UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 8 ROTEIRO
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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB 0472 HIDRÁULICA Prof. Fernando Campos Mendonça AULA 8 ROTEIRO Tópicos da aula: ) Posição dos encanamentos em relação à linha de carga.. Conceitos.2. Posições da tubulação 2) Acessórios das tubulações 2. Prática - laboratório 2.2 Nomes dos acessórios 2.3 Ancoragem 3) Perda de carga em tubulações com múltiplas saídas equidistantes e com mesma vazão 3.. Fator F de redução de perda de carga 3.2. Exemplos 4) Exercício para entrega (Provinha Aula 8 08/0/200)
2 2 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS LEB 472 HIDRÁULICA Prof. Fernando Campos Mendonça Aula 8 Posição dos encanamentos, acessórios e perda de carga em tubulações com múltiplas saídas. Posição dos encanamentos em relação à linha de carga.. Conceitos a) Plano de carga efetiva (): lugar geométrico que representa a altura da coluna de água de piezômetros instalados ao longo da tubulação, com o sistema estático (sem escoamento. b) Plano de carga absoluta (): lugar geométrico ou posição que representa a soma do com a Patm local. c) Linha piezométrica efetiva (): representa o lugar geométrico ao qual chegaria a água em piezômetros, se fossem colocados ao longo da tubulação. d) Linha piezométrica absoluta (): é a soma de (P/ ) e Patm local. e) Linha de carga efetiva (LCE): lugar geométrico ou posição que representa a soma das três cargas: LCE = P/ + V 2 /2g + h LCE = + V 2 /2g Na prática, LCE (V 2 /2g tem pequeno valor) f) Linha de carga absoluta (LCA): é a soma de LCE e Patm local.
3 3.2. Posições da tubulação Escoamento por gravidade a) ª posição: tubulação abaixo da Sem problemas de escoamento b) 2ª posição: tubulação coincide com a Sem problemas de escoamento c) 3ª posição: tubulação corta mas fica abaixo de A B Situação problemática P < Patm entre A e B Possibilidade de entrada de ar ou outra substância que esteja próximo ao exterior da tubulação Situação a ser evitada (Solução: utilizar reservatório de passagem)
4 4 d) 4ª posição: tubulação corta e, mas fica abaixo do. Situação problemática Vazão imprevisível Problemas de colapso e possibilidade de contaminação da água Solução: evitar, mudando o curso da tubulação, ou instalar uma bomba (aumento da ). e) 5ª posição: tubulação corta e, mas fica abaixo de. Situação problemática Vazão previsível Não há escoamento espontâneo Entrada de ar na tubulação estanca o escoamento Aplicação prática: sifão (irrigação por sulcos) f) 6ª posição: tubulação corta, e, mas fica abaixo do. Vazão imprevisível e não espontânea Sifão operando nas piores condições possíveis
5 5 g) 7ª posição: tubulação corta o. Escoamento impossível (por gravidade) Há necessidade de bombeamento (Mostrar o efeito da bomba sobre,, e ) 2. Acessórios das tubulações 2.. Prática: apresentação de acessórios no laboratório 2.2.Principais acessórios (conexões e peças): a) Curva: - 45 o e 90 o - Raio longo - Raio curto (cotovelo ou joelho) b) Tê: - comum (todas as saídas com mesmo diâmetro) - tê de redução (uma das saídas tem diâmetro menor) c) Redução: - Redução longa - Bucha (redução curta)
6 6 d) Registros: - reg. de gaveta - reg. de esfera - reg. de pressão e) Válvulas: - válv. de retenção - válv. de pé c/ crivo - válv. ventosa (expulsa ou admite ar na tubulação) - válv. de alívio de pressão (anti-golpe de aríete) f) Luvas: - luva comum - luva de redução - luva de união roscável g) Adaptadores: conexão entre diferentes tipos de tubos - soldável - ponta-bolsa - rosca (roscável) - engate rápido roscável (ERR) - engate rápido metálico h) Tampão de final de linha (Cap): - cap macho - cap fêmea i) Ancoragem: evita a ruptura de tubulações onde há mudança brusca do curso da água. - Tubos enterrados: solo funciona como ancoragem - Tubos não enterrados: construir ancoragem suficiente para resistir à força resultante Ancoragem F F = 2 (S. h). sen ( /2) F = força resultante S = área do tubo, m 2 = peso específico do líquido, kgf m -3 h = pressão de escoamento, mca = ângulo de desvio, graus Peso do bloco de concreto: P = F μ A S P peso do bloco, kgf A-S fator de atrito (ancoragem-solo) Volume do bloco de concreto: V C = P γ C VC volume concreto (Concreto simples: g = 2400 kgf/m 3 ) C peso específico do concreto, kgf/m 3
7 7 Outros exemplos: F F = γ h π D2 4 F = γ h π 4 ( D2 d 2 ) D d 3. Perda de carga em tubulações com múltiplas saídas equidistantes e com mesma vazão 3.. Conceito - com saída única: Q = cte. hf = cte. - com múltiplas saídas? Q = varia hf = varia q 7q 6q 5q 4q 3q 2q q - Cálculo de hf: Trecho-a-trecho ou uso de um fator de redução de hf para múltiplas saídas de água (F) Calcular hf como se a tubulação tivesse apenas uma saída (Q cte.) Multiplicar hf pelo fator de redução de perda de carga (F) hf = J L F
8 8 3.2.Fator de redução de perda de carga (F) - o emissor a ½ espaçamento da tubulação alimentadora F = - o emissor a espaçamento inteiro tubulação alimentadora F = 2 N ( + m ) 2N m+ 6N m m+ 2N 6N Exemplos a) Irrigação por aspersão Dados: Vazão de cada aspersor: q =,5 m 3 /h Espaçamento entre aspersores: Ea = 8 m Número de aspersores: Na = 0 Distância do º aspersor à LD: L = 9 m (º aspersor a ½ espaçamento) da linha de aspersores: Alumínio c/ engate rápido (C = 20) D = 75 mm (DI = 72,5 mm) 0q 9q 8q 7q 6q 5q 4q 3q 2q q Pede-se a perda de carga (hf). Solução: L = 9 m + 9 x 8 m = 7 m Q = 0 q = 5 m 3 /h = 0,00467 m 3 /s 0 saídas: F = 2 0 ( +,852 ) 2 0, F = 0,37 D > 50 mm Fórmula de Hazen-Williams Hazen-Williams: J = 0,65 ( Q C ),852 D 4,87 J = 0,65 ( 0,00467 ), ,0725 4,87 = 0, m/m hf = J x L x F = 0, x 7 x 0,37 hf =,32 mca
9 9 b) Irrigação por aspersão Dados: Vazão de cada aspersor: q = 3 m 3 /h Espaçamento entre aspersores: Ea = 8 m Número de aspersores: Na = 0 Distância do º aspersor à LD: L = 8 m (º aspersor a espaçamento) da linha de aspersores: PVC usado (C = 40; b = 0,00035) hfmax = 7 mca 0q 9q 8q 7q 6q 5q 4q 3q 2q q Pede-se: b.) o diâmetro teórico da tubulação; b.2) O diâmetro comercial imediatamente superior; b.3) A perda de carga para o diâmetro comercial. Solução: b.) N = 0; Q = 30 m 3 /h; L = 80 m; F = +, , F = 0,402 hf = J x L x F J = hf /(L x F) = 7 /(80 x 0,402) D =,625 ( Q C ) 0,38 J 0,205 D =,625 ( 0, )0,38 J = 0,0967 m/m 0,0967 0,205 = 0,065 m ou 65 mm b.2) Diâmetro comercial = 75 mm (DI = 72,5 mm) b.3) Perda de carga para Dc:
10 0 J = 0,65 ( 0, ),852 0,0725 hf = 0,0565 x 80 x 0,402 = 4, mca 4,87 = 0,0565 m/m c) Irrigação por aspersão Dados: q = 2 m 3 /h Ea = 8 m º aspersor a espaçamento inteiro hf = 7 mca Material: PVC (C= 50; b = 0,00035) D = 50 mm (DI = 0,0467m) Pede-se o número de aspersores (Na) e o comprimento da linha lateral (L). Solução: por tentativas - Estipular um número de aspersores e calcular Q, L e F - Calcular J e hf - verificar se hf é menor ou igual à perda de carga desejada º passo: N = 0; Q = 20 m 3 /h (0,00556 m 3 /s); L = 80 m DI < 50 mm Fórmula de Flamant (m =,75) F = +, , F = 0,45 J = 6,07 0, ,00556,75 hf = 0,953 x 80 x 0,45 = 4,6 mca 0,0467 4,75 = 0,953 m/m (> 7 mca) 2º passo: N = 5; Q = 0 m 3 /h (0,00278 m 3 /s); L = 90 m F = +, , F = 0,469
11 J = 6,07 0, ,00278,75 hf = 0,0580 x 90 x 0,469 = 2,5 mca 0,0467 4,75 = 0,0580 m/m (< 7 mca) 3º passo: N = 8; Q = 6 m 3 /h (0,00444 m 3 /s); L = 44 m F = +, , F = 0,428 J = 6,07 0, ,00444,75 hf = 0,320 x 44 x 0,428 = 8, mca 0,0467 4,75 = 0,320 m/m (> 7 mca) 4º passo: N = 7; Q = 4 m 3 /h (0,00389 m 3 /s); L = 26 m F = +, , F = 0,438 J = 6,07 0, ,00389,75 0,0467 4,75 = 0,045 m/m hf = 0,045 x 26 x 0,438 = 5,8 mca (valor mais próximo e menor que 7 mca) R.: N = 7 aspersores; L = 26 m
12 2 4. Exercício 8 (Provinha) LEB 0472 Hidráulica Nome: Data: Dados: Irrigação por gotejamento Gotejador: q =,5 L/h No. de gotejadores na linha lateral = 80 Espaçamento entre gotejadores = m : D = 7 mm Material: polietileno (b = 0,00035) Distância do º gotejador à LD: m Pede-se a perda de carga.
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