Guarda e Proteção do filhos menores Poder Familiar Adoção
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- Inês Estrela Escobar
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1 Guarda e Proteção do filhos menores Poder Familiar Adoção 1
2 Da proteção à pessoa dos filhos Arts a 1.590, CC, modificado pela Lei /2014. ECA (LEI nº 8.069/90). Do poder familiar Arts a 1.638, CC. Usufruto e administração dos bens dos filhos. Arts a 1.693, CC. Adoção ECA (LEI nº 8.069/90), alterado pela Lei /
3 Constituição Federal/1988: Art É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (EC nº 65/2010) 3
4 DA PROTEÇÃO À PESSOA DOS FILHOS. ARTS A 1.590, CC. Guarda: assistência material, moral e educacional ao menor Regularizar posse de fato ver art. 33, 1º, ECA. ECA - Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. 4
5 Guarda compartilhada X Guarda unilateral Ainda subsistem as duas modalidades conforme arts e 1.584, CC. Conceitos no parágrafo único do referido artigo. Outras modalidades de guarda: Enunciado CJF nº Arts e A Lei n /2008, que deu nova redação aos arts e do Código Civil, não se restringe à guarda unilateral e à guarda compartilhada, podendo ser adotada aquela mais adequada à situação do filho, em atendimento ao princípio do melhor interesse da criança e do adolescente. A regra aplica-se a qualquer modelo de família. 5
6 Principais alterações após a Lei nº /2014: 1.584, 2º, CC: torna a guarda compartilhada obrigatória 1.583, 2º, CC: tempo de convívio dividido de forma equilibrada entre pai e mãe, como fazer? 6
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9 Outras novidades da nova lei: 1.583, 3º, CC: cidade base de moradia do menor 1.583, 5º, CC: prestação de contas 1.584, 6º, CC: dever de informação (p. ex. escolas, hospitais) 1.585, CC: guarda em sede de liminar, oitiva das partes, preferência pela guarda compartilhada. 9
10 Previsões do art , CC: Guarda unilateral ou compartilhada: consensual ou litigiosa (incisos I e II) Dever de informação do juiz ( 1º) Parecer da equipe multidisciplinar agora com o objetivo de divisão equilibrada do tempo ( 3º) Penalidade: redução de horas de convivência ( 4º) Poder do juiz em relação ao melhor benefício do menor ( 5º) 10
11 Poder do juiz na proteção do menor: Arts , 5º e 1.586, CC Inconveniência de manter o menor sob a guarda dos pais Atender aos interesses do menor A sentença na guarda não faz coisa julgada material ECA - Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público. Prevalência do interesse do menor 11
12 Guarda no casamento declarado nulo ou anulado: Art , CC. Novo casamento de qualquer dos pais não altera a relação entre pais e filhos: Art , CC. Nem o divórcio modifica as relações entre pais e filhos: Art , CC 12
13 Direito de visita (convivência) e de fiscalização: Art , CC. Art. 227, CF: Direito à convivência familiar Novidade da prestação de contas no que se refere à fiscalização que não se restringe a questão financeira. 13
14 Direito de visitas dos avós?? Novidade: único do art Direito de visitas de outros parentes?? PEF: Art O direito à convivência pode ser estendido a qualquer pessoa com quem a criança ou o adolescente mantenha vínculo de afetividade. Enunciado CJF 333: O direito de visita pode ser estendido aos avós e a pessoas com as quais a criança ou o adolescente mantenha vínculo afetivo, atendendo ao seu melhor interesse. Filhos menores e maiores incapazes: Art ,CC. 14
15 Estatuto da Criança e do Adolescente: Subtítulo II Da guarda Art. 33. (...) 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados. 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. 4 o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público. 15
16 Disposições do Projeto do Estatuto das Famílias : O direito de visita, já abandonado pelas legislações recentes, é substituído pelo direito à convivência do pai não-guardião em relação ao filho e deste em relação àquele. (Justificativa) Tem um capítulo especial (IV) para convivência familiar: Arts. 99 a 106. Art A convivência deve ser compartilhada ainda que haja desavença entre os pais. 16
17 Textos recomendados: GUIMARÃES, Ana Cristina Silveira; GUIMARÃES, Marilene Silveira. Guarda: um olhar interdisciplinar sobre casos judiciais complexos.. Disponível em: LEIRIA, Maria Lúcia Luz. Guarda Compartilhada: a difícil passagem da teoria à prática. Disponível em: tilhada_a_dificil_passagem_da_teoria_a_pratica.pdf CANEZIN, Claudete Carvalho. Da guarda compartilhada em oposição à guarda unilateral. Disponível em: 17
18 Bibliografia desta parte da aula: CÓDIGO CIVIL/2002 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. Porto Alegre: Livraria do Advogado. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. v. 5. São Paulo: Saraiva. Lôbo, Paulo. Direito civil famílias. São paulo: Saraiva. ROSENVALD, Nelson; FARIAS, Cristiano. Direito das Famílias. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 18
19 Constituição Federal/1988: Art Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. 19
20 DO PODER FAMILIAR ARTS A 1.638, CC. Conjunto de direitos e deveres dos pais em relação aos filhos menores (não emancipados), exercido com base no princípio da igualdade entre os pais. Necessidade natural. Constitui um munus público (direito-função e poder-dever), é irrenunciável, inalienável, imprescritível, incompatível com a tutela e revela uma relação de autoridade (art , VIII, CC). Antigo pátrio poder 20
21 Justificativa do Projeto do Estatuto das Famílias: Abandonou-se a concepção de poder dos pais sobre os filhos para a de autoridade parental, que, mais do que mudança de nomenclatura, é a viragem para a afirmação do múnus, no melhor interesse dos filhos, além de contemplar a solidariedade que deve presidir as relações entre pais e filhos. (Justificativa) 21
22 Competência de ambos os pais em igualdade de condições: Exercício comum: Art , CC Exceção: art , parte final, CC. Art e 1.690, único, CC. Exercício na separação dos genitores: deslocamento do exercício do poder familiar Separação e divórcio: Arts e 1.636, CC (art , CC). Filho não reconhecido: Art , CC (art , CC). 22
23 Enunciado 450 (CJF) - Art. 932, I. Considerando que a responsabilidade dos pais pelos atos danosos praticados pelos filhos menores é objetiva, e não por culpa presumida, ambos os genitores, no exercício do poder familiar, são, em regra, solidariamente responsáveis por tais atos, ainda que estejam separados, ressalvado o direito de regresso em caso de culpa exclusiva de um dos genitores. Conteúdo do poder familiar: Na esfera pessoal: Art e incisos, CC. Ver arts. 244, 245, 246 e 247, CP. Na esfera patrimonial: Arts a 1.693, CC. 23
24 Abandono material CAPÍTULO III DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR Art Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País. Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada. 24
25 CAPÍTULO III DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR Entrega de filho menor a pessoa inidônea Art Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo: Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior. 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro. 25
26 Abandono intelectual Art Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Art Permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigilância: I - freqüente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva com pessoa viciosa ou de má vida; II - freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de igual natureza; III - resida ou trabalhe em casa de prostituição; IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a comiseração pública: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 26
27 USUFRUTO E ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DOS FILHOS Arts a 1.692, CC Art , CC: usufruto é direito real conferido a alguém de retirar, temporariamente, de coisa alheia os frutos e utilidades que ela produz, sem alterar-lhe a substância. Administração: conservação e incremento do patrimônio dos filhos. Os pais, em regra, não prestam contas e também não são remunerados. 27
28 Art , CC: responsabilidade dos pais. Divergência dos pais: 1.690, único, CC Colisão de interesses entre os pais e os filhos: nomeação de curador especial, art , CC. (Não confundir com a curatela dos arts e segs. do CC aula 25). Art , CC: alienação de bens dos filhos menores, somente motivada e mediante autorização judicial. Sem autorização judicial a alienação é nula, ver único, 1.690, CC (legitimidade) Art , CC: Bens excluídos do usufruto e administração. 28
29 Suspensão do poder familiar: art , CC. É temporal e pode ser parcial. Motivos: abuso de poder, falta aos deveres paternos/maternos e dilapidação dos bens dos filhos. Suspende-se ainda por condenação criminal irrecorrível que fixe pena superior a 2 anos de prisão. Destituição (perda) do poder familiar: art , CC Em regra é permanente, mais grave que a suspensão. Poderá ser restabelecido se provar regeneração do(s) pai(s). Motivos: art e incisos, CC. 29
30 Procedimento da perda ou suspensão do poder familiar: Vara da infância e da juventude. Lei nº 8.069/1990. Ver art. 888, V, CPC. Averbação no registro de nascimento (ver lei nº /1973). Extinção do poder familiar: art , CC. É definitiva. É automática nos incisos I, II e III. Estatuto das Famílias: Arts. 83 a 91 (previsões semelhantes) 30
31 Textos recomendados: COMEL, Denise Damo. Poder familiar: titularidade. Disponível em: DEBRES, Josué. Poder Familiar: Função exercida pelos pais, em benefício e interesse dos filhos. Disponível em: 31
32 Bibliografia desta aula: CÓDIGO CIVIL/2002 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. v. 5. São Paulo: Saraiva. RIZZARDO, Arnaldo. Direito de Família. Rio de Janeiro: Forense. ROSENVALD, Nelson; FARIAS, Cristiano. Direito das Famílias. Rio de Janeiro: Lumen Juris. 32
33 Adoção Aspectos Gerais
34 Conceito A adoção vem a ser o ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que, geralmente, lhe é estranha. Dá origem, portanto, a uma relação jurídica de parentesco civil entre adotante e adotado. É uma ficção legal que possibilita que se constitua entre o adotante e o adotado um laço de parentesco de 1º grau na linha reta. A adoção é, portanto, um vínculo de parentesco civil, em linha reta, estabelecendo entre adotante, ou adotantes, e o adotado um liame legal de paternidade e filiação civil. Tal posição de filho será definitiva ou irrevogável, para todos os efeitos legais, uma vez que desliga o adotado de qualquer vínculo com os pais de sangue (destituição do poder familiar), salvo os impedimentos para o casamento (CF, art. 227, 5º e 6º), criando verdadeiros laços de parentesco entre o adotado e a família do adotante.
35 Evolução Histórica Código Civil 1916 Lei 3133/1957 Lei 6697/1979 Código de Menores Constituição Federal de 1988 Lei 8069/ Estatuto da Criança e do Adolescente Código Civil 2002 Lei 12010/2009 Lei Nacional de Adoção
36 Transformação Conceitual Duas eram as hipóteses de adoção admitidas em nosso direito anterior: a simples, Código Civil de 1916 e Lei 3.133/57; a plena, regulada pela Lei n. 8;069/90, arts. 39 a 52. A adoção simples, ou restrita, era a concernente ao vínculo de filiação que se estabelece entre adotante e o adotado, que pode ser pessoa maior ou menor entre 18 e 21 anos, mas tal posição de filho não era definitiva ou irrevogável. Era regida pela Lei nº 3.133/57, que havia atualizado sua regulamentação pelo Código Civil de A adoção plena, estatutária ou legitimante foi a denominação introduzida, em nosso país, pela Lei n /79, para designar a legitimação adotiva, criada pela Lei n. 4;655/65, sem alterar, basicamente, tal instituto. Na Lei n /90, art. 267, mantivemos aquela nomenclatura por entendê-la conforme aos princípios e efeitos da adoção regulada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e ante o fato de essa terminologia já estar consagrada juridicamente, pois tem sido empregada desde a era de Justiniano, que admitia tanto a adoptio plena como a adoptio minus plena, baseando tal distinção no critério da irrevogabilidade.
37 Transformação Conceitual Igualdade de direitos Situação Irregular x Proteção integral criança e adolescente Código Civil de 16 Ausência de filhos (retirado 3.133/57) Maior de 30 anos, 5 anos após casado Não rompimento laços biológicos/familiares Visão contratualista possibilidade de rescisão ou revogação judicial (desonra filha) Metade da legítima caso filhos supervenientes, nada caso filhos anteriores (CC 16, art. 1605, 2º)
38 Panorama Atual Efeitos de novos conceitos advindos com a Lei /2009 Família biológica, família afetiva e as contradições do novo conceito de família extensa Texto Pré Texto Pós Art Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes Art. 25. Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade
39 Quem pode ser adotado? a) Crianças ou adolescentes com, no máximo, 18 anos de idade à data do pedido de adoção e independentemente da situação jurídica; b) Pessoa maior de 18 anos que já estivesse sob a guarda ou tutela dos adotantes; c) Maiores de 18 anos, nos termos do Código Civil.
40 Quem pode adotar? a) Homem ou mulher maior de idade, qualquer que seja o estado civil e desde que 16 anos mais velho do que o adotando; b) Os cônjuges ou concubinos, em conjunto, desde que um deles seja maior de idade e comprovada a estabilidade familiar; c) Os divorciados ou separados judicialmente, em conjunto, desde que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância da sociedade conjugal; d) Tutor ou curador, desde que encerrada e quitada a administração dos bens do pupilo ou curatelado; e) Requerente da adoção falecido no curso do processo, antes de prolatada a sentença e desde que tenha manifestado sua vontade em vida; f) Família estrangeira residente ou domiciliada fora do Brasil; g) Todas as pessoas que tiverem sua habilitação deferida, e inscritas no Cadastro de Adoção.
41 Vedações - Quem não pode adotar? Impedimento parcial: Tutor e Curador (art. 44 ECA) Prestação de contas e saldar débito Impedimento Total: Ascendentes e Irmãos (art. 42, 1º ECA)
42 Modalidades (classificação legal) Adoção Conjunta/Bilateral Casados União Estável Divorciados? (art. 42, 4º, ECA); convivência anterior/regime de guarda e visita Inovação da Lei /2009 Possibilidade de guarda compartilhada (42, 5º) Casais de pessoas do mesmo sexo REsp Adoção Singular/Unilateral (art. 41, 1º) Adoção Póstuma (art. 42, 6º) Nucumpativa Adoção de Nascituro Adoção intuitu personae (CNA) Adoção à brasileira
43 Modalidades (classificação doutrinária) Adoção conjunta - 2 pessoas só podem adotar se forem casadas ou se viverem em união estável. Adoção de união homoafetiva ECA não prevê, jurisprudência autoriza. Adoção unilateral é a adoção do padrasto ou madrasta. Adoção post mortem (nuncupativa) adoção que se dá quando o adotante falece no curso da adoção. Continua a adoção desde que haja inequívoca prova da vontade de adotar. Normalmente a adoção produz efeitos a partir da sentença, mas neste caso, os efeitos se dão a partir do óbito do adotante. Adoção internacional ela se dá quando o adotante é residente / domiciliado fora do Brasil, ex: Gisele. O brasileiro tem preferência neste caso.
44 Modalidades (classificação doutrinária) Adoção Monoparental: adoção realizada por uma só pessoa - solteira, viúva ou divorciada. Adoção Intuitu Personae: adoção realizada de forma consensual entre adotantes e genitores entre os quais existam laços de afetividade, sendo necessário que se conheçam. Adoção Litigiosa: quando os pais biológicos contestam a ação de adoção. Adoção Poliafetiva: adoção realizada por três pessoas. Trata-se de tendência jurisprudencial nova, com poucas decisões acerca do assunto, vide: Adoção de criança com mais de três anos de quem se detenha a guarda legal. Adoção intrafamiliar: adoção de criança por membro da própria família extensa.
45 Modalidades Para todas as formas de adoção é necessária prévia habilitação, sendo dispensada para as adoções intrafamiliares, unilateral e de crianças com mais de três anos de quem se tenha a guarda legal.
46 Modalidades Adoção intuitu personae Cadastro e adoção direta Regulamentada pelas alterações da Lei /2009? Texto Pré-Lei Texto Pós-Lei Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas na adoção. 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério Público. 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfazer os requisitos legais, ou verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 29. Art. 50. [...] 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente nos termos desta Lei quando: I - se tratar de pedido de adoção unilateral; II - for formulada por parente com o qual a criança ou adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade; III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos arts. 237 ou 238 desta Lei.
47 E hoje? Panorama atual Processo Judicial afasta caráter contratualista Excepcionalidade e Irrevogabilidade, após o esgotamento da manutenção na família original e extensa (nova redação art. 39) Texto Pré Art. 39. A adoção de criança e de adolescente regerse-á segundo o disposto nesta Lei. Parágrafo único. É vedada a adoção por procuração. Texto Pós o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei. 2o É vedada a adoção por procuração. (NR)
48 Panorama Atual Derrogação da regulamentação do Código Civil, adotandose a aplicação dos dispositivos do ECA que passa a ser o paradigma para a adoção, no que cabível, às adoções de maiores de idade Adoção em benefício do adotado (art. 43, ECA) Nova Família Ruptura laços anteriores (art. 41 ECA/), salvo impedimentos matrimoniais
49 Nome (47, 5º ECA) Panorama atual Efeitos a partir trânsito em julgado, salvo retroação quanto ao falecimento (42, 6º, ECA) Texto Pré Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão. 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem como o nome de seus ascendentes. 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro original do adotado. 3º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro. 4º A critério da autoridade judiciária, poderá ser fornecida certidão para a salvaguarda de direitos. 5º A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido deste, poderá determinar a modificação do prenome. 6º A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença, exceto na hipótese prevista no art. 42, 5º, caso em que terá força retroativa à data do óbito Texto Pós Art. 47. [...] 3o A pedido do adotante, o novo registro poderá ser lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua residência. 4o Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá constar nas certidões do registro. 5o A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a modificação do prenome. 6o Caso a modificação de prenome seja requerida pelo adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o disposto nos 1o e 2o do art. 28 desta Lei. 7o A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista no 6o do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à data do óbito.
50 Inovações /2009 Positivação expressa do direito da personalidade ao conhecimento da origem genética (Pai Genitor) Texto Pré Texto Pós Art. 48. A adoção é irrevogável. Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 (dezoito) anos. Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e psicológica. (NR)
51 Inovações /2009 Texto Pré Guarda e direito de visita dos pais Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por estrangeiros. 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos determinados. 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Art. 33. [...] Texto Pós o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público. (NR)
52 Inovações /2009 Proteção à diversidade Indígenas e remanescentes de quilombo Texto Pré /2009 Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei. 1º Sempre que possível, a criança ou adolescente deverá ser previamente ouvido e a sua opinião devidamente considerada. 2º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as conseqüências decorrentes da medida. Texto Pós /2009 Art o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. 2o Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu consentimento, colhido em audiência. 3o Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.
53 Continuação Inovações /2009 Continuação [...] 4o Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. 5o A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar. 6o Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório: I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela Constituição Federal; II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia; III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acompanhar o caso. (NR)
54 Irmãos órfãos A lei determina que sempre que haja irmãos a serem adotados a adoção deverá ser conjunta, sempre que possível, e a convivência entre eles deve ser facilitada.
55 Exercícios: Em grupos de até 04 (quatro) alunos, fazer fichamento em 02 (duas) laudas sobre o artigo: Entrega até a próxima aula. (Vale 0,5 para a AP2) 55
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