Título: Plano de Estudos 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) Autor: CEJ Ano de Publicação: 2014 Edição: Centro de Estudos

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1 PLANO DE ESTUDOS 31.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Judiciais 3.º Curso de Formação de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais

2 Título: Plano de Estudos 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) Autor: CEJ Ano de Publicação: 2014 Edição: Centro de Estudos Judiciários Largo do Limoeiro Lisboa

3 Índice 1. LINHAS PROGRAMÁTICAS, METODOLOGIA E OBJETIVOS FORMATIVOS LINHAS PROGRAMÁTICAS E METODOLÓGICAS GERAIS E ESPECÍFICAS ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS CRITÉRIOS ESTRUTURANTES: 31.º CURSO CRITÉRIOS ESTRUTURANTES: 3.º CURSO TAF Aspetos gerais Linhas programáticas Orientações programáticas CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: 31.º CURSO COMPONENTES FORMATIVAS GERAL E DE ESPECIALIDADE Direitos Fundamentais e Direito Constitucional Direito Europeu e Internacional Inglês Jurídico Tecnologias de Informação e Comunicação COMPONENTE FORMATIVA PROFISSIONAL Direito Civil e Processual Civil e Comercial Linhas programáticas e metodológicas gerais Duração Objetivos formativos Planificação Direito Penal e Processual Penal Direito da Família e das Crianças Direito do Trabalho e da Empresa CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS: 3.º CURSO TAF COMPONENTES FORMATIVAS GERAL E DE ESPECIALIDADE Contabilidade e Gestão e princípios de contabilidade financeira e fiscal Organização administrativa Direito do Urbanismo e do Ambiente Direito Contraordenacional, substantivo e processual Contratação pública Direito das relações laborais na Administração Pública Regimes jurídicos dos impostos e Direito Aduaneiro e Contencioso Aduaneiro Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 3

4 Direitos Fundamentais e Direito Constitucional Inglês Jurídico Tecnologias de Informação e Comunicação Direito europeu e Direito administrativo europeu, substantivo e processual, e direito internacional incluindo cooperação judiciária internacional COMPONENTE FORMATIVA PROFISSIONAL Direito administrativo, substantivo e processual Direito tributário, substantivo e processual Sessões de trabalho (workshops) Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade Civil e Direito Processual Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 4

5 1. Linhas programáticas, metodologia e objetivos formativos A formação inicial de Magistrados para os tribunais judiciais compreende um curso de formação teórico-prática, organizado em dois ciclos sucessivos, e um estágio de ingresso, sendo que o primeiro ciclo desse curso se realiza na sede do CEJ, com a ressalva dos estágios intercalares de curta duração, que decorrem nos tribunais tal como se estabelece nos n.ºs 1 e 2 do artigo 30.º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro. No presente ano de atividades do CEJ (ao qual, por comodidade, nos referiremos como ano letivo), foram abertos dois concursos para ingresso em dois novos cursos de formação de magistrados, respetivamente para os Tribunais Judiciais e para os Tribunais Administrativos e Fiscais. Assim, o primeiro ciclo do 31º Curso de formação teórico-prática de futuros Magistrados para os Tribunais Judiciais decorrerá entre 1 de outubro de 2014 e 15 de julho de Trata -se de um curso destinado a preencher um total de 40 vagas, sendo 20 na magistratura judicial e 20 na magistratura do Ministério Público. Do mesmo modo, o primeiro ciclo do 3.º Curso de formação teórico-prática de futuros Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais decorrerá entre 1 de outubro de 2014 e 15 de julho de O curso tem um total de 40 vagas. Apresenta-se, de seguida, as linhas programáticas que são comuns aos dois cursos e, após, as opções metodológicas, objetivos formativos e Programas específicos do 31.º Curso de fo rmação para os Tribunais Judiciais e do 3.º Curso para os Tribunais Administrativos e Fiscais (adiante e abreviadamente 31.º Curso TJ e 3.º Curso TAF). Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 5

6 1.1. Linhas programáticas e metodológicas gerais e específicas Estabelece a Lei n.º 2/2008 um conjunto de objetivos gerais para o curso de formação teóricoprática e de objetivos específicos para o primeiro ciclo desse curso. Quanto a objetivos gerais, determina o n.º 1 do artigo 34.º da Lei n.º 2/2008 que o curso de formação teórico-prática para os tribunais judiciais «tem como objetivos fundamentais proporcionar aos auditores de justiça o desenvolvimento de qualidades e a aquisição de competências técnicas para o exercício das funções de juiz ( ) e de Magistrado do Ministério Público». Nesse contexto, enuncia o n.º 2 do citado preceito legal, «no domínio do desenvolvimento de qualidades para o exercício das funções», os seguintes: «a) A compreensão do papel dos juízes e dos Magistrados do Ministério Público na garantia e efetivação dos direitos fundamentais do cidadão; b) A perceção integrada do sistema de justiça e da sua missão no quadro constitucional; c) A compreensão da conflitualidade social e da multiculturalidade, sob uma perspetiva pluralista, na linha de aprofundamento dos direitos fundamentais; d) O apuramento do espírito crítico e reflexivo e a atitude de abertura a outros saberes na análise das questões e no processo de decisão; e) A identificação das exigências éticas da função e da deontologia profissional, na perspetiva da garantia dos direi tos dos cidadãos; f) Uma cultura de boas práticas em matéria de relações humanas, no quadro das relações profissionais, institucionais e com o cidadão em geral; g) Uma cultura e prática de autoformação ao longo da vida.» E o n.º 3 elenca, «na vertente da aquisição das competências técnicas», estes outros: «a) A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos técnico-jurídicos necessários à aplicação do direito; b) O domínio do método jurídico e judiciário na abordagem, análise e resolução dos casos práticos; c) A aquisição de conhecimentos e técnicas de áreas não jurídicas do saber, úteis para a compreensão judiciária das realidades da vida; d) A compreensão e o domínio do processo de decisão mediante o apuramento da intuição prática e jurídica, o desenvolvimento da capacidade de análise, da técnica de argumentação e do poder de síntese, bem como o apelo à ponderação de interesses e às consequências práticas da decisão; e) O domínio dos modos de gestão e da técnica do processo, numa perspetiva de agilizar os procedimentos orientada para a decisão final; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 6

7 f) A aquisição de conhecimentos e o domínio das técnicas de comunicação com relevo para a intervenção judiciária, incluindo o recurso às tecnologias da informação e da comunicação; g) A utilização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o processo de forma eletrónica e desmaterializada; h) A aquisição de competências, no âmbito da organização e gestão de métodos de trabalho, adequadas ao contexto de exercício de cada magistratura.» Sobre os objetivos específicos do primeiro ciclo, no desenvolvimento daqueles objetivos gerais, rege o artigo 36.º, também este desdobrado nas componentes pessoal e técnica. Quanto ao «domínio das qualidades para o exercício das funções», afirma o n.º 1 ter a formação como escopo: «a) Promover a formação sobre os temas respeitantes à administração da justiça; b) Propiciar o conhecimento dos princípios da ética e da deontologia profissional, bem como dos direitos e deveres estatutários e deontológicos; c) Proporcionar a diferenciação dos conteúdos funcionais e técnicos de cada magistratura.» E no n.º 2, «em matéria de competências técnicas», declara -se que o primeiro ciclo visa proporcionar: «a) A formação sobre a importância prática dos direitos fundamentais e o domínio dos respetivos meios de proteção judiciária; b) A aquisição e o aprofundamento dos conhecimentos jurídicos, de natureza substantiva e processual, nos domínios relevantes para o exercício das magistraturas; c) O desenvolvimento da capacidade de abordagem, de análise e do poder de síntese, na resolução de casos práticos, com base no estudo problemático da doutrina e da jurisprudência, mediante a aprendizagem do método jurídico e judiciário; d) O exercício na tomada de decisão, fundado numa argumentação racional e na análise crítica da experiência, por forma a conferir autonomia às posições assumidas; e) O domínio da técnica processual, privilegiando as perspetivas de agilização dos procedimentos, da valoração da prova e da fundamentação das decisões, com especial incidência na elaboração das peças processuais, no tratamento da matéria de facto, nos procedimentos de recolha e produção da prova, e na estruturação das decisões; f) A aprendizagem dos modos de gestão judiciária e do processo, numa perspetiva de racionalização de tarefas por objetivos; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 7

8 g) A aprendizagem das técnicas de pesquisa, tratamento, organização e exposição da informação, útil para a análise dos casos, incluindo o recurso às novas tecnologias; h) A aquisição de saberes não jurídicos com relevo para a atividade judiciária, nomeadamente em matéria de medicina legal, psicologia judiciária, sociologia judiciária e contabilidade e gestão; i) Possibilidade de aprendizagem de uma língua estrangeira, numa perspetiva de utilização técnico-jurídica; j) A aprendizagem de técnicas da comunicação, verbais e não verbais, incluindo o recurso às tecnologias da comunicação; l) A aprendizagem da utilização das aplicações informáticas disponíveis para gerir o processo de forma eletrónica e desmaterializada; m) A integração das competências que vão s endo adquiridas, através de breves períodos de estágio nos tribunais.» Tendo presentes estes parâmetros, devem os mesmos projetar-se nas diversas atividades formativas a desenvolver, com a necessária adequação destas à especificidade das funções das magistraturas judicial e do Ministério Público Orientações estratégicas Sem prejuízo do cumprimento dos objetivos gerais e específicos legalmente assinados ao primeiro ciclo da formação inicial dos auditores de justiça, deve também ter -se em conta que a atual Direção, no seu Projeto Estratégico, apresentado ao Conselho Geral de 18 de julho de 2012, identificou como problema uma formação de primeiro ciclo «demasiado académica e pouco relacionada com os objetivos de formação dos Magistrados isto é, com as competências e as qualidades que definem um bom Magistrado» e assumiu o compromisso de «rever a política de organização curricular de modo a sublinhar o diálogo entre as disciplinas e os docentes [e] ( ) a especificidade profissional da vocação do CEJ» e de introduzir ajustamentos no sistema de avaliação de modo a «reforçar a independência e consciência crítica dos auditores». Com as alterações introduzidas na legislação orgânica que rege o CEJ (Lei n.º 2/2008, de 4 de janeiro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 45/2013, de 3 de julho), o modelo avaliativo acentua o papel formativo dos docentes e uma ideia de aprendizagem contínua dos auditores, em que formadores e formandos estejam mais preocupados com a formação dos futuros Magistrados para o seu próximo desempenho funcional, e menos com a avaliação destes e a sua classificação ou graduação. Nessa medida, o processo avaliativo tenderá a centrar-se numa prognose da ocorrência dos requisitos éticos e técnicos que caracterizam um desempenho profissional exemplar. Como se sublinha no mencionado Projeto Estratégico, a avaliação deve estar «centrada na realização de objetivos claros, atinentes ao conjunto de requisitos técnicos e morais que caracterizam os bons Magistrados». Ou, dito Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 8

9 de outro modo, respigando diferente trecho, «o regime de avaliação deve contribuir para a orientação identitária dos Magistrados, em especial, pela sua independência e responsabilidade, capacidade de decisão e de fundamentação». Consequentemente, e não obstante a necessária indi vidualização dos docentes enquanto avaliadores responsáveis pela concreta avaliação, nos termos legais estabelecidos em cada momento, o método de avaliação contínua foi convolado para uma avaliação global, em que todos os fatores de avaliação que relevem para a aferição daqueles requisitos éticos e técnicos sejam considerados e em que os juízos formulados por todos os docentes que interajam funcionalmente com cada um dos auditores sejam ponderados, sempre com salvaguarda da total transparência do processo a valiativo. Por sua vez, também a própria elaboração do presente Plano de Estudos se inscreve na mesma linha reformadora. Já se assinalou como no aludido Projeto Estratégico se reconheceu a necessidade de evitar modelos académicos ou universitários, pretendendo-se acentuar a componente prática da formação. Nessa medida, e como ali se salienta, os novos planos de estudo devem «privilegiar as seguintes preocupações: interdisciplinaridade dos saberes; complementaridade com o ensino universitário; orientação ao estudo do caso concreto». Trata-se, afinal, de organizar as atividades formativas numa lógica de aquisição de competências para o saber fazer, numa perspetiva de cumprimento da ética profissional e de respeito pelo cidadão, enquanto destinatário da atividade dos tribunais, em que têm papel essencial vários aspetos a desenvolver: formação adequada nos domínios da ética e deontologia profissionais e dos direitos humanos; estudo e assimilação de boas práticas profissionais; preparação para a especialização; exercitação das capacidades de compreensão e valoração da prova, e de ponderação e decisão, segundo o direito e o bom senso; elaboração de materiais de formação comuns dentro de cada área formativa e dirigidos a todos os auditores; mobilização dos formandos para o seu próprio processo formativo; valorização da ponderação e análise crítica das matérias e materiais formativos pelos auditores. E tudo isto terá de ser alcançado sem que se deva sobrecarregar excessivamente a carga horária dos formandos, por tal prejudicar as capacidades de assimilação de conhecimentos, as necessidades de realização de trabalhos e de preparação das sessões e o desiderato de maior ponderação e reflexão dos auditores sobre os conteúdos formativos. Acresce que, para atingir níveis satisfatórios de desenvolvimento dos aspetos referidos, mostra - se ainda de particular relevância enquadrar na formação do primeiro ciclo: reforço de uma perspetiva formativa prática nos contactos com a atividade dos tribunais, aprofundando o modelo de estágio intercalar já existente (previsto no n.º 1 do artigo 42.º da Lei n.º 2/2008); utilização em sessão das gravações e outros materiais formativos de formação contínua; estudo integrado (e não estanque) das matérias das componentes formativas geral e de especialidade, numa lógica de interdisciplinaridade e complementaridade com as áreas da componente profissional (embora, neste ponto, com a vantagem de significar a desnecessidade de autonomização de várias daquelas matérias, que serão tratadas no âmbito das áreas da componente profissional, daí resultando um ganho em termos de gestão da carga horária). Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 9

10 1.3. Critérios estruturantes: 31.º Curso Todas as anteriores considerações implicaram que a organização das atividades formativas fosse estruturada segundo os critérios que se passam a descrever. A) Para efeitos da lecionação das áreas da componente formativa profissional, que constituem o núcleo central da formação, organizou-se o 31.º Curso de formação teórico-prática em 4 grupos de 10 elementos, com duas composi ções alternativas: ou como grupos mistos, para os módulos de formação comum (identificados pelas letras A a D); ou como grupos específicos, para os módulos especificamente dirigidos a determinada magistratura (identificados pelos n.ºs 1 a 4, sendo os de número ímpar compostos por auditores destinados à magistratura judicial e os de número par compostos por auditores destinados à magistratura do Ministério Público). B) O horário semanal-tipo comporta, genericamente, a seguinte distribuição de carga horária pelas 4 áreas da componente profissional, em número de unidades letivas (UL s), de 90 minutos cada, e no conjunto da formação comum e específica: 3 UL s para as Áreas de Direito Civil, Direito Comercial e Direito Processual Civil (doravante, e por facilidade, Jurisdição Civil) e de Direito Penal e Direito Processual Penal (ou Jurisdição Penal); e 2 UL s para as Áreas de Direito da Família e das Crianças (ou Jurisdição de Família) e de Direito do Trabalho e da Empresa (ou Jurisdição do Trabalho). C) A planificação de sessões das diferentes jurisdições, que integra o presente Plano de Estudos, obedece à divisão da programação geral pelo tempo letivo disponível, o que corresponde a 24 semanas ou módulos letivos, acrescendo-lhes uma semana dedicada ao estágio intercalar (a ter lugar em momento em que os auditores já adquiriram, pelo processo formativo, a maturidade adequada a uma melhor perceção prática da atividade judiciária, e prevista para 13 a 17 de maio) e ainda os períodos dedicados às atividades próprias de abertura e encerramento do primeiro ciclo. D) A área do Direito contraordenacional substantivo e processual, integrada na componente profissional da formação, continua a ser repartida entre a Jurisdição Penal e a Jurisdição do Trabalho, nos termos já constantes do anterior Plano de Estudos. E) A ocupação letiva normal com as áreas da componente profissional reporta -se a 4 de 5 dias úteis, ficando livre a 6.ª feira, sendo que esse dia da semana será preenchido com a assistência dos auditores a ações de formação contínua (ainda que estas sejam preferencialmente dirigidas a Magistrados já em exercício de funções), que em regra têm lugar nesse dia, sempre que essas ações tenham interesse pedagógico para os auditores e complementem com utilidade a sua formação curricular, ou com a participação em atividades enquadradas no âmbito das componentes formativas geral e de especialidade ou em módulos temáticos pluridisciplinares. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 10

11 F) As áreas da componente profissional, quando necessário e com salvaguarda de uma gestão equilibrada da carga horária de cada concreto grupo de auditores, podem designar sessões suplementares para períodos disponíveis do normal horário letivo diário, com vista à realização de trabalhos escritos ou outras exercitações práticas. G) As matérias integradas nas componentes formativas geral e de especialidade, cuja ministração não justifique uma lecionação autónoma relativamente às áreas da componente profissional, por essa autonomia gerar uma duplicação temática face a estas áreas, serão incorporadas nas correspondentes áreas da aludida componente profissional sem prejuízo da participação, quando entendido necessário como complemento de formação, em ações de formação contínua pertinentes (v.g., em matéria de Instituições e Organização Judiciárias, Organização e Métodos e Gestão do Processo ou Investigação Criminal e Gestão do Inquérito) ou em sessões ou conferências especificamente organizadas (v.g., nos domínios da Ética e Deontologia Profissional e da Psicologia Forense). H) As matérias relativas à Medicina Legal e Ciências Forenses serão ministradas no segundo ciclo, em função dos bons resultados verificados com o 30.º Curso, no qual se tornou possível ministrar estas matérias de modo descentralizado e em pequenos grupos nos departamentos do Instituto de Medicina Legal de Lisboa, Porto e Coimbra. I) No domínio da Ética e Deontologia Profissional, efetivamente integrada em todas as jurisdições, os auditores acompanharão o desenvolvimento do projeto, considerado estratégico, de preparação de um Manual de Ética para os Tribunais, participando nas reuniões dos grupos de trabalho e intervindo de forma ativa na preparação e na redação dos seus textos. J) As matérias das componentes formativas geral e de especialidade com lecionação autónoma serão as quatro seguintes, repartidas por dois domínios de natureza bem diversa, sendo as duas primeiras de relevante índole jurídica e as duas restantes de caráter meramente técnico e instrumental: Direitos Fundamentais e Direito Constitucional (DFDC); Direito Europeu e Internacional (DEI); Língua estrangeira (Inglês); Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). K) As matérias integradas nas componentes formativas geral e de especialidade com lecionação autónoma serão ministradas em módulos formativos próprios e terão avaliação própria, que ditarão uma apreciação de natureza qualitativa, a integrar de forma relevante, mas sem peso percentual específico (e sem caráter por si só excludente), na avaliação global de cada auditor. No caso das disciplinas de Direitos Fundamentais e Direito Europeu, a avaliação será consistente com novas metodologias de análise, classificação e interpretação de jurisprudência. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 11

12 L) A componente formativa designada por Área de Investigação Aplicada (AIA) será vocacionada para envolver os auditores na produção de materiais formativos, designadamente guias e manuais práticos, de utilidade para o desempenho funcional nos tribunais, que contribuam para a reprodução do saber fazer, numa perspetiva crítica dos procedimentos e dos conteúdos jurisprudenciais. M) Entende-se como mais adequado do ponto de vista pedagógico que a lecionação das matérias integradas nas componentes formativas geral e de especialidade seja feita de modo concentrado no tempo, permitindo conjugar a formação e o debate crítico de todo o grupo de novos auditores de justiça, em vez de diluir estas matérias em unidades letivas ministradas ao longo do curso Critérios estruturantes: 3.º Curso TAF Aspetos gerais Da análise dos programas dos Planos de Estudos do I e do II Curso de formação teórico-prática de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, da observação da dinâmica do processo formativo seja para os Tribunais Judiciais, seja para os Tribunais Administrativos e Fiscais, do conhecimento dos resultados formativos ao nível dos seus agentes e destinatários, decorridos mais de três anos desde o fim do II Curso formação teórico-prática de Magistrados para os Tribunais Administrativos e Fiscais, identificam-se questões merecedoras de reflexão ao nível da ocupação horária dos auditores de justiça em atividades formativas no CEJ, da tipologia das componentes letivas de especialidade e da organização dos conteúdos programáticos. A atualidade dita, nuns casos, a necessidade de maior ocupação horária, de forma a permitir um maior aprofundamento da matéria formativa, noutros reclama novas áreas de formação, fruto da evolução normativa no direito administrativo e tributário e/ou do aumento de litígios e, noutros casos, identificam-se áreas formativas que, na atualidade, não devem ser mantidas. Além disso, deteta-se a conveniência de uma nova organização de algumas matérias, autonomizando áreas do direito que eram ministradas no âmbito do tronco comum da componente profissional do Direito Administrativo, substantivo e processual e do Direito Tributário, substantivo e processual. Quanto à ocupação horária dos auditores de justiça em atividades formativas no CEJ, deve respeitar-se uma carga horária letiva que assegure a lecionação das matérias formativas e que, simultaneamente, permita a sedimentação dos conhecimentos ministrados e assegure as necessidades Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 12

13 decorrentes do trabalho individual e em grupo dos auditores de justiça, assim como a gestão, por estes, do investimento pessoal, em função das exigências avaliativas de cada momento. Porém, torna-se necessário, em algumas áreas, aumentar o tempo letivo, como decorrência da ampliação das matérias formativas, o que será compensado com a menor carga letiva ou mesmo eliminação, noutros setores da componente formativa da especialidade Linhas programáticas A formação inicial dos Auditores do 3º Curso TAF deverá ser orientada para a prossecução dos objetivos que presidem à formação judiciária dos Magistrados, traduzidos no aperfeiçoamento das competências técnicas e funcionais necessárias ao desempenho da função e no desenvolvimento das suas qualidades pessoais. Os Tribunais Administrativos e Fiscais enfrentam na realidade grandes desafios. No que se refere ao Direito Administrativo, assiste-se à reforma e revisão da principal legislação administrativa, com destaque para o Código de Processo nos Tribunais Administrativos e o Código de Procedimento Administrativo, à crescente complexidade do Di reito Administrativo, ao alargamento da competência material dos Tribunais Administrativos e ao questionamento na atualidade de alguns institutos jus-administrativos, numa fase de alteração das formas tradicionais de atuação dos poderes públicos; no tocante ao Direito Tributário, além da sucessiva alteração das leis fiscais, numa constante mutação legislativa, acompanhada da sua fragmentação e crescente complexidade, estão em curso as reformas do IRC e do IRS, a que acresce a influência igualmente crescente do direito internacional e do direito europeu. Não obstante as particularidades dos Tribunais Administrativos e Fiscais, a resposta às necessidades formativas dos auditores de justiça do 3º Curso TAF não diferem das dos demais auditores de justiça, exigindo uma ideia conseguida de método. No que se refere aos conteúdos programáticos e às metodologias pedagógicas, a formação inicial é gizada em termos que permitam a aquisição de competências como ler, como ouvir, como dialogar, como interpretar, como raciocinar, como argumentar e como decidir, enquanto conjunto de variáveis nem sempre constantes do quotidiano do magistrado, com o objetivo da sua adaptação às diversas realidades. Constituindo as áreas da componente formativa profissional, o núcleo central da formação inicial, com expressão na ocupação horária, na aplicação do método de avaliação contínua e na classificações Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 13

14 finais, com relevância na determinação na graduação final dos auditores de justiça, deverá imprimir -se uma maior autonomia científica entre as disciplinas que integram a componente formativa da especialidade e a profissional, desagregando áreas que nos I e II Cursos TAF foram objeto de formação sob uma única disciplina, de forma a prosseguir-se o aprofundamento no tratamento dos temas. A par da componente formativa geral, enquanto matriz curricular genérica, comum ao 31º Curso e ao 3º Curso TAF, com as especificidades para o Curso TAF nele introduzidas, a componente formativa específica do Direito Administrativo e Tributário perpassa as componentes formativas da especialidade e profissional. A formação deverá ter presente a diferenciação entre o Direito Administrativo e o Direito Tributário, assim como acentuar as diferentes componentes formativas da especialidade. O tratamento de cada uma das temáticas far-se-á sempre com apelo aos direitos fundamentais e valores constitucionais, apelando-se à compreensão das exigências éticas da função, bem como a uma cultura de boas práticas no processo administrativo e fiscal. O domínio do método jurídico e judiciário estará presente nessa abordagem, incidindo, de igual modo, no tratamento dos temas e das questões problemáticas do direito administrativo e fiscal, no quadro dos diversos tipos de ações e meios processuais. Embora as questões substantivas exijam um enquadramento teórico, designadamente, pela sua relevância, complexidade e/ou menor tratamento doutrinário, serão primordialmente abordadas sob o prisma do seu tratamento processual, em sede de elaboração dos articulados, de identificação do objeto do litígio, da tramitação processual, da produção de prova e do julgamento de facto e de direito. Com especial incidência, privilegiar-se-á o domínio dos modos de gestão judiciária na ótica da condução finalística do processo, a qual passará pela compreensão e domínio da capacidade de análise e de síntese e do processo de decisão. A abordagem casuística orientar-se-á no sentido de proporcionar, com recurso a processos reais ou simulações práticas, a consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, apelando-se ao direito europeu e ao direito internacional e integrando outros ramos do saber. O tratamento dos casos será experimentado mediante a elaboração de peças escritas, seja com vista à iniciação nos modos de execução técnica, seja como forma de aferir o grau de aprendizagem do auditor. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 14

15 A distribuição dos temas far-se-á tendo em linha de conta a sua pertinência em relação às funções e competências do Juiz no processo, mas sem prejuízo das abordagens complementares que se mostrem indispensáveis. A formação pautar-se-á sempre pela clarificação das regras deontológicas, no sentido da implementação de práticas adequadas. A componente formativa designada por Área de Investigação Aplicada (AIA) será vocacionada para envolver os auditores na produção de materiais formativos, designadamente guias e manuais práticos, de utilidade para o desempenho funcional nos tribunais, que contribuam para a reprodução do saber fazer, numa perspetiva crítica dos procedimentos e dos conteúdos jurisprudenciais Orientações programáticas No que concerne ao concreto conteúdo programático de cada uma das componentes formativas, geral, da especialidade e profissional, respeita -se a diferenciação e autonomia das diversas áreas formativas. O conteúdo programático da componente formativa geral é comum ao 31º Curso e ao 3º Curso TAF, sem prejuízo dos aspetos particulares da formação para os auditores do 3º Curso TAF nas unidades formativas dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional e da Língua estrangeira. Em ambos os casos identifica-se a necessidade de mais uma unidade letiva, em articulação com os docentes das áreas formativas em questão. Tendo, no passado, sido identificados efeitos negativos na excessiva autonomização das matérias formativas no âmbito da estrutura do 1º ciclo da formação teórico-prática, assente na absoluta separação das matérias formativas, estruturadas em disciplinas autónomas e, em regra, com avaliação final de conhecimentos, considera-se, ao contrário do que se verificou nos I e II Curs os TAF, que deve existir a autonomização de matérias até aqui integradas no programa da componente de formação profissional de Direito Administrativo, substantivo e processual, libertando esta disciplina da sua excessiva extensão e conferindo o tratamento da especialidade que exigem algumas áreas do Direito Administrativo. Assim o justifica a Contratação Pública, cuja extensão, complexidade e relevância no âmbito do contencioso administrativo, assim como pela existência de um Código próprio, recomendam que exista Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 15

16 uma componente formativa de especialidade, acompanhada de uma ampliação do seu conteúdo formativo e duração horária, congregando no seu âmbito quer o direito procedimental ou précontratual, quer o direito substantivo dos contratos públicos e administrativos, num tratamento unitário e sistemático de toda a matéria da Contratação Pública. Do mesmo modo, se optou pela autonomia da componente formativa da especialidade do Direito Contraordenacional, substantivo e processual, retirando-a do programa do Direito Tributário, substantivo e processual, em consequência da opção político-legislativa de alargamento da competência dos Tribunais Administrativos para o julgamento dos litígios em matéria de contraordenações administrativas, até aqui dirimidos na jurisdição comum. O Direito das Expropriações, pela sua novidade no seio dos Tribunais Administrativos, fruto igualmente de opções de natureza político-legislativa, deverá também ser objeto de formação específica, quer no âmbito da componente da especialidade, Direito do Urbanismo e Ambiente, quer no âmbito da componente profissional, Direito Administrativo, substantivo e processual, a propósito dos procedimentos administrativos especiais e de hipóteses práticas colocadas aos auditores de justiça. Assim, quando comparado com o II Curso TAF, a componente formativa da especialidade sofrerá uma ampliação nas suas componentes formativas e, em alguns casos, dos seus próprios conteúdos formativos, contando, além do (i) Direito Europeu e Direito Internac ional, incluindo cooperação judiciária e internacional e Direito Administrativo Europeu, substantivo e processual, da (ii) Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal, do (iii) Direito do Urbanismo e Ambiente, do (iv) Direito das Relações Laborais na Administração Pública e dos (v) Regimes jurídicos dos impostos e Direito aduaneiro e Contencioso Aduaneiro, também e de forma inovatória com a (vi) Organização Administrativa, o (vii) Direito Contraordenacional, substantivo e proces sual e a (viii) Contratação Pública, nos termos em que se encontram previstos na Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro. Em contraponto, prevê-se a eliminação das matérias formativas que estavam integradas na componente formativa da especialidade: o (i) Contencioso Eleitoral, por não assumir relevância no âmbito global das diferentes componentes formativas, passando a estar integrado no programa de formação da componente profissional do Direito Administrativo, substantivo e processual, no âmbito do estudo dos diferentes meios processuais e o (ii) Direito da Concorrência e de Regulação Económica, porque fruto da criação pelo Decreto-Lei nº 67/2012, de 20 de março, do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, no seio da jurisdição comum, subtraiu grande par te da matéria à jurisdição dos Tribunais Administrativos, retirando pertinência à manutenção desta componente formativa de especialidade no âmbito do 3º Curso TAF. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 16

17 O alargamento da componente formativa da especialidade não retira a essencialidade da componente profissional no âmbito da formação dos auditores de justiça do 3º Curso TAF, mantendo as componentes formativas profissionais do (i) Direito Administrativo, substantivo e processual, do (ii) Direito Tributário, substantivo e processual e do (iii) Dir eito Civil, no domínio dos contratos e responsabilidade civil, Processual Civil e da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado, a sua relevância formativa, com reflexos decisivos na avaliação e na graduação final dos auditores de justiça. Considerando o tronco comum da matéria da responsabilidade civil e não obstante a especificidade da matéria da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado, prevista e regulada em diploma próprio, a Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro, foi opção aglutinar toda a matéria, de forma a garantir um estudo integrado da responsabilidade civil, o que será assegurado na componente profissional do Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade Civil e Direito Processual Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado. Desta forma será assegurada a componente teórico-prática de toda a matéria da responsabilidade civil, incluindo a extracontratual do Estado, enquanto importante fonte de litígios nos Tribunais Administrativos, sem prejuízo de na componente profissional de Direito Administrativo, substantivo e processual, a propósito de matérias como a causa de pedir ou a prova, a responsabilidade civil extracontratual do Estado ser abordada. Porém, o estudo integrado e sistemático teórico e prático dos vários regimes da Responsabilidade Civil desenvolver-se-á na componente profissional do Direito Civil no domínio dos Contratos e Responsabilidade civil, Processual Civil e da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado, a ser assegurado pelos docentes da área cível e na parte específica da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado, nos termos regulados pela Lei nº 67/2007, de 31 de dezembro, pelos docentes da área administrativa. Quer no âmbito da componente formativa da especialidade, quer na componente profissional, a formação em Direito Administrativo deverá compreender uma dupla perspetiva teórico -prática, seguindo as seguintes orientações programáticas: Os atuais fundamentos do direito administrativo, a compreensão da dimensão e relevânci a do Direito Administrativo; A perceção das fronteiras do Direito Administrativo; A compreensão de direitos administrativos especiais; O domínio das principais formas de atuação dos poderes públicos: ato, contrato e regulamento administrativo; A análise dos principais traços de reforma do Código de Procedimento Administrativo; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 17

18 A análise global e concatenada dos diversos meios de tutela administrativa e fiscal, como formas de concretização de pretensões substantivas; O domínio dos princípios fundamentais do processo administrativo enquanto elementos integradores do ordenamento jus-processual de base; A compreensão de procedimentos administrativos especiais; A determinação das esferas de competência e de atuação dos diversos intervenientes no processo administrativo e fiscal, numa perspetiva autónoma, integrada e interdisciplinar; A compreensão das alterações ao processo administrativo à luz do Código de Processo Civil; A inteleção da dupla responsabilidade na gestão de um processo, no sentido da eficácia e da eficiência, por um lado e da qualidade da decisão, por outro; A compreensão do objeto do litígio, no iter processual; O domínio da tramitação geral e específica das ações, dos procedimentos cautelares, dos processos executivos e dos processos especiais; Apreensão e sinalização das temáticas substantivas do Direito Administrativo, apreciadas de forma integrada com o direito adjetivo. Do mesmo modo, se deve entender em relação ao Direito Tributário, substantivo e processual, cuja formação deverá compreender uma dupla perspetiva teórico-prática, comungando de muitas das orientações programáticas supra identificadas. O programa temático de cada uma das componentes formativas contém a sua calendarização por semanas, de forma a permitir coordenar a gestão dos temas prioritários e antever a densidade com que cada tema deve ser tratado. Planeamento e Duração A formação para os Auditores do 3º Curso TAF desenvolve-se ao longo de todo o primeiro ciclo, sendo a formação comum, da especialidade e profissional ministrada em todos os trimestres. As unidades letivas de formação comum com o 31º Curso serão de cerca de um terço do total das unidades letivas, incluindo componentes formativas gerais e da especialidade. A componente formativa da especialidade do Direito Administrativo e do Direito Tributário e a componente profissional dividem entre si o maior peso da formação no âmbito do 3º Curso TAF. No tocante ao Direito Administrativo a componente formativa da especialidade reparte-se entre (i) o Direito Europeu e Internacional, incluindo o Direito Administrativo Europeu, substantivo e processual, (ii) a Organização Administrativa, (iii) o Direito do Urbanismo e Ambiente, (iv) o Direito Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 18

19 Contraordenacional substantivo e processual, (v) a Contratação Pública e (vi) o Direito das Relações Laborais na Administração Pública. No que respeita ao Direito Tributário, a componente da especialidade divide-se entre a (i) o Direito Europeu e Internacional, (ii) Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal e os (iii) Regimes Jurídicos dos Impostos e o Direito aduaneiro e Contencioso Aduaneiro. A componente da especialidade percorrerá todo o 1º ciclo, prevendo-se disciplinas em todos os trimestres: no 1º trimestre, (i) a Organização Administrativa, (ii ) a Contabilidade e Gestão e Princípios de Contabilidade Financeira e Fiscal e (iii) os Regimes Jurídicos dos Impostos e o Direito aduaneiro e contencioso aduaneiro no 1º trimestre; no 2º trimestre, (iv) o Direito Europeu e Internacional, incluindo o Direito Administrativo Europeu, substantivo e processual, (v) a Contratação Pública e (vi) o Direito das Relações Laborais na Administração Pública e no 3º trimestre (vi) o Direito do Urbanismo e Ambiente e (vii) o Direito Contraordenacional substantivo e processual. Tais componentes formativas serão asseguradas através do recurso a docentes externos, em formatos que variam entre a periodicidade semanal (1 ou 2 UL por semana) até esgotar as unidades letivas da respetiva disciplina ou sob um formato de semanas temáticas, mediante um aumento expressivo do número de unidades letivas dessa disciplina em certo período limitado. A componente profissional é assegurada pelos docentes do CEJ e desenvolvendo-se ao longo de todo o primeiro ciclo, num total de 35 semanas, à razão de duas unidades letivas por semana. Assenta em três pilares formativos: (i) o Direito Administrativo, substantivo e processual, (ii) o Direito Tributário, substantivo e processual e (iii) o Direito Civil, no domínio dos contratos e responsabilidade civil e Processual Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 19

20 2. Conteúdos programáticos: 31.º Curso 2.1. Componentes formativas geral e de especialidade Direitos Fundamentais e Direito Constitucional Na matéria dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional visa-se proporcionar aos auditores de justiça: a sensibilização para a importância e o alcance dos direitos fundamentais; a compreensão das normas de direitos fundamentais; o estudo da metodologia da sua interpretação e concretização pelos tribunais; os meios de tutela judicial dos direitos, liberdades e garantias pessoais; uma perspetiva internacional dos direitos fundamentais, designadamente através da análise da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem; o processo constitucional: âmbito, objeto, tipos de recurso, pressupostos gerais e específicos e trâmites, designadamente mediante a análise da jurisprudência do Tribunal Constitucional. As sessões serão ministradas por docentes universitários e Magistrados Direito Europeu e Internacional Na matéria de direito europeu e direito internacional, incluindo a cooperação judiciária internacional, visa-se proporcionar aos auditores de justiça: Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 20

21 a familiarização com os institutos de direito europeu e internacional e com os procedimentos da sua aplicação prática; o aprofundamento dos conhecimentos nos domínios das instituições e do direito ao nível internacional e europeu; o conhecimento dos mecanismos de cooperaçã o judiciária civil e penal europeus e internacionais, numa perspetiva da sua utilização e aplicação prática Inglês Jurídico A disciplina de Inglês visa: apetrechar os auditores de justiça com o vocabulário técnico-jurídico necessário à compreensão de textos jurídicos em língua inglesa e à comunicação com outrem; desenvolver conhecimentos em áreas temáticas diretamente relacionadas com o Direito que permitam compreender e debater as diferenças e semelhanças existentes entre os sistemas jurídicos de Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América Tecnologias de Informação e Comunicação Na matéria de tecnologias de informação e comunicação, dados os conhecimentos q ue a generalidade dos auditores de justiça tem de um número razoável de aplicações informáticas, na ótica do utilizador, visa-se proporcionar-lhes a familiarização com as novas aplicações informáticas de uso mais frequente nos tribunais, em especial quanto às aplicações informáticas, quanto a registos comercial e predial on-line e custas judiciais Componente formativa profissional Direito Civil e Processual Civil e Comercial Linhas programáticas e metodológicas gerais A formação inicial deverá nortear-se pelos objetivos que devem presidir à formação judiciária dos Magistrados: o desenvolvimento das suas qualidades pessoais e a aquisição e o aperfeiçoamento das competências técnicas e funcionais necessárias ao desempenho da função. Duas das grandes dificuldades que se abatem sobre o exercício da magistratura, designadamente no que concerne ao Direito Civil, Processual Civil e Comercial, são a sua complexidade e a sua fragmentação. A resposta exige uma ideia conseguida de método. Por isso, a propedêutica deverá ter um lugar privilegiado na preparação dos auditores de justiça. Como ler, como ouvir, como dialogar, como Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 21

22 interpretar, como argumentar, como decidir, inumeráveis "comos" que podem valorizar o quotidiano do magistrado e não convertê-lo num somatório de esforços mal aproveitados. Para além da matriz curricular genérica, a componente formativa específica do Direito Civil, Processual Civil e Comercial deverá compreender, de forma particular e na dupla perspetiva teórico - prática, as seguintes orientações programáticas comuns a ambas as Magistraturas (Judicial e do Ministério Público): A análise global e concatenada dos diversos meios de tutela cível, como formas de execução prática de pretensões substantivas; O domínio dos princípios fundamentais do processo civil enquanto elementos integradores do ordenamento jus-processual de base; A determinação das esferas de competência e de atuação dos diversos intervenientes no processo civil, numa perspetiva autónoma, integrada e interdisciplinar; A compreensão do novo paradigma do processo civil, recentrando a justiça nas suas funções primordiais de promoção e de garantia dos direitos; A inteleção da dupla responsabilidade na gestão de um processo, no sentido da eficácia e da eficiência e da qualidade da decis ão, por outro; A compreensão do objeto do litígio, no iter processual; O domínio da tramitação geral e específica das ações declarativas, dos procedimentos cautelares, dos processos executivos e dos processos especiais; Apreensão e sinalização das fundamentais temáticas substantivas do Direito Civil e do Direito Comercial, apreciadas de forma integrada com o direito adjetivo. A formação deverá ter presente a diferenciação de funções inerentes a cada Magistratura e o correlativo grau diverso de conhecimento do Direito Civil, Processual Civil e Comercial. O tratamento de cada uma das temáticas far-se-á sempre com apelo aos direitos fundamentais e valores constitucionais, apelando-se à compreensão das exigências éticas da função, bem como a uma cultura de boas práticas no processo civil. O domínio do método jurídico e judiciário estará presente naquela abordagem, incidindo, de igual modo, no tratamento dos temas e das questões problemáticas do direito civil e comercial, no quadro dos diversos tipos de ações. As questões substantivas serão abordadas pelo prisma do seu tratamento processual, em sede de elaboração dos articulados, de identificação do objeto do litígio e de enunciação dos temas da prova, de produção de prova e do julgamento de facto e de direito. Com especial incidência, privilegiar-se-á o domínio dos modos de gestão judiciária na ótica da condução finalística do processo, a qual passará pela compreensão e domínio da capacidade de análise e de síntese e do processo de decisão. A abordagem casuística orientar-se-á no sentido de proporcionar com recurso a processos reais ou simulações práticas a consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, apelando-se ao direito europeu e ao direito internacional e integrando outros ramos do saber. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 22

23 O tratamento dos casos será experimentado mediante a elaboração de peças escritas, seja com vista à iniciação nos modos de execução técnica, seja como forma de aferir o grau de aprendizagem do auditor. A distribuição dos temas far-se-á tendo em linha de conta a sua pertinência em relação às funções e competências do Juiz e do Ministério Público no processo, de modo a evitar sobreposições, mas sem prejuízo da conjugação das abordagens complementares que se mostrem indispensáveis. A formação pautar-se-á sempre pela clarificação das regras deontológicas, no sentido da implementação de práticas adequadas. O programa temático das sessões contém a sua calendarização, de forma a permitir coordenar a gestão dos temas prioritários e antever a densidade com que cada tema deve ser tratado. Duração A formação em matéria de direito civil, processual civil e direito comercial desenvolve-se ao longo de todo o primeiro ciclo, sendo a formação comum e específica ministrada em todos os trimestres. Prevê-se um total de 106 unidades letivas para os auditores destinados à magistratura judicial e de 78 unidades letivas para os auditores destinados à magistratura do Ministério Público. As unidades letivas de formação comum serão de cerca de um terço do total das unidades letivas dos auditores, mais precisamente 35 unidades letivas, à razão de uma unidade letiva por semana, sendo 71 as unidades letivas de formação específica para os auditores destinados à magistratura judicial e 43 as unidades letivas de formação específica para os auditor es destinados à magistratura do Ministério Público. Objetivos formativos A formação inicial no Direito Civil, Processual Civil e Comercial obedece ao conteúdo temático calendarizado segundo a ordem adotada no plano de formação comum e específica. Tal formação terá como objetivos formativos a verificação da aquisição pelos auditores das seguintes competências: Quanto a ambas as magistraturas: a) No fim do primeiro trimestre: Delimitação do âmbito e enquadramento da justiça cível no ordenamento jurídico; Assimilação dos princípios estruturantes do processo civil e das suas linhas sistemáticas; Domínio dos diversos modos de tutela cível; Delimitação dos tipos de jurisdição; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 23

24 Análise da tipologia das ações; Apreensão sistemática da dinâmica do processo civil e dos termos do início, desenvolvimento, vicissitudes e extinção da instância; Aquisição e desenvolvimento de competências na matéria das modificações subjetivas e objetivas da instância; Identificação dos principais conceitos e problemáticas em torno das custas processuais e do apoio judiciário e capacidade da sua adequada resolução. b) No fim do segundo trimestre: Estudo detalhado do procedimento de injunção e subsequente ação declarativa; Domínio aprofundado da temática dos acidentes de viação dos prismas adjetivo e substantivo; Delimitação dos vários procedimentos cautelares e seus pressupostos e análise da figura inovatória da inversão do contencioso; Compreensão do processo especial da tutela da personalidade e desenvolvimento da temática do direito à personalidade física e moral do ser humano; Análise dos processos especiais de interdição e de inabilitação; Aquisição de conhecimentos nas áreas específicas do direito do consumo e da responsabilidade civil extracontratual. c) No fim do terceiro trimestre: Delimitação teórica e aplicação prática dos Direitos Fundamentais; Identificação das regras, trâmites e vicissitudes do processo de inventário e aprofundamento de áreas específicas do Direito das Sucessões; Estudo do processo de insolvência; Delimitação de conceitos e tramitação em sede de ações de registo civil e predial; Análise de processos de jurisdição voluntária; Conhecimento da tramitação do processo de execução e dos termos da reclamação, verificação e graduação de créditos; Análise de temáticas do direito societário, com especial enfoque na vinculação das sociedades comerciais, na desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais e na responsabilidade dos gerentes ou administradores; Aquisição e desenvolvimento de conhecimentos no âmbito do contencioso dos contratos de leasing, ALD e compra e venda com reserva de propriedade e crédito ao consumo. Quanto à Magistratura Judicial: a) No fim do primeiro trimestre: Identificação da tramitação das ações cíveis; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 24

25 Compreensão de um modelo de processo civil que deve assentar num postulado da confiança, construído a partir de uma ética de responsabilidade social, tributando -a a quem dirige o processo e a quem, em cada momento, no âmago do sistema, dele prestará contas: o juiz; Domínio da marcha do processo declarativo, nas suas fases essenciais e atos processuais; Apreciação da validade e eficácia dos atos processuais; Análise da função e do conteúdo da petição inicial e da causa de pedir; Compreensão da intervenção liminar do juiz; Delimitação dos termos e formas de citação em geral e apreciação dos efeitos da revelia; Apreciação detalhada da natureza, função, conteúdo e regime processual dos articulados; Análise das modificações subjetiva e objetivas da instância. b) No fim do segundo trimestre: Domínio do papel do juiz como gestor do processo; Apreensão do conceito de gestão inicial do processo e sua aplicação prática, designadamente no despacho liminar e no despacho pré-saneador; Perceção da função primordial da audiência prévia, atos a praticar e termos da concretização da gestão processual nesta fase; Conhecimento da técnica de saneamento do processo e de aferição dos pressupostos processuais e sua exercitação prática; Análise das exceções dilatórias e das exceções perentórias; Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova e sua concretização prática; Capacidade de apreciação da problemática da prova, analisando os diversos meios probatórios, nas perspetivas do direito nacional e do direito europeu; Domínio aprofundado das regras, trâmites e vicissitudes da audiência final, com especial abordagem das temáticas da psicologia do testemunho e da ética judiciária; Capacidade de seleção da matéria de fato e de avaliação da prova; Análise da sentença e concretização dos seus elementos integradores. c) No fim do terceiro trimestre: Análise dos vícios da sentença e compreensão da matéria dos recursos; Domínio aprofundado da tramitação dos procedimentos cautelares e da figura inovatória da inversão do contencioso; Análise dos títulos executivos, da tramitação da ação executiva e dos seus incidentes; Estudo sobre as garantias reais de crédito; Domínio da oposição à execução e da oposição à penhora; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 25

26 Compreensão da matéria substantiva e adjetiva do direito do arrendamento; Análise da ação especial de prestação de contas e da ação especial de divisão de coisa comum. Quanto à Magistratura do Ministério Público: a) No fim do primeiro trimestre: Caracterização do papel do Ministério Público na jurisdição civil e respetivo enquadramento estatutário e funcional; Delimitação dos termos e modelo de intervenção pré-judicial do Ministério Público, sua concretização na organização e instrução do processo administrativo e identificação do conteúdo da atividade de atendimento ao público; Conhecimento aprofundado da marcha do processo civil declarativo e dos termos concretos da intervenção do Ministério Público no mesmo; Assimilação dos termos da intervenção do Ministério Público e dos meios de atuação ao seu dispor em sede de defesa do consumidor e proteção dos ausentes; Aquisição de competências teóricas e práticas na temática dos interesses difusos e da ação popular. b) No fim do segundo trimestre: Identificação do papel do Ministério Público no controlo da legalidade das associações; Conhecimento do procedimento previsto no Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro; Domínio dos termos da representação do Estado e dos incapazes em sede de pedidos de indemnização civil em processo penal; Caracterização aprofundada dos termos da tutela dos incapazes, na vertente substantiva e processual; Conhecimento dos processos especiais de interdição e inabilitação, e respetiva tramitação; Domínio da temática da responsabilidade civil extracontratual do Estado; Assimilação das regras atinentes aos vários modos de impugnação de decisões. c) No fim do terceiro trimestre: Identificação dos interesses do Estado-coletividade, e de outros interesses legalmente previstos, cuja defesa incumbe ao Ministério Público; Apreensão do papel do Ministério Público no processo de inventário; Delimitação de conceitos e tramitação em sede de insolvência, na vertente da atuação do Ministério Público; Aquisição de conhecimentos sobre ações de registo, em especial o processo para suprimento e retificação do óbito; Domínio da tramitação da ação executiva e dos termos da execução por custas e multas; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 26

27 Assimilação aprofundada de competências no âmbito da reclamação, graduação e verificação de créditos; Apreensão instrumental e substantiva no âmbito da impugnação pauliana; Domínio dos processos especiais de liquidação de herança vaga a favor do Estado e aceitação de herança jacente. Planificação PRIMEIRO TRIMESTRE 1.ª Semana 6 a 10 de outubro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Apresentação - Metodologia de trabalho - Métodos de avaliação - O Estatuto dos Magistrados Judiciais Formação Específica MP (2 UL) - Apresentação - Metodologia de trabalho - Métodos de avaliação - O Ministério Público na jurisdição civil - Enquadramento funcional: representação, assistência e fiscalização Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Apresentação - Âmbito e enquadramento da justiça cível - Princípios e linhas sistemáticas do processo civil (I) 2.ª Semana 13 a 17 de outubro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) Atos processuais: - Visita guiada a um processo civil real - Regime geral - Validade e eficácia (I) Formação Específica MP (2 UL) Fase pré-judicial: - O processo administrativo - A instrução do PA: a obtenção de meios de prova/a prova em processo civil - O atendimento ao público Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 27

28 Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Princípios e linhas sistemáticas do processo civil (II) 3.ª Semana 20 a 24 de outubro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Atos processuais: Regime geral Validade e eficácia (II) Formação Específica MP (1 UL) - Marcha do processo declarativo (I) Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Modos de tutela cível - Tipos de jurisdição - Espécies de ações consoante o fim (I) 4.ª Semana 27 a 31 de outubro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Marcha do processo declarativo: Petição inicial função, conteúdo Causa de pedir e pedido Vícios Formação Específica MP (1 UL) - Marcha do processo declarativo (II) Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Modos de tutela cível - Tipos de jurisdição - Espécies de ações consoante o fim (II) 5.ª Semana 3 a 7 de novembro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Apresentação, recebimento, recusa da petição inicial - A intervenção liminar do juiz Formação Específica MP (2 UL) - A defesa do consumidor cláusulas contratuais gerais Formação Comum (1UL) (Docente MJ/MP) - A dinâmica processual civil - A instância: início, suspensão e extinção Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 28

29 6.ª Semana 10 a 14 de novembro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Citação - Revelia Formação Específica MP (1 UL) - A defesa do consumidor ação inibitória e práticas comerciais desleais Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Modificações subjetivas da instância: Incidente de habilitação de herdeiros Incidente de habilitação do adquirente ou cessionário 7.ª Semana 17 a 21 de novembro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Contestação e reconvenção Formação Específica MP (2 UL) - A defesa dos ausentes a contestação em ações decorrentes de contratos de consumo Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Modificações subjetivas da instância: Incidentes de intervenção de terceiros 8.ª Semana 24 a 28 de novembro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Réplica - Articulados supervenientes Formação Específica MP (1 UL) - A defesa do ambiente e da saúde pública procedimentos cautelares, ação inibitória e responsabilidade civil Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Modificações objetivas da instância: Alteração do pedido e da causa de pedir Critérios de determinação do valor da causa Verificação do valor da causa 9.ª Semana 1 a 5 de dezembro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Modificações subjetivas da instância: Incidentes de intervenção de terceiros Formação Específica MP (1 UL) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 29

30 - Interesses difusos a intervenção na ação popular Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Exercitação escrita avaliativa 10.ª Semana 8 1 a 12 de dezembro de 2014 Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Custas processuais 11.ª Semana 15 a 19 de dezembro de 2014 Formação Específica MJ (2 UL) - Exercitação escrita avaliativa Formação Específica MP (1 UL) - Exercitação escrita avaliativa Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Apoio judiciário SEGUNDO TRIMESTRE 12.ª Semana 5 a 9 de janeiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Gestão inicial do processo: despacho liminar e despacho pré-saneador Formação Específica MP (2 UL) - Controlo da legalidade das associações Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - O procedimento da injunção e a subsequente ação declarativa 13.ª Semana 12 a 16 de janeiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Audiência prévia - Despacho saneador: pressupostos processuais (I) Formação Específica MP (1 UL) - O procedimento do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro (I) Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Acidentes de viação (I) 1 Dia 8 de dezembro é feriado (não há formação específica nesta semana). Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 30

31 14.ª Semana 19 a 23 de janeiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Despacho saneador: Pressupostos processuais (II) Exceções dilatórias Formação Específica MP (1 UL) - O procedimento do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13 de outubro (II) Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Acidentes de viação (II) 15.ª Semana 26 a 30 de janeiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Saneador-sentença - Exceções perentórias Formação Específica MP (2 UL) - Pedido cível de indemnização em processo penal: a representação do Estado e dos incapazes Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Procedimentos cautelares 16.ª Semana 2 a 6 de fevereiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova (I) Formação Específica MP (1 UL) - A tutela jurídica da personalidade dos incapazes Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Processo especial da tutela da personalidade 17.ª Semana 9 a 13 de fevereiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova (II) - Simulação de audiência prévia Formação Específica MP (1 UL) - Exercitação escrita avaliativa Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Interdição e inabilitação (I): Enquadramento de direito material Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 31

32 18.ª Semana 16 a 20 de fevereiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Exercitação escrita avaliativa Formação Específica MP (1 UL) - Interdição pressupostos da incapacidade Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) Interdição e inabilitação (II): Tramitação processual 19.ª Semana 23 a 27 de fevereiro de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Prova (I) Formação Específica MP (1 UL) - Interdição estrutura da petição inicial Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Exercitação escrita avaliativa 20.ª Semana 2 a 6 de março de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Prova (II) Formação Específica MP (1 UL) - Responsabilidade civil extracontratual Ressarcimento de danos do Estado Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Responsabilidade civil extracontratual 21.ª Semana 9 a 13 de março de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Audiência final Formação Específica MP (1 UL) - Responsabilidade civil extracontratual do Estado Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro (I) Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Responsabilidade civil extracontratual - Assistência a audiência final 22.ª Semana 16 a 20 de março de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Sentença (I) - Decisão da matéria de facto Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 32

33 Formação Específica MP (1 UL) - Responsabilidade civil extracontratual do Estado Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro (II) Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Direito do consumo (I) 23.ª Semana 23 a 27 de março de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Sentença (II) - Exercitação escrita avaliativa a elaborar em prazo a definir Formação Específica MP (1 UL) - Impugnação das decisões: nulidades, reclamações e recursos - Exercitação escrita avaliativa a elaborar em prazo a definir Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Direito do consumo (II) TERCEIRO TRIMESTRE 24.ª Semana 6 2 a 10 de abril de 2015 Formação Específica MJ (1 UL) - Discussão sobre o trabalho escrito Formação Específica MP (1 UL) - Discussão sobre o trabalho escrito Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Processo de inventário e Direito das Sucessões (I) 25.ª Semana 13 a 17 de abril de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Vícios da sentença - Recursos Formação Específica MP (1 UL) - A intervenção do Ministério Público na defesa dos interesses do Estado-coletividade e de outros interesses legalmente previstos Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Processo de inventário e Direito das Sucessões (II) 2 O dia 6 de abril está abrangido pelas férias judiciais. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 33

34 26.ª Semana 20 a 24 de abril de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Procedimentos cautelares (I) Formação Específica MP (1 UL) - A intervenção do Ministério Público no processo de inventário Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Processo de insolvência (I) 27.ª Semana 27 de abril a 1 de maio de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Procedimentos cautelares (II) Formação Específica MP (2 UL) - Insolvência requerimento inicial, reclamação de créditos, assembleia de credores e a qualificação da insolvência Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Processo de insolvência (II) 4 a 8 de maio de 2015 SEMANA INTERCALAR 28.ª Semana 11 a 15 de maio de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Procedimentos cautelares (III) Formação Específica MP (1 UL) - Ações de registo: o processo comum de justificação judicial para suprimento e/ou retificação do óbito Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Ações de registo: Registo civil Registo predial 29.ª Semana 18 a 22 de maio de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Arrendamento Formação Específica MP (1 UL) - Ação executiva Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Processos de jurisdição voluntária Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 34

35 30.ª Semana 25 a 29 de maio de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Ação executiva: Títulos executivos Fase inicial Despacho liminar Formação Específica MP (1 UL) - Execução por custas e multas Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Exercitação escrita avaliativa 31.ª Semana 1 a 5 de junho de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Exercitação escrita avaliativa Formação Específica MP (2 UL) Exercitação escrita avaliativa Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - A penhora: Requisitos de penhorabilidade Processamento da penhora Efeitos da penhora 32.ª Semana 8 a 12 de junho de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Ação executiva: Garantias reais de crédito Tramitação subsequente Formação Específica MP (2 UL) Reclamação, verificação e graduação de créditos: Privilégios creditórios e garantias reais de crédito Requerimento de reclamação Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Reclamação, verificação e graduação de créditos: Tramitação processual 33.ª Semana 15 a 19 de junho de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Ação executiva: Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 35

36 Oposição à execução mediante embargos Oposição à penhora Formação Específica MP (1 UL) - Impugnação pauliana Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Temas de direito societário: A vinculação das sociedades comerciais A desconsideração da personalidade jurídica das sociedades comerciais A responsabilidade dos gerentes ou administradores 34.ª Semana 22 a 26 de junho de 2015 Formação Específica MJ (2 UL) - Ação especial de prestação de contas - Ação especial de divisão de coisa comum Formação Específica MP (1 UL) - Processos especiais: Processo de liquidação da herança vaga a favor do Estado Processo de aceitação de herança jacente Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Contencioso derivado de contratos de leasing, ALD, compra e venda com reserva de propriedade e crédito ao consumo 35.ª Semana 29 de junho a 3 de julho de 2015 Formação Específica MJ e MP (2 UL) - Visita ao Supremo Tribunal de Justiça (de manhã) Formação Específica MJ e MP (2 UL) - Visita à Procuradoria Cível de Lisboa (de tarde) Formação Comum (1 UL) (Docente MJ/MP) - Simulação de audiência final 36.ª Semana 6 a 10 de julho de Síntese e balanço final Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 36

37 Direito Penal e Processual Penal Linhas programáticas e metodologia A formação nesta área obedece ao princípio da diferenciação na formação inicial, de acordo com as particularidades das funções inerentes a cada uma das magistraturas, sendo que o grau de conhecimentos específicos de direito penal e processual penal necessário ao exercício qualificado de funções por parte dos futuros magistrados do Ministério Público é maior, em particular na fase inicial do processo. Daí resulta uma maior atenção à formação específica dos auditores de justiça com destino à magistratura do Ministério Público e uma especial diferenciação das temáticas a abordar. A todos os auditores de justiça será, porém, proporcionada, de forma sequencial, a abordagem dos temas de processo penal, na perspetiva: de uma compreensão dos fins, âmbito e natureza da tutela penal; dos princípios estruturantes e da sistemática do proces so, bem como das esferas de competência e de atuação dos diversos intervenientes processuais, com uma diferenciação clara das funções e competências do Juiz e do Ministério Público; da função, natureza e estrutura de cada uma das fases do processo; dos modos de dirigir os atos processuais e de elaborar as peças escritas; dos meios de prova e da realização dos procedimentos probatórios; do processo decisório, em sede de inquérito, de instrução e de julgamento, com particular destaque para os aspetos relativos à motivação da decisão e dos meios de recurso, em especial quanto aos requisitos de admissibilidade e à motivação do recurso em primeira instância. A abordagem será casuística e orientada no sentido de proporcionar a consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático dos métodos jurídico e judiciário na análise e resolução de casos, aliado a uma boa organização e método, tendo em vista uma eficiente gestão do processo e um conhecimento das instituições judiciárias, da sua o rganização e funcionamento, tanto na sua vertente jurídica como sociológica. Será também numa dimensão casuística que deverão ser abordados temas e problemáticas do direito penal, com incidência especial nos tipos de crimes mais frequentes ou relevantes na prática judiciária, como o homicídio, ofensa à integridade física, violência doméstica, ameaça, coação, crimes sexuais, furto, abuso de confiança, roubo, burla, falsificação de documentos, condução sob a influência do álcool, condução sem carta, tráfico de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, detenção de arma proibida e crime praticado com arma, entre outros, em cujo tratamento se incluirão as questões mais pertinentes relacionadas com os direitos fundamentais e com o direito constitucional, a tratar preferencialmente em articulação com os desenvolvimentos ao nível processual. Do mesmo modo serão, a propósito da marcha do processo, ilustradas problemáticas relacionadas com a autoria, os crimes cometidos por omissão e por negligência, causas de exclusão da ilicitude e da culpa, a unidade e Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 37

38 pluralidade de infrações, o crime continuado e o concurso de crimes, a comparticipação, o concurso de normas ou o caso julgado e os limites do poder de cognição. Os temas e as questões problemáticas devem ser abordados, em regra, com apelo a situações concretas, apoiados em processos reais e no estudo de elementos da doutrina e da jurisprudência previamente selecionados ou com âmbito de pesquisa definido, privilegiando -se não só o questionamento técnico-jurídico propriamente dito, mas também a abordagem das implicações sociais e humanas de cada caso, tendo em conta ademais as vertentes da psicologia e sociologia judiciárias. O tratamento dos casos, predominantemente por via de discussão oral, deverá ser experimentado ou complementado mediante elaboração de peças escritas, seja com vista à iniciação nos modos de execução técnica, seja como forma de aferir o grau de aprendizagem do auditor. A formação específica e a distribuição dos temas far-se-á tendo em linha de conta a sua ligação intrínseca com as funções e competências do Juiz e do Ministério Público no processo, mas sem prejuízo de conjugação das abordagens complementares que se mostrem indispensáveis, adiantando -se como competências fundamentais inerentes ao exercício de funções de ambas as magistraturas: A determinação e diagnóstico do problema a resolver, a partir do caso, tendo por objetivo alcançar a melhor solução do ponto de vista prático e jurídico (justiça do caso concreto), no âmbito de um procedimento que respeite, no plano substantivo e processual, os direitos de todas as pessoas envolvidas, sem prejuízo, antes pressupondo, do rastreio pedagógico de situações pontuais em que tal objetivo não tenha sido plenamente alcançado; Sustentação das decisões em sólidos conhecimentos de direito substantivo e processual, tanto nacional como internacional; Condução do processo com pleno respeito pelas regras éticas e deontológicas; Conhecimento mínimo, mas efetivo, dos estatutos da vítima, do arguido, das testemunha s e dos demais sujeitos e intervenientes processuais, como meio de garantia do efetivo respeito pelos seus direitos e de exigência no cumprimento dos respetivos deveres; Interiorização da importância da atualização, aprofundamento e partilha dos conhecimen tos jurídicos; A síntese e a clareza na abordagem e na decisão a proferir sobre as questões concretamente colocadas, bem como na sua fundamentação de facto e de direito; A fundamentação na sua dimensão de legitimação interna e externa e a sua função de controlo objetivo do próprio ato decisório; Sensibilização para a importância da estruturação, conteúdo e dimensão das decisões processuais apelo ao direito fundamental a uma decisão em tempo razoável, que seja, além do mais, compreensível, exequível e bas eada no bom senso; A assertividade dos comportamentos e a sua adequação às circunstâncias, de acordo com as concretas necessidades - passividade, atividade, autoridade e humildade; Desenvolvimento e adequação da capacidade de expressão escrita e falada, bem como a capacidade de gerir o tempo e os atos em prol dos objetivos a atingir, sempre concretamente Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 38

39 definidos e assumidos, tendo ademais em conta a economia e a eficácia na condução do processo com destaque, na fase inicial do processo, para a importânc ia da direção efetiva do inquérito criminal; Capacidade de gestão dos conflitos, em especial na condução de diligências e da audiência de julgamento, garantindo e respeitando efetivamente os princípios da igualdade, do contraditório, da imparcialidade, da lealdade e da confiança; Capacidade de gestão do processo e do próprio serviço, de permanente procura e adoção das melhores práticas profissionais, com espírito crítico e de abertura à inovação e criatividade e ao trabalho e à decisão em coletivo; Capacidade de adaptação, mas também de crítica e de ação relativamente a práticas judiciárias julgadas inadequadas, quer do ponto de vista legal, ético e deontológico ou tendo em conta as melhores práticas na gestão do processo ou do serviço; Exigência de níveis adequados de autoformação, privilegiando-se o preenchimento das unidades letivas das respetivas sessões de formação inicial com a discussão e abordagem interativa dos temas a tratar, com base em casos concretos, tendo sempre ou preferencialmente como ponto de partida peças processuais previamente selecionadas e distribuídas, pelo menos em suporte digital, juntamente com a menção sumariada das matérias a tratar e uma referência à jurisprudência fundamental dos tribunais internacionais e nacionais, bem como à bibliografia essencial a consultar; Na abordagem casuística, relevo especial ao tratamento dos tipos de crime mais frequentes, mas também às temáticas jurídico-penais com uma maior atualidade ou dimensão interdisciplinar, aproveitando-se na medida do possível os materiais das ações de formação contínua que possam estar disponíveis; A abordagem interativa poderá permitir, na espontaneidade das intervenções a realizar, a discussão e tomada de decisões sobre questões não só técnico-jurídicas, mas também culturais, éticas, deontológicas e de assertividade comportamental na condução do processo; Numa perspetiva casuística e de aplicação dos métodos jurídico e judiciário, aproveitamento máximo da realização de simulações, não teatrais ou de encenação, mas de experimentação oral e escrita de despachos, de atos processuais mais simples ou de mera exercitação da capacidade de decisão dos auditores; Aquando da abordagem das fases processuais próprias e sempre que o tratamento dos casos concretos o permita, dar especial atenção às questões da apreciação e valoração da prova tratamento da prova direta e indireta; Estudar e implementar a participação dos formadores dos tribunais na formação inicial com eventual deslocação dos auditores a audiências de julgamento. O acompanhamento da evolução do processo formativo dos auditores implicará a verificação prática das seguintes competências: Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 39

40 Quanto à Magistratura Judicial a) No fim do primeiro trimestre: Ser capaz de diagnosticar um problema jurídico, apontando com poder de síntese as questões concretas a resolver; Saber enquadrar a solução jurídica encontrada nas normas constitucionais pertinentes e fazer uma adequada ponderação dos valores e interesses fundamentais em causa; Resolver questões relacionadas com a aplicação da lei penal e processual penal no tempo; Saber conduzir um primeiro interrogatório judicial de arguido detido com domínio de todas as regras processuais penais e constitucionais implicadas; Dominar o procedimento processual de aplicação das medidas de coa ção ou de garantia patrimonial; Ser capaz de avaliar a prova indiciária e determinar em concreto a existência de indícios suficientes ou de fortes indícios da prática de um crime; Ser capaz de decidir em concreto a aplicação de uma medida de coação com pon deração adequada dos respetivos pressupostos e dos princípios e direitos constitucionais pertinentes; Ser capaz de elaborar um despacho de aplicação de medida de coação ou garantia patrimonial, devidamente fundamentado de facto e de direito; b) No fim do segundo trimestre: Saber enumerar os factos concretos em função dos elementos objetivos e subjetivos típicos constitutivos dos crimes tratados; Ser capaz de proferir uma decisão de autorização de escutas e respetiva destruição, bem como de autorização de revistas e buscas, de validação de apreensões, de emissão de mandados de detenção, verificando a existência dos respetivos pressupostos; Capacidade de prolação de decisão instrutória devidamente motivada de facto e de direito; c) No fim do ciclo de formação: Dominar os princípios e os requisitos formais e materiais atinentes à admissibilidade, validade, produção e apreciação da prova em todas as fases do processo; Saber conduzir uma audiência de julgamento com conhecimento e respeito pelos estatutos do arguido, do ofendido e dos demais sujeitos e intervenientes processuais; Ser capaz de proferir despachos no âmbito dos principais incidentes suscitados em audiência, com ponderação efetiva dos valores da gestão do processo e do rigor na aplicação das respetivas normas; Capacidade de prolação de decisão nos recursos de processo de contraordenações, após audiência de julgamento ou por simples despacho; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 40

41 Saber elaborar, perante um caso posto, uma sentença devidamente estruturada, completa e fundamentada de facto e de direito, com técnica adequada de apreciação crítica da prova, poder de síntese, clareza, objetividade, economia, tempestividade e bom senso; Saber elaborar despachos de admissão de recursos e conhecer as normas relativas à sua tramitação. Quanto à Magistratura do Ministério Público a) No fim do primeiro trimestre: Com base numa participação criminal o auditor deverá ser capaz de aferir da verificação dos pressupostos para o exercício da ação penal; Ponderar a necessidade de submissão dos autos ao regime do segredo de justiça e proferir despacho em conformidade; Delinear planos de investigação em função da factualidade denunciada, incluindo a oportunidade/necessidade de delegação e os moldes concretos desta, em casos de pequena e média complexidade; Apreciar a oportunidade/necessidade de recorrer a meios intrusivos de investigação, tais como buscas, interseções telefónicas e formular o despacho a determinar/promover a sua realização, em casos de pequena e média complexidade; Apreciar a legalidade da detenção e formular o despacho de emissão de mandados de detenção; Conhecer as normas legais relativas ao interrogatório judicial e não judicial de arguido detido, distinguir as funções desempenhadas por cada interveniente processual e adquirir as competências básicas que lhe permitam participar e intervir ou dirigir essa diligência; Elaborar o despacho de apresentação de arguido detido a primeiro interrogatório judicial, em casos de pequena e média complexidade; Promover a aplicação de medidas de coação. b) No fim do segundo trimestre: Determinar e avaliar a legalidade dos meios de prova produzidos em inquérito; Analisar a prova produzida na perspetiva da (in)existência de indícios suficientes; Proferir o despacho de encerramento da fase de inquérito; Participar nas diligências de instrução; Conhecer as normas legais relativas ao debate instrutório, distinguir as funções desempenhadas por cada interveniente processual e adquirir as competências básicas que lhe permitam participar e intervir nessa diligência; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 41

42 c) No fim do ciclo de formação: Conhecer as normas legais relativas à audiência de julgamento, distinguir as funções desempenhadas por cada interveniente processual e adquirir as competências básicas que lhe permitam participar e intervir nessa diligência; Ponderar a necessidade de promover a produção de novas provas; Avaliar a prova produzida; Interpor e motivar recursos; Promover a liquidação de penas. O programa temático das sessões contém a respetiva calendarização, de forma a permitir coordenar a gestão dos temas prioritários e definir a densidade com que cada tema deve ser tratado. Planificação 1ª Semana 6 a 10 de outubro Formação comum - sessão conjunta (1 UL Docente MJ e MP) - Apresentação, programa, metodologia de trabalho e de avaliação. Formação específica (1 UL Docente MJ) - Visita guiada a um processo. Análise de um processo criminal, a título de introdução, na perspetiva do juiz. Formação específica (1 UL Docente MP) - Visita guiada a um processo. Análise de um processo criminal, a título de introdução, na perspetiva do Ministério Público. 2ª Semana 13 a 17 de outubro Formação comum (2 UL Docente MJ) - Direito Penal Constitucional: princípios gerais, direitos fundamentais e processo penal. Formação comum (1 UL Docente MP) - O Ministério Público na Constituição e na justiça penal. 3ª Semana 20 a 24 de outubro Formação comum (1 UL Docente MJ) - A aplicação da lei penal e processual penal no tempo. O art.º 371º-A do Código de Processo Penal Formação comum (2 UL Docente MP) - Legitimidade e competência do MP para a realização do inquérito. Notícia do crime. Queixa: legitimidade, caducidade, desistência e renúncia. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 42

43 4ª Semana 27 a 31 de outubro Formação comum (2 UL Docente MJ) - Medidas de coação Formação comum (1 UL Docente MP) - O Ministério Público e os órgãos de polícia criminal. Lei de Organização e Investigação Criminal. 5ª Semana 3 a 7 de novembro Formação específica (2 UL Docente MJ) - Medidas de coação. Formação específica (2 UL Docente MP) - Delegação de competência nos OPC. Diretiva 1/2002 da PGR. O plano de investigação, em função do tipo de crime. 6ª Semana 10 a 14 de novembro Formação comum (1 UL Docente MJ) - A intervenção do Juiz de Instrução Criminal no inquérito. Primeiro interrogatório judicial de arguido detido. Formação comum (2 UL Docente MP) - Detenção, constituição de arguido, despacho de apresentação de detido a interrogatório judicial e interrogatório não judicial de arguido detido. 7ª Semana 17 a 21 de novembro Formação específica (2 UL Docente MJ) - Simulação de primeiro interrogatório judicial de arguido detido com prolação de despacho. Formação específica (2 UL Docente MP) - Simulação de despacho de apresentação a interrogatório judicial de arguido detido e promoção com vista à aplicação de medidas de coação. Simulação de interrogatório não judicial de arguido detido com despacho. 8ª Semana 24 a 28 de novembro Formação específica (2 UL Docente MJ) - Simulação. Formação específica (2 UL Docente MP) - Simulação. 9ª Semana 1 a 5 de dezembro Formação comum (1 UL Docente MJ) - Prova por declarações de arguido e coarguido. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 43

44 Formação comum (1 UL Docente MP) - Publicidade e segredo de justiça no inquérito. Registo dos atos e a sua valoração 10ª Semana 8 a 12 de dezembro Formação comum (2 UL Docente MJ) - Prova testemunhal. Depoimento indireto. Prova por acareação. Declarações para memória futura. Formação comum (2 UL Docente MP) - Princípios gerais da prova essencialmente ligados à sua recolha e produção. Proibições de prova. 11ª Semana 15 a 19 de dezembro Formação comum (1 UL Docente MJ) - Regime jurídico da proteção de testemunhas. Formação comum (1 UL Docente MP) - Prova documental (incluindo a transmissibilidade de documentos entre procedimentos). (férias judiciais) 12ª Semana 5 a 9 de janeiro Formação comum (1 UL Docente MJ) - Exames e perícias. Perícias médico-legais e forenses organização médico-legal Formação comum (2 UL Docente MP) - Revistas, buscas e apreensões. 13ª Semana 12 a 16 de janeiro Formação comum (1 UL Docente MJ) - Exames e perícias. Formação comum (2 UL Docente MP) - Prova por reconhecimento e prova por reconstituição do facto. Medidas cautelares e de polícia. 14ª Semana 19 a 23 de janeiro Formação comum (2 UL Docente MJ) - Escutas telefónicas Formação comum (2 UL Docente MP) - Extensão do regime das escutas telefónicas (art.º 189º do CPP). Registo de voz e imagem (Lei nº 5/2002). Reproduções mecânicas. Regimes de videovigilância. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 44

45 15ª Semana 26 a 30 de janeiro Formação comum (1 UL Docente MJ) - Escutas telefónicas Formação específica (2 UL Docente MP) - Meios de prova e meios de obtenção de prova - conclusão e estudo de casos 16ª Semana 2 a 6 de fevereiro Módulo: Prova digital e prova em ambiente digital Sessão conjunta (2 a 4 UL Docente MJ e MP) - Prova digital e prova em ambiente digital 17ª Semana 9 a 13 de fevereiro Módulo: Cooperação Judiciária Internacional Sessão conjunta (2 a 4 UL Docente MJ e MP) - Cooperação judiciária internacional 18ª Semana 16 a 20 de fevereiro Formação comum (1 UL Docente MJ) - A fase de instrução Formação comum (2 UL Docente MP) - Encerramento do inquérito: Prazos de inquérito, comunicação dos atos, conceito de indícios suficientes. A acusação. 19ª Semana 23 a 27 de fevereiro Formação comum (1 UL Docente MJ) - A fase de instrução Formação específica (2 UL Docente MP) - A acusação 20ª Semana 2 a 6 de março Formação comum (1 UL Docente MJ) - A fase de instrução Formação comum (1 UL Docente MP) - O arquivamento dos artºs 277º e 280º do CPP. A suspensão provisória do processo. Formação específica (1 UL Docente MP) - O arquivamento dos artºs 277º e 280º do CPP. A suspensão provisória do processo. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 45

46 21ª Semana 9 a 13 de março Formação específica (1 UL Docente MJ) - A fase de instrução. Formação específica (2 UL Docente MP) - O despacho de encerramento do inquérito - conclusão e estudo de casos. 22ª Semana 16 a 20 de março Formação específica (2 UL Docente MJ) - A decisão instrutória. Simulação do respetivo despacho. Formação específica (2 UL Docente MP) - O encerramento do inquérito. Simulação do respetivo despacho 23ª Semana 23 a 27 de março Formação comum (2 UL Docente MJ) - A fase de julgamento. A audiência de julgamento. Admissibilidade e produção da prova em audiência Formação comum (2 UL Docente MP) - Processos especiais: sumário, sumaríssimo, abreviado (férias judiciais) 24ª Semana 7 a 10 de abril Formação comum (2 UL Docente MJ) - A fase de julgamento. Alteração substancial e não substancial dos factos. Reabertura da audiência para a determinação da sanção. Formação comum (1 UL Docente MP) - Recursos em processo penal. 25ª Semana 13 a 17 de abril Formação comum (1 UL Docente MJ) - Penas escolha e determinação da medida da pena Formação específica (1 UL Docente MP) - Recursos em processo penal - conclusão e estudo de casos. 26ª Semana 20 a 24 de abril Sessão conjunta (3 UL Docente MJ e MP) - Simulação de julgamento Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 46

47 27ª Semana 27 a 30 de abril Formação comum (2 UL Docente MJ) - Escolha e determinação da medida da pena. Formação comum (2 UL Docente MP) - O concurso superveniente de crimes e o crime continuado (Semana de 4 a 8 de maio Estágio Intercalar) 28ª Semana 11 a 15 de maio Formação comum (2 UL Docente MJ) - Escolha e determinação da medida da pena. Cúmulo jurídico. Formação comum (2 UL Docente MP) - Perda de bens a favor do Estado - no Código Penal e na Lei nº 5/2002. Ações encobertas e entregas controladas. 29ª Semana 18 a 22 de maio Formação comum (2 UL Docente MJ) - A sentença penal. O pedido de indemnização cível. Formação comum (1 UL Docente MP) - Responsabilidade penal das pessoas coletivas: perspetiva substantiva e processual. 30ª Semana 25 a 29 de maio Formação específica (2 UL Docente MJ) - A sentença penal. Conclusão. Formação comum (1 UL Docente MP) - Prescrição do procedimento criminal. 31ª Semana 1 a 5 de junho Formação específica (2 UL Docente MJ) - Simulação Formação específica (2 UL Docente MP) - Simulação 32ª Semana 8 a 12 de junho Formação específica (Docente MJ) - Assistência a julgamento (Secções Criminais da Instância Central de Lisboa) Formação específica (Docente MP) - Assistência a julgamento (Secções Criminais da Instância Central de Lisboa) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 47

48 33ª Semana 15 a 19 de junho Formação comum (1 UL Docente MJ) - Contraordenações: Natureza do ilícito de mera ordenação social e ilícito penal, princípio da legalidade (tipicidade), autoria e comparticipação, responsabilidade da pessoa coletiva. A decisão da autoridade administrativa no processo de contraordenação, estrutura e conteúdo. Critérios de determinação da medida concreta da sanção. A admoestação e as sanções acessórias Formação comum (2 UL Docente MP) - Processo de contraordenação fase administrativa. Competência das autoridades administrativas, competência em caso de concurso de infrações (crime e contraordenação), segredo de justiça e segredo profissional, legalidade versus oportunidade, pagamento voluntário e implicações processuais, prescrição do procedimento contraordenacional. Prova e defesa na fase administrativa do processo de contraordenação medidas cautelares, métodos de obtenção de prova admissíveis, medidas de coação, audição e defesa. 34ª Semana 22 a 26 de junho Formação comum (2 UL Docente MJ) - Concurso de contraordenações e cúmulo jurídico. Concurso de crime e contraordenação. Perda de objetos e valores. A fase judicial do processo de contraordenação tribunal competente, intervenção do MP, decisão por despacho judicial ou marcação da audiência e produção de prova. A valoração da prova na fase administrativa e na fase judicial. Critérios da determinação da sanção e proibição da reformatio in pejus. Formação comum (1 UL Docente MP) - Recursos. Custas. Execução das sanções. 35ª Semana 29 de junho a 3 de julho Módulo: Violência Doméstica Sessão conjunta (2 a 4 UL Docente MJ e MP) - Violência doméstica 36ª Semana 6 a 10 de julho Formação específica (2 UL Docente MJ) - Síntese de atividades Formação específica (2 UL Docente MP) - Síntese de atividades 15 de julho - encerramento do curso Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 48

49 Direito da Família e das Crianças Linhas programáticas e metodologia O programa assenta na previsão de 36 sessões de 3 horas semanais para cada um dos 4 grupos. No programa, estão incluídas 4 exercitações escritas, a realizar na sessão. Enunciam-se também os objetivos que os auditores devem atingir após a lecionação das várias unidades letivas. Finalmente, prevê-se a realização, em horário das sessões, de visitas a várias instituições, em consonância com os atinentes conteúdos ministrados em sessão. Objetivos formativos Dar a conhecer as novas regras de organização judiciária em matéria de Direito da Família e das Crianças; Sensibilizar o auditor de justiça para o universo dos princípios fundamentais e estruturantes do Direito da Família e das Crianças, habilitando-o a aplicar diretamente normas convencionais de cariz internacional, mesmo em situações em que a lei escrita nacional não lhe oferece resposta cabal; Sensibilizar o auditor de justiça para a realidade chamada «CRIANÇA», lendo -a por lentes pluridisciplinares, que a abarquem na unidade jurídica e social por ela constituída, enquanto sujeito autónomo de direitos; Fazer compreender ao auditor de justiça que o «interesse superior da criança» não é apenas uma construção cultural que só deva interessar ao jurista; Sensibilizar o auditor de justiça para a necessidade inelutável de substituição da ficção chamada «MENOR» (criação originária do Direito), com uma validade estritamente jurídica, pela figura da «CRIANÇA», realidade antropológica anterior ao Direito (rutura de um tempo antigo por um novo tempo, sempre renovado em expressões polifórmicas e interdisciplinares); Sensibilizar o auditor de justiça para a necessidade de encarar o Direito das Crianças e dos Jovens como um autónomo ramo do Direito Civil, distanciando-se do regime do Direito Civil, e que encara o cidadão «CRIANÇA» (sujeito englobado numa autónoma cultura), não como um adulto em potência, mas como um ser autónomo e completo em direitos; Habilitar o auditor de justiça a reconhecer o novo paradigma do Divórcio em Portugal, após a publicação da Lei n.º 61/2008, de 31/10, identificando, com propriedade, as consequências pessoais e patrimoniais do decretamento do mesmo e o edifício processual da figura, tanto no âmbito dos Tribunais, como no das Conservatórias do Registo Civil (com especial ênfase na Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 49

50 tramitação do inventário para separação de meações, nos alimentos devidos a ex-cônjuges e no incidente de atribuição da utilização da casa de morada de família); Sensibilizar o auditor de justiça, futuro magistrado do MP, para a organização dos serviços do Ministério Público e para as inúmeras competências criadas, por força do Decreto-Lei n.º 272/2001 de 13/10, para o Ministério Público, e para as melhores práticas no exercício dessa magistratura, de acordo com as suas estatutárias e legais funções; Sensibilizar o auditor de justiça para as intervenções corretas, sob os pontos de vista substantivo e adjetivo, no âmbito das ações de filiação, mormente, as seguintes: Averiguações oficiosas - para investigação da maternidade ou paternidade; - para impugnação da paternidade presumida. Investigação da maternidade Impugnação da maternidade Investigação da paternidade Impugnação da paternidade Impugnação da perfilhação; À luz do regime das responsabilidades parentais, gizado pela Lei n.º 61/2008, de 31/10, habilitar o auditor de justiça a identificar as questões que urge decidir nas ações e processos de: a) Regulação do exercício das responsabilidades parentais, seus incidentes e alteração; b) Limitação do exercício das responsabilidades parentais; c) Inibição do exercício das responsabilidades parentais; d) Tutela e administração de bens; e) Entrega judicial de menor; f) Apadrinhamento civil; Habilitar o auditor de justiça a identificar os vários institutos previstos na lei como «providências tutelares cíveis», adaptando o caso concreto que é chamado a resolver ao instituto tido como mais adequado; Habilitar o auditor de justiça a identificar o campo de aplicação da providência tutelar cível «apadrinhamento civil», à luz da Lei n.º 103/09, de 11/9, contribuindo para a sua dinamização e para o seu eficaz implemento no conjunto de respostas legais para as situações de crianças institucionalizadas sem vocação para a adoção ou de crianças adotáveis cujo projeto adotivo ruiu; Sensibilizar o auditor de justiça para a necessidade de implementação da mediação familiar como forma integrada e alternativa de resolução dos conflitos familiares, não numa ótica de «vencedor» e «vencido» mas de partes colaborantes entre si, na senda da procura do melhor bem-estar da criança; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 50

51 Sensibilizar o auditor de justiça para a necessidade de imprimir rigor científic o à intervenção judiciária nesta Área que, apesar de navegar, primacialmente, em águas de jurisdição voluntária, não deve abdicar das mínimas balizas legais; Sensibilizar o auditor de justiça para a panóplia de instrumentos jurídicos de cariz comunitário e convencional, agrupantes de um verdadeiro «Direito Internacional da Família e das Crianças», aplicável sempre que a situação vivencial de uma criança se desenrole em palcos transfronteiriços, justificada pela atual e fácil liberdade de circulação de pesso as no espaço europeu e mundial; Habilitar o auditor de justiça a saber diagnosticar as situações de perigo que uma criança possa vivenciar, identificando sinais de alarme capazes de exigir a imediata e urgente intervenção do sistema de proteção em Portugal, edificado pela Lei n.º 147/99 de 1/9; Habilitar o auditor de justiça a conhecer, sob os prismas substantivo e adjetivo, o sistema de proteção em Portugal; Habilitar o auditor de justiça a identificar as questões que urge decidir nas ações e processos de: a) Confiança judicial com vista a adoção; b) Adoção (nacional e internacional); Sensibilizar o auditor de justiça para a necessidade de agilizar procedimentos tendentes ao decretamento da adotabilidade e da adoção de uma criança em tempo útil (respeitando o específico «tempo da criança») e com vocação de definitividade; Habilitar o auditor de justiça a identificar as várias formas de estabelecimento da adotabilidade de uma criança em Portugal; Habilitar o auditor de justiça a concluir que o encaminhamento de um determinado caso para a adoção passa pela necessária inter-relação com considerações de ordem psicológica, social e jurídica, dependendo a solução concreta da compatibilização possível destes três tipos de abordagens - quer isto dizer que será preciso deci dir como orientar um determinado caso social, dentro dos recursos existentes e das normas legais em vigor, tendo em conta as vantagens e inconvenientes previsíveis para o desenvolvimento global da criança, e a possibilidade de estabelecimento e consolidaçã o de uma relação afetiva adequada com a família adotante; Habilitar o auditor de justiça a melhor lidar com a criança que pratica factos qualificados na lei como crimes, explorando os seus talentos para a desejável recondução a uma reeducação para o Direito; Sensibilizar o auditor de justiça para a especificidade e autonomia do Direito Tutelar Educativo, criado pela Lei n.º 166/99 de 14/9, face aos Direito Penal e Direito Processual Penal, reconduzindo-o a uma ideia de ressocialização do ser prevaricante, numa tentativa de o guiar ao mundo das regras civilizacionais de um Estado de Direito; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 51

52 Mostrar ao auditor de justiça o funcionamento, ao vivo, de uma Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, de uma Casa Abrigo para vítimas de violência doméstica, de um Centro de Acolhimento Temporário do Conselho Português para os Refugiados, de um Centro de Acolhimento Temporário, de um Lar de Infância e Juventude (estes dois últimos sob a égide da LPCJP) e de um Centro Educativo. EM SÍNTESE e faseadamente, estabelecem-se como metas as seguintes: Até ao final da 13.ª semana: 1. Aquisição e consolidação conceptual dos grandes princípios estruturantes em matéria de Direito da Família e das Crianças e domínio da sua aplicabilidade prática; 2. Conhecimento das novas regras de organização judiciária em matéria de Direito da Família e das Crianças; 3. Conhecimento do direito substantivo e processual em matéria de divórcio e inventário para separação de meações, filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade e exercício das responsabilidades parentais; 4. Conhecimento do âmbito de intervenção do Ministério Público em matéria do Direito da Família e das Crianças e das competências decorrente do DL nº.272/2001, de e assimilação das melhores práticas no exercício dessa magistratura, de acordo com as suas estatutárias e legais funções. Até ao final da 35.ª semana: 1. Aquisição e consolidação do conhecimento dos instrumentos comunitários e internacionais relevantes em matéria de Direito da Família e das Crianças e do domínio da sua aplicabilidade prática; 2. Conhecimento dos princípios norteadores e do direito substantivo e processual no âmbito da intervenção de promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens em perigo; 3. Conhecimento do direito substantivo e processual em matéria de procedimentos préadotivos e de adoção; 4. Conhecimento dos princípios norteadores e do direito substantivo e processual no âmbito da intervenção tutelar educativa; 5. Domínio das boas práticas respeitantes às especificidades processuais próprias dos diversos tipos de intervenção, no âmbito das matérias assinaladas em 2., 3. e 4. São, POIS, os seguintes os GRANDES TEMAS a tratar: A Organização Judiciária na área do Direito da Família e das Crianças e os princípios gerais de intervenção nessa área B Filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade C Divórcio e Inventário para separação de meações Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 52

53 D Intervenção do Ministério Público em matéria do Direito da Família e das Crianças E Responsabilidades Parentais F Direito Internacional da Família - instrumentos comunitários e internacionais relevantes em matéria do Direito da Família e das Crianças G Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo o processo de promoção e proteção H Adoção I Delinquência Juvenil Planificação PRIMEIRO TRIMESTRE (de 1 de outubro a 19 de dezembro de 2014) 1.ª e 2.ª Sessões módulo de formação comum: A A organização judiciária na área do Direito da Família e das Crianças e os princípios gerais de intervenção nessa área A organização judiciária nesta Área (o novo mapa judiciário) A Constituição da República Portuguesa e o Direito da Família e das Crianças princípios constitucionais básicos; A Convenção sobre os Direitos da Criança e outros instrumentos supranacionais relevantes; A Organização Tutelar de Menores; A reforma legislativa do Direito das Crianças e Jovens (Leis n. ºs 147/99, de 1/9, e 166/99, de 14/9). 3.ª Sessão módulo de formação comum: B - Filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade Introdução ao tema. 4ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: B - Filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade Matéria a abordar na ótica da atividade da magistratura judicial, onde ganham p articular relevo as seguintes temáticas: Intervenção judicial no processo de averiguação oficiosa da paternidade e maternidade. Seleção da matéria de facto nas ações de filiação. A sentença nas ações de filiação. 4ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: B - Filiação, investigação e impugnação de paternidade e maternidade Matéria a abordar na ótica da atividade da magistratura do Ministério Público, onde ganham particular relevo as seguintes temáticas: Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 53

54 Averiguação oficiosa da paternidade e maternidade. A preparação da instauração da ação de investigação de paternidade/maternidade; a elaboração da petição inicial. A preparação da instauração da ação de impugnação da paternidade presumida; a elaboração da petição inicial. 5.ª e 6ª Sessões módulo de formação específica para a magistratura judicial: C Divórcio e Inventário para separação de meações Divórcio sem o consentimento de um dos cônjuges - questões substantivas e processuais; O despacho saneador, a prova e a sentença; A tramitação do inventário para separação de meações; Os alimentos devidos a ex-cônjuges; A atribuição da utilização da casa de morada de família. 5.ª e 6ª Sessões módulo de formação específica para a magistratura do MP: D - Intervenção do Ministério Público em matéria do direito da família e das crianças organização dos serviços, processos administrativos e atendimento ao público; competências do Decreto-Lei n.º 272/2001, de 13/10. 7.ª e 8ª Sessões módulo de formação comum: E - Responsabilidades Parentais Regulação do exercício das responsabilidades parentais guarda/residência (exercício conjunto, exercício unilateral), contactos, alimentos e outras questões substantivas e processuais; Alteração de regime do exercício das responsabilidades parentais; Incumprimento de regime do exercício das responsabilidades parentais. 9.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: E - Responsabilidades parentais Matéria a abordar na ótica da atividade da magistratura judicial, onde ganham particular relevo as seguintes temáticas: Processo de regulação do exercício das responsabilidades parentais, a conferência de pais, a audiência de discussão e julgamento e a sentença; Incidentes de incumprimento de regime do exercício das responsabilidades parentais, guarda/residência, contactos e alimentos, aqui se incluindo a intervenção do Fundo de Garantia dos Alimentos devidos a Menores. 9.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: E - Responsabilidades parentais Matéria a abordar na ótica da atividade do Ministério Público, onde ganham particular relevo as seguintes temáticas: Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 54

55 Intervenção em sede de apreciação do acordo quanto ao exercício das responsabilidades parentais relativo a filhos menores, no âmbito do divórcio por mútuo consentimento; Instauração oportuna da providência tutelar cível adequada ao caso concreto; Incidentes de incumprimento de regime do exercício das responsabilidades parentais, guarda/residência, contactos e alimentos, aqui se incluindo o acionamento do Fundo de Garantia dos Alimentos devidos a Menores. 10.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: E - Responsabilidades Parentais Elaboração de peça processual simulada. 10.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: E - Responsabilidades Parentais Elaboração de peça processual simulada. 11.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: E - Responsabilidades Parentais Limitações ao exercício das responsabilidades parentais; Inibição do exercício das responsabilidades parentais; Formas de suprimento das responsabilidades parentais a tutela; O apadrinhamento civil; Mediação familiar. 11.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: E - Responsabilidades Parentais Limitações ao exercício das responsabilidades parentais; Inibição do exercício das responsabilidades parentais; Formas de suprimento das responsabilidades parentais a tutela; O apadrinhamento civil; Mediação familiar. SEGUNDO TRIMESTRE (de 5 de janeiro a 27 de março de 2015) 12.ª Sessão módulo de formação comum: E - Responsabilidades Parentais Simulação de conferência de pais no âmbito de processo de regulação do exercício das responsabilidades parentais. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 55

56 13.ª Sessão módulo de formação comum: E - Responsabilidades Parentais Visita a uma Casa Abrigo para vítimas de violência doméstica 14.ª Sessão módulo de formação comum: F Direito Internacional da Família - Instrumentos comunitários e internacionais relevantes em matéria do Direito da Família e das Crianças Cooperação judiciária internacional: regras de competência judiciária internacional, regras de conflitos de leis, reconhecimento e execução de sentenças estrangeiras; Aspetos civis do rapto internacional de crianças; Cobrança de alimentos no estrangeiro. 15.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: F Direito Internacional da Família - Instrumentos comunitários e internacionais relevantes em matéria do Direito da Família e das Crianças Continuação do estudo do tema. 15.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: F Direito Internacional da Família - Instrumentos comunitários e internacionais relevantes em matéria do Direito da Família e das Crianças Continuação do estudo do tema. 16.ª Sessão módulo de formação comum: G - Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo o processo de promoção e proteção Princípios orientadores da intervenção; Intervenção não judiciária; As entidades com competência em matéria de infância e juventude; As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens; O papel do Ministério Público no sistema de proteção de crianças e jovens; O processo judicial de promoção e proteção; Medidas de proteção. 17.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: G - Processo de promoção e proteção Na ótica da intervenção judicial, com particular destaque para: A apensação de processos e a harmonização de decisões; As fases de instrução e de decisão do processo judicial de promoção e proteção; O conteúdo da decisão que aplica medida de proteção; Aspetos específicos da medida de confiança com vista a futura adoção. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 56

57 17.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: G - Processo de promoção e proteção Na ótica da intervenção do Ministério Público, com particular destaque para: A atividade do magistrado interlocutor da comissão de proteção de crianças e jovens; O papel de dinamizador da articulação entre a segurança social, as instituições de acolhi mento, outras entidades com competência em matéria de infância e juventude e as comissões de proteção de crianças de jovens; Outras atribuições do Ministério Público, no âmbito da promoção e defesa dos direitos das crianças; A articulação do processo de promoção e proteção com eventuais providências tutelares cíveis pendentes ou a instaurar; Aspetos específicos da medida de confiança com vista a futura adoção. 18.ª Sessão módulo de formação comum: G - Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo Visita a uma Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. 19.ª Sessão módulo de formação comum: G - Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo Continuação do estudo do tema. 20.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: G Intervenção em situações de Crianças e Jovens em Perigo Continuação do estudo do tema. 20.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: G - Processo de promoção e proteção Continuação do estudo do tema. 21.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: G - Processo de promoção e proteção Elaboração de peça processual simulada. 21.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: G - Processo de promoção e proteção Elaboração de peça processual simulada. 22.ª Sessão módulo de formação comum: G - Processo de promoção e proteção Simulação de ato processual. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 57

58 23.ª Sessão módulo de formação comum: G - Processo de promoção e proteção Visita a Centro de Acolhimento Temporário do Conselho Português para os Refugiados. TERCEIRO TRIMESTRE (de 7 de abril a 10 de julho de 2015) 24.ª Sessão módulo de formação comum: G - Processo de promoção e proteção Visita a um Centro de Acolhimento Temporário ou a um Lar de Infância e Juventude (LPCJP). 25.ª Sessão módulo de formação comum: H - Adoção Consentimento prévio para a adoção; Confiança administrativa com vista à adoção; Confiança judicial com vista à adoção e medida protetiva prevista no art.35º., nº.1 alínea g) da Lei de Proteção de Crianças e Jovens e Perigo; O processo de constituição do vínculo da adoção; A adoção internacional. 26.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: H - Adoção Na ótica da intervenção judicial, com especi al incidência para os processos de consentimento prévio para a adoção, de confiança judicial, da medida protetiva prevista no art.35º., nº.1 al.g) da LPCJP e de constituição do vínculo da adoção. 26.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: H - Adoção Na ótica da intervenção do Ministério Público, com especial incidência para a intervenção na definição do projeto de vida «adoção». 27.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: H - Adoção Elaboração de peça processual simulada. 27.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: H - Adoção Elaboração de peça processual simulada. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 58

59 28.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: H - Adoção Continuação do estudo do tema. 28.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: H - Adoção Continuação do estudo do tema. 29.ª e 30ª Sessões módulo de formação comum: I - Delinquência Juvenil Aspetos sociais e jurídicos; Intervenção judiciária: - Pressupostos da intervenção; - O processo tutelar educativo; - Medidas tutelares educativas. Articulação entre a intervenção tutelar educativa e a de promoção e proteção. 31.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: I - Processo tutelar educativo Na ótica da intervenção judicial, com destaque para: Decisão de aplicação de medida cautelar; Audiência preliminar; Audiência; Execução da medida tutelar. 31.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: I - Processo tutelar educativo Na ótica da intervenção do Ministério Público, com destaque para: Fase do inquérito; Sessão conjunta de prova; Suspensão do processo; Encerramento do inquérito; Papel do Ministério Público na aplicação e execução da medida tutelar. 32.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: I Processo Tutelar Educativo Elaboração de peça processual simulada. 32.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: I Processo Tutelar Educativo Elaboração de peça processual simulada. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 59

60 33.ª Sessão módulo de formação comum: I - Delinquência Juvenil Simulação de audiência. 34.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura judicial: I Processo Tutelar Educativo Continuação do estudo do tema. 34.ª Sessão módulo de formação específica para a magistratura do MP: I Processo Tutelar Educativo Continuação do estudo do tema. 35.ª Sessão módulo de formação comum: I - Delinquência Juvenil Visita a um Centro Educativo. 36.ª Sessão módulo de formação comum: Síntese e balanço final Direito do Trabalho e da Empresa Linhas programáticas e metodologia Aos auditores de justiça será proporcionada no âmbito da Jurisdição Laboral, de modo sequencial, a abordagem: dos temas de processo do trabalho, na perspetiva da compreensão da natureza e dos meios de tutela cível, nas espécies declarativa e cautelar; da natureza e dos meios de tutela criminal e contraordenacional; dos princípios estruturantes e da sistemática de cada uma das tipologias processuais correspondentes àqueles meios de tutela; das esferas de competência e modos de atuação dos diversos intervenientes processuais, com clara diferenciação das funções do Juiz e do Ministério Público; dos modos de definição e desenvolvimento dos termos e dos litígios individuais e coletivos, com especial incidência na técnica de tratamento e seleção dos factos; da tramitação geral do processo declarativo comum e dos processos especiais emergentes de acidente de trabalho e doença profissional, dos procedimentos cautelares e das contraordenações laborais e da segurança social, e de impugnação judicial da regularida de e licitude do despedimento; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 60

61 das suas particularidades face aos termos gerais dos processos civil e penal, e enquanto regimes subsidiários das tipologias processuais laborais, em particular quanto aos princípios enformadores e orientadores, fases proces suais e elaboração das correspondentes peças, regras de direito probatório, e ao julgamento da matéria de facto e de direito. Serão enunciados e tratados os temas e as problemáticas do direito do trabalho e da empresa, onde se incluem as matérias dos direitos fundamentais dos sujeitos laborais, as tipologias contratuais de maior incidência prática, como é o caso da contratação a termo resolutivo (certo e incerto), contrato de trabalho temporário e outros contratos de trabalho com regime especial, os princípios enformadores e as principais regras sobre saúde e segurança no trabalho, os temas de direito comunitário, seguindo de perto a jurisprudência dos nossos tribunais superiores e do TJUE, bem como as questões de direito das sociedades, em particular a insolvência do empregador e ainda a responsabilidade dos sócios gerentes e dos empregadores perante os trabalhadores enquanto credores, ainda que se não verifique a insolvência temática esta a articular com a jurisdição cível. A formação dirigida a auditores, futuros Magistrados, implica também um particular enfoque na conduta pró-ativa que deve ser assumida por estes no que se refere aos mecanismos da resolução amigável dos litígios, designadamente em sede de conciliação, bem como na busca da verdade mater ial e uso das demais ferramentas processuais decorrentes dos princípios estruturantes do processo laboral; isto sem prejuízo da aquisição das noções fundamentais sobre ética e deontologia profissional e da sensibilização para a necessidade de permanente reflexão sobre a função judicial, o seu contexto económico e social, numa perspetiva de comunicabilidade, abertura e transparência da justiça próprias de uma sociedade democrática. A abordagem dos temas será casuisticamente orientada, no sentido de proporci onar uma primeira aproximação e a consolidação sistematizada dos conhecimentos jurídicos, bem como o domínio prático do método jurídico e judiciário na análise e resolução dos casos, com destaque para as técnicas de hermenêutica jurídica aqui aplicáveis. As diversas temáticas baseiam-se, como regra, em situações concretas, sempre que possível em processos reais, assim como em elementos da jurisprudência e da doutrina, previamente selecionados ou com âmbito de pesquisa definido. Os diversos temas e o seu tratamento decorrerão, em regra, da discussão oral e do debate, que poderão ser complementados através de exercitação escrita, previamente calendarizada, seja com vista à iniciação dos modos de execução técnica, seja como modo de aferir o grau de aprendizagem do auditor. A distribuição das diversas matérias será feita indistintamente pelo corpo docente que lhe está afeto, embora as que respeitem especificamente ao modo de intervenção de cada magistratura devam ser, em princípio, asseguradas por docentes dela s provenientes. Os objetivos pedagógicos essenciais para os auditores são: A aquisição de informação atualizada sobre as condições de funcionamento dos tribunais de trabalho; Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 61

62 Designadamente incidindo sobre as questões de facto e de direito mais comummente aí tratadas, quer na perspetiva da intervenção do Magistrado Judicial, quer do Magistrado do Ministério Público; Questões essas cuja identificação constituiu uma preocupação e um critério essencial adotado na elaboração do plano de estudos. Pretende-se portanto que aprofundem o conhecimento de procedimentos práticos experimentados sobre a forma de abordar funcionalmente tais questões; Designadamente, e já numa perspetiva eminentemente prática, que aperfeiçoem o conhecimento das regras e da arte de elaboração das peças processuais principais e mais comummente usadas na jurisdição (Despacho saneador e decisões e sentenças no caso dos Magistrados Judiciais) (articulados no processo comum e de acidente de trabalho, tentativas de conciliação em acidentes de trabalho, recursos no caso dos Magistrados do MP); Visando-se ainda a aquisição de técnicas de intervenção e condução de diligências, destacando-se nelas as que visam propósitos de conciliação e mediação. Integrando tais conhecimentos e práticas na compreensão geral do que são os respetivos desempenhos funcionais, no exercício da função soberana do Estado de administrar justiça, fazendo cumprir a Constituição e as leis em defesa do interesse comum e da coisa pública. Complementarmente pretende-se a aquisição de conhecimentos jurídicos em matérias em que se tenham verificado lacunas na formação universitária (por exemplo: acidentes de trabalho; contraordenações; processo de trabalho, etc.) Planificação 1º Trimestre 1.ª Sessão 8 out Formação comum Apresentação, objetivos, programa, metodologia Ética e deontologia profissionais Princípios Constitucionais Direitos Fundamentais e de Personalidade dos sujeitos laborais 2.ª Sessão 15 out Formação comum Direitos Fundamentais e de Personalidade dos sujeitos laborais (cont.): reserva da intimidade da vida privada, tecnologias da comunicação e informação, proteção da parentalidade, mobbing 3.ª Sessão 22 out Formação comum As fontes internacionais do Direito do Trabalho - Direito Europeu (tratados, convenções, diretivas, regulamentos) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 62

63 - Convenções OIT - Jurisprudência do TJUE 4.ª Sessão 29 out Formação comum Boa-fé, deveres de informação e lealdade Cláusulas contratuais gerais O Contrato de trabalho e figuras afins - Presunção de laboralidade e método indiciário - Falso trabalho autónomo - Interposição fictícia e outsourcing 5.ª Sessão 5 nov Formação comum O Contrato de trabalho e figuras afins (cont.) 6.ª Sessão 12 nov Formação comum Tempo de trabalho (período normal de trabalho, isenção de horário, banco de horas, e trabalho suplementar) Férias, feriados e faltas A retribuição 7.ª Sessão 19 nov Formação comum Contrato de trabalho a termo resolutivo certo e incerto 8.ª Sessão 26 nov Formação comum Contrato de trabalho a termo resolutivo certo e incerto (cont.) Contrato de trabalho temporário 9.ª Sessão 3 dez Exercitação escrita 10.ª Sessão 10 dez Formação comum A prestação de trabalho: categoria profissional, função, polivalência profissional O local de trabalho e as suas alterações (mobilidade geográfica) 11.ª Sessão 17 dez Formação comum Contratos de trabalho com regime especial Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 63

64 2º Trimestre 12.ª Sessão 7 jan Formação comum O contrato de trabalho no contexto do direito comercial e do direito das Sociedades comerciais: a. Insolvência b. Responsabilidade de gerentes e administradores c. Empresas em relações de grupo 13.ª Sessão 14 jan Formação comum A cessação do contrato de trabalho: Modalidades Causas objetivas e subjetivas, em especial a ina daptação e a justa causa de despedimento 14.ª Sessão 21 jan Formação comum O poder disciplinar, o seu exercício, e o procedimento disciplinar com vista à aplicação de sanção distinta do despedimento A cessação do contrato de trabalho: Procedimentos, em especial no caso de despedimento com invocação de justa causa 15.ª Sessão 28 jan Formação comum A cessação do contrato de trabalho (cont.) 16.ª Sessão 4 fev Formação comum O magistrado na jurisdição laboral Ética e deontologia profissionais Os princípios estruturantes do processo laboral (em especial os decorrentes dos arts. 27º, 51º-52º, 72º e 74º do CPT) Especificidades da prova (direito probatório material, ónus da prova e presunções) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 64

65 17.ª Sessão 11 fev formação específica MJ Procedimentos cautelares laborais especificados Arresto e procedimento cautelar comum MP A tutela processual declarativa A intervenção do MP Intervenção principal acessória O pré-patrocínio O patrocínio e a sua recusa Conflitos de representação e de patrocínio e situações de mera confluência de papéis A organização dos serviços do MP nos juízos do Trabalho Circulares e Ofícios Circulares no âmbito laboral 18.ª Sessão 18 fev - Formação específica MJ O processo comum laboral A fase liminar A audiência de partes MP A tutela processual declarativa: o papel do MP Procedimentos cautelares laborais especificados Arresto e procedimento cautelar comum 19.ª Sessão 25 fev Formação específica MJ A reconvenção e a compensação A gestão processual, a audiência prévia e a possibilidade da dispensa desta MP O processo comum laboral Tramitação (perspetiva geral) A introdução do feito em juízo Petição inicial no processo comum laboral requisitos; especificidades, valor da ação, custas Apoio judiciário Contestação: defesa por impugnação e por exceção A reconvenção e a compensação A resposta à contestação e os articulados supervenientes 20.ª Sessão 04 mar Formação específica MJ O processo comum laboral (cont.) A audiência de julgamento A produção de prova Aspetos específicos da prova (direito probatório formal) MP O processo comum laboral (cont.) Audiência prévia Audiência de discussão e julgamento: Aspetos específicos da prova (direito probatório formal) A sentença Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 65

66 21.ª Sessão 11 mar - Formação específica MJ O processo comum laboral (cont.) A sentença MP O processo comum laboral (cont.) Recursos 22.ª Sessão 18 mar Exercitação escrita 23.ª Sessão 25 mar Formação específica A ação Especial de Impugnação Judicial da Regularidade e Licitude do Despedimento. 3º Trimestre 24.ª Sessão 08 abr Formação comum A ação de reconhecimento da existência de contrato individual de trabalho 25.ª Sessão 15 abr Formação comum Segurança e saúde no trabalho: princípios gerais quadro legal A Responsabilidade emergente de Acidente de Trabalho e de Doença Profissional Regime legal Os conceitos de Acidente de Trabalho e Doença Profissional O nexo de causalidade A predisposição patológica e a lesão ou doença anterior Os acidentes in itinere 26.ª Sessão 22 abr Formação específica Descaraterização do Acidente de Trabalho Casos especiais de reparação: acidente causado pelo empregador, por outro trabalhador ou por terceiros 27.ª Sessão 29 abr Formação específica Direito à reparação: - objetivos e conteúdo - danos reparáveis - entidades responsáveis e beneficiários Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 66

67 Determinação e avaliação da incapacidade A Tabela Nacional de Incapacidades e a Lista Nacional das Doenças Profissionais Cálculo das prestações em dinheiro Outras Prestações 28.ª Sessão 13 mai Formação específica Cálculo das prestações em dinheiro (cont.) A remição facultativa Revisão da incapacidade Atualização das pensões Garantia do pagamento das pensões 29.ª Sessão 20 mai Formação específica O processo especial emergente de Acidente de Trabalho: Fase conciliatória: 30.ª Sessão 27 maio Formação específica O processo especial emergente de Acidente de Trabalho - Fase contenciosa: 31.ª Sessão 03 jun Simulação de audiência de julgamento 32.ª Sessão 17 jun Formação comum Avaliação da simulação de audiência de julgamento Apreciação da prova produzida Os crimes com incidência laboral - crimes previstos no Código do Trabalho - crimes previstos no Código Penal - crimes previstos em legislação avulsa 33.ª Sessão 24 jun Exercitação escrita 34.ª Sessão 01 jul Formação comum Contraordenações Laborais e da Segurança Social: A) Regime substantivo sujeitos responsabilidade solidária Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 67

68 pluralidade de contraordenações determinação da medida concreta da coima 35.ª Sessão 08 jul Formação comum Contraordenações Laborais e da Segurança Social (cont.) B) Regime processual (em especial a fase contenciosa) apresentação a juízo retirada da acusação decisão por mero despacho audiência de julgamento sentença recurso Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 68

69 3. Conteúdos programáticos: 3.º Curso TAF 3.1. Componentes formativas geral e de especialidade A formação inicial no âmbito do 3º Curso TAF obedece ao conteúdo temático calendarizado segundo a ordem adotada no plano de formação geral, específica e profissional. Os objetivos de cada uma das componentes formativas gerais são aqueles que se encontram definidos para o 31º Curso, sem prejuízo do que, em particular, infra se acentua. No respeitante aos objetivos das componentes formativas da especialidade, pretende-se a aquisição pelos auditores de justiça das seguintes competências: Contabilidade e Gestão e princípios de contabilidade financeira e fiscal Objetivos A formação sobre contabilidade tem por objetivo proporcionar aos auditores de justiça conhecimentos teórico-práticos em matéria de contabilidade que lhes permitam apreender o estado atual da normalização contabilística em Portugal e da harmonização contabi lística internacional, a estrutura e âmbito de aplicação do SNC, assim como a correta articulação entre os seus elementos fundamentais [estrutura conceptual, bases para a apresentação de demonstrações financeiras, modelos de demonstrações financeiras, códi go de contas, normas contabilísticas e de relato financeiro (NCRF), norma contabilística e de relato financeiro para pequenas entidades (NCRF - PE)]. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 69

70 Os auditores deverão igualmente ficar com a noção da estrutura das NCFR, IFRS/IAS (EU) e IFRS/IAS (IASB). Pretende-se ainda dotar os auditores de ferramentas para a compreensão do método contabilístico, dando-lhes as necessárias competências para a correta leitura, análise e interpretação das demonstrações financeiras, modo de contabilização das operações mai s frequentes, e domínio dos conceitos e equações fundamentais da contabilidade. Os auditores ficarão também com a noção de que a contabilização efetuada com base nos princípios e regras da contabilidade sofre correções várias para efeitos fiscais. Serão abordadas as normas contabilísticas elencadas a final ( Normas contabilísticas a abordar ), devendo no entanto os auditores ficar com a noção clara de que existem outras normas da maior importância, que não são tratadas nesta formação básica, designadamente as que se referem aos Contratos de Construção (NCRF 19/IAS 11), às Locações (NCRF 9/IAS 17), aos Subsídios e Apoios Governamentais (NCRF 22/IAS 20), ao Custo dos Empréstimos (NCRF 10/IAS 23), à Agricultura/Ativos Biológicos (NCRF 17/IAS 40), aos Instrumentos Financeiros (NCRF 27/IAS 39/IFRS 9 e IFRS 7), às Concentrações de Atividades Empresariais (NCRF 14/IFRS 3), aos Investimentos em Associadas (NCRF 13/IAS 28), à Consolidação de Contas (NCRF 15/IAS 27/IFRS 10), às Joint Ventures (NCRF 13/IAS 31), ao Relato por Segmentos (IFRS 8), ao Pagamento com Base em Ações (IFRS 2), aos Contratos de Seguros (IFRS 4), entre muitas outras. Metodologia A formação será dada numa perspetiva prática, com recurso a discussão de casos de estudo e exercícios. Sempre que possível a exposição das matérias deverá ser ilustrada com exemplos concretos. Duração 19 unidades letivas (UL) de 90 m (28h30m de formação). Programa 1.ª Sessão - A contabilidade e o seu enquadramento nacional e internacional 2.ª Sessão - As demonstrações financeiras 3.ª Sessão - Conceito de período contabilístico. Noção de acréscimos e diferimentos Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 70

71 4.ª Sessão - Os documentos de prestação de contas 5.ª Sessão - Os documentos de prestação de contas (cont.) 6.ª Sessão - Meios financeiros líquidos 7.ª Sessão - Compras e principais operações com fornecedores 8.ª Sessão - Gastos por naturezas 9.ª Sessão - Inventários 10.ª Sessão - Vendas e principais operações com clientes. Outros rendimentos. 11.ª Sessão - Ativos fixos tangíveis 12.ª Sessão - Ativos intangíveis e goodwill 13.ª Sessão - Investimentos em propriedades e financeiros 14.ª Sessão - Ativos não correntes detidos para venda e financiamentos obtidos 15.ª Sessão - Contabilização do IVA 16.ª Sessão - Imparidade de ativos Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 71

72 17.ª Sessão - Provisões e contingências 18.ª Sessão - Resultado líquido do período. Abordagem breve das implicações do imposto sobre o rendimento 19.ª Sessão - Operações sobre o capital próprio Normas contabilísticas a abordar Estrutura conceptual do SNC/IASB NCRF 1 - Estrutura e conteúdo das demonstrações financeiras (IAS 1) NCRF 2 - Demonstração de fluxos de caixa (IAS 7) NCRF 3 - Adoção pela primeira vez das normas contabilísticas e de relato financeiro (IFRS 1) NCRF 4 - Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros (IAS 8) NCRF 5 - Divulgações de Partes Relacionadas (IAS 24) NCRF 6 - Ativos Intangíveis (IAS 38) (SIC-32) NCRF 7 - Ativos fixos tangíveis (IAS 16) (IFRIC 1) NCRF 8 - Ativos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas (IFRS 5) NCRF 11 - Propriedades de investimento (IAS 40) NCRF 12 - Imparidade de ativos (IAS 36) (IFRIC 10) NCRF 18 - Inventários (IAS 2) NCRF 20 - Rédito (IAS 18) (SIC-31) NCRF 21 - Provisões, passivos contingentes e ativos contingentes (IAS 37) (IFRIC 6) NCRF 24 - Acontecimentos após a data do balanço (IAS 10) NCRF 25 - Impostos sobre o rendimento (IAS 12) (SIC-21) (SIC-25) Organização administrativa Objetivos A autonomização desta componente formativa de especialidade visa dotar os auditores de justiça dos conhecimentos teórico-práticos aprofundados em matéria de organização administrativa, Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 72

73 permitindo-lhes a compreensão das formas de organização administrativa tradicionais e dos novos fenómenos de atuação dos poderes públicos. Deve habilitar à compreensão das novas formas de organização administrativa, no contexto da criação de novas entidades administrativas. Pretende-se o domínio das diversas formas de atuaçã o das entidades administrativas e a associação das formas de organização administrativa às relações de exercício do poder público. Programa 1ª Sessão 14.30/16.00 Extensão do conceito de Administração Pública Os grupos de sujeitos da Administração Pública 2ª Sessão 16.30/18.00 Administração Pública e Constituição Os princípios constitucionais de organização da Administração Pública 3ª Sessão 14.30/16.00 Administração Pública e União Europeia. Implicações do direito da União Europeia na organização administrativa. 4ª Sessão 16.30/18.00 Setores da Administração Pública (I) Estado-Administração Administração indireta do Estado 5ª Sessão 14.30/16.00 Setores da Administração Pública (II) Entidades administrativas independentes Em especial, entidades independentes com funções de regulação 6ª Sessão 16.30/18.00 Setores da Administração Pública (III) Administração autónoma territorial Municípios Entidades intermunicipais Freguesias 7ª Sessão 14.30/16.00 Setores da Administração Pública (III) Administração autónoma funcional (associações públicas) Entidades particulares com funções administrativas Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 73

74 8ª Sessão 16.30/18.00 Relações jurídicas no interior da Administração Pública (I) Hierarquia Superintendência Tutela 9ª Sessão 14.30/16.00 Relações jurídicas no interior da Administração Pública (II) Contratos interadministrativos 10ª Sessão 16.30/ Avaliação final Direito do Urbanismo e do Ambiente Propõe-se, ainda, o domínio dos meios de garantia e de tutela contenciosa da legalidade específicos do Direito do Urbanismo e do Direito do Ambiente. Objetivos, métodos pedagógicos e avaliação A matéria do Direito do Urbanismo e do Direito do Ambiente assume importância fulc ral no âmbito da atividade dos Tribunais Administrativos já que lhes cabe o controlo jurisdicional da legalidade e a tutela dos direitos e interesses dos particulares quando estejam em causa atuações administrativas que interfiram com imperativos de preservação ambiental, ordenamento racional do território e adequada organização e gestão do espaço e do ambiente urbanos. A formação em matéria de Direito do Urbanismo e Ambiente mostra -se direcionada para o aprofundamento dos conhecimentos teórico-práticos da matéria do Direito do Urbanismo e do Ambiente, no contexto da atividade de planificação territorial, de aplicação dos sistemas e instrumentos de execução dos planos e do controlo sobre as operações urbanísticas, numa visão integrada com a problemática ambiental e com os meios específicos de controlo administrativo das atividades com implicações no ambiente, em especial a temática dos procedimentos de comunicação prévia, autorizativo e de licenciamento, assim como o procedimento expropriativo, no contexto d o alargamento da competência material dos Tribunais Administrativos. Propõe-se, ainda, o domínio dos meios de garantia e de tutela contenciosa da legalidade específicos do Direito do Urbanismo e do Direito do Ambiente, de molde a apetrechá -los com os instrumentos técnico-jurídicos indispensáveis à prática judiciária nestas áreas específicas. A matéria do Direito do Urbanismo e Ambiente será lecionada no formato de grupo procurando fazer-se uma abordagem prática das questões com recurso, sempre que pos sível, a situações extraídas de processos em ordem a melhor preparar os auditores de justiça para a decisão do caso concreto. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 74

75 O aproveitamento dos auditores feito através da realização de uma prova escrita final de aferição de conhecimentos. Programa 1.ª Sessão - Conceito, objeto e natureza do Direito do Urbanismo e do Direito do Ordenamento do Território. - Regime Jurídico da Urbanização e Edificação. - Caracterização das operações urbanísticas; em especial, as operações de loteamento. - Procedimentos de controlo prévio: licença, comunicação prévia e autorização. 2.ª Sessão - Isenções de procedimento de controlo prévio. - Procedimentos especiais. 3.ª Sessão - Regime legal dos encargos urbanísticos: em especial, as cedências e compensações para o domínio público municipal. - Implicações registrais e notariais dos atos de gestão urbanística. 4.ª Sessão - Validade e eficácia dos atos de gestão urbanística. 5.ª Sessão - Tutela da legalidade urbanística: fiscalização municipal de obras; sanções administrativas em matéria urbanística; embargo administrativo, legalização, demolição, reposição da situação e cessação de utilização. 6.ª Sessão - Garantias dos particulares: substantivas e processuais. - O Contencioso dos atos de gestão urbanística: meios processuais e ação pública do Ministério Público. 7.ª Sessão - Direito do Urbanismo. - A Administração Pública do ordenamento do território e do urbanismo: aspetos constitucionais e organização administrativa. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 75

76 8.ª Sessão - Regras de ocupação, uso e transformação do solo. - Normas legais sobre utilização do solo. 9.ª Sessão - Regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial. - Funções e tipologia dos planos. - Procedimento de elaboração dos planos. - Relações entre os planos e harmonização entre as respetivas normas. - Medidas cautelares dos planos especiais e municipais de ordenamento do território. - Dinâmica dos planos: alteração, retificação revisão e suspensão dos planos. 10.ª Sessão - Natureza jurídica dos planos. - Discricionariedade de planeamento e vinculação ao princípio da legalidade. - Os planos urbanísticos e o princípio da igualdade. - Perequação compensatória de benefícios e encargos. - Indemnização por expropriações do plano. 11.ª Sessão - A violação dos planos por outros planos, por atos de gestão urbanística e por atos materiais de realização de operações urbanísticas. - O contencioso dos planos. - Sistemas e instrumentos de execução dos planos. - O direito de preferência; o reparcelamento do solo urbano; o licenciamento de obras particulares; o loteamento e as obras de urbanização; a expropriação por utilidade pública. 12.ª Sessão - Contratação urbanística. - Figuras contratuais no domínio urbanístico: contratos para execução dos planos e para planeamento. 13.ª Sessão - O procedimento administrativo expropriativo e a fixação do quantum indemnizatório 14.ª Sessão - Avaliação final. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 76

77 15.ª Sessão PARTE II Direito do Ambiente. - Princípios constitucionais em matéria de Ambiente. - Os princípios da prevenção, do desenvolvimento sustentável, do aproveitamento racional dos recursos naturais e do poluidor-pagador; o princípio da precaução como princípio de ação. - Aproximação ao conceito jurídico-constitucional de Ambiente. - Formas de atuação administrativa em matéria ambiental. - Atividade regulamentar, em especial os planos de ordenamento do território; atos administrativos, em especial as licenças ambientais; contratos da Administração em matéria ambiental; atuação informal e operações materi ais da Administração em matéria ambiental. 16.ª Sessão - A tutela preventiva do Ambiente. - Procedimentos administrativos com incidência ambiental: direito de participação e direito de audiência, em especial, o procedimento de avaliação do impacto ambiental. - Os procedimentos autorizativos em matéria ambiental e a proteção de terceiros: caracterização das relações jurídico-administrativas em matéria ambiental. 17.ª Sessão - Tutela jurisdicional do Ambiente. - O papel da justiça administrativa na defesa do Ambi ente. - Meios processuais: ação pública do Ministério Público, direito de ação popular e processos urgentes. 18.ª Sessão - Responsabilidade civil e administrativa por danos ao Ambiente. - O dano ambiental. 19.ª Sessão - Papel do direito sancionatório do Ambiente. - Breve referência ao direito europeu e ao direito internacional do ambiente. 20.ª Sessão - Avaliação final. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 77

78 Direito Contraordenacional, substantivo e processual Objetivos A matéria do Direito Contraordenacional, substantivo e processual é configurada na componente formativa da especialidade, integrando matéria comum ao Direito Administrativo e Tributário. Fruto de opções de natureza político-legislativa, perspetiva-se a ampliação da competência jurisdicional dos Tribunais Administrativos em matéria de contraordenações, provendo-se formação aos auditores de justiça do 3º Curso TAF adequada ao julgamento desse tipo de litígios. A formação autónoma em matéria do Direito contraordenacional tem por objetivo dotar os auditores de justiça do domínio dos conhecimentos teórico-práticos em matéria do regime geral das contraordenações, assim como o enquadramento e a compreensão dos diversos regimes jurídicos das contraordenações tributárias e das contraordenações administrativas. Em cada caso deverá proceder-se ao enquadramento processual, mediante remissão para alguns regimes processuais próprios, em aproximação a alguns tipos de contraordenações tributárias e administrativas. Programa 1.ª Sessão - Apresentação. - Considerações gerais. - Metodologia de trabalho. - Métodos de avaliação. - Enquadramento do direito geral das contraordenações. 2.ª Sessão - Aspetos essenciais do direito geral das contraordenações. 3.ª Sessão - Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual. - Enquadramento. - Quadro normativo. - Tipologias das infrações tributárias (aduaneiras e não aduaneiras; relativas a tributos cobrados pelas autarquias locais; relativas a tributos cobrados pela Segurança Social). 4.ª Sessão - Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 78

79 - Noções e princípios fundamentais. - Noção e elementos da infração tributária. - Causas de exclusão da ilicitude e da culpa. - Concurso de infrações tributárias. - Determinação da medida da coima, direito à redução e dispensa e atenuação da coima. 5.ª Sessão - Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual. - Aplicação da lei no tempo. - Fase administrativa do processo contraordenacional tributário. 6.ª Sessão - Direito Tributário Contraordenacional, substantivo e processual. - Fase judicial do processo contraordenacional tributário. 7.ª Sessão - Direito Administrativo Contraordenacional, substantivo e processual. - Enquadramento. - Quadro normativo. - Tipos de contraordenações administrativas. - Remissão para aspetos comuns do regime. 8.ª Sessão - Direito Administrativo Contraordenacional, substantivo e processual. - Aspetos particulares do regime. 9.ª Sessão - Avaliação final Contratação pública Objetivos O enquadramento normativo da estrutura do 1º ciclo de formação teórico-prática dos auditores de justiça contempla a autonomia da Contratação Pública no âmbito da componente formativa da especialidade, o que deverá ser uma realidade no plano de estudos do 3º Curso TAF. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 79

80 Os seus objetivos consistem em dotar os auditores de justiça dos conhecimentos teórico-práticos em matéria de contratação pública, apreendendo os princípios e normas europeias que enformam a matéria, segundo as Diretivas europeias dos setores da contratação pública e dos demais instrumentos normativos de fonte europeia e internacional aplicáveis, assim como o domínio do direito procedimental pré-contratual e do direito substantivo, relativo aos contratos públicos e aos contratos administrativos, nos termos regulados pelo Código dos Contratos Públicos e pela legislação avulsa. Pretende-se uma formação integrada e consolidada da matéria da Contratação Pública, que abranja os princípios gerais da contratação pública, os procedimentos pré-contratuais e o direito substantivo dos contratos administrativos, conforme regulação no seu respetivo Código. Articulando a formação inicial com a formação contínua, tal componente formativa da especialidade deve ocorrer no 2º trimestre, através do recurso a formador externo. Programa 1.ª Sessão - Apresentação. - Considerações gerais. - Metodologia de trabalho. - Métodos de avaliação. - Enquadramento do direito geral da contratação pública. - Introdução às espécies, princípios e procedimentos pré-contratuais. 2.ª Sessão - As fontes de direito da contratação pública. - Os princípios gerais da contratação pública. 3.ª Sessão - Os procedimentos pré-contratuais. 4.ª Sessão - Âmbito subjetivo do Código dos Contratos Públicos. 5.ª Sessão - Âmbito objetivo do Código dos Contratos Públicos. 6.ª Sessão - As peças do procedimento. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 80

81 7.ª Sessão - As peças do procedimento. 8.ª Sessão - Decisão de contratar e a fase de apresentação da proposta ou candidatura. 9.ª Sessão - Análise e avaliação das propostas. 10.ª Sessão - Admissão e exclusão da proposta. 11.ª Sessão - Decisão de adjudicação e de não adjudicação. 12.ª Sessão - Fase de outorga do contrato. 13.ª Sessão - Os contratos administrativos e os contratos públicos à luz do Código dos Contratos Públicos. 14.ª Sessão - Âmbito e regime material e procedimental dos contratos administrativos. 15.ª Sessão - O regime de modificação dos contratos administrativos. 16.ª Sessão - O regime de invalidade dos contratos administrativos. 17.ª Sessão - Análise de jurisprudência. 18.ª Sessão - Avaliação final. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 81

82 Direito das relações laborais na Administração Pública Pretende-se a compreensão do regime instituído pela Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro e da sua articulação com o regime geral do contrato de trabalho, numa perspetiva teórico -prática, assim como a compreensão integrada dos vários institutos do direito laboral da Administração Pública. Objetivos e metodologia Com a publicação da Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro os Tribunais Administrativos foram chamados a apreciar e dirimir a conflitualidade decorrente das relações laborais no âmbito da Administração Pública pelo que se torna necessário habilitar os futuros magistrados judiciais dessa jurisdição à compreensão do regime instituído por tal diploma e a fazer a sua articulação com o regime geral do contrato de trabalho. Será privilegiada uma abordagem virada para a prática judiciária s endo o formato das sessões dos grupos de auditores destinados à magistratura judicial dos Tribunais Administrativos e Fiscais. Duração e avaliação A matéria do Direito das Relações Laborais na Administração Pública será lecionada em dezasseis unidades letivas, a últimas das quais destinada à avaliação dos conhecimentos. Programa 1.ª Sessão - Parte I - Dogmática geral - I. Introdução - 1. O emprego público: evolução regulativa e processo de laboralização - 2. Apresentação geral do regime do emprego em funções públicas A Lei sobre vínculos, carreiras e remunerações (Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro): alterações nas bases do regime e âmbito da função pública 2.ª Sessão O Regime do contrato de trabalho em funções públicas (Lei nº 59/2008, de 11 de setembro) O estatuto disciplinar dos trabalhadores públicos (Lei nº 58/2008, de 9 de setembro) Outros diplomas 3.ª Sessão - II. As fontes - 1. Enunciado e classificações das fontes Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 82

83 - 2. A lei: em especial a relação entre os diplomas reguladores do contrato de trabalho em funções públicas, e o Código do Trabalho - 3. Os instrumentos de regulamentação coletiva do trabalho e a autonomia coletiva em especial 4.ª Sessão O regime da LCTFP O regime de negociação coletiva dos trabalhadores nomeados - 4. Interpretação e aplicação das normas 5.ª Sessão - III. Os entes laborais - Os trabalhadores públicos: delimitação e categorias - O empregador público: o Estado e outras pessoas coletivas públicas como empregadores - Os entes laborais coletivos: comissões de trabalhadores e associações sindicais 6.ª Sessão - Parte II - Os vínculos de trabalho em funções públicas - I - Os regimes de vinculação em funções públicas - 1. Delimitação geral: o regime de nomeação; o regime do contrato; o regime da comissão de serviço - 2. Âmbito de aplicação: situações novas; situações de conversão legal 7.ª Sessão - II - Modalidades e formação do contrato de trabalho em funções públicas - 1. Modalidades de contrato de trabalho em funções públicas; em especial o contrato de trabalho a termo 8.ª Sessão - 2. Formação do contrato de trabalho em funções públicas 9.ª Sessão - II. Conteúdo do contrato de trabalho em funções públicas - 1. Aspetos gerais: direitos e deveres das partes 10.ª Sessão - 2. A posição jurídica do trabalhador Atividade contratada e tutela da categoria Local de trabalho Duração e organização do tempo de trabalho Férias, feriados e faltas; proteção da parentalidade Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 83

84 11.ª Sessão - 3. A posição jurídica do empregador Remuneração e deveres acessórios 12.ª Sessão Poderes de direção e disciplina 13.ª Sessão - III. Vicissitudes da relação de emprego públ ico - 1. Mobilidade objetiva funcional e geográfica - 2. Mobilidade subjetiva 14.ª Sessão - IV. Cessação dos vínculos de emprego público - 1. Aspetos gerais - 2. Causas de cessação do contrato de trabalho em funções públicas 15.ª Sessão Em especial, a extinção do contrato de trabalho por facto imputável ao trabalhador: o Estatuto Disciplinar Em especial as causas objetivas de cessação do contrato de trabalho em funções públicas 16.ª Sessão - Regime jurídico dos acidentes em serviço e das doenças profissionais. 17.ª Sessão - Avaliação final Regimes jurídicos dos impostos e Direito Aduaneiro e Contencioso Aduaneiro No que concerne à componente formativa da especialidade dos Regimes Jurídicos dos Impostos e do Direito Aduaneiro e Contencioso Aduaneiro, a formação visa dotar os auditores de justiça de conhecimento atualizado sobre os vários regimes dos Impostos - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, Imposto sobre Val or Acrescentado, Imposto sobre Valor Acrescentado nas transações intracomunitárias, Imposto Municipal sobre os Imóveis, Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosa de Imóveis e do Imposto de Selo e Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 84

85 Impostos Especiais sobre o Consumo - com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes e dotar os auditores de justiça de conhecimento atualizado dos princípios que enformam o direito e contencioso aduaneiro e dos aspetos teóricos mais candentes. A formação será assegurada por docentes externos, desenvolvendo-se no 1º e 2º trimestres do 1º ciclo de formação teórico-prática, podendo algumas das suas componentes ser relegadas para a fase do 2º ciclo. Algumas das áreas temáticas abrangidas no âmbito da componente da especialidade, serão igualmente objeto de formação no âmbito da componente profissional e ainda sob formato de Workshop, visando-se aliar a formação teórica à componente prática, numa aproximação entre as duas componentes formativas. O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) Objetivos Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Duração 4 UL (6 horas) Programa Princípios A incidência pessoal: âmbito da sujeição ao imposto e o conceito de residência Transparência fiscal Incidência real: as categorias de rendimentos sujeitos a tributação. Determinação do rendimento coletável Taxas Liquidação Pagamento O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) Objetivos Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 85

86 Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Duração 4 UL (6 horas) Programa Princípios Incidência Transparência fiscal Isenções Determinação da matéria coletável Eliminação da dupla tributação económica Normas especiais antiabuso: preços de transferência, subcapitalização, pagamentos a entidades residentes em países com regime fiscal privilegiado; imputação de lucros a sociedades residentes em países com regime fiscal privilegiado Regime especial de tributação dos grupos de sociedades Regime especial de fusões, cisões, entradas de ativos e permuta de partes sociais Liquidação de sociedades Taxa Liquidação e cobrança Tributação autónoma O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) Objetivos Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre Valor Acrescentado, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 86

87 Duração 4 UL (6 horas) Programa Princípios Incidência Isenções Valor tributável Taxas Liquidação: direito à dedução; métodos de dedução relativa a bens de utilização mista (pro rata/afetação real); regularização de deduções Pagamento do imposto Regimes especiais O Imposto sobre o Valor Acrescentado nas transações Intracomunitárias (RITI) Objetivos Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto sobre Valor Acrescentado nas transações intracomunitárias, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Duração 2 UL (3 horas) Programa Princípios Incidência; conceito de aquisição intracomunitária e operações assimiladas; localização das operações; vendas à distância; facto gerador e exigibilidade Isenções Valor tributável Taxas Liquidação: deduções; reembolsos Pagamento do imposto Obrigações acessórias dos contribuintes Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 87

88 O Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) Objetivos Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Impos to Municipal sobre os Imóveis, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Duração 2 UL (3 horas) Programa A reforma da tributação do património. Incidência real: conceito de prédio, tipologia de prédios, valor patrimonial tributável Incidência pessoal Isenções Matrizes prediais Objeto e tipos de avaliação na determinação do valor patrimonial tributário O valor patrimonial tributário dos prédios rústicos O valor patrimonial tributário dos prédios urbanos Os organismos de coordenação e de avaliação Taxas, liquidação e pagamento O Imposto Municipal sobre as transmissões onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto de Selo (IS) Objetivos Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosa de Imóveis e do Imposto de Selo, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Duração 2 UL (3 horas) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 88

89 Programa IMT - Caracterização - Incidência real e subjetiva - Determinação do valor tributável - Isenções - Taxas - Liquidação e cobrança Imposto de selo - Natureza - Incidência objetiva e subjetiva; - Isenções - Valor tributável: regras gerais e valor tributável nas transmissões gratuitas - Taxas - Liquidação e pagamento Impostos especiais de consumo Objetivos Dotar os auditores de conhecimento atualizado do regime dos Impostos Especiais sobre o Consumo, com enfoque nos princípios que o enformam e nos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Duração 2 UL (3 horas) Programa Princípios e regras gerais - Objeto, princípio da equivalência, âmbito de aplicação territorial, incidência subjetiva e objetiva, isenções comuns, facto gerador, exigibilidade, introdução no consumo, formalização da introdução no consumo - Liquidação, pagamento e reembolso do imposto - Produção, transformação e armazenagem em regime de suspensão - Circulação em regime de suspensão Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 89

90 - Perdas e Inutilização - Garantias - Circulação e tributação após a introdução no consumo Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos Imposto sobre o tabaco Direito e Contencioso Aduaneiro Objetivos Dotar os auditores de conhecimento atualizado dos princípios que enformam o direito e contencioso aduaneiro e dos aspetos teóricos mais candentes. Metodologia Seminário por docente universitário Duração 2 UL (3 horas) Programa As fontes do direito aduaneiro comunitário O Código Aduaneiro Comunitário Procedimentos de desalfandegamento das mercadorias Formalidades de introdução de mercadorias na Comunidade Europeia Classificação pautal das mercadorias Origem das mercadorias Valor aduaneiro das mercadorias Taxas dos direitos aduanei ros Dívida aduaneira. - Cobrança do montante da dívida aduaneira - Extinção da dívida aduaneira - Reembolso e dispensa de pagamento dos direitos aduaneiros Franquias aduaneiras. Garantias dos contribuintes, específicas do direito aduaneiro - O processo técnico de contestação - A obrigatoriedade do processo técnico de contestação - A aplicabilidade do processo técnico de contestação aos impostos especiais de consumo Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 90

91 Direitos Fundamentais e Direito Constitucional Na matéria dos Direitos Fundamentais e Direito Constitucional visa-se proporcionar aos auditores de justiça: a sensibilização para a importância e o alcance dos direitos fundamentais; a compreensão das normas de direitos fundamentais; o estudo da metodologia da sua interpretação e concretização pelos tribunais; os meios de tutela judicial dos direitos, liberdades e garantias pessoais; uma perspetiva internacional e europeia dos direitos fundamentais, designadamente através da análise da jurisprudência do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem e do Tribunal de Justiça da União Europeia (Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia); o processo constitucional: âmbito, objeto, tipos de recurso, pressupostos gerais e específicos e trâmites, designadamente mediante a análise da jurisprudência do Tribunal Constitucional. As sessões serão ministradas por docentes universitários e Magistrados Inglês Jurídico A disciplina de Inglês visa: apetrechar os auditores de justiça com o vocabulário técnico-jurídico necessário à compreensão de textos jurídicos em língua inglesa e à comunicação com outrem; desenvolver conhecimentos em áreas temáticas diretamente relacionadas com o Direito que permitam compreender e debater as diferenças e semelhanças existentes entre os sistemas jurídicos de Portugal, Reino Unido e Estados Unidos da América Tecnologias de Informação e Comunicação Em matéria de tecnologias de informação e comunicação, dados os conhecimentos que a generalidade dos auditores de justiça tem de um número razoável de aplicações informáticas, na ótica do utilizador, visa-se proporcionar-lhes a familiarização com as novas aplicações informáticas de uso mais frequente nos tribunais. O programa desta matéria prevê que seja ministrada formação conjunta com o 31º Curso nalgumas das unidades letivas que o compõem (a utilização de meios informáticos, módulos de registos on line e custas processuais), sendo a formação específica nas restantes. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 91

92 Direito europeu e Direito administrativo europeu, substantivo e processual, e direito internacional incluindo cooperação judiciária internacional Objetivos Na matéria de direito europeu e direito internacional, incluindo a cooperação judiciária internacional visa-se proporcionar aos auditores de justiça: a familiarização com os institutos de direito europeu e internacional e com os procedimentos da sua aplicação prática; o aprofundamento dos conhecimentos nos domínios das instituições e do direito ao nível internacional e europeu; o conhecimento dos mecanismos de cooperação judiciária europeus e internacionais, numa perspetiva da sua utilização e aplicação prática. Método pedagógico, avaliação e programação As sessões que compõem esta matéria (13UL) serão ministradas conjuntamente, em parte do programa, aos auditores de justiça do 3º Curso TAF e do 31º Curso, por docentes universitários e magistrados. No entanto, dada a especificidade das matérias a abordar, a formação conjunta abrangerá apenas as primeiras 5UL do programa Componente formativa profissional As disciplinas que integram a componente profissional serão ministradas em três grupos de auditores de justiça no caso do Direito Administrativo, substantivo e processual e do Direito Fiscal, substantivo e processual e em dois grupos, no caso do Direito Civil, no domínio dos contratos e responsabilidade civil e do Direito Processual Civil e da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado. O método de avaliação do aproveitamento dos auditores a utilizar em relação às matérias da componente profissional é o da avaliação contínua, método de que faz parte integrante a realização de provas escritas de avaliação de conhecimentos, que podem assumir as vestes de exercitações práticas. Em relação à componente formativa profissional, enunciam-se os seguintes objetivos formativos, traduzidos na aquisição das seguintes competências pelos auditores de justiça: Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 92

93 Direito administrativo, substantivo e processual A componente profissional do Direito Adminis trativo, substantivo e processual visa dotar os auditores de justiça dos conhecimentos teórico-práticos das formas tradicionais de atuação dos poderes públicos, do ato, do contrato e do regulamento administrativo, direcionados para a prática judiciária nos Tribunais Administrativos e do âmbito da jurisdição administrativa, com a análise dos vários tipos de processos do contencioso administrativo e o domínio da sua tramitação, considerando as várias fases processuais, os vários atos processuais e as várias vicissitudes da instância, a partir das pretensões materiais acionáveis em juízo, no contexto da forma processual adequada e dos poderes decisórios do juiz. Pretende-se dotar os auditores de justiça das aptidões fundamentais para a correta aplicação do direito ao caso concreto, treinando-os na elaboração de peças essenciais do processo e para a sua correta tramitação, no âmbito dos princípios de boa gestão processual. Igualmente tem por objetivo a apreensão pelos auditores de justiça das novas realidades d o direito e do contencioso administrativo, atravessados pela transmigração de institutos e de soluções oriundos do direito administrativo global, do direito administrativo europeu e dos direitos administrativos especiais e pelas exigências determinadas pel o direito da proteção internacional dos direitos do homem e pelo direito da proteção constitucional dos direitos fundamentais. Quanto aos objetivos formativos por trimestre, a formação profissional do Direito Administrativo assenta na verificação da aquisição das seguintes competências: a) No fim do primeiro trimestre: Compreensão do enquadramento do direito administrativo e dos direitos administrativos especiais; Assimilação dos princípios estruturantes do direito administrativo e suas concretizações; Assimilação das formas tradicionais de atuação dos poderes públicos; Apreensão sistemática dos princípios do procedimento administrativo, dos principais traços da reforma do Código do Procedimento Administrativo e dos procedimentos administrativos especiais; Delimitação do âmbito e enquadramento da justiça administrativa e fiscal no ordenamento jurídico, substantivo e adjetivo; Domínio dos diversos modos de tutela administrativa, nos termos regulados pelo CPTA; Análise da tipologia dos meios processuais; Apreensão sistemática da dinâmica do processo administrativo e fiscal e dos termos do início, desenvolvimento, vicissitudes e extinção da instância. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 93

94 b) No fim do segundo trimestre: Estudo detalhado do processo administrativo; Domínio aprofundado dos meios processuais: ação administrativa, contencioso eleitoral, ação administrativa de contencioso pré-contratual, intimação para prestação de informações, consulta de processos ou passagem de certidões, intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias, processo cautelar, providências cautelares relativas à formação de contratos; Domínio dos pressupostos processuais comuns e específicos em relação a cada meio processual; Delimitação da ação administrativa e pretensões dedutíveis; Tramitação dos meios processuais; Domínio da marcha dos meios processuais, nas suas fases essenciais e atos processuais; Compreensão do conceito de contrainteressado; Caracterização do papel do Ministério Público na jurisdição administrativa; Aquisição de conhecimentos nas áreas específicas do direito da responsabilidade civil extracontratual do Estado, no domínio da causa de pedir e da prova. c) No fim do terceiro trimestre: Delimitação teórica e adjetiva dos diversos tipos de ação administrativa; Identificação das regras, trâmites e vicissitudes da ação administrativa, em função das pretensões dedutíveis; Domínio da ação executiva; Compreensão das vicissitudes da instância executiva e seus incidentes; Conhecimento da tramitação da instância executiva no âmbito da indemnização por facto da inexecução; Compreensão dos princípios processos especiais não previstos e regulados pelo CPTA; Compreensão da matéria dos recursos jurisdicionais; Aquisição de conhecimentos no direito da nacionalidade, dos estrangeiros e do asilo e meios adjetivos adequados; Conhecimento alargado da jurisprudência administrativa; Domínio na elaboração de despachos e de sentenças no âmbito dos vários meios processuais regulados pelo CPTA. O curso de formação teórico-prática de formação de magistrados para os tribunai s administrativos compreende, no seu primeiro ciclo, na componente profissional, a área de Direito Administrativo, substantivo e processual. A disciplina tem duas dimensões: a material e adjetiva. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 94

95 É orientada à prática judiciária. A sua lecionação far-se-á pela análise dos vários tipos de processos do contencioso administrativo e da sua tramitação a partir das pretensões materiais acionáveis em juízo, tendo em vista a forma processual adequada e os poderes decisórios que competem ao juiz. Importa fazer o estudo de casos concretos e de soluções jurisprudenciais, tendo em vista a correta aplicação do direito ao caso concreto, assim como treinar a elaboração de peças essenciais do processo. Procurar-se-á ilustrar as manifestações concretas do princípio pro accione que resultam no contencioso administrativo na preferência pela decisão de mérito, em detrimento das decisões de forma. Procurar-se-á dar conta das novas realidades do direito e do contencioso administrativos, atravessados pela transmigração de institutos e soluções oriundos do direito administrativo global, do direito administrativo europeu e dos direitos administrativos especiais e pelas exigências postas pelo direito da proteção internacional dos direitos do homem e pelo direito da proteção constitu cional dos direitos fundamentais. Será dada particular ênfase ao estudo da jurisprudência administrativa e europeia, segundo a metodologia da análise crítica da jurisprudência. A propósito de cada item procura-se acentuar as duas componentes, a saber: a di mensão doutrinária ou jurisprudencial, suscitada a partir de casos da vida e a dimensão prática, de elaboração de despachos ou de sentenças e de compreensão dos contextos processuais pertinentes. As atividades formativas irão decorrer entre 06 de outubro de 2014 e 10 de julho de 2015, num total de 35 semanas, distribuídas por três períodos letivos: De 06 de outubro a 19 de dezembro de 2014 (11 semanas); De 05 de janeiro a 27 de março de 2015 (10 semanas); Entre 02 a 13 de março de 2015 decorrerá o estági o intercalar, a que se refere o artigo 42º da Lei n.º 2/2008, de 14 de janeiro. De 06 de abril a 10 de julho de 2015 (14 semanas). A distribuição das matérias é feita por duas unidades letivas (UL) semanais, com a duração de 1 hora e 30 minutos cada (3 horas por semana). Tendo presente os objetivos definidos, procede-se à definição do conteúdo e do tempo letivo da matéria da componente formativa profissional de Direito Administrativo, substantivo e processual. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 95

96 Programa 1.ª Semana - 06 a 10 de outubro - Apresentação. Considerações gerais - Metodologia de trabalho e de avaliação - Regras para a elaboração de trabalhos - O Estatuto dos Tribunais Administrativos e Fiscais e o Estatuto dos Magistrados Judiciais - Os fundamentos do direito administrativo 2.ª Semana - 13 a 17 de outubro - Direito administrativo e função administrativa - Os direitos administrativos especiais - A europeização e a globalização do direito administrativo - Princípios fundamentais de direito administrativo 3.ª Semana - 20 a 24 de outubro - A discricionariedade administrativa e os direitos fundamentais no direito administrativo - Os novos institutos, modelos e soluções retirados dos direitos administrativos especiais (exemplos: a indemnização pelo sacrifício; a proteção do existente; o nexo de ca usalidade na responsabilidade pelo dano ecológico; a garantia do equilíbrio financeiro nos contratos administrativos; o princípio da precaução; o non refoulement no direito de estrangeiros - O direito administrativo relacional - As formas de atuação administrativa: ato administrativo, contrato administrativo e regulamento administrativo 4.ª Semana - 27 a 31 de outubro - Os limites procedimentais às formas de atuação administrativa - As novas formas de atuação administrativa (vg. as atuações informais) - Operações materiais - Ato administrativo - Conceito e categorias - Força jurídica e execução do ato administrativo - Revogação e limites à revogabilidade dos atos administrativos 5.ª Semana - 03 a 07 de novembro - Regime de invalidade dos atos administrativos - O dogma da insindicabilidade dos atos interna corporis e as relações jurídicas administrativas internas - Regulamento administrativo Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 96

97 - Conceito e categorias - Fundamento do poder regulamentar - Limites à emanação de regulamentos administrativos 6.ª Semana - 10 a 14 de novembro - Contratos administrativos e os contratos celebrados pela Administração - Âmbito e espécies - Principais aspetos do regime dos contratos administrativos 7.ª Semana - 17 a 21 de novembro - O procedimento administrativo - Princípios do procedimento administrativo - Principais traços da reforma do CPA 8.ª Semana - 24 a 28 de novembro - Os procedimentos administrativos especiais 9.ª Semana - 01 a 05 de dezembro - Os principais modelos de justiça administrativa - Âmbito e enquadramento da justiça administrativa: a relação jurídica administrativa - A justiça administrativa como justiça comum - O princípio da separação de poderes e a autocontenção judicial - O direito à tutela jurisdicional efetiva e os pressupostos processuais - Os princípios do processo equitativo e justo 10.ª Semana - 09 a 12 de dezembro - As formas de ação administrativa: as ações administrativas de pretensão declarativa; as ações administrativas de pretensão executiva; as ações administrativas de tramitação urgente - A tutela cautelar no contencioso administrativo - O contencioso administrativo de revisão e o contencioso administrativo de plena jurisdição - O conceito de injunção jurisdicional administrativa - O contencioso administrativo dos direitos administrativos especiais 11.ª Semana - 15 a 19 de dezembro - Exercícios: análise de jurisprudência e resolução de hipóteses práticas - Exercício avaliativo n.º 1: resolução de hipótese prática Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 97

98 12.ª Semana - 05 a 09 de janeiro - Os processos urgentes - O contencioso eleitoral - O contencioso pré-contratual - Pretensões deduzíveis - Tramitação da ação de contencioso pré-contratual - Exercício: Elaboração de sentença no âmbito de um processo de contencioso précontratual 13.ª Semana - 12 a 16 de janeiro - As intimações - A intimação para proteção de direitos, liberdades e garantias - A intimação para a prestação de informações, consulta de processos e passagem de certidões 14.ª Semana - 19 a 23 de janeiro - Exercício: Elaboração de sentença no âmbito de um processo de intimação - Processos cautelares - As providências cautelares: caracterização e tipologia - O processo cautelar como incidente do processo principal - A tramitação do processo cautelar - A antecipação do mérito no processo cautelar 15.ª Semana - 26 a 30 de janeiro - O decretamento provisório da providência e o incidente de declaração de ineficácia de atos de execução indevida - Exercício: elaboração de despacho nos termos dos artigos 128.º, n.º 6, e 131.º do CPTA - As providências cautelares relativas à formação de contratos - A injunção cautelar - Exercício: Elaboração de sentença em processo cautelar 16.ª Semana - 02 a 06 de fevereiro - Exercício escrito avaliativo n.º 2: decisão liminar e/ou final num processo urgente - A ação administrativa de pretensão declarativa: a ação administrativa comum e a ação administrativa especial - A ação administrativa comum - A ação administrativa especial Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 98

99 - Espécies de ação administrativa especial - A injunção administrativa e os poderes do juiz no contencioso de ilegalidade 17.ª Semana - 09 a 13 de fevereiro - A relação jurídica processual administrativa: - as partes, o objeto imediato (a pretensão material), o objeto mediato (a atuação administrativa), o pedido (providência judiciária requerida), a causa de pedir (as razões de facto e as razões de direito que, em concreto, sustentam a pretensão processual); - os pressupostos processuais; - a cumulação de pedidos (requisitos e tramitação) - A tramitação da ação administrativa especial - Os pressupostos processuais específicos da ação administrativa especial - O ato administrativo impugnável - A norma administrativa impugnável 18.ª Semana - 16 a 20 de fevereiro - A questão prévia da irrecebevilidade da ação - O despacho pré-saneador: conhecimento de nulidades e suprimento de vícios formais - O despacho de aperfeiçoamento e o despacho saneador na ação administrativa especial. - Exercício: elaboração de despacho nos termos do artigo 88.º do CPTA - A instância da ação administrativa especial - As vicissitudes da instância - As modificações subjetivas da instância - As modificações objetivas da instância 19.ª Semana - 23 a 27 de fevereiro - Exercício: elaboração de despacho sobre requerimentos apresentados ao abrigo dos artigos 63.º a 65.º, 70.º e 102.º, n.º 4, do CPTA - As pretensões dedutíveis no âmbito da ação administrativa especial - A petição inicial: o pedido e a causa de pedir - O objeto da ação impugnatória - A cumulação de pedidos - A recusa do recebimento da petição inicial (remissão) - A citação da entidade demandada e dos contrainteressados - O conceito de contrainteressados (Semanas de 02 a 13 de março - Estágio intercalar) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 99

100 20.ª Semana - 16 a 20 de março - A intervenção do Ministério Público - Exercício: despacho sobre requerimento do Ministério Público - A contestação: noção, prazo e conteúdo; revelia - Defesa por exceção dilatória - Defesa por exceção perentória - Defesa por impugnação - A apresentação do processo administrativo (o artigo 84.º, n.ºs 4, 5 e 6, do CPTA) 21.ª Semana - 23 a 27 de março - Delimitação da jurisdição administrativa a partir da causa de pedir das ações - A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade civil extracontratual do Estado por facto da função administrativa - A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade civil extracontratual do Estado por facto da função legislativa - A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade civil extracontratual do Estado por facto da função jurisdicional. - A causa de pedir nas ações de efetivação de responsabilidade contratual - Exercício: análise de processos relativos a responsabilidade civil extracontratual e elaboração de sentenças 22.ª Semana - 07 a 10 de abril - Os incidentes de intervenção de terceiros na ação administrativa especial - A instrução do processo: objeto e limites - Direito probatório material e direito probatório formal - Princípios enformadores na dinâmica da prova - Os poderes do relator e o princípio do inquisitório - A prova no processo cautelar e no processo principal - Os meios de prova nas «ações de plena jurisdição» - Requerimentos. Ónus da prova. Regime jurídico 23.ª Semana - 13 a 17 de abril - Meios de prova em especial - O valor probatório do processo administrativo - Prova por documentos - Prova por confissão das partes - Prova pericial - Inspeção Judicial Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 100

101 - Prova testemunhal - A prova nas ações de responsabilidade civil extracontratual do Estado: ações por violação do direito a decisão judicial em prazo razoável, ações de indemnização por danos provocados por acidentes de viação, ações de indemnização por erro médico 24.ª Semana - 20 a 24 de abril - A injunção judicial administrativa - A ação de condenação à prática do ato administrativo devido - A ação de impugnação de normas - A tramitação das ações administrativas especiais de impugnação de normas ou de condenação à prática do ato devido - Os poderes de pronúncia do tribunal na ação de condenação à prática do ato devido - Exercício: elaboração de sentença em ação administrativa especial de impugnação de normas ou de condenação à prática de ato devido 25.ª Semana - 27 a 30 de abril - Exercício escrito avaliativo n.º 3: elaboração de decisão sobre uma ação administrativa especial impugnatória - Regime jurídico da cumulação de pedidos - A cumulação de pedido impugnatório com pedido de reconstituição da situação atual hipotética - A cumulação de pedido impugnatório com pedido de efetivação de responsabilidade civil extracontratual - Sentença: conteúdo, vícios e regime (artigos 94.º e 95.º do CPTA) 26.ª Semana - 04 a 08 de maio - Exercício: avaliativo n.º 4: elaboração de sentença em ação administrativa especial com cumulação de pedidos - Análise global das principais propostas de alteração ao CPTA 27.ª Semana - 11 a 15 de maio - A tutela do direito à nacionalidade e os processos de oposição à aquisição da nacionalidade portuguesa - Exercício: elaboração de sentença em ação de oposição à aquisição da nacionalidade portuguesa 28.ª Semana - 18 a 22 de maio - O direito internacional e europeu de asilo Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 101

102 - A tutela substantiva e processual do direito de asilo e de proteção subsidiária 29.ª Semana - 25 a 29 de maio - Recursos em processo administrativo - Exercício: elaboração de despachos de admissão de recurso 30.ª Semana - 01 a 05 de junho - Ação executiva - Finalidade da ação executiva - Espécies de ação executiva - Pressupostos específicos da ação executiva artigo 157.º do CPTA - Exercício: elaboração de despachos simples - Os processos executivos em especial: a execução para prestação de facto ou de coisa; a execução para pagamento de quantia certa; execução de sentença de anulação 31.ª Semana - 08 a 12 de junho - Tramitação da ação executiva - A indemnização por facto de inexecução - Análise de jurisprudência sobre a execução de julgado 32.ª Semana - 15 a 19 de junho - Exercício avaliativo n.º 5: elaboração de decisão final sobre execução - Processos especiais não previstos no CPTA: perda de mandato, dissolução de órgão autárquico, mandado urbanístico, injunção urbanística e reconhecimento de acidente em serviço 33.ª Semana - 22 a 26 de junho - Exercício: elaboração de sentença num processo especial - Exercício avaliativo n.º 6: elaboração de sentença 34.ª Semana - 29 de junho a 03 de julho - Análise sinóptica de jurisprudência administrativa 35.ª Semana - 06 a 10 de julho - Síntese final - Balanço global do 1º ciclo formativo Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 102

103 Direito tributário, substantivo e processual A formação inicial no Direito Tributário tem como objetivos formativos a aquisição pelos auditores das seguintes competências: a) No fim do primeiro trimestre: Conhecer os princípios jurídicos -constitucionais da tributação, assim como as regras de interpretação, integração e eficácia do direito fiscal. Conhecer os princípios que regem o procedimento tributário, as garantias não contenciosas dos contribuintes e os principais procedimentos existentes. Dominar a tramitação do processo de execução fiscal, conhecer os respetivos incidentes e compreender, no seu seio, a divisão de competências entre o órgão de execução fiscal e o juiz. Conhecer a natureza e princípios gerais do contencioso tributário, assim como quais os poderes do juiz no seu âmbito e saber como exercer esses poderes. Conhecer as principais questões que no processo tributário se colocam ao nível do ónus da prova e a jurisprudência dos tribunais superiores sobre esta matéria. Dominar o objeto e âmbito da impugnação judicial. Saber tramitar o processo de impugnação judicial, e as peças processuais mais frequentes (despacho liminar, despacho de convite ao aperfeiçoamento, despacho de convolação, despachos sobre requerimentos de prova, sentença, despacho de decisão de reclamação da conta). b) No fim do segundo trimestre: Conhecer e saber tramitar as providências cautelares no processo tributário, dominar o respetivo objeto e fundamentos. Saber tramitar os vários incidentes da execução fiscal, e dominar o respetivo objeto e fundamentos, em particular no caso da oposição à execução. Conhecer e saber aplicar em concreto as regras da prescrição dos vários tributos e a jurisprudência dos tribunais superiores sobre a matéria. Conhecer o objeto e fundamentos e saber tramitar a ação administrativa especial, os outros meios processuais acessórios, a execução de julgados, o processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário, o recurso da decisão de avaliação da matéria coletável pelo método indireto e o recurso de contraordenação. Conhecer e saber aplicar as regras especiais dos recursos jurisdicionais no contencioso tributário. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 103

104 Conhecer as questões que com maior frequência se colocam nos tribunais tributários no domínio do direito tributário internacional e europeu e a jurisprudência dos tribunais superiores nestas matérias. Saber organizar e conduzir uma diligência de inquirição de testemunhas. c) No fim do terceiro trimestre: Conhecer e saber aplicar em concreto as regras da caducidade do direito à liquidação dos vários tributos e a jurisprudência dos tribunais superiores sobre a matéria. Conhecer a jurisprudência dos tribunais superiores sobre a distinção entre imposto, taxas e sobre contribuições especiais. Compreender e saber aplicar o regime das taxas locais, conhecer as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos tribunais. Compreender e saber aplicar o regime das contribuições para a segurança social, conhecer as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos tribunais. Compreender e saber aplicar o regime do IRS, conhecer as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos tribunais. Compreender e saber aplicar o regime do IRC, conhecer as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos tribunais. Compreender e saber aplicar o regime do IVA, conhecer as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos tribunais. Compreender e saber aplicar o regime do IMI, conhecer as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, e a jurisprudência dos tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos tribunais. Compreender e saber aplicar o regime do IMT, conhecer as particularidades do contencioso tributário nesta matéria e a jurisprudência dos tribunais superiores relativamente aos problemas mais frequentes que relativamente à mesma surgem nos tribunais. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 104

105 Conhecer os aspetos relevantes do direito aduaneiro e as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, os problemas mais frequentes que sobre a mesma surgem nos tribunais e a jurisprudência dos tribunais superiores. Conhecer os aspetos relevantes do regime dos impostos especiais e as particularidades do contencioso tributário nesta matéria, os problemas mais frequentes que sobre a mesma surgem nos tribunais e a jurisprudência dos tribunais superiores. Linhas gerais A abordagem dos conteúdos será feita partindo de uma breve apresentação sob a forma de exposição enquadradora apoiada por documentos de suporte (síntese da exposição e bibliografia de referência para aprofundamento do tema), acompanhada pelo estudo da jurisprudência relevante. Após este enquadramento, todos os temas serão trabalhados com exercícios práticos, na forma de elaboração de peças processuais e/ou discussão de casos práticos, conforme o caso. Com efeito, e ainda que tendo presente e subscrevendo integralmente o objetivo estratégico de evitar modelos universitários ( ) sublinhando a especificidade profissional da vocação do CEJ que partiu da identificação da existência de uma formação no primeiro ciclo demasiado académica e pouco relacionada com os objetivos de formação dos magistrados isto é, com as competências e as qualidades que definem um bom magistrado (cf. Projeto Estratégico, Orientações para o Plano de Atividades e Objetivos Estratégicos e Operacionais, Documento preliminar, CEJ, 20 12, págs. 26 e 29, preocupação que é retomada no Plano de Estudos 30.º Curso de Formação de Magistrados, CEJ, 2012, págs. 8 e 9, e no Plano Anual de Atividades / 2014, CEJ, 2013, págs., todos disponíveis para consulta em a estratégia proposta pretende colmatar a diversidade de saberes e experiências dos auditores na área administrativa e tributária, visto que adquiriram a sua experiência profissional em áreas distintas, o que nalguns casos pressupõe alguma perda de contacto com as matérias do direito tributário, que como é sabido se encontram em constante atualização. Cruzamento com outros saberes Atendendo a que na área tributária os juízes são frequentemente confrontados com problemas que apelam à interdisciplinaridade e cruzamento com outras áreas do saber, serão organizadas sessões de trabalho (workshops) com especialistas nas matérias que, para além da contabilidade financeira, suscitam maiores dificuldades concretas. Assim, terão lugar workshops destinados à para a mel hor compreensão do procedimento concreto de (auto)liquidação do IRC, IRS e IVA, maxime das equações fundamentais subjacentes, e à familiarização com o modo de preenchimento das respetivas declarações fiscais. Também para a aquisição de competências que permitam compreender os juízos técnicos densificadores de conceitos indeterminados como o de prejuízo irreparável e de manifesta falta de meios económicos nos casos em que se discute a isenção de prestação de garantias (cf. n.º 4 do art. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 105

106 52.º da LGT), ou da idoneidade da garantia (cf. n.º 2 do art. 52.º da LGT) quando como tal é oferecida a penhora de quotas de sociedade (sendo que estamos perante situações que geram elevada litigância no seio da reclamação de atos do órgão de execução, art. 276.º CPPT, pr ocesso de tramitação urgente), terão lugar workshops sobre análise financeira e avaliação de empresas e partes sociais. Áreas de elevada complexidade científica são ainda a do direito fiscal internacional e a do direito fiscal europeu, sendo que cada vez com maior frequência os juízes tributários são chamados a dirimir conflitos de elevada dificuldade, que pressupõem conhecimentos profundos nestas áreas. Para cada uma destas áreas, serão igualmente realizadas sessões de trabalho (workshop) com especialistas. 1.º Trimestre 1.ª Semana - 06 a 10 de outubro - Apresentação dos participantes, programa, objetivos e metodologia. 2.ª Semana - 13 a 17 de outubro - Princípios jurídicos-constitucionais da tributação. Análise de jurisprudência. Discussão de um caso prático. 3.ª semana - 20 a 24 de outubro - Interpretação, integração e eficácia do direito fiscal. Análise de jurisprudência. Discussão de um caso prático. 4.ª semana - 27 a 31 de outubro - Procedimento tributário. Garantias (não contenciosas) dos contribuintes. Meios de prova no procedimento. O princípio da impugnação unitária. Análise de jurisprudência. Discussão de um caso prático. 5.ª semana - 03 a 07 de novembro - O processo de execução fiscal. Natureza e consequências. A distribuição de competências entre o órgão de execução e o do juiz. Incidente de entrega do bem. A tramitação da execução: as nulidades. A garantia: isenção e garantia idónea. A indemnização por garantia indevida e pela caducidade da garantia. Análise de jurisprudência. Discussão de um caso prático. 6.ª semana - 10 a 14 de novembro - A tramitação do processo de execução fiscal (continuação) Os incidentes da execução fiscal. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 106

107 7.ª semana - 17 a 21 de novembro - O contencioso tributário: natureza e princípios gerais. Os poderes do juiz. Discussão de casos práticos. 8.ª semana - 24 a 28 de novembro - Personalidade, capacidade, legitimidade e competência. Exercício: decisão de incidente de incompetência; despachos de convite ao aperfeiçoamento. 9.ª semana - 01 a 05 de dezembro - A impugnação judicial. Fundamentos. Controlo liminar. Elaboração de um despacho liminar. 10.ª semana - 09 a 12 de dezembro - Impugnação judicial. Tramitação. O processo administrativo. A instrução (prova). Requisitos da apensação. Elaboração de despachos sobre requerimentos de pr ova. Os incidentes (remissão). 11.ª semana - 15 a 19 de dezembro - Impugnação judicial. A sentença. Questão da divisibilidade do ato e da sentença de procedência parcial. Valor da causa. Exercícios: sentença e despacho de decisão de reclamação da conta. 2.º Trimestre 12.ª semana - 05 a 09 de janeiro - As providências cautelares no processo tributário. 13.ª semana - 12 a 16 de janeiro - Os incidentes da execução fiscal em especial: a reclamação de atos, os embargos, a anulação de venda. Reclamação da graduaçã o de créditos. 14.ª semana - 19 a 23 de janeiro - A oposição à execução: fundamentos e tramitação. 15.ª semana - 26 a 30 de janeiro - A oposição à execução (cont.). Elaboração de um despacho de convite à convolação. 16.ª semana - 02 a 06 de fevereiro - Ineficácia da liquidação e caducidade do direito à liquidação. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 107

108 17.ª semana - 09 a 13 de fevereiro - A prescrição das obrigações tributárias. 18.ª semana - 16 a 20 de fevereiro - Ação administrativa especial, outros meios processuais acessórios e execução de julgados. Especificidades e remissão. Intimação para um comportamento e ação para o reconhecimento de um direito. 19.ª semana - 23 a 27 de fevereiro - Processo especial de derrogação do dever de sigilo bancário. Recurso da decisão de avaliação da matéria coletável pelo método indireto. 20.ª semana - 16 a 20 de março - O recurso de contraordenação. 21.ª semana - 23 a 27 de março - Recursos jurisdicionais e a execução de sentença no contencioso tributário. 3.º Trimestre 22.ª semana - 07 a 10 de abril - Direito tributário internacional 23.ª semana - 13 a 17 de abril - Direito tributário europeu. 24.ª semana - 20 a 24 de abril - Imposto, taxas e as contribuições especiais. Definição e figuras afins. O regime das taxas locais. As contribuições para a segurança social. 25.ª semana - 27 a 30 de abril - O IRS. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e liquidação. Caducidade do direito à liquidação. 26.ª semana - 04 a 08 de maio - IRS (continuação). Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 108

109 27.ª semana - 11 a 15 de maio - IRC. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e liquidação. Caducidade do direito à liquidação. 28.ª semana - 18 a 22 de maio - IRC (continuação). Regimes especiais: regime especial de tributação de grupos de empresas e regime especial das fusões, cisões, entrada de ativos e permuta de partes sociais. Cláusulas especiais antiabuso. 29.ª semana - 25 a 29 de maio - IVA Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e liquidação. Isenções. 30.ª semana - 01 a 05 de junho - IVA (continuação). 31.ª semana - 08 a 12 de junho - IVA nas transações intracomunitárias. Incidência, determinação da matéria coletável e liquidação. Isenções. 32.ª semana - 15 a 19 de junho - IMI. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e liquidação. Isenções. 33.ª semana - 22 a 26 de junho - IMT. Princípios, incidência, determinação da matéria coletável e liquidação. Isenções. 34.ª semana - 29 de junho a 03 de julho - Direito aduaneiro 35.ª semana - 06 a 10 de julho - Impostos especiais 36.ª semana - 13 a 17 de julho - Síntese e balanço final. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 109

110 Sessões de trabalho (workshops) Enquadramento Atendendo a que na área tributária a resolução dos problemas com que se confrontam os juízes apelam frequentemente à interdisciplinaridade e cruzamento com outras áreas do saber, serão organizadas sessões de trabalho (workshops) conduzidas por especialistas nas áreas de maior complexidade/tecnicidade. Estas sessões destinam-se a apoiar e aprofundar as sessões da formação inicial que serão dadas na área tributária, quer na componente da especialidade, no respeitante aos regimes jurídicos dos impostos e direito aduaneiro e contencioso aduaneiro, quer na componente profissional. Estas sessões de trabalho poderão vir a realizar-se no 2º Ciclo, mediante convite a docentes externos. Sessão de trabalho (workshop) sobre IRS Objetivos Dar a conhecer aos auditores o procedimento concreto de liquidação do imposto e equações fundamentais subjacentes, e familiarizar os mesmos com o conteúdo, regras e modo de preenchimento da correspondente declaração fiscal. Metodologia Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos, seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) e se possível, realização de um exercício prático. Duração 6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia) Programa Rendimentos sujeitos ao imposto (trabalho dependente e pensões) Deduções à coleta e benefícios fiscais Despesas de saúde e de educação Determinação da matéria coletável Taxas Liquidação e cobrança O preenchimento da declaração anual de IRS Exercício prático Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 110

111 Sessão de trabalho sobre IRC Objetivos Dar a conhecer aos auditores o procedimento concreto de autoliquidação do imposto e equações fundamentais subjacentes, e familiarizar os mesmos com o conteúdo, regras e modo de preenchimento das correspondentes declarações fiscais. Metodologia Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos, seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) e se possível, realização de um exercício prático. Duração 6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia) Programa Do resultado contabilístico ao resultado tributável: Variações patrimoniais positivas e negativas não refletidas no resultado líquido do exercício Gastos contabilísticos que não aceites como gastos em termos fiscais Rendimentos contabilísticos que não aceites como rendimentos em termos fiscais Determinação do resultado tributável (quadro 07 do Modelo 22) Do lucro tributável à matéria coletável: Regimes de taxas Prejuízos fiscais dedutíveis Benefícios fiscais Determinação da matéria coletável Da matéria coletável ao Imposto a pagar: Imposto às taxas normal e reduzida Determinação da coleta Deduções a efetuar: Dupla tributação económica Dupla tributação internacional Contribuição autárquica Benefícios fiscais Pagamento especial por conta Determinação do IRC liquidado Retenções na fonte Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 111

112 Pagamentos por conta Determinação do IRC a pagar (ou a recuperar) IRC de exercícios anteriores Derrama Tributações autónomas Juros compensatórios Juros de mora Determinação do total a pagar (ou a recuperar) Preenchimento da declaração modelo 22 de IRC, em particular do respetivo quadro 07 Sessão de trabalho sobre IVA Objetivos Dar a conhecer aos auditores o procedimento concreto de liquidação do imposto e equações fundamentais subjacentes, e familiarizar os mesmos com o conteúdo, regras e modo de preenchimento das correspondentes declarações fiscais. Metodologia Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos, seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) e se possível, realização de um exercício prático. Duração 6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia) Programa Determinação da matéria coletável Taxas Liquidação e cobrança O preenchimento das declarações de IVA Exercício prático Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 112

113 Sessão de trabalho sobre análise financeira Objetivos Permitir compreender os juízos técnicos densificadores dos conceitos de prejuízo irreparável e de manifesta falta de meios económicos nos casos em que se discute a isenção de prestação de garantias (cf. n.º 4 do art. 52.º da LGT) oferecidas por empresas. Metodologia Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos, seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) Duração 6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia) Programa Enquadramento: o papel da análise financeira A análise da situação da empresa a partir dos seus demonstrativos financeiros: Análise ao equilíbrio financeiro Análise ao desempenho (ou rendibilidade) Análise aos fluxos monetários Conclusões Casos práticos Sessão de trabalho sobre avaliação de empresas e partes sociais Objetivos Permitir compreender os juízos técnicos densificadores do conceito de idoneidade da garantia (cf. n.º 2 do art. 52.º da LGT) quando como tal é oferecida a penhora de quotas de sociedade. Metodologia Sessão de trabalho, com exposição feita pelo especialista convidado ilustrada por exemplos, seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) Duração 6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 113

114 Programa Contexto(s) em que se revela necessário avaliar uma empresa ou partes sociais (ações ou quotas) Definição e tipos de valor atribuíveis a uma empresa (valor dos livros, valor de mercado, valor intrínseco/justo valor, valor de liquidação, valor de uma empresa em continuidade operacional) Trabalhos preparatórios de avaliação Métodos de avaliação: - Tradicionais - Com base em fluxos de caixa descontados ( discounted cash flows ). Determinação da taxa de desconto a utilizar. - Com base no EBITDA mais a Dívida Líquida - Com base em indicadores do valor da ação no mercado de capitais ( PER Price Earnings Ratio, dividendo por ação/ dividend yield e o rácio preço/ cash-flow ) Conclusões Casos práticos Sessão de trabalho sobre direito fiscal internacional Objetivos Permitir aos auditores aprofundar os conhecimentos nesta matéria, de grande complexidade técnica, através de uma abordagem eminentemente prática. Metodologia Sessão de trabalho, com exposição pelo especialista convidado ilustrada por exemplos, seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) Duração 6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia) Tema a trabalhar A residência no direito internacional fiscal. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 114

115 Sessão de trabalho sobre direito fiscal europeu Objetivos Permitir aos auditores aprofundar os conhecimentos nesta matéria, de grande complexidade técnica, através de uma abordagem eminentemente prática. Metodologia Sessão de trabalho, com exposição pelo especialista convidado ilustrada po r exemplos, seguida de discussão de casos práticos (situações reais ou hipotéticas) Duração 6 horas (3 no período da manhã e 3 no período da tarde de um mesmo dia) Tema a trabalhar A tributação direta na jurisprudência do Tribunal de Justiça do TJCE. Sessão de trabalho sobre a tramitação pela administração tributária do processo de execução fiscal Objetivos Familiarizar os auditores com a tramitação pela AT do processo de execução fiscal, de modo a permitir a correta compreensão/interpretação do respetivo processo documental. Metodologia Demonstração prática e ilustrada com exemplos dos vários passos seguidos, atos praticados e documentos produzidos pela AT na tramitação em concreto dos processos de execução fiscal, compreendendo a apresentação do modo de funcionamento das várias bases de dados (p. ex. de pesquisa de património dos sujeitos passivos) e sistemas informáticos (p. ex. de penhoras automáticas) de que a AT se socorre para o efeito. Duração 3 horas (manhã ou tarde de um dia) Tema a trabalhar A tramitação do processo de execução fiscal pela AT. Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 115

116 Direito Civil, nos domínios dos contratos e da responsabilidade Civil e Direito Processual Civil e Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado Atentar-se-á num modelo de processo civil assente num postulado da confiança, construído a partir de uma ética de responsabilidade social, tributando-a a quem dirige o processo e a quem, em cada momento, no âmago do sistema, dele prestará contas: o juiz. A abordagem e a discussão dos temas e das questões problemáticas do direito civil, com especial enfoque na matéria dos contratos e na responsabilidade civil, devem ser equacionadas em sintonia com a sequência da marcha do processo comum, partindo-se de um plano adjetivo para o tratamento de situações concretas com incursão nos temas do direito substantivo. Na resolução oral dos casos práticos e na simulação escrita das decisões apelar se á aos institutos de direito civil substantivo, no domínio dos contratos e da responsabilidade civil, sendo de con siderar, neste particular, os seguintes conteúdos temáticos : Quanto ao direito dos contratos Noção e tipos de contratos Pressupostos do contrato Estrutura do contrato (vontade e declaração) Conteúdo do contrato (formação e elementos do conteúdo) Eficácia do contrato Extinção do contrato Quanto à responsabilidade civil Responsabilidade delitual, contratual e pré-contratual Responsabilidade subjetiva e objetiva Responsabilidade por facto ilícito e por facto lícito Pressupostos da responsabilidade Obrigação de indemnizar Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 116

117 PRIMEIRO TRIMESTRE Objetivos Delimitação do âmbito e enquadramento da justiça cível no ordenamento jurídico; Assimilação dos princípios estruturantes do processo civil e das suas linhas sistemáticas; Domínio dos diversos modos de tutela cível; Delimitação dos tipos de jurisdição; Análise da tipologia das ações; Domínio da marcha do processo declarativo, nas suas fases essenciais e atos processuais; Apreciação da validade e eficácia dos atos processuais; Análise da função e do conteúdo da petição inicial e da causa de pedir; Compreensão da intervenção liminar do juiz; Delimitação dos termos e formas de citação em geral e apreciação dos efeitos da revelia; Apreciação da natureza, função, conteúdo e regime processual dos articulados; Apreensão sistemática da dinâmica do processo civil e dos termos do início, desenvolvimento, vicissitudes e extinção da instância; Aquisição e desenvolvimento de competências em matéria de modificações objetivas e subjetivas da instância. Calendarização 1.ª Semana 6 a 10 de outubro de 2014 (1 UL) - Apresentação - Âmbito e enquadramento da justiça cível - Princípios e linhas sistemáticas do processo civil (I) 2.ª Semana 13 a 17 de outubro de 2014 (1 UL) - Princípios e linhas sistemáticas do processo civil (II) 3.ª Semana 20 a 24 de outubro de 2014 (1 UL) - Modos de tutela cível - Tipos de jurisdição - Espécies de ações consoante o fim Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 117

118 4.ª Semana 27 a 31 de outubro de 2014 (1 UL) - A dinâmica processual civil - A instância: início, suspensão e extinção - Atos processuais: o Regime geral o Validade e eficácia 5.ª Semana 3 a 7 de novembro de 2014 (1 UL) - Petição inicial função, conteúdo - O pedido e a causa de pedir o Ações baseadas em obrigações emergentes de contratos o Ações de indemnização por responsabilidade civil 6.ª Semana 10 a 14 de novembro de 2014 (1 UL) - Apresentação, recebimento, recusa da petição inicial - Vícios da petição inicial - A intervenção liminar do juiz 7.ª Semana 17 a 21 de novembro de 2014 (1 UL) - Citação - Revelia - Contestação - Reconvenção - Réplica - Articulados supervenientes 8.ª Semana 24 a 28 de novembro de 2014 (1 UL) - Modificações objetivas e subjetivas da instância (I) 9.ª Semana 1 a 5 de dezembro de 2014 (2 UL) - Exercitação escrita 10.ª Semana 8 a 12 de dezembro de 2014 (1 UL) - Modificações objetivas e subjetivas da instância (II) 11.ª Semana 15 a 19 de dezembro de 2014 (1 UL) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 118

119 - Discussão e correção do exercício escrito SEGUNDO TRIMESTRE Objetivos Intuição do papel do juiz como gestor do processo; Apreensão do conceito de gestão inicial do processo e sua aplicação prática, designadamente no despacho liminar e no despacho pré-saneador; Perceção da função primordial da audiência prévia, atos a praticar e termos da concretização da gestão processual nesta fase; Conhecimento da técnica de saneamento do processo e de aferição dos pressupostos processuais e sua exercitação prática; Análise das exceções dilatórias e das exceções perentórias; Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova e sua concretização prática; Capacidade de apreciação da problemática da prova, analisando os diversos meios probatórios, nas perspetivas do direito nacional e do direito europeu; Domínio da temática dos acidentes de viação dos prismas adjetivo e substantivo. Calendarização 12.ª Semana 5 a 9 de janeiro de 2015 (1 UL) - Gestão inicial do processo: despacho liminar e despacho pré-saneador 13.ª Semana 12 a 16 de janeiro de 2015 (1 UL) - Despacho saneador: o Pressupostos processuais o Exceções dilatórias 14.ª Semana 19 a 23 de janeiro de 2015 (1 UL) - Saneador-sentença - Exceções perentórias 15.ª Semana 26 a 30 de janeiro de 2015 (2 UL) - Exercitação escrita 16.ª Semana 2 a 6 de fevereiro de 2015 (1 UL) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 119

120 - Audiência prévia 17.ª Semana 9 a 13 de fevereiro de 2015 (1 UL) - Discussão e correção do exercício escrito - Simulação de audiência prévia 18.ª Semana 16 a 20 de fevereiro de 2015 (1 UL) - Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova o Casos relacionados com obrigações emergentes de contratos 19.ª Semana 23 a 27 de fevereiro de 2015 (1 UL) - Identificação do objeto do litígio e enunciação dos temas da prova o Casos de responsabilidade civil 20.ª Semana 2 a 6 de março de 2015 (2 UL) - Exercitação escrita 21.ª Semana 9 a 13 de março de 2015 (1 UL) - A prova (I) 22.ª Semana 16 a 20 de março de 2015 (1 UL) - Discussão sobre o trabalho escrito - A prova (II) 23.ª Semana 23 a 27 de março de 2015 (1 UL) - A responsabilidade civil por acidentes de viação Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 120

121 TERCEIRO TRIMESTRE Objetivos Domínio das regras, trâmites e vicissitudes da audiência final, com especial abordagem das temáticas da psicologia do testemunho e da ética judiciária; Capacidade de seleção da matéria de facto e de avaliação da prova; Concretização dos elementos integradores da sentença; Análise dos vícios da sentença e compreensão da matéria dos recursos; Estudo do procedimento de injunção e subsequente ação declarativa; Conhecimento da tramitação dos procedimentos cautelares e da figura inovatória da inversão do contencioso; Análise dos títulos executivos, da tramitação da ação executiva e dos seus incidentes; Domínio dos embargos de executado e da oposição à penhora; Aquisição e desenvolvimento de conhecimentos no âmbito do contencioso dos contratos de locação financeira, de compra e venda com reserva de propriedade e de factoring. Calendarização 24.ª Semana 6 a 10 de abril de 2015 (1 UL) - Audiência final 25.ª Semana 13 a 17 de abril de 2015 (1 UL) - Audiência final simulação 26.ª Semana 20 a 24 de abril de 2015 (1 UL) - Sentença, em particular a decisão sobre a matéria de facto (I) 27.ª Semana 27 de abril a 1 de maio de 2015 (1 UL) - Sentença (II) - Exercitação escrita a elaborar em prazo a definir 4 a 8 de maio de Semana Intercalar 28.ª Semana 11 a 15 de maio de 2015 (1 UL) Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 121

122 - Vícios da sentença - Recursos 29.ª Semana 18 a 22 de maio de 2015 (1 UL) - O procedimento da injunção e a subsequente ação declarativa 30.ª Semana 25 a 29 de maio de 2015 (1 UL) - Procedimentos cautelares 31.ª Semana 1 a 5 de junho de 2015 (1 UL) - Ação Executiva (I) 32.ª Semana 8 a 12 de junho de 2015 (1 UL) - Ação Executiva (II) 33.ª Semana 15 a 19 de junho de 2015 (2 UL) - Exercitação escrita 34.ª Semana 22 a 26 de junho de 2015 (1 UL) - Contencioso derivado de contratos de locação financeira, de compra e venda com reserva de propriedade e de factoring. 35.ª Semana 29 de junho a 3 de julho de Discussão e correção dos exercícios escritos 36.ª Semana 6 a 10 de julho de 2015 (1 UL) - Síntese e balanço final Plano de Estudos - 31º Curso de Formação (TJ); 3.º Curso de Formação (TAF) 122

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