HEMOPOESE. Elvira Guerra-Shinohara

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "HEMOPOESE. Elvira Guerra-Shinohara"

Transcrição

1 HEMOPOESE Elvira Guerra-Shinohara

2 Hemopoese Processo regulado e contínuo de produção de células sanguíneas Inclue a renovação celular, proliferação, diferenciação e maturação das células sanguíneas Intra-útero Pós-nascimento

3 Lorenzi Manual de Hematologia Hemopoese Intra-útero Pós-nascimento

4 Hematopoese Auto-renovação da Stem Cell Diferenciação em Stem cell comissionada Diferenciação em progenitores mielóides e linfóides Proliferação dos progenitores e sua diferenciação em um determinado tipo celular

5 Hemopoese intra-útero As primeiras células sanguíneas do homem surgem no período embrionário, por volta do 19º dia de desenvolvimento fetal Fases da hematopoese intra-útero: Mesoblástica Hepática Medular

6 Hemopoese intra-útero Idades gestacionais e locais da hemopoese 0 a 2 meses (saco vitelino) 2 a 7 meses (fígado e baço) 5 a 9 meses (medula óssea)

7 Hematopoese intra-útero: Fase mesoblástica Células progenitoras de origem mesenquimal migram da região aorta-gonada-mesonefros do desenvolvimento da aorta-esplanctopleura para o saco vitelino Acontece no mesoderma do saco vitelino Apenas formação de eritrócitos nucleados Estas células tem a capacidade de sintetizar hemoglobina com cadeias tipo zeta (que são as anteriores a cadeias ) e cadeias épsilon e gama (cadeias anteriores a cadeias beta)

8 Hypothetical model of human hematopoietic ontogeny based on amphibian, avian, murine, and human developmental data. The yolk sac provides two transient populations of committed progenitors that are thought to arise from a mesoderm-derived hemangioblast (HB) precursor. The first wave of progenitors produces primitive erythroblasts (PRIM. ERY.). The second wave produces burst-forming unit erythroid (BFU-E) and several myeloid progenitors (MP) that seed the liver. Long-term hematopoietic stem cells (HSC) arise later in the aorta-gonad-mesonephros (AGM) region that subsequently populate the liver and ultimately the marrow to generate the full panoply of definitive hematopoiesis. The HSC from liver also provide naïve lymphoid cells to the thymus, and T-lineage maturation occurs there. Fonte

9 Formação de Cadeias Globinícas z Z 2 2 = Gower = Gower 2 Z 2 2 = Portland 2 2 = HbF 2 2 = HbA2 2 2 = HbA

10 Hemoglobinas fisiológicas humanas Período embrionário Z 2 E 2 Gower 1 α 2 E 2 Gower 2 Z 2 γ 2 Portland Período Fetal Principalmente HbF α 2 γ 2 HbF α 2 β 2 - HbA Pós-nascimento α 2 γ 2 HbF α 2 β 2 HbA α 2 δ 2 HbA 2

11 Período hepatoesplênico As células embrionárias ou stem cell emigram do saco vitelino para o fígado e daí para a medula óssea A hemopoese fetal inicia-se no fígado por volta 42º dia, também do tipo eritroide, com as células sintetizando cadeias globínicas alfa e gama (Hb fetal) As outras linhagens (granulócitos e plaquetas) aparecem mais tardiamente, podendo as células ser cultivadas a partir de fígado fetal

12 Formação dos orgãos Hematopoéticos AGM aorta-gonadal -mesonephros Hoffman e cols, 2001

13 Medula óssea crânio extremidades proximais dos ossos longos Esterno vértebras Principal orgão hematopoético após o nascimento Esqueleto axial Crista ilíaca Crianças apresentam medula óssea vermelha em praticamente todos os ossos ADULTOS Produção diária (por kg peso corporéo) de: 2,5 bilhões de eritrócitos 2,5 bilhões de plaquetas 1,0 bilhão de granulócitos

14 Hematopoese intra-utero e sitios medulares após o nascimento

15 Constituição da medula óssea Fonte: Rodak Hematology 2012

16 Esquema da circulação na medula óssea Fonte: Willians Hematology 2010

17 Distribuição das células hematopoéticas e adipócitos na medula óssea de um indivíduo adulto normal 50% células hematopoéticas 50% adipócitos Fonte: Rodak Hematology 2012

18 Celularidade em cortes histológicos de biópsia de medula óssea Normocelular Hipercelular Hipocelular Fonte: Iawata Atlas de doenças hematológicas, 1998

19 Número de células no aspirado de medula óssea (mielograma) Normocelular Hipocelular Hipercelular

20 Microambiente de medula óssea Células estromais Citocinas Matriz extracelular Células hematopoéticas Hoffbrand & Pettit, 2001

21 Células do estroma Macrófagos Fibroblastos Células reticulares Adipócitos Células endoteliais

22 Matriz extracelular Fibronectina Hemonectina Laminina Colágeno Proteoglicanos (mucopolissacarídeos ácidos, i.e., condroitina, heparana)

23

24 Características das células tronco Capacidade de: auto-renovação proliferação gerar diferentes tipos celulares regenerar o tecido após lesão

25 Célula pluripotente, totipotente, stem cell ou célula tronco Fonte: Lorenzi e cols., 2003

26 Localização dos nichos de células tronco hematopoética (HSC) na cavidade trabecular da medula óssea CAR Cell = célula reticular que produz abundante CXCL12 MSC= produz CXCL12 Ehninger & Trumpp J. Exp. Med. 208: , 2011 Células tronco mesenquimal (MSC) NÃO EXPRESSAM MARCADORES: CD 45, CD 34 e CD 14 (Marcadores de células hematopóéticas) EXPRESSAM: CD 105, CD 73 e CD 90 Acrescentar CD 271 e Sca-1 Shi Immunology; 136: 133-8, 2012

27 Características in vitro das células mesenquimal Formação de colônias fibroblastoide Multipotência in vitro: osteogênica, condrogênica e adipogênica MARCADORES DE SUPERFÍCIE NEGATIVO: CD45, CD34, CD14, CD80, CD86, MCHII POSITIVO: CD105, CD73, CD90, CD106, STRO1, ICAM-1, CD271 Shi Immunology; 136: 133-8, 2012

28 Funções das células mesenquimal Sendo uma célula multipotente diferencia-se em todas as células que formam o estroma: adipócitos, condrócitos, osteocitos, fibroblastos Produz SDF-1(CXCL12), VEGF, HGF (fator de crescimento de hepatócitos), IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina), TGF-β, LIF- fator inibidor da leucemia, angiopoetinas, diversas interleucinas, principalmente as anti-inflamatorias

29 Célula tronco hematopoética (HSC) Marcadores da HSC: CD34+, CD38-, Lin- Quando próxima ao endosteo = quiescente Perto do sinusoide = ativa (proliferação ou diferenciação)

30 Doulatov et al., Cell Stem Cell 10, 2012

31 Citocinas Grupo heterogêneo de polipeptídeos (peptídeos regulatórios) Atua na ordem de pico ou namoles Modificam as funções de diferentes tipos celulares A maioria das citocinas é produzida indutivamente, por diferentes tipos celulares Exercem atividade através da ligação a receptores específicos associados à membrana celular FUNÇÃO Regula as respostas imune e inflamatória Controla a proliferação e diferenciação celular Controla a apoptose Ativa ou inibe células maduras efetoras

32 Papel das citocinas e de fatores de crescimento Induzir a proliferação celular Induzir a diferenciação celular Ativar células maturas e efetoras Aumentar (ou não) a sobrevida celular

33 Fatores estimuladores de colônias (CSF) Nome dado a algumas citocinas que apresentam a capacidade de estimularem a proliferação e a formação de colônias in vitro CITOCINAS REGULATÓRIAS DA HEMATOPOESE Fator estimulador de células-tronco (SCF) Interleucina 3 (IL3) Fator estimulador de colônias de granulócitos e mónócitos (GM-CSF) Fator estimulador de colônias de mónócitos (M-CSF) Fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF) Eritropoetina (EPO)

34 GM-CSF e IL-3 Fatores estimuladores de colônias que estimulam a proliferação de células progenitoras comprometidas com mais de uma linhagem ou mais primitivas IL-3 Estimula o crescimento, a diferenciação e a sobrevivência de células tronco-hematopoética e atua sobre as unidades formadoras de colônias (CFU) CFU-GM BFU-E CFU-Meg CFU-GEMM

35 GM-CSF Exerce papel na função e na ativação de precursores e células maturas da linhagem grânulo-monocítica Estimula as divisões mitóticas finais e a maturação celular terminal dos progenitores hematopéticos diferenciados Ativa as funções efetoras das células maturas finais naquela linhagem

36 GM-CSF in vivo Aumento significativo no número de CFU-GM e no percentual de precursores medulares reconhecidos morfologicamente em fase S Tratamento com GM-CSF Quase triplica a produção medular de células grânulomonopoéticas Embora a granulo-monocitose seja o efeito mais evidente da administração do GM-CSF, outras linhagens mieloides, como a eritroide e a megacariocitica, também respondem ao tratamento (Burgess; Metcalf, 1980)

37 Eritropoetina (EPO) Promove a proliferação e hemoglobinização de células progenitoras eritroides mais maduras Promove a proliferação de células comprometidas com a linhagem eritroide, enquanto que, em células progenitoras eritroides mais tardias, atua na sobrevivência celular

38

39 Hierarquia das células da medula óssea células tronco células progenitoras células precursoras células maduras HPP-CFC high proliferative potential colony forming cell LTC-IC long-term culture initiating cell

40 A- Com a diferenciação as células perdem a capacidade de auto-renovação. B - Uma única célula tronco produz, depois múltiplas divisões, 10 6 células maduras Fonte:

41 Medula óssea Sangue periférico Órgãos linfóides Fonte: Greer e cols. Wintrobe s Clinical Hematology, 2004

42 HEMATOPOESE Células tronco Progenitores Precursores

43 The figure displays the hematopoietic progenitors that have been defined by in vitro assays or by more complex tissue-based assays. I(A) the growth factors responsible for cell survival and proliferation at each corresponding stage of hematopoietic development (B) the corresponding transcription factors are illustrated. See text for definitions, except that T,GM,4 represents tumor necrosis factor alpha (TNF-α), GM-CSF and IL-4, and 1,3,4,7,T,S,F represents IL-1, IL-3, IL-4, IL-7, TNF-α, SCF, and Flt3 Ligand. Although a single type of macrophage is illustrated, the blood monocyte can differentiate into a plethora of tissue specific macrophage types, including the hepatic Kupffer cell, the brain microglia, and the bone osteoclast Similarly, a single dendritic cell is shown, but of two distinct origins, lymphoid or myeloid.

44

45 MATURAÇÃO CELULAR células jovens (imaturas) BLASTOS Maturação células sanguíneas diferenciação citoplasmática maturação nuclear redução do tamanho celular

46 Células diferenciadas (precursoras) células especializadas morfologicamente podem ser diferenciadas por microscopia óptica constituem a maior parte das células da M.O.

47 Eritroblastos (medula óssea) Pró-eritroblastos Eritroblasto Basófilo Eritroblastos policromáticos Eritroblasto Ortocromático

48 Células da Medula Óssea Pró-eritroblasto Eritroblastos policromático plasmócito B promielócito A Eritroblasto basófilo Eritroblastos policromáticos A e B

49 Precursores de granulocíticos

50 Precursores de linfócitos Fonte: Hoffbrand & Pettit, Hematologia Clínica Ilustrada, 1991)

51 Precursores de monócitos

52 Precursores de plaquetas Megacariócito basófilo Megacariócito acidófilo

53 Expressão de Integrinas nas células sanguíneas Hoffbrand e cols, 2001

54 Receptores de adesão e seus ligantes HPC- hematopoetic progenitor cell HSC- hematopoetic stem cell Hoffman e cols, 2001

55

56 Outros receptores de adesão

57 Selectinas

58 Transmission electron micrograph of mouse femoral marrow. The lumen (L) of a sinus is indicated. Endothelial cell cytoplasm separates the sinus lumen from the hematopoietic spaces (arrow). Two neutrophils are evident traversing the sinus wall. Note deformation of the cell producing a narrow waist where the cell passes through endothelium. The luminal portion of the migrating cells is granule-poor. The remainder of the cytoplasm is granule-rich, possibly reflecting gel-sol transformation during pseudopod formation.

59 Transmission electron micrograph of mouse femoral marrow. Composite of reticulocytes in egress. A. Small protrusion of marrow reticulocyte into sinus lumen (L). B. Reticulocyte in egress, with approximately half the cell in the sinus lumen. C. Reticulocyte virtually in the sinus. Egress occurs through a migration pore that is parajunctional in position (arrows point to endothelial cell junctions). (From Lichtman MA, Waugh RE,479 with permission.)

60 Transmission electron micrograph of mouse femoral marrow. A. The lumen (L) of a marrow sinus is indicated. The arrow points to the thin endothelial cytoplasmic lining of the sinus. The nucleus of a megakaryocyte (N) is indicated, with the cytoplasm of the megakaryocyte invaginating the endothelial cell cytoplasm in three places below the lumen. B. The arrow indicates the thin endothelial cell cytoplasmic lining of the sinus. The endothelium is attenuated to a double membrane in two places. A small process of megakaryocyte cytoplasm has formed a pore in the endothelial cell and has entered the sinus lumen (L). Cytoplasm flows through such pores and delivers proplatelets to the sinus lumen.

Proliferação. Diferenciação. Apoptose. Maturação. Ativação funcional. SCF PSC TPO CFU GEMM. BFU EMeg CFU GMEo BFU E IL-3. CFU EMeg CFU GM EPO.

Proliferação. Diferenciação. Apoptose. Maturação. Ativação funcional. SCF PSC TPO CFU GEMM. BFU EMeg CFU GMEo BFU E IL-3. CFU EMeg CFU GM EPO. Hematopoese Requisitos básicos. 1. Stem cells (células tronco hematopoéticas). 2. Meio ambiente medular (fibroblastos, macrófagos e células endoteliais). 3. Fatores de crescimento (GM-CSF, Eritropoietina...)

Leia mais

Medula Óssea. Doutoranda: Luciene Terezina de Lima

Medula Óssea. Doutoranda: Luciene Terezina de Lima Medula Óssea Doutoranda: Luciene Terezina de Lima Hemopoese É a produção de células sanguineas. Processo dinamico que requer o reabastecimento de mais de 7x10 9 células (leucócitos, eritrócitos e plaquetas)/

Leia mais

Requisitos básicos. Nas regiões hematopoéticas, 50% do tecido medular é representado por gordura. O tecido hematopoético pode ocupar áreas de gordura.

Requisitos básicos. Nas regiões hematopoéticas, 50% do tecido medular é representado por gordura. O tecido hematopoético pode ocupar áreas de gordura. Hematopoese Requisitos básicos. 1. Stem cells (células tronco hematopoéticas). 2. Meio ambiente medular (fibroblastos, macrófagos e células endoteliais). 3. Fatores de crescimento (GM-CSF, Eritropoietina...)

Leia mais

Aula teórica: Hematopoese

Aula teórica: Hematopoese Aula teórica: Hematopoese MED, 2017 Elementos figurados do sangue periférico Glóbulos vermelhos, eritrócitos ou hemácias 4-5 milhões/ml Glóbulos brancos ou leucócitos 6-9 mil/ml Polimorfonucleares (granulócitos)

Leia mais

φ Fleury Stem cell Mastócitos Mieloblastos Linfócito pequeno Natural Killer (Grande linfócito granular) Hemácias Linfócito T Linfócito B Megacariócito

φ Fleury Stem cell Mastócitos Mieloblastos Linfócito pequeno Natural Killer (Grande linfócito granular) Hemácias Linfócito T Linfócito B Megacariócito Hemopoese Marcos Fleury mkfleury@ufrj.br Hematopoese É o processo de formação, maturação e liberação das células sanguíneas Eritropoese Leucopoese Trombopoese - Hemácias - Leucócitos - Plaquetas Tem como

Leia mais

Hematopoese. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia

Hematopoese. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia Hematopoese Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia 1º fase: 18 dia Origem Mesoderma extra-embrionário recobre o saco vitelino ilhotas de Wolff e Pander Células da periferia endotélio Células do

Leia mais

TROMBOPOESE ou TROMBOCITOPOESE ou PLAQUETOPOESE

TROMBOPOESE ou TROMBOCITOPOESE ou PLAQUETOPOESE TROMBOPOESE ou TROMBOCITOPOESE ou PLAQUETOPOESE Estrutura das plaquetas Fonte: Fundamentos de Hematologia, 2004. Pools plaquetários Medula óssea Circulante 2/3 sangue periférico 1/3 baço Pools plaquetários

Leia mais

Hematopoiese. 11ª Aula Teórica. Medula óssea Baço Timo Gânglios linfáticos. 7 de Novembro de 2007 Cláudia Cavadas

Hematopoiese. 11ª Aula Teórica. Medula óssea Baço Timo Gânglios linfáticos. 7 de Novembro de 2007 Cláudia Cavadas 11ª Aula Teórica 7 de Novembro de 2007 Cláudia Cavadas Hematopoiese As células sanguíneas têm uma vida relativamente curta Constante renovação em orgãos HEMATOPOIÉTICOS Medula óssea Baço Timo Gânglios

Leia mais

UNIVERSIDADE DE CUIABÁ NÚCLEO DE DISCIPLINAS INTEGRADAS DISCIPLINA DE CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS IV A ORIGEM DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS - HEMATOPOIESE

UNIVERSIDADE DE CUIABÁ NÚCLEO DE DISCIPLINAS INTEGRADAS DISCIPLINA DE CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS IV A ORIGEM DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS - HEMATOPOIESE UNIVERSIDADE DE CUIABÁ NÚCLEO DE DISCIPLINAS INTEGRADAS DISCIPLINA DE CIÊNCIAS MORFOFUNCIONAIS IV A ORIGEM DAS CÉLULAS SANGUÍNEAS - HEMATOPOIESE 1 HEMATOPOIESE 2 Processo de formação do componente celular

Leia mais

Hematopoese Aspectos gerais

Hematopoese Aspectos gerais Hematopoese Aspectos gerais Hematopoese As células do sangue têm um tempo de vida limitado! Renovação celular proliferação mitótica Células precursoras. Órgãos hemocitopoéticos: Vida pré-natal: Mesoderma

Leia mais

CÉLULAS SANGUÍNEAS. Professora Janaina Serra Azul Monteiro Evangelista

CÉLULAS SANGUÍNEAS. Professora Janaina Serra Azul Monteiro Evangelista CÉLULAS SANGUÍNEAS Professora Janaina Serra Azul Monteiro Evangelista No nosso sangue circulam vários tipos de células Glóbulos vermelhos Que também podem ser chamados hemácias ou eritrócitos. Glóbulos

Leia mais

Granulopoese. Profa Elvira Shinohara

Granulopoese. Profa Elvira Shinohara Granulopoese Profa Elvira Shinohara Granulopoese = formação de neutrófilos, eosinófilos e basófilos Neutrófilos Eosinófilos Meia vida de 7 horas no sangue Basófilos NÚMERO TOTAL DE CÉLULAS NUCLEADAS NA

Leia mais

Citologia e Histologia I Tecido Sanguíneo. Docente: Sheila C. Ribeiro Maio/2016

Citologia e Histologia I Tecido Sanguíneo. Docente: Sheila C. Ribeiro Maio/2016 Citologia e Histologia I Tecido Sanguíneo Docente: Sheila C. Ribeiro Maio/2016 Introdução Hematopoese Hemocitopoese Hemopoese Produção células sanguíneas Diferenciação e Maturação Renovação, Proliferação

Leia mais

Hematopoese, células-tronco e diferenciação Imunofenotipagem. Silvia I.A.C.de Pires Ferreira HEMOSC Lab Medico Santa Luzia Florianópolis, SC

Hematopoese, células-tronco e diferenciação Imunofenotipagem. Silvia I.A.C.de Pires Ferreira HEMOSC Lab Medico Santa Luzia Florianópolis, SC Hematopoese, células-tronco e diferenciação Imunofenotipagem Silvia I.A.C.de Pires Ferreira HEMOSC Lab Medico Santa Luzia Florianópolis, SC Hematopoese - Conceito Processo biológico coordenado com a expressão

Leia mais

Hematopoese. Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone

Hematopoese. Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone Hematopoese Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br Sangue Tecido fluido circulante, formado por uma fase sólida de células diferenciadas e por uma fase líquida denominada

Leia mais

Hematopoese. Prof. Prof. Dr. Valcinir Aloisio Scalla Vulcani Medicina Veterinária Universidade Federal de Goiás Regional Jataí

Hematopoese. Prof. Prof. Dr. Valcinir Aloisio Scalla Vulcani Medicina Veterinária Universidade Federal de Goiás Regional Jataí Hematopoese Prof. Prof. Dr. Valcinir Aloisio Scalla Vulcani Medicina Veterinária Universidade Federal de Goiás Regional Jataí Hematopoese, hematopoiese, hemopoese Os três termos são encontrados na literatura

Leia mais

GRANULOPOESE. Almeriane Maria Weffort-Santos. Laboratório de Hematologia Departamento de Patologia Médica SD Universidade Federal do Paraná

GRANULOPOESE. Almeriane Maria Weffort-Santos. Laboratório de Hematologia Departamento de Patologia Médica SD Universidade Federal do Paraná GRANULOPOESE Almeriane Maria Weffort-Santos Laboratório de Hematologia Departamento de Patologia Médica SD Universidade Federal do Paraná HEMATOPOIESE The process of hematopoesis is regulated by various

Leia mais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Hemocitopoese Disciplina: Histologia Prof. Me. Cássio Resende de Morais Introdução Elementos figurados; Hemácias: Transporte

Leia mais

Hematologia Clínica : bases fisiopatológicas

Hematologia Clínica : bases fisiopatológicas Para entender Hematologia: compartimento 1 = medula óssea ( MO), onde são produzidas as células sanguíneas compartimento 2 = sangue periférico (SP), onde circulam as células compartimento 3 = órgãos linfóides

Leia mais

Célula tronco. Célula tronco

Célula tronco. Célula tronco TIMO CB, 2017 Célula tronco Progenitor mielóide Progenitor linfóide Célula tronco Linfócito B Linfócito T Célula NK CFU-E CFU-Meg CFU-Bas CFU-Eos CFU-GM eritrócitos plaquetas basófilo eosinófilo neutrófilo

Leia mais

Senha para inscrição no Moodle Mecanismos de Agressão e Defesa turma E. #aluno-mad1e

Senha para inscrição no Moodle Mecanismos de Agressão e Defesa turma E. #aluno-mad1e Senha para inscrição no Moodle Mecanismos de Agressão e Defesa turma E #aluno-mad1e Células do Sistema Imunitário e órgãos linfóides Neutrófilo fagocitando Candida albicans Professora Patrícia Albuquerque

Leia mais

Hematopoiese. Aarestrup, F.M.

Hematopoiese. Aarestrup, F.M. Hematopoiese Stem cells - pluripotencial Baixa frequência -1/10 4 cels da M.O Proliferação e diferenciação - linhagens linfóide e mielóide (3.7 X 10 11 cels/dia) Cels do estroma M.O - hematopoietic-inducing

Leia mais

Hematopoese CAPÍTULO 1. Tópicos-chave

Hematopoese CAPÍTULO 1. Tópicos-chave CAPÍTULO 1 Hematopoese Tópicos-chave Locais de hematopoese 2 Células-tronco hematopoéticas e células progenitoras 2 Estroma da medula óssea 3 Células-tronco tecido-específicas 5 Regulação da hematopoese

Leia mais

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido Imunologia AULA 02: Sistema imune adquirido Professor Luiz Felipe Leomil Coelho Departamento de Ciências Biológicas E-mail: coelho@unifal-mg.edu.br OBJETIVO Diferenciar as células e os mecanismos efetores

Leia mais

MSc. Romeu Moreira dos Santos

MSc. Romeu Moreira dos Santos MSc. Romeu Moreira dos Santos 2017 2015 INTRODUÇÃO As células do sistema imune (SI) inato e adaptativo estão presentes como: células circulantes no sangue e na linfa; aglomerados anatomicamente definidos

Leia mais

Mielograma. Esterno Crista ilíaca Tíbia (RN)

Mielograma. Esterno Crista ilíaca Tíbia (RN) MIELOGRAMA Medula Óssea Mielograma Esterno Crista ilíaca Tíbia (RN) Biópsia de Medula Óssea Crista ilíaca insere-se agulha para retirada de fragmento ósseo Mielograma (aspirativo) Biópsia de Medula Óssea

Leia mais

MSc. Romeu Moreira dos Santos

MSc. Romeu Moreira dos Santos MSc. Romeu Moreira dos Santos 2018 2015 INTRODUÇÃO As células do sistema imune (SI) inato e adaptativo estão presentes como: células circulantes no sangue e na linfa; aglomerados anatomicamente definidos

Leia mais

ENGENHARIA TECIDUAL. Prof. Flávio F. Demarco

ENGENHARIA TECIDUAL. Prof. Flávio F. Demarco ENGENHARIA TECIDUAL Prof. Flávio F. Demarco Nor, 2006 ENGENHARIA TECIDUAL Fatores morfogênicos (fatores de crescimento) Definição Fatores de crescimento são proteínas solúveis que atuam como agentes de

Leia mais

Lisossomas - são vesículas limitadas por membrana distintas dos grânulos alfa e contêm enzimas lisossómicas;

Lisossomas - são vesículas limitadas por membrana distintas dos grânulos alfa e contêm enzimas lisossómicas; Plaquetas Células pequenas e sem núcleo, formadas na medula óssea a partir do citoplasma de grandes células chamadas megacariócitos; Formam tampões que ocluem os locais de lesão vascular, aderindo ao tecido

Leia mais

Hematopoese. Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone

Hematopoese. Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone Hematopoese Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br Eritropoese Produção de glóbulos vermelhos Eritron Conjunto de eritrócitos e seus precursores medulares, dividido

Leia mais

Órgãos e Células do Sistema Imune

Órgãos e Células do Sistema Imune Curso: farmácia Componente curricular: Imunologia Órgãos e Células do Sistema Imune DEYSIANE OLIVEIRA BRANDÃO ORIGEM DO SISTEMA IMUNE Origina-se a partir de células jovens denominadas STEM CELLS ou hemocitoblastos.

Leia mais

HEMATOLOGIA ºAno. 8ª Aula. Hematologia- 2010/2011

HEMATOLOGIA ºAno. 8ª Aula. Hematologia- 2010/2011 HEMATOLOGIA 2010-11 3ºAno Prof. Leonor Correia 8ª Aula Hematologia- 2010/2011 Monocitopoiese Monócitos (morfologia, funções, cinética, composição química) Linfocitopoiese - Diferenciação linfocitária (morfológica,

Leia mais

Célula tronco. Célula tronco

Célula tronco. Célula tronco TIMO MED 2017 Célula tronco Progenitor mielóide Progenitor linfóide Célula tronco Linfócito B Linfócito T Célula NK CFU-E CFU-Meg CFU-Bas CFU-Eos CFU-GM eritrócitos plaquetas basófilo eosinófilo neutrófilo

Leia mais

Anexo 2. Chave de classificação. Célula-tronco hematopoética (CT-H)

Anexo 2. Chave de classificação. Célula-tronco hematopoética (CT-H) Anexo 2 Chave de classificação Célula-tronco hematopoética (CT-H) Principal característica: é uma célula-tronco multipotente, pois tem o potencial de gerar linhagens de células que darão origem aos diversos

Leia mais

TECIDOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS ONTOGENIA DE LINFÓCITOS

TECIDOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS ONTOGENIA DE LINFÓCITOS TECIDOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS ONTOGENIA DE LINFÓCITOS Organização anatômica do sistema imune De onde vêm e para onde vão as células do sistema imune Como é a organização dos tecidos/órgãos linfóides Tecidos

Leia mais

SANGUE Funções (transporte):

SANGUE Funções (transporte): Funções (transporte): Nutrientes Produtos do metabolismo Metábolitos Hormônios e outras moléculas sinalizadoras Eletrólitos Funções (transporte): Células diapedese tecidos diapedese microorganismo diapedese

Leia mais

Ontogenia de Linfócito T. Alessandra Barone

Ontogenia de Linfócito T. Alessandra Barone Ontogenia de Linfócito T Alessandra Barone Ontogenia de Linfócitos Desenvolvimento dos linfócitos Necessidade de desenvolvimento e maturação de linfócitos para produção de receptores de antígenos Estímulos

Leia mais

CAPÍTULO 1 Hematopoese

CAPÍTULO 1 Hematopoese CAPÍTULO 1 Hematopoese Tópicos-chave Locais de hematopoese 2 Células-tronco e células progenitoras hematopoéticas 2 Estroma da medula óssea 4 Regulação da hematopoese 4 Fatores de crescimento hematopoéticos

Leia mais

03/08/2016. Patologia Clínica e Análises Laboratoriais Prof. Me. Diogo Gaubeur de Camargo

03/08/2016. Patologia Clínica e Análises Laboratoriais Prof. Me. Diogo Gaubeur de Camargo 2 3 4 5 6 Patologia Clínica e Análises Laboratoriais Prof. Me. Diogo Gaubeur de Camargo Especialidade médica Exames complementares Análise: Sangue; Urina; Líquor; Liquído peritoneal; Etc... Hematologia

Leia mais

Aulas e discussão dos casos.

Aulas e discussão dos casos. Aulas e discussão dos casos http://hematofmusp.weebly.com Hematologia Clínica Objetivos do curso Sintomas e Sinais Clínicos História e Exame Físico O que não está funcionando no Sistema Raciocínio Clínico

Leia mais

To investigate the role of bone marrow microenviroment in the malignant phenotype of myeloid malignant cells.

To investigate the role of bone marrow microenviroment in the malignant phenotype of myeloid malignant cells. SUBPROJECT 8: Investigation of signaling pathways implicated in the interaction between myeloid malignant cell and hematopoietic microenvironment. Principal Investigator: Roberto Passeto Falcão Abstract

Leia mais

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune Pós-doutoranda Viviane Mariguela As células do SI inato e adaptativo estão presentes como: - células circulantes no sangue e na linfa; - aglomerados

Leia mais

Células do Sistema Imune

Células do Sistema Imune Células Células do Sistema Imune Linfócitos NK Células Dendríticas Macrófagos e Monócitos Neutrófilos Eosinófilos Mastócitos Basófilos 1 2 Linfócitos São as únicas células com receptores específicos para

Leia mais

Células Stem Mesenquimais

Células Stem Mesenquimais Células Stem Mesenquimais UFRJ Centro de Investigación del Cáncer, Dpto de Medicina y Servicio de Citometría Universidad de Salamanca Fase embrionária Fase embrionária Fase embrionária Fase embrionária

Leia mais

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune Pós-doutoranda Viviane Mariguela As células do sistema imune (SI) inato e adaptativo estão presentes como: - células circulantes no sangue e

Leia mais

Células do Sistema Imune

Células do Sistema Imune Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação Professora Ana Paula Peconick Tutor Karlos Henrique Martins Kalks Lavras/MG 2011 1 P ágina Ficha catalográfica preparada pela Divisão de Processos Técnicos

Leia mais

Aplicações clínicas de células tronco hematopoiéticas

Aplicações clínicas de células tronco hematopoiéticas Universidade Federal de Pelotas Centro de Desenvolvimento Tecnológico Disciplina de Engenharia de células e tecidos Prof: Fernanda Nedel e Flávio Demarco Aplicações clínicas de células tronco hematopoiéticas

Leia mais

mielodisplasia doenças mieloproliferativas m i e l o f i b r o s e Crônicas : Policitemia Vera Agudas: LMC grânulo-megacariocítica

mielodisplasia doenças mieloproliferativas m i e l o f i b r o s e Crônicas : Policitemia Vera Agudas: LMC grânulo-megacariocítica Hemocentro Botucatu & Hospital Amaral Carvalho - Jaú Grupo Brasileiro -iatria UNESP Profª Drª Lígia Niero-Melo GB doenças mieloproliferativas Agudas: LMAs crise blástica de LMC mielodisplasia Crônicas

Leia mais

Histologia. Leonardo Rodrigues EEEFM GRAÇA ARANHA

Histologia. Leonardo Rodrigues EEEFM GRAÇA ARANHA Histologia. Leonardo Rodrigues EEEFM GRAÇA ARANHA Histologia Ramo da Biologia que estuda os tecidos; Tecido - é um conjunto de células, separadas ou não por substâncias intercelulares e que realizam determinada

Leia mais

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune Pós-doutoranda Viviane Mariguela As células do sistema imune (SI) inato e adaptativo estão presentes como: - células circulantes no sangue e

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

DIAGNÓSTICO DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA DIAGNÓSTICO DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA Prof. Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária Hospital Veterinário Universitário Universidade Federal de Santa Maria Citologia da medula óssea (mielograma)

Leia mais

Histologia do Tecido Conjuntivo

Histologia do Tecido Conjuntivo Tecido epitelial Histologia do Tecido Conjuntivo VERA REGINA ANDRADE, 2015 Tecido Conjuntivo Características Constituintes Células Fibras Substância Fundamental Tipos de tecido conjuntivo Tecido conjuntivo

Leia mais

Tecido Conjuntivo. Prof Cristiano Ricardo Jesse

Tecido Conjuntivo. Prof Cristiano Ricardo Jesse Tecido Conjuntivo Prof Cristiano Ricardo Jesse Tecido conjuntivo Estabelecimento e manutenção da forma do corpo Conjunto de moléculas Conecta e liga as células e órgãos Suporte ao corpo Tecido conjuntivo

Leia mais

Fertilização clivagem compactação diferenciação cavitação. Implantação. Eclosão da ZP. gastrulação Disco trilaminar Dobramento embrionário

Fertilização clivagem compactação diferenciação cavitação. Implantação. Eclosão da ZP. gastrulação Disco trilaminar Dobramento embrionário Embriologia básica Fertilização clivagem compactação diferenciação cavitação Disco bilaminar Diferenciação da MCI Implantação Eclosão da ZP gastrulação Disco trilaminar Dobramento embrionário Disco embrionário

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estudo dos tecidos Parte 2. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estudo dos tecidos Parte 2. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte 2 Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem Parte 2 Tecido conjuntivo I Visão geral do tecido conjuntivo II O tecido conjuntivo propriamente dito(tcpd) 2.1

Leia mais

Sangue e Sistema Linfoide

Sangue e Sistema Linfoide Sangue e Sistema Linfoide Objetivos da aula os estudantes deverão ser capazes de... Listar os componentes celulares (fração celular) e não celulares (fração fluida) do sangue e relatar sua morfologia e

Leia mais

Resposta imune adquirida do tipo celular

Resposta imune adquirida do tipo celular Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Curso de Nutrição Imunologia Resposta imune adquirida do tipo celular Profa. Dra. Silvana Boeira Imunidade adquirida Imunidade adaptativa = específica = adquirida

Leia mais

Células e propriedades gerais do sistema imune

Células e propriedades gerais do sistema imune Células e propriedades gerais do sistema imune O que precisamos? Reconhecer Interagir Eliminar Lembrar PROGENITOR MIELOIDE COMUM Contagem Normal das Células no Sangue Diferenciaçãode MSDC em condiçoes

Leia mais

Carlos Sinogas Imunologia 2016/17

Carlos Sinogas Imunologia 2016/17 Teoria de Paul-Ehrlich (1900) Características da resposta imune Especificidade Discriminação entre diferente moléculas e resposta apenas às relevantes Adaptabilidade Capacidade de resposta a entidades

Leia mais

Órgãos linfoides e Células do Sistema Imune. Profa. Alessandra Barone

Órgãos linfoides e Células do Sistema Imune. Profa. Alessandra Barone Órgãos linfoides e Células do Sistema Imune Profa. Alessandra Barone Órgãos linfoides e Células do Sistema Imune Células do sistema imune Localizadas na circulação sanguínea, linfa, órgãos linfoides e

Leia mais

Aplicações Clínicas da Citometria de Fluxo

Aplicações Clínicas da Citometria de Fluxo Aplicações Clínicas da Citometria de Fluxo Imunologia Hematologia Diagnóstico baseado nas células Prognóstico baseado nas células Monitoramento de terapias Analise de lesões e morte celular Anatomia patológica

Leia mais

Introdução ao estudo dos ossos, osteogênese e esqueleto.

Introdução ao estudo dos ossos, osteogênese e esqueleto. Introdução ao estudo dos ossos, osteogênese e esqueleto. O osso é uma forma rígida de tecido conjuntivo que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de sustentação do corpo. Diferença entre

Leia mais

Tecidos. Pele Humana

Tecidos. Pele Humana Tecidos Pele Humana Pele Humana Funções: Proteção / Barreira protetora; Sensibilidade táctil; Manutenção da T⁰ corporal. Constituição: Epiderme Ectoderme Derme - Mesoderme Epiderme Constituição: Camada

Leia mais

HISTOLOGIA. Tecido Conjuntivo

HISTOLOGIA. Tecido Conjuntivo HISTOLOGIA Tecido Conjuntivo Tecido Conjuntivo Constituição: Células Matriz Extracelular: Fibras colágenas, elásticas e reticulares Substância Fundamental Amorfa glicosaminoglicanas e proteínas Líquido

Leia mais

Silvana Maris Cirio Médica Veterinária, Dr.ª, Prof.ª da PUCPR, São José dos Pinhais - PR.

Silvana Maris Cirio Médica Veterinária, Dr.ª, Prof.ª da PUCPR, São José dos Pinhais - PR. AVALIAÇÃO CITOLÓGICA DE MEDULA ÓSSEA DE CADELAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA, PR Bone Marrow Citologic Evaluation of Bitches from Neighborhood of Curitiba, PR Silvana Maris Cirio Médica Veterinária,

Leia mais

ERITROPOESE. Formação de eritrócitos. Profa Elvira Shinohara

ERITROPOESE. Formação de eritrócitos. Profa Elvira Shinohara ERITROPOESE Formação de eritrócitos Profa Elvira Shinohara Eritropoese Normal Diminuição sutil da tensão renal de O 2 Eritropoese Aumentada (em resposta à anemia) Tensão renal de O 2 reduzida Produção

Leia mais

TECIDO HEMATOPOIÉTICO E SANGUÍNEO

TECIDO HEMATOPOIÉTICO E SANGUÍNEO TECIDO HEMATOPOIÉTICO E SANGUÍNEO CARACTERÍSTICAS Denomina-se hematopoiese o processo de formação dos elementos figurados do sangue; A hematopoiese antes do nascimento ocorre no saco vitelínico do embrião

Leia mais

CITOCINAS. Aarestrup, F.M.

CITOCINAS. Aarestrup, F.M. CITOCINAS Propriedades gerais Proteínas de baixo peso molecular Comunicação Cel-Cel Mensageiros do sistema imune Receptores de membrana Signal transduction Célula Alvo Expressão de genes Gene Citocina

Leia mais

Tecido Conjun,vo I: células. Patricia Coltri

Tecido Conjun,vo I: células. Patricia Coltri Tecido Conjun,vo I: células Patricia Coltri coltri@usp.br Nesta aula: Introdução ao tecido conjun,vo Funções Células (residentes e transitórias) Tecidos Tecidos Origem embriológica Mesoderma (folheto embrionário

Leia mais

IHQ em material fixado em formol e incluído em parafina ð Método de escolha

IHQ em material fixado em formol e incluído em parafina ð Método de escolha Imuno-histoquímica IHQ em material fixado em formol e incluído em parafina ð Método de escolha Vantagens: material coletado, fixado e processado convencionalmente: biópsias incisionais e excisionais, core

Leia mais

O SISTEMA IMUNITÁRIO

O SISTEMA IMUNITÁRIO O SISTEMA IMUNITÁRIO Orgãos do Sistema Immunitário Nódulos linfáticos Timo Baço Medula Óssea ORIGEM DOS DIFERENTES COMPONENTES CELULARES Medula Óssea Linfócitos T Osso Células NK Células progenitoras linfoides

Leia mais

Inflamação aguda e crônica. Profa Alessandra Barone

Inflamação aguda e crônica. Profa Alessandra Barone e crônica Profa Alessandra Barone Inflamação Inflamação Resposta do sistema imune frente a infecções e lesões teciduais através do recrutamento de leucócitos e proteínas plasmáticas com o objetivo de neutralização,

Leia mais

PADRÕES DE DIFERENCIAÇÃO CELULAR EM MEDULA ÓSSEA NORMAL

PADRÕES DE DIFERENCIAÇÃO CELULAR EM MEDULA ÓSSEA NORMAL PADRÕES DE DIFERENCIAÇÃO CELULAR EM MEDULA ÓSSEA NORMAL CARACTERIZAÇÃO IMUNOFENOTÍPICA POR CITOMETRIA DE FLUXO DRA MAURA R VALERIO IKOMA SERVIÇO DE TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA IMUNOFENOTIPAGEM DE MO A

Leia mais

Linfopoese. Juliana Festa Ortega

Linfopoese. Juliana Festa Ortega Linfopoese Juliana Festa Ortega Formação de LINFÓCITOS a partir de células-tronco comprometidas com a linhagem linfóide que se desenvolvem a partir das CÉLULAS- TRONCO HEMATOPOÉTICAS pluripotentes na MEDULA

Leia mais

Fisiologia das Plaquetas

Fisiologia das Plaquetas Fisiologia das Plaquetas Definição Funções Origem/Formação = Trombocitopoese Estrutura: 4 regiões Não Activadas e Activadas Participação na Hemostase Caso: Plasma Rico em Plaquetas Componentes do Sangue

Leia mais

Tecido Linfóide. Concentração anatômica de linfócitos MED, 2017

Tecido Linfóide. Concentração anatômica de linfócitos MED, 2017 Tecido Linfóide Concentração anatômica de linfócitos MED, 2017 Tecidos Linfóides Órgãos geradores, ou primários onde linfócitos são gerados e/ou amadurecem (medula óssea e timo) Órgãos periféricos, ou

Leia mais

origem e tipos de fagócitos

origem e tipos de fagócitos MARCOS FABIANO SIGWALT; ROGÉRIO DE FRAGA, GERALDO CANTO; GIOVANNA OLIVIÉRI; ANDRESSA GULIN ; DIOGO FALCÃO, RICARDO HASSE, ALBERTO CESER F. LIMA artigo original origem e tipos de fagócitos 25 RUBS, Curitiba,

Leia mais

Reparo Tecidual: Regeneração e Cicatrização. Processos Patológicos Gerais Profa. Adriana Azevedo Prof. Archangelo P. Fernandes

Reparo Tecidual: Regeneração e Cicatrização. Processos Patológicos Gerais Profa. Adriana Azevedo Prof. Archangelo P. Fernandes Reparo Tecidual: Regeneração e Cicatrização Processos Patológicos Gerais Profa. Adriana Azevedo Prof. Archangelo P. Fernandes Reparo Tecidual Ferida (lesão) 3 processos envolvidos no reparo: 1.Hemostasia

Leia mais

TECIDO CONJUNTIVO. Constituintes? - Matriz extracelular. - Substância Fundamental. - Células Residentes e Transitórias

TECIDO CONJUNTIVO. Constituintes? - Matriz extracelular. - Substância Fundamental. - Células Residentes e Transitórias TECIDO CONJUNTIVO TECIDO CONJUNTIVO Constituintes? - Matriz extracelular - Substância Fundamental - Células Residentes e Transitórias Células do Tecido Conjuntivo 1. Residentes: estáveis, permanentes -

Leia mais

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estudo dos tecidos Parte. Professor: Alex Santos

BIOLOGIA. Moléculas, células e tecidos. Estudo dos tecidos Parte. Professor: Alex Santos BIOLOGIA Moléculas, células e tecidos Parte Professor: Alex Santos Tópicos em abordagem Parte 6 Tecido sanguíneo I Características II Funções III Composição IV Visão geral da hematopoese: V Considerações

Leia mais

ANA PAULA RESSETTI ABUD AÇÃO IN VITRO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO CANOVA EM CÉLULAS DE MEDULA ÓSSEA DE CAMUNDONGOS

ANA PAULA RESSETTI ABUD AÇÃO IN VITRO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO CANOVA EM CÉLULAS DE MEDULA ÓSSEA DE CAMUNDONGOS ANA PAULA RESSETTI ABUD AÇÃO IN VITRO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO CANOVA EM CÉLULAS DE MEDULA ÓSSEA DE CAMUNDONGOS CURITIBA 2005 ANA PAULA RESSETTI ABUD AÇÃO IN VITRO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO CANOVA EM

Leia mais

- Tecidos e órgãos linfoides - Inflamação aguda

- Tecidos e órgãos linfoides - Inflamação aguda - Tecidos e órgãos linfoides - Inflamação aguda ÓRGÃOS LINFÓIDES ÓRGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS: - Medula óssea - Timo ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS: - Linfonodos - Placas de Peyer - Tonsilas - Baço ÓRGÃO LINFÓIDE

Leia mais

Sangue e Sistema Imunitário. Isabel Alcobia IHBD-FM/IMM

Sangue e Sistema Imunitário. Isabel Alcobia IHBD-FM/IMM Sangue e Sistema Imunitário Isabel Alcobia IHBD-FM/IMM halcobia@medicina.ulisboa.pt Anatomia e Histologia Mestrado Integrado de Engenharia Biomédica 2016/2017 Células hematopoiéticas Sangue Medula óssea

Leia mais

Tecido conjuntivo e tecido osseo

Tecido conjuntivo e tecido osseo Tecido conjuntivo e tecido osseo Tipos de tecido conjuntivo Tecidos responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar os outros tecidos Tecidos Conjuntivos Propriamente Ditos Frouxo Denso Modelado

Leia mais

ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA

ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA ANEMIA DA DOENÇA CRÔNICA Sandra Regina Loggetto Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia Hemo 2006 Recife-PE Definição ADC ou anemia da inflamação crônica Adquirida Doenças inflamatórias como

Leia mais

TECIDO CONJUNTIVO. O tecido conjuntivo apresenta: células, fibras e sua substância fundamental amorfa.

TECIDO CONJUNTIVO. O tecido conjuntivo apresenta: células, fibras e sua substância fundamental amorfa. TECIDO CONJUNTIVO FUNÇÕES: Estabelecimento e manutenção da forma corporal Conecta células e órgãos, dando suporte ao corpo Defesa e resposta imunológica Ajuda na reparação e cicatrização Faz troca de nutrientes

Leia mais

PROJET O SANGUE PROFº ME. FERNANDO BELAN DAT A CLIENT E BIOLOGIA MAIS

PROJET O SANGUE PROFº ME. FERNANDO BELAN DAT A CLIENT E BIOLOGIA MAIS PROJET O SANGUE PROFº ME. FERNANDO BELAN DAT A 2016 CLIENT E BIOLOGIA MAIS Função Leva O2 e nutrientes para todas as células; Retra CO2 e excretas. Transporta hormônios; Proteção contra invasores (leucócitos)

Leia mais

Resposta Imunológica celular. Alessandra Barone

Resposta Imunológica celular. Alessandra Barone Resposta Imunológica celular Alessandra Barone Resposta mediada pelos linfócitos T: TCD4 e TCD8 Resposta contra microrganismos que estão localizados no interior de fagócitos e de células não fagocíticas

Leia mais

TECIDO CONJUNTIVO. Depto de Morfologia, IB/UNESP-Botucatu

TECIDO CONJUNTIVO. Depto de Morfologia, IB/UNESP-Botucatu TECIDO CONJUNTIVO Depto de Morfologia, IB/UNESP-Botucatu TECIDO CONJUNTIVO Constituintes? - Matriz extracelular Proteínas fibrosas - Substância Fundamental - Células Residentes e Transitórias Variação

Leia mais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Tecido Conjuntivo

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Tecido Conjuntivo FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Tecido Conjuntivo Disciplina: Histologia Prof. Me. Cássio Resende de Morais Características gerais Apresenta diferentes

Leia mais

Imunologia. Introdução ao Sistema Imune. Lairton Souza Borja. Módulo Imunopatológico I (MED B21)

Imunologia. Introdução ao Sistema Imune. Lairton Souza Borja. Módulo Imunopatológico I (MED B21) Imunologia Introdução ao Sistema Imune Módulo Imunopatológico I (MED B21) Lairton Souza Borja Objetivos 1. O que é o sistema imune (SI) 2. Revisão dos componentes do SI 3. Resposta imune inata 4. Inflamação

Leia mais

Tecido Conjuntivo. Prof Leonardo M. Crema

Tecido Conjuntivo. Prof Leonardo M. Crema Tecido Conjuntivo Prof Leonardo M. Crema Características: células separadas por muito material extracelular menor densidade celular vários tipos de células vasos sanguíneos, linfáticos, nervoso FUNÇÕES

Leia mais

TECIDOS CONJUNTIVOS CONECTIVOS. Prof. ÉDER

TECIDOS CONJUNTIVOS CONECTIVOS. Prof. ÉDER TECIDOS CONJUNTIVOS OU CONECTIVOS Prof. ÉDER ORIGEM: MESODERME CARACTERÍSTICAS: RICO EM MATERIAL INTERCELULAR (MATRIZ) VARIEDADE DE CÉLULAS TECIDO DE PREENCHIMENTO VASCULARIZADO RICO EM FIBRAS PROTÉICAS

Leia mais

Tecidos do Corpo Humano

Tecidos do Corpo Humano Tecidos do Corpo Humano Epitelial Conjuntivo Muscular Nervoso Nutrição, Fono_ 2018 Tecido Conjuntivo Constituído por um grupo de células com características diversificadas, imersas em matriz extracelular

Leia mais

- Condição adquirida caracterizada por alterações do crescimento e da diferenciação celular

- Condição adquirida caracterizada por alterações do crescimento e da diferenciação celular DISPLASIA: - Condição adquirida caracterizada por alterações do crescimento e da diferenciação celular Lesão celular reversível desencadeada por irritantes crônicos. Sua alteração pode acontecer na forma,

Leia mais

Tecido conjuntivo de preenchimento. Pele

Tecido conjuntivo de preenchimento. Pele Tecido conjuntivo de preenchimento Pele derme epiderme Pele papila dérmica crista epidérmica corte histológico da pele observado em microscopia de luz Camadas da Epiderme proliferação e diferenciação dos

Leia mais

Avaliação do medicamento homeopático imunomodulador em células de medula óssea de camundongos tratados in vitro e in vivo

Avaliação do medicamento homeopático imunomodulador em células de medula óssea de camundongos tratados in vitro e in vivo BEATRIZ CESAR Avaliação do medicamento homeopático imunomodulador em células de medula óssea de camundongos tratados in vitro e in vivo Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Biologia Celular

Leia mais

Fundamentos da Citometria de Fluxo. Elizabeth Xisto Souto

Fundamentos da Citometria de Fluxo. Elizabeth Xisto Souto Fundamentos da Citometria de Fluxo Elizabeth Xisto Souto A Citometria de Fluxo consiste de tecnologia laser que analisa partículas suspensas em meio líquido e fluxo contínuo. Estas partículas podem ser

Leia mais