Registros vocais no canto aspectos perceptivos, acústicos, aerodinâmicos e fisiológicos da voz modal e da voz de falsete

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Registros vocais no canto aspectos perceptivos, acústicos, aerodinâmicos e fisiológicos da voz modal e da voz de falsete"

Transcrição

1 Registros vocais no canto aspectos perceptivos, acústicos, aerodinâmicos e fisiológicos da voz modal e da voz de falsete Palavras chaves: qualidade da voz, acústica, percepção auditiva Objetivo: investigar as relações entre produção e percepção dos registros vocais modal e de falsete em emissões de cantores de coral do sexo masculino. Justificativa: cantores, professores de canto e regentes corais há muito fazem referências a quebras na qualidade da voz quando notas musicais consecutivas são produzidas em regiões específicas de pitch. Tais quebras, ou modificações abruptas na qualidade da voz, podem ser percebidas auditivamente e, segundo os cantores, são normalmente associadas a uma sensação sinestésica difusa de mudança de ajustes musculares laríngeos. Cantores profissionais devem aprender a controlar voluntariamente a produção de suas vozes nos diferentes registros vocais, suavizando quebras relacionadas a transições entre registros, ou enfatizando-as, dependendo do estilo do canto. Na prática da clínica vocal, transições involuntárias entre registros vocais podem constituir manifestação importante de determinadas patologias da voz. Na comunidade científica, uma definição pioneira de registros vocais foi apresentada já no século XIX pelo professor de canto Manuel Garcia II: uma série de tons consecutivos e homogêneos que vão da região mais grave até a mais aguda de pitch, produzido pelo mesmo princípio mecânico, cuja natureza difere essencialmente de outras séries de tons, igualmente consecutivos e homogêneos, produzidos por outro princípio mecânico (1). Diante do avanço tecnológico no século XX, a definição de Garcia sofreu evidentemente reformulações. A idéia da existência de diferentes princípios mecânicos subjacentes aos diferentes registros vocais prevaleceu no decorrer dos anos, contudo. Em 1974, o cientista da voz Harry Hollien definiu registro vocal como: um evento totalmente laríngeo que deve ser operacionalmente definido em termos: 1. perceptuais; 2. acústicos; 3. fisiológicos; 4. aerodinâmicos (2). Em 1994, sem desconsiderar a origem essencialmente laríngea dos registros vocais, o cientista da voz Ingo Titze (3) atribuiu proeminência à percepção na definição dos registros vocais, então definidos como: regiões perceptualmente distintas de qualidade de voz, nas quais a mesma pode ser mantida em faixas específicas de pitch e loudness, sugerindo, por assim dizer, que evidências fisiológicas, aerodinâmicas e acústicas só são elas mesmas suficientes para determinar o fenômeno do registro vocal se fizerem resultar em qualidades de voz diferenciáveis perceptualmente.

2 Estudos que investiguem como ocorre a relação entre a produção e a percepção dos registros vocais são relativamente escassos. Também, muitas das investigações que buscam compreender os aspectos acústicos dos registros vocais o fazem analisando o sinal sonoro irradiado pela boca, no qual características acústicas da fonte glótica aparecem já mescladas a características acústicas associadas aos ajustes do trato vocal. Estudos que investiguem as características da fonte glótica dos registros vocais e os modos como tais características determinam a representação perceptual dos mesmos parecem promissores tanto para a compreensão e detalhamento do fenômeno do registro vocal, como para o desenvolvimento de novas tecnologias voltadas para a avaliação e desenvolvimento da voz. Metodologia: a produção dos registros vocais foi investigada a partir da análise das características da fonte glótica de 104 emissões vocais, 52 cantadas no registro modal e 52 cantadas no registro de falsete. Sinais acústicos e eletroglotográficos foram gravados simultaneamente, e formas de onda obtidas por meio de filtragem inversa do sinal acústico, sincronizadas a formas de onda eletroglotográficas (Figuras 1 e 2), foram analisadas. Figura 1: Display oferecido pelo programa para filtragem inversa Decap: espectro acústico, forma da onda acústica e sua primeira derivada antes e depois da filtragem inversa, e primeira derivada do sinal eletroglotográfico. Figura 2: sinais eletroglotográfico e acústico sincronizados. Na forma da onda acústica, em sua derivada, e na derivada da onda eletroglotográfica foram extraídas as seguintes medidas: duração do período e valor da freqüência fundamental (F0); duração da fase fechada; velocidade máxima do declínio do fluxo de ar (VMDFA), representada pelo pico negativo da derivada da onda acústica, também definida como velocidade máxima de fechamento das pregas vocais (4); e amplitude de pico-a-pico do sinal acústico, ou amplitude da corrente alternada do fluxo aéreo glotal (amplitude CA). Foram também calculados: o quociente fechado (QF), definido como a razão entre a duração da fase fechada e a duração do período; o quociente da amplitude normalizada (QAN), definido como a razão entre a Amplitude CA e a VMDFA

3 multiplicada por F0 (5), supostamente correlacionado ao grau de adução glótica (6); e a diferença entre a intensidade dos dois primeiros harmônicos no espectro da fonte glótica (H1 H2). Figura 3. Figura 3: Medidas extraídas da forma da onda acústica, de sua derivada e da derivada do sinal eletroglotográfico. A percepção dos registros vocais foi investigada a partir da análise dos resultados obtidos em teste perceptivo no qual as 104 emissões foram classificadas por 16 juízes, cantores e professores de canto (Figura 4). Figura 4: Modelo do protocolo utilizado para a avaliação perceptiva. As relações entre produção e percepção dos registros vocais foram investigadas pela comparação entre os resultados do teste perceptivo e os valores obtidos para cada um dos parâmetros estudados. Resultados: diferenças sistemáticas na fonte glótica dos registros vocais modal e de falsete foram observadas, assim como relações consistentes entre características da fonte glótica e a percepção desses registros (Figura 5). Valores de QF, de VMDFA e de amplitude CA foram predominantemente maiores no registro modal do que no registro de falsete; valores de H1 H2 e de QAN foram predominantemente maiores no registro de falsete do que no registro modal (Figura 6).

4 Figura 5: Exemplos típicos de formas de onda acústica nos registros modal e de falsete, suas derivadas e derivadas do sinal eletroglotográfico. Figura 6: Valores de QF, H1-H2, VMDFA, amplitude CA e QAN obtidos para os registros modal e de falsete para os treze cantores. Emissões com valores maiores de QF e de VMDFA, e valores menores de H1 H2 e de QAN foram tipicamente percebidas como produzidas no registro modal, e vice-versa (Figura 7). Figura 7: correlação entre a classificação obtida no teste perceptivo e cada um dos parâmetros acústicos analisados Análise: a interpretação das diferenças na fonte glótica dos registros vocais modal e de falsete em função de suas possíveis relações com os diferentes modos de vibração das pregas vocais, mais ou menos alongadas, mais ou menos espessadas, envolvendo maior ou menor grau de adução glótica, tal qual mencionados na literatura científica, mostrou-se coerente e consistente. Figura 7: Deslocamento das margens das pregas vocais (a) no registro modal e (b) no registro de falsete (7), e sua representação na forma da onda gótica; e esquema correspondente da diferença de espessura das pregas vocais (a) no registro modal e (b) no registro de falsete (8).

5 A análise de regressão múltipla stepwise apontou QF como o parâmetro de maior relevância para a predição da classificação perceptiva dos registros vocais estudados, explicando 75% da variação do número de votos para o registro modal, porcentagem que subiu para 82% quando H1- H2, VMDFA e amplitude CA foram incluídos (Tabela 1). Tabela 1: Resumo da análise da regressão múltipla das relações entre os vários parâmetros da fonte glótica e o número de votos para o registro modal. r diz respeito à correlação. O desvio padrão está relacionado ao número de juízes. Finalmente, a análise de cluster sugeriu a existência de um verdadeiro contínuo sonoro na dimensão das manifestações acústicas relacionadas aos registros vocais.. Figura 8: Resultados da Análise de Cluster sugerindo a existência de um contínuo sonoro interligando tons tipicamente produzidos no registro de falsete (F) na extremidade esquerda da nuvem de pontos e tons tipicamente produzidos no registro modal (M) na extremidade direita da nuvem. Conclusões: foram observadas diferenças sistemáticas na fonte glótica dos registros modal e de falsete associadas aos parâmetros QF, H1-H2, VMDFA, QAN e amplitude CA, QF apresentando-se como parâmetro de maior relevância para a diferenciação perceptiva desses registros. A constatação de que existe uma verdadeira gradação sonora na dimensão das manifestações acústicas relacionadas aos registros vocais reforça a importância da percepção categórica na identificação e na própria definição dos registros vocais. Referências Bibliográficas: 1. Garcia, M. (1847) Mémoire sur la voix humaine présenté à lacadémie des Sciences en Paris: Duverger. 2. Hollien H. On vocal registers. J Phonetics. 1974; 2: Titze I. Vocal Registers. In: Principles of Voice Production. New Jersey: Prentice Hall; p

6 4. Holmberg EB, Hillman, R, Perkell, JS. Glottal airflow and transglottal pressure measurements for male and female speakers in soft, normal, and loud voice. J Acoustic Soc Am. 1988; 84: Fant G, Lin Q. Frequency domain interpretation and derivation of glottal flow parameters. Speech Transmission Laboratory Quarterly Progress Report. 1988; 2-3 (85): Hillman R, Holberg E, Perkell J, Walsh M, Vaughan C. Objective assessment of vocal hyperfunctionally related vocal fold lesions. J Voice. 1990; 4: Sundberg J, Högset C. Voice source differences between falsetto and modal registers in counter tenors, tenors and baritones. Log Phon Vocol. 2001; 26: Miller DG. Registers in Singing: Empirical and Systematic Studies in the Theory of the Singing Voice. Groningen: University of Groningen; p

mecanismo humano de produção de fala mecanismo humano de produção de fala AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13

mecanismo humano de produção de fala mecanismo humano de produção de fala AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13 AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13 ajf@fe.up.pt.:31:. mecanismo humano de produção de fala AVPV ESS.IPS 29,30.nov.13 ajf@fe.up.pt.:32:. modo de articulação fluxo periódico de ar por vibração das pregas vocais sons

Leia mais

Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música

Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música Canto belting em inglês e português: Ajustes do trato vocal, características acústicas, perceptivo-auditivas, descrição fonológica e fonética das vogais Palavras-chave: Acústica - Fonética - Música INTRODUÇÃO:

Leia mais

Mara Carvalho / Filipe Abreu. Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra

Mara Carvalho / Filipe Abreu. Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra Tecnologias de apoio diagnóstico da voz Mara Carvalho / Filipe Abreu Jornadas Interdisciplinares sobre Tecnologias de Apoio Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra 27 de Setembro de 2007 Índice

Leia mais

Título: Perfil de Extensão vocal em cantores com e sem queixas de voz

Título: Perfil de Extensão vocal em cantores com e sem queixas de voz Título: Perfil de Extensão vocal em cantores com e sem queixas de voz Autores: EDYANNE MYRTS TAVARES LINO DOS SANTOS, JONIA ALVES LUCENA, ANA NERY BARBOSA DE ARAÚJO, ZULINA SOUZA DE LIRA, ADRIANA DE OLIVEIRA

Leia mais

Uma abordagem fonética e acústica da técnica vocal

Uma abordagem fonética e acústica da técnica vocal - Uma abordagem fonética e acústica da técnica vocal COMUNICAÇÃO Marcos Sfredo Universidade de Brasília - marcos.sfredo@gmail.com Resumo: O objetivo deste trabalho é apresentar uma abordagem da técnica

Leia mais

Voz ressoante em alunos de teatro: correlatos perceptivoauditivos e acústicos da emissão treinada Y-Buzz de Lessac

Voz ressoante em alunos de teatro: correlatos perceptivoauditivos e acústicos da emissão treinada Y-Buzz de Lessac Voz ressoante em alunos de teatro: correlatos perceptivoauditivos e acústicos da emissão treinada Y-Buzz de Lessac Palavras-chave: treinamento da voz; acústica da fala; percepção-auditiva Introdução e

Leia mais

Registro vocal: uma abordagem conceitual

Registro vocal: uma abordagem conceitual Registro vocal: uma abordagem conceitual FÁBIO MIGUEL 26 Bacharel em Regência, Mestre e Doutorando em Música pela Universidade Estadual Paulista. Como regente e preparador atuou frente ao coro da Igreja

Leia mais

Discriminação entre vozes adaptadas, levemente soprosas e tensas: diferenças entre os dois primeiros harmônicos

Discriminação entre vozes adaptadas, levemente soprosas e tensas: diferenças entre os dois primeiros harmônicos Artigo Original Discriminação entre vozes adaptadas, levemente soprosas e tensas: diferenças entre os dois primeiros harmônicos Distinction between adapted, slightly breathy and tense voices: differences

Leia mais

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE VOZES ADAPTADAS E DISFÔNICAS Autores: Márcia Menezes, Maysa T. Ubrig-Zancanella, Maria Gabriela B. Cunha, Gislaine Cordeiro e Kátia Nemr

Leia mais

29/05/14. Psicoacústica. Conceito. Psicoacústica. Psicoacústica. Lei de Weber-Fechner. Lei de Weber-Fechner

29/05/14. Psicoacústica. Conceito. Psicoacústica. Psicoacústica. Lei de Weber-Fechner. Lei de Weber-Fechner Conceito A refere-se ao estudo da percepção do estímulo acústico que chega a um indivíduo, diferenciando-se do estímulo físico e se aproximando da resposta psicológica dada a este estímulo A faz uma relação

Leia mais

FÍSICA. Oscilação e Ondas. Acústica. Prof. Luciano Fontes

FÍSICA. Oscilação e Ondas. Acústica. Prof. Luciano Fontes FÍSICA Oscilação e Ondas Acústica Prof. Luciano Fontes ACÚSTICA = É o estudo das ondas sonoras. Ondas sonoras são mecânicas, longitudinais e tridimensionais; Ondas sonoras não se propagam no vácuo; VELOCIDADE

Leia mais

Características acústicas das vogais e consoantes

Características acústicas das vogais e consoantes Características acústicas das vogais e consoantes APOIO PEDAGÓGICO Prof. Cecília Toledo ceciliavstoledo@gmail. com http://fonologia.org/acustica.php Fonética acústica A Fonética acústica é um ramo da Fonética

Leia mais

5º Simposio de Ensino de Graduação

5º Simposio de Ensino de Graduação 5º Simposio de Ensino de Graduação PERFIL VOCAL DE CORALISTAS AMADORES DO ESTILO GOSPEL Autor(es) MARIANA SIQUEIRA DA SILVA Orientador(es) Evani Andreatta A. Camargo 1. Introdução Este trabalho visa conhecer

Leia mais

TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS

TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS TERMINOLOGIA DE RECURSOS VOCAIS SOB O PONTO DE VISTA DE FONOAUDIÓLOGOS E PREPARADORES VOCAIS Palavras Chave: Voz, Terminologia, Recursos Vocais. INTRODUÇÃO: Os avanços nos métodos de avaliação da voz mudaram

Leia mais

Tecnologia de Apoio em Tempo-Real ao Canto

Tecnologia de Apoio em Tempo-Real ao Canto Projecto FCT PTDC/SAU-BEB/1099/2008 Tecnologia de Apoio em Tempo-Real ao Canto Abordagem acerca de parâmetros qualitativos e perceptivos João Filipe Terleira de Sá Ferreira /12/2011 Página 1 Índice 1.

Leia mais

Comparação das variações acústicas da fala entre famílias fluentes e famílias com diagnóstico de gagueira

Comparação das variações acústicas da fala entre famílias fluentes e famílias com diagnóstico de gagueira Comparação das variações acústicas da fala entre famílias fluentes e famílias com diagnóstico de gagueira Palavras-chave: fonoaudiologia, fala, voz Introdução Estudos genéticos direcionados à compreensão

Leia mais

Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan

Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan Física Acústica Aula 8 Energia transportada pelas ondas Ondas transportam energia. Intensidade I de uma onda: Potência transportada por unidade de área perpendicular

Leia mais

Ondulatória Parte 1. Física_9 EF. Profa. Kelly Pascoalino

Ondulatória Parte 1. Física_9 EF. Profa. Kelly Pascoalino Ondulatória Parte 1 Física_9 EF Profa. Kelly Pascoalino Nesta aula: Introdução; Ondas mecânicas; Ondas sonoras. INTRODUÇÃO Ondas de vários tipos estão presentes em nossas vidas. Lidamos com os mais diversos

Leia mais

UMA INTRODUÇÃO À ACÚSTICA DA VOZ CANTADA

UMA INTRODUÇÃO À ACÚSTICA DA VOZ CANTADA UMA INTRODUÇÃO À ACÚSTICA DA VOZ CANTADA Maurílio Nunes Vieira Departamento de Física/ICEx/UFMG e-mail: maurilio@fisica.ufmg.br Resumo: Este artigo é dedicado àqueles não-familiarizados com as ciências

Leia mais

Boa Prova e... Aquele Abraço!!!!!!!! Virgílio.

Boa Prova e... Aquele Abraço!!!!!!!! Virgílio. PROVA DE FÍSICA 3 o TRIMESTRE DE 2015 PROF. VIRGÍLIO NOME Nº 9º ANO Olá, caro(a) aluno(a). Segue abaixo uma série de exercícios que têm, como base, o que foi trabalhado em sala de aula durante todo o ano.

Leia mais

Ondas sonoras. Qualidades fisiológicas de uma onda sonora

Ondas sonoras. Qualidades fisiológicas de uma onda sonora Ondas sonoras As ondas mecânicas que propiciam o fenômeno da audição aos seres vivos são chamadas de ondas sonoras. Como todas as ondas mecânicas, as ondas sonoras podem se propagar nos mais diversos meios,

Leia mais

LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO

LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO 134 LESÕES DE BORDA DE PREGAS VOCAIS E TEMPOS MÁXIMOS DE FONAÇÃO Vocal folds edge lesions and maximum phonation times Bárbara Costa Beber (1), Carla Aparecida Cielo (2), Márcia Amaral Siqueira (3) RESUMO

Leia mais

Registros vocais no canto:

Registros vocais no canto: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC-SP Gláucia Laís Salomão Registros vocais no canto: aspectos perceptivos, acústicos, aerodinâmicos e fisiológicos da voz modal e da voz de falsete DOUTORADO

Leia mais

O ESTUDO DA PRODUÇÃO DA FALA ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ESPECTROS DE TUBOS SONOROS

O ESTUDO DA PRODUÇÃO DA FALA ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ESPECTROS DE TUBOS SONOROS O ESTUDO DA PRODUÇÃO DA FALA ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ESPECTROS DE TUBOS SONOROS Cristiane R. C. Tavolaro 1 [cris@pucsp.br] Marisa A. Cavalcante 2 [marisac@pucsp.br ] Bruno Sinopoli de Menezes 3 [brudil@uol.com.br]

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS

RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS RELAÇÃO ENTRE TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO, ESTATURA E IDADE EM CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS Palavras chaves: Testes respiratórios, avaliação, voz. Introdução O Tempo Máximo de Fonação (TMF) é um teste objetivo

Leia mais

Bioacústica. Maria Luisa da Silva UFPa Jacques Vielliard UNICAMP

Bioacústica. Maria Luisa da Silva UFPa Jacques Vielliard UNICAMP Bioacústica Maria Luisa da Silva UFPa silva.malu@uol.com.br Jacques Vielliard UNICAMP jacques@unicamp.br As bases físicas da comunicação sonora e da análise dos sinais sonoros O fenômeno acústico Os parâmetros

Leia mais

Física B Semiextensivo V. 4

Física B Semiextensivo V. 4 Física B Semiextensivo V. 4 Exercícios 0) V V F V F 0) C 03) A 04) D a) Verdadeira. b) Verdadeira. Devemos fazer com que a onda emitida entre em ressonância com a vibração da antena. c) Falsa. Para ocorrer

Leia mais

Investigação de efeitos imediatos de dois exercícios de trato vocal semi-ocluído****

Investigação de efeitos imediatos de dois exercícios de trato vocal semi-ocluído**** Investigação de efeitos imediatos de dois exercícios de trato vocal semi-ocluído**** Investigation of the immediate effects of two semi-ocluded vocal tract exercises Marília Sampaio* Giselle Oliveira**

Leia mais

ONDAS. Ondas Longitudinais: Ondas Transversais: Ondas Eletromagnéticas: Ondas Mecânicas:

ONDAS. Ondas Longitudinais: Ondas Transversais: Ondas Eletromagnéticas: Ondas Mecânicas: ONDAS Uma onda é uma perturbação oscilante de alguma grandeza física no espaço e periódica no tempo. Fisicamente, uma onda é um pulso energético que se propaga através do espaço ou através de um meio (líquido,

Leia mais

Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan

Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan Medidas da Onda Sonora Prof. Theo Z. Pavan Física Acústica Aula 8 Energia transportada pelas ondas Ondas transportam energia. Intensidade I de uma onda: Potência transportada por unidade de área perpendicular

Leia mais

www.fisicanaveia.com.br www.fisicanaveia.com.br/cei Acústica: conceitos básicos Ondas sonoras: Consistem na vibração do meio no qual se propagam (o ar, por exemplo). São ondas mecânicas (necessitam de

Leia mais

O áudio. O áudio. O áudio Wilson de Pádua Paula Filho 1. Propriedades físicas do som Representação digital do som Processamento digital de som

O áudio. O áudio. O áudio Wilson de Pádua Paula Filho 1. Propriedades físicas do som Representação digital do som Processamento digital de som O áudio O áudio Representação digital do som Processamento digital de som As vibrações sonoras: propagam-se como ondas de pressão atmosférica; convertidas em sinais elétricos por transdutores; transdutores

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA. Alice Braga de Deus MEDIDAS AERODINÂMICAS DE FALANTES DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA. Alice Braga de Deus MEDIDAS AERODINÂMICAS DE FALANTES DO PORTUGUÊS BRASILEIRO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE MEDICINA Alice Braga de Deus MEDIDAS AERODINÂMICAS DE FALANTES DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Belo Horizonte 2017 RESUMO Objetivo: Estimar valores de referência

Leia mais

Eletroglotografia em crianças com e sem Transtorno Fonológico

Eletroglotografia em crianças com e sem Transtorno Fonológico Eletroglotografia em crianças com e sem Transtorno Fonológico Palavras-chave: Linguagem Infantil, Transtornos do Desenvolvimento da Linguagem, Distúrbios da fala Agradecimento FAPESP: 05/50465-3 Introdução:

Leia mais

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados.

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados. 1ª Série 2MUT050 ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO I Participação na elaboração de planos de ensino de música.observação e participação de situações reais de ensino de música. Elaboração e análise de material

Leia mais

Tecnologia de Apoio em Tempo-Real ao Canto - Relação entre parâmetros perceptivos da voz cantada com fenómenos acústicos objectivos.

Tecnologia de Apoio em Tempo-Real ao Canto - Relação entre parâmetros perceptivos da voz cantada com fenómenos acústicos objectivos. Instituto Politécnico do Porto Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo Tecnologia de Apoio em Tempo-Real ao Canto - Relação entre parâmetros perceptivos da voz cantada com fenómenos acústicos objectivos.

Leia mais

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade

Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Fonoaudióloga Mestranda Ana Paula Ritto Profa. Dra. Claudia Regina Furquim de Andrade Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Fluência, Funções da Face e Disfagia (LIF-FFFD) Departamento de Fisioterapia,

Leia mais

½-NÁRIO. DEPARTAMENTO DE Eletrônica & SISTEMAS

½-NÁRIO. DEPARTAMENTO DE Eletrônica & SISTEMAS ½-NÁRIO DEPARTAMENTO DE Eletrônica & SISTEMAS Prof. Hélio M. de Oliveira, DES Sintetizadores Eletrônicos (teclados digitais): dos sintetizadores analógicos ao Yamaha DX7 Graduação & PPGEE Março 2010.1

Leia mais

PTC3452 Exercícios sobre Codificação perceptual de Áudio e Vídeo 11/2017 G. S.

PTC3452 Exercícios sobre Codificação perceptual de Áudio e Vídeo 11/2017 G. S. PTC3452 Exercícios sobre Codificação perceptual de Áudio e Vídeo /207 G. S. ) O padrão ao lado representa um bloco de 8x8 elementos de imagem. Os elementos pretos possuem intensidade -27 e os elementos

Leia mais

CURCEP 2015 ACÚSTICA

CURCEP 2015 ACÚSTICA CURCEP 2015 ACÚSTICA FÍSICA B PROF.: BORBA INTRODUÇÃO É o segmento da Física que interpreta o comportamento das ondas sonoras audíveis frente aos diversos fenômenos ondulatórios. ONDA SONORA: Onda mecânica,

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO AUDITIVA E ANÁLISE ACÚSTICA DA EMISSÃO Y-BUZZ DE LESSAC COMPARADA À EMISSÃO HABITUAL ESTUDO COM ATORES Autora: Viviane M.O. Barrichelo O

IDENTIFICAÇÃO AUDITIVA E ANÁLISE ACÚSTICA DA EMISSÃO Y-BUZZ DE LESSAC COMPARADA À EMISSÃO HABITUAL ESTUDO COM ATORES Autora: Viviane M.O. Barrichelo O O COMPORTAMENTO VOCAL DIANTE DO EFEITO LOMBARD EM MULHERES COM DISFONIA FUNCIONAL Autora: Marina Carpintéro Lauer Orientadora: Dra.Mara Behlau Co-orientadora: Ms. Ana Lúcia Spina Ano: 2006 Resumo: Avaliar

Leia mais

Introdução à Química Moderna

Introdução à Química Moderna Introdução à Química Moderna Prof. Alex Fabiano C. Campos, Dr Radiação de Corpo Negro Objeto com T 0K:emite radiação eletromagnética. T 0K Física Clássica: vibração térmica dos átomos e moléculas, provoca

Leia mais

Luciana Lourenço Ana Paula Dassie Leite Mara Behlau. Correlação entre dados ocupacionais, sintomas e avaliação vocal de operadores de telesserviços

Luciana Lourenço Ana Paula Dassie Leite Mara Behlau. Correlação entre dados ocupacionais, sintomas e avaliação vocal de operadores de telesserviços Luciana Lourenço Ana Paula Dassie Leite Mara Behlau Correlação entre dados ocupacionais, sintomas e avaliação vocal de operadores de telesserviços INTRODUÇÃO Atuação Fonoaudiológica Busca pela melhoria

Leia mais

VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86

VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86 Página 497 de 658 VOGAL [A] PRETÔNICA X TÔNICA: O PAPEL DA FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL E DA INTENSIDADE 86 Jaciara Mota Silva ** Taise Motinho Silva Santos *** Marian Oliveira **** Vera Pacheco ***** RESUMO:

Leia mais

Física B Semiextensivo V. 4

Física B Semiextensivo V. 4 Física B Semiextensivo V. 4 Exercícios 0) V V F V F 0) C 03) A 04) D a) Verdadeira. b) Verdadeira. Devemos fazer com que a onda emitida entre em ressonância com a vibração da antena. c) Falsa. Para ocorrer

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SOM Ano Lectivo 2017/2018

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SOM Ano Lectivo 2017/2018 Programa da Unidade Curricular INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SOM Ano Lectivo 2017/2018 1. Unidade Orgânica Ciências Humanas e Sociais (1º Ciclo) 2. Curso Jazz e Música Moderna 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade

Leia mais

RELEMBRANDO ONDAS LONGITUDINAIS

RELEMBRANDO ONDAS LONGITUDINAIS ACÚSTICA ONDAS SONORAS Possuem origem MECÂNICAS. Propagam-se somente em meios materiais; Não se propagam no vácuo. O sistema auditivo de uma pessoa normal é sensibilizado por uma frequência entre 20Hz

Leia mais

O SOM E A ONDA SONORA

O SOM E A ONDA SONORA O SOM E A ONDA SONORA Complementar com a leitura das páginas 94 a 101 Todos os sons são ondas em meios materiais. Na origem de qualquer onda sonora está sempre a vibração de partículas, que se transmite

Leia mais

Planificação 2º Período GR Disciplina Ciências Físico-Químicas 8ºAno

Planificação 2º Período GR Disciplina Ciências Físico-Químicas 8ºAno Planificação 2º Período GR 510 - Disciplina Ciências Físico-Químicas 8ºAno Conteúdos Capítulo 1- Som 1.1- Produção do som 1.1.1. A origem do 1.1.2. Atributos do Competências Gerais Mobilizar saberes culturais,

Leia mais

Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional,

Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional, Ao meu pai, Keiichi Hanayama, à minha mãe, Maria Nilza Hanayama, meus exemplos de sabedoria, dignidade e ética. Com dedicação incondicional, ensinam-me as verdadeiras lições da vida. Aos meus grandes mestres,

Leia mais

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC) Departamento de Música (DEMUS)

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC) Departamento de Música (DEMUS) 1 Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC) Departamento de Música (DEMUS) Curso de Licenciatura em Música DISCIPLINAS ELETIVAS / EMENTAS Análise Musical

Leia mais

PROFESSOR: DANILO GALDINO DISCIPLINA: FÍSICA CONTEÚDO: PRATICANDO AULA: 1

PROFESSOR: DANILO GALDINO DISCIPLINA: FÍSICA CONTEÚDO: PRATICANDO AULA: 1 PROFESSOR: DANILO GALDINO DISCIPLINA: FÍSICA CONTEÚDO: PRATICANDO AULA: 1 2 1 - Um rapaz na beira de um lago observou uma rolha que flutuava na superfície da água, sendo a frequência de oscilação igual

Leia mais

defi departamento de física

defi departamento de física defi departamento de física www.defi.isep.ipp.pt Frequência de uma fonte AC Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Física Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 431 4200-072 Porto. Tel.

Leia mais

CORRELATOS ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS DE QUALIDADE VOCAL

CORRELATOS ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS DE QUALIDADE VOCAL 8.00.00.00-2 LINGÜÍSTICA, LETRAS E ARTES 8.01.00.00 7 - LINGÜÍSTICA CORRELATOS ACÚSTICOS DOS AJUSTES SUPRAGLÓTICOS DE QUALIDADE VOCAL PERPÉTUA COUTINHO GOMES Curso de Fonoaudiologia- Faculdade de Ciências

Leia mais

Função fonatória após o uso prolongado da voz.

Função fonatória após o uso prolongado da voz. Função fonatória após o uso prolongado da voz. Autores: Pellicani, A.D.; Ricz, H.M.A.; Aguiar-Ricz, L.N Palavras-chave: voz, mulheres, fadiga. Introdução: O uso prolongado da voz é caracterizado como um

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de São Paulo. Curso null - null. Ênfase. Disciplina MUS4563T1 - Fisiologia da Voz

Plano de Ensino. Identificação. Câmpus de São Paulo. Curso null - null. Ênfase. Disciplina MUS4563T1 - Fisiologia da Voz Curso null - null Ênfase Identificação Disciplina MUS4563T1 - Fisiologia da Voz Docente(s) Wladimir Farto Contesini de Mattos Unidade Instituto de Artes Departamento Departamento de Música Créditos 4 60

Leia mais

PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Página 291 de 499 PERCEPÇÃO AUDITIVA E VISUAL DAS FRICATIVAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO Audinéia Ferreira-Silva (CAPES/UESB) Vera Pacheco (UESB) Luiz Carlos Cagliari (UNESP) RESUMO Neste trabalho, nosso objetivo

Leia mais

Uso das ferramentas de análise acústica para avaliação da voz sob efeitos imediatos de exercícios vocais.

Uso das ferramentas de análise acústica para avaliação da voz sob efeitos imediatos de exercícios vocais. Uso das ferramentas de análise acústica para avaliação da voz sob efeitos imediatos de exercícios vocais. Pimenta RA 1,4, Dajer ME 2 e Montagnoli AN 1,3 1 Programa de Pós-Graduação Interunidades Bioengenharia/USP,

Leia mais

ACÚSTICA ONDAS SONORAS. Patrick de Almeida

ACÚSTICA ONDAS SONORAS. Patrick de Almeida ACÚSTICA ONDAS SONORAS Patrick de Almeida ACÚSTICA Acústica é o estudo das ondas sonoras; Ondas sonoras são mecânicas, longitudinais e tridimensionais; Ondas sonoras não se propagam no vácuo; Vibração

Leia mais

A sonoridade do corpo-voz no canto: Estratégias de ensino para otimização do desempenho técnico de cantores estudantes.

A sonoridade do corpo-voz no canto: Estratégias de ensino para otimização do desempenho técnico de cantores estudantes. A sonoridade do corpo-voz no canto: Estratégias de ensino para otimização do desempenho técnico de cantores estudantes Comunicação Moacyr Silva Costa Filho EMUS, Universidade Federal da Bahia moacyrsc@hotmail.com

Leia mais

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados.

1ª Série. 2MUT041 CANTO CORAL I Montagem e Apresentação de Repertório coral de estilos e gêneros variados. 1ª Série 2MUT050 ATIVIDADES DE PRÁTICA DE ENSINO I Participação na elaboração de planos de ensino de música.observação e participação de situações reais de ensino de música. Elaboração e análise de material

Leia mais

Como o maestro consegue distinguir tantos sons simultaneamente?

Como o maestro consegue distinguir tantos sons simultaneamente? Como o maestro consegue distinguir tantos sons simultaneamente? http://www.iicnewyork.esteri.it/iic_newyork/webform/..%5c..%5ciicmanager%5cupload%5cimg%5c%5cnewyork%5cfilarmonica_web.jpg Definindo onda

Leia mais

The vocal tract transfers its characteristics onto the sounds

The vocal tract transfers its characteristics onto the sounds Braz J Otorhinolaryngol. 2009;75(5):680-4. Função de transferência das vogais orais do Português brasileiro: análise acústica comparativa Maria Inês Rebelo Gonçalves 1, Paulo Augusto de Lima Pontes 2,

Leia mais

Programa. FFI0210 Acústica Física. Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC

Programa. FFI0210 Acústica Física. Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC FFI0210 Acústica Física Programa Prof. Dr. José Pedro Donoso Prof. Dr. Francisco G. Guimarães Agradescimentos Os docentes da disciplina

Leia mais

ONDAS SONORAS. Nesta aula estudaremos ondas sonoras e nos concentraremos nos seguintes tópicos:

ONDAS SONORAS. Nesta aula estudaremos ondas sonoras e nos concentraremos nos seguintes tópicos: ONDAS SONORAS Nesta aula estudaremos ondas sonoras e nos concentraremos nos seguintes tópicos: Velocidade das ondas sonoras. Relação entre a amplitude do deslocamento e a pressão. Interferência de ondas

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Fenómenos ondulatórios Interferência É o fenômeno resultante da superposição de duas ou mais ondas. Onda estacionária Figura de interferência determinada pela superposição de ondas de mesma frequência

Leia mais

INTÉRPRETES DE SAMBA-ENREDO E CANTORES DE PAGODE: COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS VOCAIS E DA CONFIGURAÇÃO DO TRATO VOCAL

INTÉRPRETES DE SAMBA-ENREDO E CANTORES DE PAGODE: COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS VOCAIS E DA CONFIGURAÇÃO DO TRATO VOCAL INTÉRPRETES DE SAMBA-ENREDO E CANTORES DE PAGODE: COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS VOCAIS E DA CONFIGURAÇÃO DO TRATO VOCAL Descritores: voz, laringe, diagnóstico INTRODUÇÃO A voz cantada é uma área recente

Leia mais

ACÚSTICA. Professor Paulo Christakis, M.Sc. 05/09/2016 1

ACÚSTICA. Professor Paulo Christakis, M.Sc. 05/09/2016 1 ACÚSTICA 05/09/2016 1 O QUE É ACÚSTICA? Acústica é o ramo da Física que estuda a propagação das ondas sonoras. O som é originado a partir da vibração da matéria em camadas de compressão e rarefação, sendo

Leia mais

Já a velocidade do som na água é de 1450 metros por segundo (m/s), o que corresponde cerca de quatro vezes mais que no ar.

Já a velocidade do som na água é de 1450 metros por segundo (m/s), o que corresponde cerca de quatro vezes mais que no ar. O som Prof. lucasmarqui Como se produz o som? O Som é o resultado de uma vibração, que se transmite ao meio de propagação, provocando zonas de maior compressão de partícula e zonas de menor compressão

Leia mais

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos

Temas: A Voz e o Ouvido Humanos Biofísica Aulas Teóricas (20 de Maio de 2010) Temas: A Voz e o Ouvido Humanos A voz humana Definição No seu sentido mais restrito a voz corresponde aos sons produzidos pela vibração das cordas vocais.

Leia mais

1 Estúdio de Gravação - Mixagem e Masterização EFEITOS DE TEMPO

1 Estúdio de Gravação - Mixagem e Masterização EFEITOS DE TEMPO 1 EFEITOS DE TEMPO Como efeitos que envolvem atraso podem ser usados em gravações e mixagens? Echo, Delay, Chorus, Flanger e Reverb, entre outros, são considerados efeitos de tempo, porque envolvem atraso.

Leia mais

Ondas Sonoras. Profo Josevi Carvalho

Ondas Sonoras. Profo Josevi Carvalho Ondas Sonoras Profo Josevi Carvalho INTRODUÇÃO É o ramo da Física que interpreta o comportamento das ondas sonoras audíveis frente aos diversos fenômenos ondulatórios. ONDA SONORA: Onda mecânica, longitudinal

Leia mais

TC 2 Revisão UECE 1 a. fase Física Prof. João Paulo

TC 2 Revisão UECE 1 a. fase Física Prof. João Paulo 1. (Ufsm 2011) O som é uma onda mecânica longitudinal percebida por muitos seres vivos e produzida por vibrações mecânicas, as quais podem ser induzidas por causas naturais, como o vento. O objeto que,

Leia mais

Relação entre características objetivas da voz cantada e seus atributos artísticos e estéticos.

Relação entre características objetivas da voz cantada e seus atributos artísticos e estéticos. FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Relação entre características objetivas da voz cantada e seus atributos artísticos e estéticos. Vítor Filipe Maia Baptista Fonseca Almeida Mestrado Integrado

Leia mais

Palestrantes: Amábile Beatriz Leal (2º ano) Jéssica Emídio (4º ano) Orientação: Fga. Ms. Angélica E. S. Antonetti

Palestrantes: Amábile Beatriz Leal (2º ano) Jéssica Emídio (4º ano) Orientação: Fga. Ms. Angélica E. S. Antonetti Palestrantes: Amábile Beatriz Leal (2º ano) Jéssica Emídio (4º ano) Orientação: Fga. Ms. Angélica E. S. Antonetti Disfonia é um transtorno vocal em que a produção vocal é realizada com esforço, sem harmonia

Leia mais

Ficha de Unidade Curricular - Curso de Teatro 2009/2010

Ficha de Unidade Curricular - Curso de Teatro 2009/2010 Ficha de Unidade Curricular - Curso de Teatro 2009/2010 Unidade Curricular Designação: Oficina de Voz I Área Científica: MV Ciclo de Estudos: 1º Carácter: Obrigatória Semestre: 1º ECTS: 3 Tempo de Trabalho:

Leia mais

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB

AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB 3661 AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE TONICIDADE E DISTINÇÃO DE OCLUSIVAS SURDAS E SONORAS NO PB INTRODUÇÃO Francisco De Oliveira Meneses (UESB/ FAPESB) Vera PACHECO (UESB) As oclusivas são sons consonânticos

Leia mais

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO

PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Página 47 de 315 PADRÃO FORMÂNTICA DA VOGAL [A] REALIZADA POR CONQUISTENSES: UM ESTUDO COMPARATIVO Tássia da Silva Coelho 13 (UESB) Vera Pacheco 14 (UESB) RESUMO Este trabalho visou a avaliar a configuração

Leia mais

O som: de onda harmónica a onda complexa

O som: de onda harmónica a onda complexa 2--27 O som: de onda harmónica a onda complexa Resultados da aprendizagem Interpretar um sinal sonoro no ar como resultado da vibração do meio, de cuja propagação resulta uma onda longitudinal que se forma

Leia mais

CAPÍTULO VII ONDAS MECÂNICAS

CAPÍTULO VII ONDAS MECÂNICAS CAPÍTULO VII ONDAS MECÂNICAS 7.1. INTRODUÇÃO As ondas mecânicas são fenómenos ondulatórios que necessitam de um meio material para se propagarem. Como exemplos destas ondas, vamos estudar neste capítulo

Leia mais

Física. a) As intensidades da figura foram obtidas a uma distância r = 10 m da rodovia. Considere que a intensidade. do ruído sonoro é dada por I =

Física. a) As intensidades da figura foram obtidas a uma distância r = 10 m da rodovia. Considere que a intensidade. do ruído sonoro é dada por I = Física Revisão Prova bimestral 3 os anos Julio jun/11 Nome: Nº: Turma: 1. (Unicamp) O ruído sonoro nas proximidades de rodovias resulta, predominantemente, da compressão do ar pelos pneus de veículos que

Leia mais

Ondas. Denomina-se onda o movimento causado por uma perturbação que se propaga através de um meio.

Ondas. Denomina-se onda o movimento causado por uma perturbação que se propaga através de um meio. Ondas Ondas Denomina-se onda o movimento causado por uma perturbação que se propaga através de um meio. Uma onda transmite energia sem o transporte de matéria. Classificação Quanto à natureza Ondas mecânicas:

Leia mais

TUBOS DE PVC NO ENSINO DE ONDAS SONORAS NO ENSINO MÉDIO

TUBOS DE PVC NO ENSINO DE ONDAS SONORAS NO ENSINO MÉDIO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS (UFGD) FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA (FACET) MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE FÍSICA (MNPEF) TUBOS DE PVC NO ENSINO DE ONDAS SONORAS NO ENSINO MÉDIO

Leia mais

Fenómenos ondulatórios

Fenómenos ondulatórios Fenómenos ondulatórios Relação entre a velocidade de propagação da onda, o comprimento da onda e o período: v. f ou v T Reflexão de ondas Na reflexão de ondas, o ângulo de reflexão r é igual ao ângulo

Leia mais

Som e Acústica Primeira parte: ondas sonoras

Som e Acústica Primeira parte: ondas sonoras Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos - IFSC FCM 208 Física (Arquitetura) Som e Acústica Primeira parte: ondas sonoras Prof. Dr. José Pedro Donoso Natureza do som O som é uma sensação

Leia mais

Velocidade do Som. Comprimento da Onda

Velocidade do Som. Comprimento da Onda Velocidade do Som A propagação do som no espaço envolve três partes: a fonte de onde o som se origina, o meio no qual ele se propaga e o receptor, onde este som será percebido. Hoje estudaremos o meio

Leia mais

PA R ECER T ÉCNICO I B P

PA R ECER T ÉCNICO I B P PA R ECER T ÉCNICO I B P 1 8 0 7 2 REVISTA FÓRUM PROJETO COMPROVA CONSULENTES S Ã O P A U L O, 2 1 D E S E T E M B R O D E 2 0 1 8 SUMÁRIO 1. OBJETIVO... 3 2. METODOLOGIA... 3 3. PEÇAS SUBMETIDAS A EXAMES...

Leia mais

Psicoacústica. S = k. I / I. S = k. log I. Onde S é a sensação, I a intensidade do estímulo e k uma constante.

Psicoacústica. S = k. I / I. S = k. log I. Onde S é a sensação, I a intensidade do estímulo e k uma constante. 41 Capítulo 5 Psicoacústica A Psicoacústica estuda as sensações auditivas para estímulos sonoros. Trata dos limiares auditivos, limiares de dor, percepção da intensidade de da freqüência do som, mascaramento,

Leia mais

Nome: F.F.D. Data de nascimento:20/04/2000. Idade : 12 anos e 11 meses. Encaminhado por: Clínica de Linguagem Escrita em 2011.

Nome: F.F.D. Data de nascimento:20/04/2000. Idade : 12 anos e 11 meses. Encaminhado por: Clínica de Linguagem Escrita em 2011. Nome: F.F.D. Data de nascimento:20/04/2000 Idade : 12 anos e 11 meses Encaminhado por: Clínica de Linguagem Escrita em 2011. Síndrome de Silver Russel Herança Autossômica Dominante ou Recessiva Múltiplas

Leia mais

Perfil de extensão de fala e voz na clínica vocal

Perfil de extensão de fala e voz na clínica vocal Perfil de extensão de fala e voz na clínica vocal Miriam Moraes; Mara Behlau Palavras-chave: 1. Distúrbios da Voz. 2. Acústica da fala. 3. Voz Introdução A avaliação fonoaudiológica na disfonia exige a

Leia mais

MODIFICAÇÕES VOCAIS ACÚSTICAS ESPECTROGRÁFICAS PRODUZIDAS PELA FONAÇÃO REVERSA

MODIFICAÇÕES VOCAIS ACÚSTICAS ESPECTROGRÁFICAS PRODUZIDAS PELA FONAÇÃO REVERSA MODIFICAÇÕES VOCAIS ACÚSTICAS ESPECTROGRÁFICAS PRODUZIDAS DESCRITORES: Voz; Espectrografia; Fonoterapia. PELA FONAÇÃO REVERSA INTRODUÇÃO A fonação reversa (FR) é uma das técnicas usadas no tratamento fonoterapêutico

Leia mais

Medição da Velocidade da Luz

Medição da Velocidade da Luz Laboratório de Introdução à Física Experimental 2017/18 1 Medição da Velocidade da Luz em diferentes materiais homogéneos e isotrópicos 1 Introdução Em muitas das experiências descritas na literatura para

Leia mais

Visão Geral da Física Aplicada à Fonoaudiologia

Visão Geral da Física Aplicada à Fonoaudiologia Visão Geral da Física Aplicada à Fonoaudiologia Prof. Theo Z. Pavan Departamento de Física - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto-USP Física Acústica I DIA DO MÊS HORÁRIO A U L A

Leia mais

7 Extração de Dados Quantitativos

7 Extração de Dados Quantitativos Capítulo 7 - Extração de Dados Quantitativos 119 7 Extração de Dados Quantitativos A técnica de medição desenvolvida e descrita nos capítulos anteriores produz como resultado a variação temporal da espessura

Leia mais

ONDAS. José Luiz Rybarczyk Filho

ONDAS. José Luiz Rybarczyk Filho ONDAS José Luiz Rybarczyk Filho Introdução O que é ONDA? Onda é uma perturbação ou distúrbio transmitido através do vácuo ou de um meio gasoso, líquido ou sólido. Exemplos: Eletromagnéticas Tipos de Ondas

Leia mais

ANÁLISE DA VOZ DE DEFICIENTES AUDITIVOS PÓS-LINGUAIS PRÉ E PÓS USO DE IMPLANTE COCLEAR

ANÁLISE DA VOZ DE DEFICIENTES AUDITIVOS PÓS-LINGUAIS PRÉ E PÓS USO DE IMPLANTE COCLEAR ANÁLISE DA VOZ DE DEFICIENTES AUDITIVOS PÓS-LINGUAIS PRÉ E PÓS USO DE IMPLANTE COCLEAR Introdução: O feedback auditivo propicia o monitoramento e a calibração da articulação e da produção acústica dos

Leia mais

AUTOR(ES): HIAGO AMADOR CUNHA, DIELSON DA SILVA CONCEIÇÃO, TIAGO SOUZA DOS SANTOS

AUTOR(ES): HIAGO AMADOR CUNHA, DIELSON DA SILVA CONCEIÇÃO, TIAGO SOUZA DOS SANTOS 16 TÍTULO: COMPORTAMENTO DINÂMICO DE UMA VIGA ENGASTADA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: ENGENHARIAS E ARQUITETURA SUBÁREA: ENGENHARIAS INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE TAUBATÉ AUTOR(ES): HIAGO AMADOR CUNHA,

Leia mais

AVALIAÇÃO ELETROGLOTOGRÁFICA DE MULHERES DISFÔNICAS COM LESÃO DE MASSA

AVALIAÇÃO ELETROGLOTOGRÁFICA DE MULHERES DISFÔNICAS COM LESÃO DE MASSA 1073 AVALIAÇÃO ELETROGLOTOGRÁFICA DE MULHERES DISFÔNICAS COM LESÃO DE MASSA Electroglottograpical evaluation of dysphonic women with mass lesions Aline Mansueto Mourão (1), Iara Barreto Bassi (2), Ana

Leia mais