recôncavo ou a criação de grupos para atacar fazendas, sendo essa, como defende Facó (2009), a origem de muitos grupos de cangaceiro, bem como de mão de obra jagunça para os potentados locais.

9 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez ANTÔNIO CONSELHIRO, o início de uma saga: Antônio Vicente Mendes Maciel nasceu Aos vinte e dois de maio de mil oitocentos e trinta batizei e pus os Santos óleos nesta Matriz de Quixeramobim ao párvulo Antonio pardo nascido aos treze de março do mesmo ano supra filho natural de Maria Joaquina: foram padrinhos, Gonçalo Nunes Leitão, e Maria Francisca de Paula. Do que, para constar, fiz este termo, em que me assinei. O Vigário, Domingos Álvaro Vieira. (CALASANS, s.d.). Casou se em 1854, com Brasilina Laurentina de Lima, natural da mesma comarca de Quixeramobim, local este onde Antônio Vicente, após exercer a atividade de comerciante, após a morte do pai, começa a exercer a função de professor de Latim, que não dura muito já que este se muda para o Crato e começa a trabalhar como promotor de justiça onde entra em contato direto com ações da justiça causando de acordo com Arruda (1993), um grande desencanto, pois via que a justiça não era algo justo para todos, sendo fundamental para sua peregrinação pelos sertões, que não demorariam muito a começar, uma vez que: Honório Vilanova, comerciante em Canudos, disse-nos que conhecera, por volta de 1873, no Ceará, o beato Antônio, que iria encontrar, depois, na Bahia, como conselheiro. Explicou que o conselheiro era mais do que beato. Ao beato cabia a missão de tirar rezas, cantar ladainhas, pedir esmolas para obras da igreja. (CA- LASANS, s.d.)

10 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo Dessa forma supõe-se que em meados da década de 60, Antônio Maciel já começava suas andanças pelos sertões cearenses, influenciado principalmente por leituras do velho testamento, como mostra sua prédica, que falavam em dedicação ao evangelho, e que mostravam enorme apreço pelos antigos cristãos, neste período, todavia, o primeiro relato deste nos sertões Sergipano e Baiano, aparece em 22 de novembro de 1874, em uma notícia do Jornal O Rabudo, que dizia: A bons seis meses que por todo o centro desta e da Província da Bahia chegado; (diz elle,) da do Ceará infesta um aventureiro santarrão que se apelida por Antonio dos Mares: o que avista dos apparentes e mentirosos milagres que disem ter elle feito tem dado lugar a que o povo o trate por S. Antonio dos Mares. (O Rabudo, 22 de novembro de 1874) iv. Mal chegava Antônio Maciel, já conhecido por Conselheiro, S. Antônio dos mares, Bom Jesus, as províncias da Bahia e Sergipe, já era visto de forma depreciativa pelas classes dominantes, como mostra a noticia, neste mesmo período inúmero foram às cartas enviadas ao Barão de Jeremoabo relatando os males que aquele vinha causando e poderia causar, já que insuflava o povo com seu falatório de vida melhor, bem como preocupava a igreja, que o via como um messiânico, tal repulsa era tanta que de acordo com Calasans (s.d.), um vigário da região, pede a prisão do mesmo, sob a acusação de ter assassinado sua mãe em 1872 no Ceará, não demora a que o pedido seja aceito e, no dia 27 de junho de 1876, três anos após o primeiro relato de suas peregrinações pelos sertões Baianos, o Diário da Bahia publicava: Esse misterioso, que dizem viera do Ceará e tem percorrido

11 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez nosso centro, acaba de ser preso pelo delegado de polícia de Itapicurú e é aqui esperado nestes dias, pois foi uma escolta para conduzi-lo v. Contrariado as autoridades policiais da capital Baiana, Antônio Conselheiro não responde aos intensos interrogatórios, e é enviado ao Ceará para que respondesse aos supostos crimes que havia cometido, todavia a justiça Cearense não o mantém preso, já que nada constava em tal província contra o mesmo; este volta para a Bahia, aumentando assim sua fama, pois como mostra Arruda (1993), seus seguidores já haviam prometido, na região, que ele voltaria. É nesse período que sua fama de messias começa a ser intensificada pela imprensa, e vai influenciar posteriormente diversos trabalhos que o considerava da mesma forma, atribuindo a campanha de Canudos o status de messianismo, todavia, o que se percebe em Conselheiro, através de suas prédicas, é um homem de um catolicismo esclarecido, que em momento algum tenta trazer para se o status de messias, como ocorrera com líderes de outros movimentos, como o contestado e Juazeiro do Norte. Inegavelmente, a religião sempre esteve muito ligada a ele e os seus seguidores, todavia, em uma sociedade totalmente abandonada por políticas, convivendo com a miséria, não seria de estranhar uma ligação muito estrita com a igreja, todavia em tal período a igreja era totalmente submissa aos coronéis, não representando a queixa dos camponeses, assim quando Conselheiro chega aos sertões, pode ter constituindo-se como junção de religião e resistência, que a igreja não oferecia. Não falamos aqui em uma resistência esclarecidas, como o socialismo utópico já defendido por alguns autores, mas sim uma válvula de escape, para aquele determinismo que marcava a vida daqueles indivíduos.

12 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo A CONSTRUÇÃO DO MEDO, as elites, a imprensa e as questões políticas A imprensa crescia seu interesse sobre o Conselheiro, relacionando sua ação com as problemáticas políticas que surgiam na época, como abolição da escravatura e a proclamação da república, e principalmente com o panorama político da Bahia, está última, aliás, era mostrada pela imprensa como o grande alvo de críticas do Conselheiro, chegando ao ponto de justificar uma ação para que a jovem república não sofresse ainda mais com as fortes críticas dos antirrepublicanos, neste sentido, o Diário de Notícias, publicava em 31 de maio de 1893: O célebre fanático, conhecido, entre as turbas que o acompanham, por Conselheiro, tem levantado uma cruzada contra o pagamento de impostos, incutindo no ânimo dos seus ouvintes as mais subversivas teorias. ( ) urge que o governo empregue toda a energia, a fim de evitarem-se cenas de maior gravidade. O Conselheiro é um indivíduo perigoso, é um elemento de desordem, desde o tempo do império; dispõe de grande prestígio entre as populações, às quais ilude com práticas religiosas. (Diário de Notícias, 31 de maio de 1893) vi Em grande medida essas suspeitas eram o reflexo um medo construído especialmente graças às disputas entre facções políticas, o exército como também pela Igreja Católica, que passava pelo período da romanização, onde o caráter sincrético da manifestação católica era o grande mal a ser extirpado, e o conselheiro era visto como um continuador dessa característica. Essa construção de uma atmosfera de medo teria sido fundamen-

13 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez tal para as elites que objetivavam reaver o domínio político há pouco perdido, com a proclamação da república, e viam em uma desordem social ameaçadora, que justificasse a intervenção do governo federal, era a estratégia mais viável para se ter êxito. (SAMPAIO, 1999). Este recorte não nos deixa pensar na possibilidade, por muito tempo aceita, de que a principal motivação da ação do estado seria apenas atendendo a reivindicações da elite baiana, que já não desfrutava de tanto prestígio social, ou seja, a motivação maior era combater qualquer foco que pudesse representar uma resistência a república. Todavia é inegável a importância das elites na eclosão do conflito, isso pelo fato de que a imprensa Baiana e Sergipana era quase toda fruto de investimentos dessas elites e de grupos políticos, usando assim a peregrinação do conselheiro para reforçar seus argumentos, dessa forma reproduziam as queixas da mesma, assim, ocorre à disseminação pela imprensa de que o conselheiro era um monarquista, já que se posicionava contra a separação entre igreja e estado, e principalmente contra o pagamento de impostos, assim dissemina-se o medo. Imediatamente após a volta do Conselheiro aos sertões baianos, crescia não só a fama junto às classes populares, mas principalmente entre elites sociais da região, neste período, o número de cartas enviadas ao Barão de Jeremoabo cresce significativamente, com relatos de proprietários locais sobre a passagem do Conselheiro e sua gente, e precavendo-o dos males que tal indivíduo vinha causando e poderia causar pedindo providências ao maior chefe político da região, como carta enviada pelo coronel José Américo Camelo, no dia 28 de fevereiro de 1894, que dizia:

14 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo Tenho vivido internado nessas caatingas sem ter notícias ou comunicação com parte alguma, e apesar desta vida de retiro ia bem; mas hoje não está mais assim, a vista de estar perto do retirante de saco nas costas (o tal conselheiro da malvadeza) que não tendo mais governo nesta terra infeliz está ele mais poderoso do que Napoleão I [...] pois está com mais de 16 mil pessoas, povo este miserável, não tendo uma só criatura que seja humana, e ele impondo leis; criando exercito de soldados. vii Outra carta, enviada no dia 09 de fevereiro de 1894, pelo coronel e deputado estadual Coronel Aristide da cota Borges, alertava: O Antônio conselheiro continua a ser motivo da saída de muita gente daqui para outros e outros pontos, que ameaçam ficaram despovoados. O êxodo agora de nossa gente é grande e o governador não poderá agora tomar providencias, que são urgentes. viii Apesar destes e outras relatos apavorados, o barão de Jeremoabo continuava, aparentemente imparcial a tais queixas, talvez por temer a repetição do incidente que ocorrera em 1893, conhecida como batalha de macete, onde entraram em choque Conselheiristas e soldados de uma expedição apoiada pelo barão que impôs esmagadora derrota as forças policiais, sendo largamente noticiada pela impressa contribuindo ainda mais com o aumento do medo e com as diferenças políticas presentes na Bahia em tal período, mas principalmente por conta do enfraquecimento político que sofrera com a cisão do Partido Republicano federalista do qual Cícero Dantas fazia parte. Apesar disso como mostra Sampaio (1999), depois desse incidente observa-se uma Trégua

15 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez do estado para com Canudos. O tema Canudos só volta à tona dois anos depois, quando o governador Rodrigues Lima, resolve pedir colaboração da igreja na pacificação da comunidade, freis capuchinhos são enviados com esse intuito, entretanto com a resistência dos Conselheiristas o objetivo não se concretiza e o tema canudos volta tona. O prestigio do conselheiro aumentam cada vez mais, e o medo crescia mais ainda, fazendeiros relatavam as grandes levas para região do Rio Vasa-Barris, que colocavam em cheque a produção e a economia da região, os clamores junto ao barão pediam uma intervenção deste diante da capital, como a carta do vigário Vicente Martins: É preciso que V. Exa. Se convença de que o Antônio conselheiro não é mais o mesmo homem de ontem. Hoje tem foros de governador, e como tal vai promulgando leis, publicando as e estas vão sendo aceitas pelos infelizes que o acompanham e por uma grande maioria dos lugares onde ele arma tenda para dá conselhos. ix Diante desta inércia de Cícero Dantas (O barão), começaram a surgir boatos disseminados pela imprensa de que, o mesmo estava apoiando as ações do conselheiro no intuito de enfraquecer a república, boato este que não passava de mais uma acusação contra o barão, fruto do contexto de racha entre grupos políticos deste início de república, pois, Com a proclamação da república e início da década de 90 a Bahia, em especial os conservadores, do qual fazia parte o barão de Jeremoabo, haviam perdido suas lideranças mais expressivas, isso fez com que o Barão, apesar de reconhecer que era impossível manter a monarquia, ver a republica com bastante cautela e temor, como mostra Junior (2000), ficando sem par-

16 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo ticipação direta na política, alegando-se em 1891, logo após no ano seguinte, cria o partido Federalista republicano abrigando as maiores lideranças políticas das oligarquias Baiana, e que tinha objetivo claro de dividir novamente o estado em zonas de influência, como fica claro nesta carta enviada a José Gonçalves em 23 de outubro de 1892: Rodrigues Lima deve tomar suas providências para o 10 e 11 do contrário seremos furados (...) Não percas aí tempo recomendando a chapa no 6o, 5o e 7o, onde desconfio dos furos. Escrevas aos juízes da comarca. O Viana corre fileiras no 13 e 14. Intimas o Inácio Bastos para não dar votos a Ananias, como quer, em prejuízo nosso. (...). É preciso falares com autoridade de chefe. Alagoinhas não tem o direito de sair fora da linha (...). (CARTA DE JOSÉ GONÇALVES apud JUNIOR, 2000, p. 125). No entanto, apesar do sucesso político do grupo, em especial de Cícero Dantas, que consegue chegar a presidência do senado, em 1895 acaba ocorrendo uma cisão no seio do partido republicano, opondo, de um lado Luis Viana e Rodrigues lima, que fundaram o Partido Federal da Bahia e do outro, José Gonçalves e o barão de Jeremoabo, que organizaram o Partido Republicano Constitucional, estava assim dividida a política baiana entre os maiores oligarcas, que a cada dia radicalizavamse mais:...na sessão de ontem o Galvão atacou-me e auxiliado pelo Viana que muito me insultou; da mesa pouco disse e deixei a cadeira; continuando atrevido na secretaria, que estava repleta, como as galerias. Respondi-lhe, quis acometer-me, foi segurado e eu pedi para soltar o bisquibas. Hoje voltou ao senado munido de uma ben-

17 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez gala dizendo que era para quebrar-me os óculos, mas retirou-se caladinho depois da última derrota, que foi um parecer da comissão de polícia assinado por ele, pelo Galvão e Eduardo... (JUNIOR, 2000, p. 138) Com as eleições ao senado em 1894, o grupo do barão sofre derrota, não conseguindo eleger José Gonçalves para o senado, o próprio Cícero Dantas acaba deixando a sua cadeira no senado como forma de protesto de não reconhecimento da mesa majoritariamente Vianista, é nesse contexto que canudos é usado por ambos os lados, os Vianistas acusavam o Barão de compactuar e apoiar o movimento de conselheiro no intuito de derrubar ou desmoralizar a república e o Barão acusava o grupo Vianista de se abster a uma ação contra o conselheiro objetivando tumultuar sua área de maior influência política. (JUNIOR, 2000). Acusações a parte, o que nota-se é que o barão possuía o mesmo medo que habitava o imaginário do resto da elite baiana, numa nota de jornal, ele define o olhar das elites sobre essa perigosa ameaça: O povo em massa abandonava suas casas e afazeres para acompanhá-lo. Com a abolição do elemento servil ainda mais se fizeram sentir os efeitos da propaganda pela falta de braços livres para o trabalho. A população vivia como em delírio ou êxtase e tudo quanto não fosse útil ao inculcado enviado de Deus, facilmente não se prestava. Os cemitérios e capelinhas eram construídos com materiais carregados na cabeça ou puxados por pessoas do povo na distância. Assim foi escasseando o trabalho agrícola e é atualmente com suma dificuldades que uma ou outra propriedade funciona, embora sem a precisa regularidade. (JORNAL DE NOTÍCIAS apud CALASANS, s/d) x

18 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo Dessa forma fica claro o medo que povoava o imaginário das elites, isto é, a escassez de mão de obra e, maiormente, a possibilidade de quebra nos padrões de dominação, decorrente da grande capacidade do Conselheiro em atrair para si a atenção da massa de trabalhadores rurais, outro sim, este recorte mostra ainda que com a abolição da escravatura, muitos dos ex-escravos acabaram seguindo o conselheiro e após 1894, ano da instalação do arraial de belo monte, convergindo para as margens do vaza-barris, diminuído ainda mais a mão de obra que, como mostra Filho (2006), desde a os primeiros meses da lei áurea infringiram grande sofreguidão aos latifundiários, além disso, a partir da década de 80, anualmente grandes levas saiam da região em direção a Amazônia, principalmente em períodos de grandes secas. A partir do conflito de macete, já supracitado, e a formação do arraial de belo monte, o medo tomava proporções gigantescas; era preciso agir energicamente contra a comunidade do Conselheiro, todavia precisava-se de um motivo, o medo que é então usado para legitimar o retexto de invasão a comunidade, como mostra Facó (2009), servindo-se do fato de que Antônio Conselheiro havia comprado certa quantidade de madeira, na cidade de Juazeiro, propagou-se o rumor de que os jagunços do Conselheiro prontificavam-se para cobrá-la a mão armada, o boato se espalhou, ganhando foros de verdade e juntamente com ele o pânico na região, valendo-se disso as autoridades de Juazeiro apelam para o governo baiano que envia a primeira força contra Canudos, composta por pouco mais de 100 homens é surpreendida na vila de Uauá, de acordo com Milton (1902) apud Facó (2009), usando o relatório do tenente Pires Ferreira, o

19 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez comandante da expedição, a força estatal acaba fugindo graças a superioridade no número de Conselheiristas, que nas palavras do comandante seria para mais de 500; o que pode ser entendido como uma forma de justificar a fuga. Apesar das baixas do lado Conselheirista ter superado as das forças estatais em praticamente o dobro, consoante Facó (2009), esse primeiro conflito foi fundamental para que a imprensa de expressão nacional, basicamente jornais localizados no Rio de Janeiro, começasse a voltar suas atenções para a comunidade, atenção essa, que como pontua Galvão (1994), poucos assuntos conseguiram alcançar na imprensa brasileira. Mas, de onde decorria tamanho interesse, por um conflito que ocorria no longínquo sertão baiano? Um local que nunca desfrutou de uma importância economia. É neste contexto que Bartelt (2009) propõe a guerra e as notícias sobre ela como um evento discursivo que leva em consideração os interesses do poder político local, e também nacional; aproveitando-se da fragilidade do regime republicano recém-instaurado, cria-se um mito em torno do arraial e publica-se nos principais jornais do país. Para compreendermos o que pontua Bartelt (2009), é pertinente que busquemos entender o contexto de incertezas políticas que permeava a política da jovem República que, como mostra Fausto (1995), decorria da heterogeneidade de interesses e divergências na forma de organização da republica entre os grupos políticos, dessa forma, enquanto grupos políticos das maiores províncias defendiam uma república federativa, que concederia maiores poderes as regiões e assim beneficiaria as oligarquias locais, diferiam-se na organização do

20 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo poder, entre positivistas e liberais; até mesmo os militares, possuíam gritantes diferenças no tocante a organização de poder, enquanto uns tinham claras orientações positivistas, a classe mais tradicional do exército não possuía uma aspiração política para a república, a própria marinha era acusada pelo exército de ser monarquista. Para aumentar ainda mais o imbróglio político, é eleito pelo congresso, O Marechal Deodoro da Fonseca, que alegando a necessidade de fortalecimento do poder executivo, substitui o ministério, deixando o novo sob o comando de um tradicional monarquista, o Barão de Lucena, e com ele fecha o congresso, o que faz com que recaiam sobre ele, acusações de que tentava restaurar a monarquia; sem apoio dos próprios militares, Deodoro acaba renunciando em 23 de novembro de (FAUS- TO, 1995) No governo de seu sucessor, Floriano Peixoto, é que as divisões políticas revelar-se-ão ainda mais, com a eclosão da Federalista, entre os Republicanos, defensores das ideias positivistas de republica, isto é, um executivo forte, que promovesse a integração e harmonia entre os estados e indivíduos; e os Liberais, defensores da revogação da constituição de Dessa maneira, mostra-se claro que a república, ainda era bastante frágil politicamente nestes primeiros anos, não só por conta das disputas entre os grupos políticos, como também pelo fato de que como aponta Carvalho (1984), a república não contava com admiração das classes mais baixas da população, principalmente por conta das grandes mudanças econômicas que ela trouxe decorrentes principalmente da crise do encilhamento,

21 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez como a especulação financeira e a inflação, bem como da escassez de emprego, graças à política imigrantista. É neste contexto que Galvão (1994), sugere que a imprensa pode ter sido usada para fins de criar um imaginário popular positivo e transmitir valores e ideologias da jovem república, uma vez que em sua ótica, a estrutura dos jornais da época podiam ser definidas como sendo extremamente ligadas as ideias positivistas, é dessa maneira que os Canudenses passam a ser os novos inimigos da nação, principalmente por meio de notícias carregadas de sensacionalismos, a visão transmitida a sociedade era a de um movimento de fanáticos monarquista, que representavam um potencial entrave ao progresso, legitimando assim a ação das forças legalistas sobre a comunidade de bárbaros do sertão baiano. No intuito de melhor exemplificar este clima conspiratório alimentado pela imprensa da capital, mostra-se pertinente a transcrição de uma notícia publicada no dia 1 de abril de 1897, pelo Jornal A Gazeta de Notícias, onde falava-se do importante depoimento de um jagunço, com notícias diretas de canudos: Dissemos ontem que os Srs. Ministro da Guerra e Ajudante- General ouviram um emissário que deu minuciosas informações sobre os acontecimentos de Canudos. Hoje, ainda com reservas que o nosso patriotismo nos impõe, podemos adiar alguns pormenores. O emissário, que veio por minas gerais, tendo gasto 25 dias de viagem apresentou-se nesta capital, procurando falar ao Sr. Presidente da república, a quem pretendia trazer comunicações importantes. Transportando para o quartel do 10º batalhão da infantaria, aí foi guardado à vista e incomunicável até que anteontem falou com aqueles dois generais.

22 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo Neste interrogatório, o emissário, que é um indivíduo robusto e aparenta evidentemente ser um sertanejo, revelando no entanto uma inteligência e desembaraço bem pouco vulgares, entrou em minúcias interessantes sobre a situação e condição da gente de Antônio Conselheiro, adiantando-se mesmo em enumerar com certa precisão o número certo de prédios existentes em Canudos (...) (A Gazeta de Notícias, 1897, apud GALVÃO, 1994, p. 62) Mesmo com toda importância dos relatos do suposto jagunço, seis dias depois, como mostra Galvão (1994), a notícia é desmentida pelo próprio Gazeta de Notícias, alegando que apesar das boas credenciais da notícia, o falso emissário de Antônio Conselheiro havia sido pago por dois indivíduos, para dá este relato, acrescido da acusação de que o conselheiro possuía grande arsenal, ficou-se assim a pergunta, a quem interessava estas acusações? O certo é que após o fracasso da segunda expedição em 18 de fevereiro de 1897, os jornais da capital republicana, passam a dá muito mais destaque a figura do conselheiro e seu séquito, consoante Galvão (1994), a partir deste momento ocorre uma tentativa mais clara de tentar relacionar o movimento de Canudos com os movimentos monarquistas, como nesta edição 25 de janeiro de 1897, onde o jornal O Paiz, publica: Antônio conselheiro, que, com os seus sermões em meia língua, vai agitando os Canudos e suas circunvizinhanças. O mesmo dinheiro que subvencionou capangas enviados de uma fazenda paulista para auxiliar a obra restauradora do Bom Jesus do Conselho, pode colaborar no milagre da conversão de povos ingênuos ao credo monarchista. (O Paiz, 25 de janeiro de 1897) xi

23 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez Isto é bastante exemplificador pelo fato do jornal O Paiz constituir-se em tal período no jornal de maior tiragem na capital, e mesmo assim chegar ao ponto de insinuar que o movimento de conselheiro, ao contrário do que se pensava não era um movimento de simples fanáticos religiosos, mas estava sendo financiado por grupos equidistantes dos sertões baianos. O assunto é tão destacado pela imprensa que consoante Galvão (1994), Canudos se torna objeto de campanhas publicitárias, como no caso das loterias que passaram a designar seus bilhetes entre com os nomes de Conselheiro para os bilhetes inteiros e jagunço para os menores, a atenção sobre canudos é tamanha que para Galvão chega a superar a fama dos folhetins ficcionais apresentados nos jornais, e a imprensa alimentava essa sanha por informações por meio de menções agora praticamente diária sobre o conselheiro, dessa maneira, as noticias que no ano anterior ocupavam uma pequena nota, agora ganham páginas inteira e até mesmo a primeira página do jornal, como nesta edição de 2 de fevereiro de 1897, onde O Paiz, dando novas sobre a terceira expedição organizada pelo governo que contaria com mais de 1200 praças, 2 milhões de cartucho e entre outras cifras que mostravam um arsenal significativo que seria comandado pelo laureado coronel Moreira Cesar, publicava: As noticias alarmantes das ultimas façanha dos conselheiristas demonstram que o diabo é mais feio do que pintaram. Não se trata mais de um grupo de fanáticos e desordeiros acompanhando um homem, a quem a imaginação dos rudes sertanejos atribui predicados de santo; o que era inofensivo, a entoar ladainhas e a viver de caridade, se transformou rapidamente em perigoso elemento de perturbação da ordem pública. Não

24 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo se trata somente de uma diligência policial para capturar desordeiros, mas de operação de guerra com força respeitável, que possa ser surpreendida e engolida, para abater o exercito de bandidos ao serviço da missão pseudo evangélica a encobrir andrajos de sórdida politicagem. (O Paiz, 2 de fevereiro de 1897) xii Dessa maneira, fica claro que a imprensa adotou o discurso de que Canudos era fruto de uma conspiração monarquista, dessa forma agora era esperar a ação do estado no sentido de livrar o país dessa ameaça, que não havia sido suplantada na última expedição anterior, por conta da inércia do comandante Febrônio Brito, como justificava edição d O Paiz em 05 de fevereiro xiii, m todo o mês de fevereiro diariamente o jornal trazia noticias sobre os preparativos para o cerco a comunidade de Antônio conselheiro, fornecendo notícias alarmantes, como em 12 de fevereiro xiv, onde o jornal afirma que possui informações de que Canudos recebia carregamento de pólvora e munição duas vezes por semana. Apesar de toda a pompa dada pela imprensa a terceira expedição, acaba sendo derrotada impiedosamente pelas tropas Conselheiristas que no mesmo dia mata Moreira Cesar e seu sucessor Coronel Pedro Tamarindo, como manifesto a tamanha derrota, falando em nome da nação e da instituição republicana, O Paiz publica em 8 de março: Já estava escrito no espírito dos republicanos que o caso de Canudos não era uma simples expressão do fanatismo, mas sim um atentado á segurança das instituições. Na hora actual a fraqueza é uma necessidade imperiosa. O sangue dos soldados brasileiros que lá ficaram abeberando a terra de Canudos clama por desforra e esta impõe obrigação de abrir a alma, de deixar

25 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez correr tudo que se sabe, tudo que a justiça mandar (...) agora e só agora o governo federal soube qual o inimigo que tem no sertão da Bahia; agora e só agora elle pode calcular com precisão quase os elementos de guerra que precisa oppôr a classe miserável instrumento de conspiração monarchista. (O Paiz, 8 de março de 1897) xv De fato, com a morte de Moreira Cesar, a comoção popular foi gigantesca no rio de janeiro, como mostra Celso (1928), diversos jornais de cunho monarquista foram empastelados e o dono de dois deles, Gentio José de Castro, foi assassinado, além disso, o espaço de tempo entre a terceira e quarta expedição é muito pequeno, já que consoante Facó (2009), o primeiro combate já ocorre em 25 de junho, sob o comando do general Arthur Oscar, contando com um contingente de mais de cinco mil homens, após este primeiro combate, com percas consideráveis, as forças estatais realizam o cerco ao arraial, no entanto permanece assim por dois meses graças ao fato de que os Conselheiristas, depois das três expedições haviam conseguido não só armamento, como também experiência no front, no entanto, após várias batalhas e o esgotamento total da comunidade, impossibilitada de contrair o próprio alimento, o exercito consegue adentra em Canudos, sob a promessa de produzindo uma das maiores chacinas da história do Brasil, através da degolação sumária daqueles que se renderam sob a promessa de que sobreviveriam. (SHWARTCZ, 2016); Canudos, entretanto, como mostra Cunha (1985) resistiu até seu esgotamento total em 05 de outubro de 1897, quando da queda de seus últimos quatro defensores.

26 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo CONSIDERAÇÕS FINAIS No decorrer desta pesquisa usamos como recorte temporal o intervalo de tempo que vai de 1874 a 1896, por considerar de fundamental importância para o entendimento dos motivos que levaram a criação do arraial de Canudos e a sua posterior destruição, procurando desvincular-se da ideia propagada em alguns livros, e principalmente em obras artísticas, como o filme Guerra de Canudos, do diretor Sergio Resende, onde tal comunidade é representada unicamente como a manifestação de um messianismo fanático. Procuramos assim mostrar que a formação do arraial deve ser entendida no contexto de miséria e exploração que permeava a vida dos moradores das áreas historicamente marcadas pelo mandonismo dos coronéis, onde imperava a ineficácia da justiça e o abandono do estado, em uma região marcada por granes períodos de seca; dessa maneira supomos que com a aparição de Antônio Conselheiro seguramente tal contingente de miseráveis puderam vislumbrar a chance de vencer a exploração e que graças à capacidade do Conselheiro em atrair seguidores por onde passava, as elites latifundiária do norte da Bahia começaram a temer a possibilidade de perder a capacidade de dominação daquele contingente de miseráveis, que já diminuía graças a abolição da escravatura e a migração para outras regiões do país. Neste sentido defendemos a hipótese de que a imprensa foi usada, no contexto local, para propagar o medo para além da região de maior atuação do Conselheiro principalmente por motivos políticos, já que após a proclamação da república ocorre um racha no partido que agregava as maiores lideranças oligárquicas, dessa for-

27 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez ma Canudos é usado como forma de acusações mútuas entre os grupos do Barão, que era acusado de compactuar com o Antônio Conselheiro, a fim de tumultuar e desmoralizar a república e em contra partida os Vianistas eram acusados de se omitir diante da situação do sertão, no intuito de tumultuar a área de influência do barão. Além disso, quando as primeiras notícias sobre o Conselheiro e seu séquito alcançam visibilidade nacional, é usado tanto para justificar um maior poder do estado, enfraquecido com a constituição de 1891, baseada no federalismo que dava maior liberdade aos estados, sendo assim vista pelos positivistas, como uma característica que podia levar a desintegração da unidade nacional, igualmente, a imprensa, funcionou como um órgão disseminador do medo sob canudos, por meio de notícias carregadas de sensacionalismos, justificando a ação enérgica das forças legalista na repressão a comunidade de Canudos, dessa forma morreu a utopia pregada pelo cearense Antônio Vicente, o sertão não virou mar, mas entrou para a história como símbolo de resistência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ARRUDA, João Batista. Canudos: messianismo e conflito social. Fortaleza, Edições UFC, AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda negra medo branco, o negro no imaginário das elites século XIX. Rio de Janeiro, Paz e Terra, BERTELT, D. Sertão, República e Nação. Tradução de Jhonatas Krestschmer; Abi-sâmara. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, CALASANS, José. Sobre Antônio Conselheiro.

28 OS ANTECEDENTES DO CONFLITO DE CANUDOS: A imprensa, as elites agrárias e a construção do medo Antônio Conselheiro e a escravidão. Salvador: Centro de Estudos Baianos, s/d. CARVALHO, José Murilo. Os Bestializados O Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, CELSO, Afonso. O Assassinato do Coronel Gentil de Castro. Rio de Janeiro, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Editora Brasiliense S.A., 1985 FAUSTO, Boris. História do Brasil. 2ª edição; São Paulo: EDUSP, FACÓ, Rui. Cangaceiros e Fanáticos: gênese e lutas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, FILHO, Walter Fraga. Encruzilhadas da liberdade. História de escravos e libertos na Bahia ( ). Campinas: Editora da Unicamp, 2006 GALVÃO, Walnice Nogueira. No calor da hora: a Guerra de Canudos nos Jornais, 4º Expedição. 3ª Ed. São Paulo: Ática, JUNIOR, Álvaro Pinto Dantas de Carvalho: Cícero Dantas Martins - De barão a coronel: trajetória política de um líder conservador na Bahia UFBA, mestrado em história, Salvador, MATTOSO, Kátia M. de Queiroz. Bahia, século XIX: uma província no Império. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira, 1992 MILTON, Aristides. Memória apresentada ao instituto Histórico e Geográfico, Rio, In: FACÓ, Rui. Cangaceiros e Fanáticos: gênese e lutas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009.

29 Revista Saberes UniAGES (ISSN ), Paripiranga, Bahia, Brasil v. 1, n. 4, p. 2-31, jun./dez NUNES, Maria Thetis. A integração do território sergipano à colonização portuguesa. In: Sergipe Colonial. 2ª ed, São Cristovão: Editora UFS, 2006 PINHO, José Ricardo Moreno. Escravos, quilombolas ou meeiros? Escravidão e cultura política no médio São Francisco ( ). Programa de Pós Graduação em História, Universidade Federal da Bahia UFBA, Salvador BA, SAMPAIO, Consuelo. Canudos, cartas para o barão. São Paulo, EDUSP, TAVARES, Luis Henrique Dias. História da Bahia. 11ª ed. São Paulo: editora UNESP; Salvador EDUFBA, NOTAS: i Documentos annexos ao relatorio com que abriu a Assembléa Legislativa Provincial da Bahia o excellentissimo senhor doutor José Nascentes de Azambuja, no dia 1.o de março de Disponível em: Acessado em: 05/04/2016. ii CRL. Falla recitada na Assembléia Legislativa da Bahia, pelo Presidente de Província da Bahia, João Maurício Wanderley, Disponível em: < Acessado em: 05/04/2016. iii Mensagem do governador do estado da Bahia, Joaquim Manoel Rodrigues Lima, a assembleia legislativa; de 07 de abril de Disponível em: Acessado em: 05/04/2016. iv O Rabudo, 22 de novembro de Acessado em: Acessado em: 07/04/2016. v DIÁRIO DA BAHIA, 27 de julho de Disponível em: Hemeroteca Digital Brasileira. Acessado: 05/04/2016. vi Diário de Notícias (BA). Disponível em: Hemeroteca Digital Brasileira. Acessado em: 06/ 04/2016. vii Carta de José Américo Coelho, 28 de fevereiro de SAMPAIO, Consuelo. Canudos, cartas para o barão. São Paulo, EDUSP, viii Carta do Deputado estadual Coronel Aristide da cota Borges enviada no dia 09 de fevereiro de Ibid.

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