NOÇÕES DE DIREITO PENAL

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1 NOÇÕES DE DIREITO PENAL TEORIA, LEGISLAÇÕES 13 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS Edição 2017 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 Lei dos Direitos Autorais). contato@apostilasvirtual.com.br apostilasvirtual@hotmail.com

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3 SUMÁRIO TÓPICOS PEDIDOS NO EDITAL: 1. Infração penal: conceito e distinção entre crime e contravenção e entre crime e ilícito civil. 2. Sujeitos e objeto do crime. 3. Tipicidade, Antijuridicidade e culpabilidade. 4. Excludentes de antijuridicidade e culpabilidade. 5. Extinção da punibilidade (Causas extintivas de punibilidade). 6. Das penas: cominação, aplicação e execução. 7. Legislação Especial: Decreto-Lei 3.688/41 (Contravenções Penais); Lei 4.898/65 (Abuso de Autoridade); Lei /2006 (Lei de Drogas). (vai em outro arquivo) TÓPICOS ORGANIZADOS PELO PROFESSOR PARA FACILITAR O APRENDIZADO: 1. CONTAGEM DO PRAZO E O DESPREZO DAS FRAÇÕES CONFLITOS APARENTES DE NORMAS TEORIA DO CRIME DOLO E CULPA DOS CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO CRIME CONSUMADO E TENTADO DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA, ARREPENDIMENTO EFICAZ, ARREPENDIMENTO POSTERIOR E CRIME IMPOSSÍVEL ERRO DE TIPO E DE PROIBIÇÃO EXCLUDENTES DE ILICITUDE (ANTIJURIDICIDADE) IMPUTABILIDADE PENAL DAS PENAS: cominação, aplicação e execução QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS GABARITO... 41

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5 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões NOÇÕES DE DIREITO PENAL 1 CONTAGEM DO PRAZO E O DESPREZO DAS FRAÇÕES CÓDIGO PENAL Contagem de Prazo Art O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. * Redação dada pela Lei nº 7.209, de Frações não computáveis da Pena Art Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. * Redação dada pela Lei nº 7.209, de Prazos penais são fatais, não se prorrogam não se respeitam sábados domingos nem feriados. E o primeiro dia entra no cômputo do prazo. Ex: prisão temporária de 5 dias, sendo que foi efetuada às 20:00h do dia primeiro dia do mês, terá que ser libertado até o dia 05. Em síntese conta-se o dia inicial e desconta-se o dia do final, uma pessoa que foi preso dia 20 e a duração seria um mês deveria ser posta em liberdade dia 19, e assim sucessivamente. A conta é efetuada pelo calendário comum. Ex: pena de 4 meses, que teve início de cumprimento em 10/05, conta-se assim: 10/05 10/06 10/07 10/08 09/09 Quanto à questão do mês pouco importa se tem 28, 29, 30 ou 31 dias, conta-se sempre como um mês, na questão do ano pouco importa se tenha 365 ou 366 é contado como um ano da mesma forma. Imaginemos que uma pessoa foi condenada a 4 anos de prisão em 20 de setembro de 2007, ela deverá sair in tese no dia 19 de setembro de

6 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões 2 CONFLITOS APARENTES DE NORMAS É a situação gerada por duas ou mais normas (tipos penais) que parecem aplicáveis ao mesmo fato, gerando dessa forma um conflito aparente de normas. Sempre haverá um critério para a aplicação de uma das normas conflitantes. Em penal sempre que houver um conflito esse conflito será aparente e nunca real. CRITÉRIOS DE ANÁLISE 1º) SUCESSIVIDADE: Significa que a lei mais recente afasta a mais antiga; lei posterior afasta lei anterior utiliza-se sempre a data como foco para a diferenciação. Exemplificando: A lei de 1976 versava sobre o tema do tráfico de drogas (entre outras condutas), todavia a lei de 2006, revogou essa lei antiga sendo ela agora responsável por tais condutas, ou seja, a lei de 2006 é sucessiva, ou seja, posterior a lei de 1976, lei posterior derroga lei anterior. 2ª) ESPECIALIDADE: Significa que a lei especial afasta a aplicação de lei geral, considerando-se especial à norma que possua condições objetivas ou subjetivas que lhe confiram maior ou menor severidade. Ex.1: homicídio art. 121 (matar alguém) do CP, Infanticídio art. 123 do CP que é matar próprio filho sob a influência do estado puerperal. Os dois são crimes contra a vida, todavia uma norma especial, o homicídio é o geral matar alguém, qualquer pessoa; enquanto que o infanticídio é especial: mãe que mata o próprio filho durante o estado puerperal, ou seja, bem específico, e neste caso o especial é mais benéfica. Ex.2: Contrabando ou descaminho art. 334 (Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria) do CP (norma geral pena de 1 a 4 anos); Tráfico ilícito de entorpecentes art. 33 da lei /2006 (substância que como o contrabando é uma substância proibida - norma especial pena de 5 a 15 anos, além de ser equiparado a hediondo) PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO Um fato pode estar previsto em uma determinada lei, e também em outra de maior amplitude, constituindo o primeiro crime meio e o segundo crime fim. Um crime é absorvido pelo outro, o disparo é absorvido pela lesão corporal que por sua vez é absorvida pelo homicídio, crime meio é absorvido pelo crime fim. Logo abaixo, cito duas situações distintas englobando o princípio da consunção, ambas de maneira exemplar definidas pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça. Vejamos as decisões: HC / PI STJ-HABEAS CORPUS. FRAUDE A VESTIBULAR. "COLA ELETRÔNICA". ESTELIONATO. FALSIDADE IDEOLÓGICA. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO. USO DE DOCUMENTO FALSO. FORMAÇÃO DE QUADRILHA. TRANCAMENTO DA AÇÃO. ATIPICIDADE E PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. "O princípio da consunção pressupõe a existência de um nexo de dependência das condutas ilícitas, para que se verifique a possibilidade de absorção daquela menos grave pela mais danosa." (REsp nº /ES) (destaques não constam do original). Nesta outra manifestação do STJ, ele se manifesta pela impossibilidade da consunção ante a existência de delitos autônomos, ou seja, delitos que não necessariamente depende um do outro para acontecer. HC / MS STJ PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ROUBO CIRCUNSTANCIADO.DISPARO DE ARMA DE FOGO. DOSIMETRIA. CONFISSÃO ESPONTÂNEA PARCIAL. INCIDÊNCIA DA ATENUANTE. PRETENDIDA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. DELITOS AUTÔNOMOS. CRIME CONTINUADO. ART. 71 DO CÓDIGO PENAL. CABIMENTO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. Não se aplica o princípio da consunção quando o delito de disparo de arma de fogo foi autônomo, não servindo de apoio à preparação ou execução dos crimes de roubo. (destaques não constam do original). 6

7 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões 3 TEORIA DO CRIME INFRAÇÃO PENAL O direito penal pátrio traz à baila, a infração penal como ponto basilar de seu estudo, tendo esta modalidade uma subdivisão: em crime e contravenção penal. CRIME é uma espécie do gênero infração penal. A infração penal é a fonte de onde nasce a modalidade crime e contravenção penal. Veja o quadro abaixo: ESTRUTURA DAS INFRAÇÕES PENAIS 18 anos ou mais (adulto) Maiores de 12 e menores de 18 (adolescente) Crime Contravenção INFRAÇÃO PENAL Ato Infracional (porém a quem discorde, dizendo que não se trata de infração penal) SANÇÃO PENAL Pena Medida de Segurança Medida Sócio Educativa Menores de 12(criança) Nada Nada CONCEITO DE CONTRAVENÇÃO PENAL: Não existe uma característica primordial, que a eleve a algo inovador e diferenciado no nosso ordenamento, pois é similar ao seu co-irmão crime. DIFERENÇA ENTRE CRIME E CONTRAVENÇÃO PENAL Os crimes sujeitam seus autores a penas de reclusão e detenção, enquanto que as contravenções penais, no máximo implicam em prisão simples. Além disso, os crimes cominam-se penas privativas de liberdade, isolada, alternativa ou cumulativamente com multa, enquanto, para as contravenções penais, admite-se a possibilidade de fixação unicamente de multa. 1 CRIME CONTRAVENÇÃO AÇÃO PENAL Pública ou privada (art. 100, CP) Pública incondicionada (art. 17, LCP) COMPETÊNCIA Justiça Estadual ou Federal Só Justiça Estadual, exceto se réu tem foro por prerrogativa de função na Justiça Federal TENTATIVA É punível (art. 14, parágrafo único, CP) Não é punível (art. 4º, LCP) EXTRATERRITORIALIDADE Possível (art. 7º, CP) Lei brasileira não alcança contravenções ocorridas no exterior (art. 2º, LCP) PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE Reclusão ou detenção (art. 33, CP) Prisão simples (art. 6º, LCP) LIMITE TEMPORAL DA PENA 30 anos (art. 75, CP) 5 anos (art. 10, LCP) SURSIS 2 a 4 anos (art. 77, CP) 1 a 3 anos (art. 11, LCP) Entretanto, no que diz respeito à competência das contravenções penais, é importante ressaltar que a mesma pertence aos Juizados Especiais Criminais, nos termos dos arts. 60 e 61, da Lei 9.099/95, conforme a seguir: Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. ( ) Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (grifo nosso) 1 Nucci, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado, 3ª ed. RT pg

8 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões Todavia, mesmo diante das diferenças acima expostas, há muito mais semelhanças do que diferenças entre crime e contravenção penal, haja vista esta também constituir um fato típico e antijurídico, porém de menor potencial lesivo para a sociedade. Um crime-anão, na concepção formulada pelo consagrado Nelson Hungria. Assim, segundo Greco, o critério de rotulação de uma conduta como contravencional ou criminosa é essencialmente político. O que hoje é considerado crime, amanhã poderá ser uma contravenção, ou vice-versa. Como exemplo, o autor nos traz a criminalização da contravenção penal de porte de arma, consumada no art. 10, da Lei 9.437, de 20 de fevereiro de CONCEITO DE CRIME Pontos de vista conflitante, causalistas e finalistas. Conceito de crime (três aspectos): Material: é a conduta lesiva a um bem jurídico protegido que merece uma pena (concepção da sociedade sobre crime); Formal: é a conduta lesiva a um bem jurídico tutelado sob ameaças de pena devidamente prevista em lei: (concepção do legislador, lei a respeito do crime); Analítico: É a visão formal do crime decomposta em elementos, posição dos doutrinadores e estudiosos do direito (ponto de grande polêmica no direito penal) CONDUTA O crime por si só está intimamente ligado a questão da conduta (omissiva deixar de fazer; ou comissiva de fazer algo). Quanto à conduta temos duas grandes teorias: teoria finalista e causalista. Causalista: crime é movimento do corpo. Para todo causalista o crime tem 3 elementos: (crime = fato típico + antijurídico + culpável). Doutrina importante para o desenvolvimento do direito todavia, já não é mais aplicada. Finalismo: crime é movimento do corpo com uma finalidade. Esta, divide-se em duas correntes: a) bipartida: crime tem 2 elementos: (crime = fato típico + antijurídico); e a b) tripartida crime tem 3 elementos: (crime = fato típico + antijurídico + culpável). O Brasil adota o finalismo. Então, são três as teorias: Tripartida causalista: 3 elementos: (crime = fato típico + antijurídico + culpável). O Brasil não adota o causalismo. Tripartida finalista: 3 elementos: crime = fato típico + antijurídico + culpável) Bipartida finalista: 2 elementos: (crime= fato típico + antijurídico) 1ª) Nelson Hungria, Frederico Marques, Magalhães Noronha, Aníbal Bruno, Paulo José da Costa (Causalistas, entre os causalistas, só existiam a tese tripartida 3 elementos); 2ª) Heleno Fragoso, Luis Regis Prado; Cezar Bitencourt, Guilherme de Souza Nucci (finalistas tripartida); 3ª) René Ariel Dotti; Damásio de Jesus; Júlio Fabbrini Mirabete, Celso Delmanto, Flávio Augusto Monteiro de Barros (finalistas bipartida); Como já foi comentado que o Brasil adota a teoria finalista da conduta, a primeira corrente causalista tripartida, encontra-se prejudicada. Restando apenas e tão somente o finalismo, que ressalto é adotado pelo Brasil, porém o ponto de maior debate em todo o direito penal está à cerca, de se definir o crime como tendo dois ou três elementos, ou seja, escolher entre o finalismo bipartido ou tripartido. 8

9 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões Os elementos de cada uma das teorias em questão estão elencados abaixo: FINALISTA Bipartida (fato típico e antijurídico) 1) Culpabilidade é pressuposto de aplicação de pena. Culpabilidade se volta exclusivamente ao autor, a quem se destina à pena. 2) Expressões do CP demonstram a teoria bipartida: isento de pena (excludente de culpabilidade) e não há crime (excludente de ilicitude); 3) Expressões nos tipos penais. Ex: art. 180, 4º do CP; 4) Medida de segurança pune-se o autor do crime; FINALISTA Tripartida (fato típico, antijurídico e culpável) Finalista. 1) Culpabilidade é elemento do crime e volta-se do fato e seus autos. 2) Fato típico e antijurídico (injusto não faça, é proibido ). Crime: injusto, culpável. 3) Medida de segurança e sanção para não criminosos. Por uma questão histórica coloco os motivos do causalismo tripartido, porém reitero que não é mais aplicado, é estudado para efeitos históricos. TIPO CASUALISTA Tripartida (fato típico, antijurídico e culpável) Causalista. 1) Culpabilidade é elemento do crime por conter dolo ou culpa. 2) Crime: dois prismas. Objetivo: fato típico e antijurídico; Subjetivo: culpável; 3) Expressões não provam nada. TIPO É MODELO LEGAL DE CONDUTA Proibidor tipos incriminadores. Ex: matar alguém (é crime, aí reside a proibição) Permitidos tipos permissivos (excludentes de ilicitude). Ex: matar alguém em legitima defesa (neste caso há uma permissão de matar); Obrigatórios tipos devidos (omissão penalmente relevante). Ex: você é obrigado a prestar socorro sob pena de cometer um crime de omissão de socorro. O TIPO TRÊS FUNÇÕES Garantia: o destinatário da norma terá noção previa daquilo que ele pode ou não pode fazer; Delimitação do ilícito penal e civil: fronteira do que é ilícito penal e civil; Fundamento à ilicitude: gerar a possibilidade de punir. TIPICIDADE É a adequação do fato ao modelo legal de conduta. Toda vez que em fato acontece no mundo concreto, tenta adequar à previsão legal. Tem a seguinte estrutura: Veja o exemplo abaixo firmado: 9

10 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões Os elementos do tipo penal são 4: Conduta que gera um resultado, e um nexo de causalidade que liga essa conduta ao resultado e a tipicidade CONDUTA A conduta é um elemento indispensável para o direito penal, começando pela teoria do crime, quando acima elencamos que o crime pode pertencer a teoria causalista ou finalista, a diferenciação entre ambas as teorias versam sob um profundo debate do tema conduta. A conduta pode ser de duas formas, vejamos: 1. Conduta comissiva: é aquela em que o agente age, exemplificando: ele usa arma para retirar pertences de uma vítima roubo, ele usa arma e dispara contra alguém ceifando-lhe a vida homicídio. Em síntese o agente fez algo. 2. Conduta omissiva: é quando o autor não faz nada, pelo contrário ele deixa de fazer, num acidente de carro terceira pessoa deixa de prestar socorro, não foi ela que atropelou, não está diretamente envolvida, mesmo assim comete crime de omissão de socorro. Relevância da omissão Art. 13, 2º, - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. RESULTADO * 2º e alíneas "a" a "c", incluídos pela Lei nº 7.209, de O resultado é o produto decorrente da conduta, se o autor dispara contra terceira pessoa, esse ato de disparar é a conduta, caso provoque lesão responderá por esta, se provocar morte o crime será outro, a conduta disparar pode ser a mesma, com resultados diferentes. NEXO DE CAUSALIDADE É o liame, a ligação entre a conduta do agente e o resultado decorrente desta, se não vejamos, alguém dispara contra terceira pessoa que não morre do tiro, mas em decorrência de um acidente com uma ambulância que transportava a vítima até um hospital, temos uma conduta o disparo, tem um resultado a morte, mas indaga-se foi esse tiro que gerou a morte? Por lógico que não. Deveria o autor do disparo responder por homicídio. Para essas indagações teremos respostas ao estudarmos o nexo de causalidade. Relação de causalidade Art O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. * Redação dada pela Lei nº 7.209, de Superveniência de causa independente 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. * Incluído pela Lei nº 7.209, de A priori temos que ter a ideia do que seja uma causa absolutamente independente e causa relativamente independente. Para diferenciar uma da outra temos que ter a seguinte perspectiva: 1. Causa absolutamente independente: mesmo que o agente não tivesse feito nada o resultado teria ocorrido. 2. Causa relativamente independente: a conduta do autor do fato contribuiu para o resultado. Ainda numa fase preambular é necessário entender o que seria pré-existência, concomitância e superveniência, traduzindo: antes, durante e depois. Tendo estas noções preliminares passemos ao estudo do nexo causal propriamente dito. Lembro que os exemplos utilizados abaixo são retirados da obra do professor Fernando Capez (in:curso de Direito Penal. Vol1. Editora Saraiva). CAUSA ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE (não colabora para o resultado) Pré-existente: Imaginemos que A de um tiro em B que já tinha ingerido veneno, B vem a falecer, quando dos exames periciais, descobre que a causa morte foi o envenenamento, ou seja, o tiro não contribui para a morte, eis que a vítima morreria da mesma forma, como não houve contribuição direta, temos uma causa absolutamente independente, de maneira pré-existente (anterior ao disparo), e A autor deste disparo não deve responder por homicídio. 10

11 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões Concomitante: O exemplo agora se dá da seguinte forma: X e Z um sem saber da vontade do outro sem haver ajuste de condutas, decidem matar W e se postam em locais diversos e ao verem W disparam contra ele, no mesmo segundo, ou seja, há uma concomitância de condutas. Ao proceder aos exames periciais verificou-se que a arma autora da morte foi de X, então a conduta de Z não contribui para a morte causa absolutamente independente, e como se deu no mesmo momento concomitante, então Z não deve responder por homicídio. Superveniente: R ministra veneno a vítima, B logo após sem ajuste de condutas com R da um disparo na vítima que morre em decorrência deste tiro. A conduta de R não contribui para a morte, causa absolutamente independente, e como a causa morte é posterior, falamos em superveniência. CAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE (colabora para o resultado) Pré-existente: Ao ferir a vítima com uma arma branca (faca) provoca nesta sangramento, em virtude desta vítima ser hemofílica (causa anterior preexistente), a vítima morre em decorrência desta lesão e do sangramento decorrente, houve uma contribuição para a morte (causa relativamente independente), eis que só a doença per si, não a causaria, porém o golpe foi motivador do sangramento em um pessoa que com essa doença leva a morte, neste caso o autor deveria responder por homicídio. Concomitante: Durante um assalto, o assaltante ao abordar a vítima com uma arma, ela se assusta e tem um ataque no coração, e vem a falecer, a causa é concomitante no mesmo momento, e não há como dizer que a conduta de mostrar a arma não contribuiu, neste caso trata-se de causa relativamente independente. Devendo responder por homicídio. Superveniente (se divide em duas): Desdobramento: A vítima de um tiro ao ser levada para um hospital, sofre naquele estabelecimento um choque relativo há um procedimento decorrente da cirurgia, a conduta contribuiu (causa relativamente independente), o choque foi posterior (superveniente), neste caso deverá o autor responde por homicídio. Novo Nexo: A vítima de um disparo de arma de fogo foi levada ao hospital, e no caminho a ambulância capota e ela morre em virtude do acidente e não do tiro, a conduta do autor ao dar os tiros contribuiu (causa relativamente independente), foi posterior (superveniente), todavia aqui surgiu um fato novo, decorrente de um novo nexo, sendo assim o autor dos disparos não deverá responder por homicídio. TIPICIDADE Tipo é a previsão do crime descrita em lei, sem embargos de uma definição mais robusta. Segundo Fernando Capez (in: Curso de Direito Penal. Vol1. Editora Saraiva): é o modelo descritivo das condutas humanas criminosas, criada por lei penal, com a função de garantia do direito de liberdade TIPOS DE CRIMES Comum: são os delitos que podem ser cometidos por qualquer pessoa, ou seja, não possuem sujeito ativo determinado, podem ser praticado por qualquer pessoa. Pode-se citar como exemplos o crime de homicídio (art. 121 do CP) e roubo (art.157 do CP), nestes casos qualquer pessoa pode cometer qualquer um desses crimes, que vale lembrar é a maioria no Código Penal. Ponto interessante agora acrescido pela lei de 07 de agosto de 2009, que versa sobre os crimes contra a dignidade sexual. O crime de estupro que antes da lei tinha em sua redação a possibilidade exclusiva de autor do crime pelo homem, agora qualquer pessoa pode praticar esse crime, havendo assim uma mudança, hoje o estupro é um crime comum e não mais próprio. Próprios: Ao contrário da narrativa acima firmada são crimes que tem sujeito ativo especial ou que demandam uma qualidade especial, citando como exemplos: o crime de infanticídio, peculato, antigamente o estupro, crimes esses que tem como sujeito ativo respectivamente: a mãe em estado puerperal, o funcionário público e o homem (isso antes da lei /2009), agora qualquer pessoa pode praticar esse crime. Crimes instantâneos: a consumação do delito não se prolonga no tempo, ocorre de maneira imediata, mesmo que for de interesse do agente a consumação não se prolonga. Ex: furto. Crimes permanentes: são delitos cuja consumação se prolonga no tempo até quando queira o agente. Ex: sequestro. 11

12 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões Crimes omissivos: o verbo implica em uma abstenção, deixar de fazer algo. Ex: Omissão de Socorro, consiste em uma abstenção. Crimes comissivos: o verbo implica numa ação, o sujeito ativo do crime tem de realizar uma atitude positiva, no sentido de realizar algo. Ex: Furto, que consiste em fazer algo. Crimes comissivo impróprio ou omissivo por comissão: é um crime de omissão praticado por uma ação, a atitude negativa de deixar de fazer algo teve como escopo uma ação. Ex: Para que A não socorra C, B o segura. Crimes omissivo impróprio ou comissivo por omissão: Trata-se de um crime de ação excepcionalmente praticado por uma conduta negativa, a previsão desta conduta está inserida no disposto do art. 13 2º do CP. Ex: autoridade policial tem o dever de agir em situação de segurança, todavia, ele não se dá bem com a vítima e deixa de agir, deixando de prestar socorro. Crimes formais: são os crimes que independem de resultado no mundo fenomênico, para se caracterizar e configurar o delito, não se faz necessário o resultado naturalístico. Como exemplos temos os chamados crimes contra a paz pública, arts. 286 e 287 do CP bastam à incitação a prática delitiva, não precisa que a pessoa que foi incitada venha a cometer qualquer delito. Outro exemplo que pode ser citado é o crime de ameaça. Crimes materiais: são os crimes que dependem do resultado no mundo naturalístico para produzir alguma consequência. Para exemplificar o crime de roubo, tem de haver a subtração para a caracterização consumativa do crime. O homicídio, pois tem que existir a morte para a sua consumação. Crime unissubjetivo: é o delito que depende de um só agente para confecção do mesmo. Crime plurissubjetivo: são os delitos que precisam na essência de mais de uma agente para caracterizá-los. Como exemplos têm-se o crime de quadrilha ou bando, quando são necessários mais de três agentes. Crime unissubsistente: para se realizar esse crime não há necessidade de mais de um ato, em ato único e contínuo o crime é realizado. Crime plurissubsistente: é o delito que necessita de mais de um ato para a configuração do mesmo. Crime habitual: são os crimes em que a punição acarreta de uma série de atos concatenados, ato que são características de um estilo de vida, entre eles tem o curandeirismo (art. 284 do CP). Outro exemplo é a casa de prostituição. Crimes Vagos: não possuem sujeito passivo determinado, entre eles podem-se citar os crimes contra administração pública estrangeira arts. 337-B e C do CP, para o Prof. Fernando Capez é um crime vago, porém o Prof. Guilherme Nucci assevera ser um crime cujo sujeito passivo é a administração pública estrangeira. Crimes de atentado: são os delitos que em seu próprio tipo prevêem a tentativa como modo de consumação. Ex: art. 352 do CP (evadir ou tentar evadir-se da cadeia pública). Crime que possui pena igual para o consumado e o tentado. Crime Transeunte: Crime que não deixa vestígios, ou seja, que não deixa sinais de sua prática. Exs: Invasão de domicílio, desobediência, desacato. Crime não transeunte: É o crime que deixa vestígios. Exs: estupro, homicídio na grande maioria dos casos. Porém, para o Prof Romeu de Almeida Salles Júnior (vide: Código de Direito Penal Interpretado da Ed. Saraiva, é literalmente ao contrário, crime transeunte deixa vestígios e não transeunte não deixa vestígios, posição isolada do professor, inclusive caiu uma questão dessa este ano no concurso de Delegado de Policia de Santa Catarina de 2008 e a resposta foi de acordo com o mencionado na apostila, discordando os elaboradores do concurso do ilustre professor Romeu de Almeida Salles Júnior. Crime Multitudinário: Crime cometido em multidão. Exs: Arrastão, roubo praticado por várias pessoas. Crime de Plástico: No entendimento de Antônio Carlos da Ponte (in: Crimes Eleitorais. São Paulo. Ed Saraiva, 2009 p. 37). Existem condutas que sempre foram reprimidas em qualquer sociedade com um mínimo de organização, como o homicídio, o roubo, o estupro, etc. São chamados crimes naturais, previstos no passado, sendo punidos hoje, e certamente, serão objetos de censura no futuro (...). Contrapõem-se a esse modelo os crimes de plástico, que são condutas que apresentam um particular interesse em determinada época ou estágio da sociedade organizada, de acordo com as necessidades políticas do momento, tal como ocorre atual-mente nos crimes contra relações de consumo, os crimes contra o meio ambiente e os delitos de informática, etc. 12

13 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS 1. [Escrivão-(1ª Classe)-(Pr. Objetiva)-(NS)-(V2)-AESP-PC-CE/2015-Vunesp].(Q.45) No que diz respeito à contagem de prazo no Código Penal, assinale a alternativa correta. a) O dia do começo é irrelevante no cômputo do prazo. b) O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. c) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo. d) Inicia-se o cômputo do prazo dois dias após o dia do começo. e) O dia do começo exclui-se no cômputo do prazo nas hipóteses de crime contra a vida. 2. (QE-Emmental/2017) Assinale a alternativa correta: alguém constrange outrem, mediante grave ameaça, a não fazer o que a lei permite. Nesta hipótese, ocorre, segundo a doutrina dominante: a) um conflito aparente de normas, solucionado pelo princípio da especialidade; b) um conflito aparente de normas, solucionado pelo princípio da subsidiariedade; c) um conflito aparente de normas, solucionado pelo princípio da consumação; d) um concurso formal. 3 [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.26) Quanto ao ilícito civil e ilícito penal, assinale a resposta INCORRETA. a) É considerado ilícito civil o ato de alguém que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viola o direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. b) É considerado ilícito civil o exercício abusivo de um direito por seu titular, quando exceder manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. c) As sanções preconizadas no ilícito civil vão desde a obrigação de reparar o dano, a imposição de multa, a rescisão contratual, a nulidade do ato ou negócio jurídico até, em caráter excepcional, a breve prisão coercitiva, quando se tratar de devedor de alimentos. d) É considerado ilícito penal qualquer conduta que lese ou não um bem jurídico, desde que a conduta possa pôr em risco a paz e o convívio social. e) As sanções, no ilícito penal, são aquelas que atingem a liberdade individual, notadamente a privação ou restrição da liberdade, a perda de bens, a multa, a prestação social alternativa e a suspensão ou interdição de direitos. 4. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.27) Com relação aos sujeitos do crime, assinale a assertiva correta. a) Sujeito ativo trata-se do titular do bem jurídico tutelado pela norma penal. b) Sujeito ativo pode ser dividido em sujeito ativo constante ou formal e sujeito ativo eventual ou material. c) Pode se considerar sujeito ativo a conduta punível no comportamento de animais. d) Pode se considerar sujeito passivo de crime os animais, pois o direito lhes reconhece a titularidade de bens jurídicos. e) Podem ser sujeitos passivos eventuais de crimes: o ser humano, desde a concepção, a pessoa jurídica, o Estado, a coletividade e até entes sem personalidade jurídica. 5. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.28) Com relação ao objeto do crime, assinale a alternativa correta. a) O objeto do crime pode ser material ou jurídico. b) Considera-se objeto material o bem tutelado pela norma penal incriminadora. c) Considera-se objeto jurídico a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta. d) Temos como exemplo de objeto material no homicídio, a vida humana. e) Temos como exemplo de objeto jurídico no furto, a coisa subtraída. 6. [Investigador-(NS)-(PS01)-(M)-(TT)-PC-PA/2016-Funcab].(Q.43) Sobre o crime culposo, é correto afirmar que: a) é dispensável a verificação do nexo de causalidade entre conduta e resultado. b) há culpa quando o sujeito ativo, voluntariamente, descumpre um dever de cuidado, provocando resultado criminoso por ele não desejado. c) encontra o seu fundamento legal no artigo 18, I, do Código Penal. d) sua caracterização independe da previsibilidade objetiva do resultado. e) se alguém ateia fogo a um navio para receber o valor de contrato de seguro, embora saiba que com isso provocar 39

14 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões 7. [Téc. Laboratório-(Pr. Objetiva)-(NM)-(V1)-PC-SP/2014-Vunesp].(Q.54) Condutor dirige seu veículo e vê seu maior desafeto atravessando a rua na faixa de pedestres. Estando próximo à faixa, o condutor, consciente, deliberada e intencionalmente, acelera seu veículo e o coloca na direção de seu desafeto, acabando por atropelá-lo e matá-lo. De acordo com o Código Penal, o crime cometido deve ser considerado a) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imperícia. b) doloso porque o agente não atentou para a faixa de pedestres. c) doloso porque o agente tinha intenção de matar seu desafeto. d) culposo porque o agente deu causa ao resultado por negligência. e) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imprudência. 8. [Escrivão de Polícia-(C3)-(CE)-(NS)-PC-PE/2016-UnB].(Q.42) No que se refere a crime consumado e a crime tentado, assinale a opção correta. a) No iter criminis, a aquisição de uma corda a ser utilizada para amarrar a vítima que se pretende sequestrar é ato executório do crime de sequestro. b) Os atos preparatórios de um crime de homicídio, a ser executado com o emprego de arma de fogo que possui a numeração raspada, não caracterizam a tentativa e não podem constituir crime autônomo. c) Situação hipotética: Policiais surpreenderam João portando uma chave-mestra enquanto circulava próximo a uma loja no interior de um shopping center em atitude suspeita. Assertiva: Nesse caso, João responderá por tentativa de furto, pois, devido ao porte da chave-mestra, os policiais puderam inferir que ele pretendia furtar um veículo no estacionamento. d) Situação hipotética: José deu seis tiros em seu desafeto, que foi socorrido e sobreviveu, por circunstâncias alheias à vontade de José. Assertiva: Nesse caso, está configurada a tentativa imperfeita. e) Situação hipotética: Maria entrou em uma loja de cosméticos e furtou um frasco de creme hidratante, em um momento de descuido da vendedora. Assertiva: Nesse caso, a consumação do crime ocorreu com a mera detenção do bem subtraído. 9. [Papiloscopista-(Pr. Objetiva)-(NS)-(V1)-PC-SP/2013-Vunesp].(Q.34) Imagine que João confunda seu aparelho de telefone celular com o de seu colega Pedro e, descuidadamente, leve para sua casa o aparelho de Pedro. Ao perceber o equívoco, João imediatamente comunica-se com Pedro e informa o ocorrido. No dia seguinte, João devolve o aparelho ao colega sem qualquer dano. Analisando a hipótese narrada, é possível afirmar que João a) cometeu crime de furto, mas não será punido em vista do instituto da desistência voluntária. b) não cometeu crime algum. c) cometeu crime de apropriação indébita, mas não será punido em vista do instituto da desistência voluntária. d) cometeu crime de furto, mas não será punido em vista do instituto do arrependimento eficaz. e) cometeu crime de apropriação indébita, mas não será punido em vista do instituto do arrependimento eficaz. 10. [Escrivão-(3ª Cat.)-(PS03-P)-(NS)-(T)-PC-ES/2013-Funcab].(Q.45) Maria colocou um par de botas no sapateiro para consertar. Na ocasião, ela recebeu um comprovante da entrega das botas, contendo o preço, o prazo de entrega e uma observação em caixa alta e negrito, na qual constava que a mercadoria seria vendida para saldar a dívida do conserto, caso não viesse a ser retirada no prazo de três meses. Maria, por esquecimento, não retornou para saldar o conserto e retirar suas botas. Transcorridos os três meses, suas botas foram vendidas pelo sapateiro. Assim, o sapateiro: a) incidiu no erro de tipo vencível. b) poderá responder pelo crime de estelionato. c) incidiu em erro de proibição. d) poderá responder pelo crime de furto. e) incidiu em erro de tipo invencível. 11. [Investigador-(NS)-(PS01)-(M)-(TT)-PC-PA/2016-Funcab].(Q.46) A fim de produzir prova em processo penal, o Juiz de Direito de determinada comarca encaminha requisição à Delegacia de Polícia local, ordenando que seja realizada busca domiciliar noturna na casa de um réu. O Delegado de Polícia designa, assim, uma equipe de agentes para o cumprimento da medida, sendo certo que um dos agentes questiona a legalidade do ato, dado o horário de seu cumprimento. O Delegado confirma a ilegalidade. No entanto, sustenta que a diligência deve ser realizada, uma vez que há imposição judicial para seu cumprimento. Com base apenas nas informações constantes do enunciado, caso os agentes efetivem a busca domiciliar noturna: a) não agirião criminosamente, uma vez que atuam no estrito cumprimento do dever legal. b) não agirão criminosamente, já que há mera obediência hierárquica. c) não agirão criminosamente, em virtude de coação moral irresistível. d) agirão criminosamente. e) não agirão criminosamente, pois amparados pelo estado de necessidade. 40

15 AGENTE (Investigador e Escrivão) PC-MS Noções de Direito Penal Teoria, Legislações e Questões 12. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.30) Sobre as excludentes de ilicitude, conforme prevê o código penal, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas. ( ) Consideram-se excludentes de ilicitude: doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardo, embriaguez completa e involuntária, dependência ou intoxicação involuntária decorrente do concurso de drogas ilícitas. ( ) Consideram-se excludentes de ilicitude: estado de necessidade, legítima defesa, exercício regular de um direito e estrito cumprimento de um dever legal. ( ) Consideram-se excludentes de ilicitude: consentimento do ofendido, erro de proibição, erro de tipo e atenuantes. ( ) Consideram-se excludentes de ilicitude: estado de necessidade, legítima defesa, graça e anistia. ( ) Consideram-se excludentes de ilicitude: prescrição, decadência, perdão judicial renúncia. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta para preenchimento dos parênteses, de cima para baixo. a) F, F, F, V, V b) F, V, F, F, V c) F, F, V, F, F d) F, F, F, F, F e) F, V, F, F, F 13. [Agente-(Escrivão e Investigador)-(NS)-SAD-SEJUSP-PC-MS/2013-Fund. Escola Gov.-MS].(Q.31) Sobre as penas, conforme prevê o código penal, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas. ( ) São espécies de pena: privativas de liberdade, restritivas de direitos e multa. ( ) As penas privativas de liberdade são reclusão e detenção. ( ) A pena de detenção deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. ( ) Considera-se regime fechado a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. ( ) Na detração, computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação. a) V, V, F, F, V b) F, V, F, F, V c) F, F, V, F, F d) F, F, F, F, F e) F, V, F, F, F GABARITO B B D E A B C E B C D E A 41

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