ALBERT CAMUS: EM DEFESA DA LIBERDADE

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1 ALBERT CAMUS: EM DEFESA DA LIBERDADE Thainá dos Santos Matos 1 Patrícia de Oliveira Machado 2 1 Instituto Federal de Goiás/Luziânia/Técnico Integrado em Informática - Pibic-EM, thainasmatos@gmail.com 2 Instituto Federal de Goiás/Luziânia/Prof. Filosofia, patia_82@hotmail.com Resumo A liberdade é um tema que perpassa a história da filosofia, mais ainda: a história do pensamento humano. Desde os gregos antigos aos dias atuais, a pergunta pela liberdade tem suscitado respostas diversas e díspares. Tanto é assim que para alguns teóricos a liberdade não passa de uma dádiva divina, enquanto que para outros, ela sequer é possível. Existem, ainda, filósofos que procuram pensá-la como um elemento essencial para a ação humana, recusando o viés dogmático e transcendental que muitos lhe deram. Dentre esses filósofos que procuram investigar o conceito de liberdade dentro da condição humana devemos destacar Albert Camus, cuja obra é o corpus teórico da presente pesquisa. A escolha por tal teórico é simples: compreendemos que a liberdade na obra de Camus requer a compreensão da própria condição humana, outro tema do qual não podemos nos furtar. Segundo Camus, nossa condição se constitui a partir de situações que escapam da nossa vontade, "situações-limite", como a morte, a velhice, o medo. Essas situações são chamadas por Camus de absurdo. O que é relevante no conceito de absurdo é o fato de que uma vez conscientes dele, isto é, dos limites da nossa condição, conquistamos um universo novo, uma liberdade nova. Liberdade, aliás, absurda, posto que não está fundamentada em valores transcendentais nem metafísicos. Uma vez cientes de que a condição humana é permeada pelo absurdo, não há espaço para ilusões nem enganos (suicídio filosófico), sendo a revolta o único meio de enfrentar o absurdo, sem elidi-lo. Palavras-chave: Liberdade, absurdo, suicídio filosófico, Camus. INTRODUÇÃO À medida que os questionamentos acerca da liberdade foram sendo suscitados, foram também se sofisticando e se diversificando. De igual modo, as respostas para a pergunta: "O que é a liberdade?" também se apresentaram numerosas, distintas e, em alguns casos, contrárias umas as outras. Embora a liberdade seja um conceito com o qual os pensadores sempre se ocuparam, um dos momentos em que o interesse por ele torna-se notável é o período do entre - guerras, ou seja, durante a primeira metade do século XX, quando grandes filósofos e literatos escreveram a seu respeito. Podemos dizer mais especificamente que a literatura "existencialista", com Jean- Paul Sartre, André Malraux, Simone de Beauvoir e Albert Camus, tem como um dos seus nortes a liberdade humana. É também nesse período que o conceito de liberdade assume uma nuance nova, posto que é pensada dentro do universo humano, uma liberdade que atende às exigências de um período histórico conturbado, em que os valores tradicionais perderam seu escopo, sua validade. A liberdade existencialista não procura justificar-se em ideias transcendentais, Revista CTS IFG Luziânia Volume 1, número 1,

2 abstratas e que não condizem com o mundo humano, ao contrário, o pensamento de Albert Camus, do qual trataremos, tem o intuito de refletir sobre a existência propriamente humana, divergindo das concepções religiosas e metafísicas. Assim, marcado pelo testemunho da violência e do extermínio em duas Grandes Guerras, Camus desacreditará dos valores tradicionais endeusados no Iluminismo (BARRETO, s/d, p. 12) e procurará concentrar-se na vida humana, na defesa do homem: Se este mundo não tem um sentido superior, se o homem só tem o homem como garantia, basta que um homem retire um único ser humano da sociedade dos vivos para que ele próprio seja também dela excluído. (CAMUS, 2003, p. 323) Assim, retomar a reflexão camusiana sobre a liberdade é retomar a discussão acerca do que é o homem e do que, de fato, ele pode ser. Revisitar Albert Camus torna-se, portanto, uma tarefa imprescindível, na medida em que esse foi um pensador comprometido com o homem e com a ação, temas que não deixam de nos inquietar, sobretudo hoje em que vivemos tão mergulhados em nosso cotidiano, na correria do trabalho que chega a ser questionável se fazemos uso da nossa liberdade. ABSURDO E SUICÍDIO FILOSÓFICO Albert Camus, em O Mito de Sísifo, aponta para uma condição inescapável do ser humano, para situações limites contra as quais o indivíduo inevitavelmente se debate. Situações essas, inerentes, constitutivas da nossa própria condição. A finitude, o amor, a desumanidade do homem e do mundo e a incompreensão são alguns desses elementos que torna a condição humana absurda. A consciência desses elementos, isto é, do absurdo da vida humana pode vir à tona a qualquer momento, em qualquer lugar, não tendo um momento privilegiado para surgir. O certo é que qualquer fato, por mais banal que pareça, pode desencadear a consciência do absurdo. Um dia, Numa esquina qualquer, o sentimento do absurdo pode bater no rosto de um homem qualquer. Tal como é, em sua nudez desoladora, em sua luz sem brilho, esse sentimento é inapreensível. Mas essa própria dificuldade merece reflexão. (CAMUS, 2004, p. 25). Sabemos que o seu início não é extraordinário, mas o que é, afinal, o sentimento de absurdo? O mal-estar, o pressentimento de que as coisas não vão bem, a sensação angustiante de uma morte certa são alguns indícios de que a sensibilidade percebeu a absurdidade da vida. Isso não significa que necessariamente uma reflexão se seguirá e a partir desse momento se compreenderá, em toda sua extensão, a condição humana. Significa, a princípio, que o indivíduo vivenciou a sensação de impotência, apreendeu que há algo fora do lugar, como se suas referências de súbito o tivessem abandonado naquele instante. Revista CTS IFG Luziânia Volume 1, número 1,

3 Se, por um lado, o sentimento de absurdo nos oferece a intuição, a impressão de que esse mundo não é razoável e que a condição humana é, no mínimo, desconfortável, de outro, a razão confirma. Isso significa que o absurdo surge como uma impressão, um sentimento e pode, em um segundo momento, ser analisado com mais rigor, pode ser notado no âmbito da inteligência. Assim, O mundo absurdo não se analisa em primeiro lugar com rigor. Evoca-se e imagina-se. Assim, este mundo é o produto do pensamento em geral, isto é, da imaginação precisa [...]. Mas, uma vez este mundo esboçado a traços largos, posta a primeira pedra (e só há uma), torna-se possível filosofar ou, mais exatamente, se bem se compreendeu torna-se necessário filosofar. São exigidas e reintroduzidas a análise e o rigor (CAMUS, 1964, Carnets II, p. 8) Malgrado Camus procure caracterizar de modo mais preciso e pormenorizado o conceito de absurdo 1, há algo que é preciso ressaltar tanto no sentimento, quanto na noção de absurdo: a quebra em nosso modus operandi. Essa quebra, esse choque nasce do gesto cotidiano mesmo, é no próprio seio do mecanicismo que a consciência é capaz de se impor, de apoderar-se dele, como címbalos, como duas naturezas que se chocam (LUPPÉ, 1951, p. 13). O rompimento da cadeia dos nossos gestos faz tudo ruir: Cenários desabarem é coisa que acontece. Acordar, bonde, quatro horas no escritório ou na fábrica, almoço, bonde, quatro horas de trabalho, jantar, sono e segunda terça quarta quinta sexta e sábado no mesmo ritmo, um percurso que transcorre sem problemas a maior parte do tempo. Um dia apenas, surge o por que e tudo começa a entrar numa lassidão tingida de assombro. (CAMUS, 2004, p. 27) A percepção do absurdo e essa lassidão assombrosa que o acompanha podem ser bem ilustradas com a personagem Janine do conto A Mulher Adúltera. Janine havia escolhido casar-se por segurança, pois seu marido tinha coragem de viver. No entanto, ao ver-se obrigada a acompanhá-lo em uma viagem a um país desconhecido e inóspito, a personagem, que até então estava inserida em uma vida cotidiana e rotineira, passa a questionar sua vida. Não apenas no seu aspecto corriqueiro e simples, mas existencial. Trata-se, sim, de uma indagação sobre o sentido da sua existência, sobre o que faria ali, de agora em diante, senão arrastar -se até o sono, até a morte? (CAMUS, 1997, p. 27) Janine não se habitua a este novo cenário em que fora introduzida, e a estranheza do lugar a faz sentir medo da solidão, da velhice e da morte. Reconhecia que era dependente da necessidade que Marcel, seu marido, tinha dela. Contudo, o seu despertar, o seu afastamento do 1 O absurdo, segundo Camus, não está no mundo nem no homem, mas é o fruto da tensão entre esses dois elementos, [ele] nasce desse confronto entre o apelo humano e o silêncio irracional do mundo ( CAMUS, 2004, p. 41). Confrontação, desproporção, contradição, divórcio, luta sem trégua, tensão 1, são termos que Camus utiliza para mostrar como ele entende a relação do homem com o mundo. Mas essa caracterização tão negativa, tão carregada só tem razão de ser à medida que o homem aspira àquilo que o mundo não lhe oferece, à medida que o espírito anseia, que exige uma unidade, mas o mundo o decepciona. Revista CTS IFG Luziânia Volume 1, número 1,

4 cotidiano, sua experiência com o absurdo permite que ela pergunte por sua felicidade e perceba que sua escolha em viver e morrer ao lado de Marcel não a fazia feliz nem livre. Assim, é a experiência absurda, seja ela no nível da sensibilidade ou da inteligência, deixa tudo comprometido: não nos satisfazemos mais com o que tínhamos e com o que acreditávamos. O mundo já não tem mais a inteligibilidade que supúnhamos. Já não encontramos nele uma ordem lógica e coerente. Face ao absurdo, nos vemos de frente, somos frágeis e estamos sós. É por essa razão que Camus reconhece que muitos homens procuram fugir do universo limitado e caótico que o absurdo nos desvela. A fuga da consciência do absurdo ou da liberdade é vista por Camus como suicídio filosófico, que consiste na atitude de tentar escapar ao absurdo, de se agarrar a alguma ideia que o transcenda, que transborde a esfera meramente humana. É por isso que Camus critica o pensamento existencial, que se estende a outros pensadores como: Kafka, Chestov, Husserl, Kierkegaard e Dostoievski 2, porque ao divinizar o absurdo, este o admite, mas em toda sua argumentação Camus mostra o caráter paradoxal do absurdo 3, que consiste em uma constatação que só tem sentido na medida em que não for admitida. Os existencialistas, a partir do momento que integram o absurdo, transformando-o em deus, arrancam-no da esfera propriamente humana. Evitam a luta, ou seja, fazem sumir o caráter de oposição e de confronto. Ao final, pressupõe m o absurdo, mas só o demonstra para dissipá-lo (CAMUS, 2004, p. 47). Em o conto O Renegado ou um Espírito Confuso notamos a busca do personagem principal por um sentido, por uma explicação metafísica que oculte o absurdo da existência humana. Nesse texto, Camus mostra que nem todo mundo suporta a liberdade absurda e é por isso que o personagem, um servo, procurava refúgio numa dependência da servidão, adorava e servia ao Deus do amor, que lhe dava a ilusão de que a morte não era o fim. Mas quando Este lhe trouxe solidão e censura passou a servir ao deus do ódio, pois começou a enxergar sob uma nova ótica, compreendeu que o amor não domina nem impõe, não podendo ser, portanto, o verdadeiro mestre. O ódio, ao contrário, traz impiedade e cria a servidão através da dor, sendo ele o senhor da verdade. O medo impede a liberdade, o homem não vive sem Deus porque a teme. Quando se depara com o absurdo, o homem é colocado diante da real liberdade, podendo assumi-la ou não. Nesse último caso, criará um Deus ou um conceito inumano para depositar seus temores, cometerá suicídio filosófico. LIBERDADE ABSURDA Para Camus, à medida que o homem descobre a absurdidade da sua existência ele ganha uma liberdade, uma liberdade inédita, não mais pautada na ideia de eternidade, bem como uma paixão intensa que o leva a querer tudo esgotar. Tal liberdade é inédita porque não é ilusória, não nos leva a acreditar em algo inconsistente, como a vida eterna, a liberdade absoluta ou metafísica. Na verdade, como seria possível falar em liberdade superior ou sustentar a ideia de 2 Camus denomina de existencialistas: Kafka, Chestov, Husserl, Kierkegaard, Dostoievski. Embora todos eles tenham cometido o suicídio filosófico, os caminhos que traçaram foram distintos. Segundo Camus, o salto pode nascer tanto de certa inspiração religiosa (Jaspers e Kierkegaard), quanto da ordem racional (Chestov e Husserl). Ainda que renunciem ao absurdo em nome de coisas distintas, todos têm em comum a aspiração ao eterno (CAMUS, 2004, p. 53). 3 Em outro lugar, Camus af irma que há na atitude absurda uma contradição fundamental (1965, p. 1422, Textes Complémentaires, tradução nossa). Revista CTS IFG Luziânia Volume 1, número 1,

5 liberdade absoluta e eterna? Depois da consciência do absurdo, isso não faz o menor sentido, pois para falarmos de uma liberdade em si, seria preciso, antes, esclarecer o problema de Deus e do mal. A alternativa é conhecida: ou não somos livres e o responsável pelo mal é Deus todo - poderoso, ou somos livres e responsáveis, mas Deus não é todo-pode roso (CAMUS, 2004, p. 68). Se para o homem absurdo não existe mais a ideia de futuro, então "que liberdade pode existir sem segurança de eternidade? (CAMUS, 2004, p. 69). Uma vez vivenciado o absurdo, o homem está consciente da sua limitação e da possibilidade sempre presente da sua morte, não encontrando mais razão para agir como se fosse inteiramente livre. O absurdo, então, nos oferece uma independência nova, uma liberação, substituindo as antigas liberdades que se detinham todas na morte. Na liberdade absurda, o homem perde o hábito de fazer planos, de traçar metas e de planejar seu futuro como se esse estivesse em suas mãos. Após a descoberta do absurdo, tudo se inverte, se altera: O homem absurdo compreende que não é realmente livre. Para falar claro, na medida em que tenho esperança, em que me preocupo por uma verdade que me seja própria, uma maneira de ser ou de acreditar, na medida, enfim, em que organizo minha vida e provo assim que admito que ela tem um sentido, crio barreiras entre as quais recluso a minha vida (CAMUS, 2004, p. 70) É preciso reconhecer que a liberdade que o homem absurdo adquire é limitada, relativa, tem um prazo determinado, pois se estabelece a partir da sua temporalidade, não podendo mais aspirar à vida eterna. O campo de ação do homem absurdo é o presente, o agora. Por isso, Camus afirma que a liberdade só tem sentido em relação a seu destino limitado ( idem, ibidem, p. 72). Ainda que ela seja limitada, é a única possível de se experimentar: uma liberdade concreta e pessoal, uma liberdade de ação ( idem, ibidem, p. 68). Ao se afastar completamente da ideia de liberdade eterna o homem adquire uma maior disponibilidade 4, já não se sujeita mais a propósitos, em sua grande maioria, ditados pela sociedade, nem vive preocupado com o futuro ou com a ideia de outra vida. [...] o homem absurdo, totalmente voltado para a morte (tomada aqui como a absurdidade mais evidente), sente-se desligado de tudo o que não é a atenção apaixonada que se cristaliza nele. Saboreia uma liberdade em relação às regras comuns (idem, ibidem, p. 70). 4 A divina disponibilidade do condenado à morte diante do qual em certa madrugada as portas da prisão se abrem, esse incrível desinteresse por tudo, exceto pela chama pura da vida, a morte e o absurdo, são aqui, nota-se, os princípios da única liberdade razoável: aquela que um coração humano pode sentir e viver (CAMUS, 2004, p. 71). Revista CTS IFG Luziânia Volume 1, número 1,

6 Camus, assim como Nietzsche, acredita que Deus está morto 5 (NIETZSCHE, 2004, p. 105) e que a partir desse fato os homens conquistam sua liberdade (CAMUS, 2004, p. 123). É por essa razão que o filósofo se esforça para mostrar que a ideia de esperança e de eterno não pode sobreviver em um mundo absurdo, em um cenário carente de divindade e de transcendência. Muito mais que se opor a Deus Camus irá combater a ilusão dessa divindade: os resquícios do cristianismo sob as aparências da moral (CAMUS, 2004, p. 51). Irá, portanto, recusar veementemente a ideia de esperança, pois compreende que ela é um dos modos de se escapar, de negar a consciência do absurdo. Como atitude religiosa ou filosófica ela proporciona ao homem um sentido, uma significação para além dos limites humanos. Não devemos esquecer que Se há absurdo, é no universo humano. Desde o momento em que sua noção se transforma em trampolim de eternidade, não está mais relacionada com a lucidez humana. O absurdo não é mais aquela evidência que o homem constata sem admitir. A luta é evitada. O homem integra o absurdo e nessa comunhão faz desaparecer seu caráter essencial que é oposição, dilaceramento e divórcio. Esse salto é uma escapatória (idem, ibidem, p. 49). Se não devemos renunciar a consciência do absurdo, podemos viver o tempo todo com ela? Camus fala do despertar definitivo, poderíamos entender que há a possibilidade de se manter acordado sempre? A questão se mostra relevante à medida que a manutenção da consciência de uma situação tão cruel e pessimista nos parece inviável. Poderia o homem viver o tempo todo questionando o seu cotidiano, as coisas ao seu redor, poderia ser capaz de estar desperto o tempo todo? Em O Mito de Sísifo vemos um apelo constante e incisivo de Camus para que não abandonemos nossas novas descobertas, para que não recuemos diante daquilo que o espírito nos revelou (CAMUS, 2004, p. 62). Devemos fazer viver o absurdo, sem, contudo aceitá-lo integralmente. O que, para Camus, só é possível a partir de uma das poucas posturas filosóficas coerentes : a revolta (révolte) (idem, ibidem, p. 66), que não é senão: [...]a exigência de uma transparência impossível e questiona o mundo a cada segundo [...] é a presença constante do homem diante de si mesmo. Não é aspiração, porque não tem esperança. Essa revolta é apenas a certeza de um destino esmagador, sem a resignação que deveria acompanhá-la (idem, ibidem, p. 66). A revolta é a melhor maneira de o homem viver encarando sua verdade e assumindo sua nova liberdade. O homem revoltado, que não foge nem aceita integralmente o absurdo, é um homem livre, posto que está ciente de suas limitações, dos contornos da sua própria condição. O que não significa conformação ou resignação. O homem revoltado ganha, ao menos, seu orgulho, pois carrega sozinho o seu destino, sem ilusões, sem esperança. Ele preserva sua liberdade e sua grandeza. 5 Em outro aforismo de A Gaia Ciência, Nietzsche não apenas afirma que Deus morreu, mas que foram os próprios homens que o mataram: Os deuses também apodrecem! Deus morreu! Deus continua morto! E nós os matamos! (NIETZSCHE, 2004, p. 115). Editora Afiliada. Revista CTS IFG Luziânia Volume 1, número 1,

7 Essas últimas duas, liberdade e grandeza, resultam da consciência dos muros que cercam a existência humana e do orgulho que o homem tem de carregar sozinho e sem ilusões o peso da sua própria vida (CAMUS, 2004, p. 67). Frente à consciência do absurdo devemos agir sem apelar para uma metafísica da esperança ou para algum modo de transcendência, o que só é possível por meio da honestidade e, sobretudo, do orgulho. É por essa razão que Camus afirma que o espetáculo do orgulho humano é inigualável ( idem, ibidem, p. 67), já que ele transforma aquilo que nos oprime e humilha em uma grandeza. Já que inevitavelmente se morre, deve-se morrer de pé, sem se reconciliar, sem renunciar suas descobertas absurdas, sem recorrer a instâncias metafisicamente superiores. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das condições impostas ao homem, a única liberdade possível vista por Albert Camus, até o ponto investigado, é a do homem revoltado. O absurdo é algo incontestável e inalterável, ele é constitutivo do indivíduo, não obstante alguns não o perceba. O absurdo chega a qualquer momento, em qualquer lugar, a qualquer homem, causando incômodo, sensação de mal-estar e náusea. Para fugir desta verdade angustiante, o indivíduo busca se livrar destes sintomas, recorrendo a válvulas de escape, a meios que ocultem essa realidade irrefutável. Se o absurdo mostra a fragilidade humana perante a morte, o suicídio filosófico, tido como fuga, proporciona a ilusão de que há vida eterna ou esperança. Contudo, a única maneira de se fazer verdadeiramente livre é encarando o absurdo e com isso não cometendo suicídio filosófico. Ciente da sua condição no mundo, o homem tornar-se independente das ilusões proporcionadas pelos suicídios filosóficos, sabe que não há esperança. Uma vez revoltado, o homem enfrenta o absurdo, porém sem a quimera de livrar-se dele. Portanto, é somente pela revolta que o homem consegue manter-se fiel a sua verdade, ao absurdo de sua existência. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Vicente. Camus. Rio de Janeiro: Paz e Terra, s/d. CAMUS, Albert. O Exílio e o Reino. Rio de Janeiro: Record, O Mito de Sísifo: Ensaio Sobre o Absurdo. Rio de Janeiro: Record, O Homem Revoltado. Rio de Janeiro: Record, Carnets II. Paris: Gallimard, Textes complémentaires. Paris: Gallimard, LUPPE, Robert. Albert Camus. Paris: Temps Présent, MELANÇON, Marcel. Albert Camus: analyse de sa pensée. Friburgo: Éditions Universitaires de Fribourg Suisse, NIETZSCHE, Freidrich. A Gaia Ciência. Rio de Janeiro: Editora Afiliada, Revista CTS IFG Luziânia Volume 1, número 1,

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