PROCESSOS DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RESIDUOS E EFLUENTES DAS UNIDADES DE AZEITE
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1 Centro Cultural Macedo de Cavaleiros 23 de Maio de 2007 PROCESSOS DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RESIDUOS E EFLUENTES DAS UNIDADES DE AZEITE PRODUÇÃO DE AZEITE Uma das actividades agro-industriais mais antigas e tradicionais na bacia do Mediterrâneo: Espanha, Itália, Grécia (os maiores produtores mundiais) Turquia, Tunísia, Síria, Marrocos, Portugal José Alcides Peres,, Marco Lucas, João Claro Departamento de Química Estimativa mundial de geração de águas ruças: 30 milhões de m 3 /ano Akdeniz Kıyı Ülkelerinde Zeytin Yağı Üretim Kapasitesi Lagares de azeite em Portugal: Alentejo Trás-os-Montes e Alto Douro Beira Interior Estimativa: a m 3 de águas ruças/ano Carga poluente equivalente = 2,5 milhões de habitantes
2 LAGARES DE AZEITE SUB-PRODUTOS DE LAGARES DE AZEITE Sector agro-industrial peculiar: elevado número de lagares (dispersos geograficamente) laboração sazonal (Novembro a Fevereiro) coexistência de diferentes tecnologias Lagares de prensas Azeite Bagaço (26-35% hum.) Água Ruça Lagares contínuos (de 3 fases) Azeite Bagaço (48-53% hum.) Água Ruça Azeite Processo descontínuo Processo contínuo Lagares ecológicos (de 2 fases) Bagaço húmido (57%-80% hum.) BAGAÇO DE AZEITONA Unidades de extracção de óleo de bagaço Extracção química n-hexano Óleo de Bagaço de Azeitona - comercialização Bagaço seco - valorização energética ÁGUAS RUÇAS Características gerais Composição: água de vegetação da azeitona + água de lavagem + água adicionada nas etapas de moenda e batedura Elevada carga orgânica CQO = mg O 2 /L Difícil depuração natural compostos de natureza fenólica gorduras
3 Características de águas ruças ÁGUAS RUÇAS: Processos de tratamento Parâmetro (mg/l) Água ruça (médio) Efluente doméstico (médio) VLE (DL 236/98) 1. SOLUÇÃO OFICIAL ph CBO 5 CQO SST SSV Óleos e gorduras Fenóis N Kjeldahl CBO 5 /CQO 4, ,168 6,5-7, ,5-0,8 6,0-9, , Despacho Junho 2000 (Min. Agricultura + Min. Ambiente) reservatório / lagoa estanque para as águas ruças pré-tratamento através da correcção de ph utilização em regadio entre Março e Novembro - culturas arbustivas ou arbóreas - volume de aplicação < 80 m 3 ha -1 ano LAGOAS DE EVAPORAÇÃO A recolha em lagoas de evaporação tem sido um dos processos mais correntes de eliminação das águas ruças. solução tecnicamente acessível e económica 3. EVAPORAÇÃO FORÇADA Acumulação em lagoas Devidamente impermeabilizadas Processos de intensificação de evaporação: evaporação natural no espaço de tempo que medeia entre duas campanhas (7-8 meses) podem ser utilizadas em rega Dispersão Painéis de evaporação
4 4. PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS 4.1. Tratamento por coagulação/floculação química óxido de cálcio 4.2. Processos usando membranas ultrafiltração (método Scandiavision) osmose inversa (método Saem-Indelpa) 4.3. Oxidação catalítica O 3 - ozono peróxido de hidrogénio reagente de Fenton (UTAD) 4.4. Processo PuriAgru IST + Solvay 4.5. Águas ruças + lamas de ETA Projecto do ISA 5. PROCESSOS TÉRMICOS 5.1. Incineração 5.2. Concentração térmica (evaporação térmica) método Biodestil método Niro-Atomizer 5.3. Obtenção de combustíveis sólidos 6. PROCESSOS BIOLÓGICOS 6.1. Tratamentos aeróbios Processos convencionais Leveduras Torulopsis utilis, Candida utilis Fungos Aspergillus niger, Geotrichum candidum Compostagem Coop. Freixo de Numão Tratamentos anaeróbios 7. NOVO PROCESSO (UTAD) 7. NOVO PROCESSO (UTAD) Enquadramento Socio-Económico do Processo Patenteado PROCESSO DE TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E EFLUENTES DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO DE AZEITE ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DA INDÚSTRIA CORTICEIRA Resíduos da indústria corticeira Resíduo industrial (código LER ) a toneladas por ano Destino final - Deposição no solo - Valorização energética - Colmatação de rolhas Patente Nacional PT Patente Europeia EP Abril.2006 Abril.2007 Estimativa da quantidade de resíduos de cortiça a utilizar na implementação do processo no território nacional: t
5 Atmosfera UGV Caracterização do Produto como Biomassa Condensação Cogeração Parâmetro Resultado Unidades Método Extrusora Secador Humidade 8,9 % LAQ / MI 01 PCS poder calorífico superior 22,2 MJ / kg ASTM D 1989 PCI poder calorífico inferior 20,6 MJ / kg ASTM D 1989 Cinzas 3,9 % LAQ / MI 04 LAGAR Tanque de mistura CBE Centro da Biomassa para a Energia Dados comparativos Caracterização do Produto como Biomassa PATENTE EUROPEIA EP RESÍDUOS TIPO DE RESÍDUO HUMIDADE (%) PCS (MJ/Kg) PCI (MJ/Kg) Pontas e ramos de Pinheiro bravo 55 8,68 6,68 EXPLORAÇÃO FLORESTAL Pontas e ramos de Eucalipto 55 7,89 5,93 Pontas e ramos de Pinheiro bravo 29 14,0 12,2 Pontas e ramos de Eucalipto 31 12,4 10,7 Pontas e ramos de Criptoméria 60 7,32 5,24 Processo relativamente simples Fácil implementação Casca de Pinheiro bravo 42 11,4 9,56 Casca de Eucalipto 43 9,04 7,27 Baixos custos INDÚSTRIA Casca de Pinheiro bravo 23 16,2 14,6 Casca de arroz 7,7 15,5 14,2 Casca de pistachio 7,6 20,6 19,0 Casca de amendoim 8,1 19,6 18,2 20,6 = PCI Solução global Conclusões Resolução de problema ambiental Casca de pinhão 7,7 19,1 17,7 Bagaço de uva 20 14,9 13,4 Cumprimento da legislação Graínha de uva 13 20,7 19,1 Caroço de pêssego 21 16,2 14,6 Vantagem económica Briquetes de Pinho 14 17,9 16,7 COMPACTADOS Briquetes de Bambu 13 17,3 15,9 Pellets de resíduos florestais 9,2 18,7 17,2
6 Muito obrigado pela vossa atenção!
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