Ribeiro, João Mendes; Lopes, Diogo Seixas; Brígida, Pedro; Carvalho, Jorge Editorial do Departamento de Arquitetura

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1 Projecto III Autor(es): Publicado por: URL persistente: Ribeiro, João Mendes; Lopes, Diogo Seixas; Brígida, Pedro; Carvalho, Jorge Editorial do Departamento de Arquitetura URI: Accessed : 18-Mar :17:32 A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis, UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s) documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença. Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s) título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do respetivo autor ou editor da obra. Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por este aviso. impactum.uc.pt digitalis.uc.pt

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3 Exposição TAPE Projecto III 286 JOELHO #04

4 E X P O S I Ç Ã O O programa da disciplina de Projecto III no ano lectivo de , baseou-se no tema da habitação e foi organizado segundo dois momentos distintos: o primeiro momento consistiu num exercício de pequena dimensão, o projecto de uma habitação unifamiliar para o cliente Luís Quintais e foi desenvolvido ao longo de dois meses, até escalas que permitiram a formação de uma consciência crítica sobre o espaço e as suas formas de representação e ainda o reconhecimento e experimentação dos instrumentos operacionais do projecto. O segundo momento, decorreu ao longo do segundo semestre e caracterizou-se pelo desenvolvimento de um projecto de habitação colectiva para uma zona central da cidade de Coimbra. Com este trabalho procurou-se complementar o primeiro exercício com a formação de uma consciência crítica sobre o projecto e intervenção urbana, com vista a uma materialização das ideias coerente e rigorosa. Do desenho do conjunto urbano ao dos tipos de habitação, o projecto evoluiu como simulação de uma dada realidade projectual, procurando promover o aprofundamento da solução geral quer pela confrontação com os projectos sectoriais, quer pelo desenvolvimento da sua caracterização construtiva. João Mendes Ribeiro Diogo Seixas Lopes Pedro Brígida Jorge Carvalho JOELHO #04 287

5 1. António Costa do Vale fdtfl~.1.t".z".j 1 li li 1 Memória Descritivia l 1 ",, " -.t;.:j L JOELHO #04

6 E X P O S I Ç Ã O Projecto Ili Mofoltl1AÇAC)Ufri9~ L c=j 1 t==1 1,_,.,.. _ ~ ~ 2. Diogo Tavares JOELHO #04 289

7 2. Diogo Tavares ,-- -~~~ --- :: { --.1 u --- r1 =- #: j ::=:: J, - r 290 JOELHO #04

8 C A C A D Piso rua 2 - pátio 3 - alpendre 4 - sala 5 - cozinha 6 - escritório 7 - biblioteca 8 - pátio da b. 9 - sanitários 10 - banca comercial de uso público 11 - cais Corte A 1 - rua 2 - pátio 3 - alpendre 4 - sala 5 - cozinha 6 - escritório 7 - biblioteca 8 - pátio da b. 9 - sanitários 10 - banca comercial de uso público 11 - cais Piso biblioteca 2 - quarto A 3 - quarto B 4 - quarto C 5 - sanitários Corte C D Piso 0 1 Corte A B 2 6 B linha do metropolitano O exercício consistia na proposta de uma habitação unifamiliar na baixa de Coimbra para o escritor Luís Quintais. O lote urbano albergou desde o início dos anos 30 a fábrica da Triunfo que foi entretanto demolida dando lugar a um vazio de cerca de 6000m2. Em plena baixa de Coimbra e entalado pela avenida Fernão de Magalhães e o rio Mondego, havia a considerar o atravessamento da futura linha do metropolitano de superfície. A faixa destinado à habitação tinha 1000m2 e apresentou como principal desafio conciliar o carácter da casa como elemento fortemente urbano com o carácter naturalmente intimista de uma casa. Posto isto, e uma vez que a envolvente carece de equipamentos públicos de qualidade, ficou claro que a casa como elemento singular teria de motivar uma renovação e reapropriação de toda a zona envolvente, conservando a interioridade. Em oposição ao tradicional sistema rua porta - casa, a entrada é filtrada pela sucessão de rua pátio alpendre casa. No interior importou estabelecer a sala como interface de todas as divisões, e o pátio de entrada como centro visual dos quartos, no piso superior. Respeitando a vontade do cliente, ofereceu-se dois espaços públicos à sociedade. O primeiro, uma banca interior de apropriação livre no exterior da casa, o segundo, um pequeno cais em memória ao espaço da estação do futuro metropolitano de superfície. Havia ainda a vontade de poder abrir a sua biblioteca particular à população, quando tal acontecesse a entrada far-se-ia pelo pátio traseiro, junto ao cais. Para responder ao objectivo da preservação do carácter intimista da casa sem perder a imponência urbana usou-se o tijolo maciço no exterior e no interior as madeiras. A caixilharia de madeira e ferro vincado para o exterior seguem a mesma linha de pensamento. As testas de laje dos pátios e da biblioteca são forradas a zinco. Axonometria sul Axonometria norte Corte B Corte D Alvenaria de tijolo Tijolo maciço Isolamento térmico Betão in situ Darq FCTUC Escala 1.50 TAPE 2012 Duarte Miranda 7 Axonometria corte construtivo Planta vão 1.20 Alçado interior 1.20 Alçado exterior 1.20 Corte horizontal vão Axonometria sul camada de assentamento capeamento metálico chapa de zinco tela impermiabilizante 10 mm bloco pré-fabricado isolamento térmico 8 cm laje de betão 25 cm chapa de zinco perfil de ferro pintado isolamento acústico, cortiça, 10mm tacos de madeira, alt. 5cm isolamento térmico, poliestireno extrudido 8cm pavimento terra (pátio) 12cm tela imperrmiabilizante, 10mm alvenaria tijolo vazado 15cm grampeamento metálico (a cada 60 cm) argamassa 10 mm tijolo maciço 23x11cm isolamento térmico com corte hidrófugo 6 cm dreno isolamento térmico, poliestireno extrudido, 80mm chapas de zinco laje macica de betão in situ, 25cm reboco do tecto do quarto, 20mm selagem de silicone câmera de descompressão perfil em ferro pintado fixo ao aro fixo parafuso de fixação perfil de ferro pintado fixo à laje pingadeira bite exterior de 16 x 33mm borracha de suporte 4 x 18mm tijolo maciço 23cm x 11cm isolamento térmico, poliestireno extrudido 6cm isolamento térmico, espuma polioretano tijolo vazado 15cm puxador pivot 15mm diam. Alçado Sul Corte construtivo 1.10 Corte vertical vão móvel exterior 1.2 Alvenaria de tijolo Tijolo maciço Isolamento térmico Betão in situ Darq FCTUC TAPE 2012 Duarte Miranda 3. Duarte Miranda E X P O S I Ç Ã O Projecto III HABITAÇÃO UNIFAMILIAR Projecto III HABITAÇÃO UNIFAMILIAR Rio Mondego Construção I HABITAÇÃO UNIFAMILIAR VÃO MÓVEL EXTERIOR Rio Mondego linha do metropolitano O exercício consistia na proposta de uma habitação unifamiliar na baixa de Coimbra para o escritor Luís Quintais. O lote urbano albergou desde o início dos anos 30 a fábrica da Triunfo que foi entretanto demolida dando lugar a um vazio de cerca de 6000m2. Em plena baixa de Coimbra e entalado pela avenida Fernão de Magalhães e o rio Mondego, havia a considerar o atravessamento da futura linha do metropolitano de superfície. A faixa destinado à habitação tinha 1000m2 e apresentou como principal desafio conciliar o carácter da casa como elemento fortemente urbano com o carácter naturalmente intimista de uma casa. Posto isto, e uma vez que a envolvente carece de equipamentos públicos de qualidade, ficou claro que a casa como elemento singular teria de motivar uma renovação e reapropriação de toda a zona envolvente, conservando a interioridade. Em oposição ao tradicional sistema rua porta - casa, a entrada é filtrada pela sucessão de rua pátio alpendre casa. No interior importou estabelecer a sala como interface de todas as divisões, e o pátio de entrada como centro visual dos quartos, no piso superior. Respeitando a vontade do cliente, ofereceu-se dois espaços públicos à sociedade. O primeiro, uma banca interior de apropriação livre no exterior da casa, o segundo, um pequeno cais em memória ao espaço da estação do futuro metropolitano de superfície. Havia ainda a vontade de poder abrir a sua biblioteca particular à população, quando tal acontecesse a entrada far-se-ia pelo pátio traseiro, junto ao cais. Para responder ao objectivo da preservação do carácter intimista da casa sem perder a imponência urbana usou-se o tijolo maciço no exterior e no interior as madeiras. A caixilharia de madeira e ferro vincado para o exterior seguem a mesma linha de pensamento. As testas de laje dos pátios e da biblioteca são forradas a zinco. JOELHO #04 291

9 Rua dos Oleiros Avenida Marginal Perfil Avenida Marginal. Escala 1/ Mário Nequinha TAPE 2012 Habitação Colectiva Planta Rés do Chão. Escala 1/500 RIO MONDEGO Planta Piso 1. Escala 1/500 Avenida Fernão de Magalhães Planta Piso 2. Escala 1/500 Planta Implantação. Escala 1/500 Perfil Rua dos Oleiros. Escala 1/500 Planta Piso 3. Escala 1/ JOELHO #04

10 A B C D 5. Luis Madeira E X P O S I Ç Ã O Projecto III Habitação Unifamiliar - Plantas Habitação compacta Divisão em dois núcleos Compartimentação por funções O exercício consistia na proposta de uma habitação unifamíliar para a frente ribeirinha da Baixa de Coimbra, para um excêntrico antropólogo. O lote, seria dividido pela hipotética linha de metro de superfície que iria romper a Baixa em direcção ao Rio estabelecendo-se assim como a primeira grande barreira. A segunda seria relação estabelecida entre a zona semi-industrial e a malha medieval, e em último o Rio e a frente ribeira com os quais a habitação entraria em confronto directo. Uma vez que se estabelecia em tão distinto cenário urbano, o cliente tinha uma série de exigências que alteravam completamente a resposta imediata ao problema. Pretendia uma habitação aberta, transparente que se relaciona-se francamente com o envolvente próxima e com a cidade. Posto isto, a intenção de criar uma habitação de funções divididas, que estabelecesse um paralelo entre a habitação de um agricultor e o seu terreno de cultivo era um dos objectivos,ou seja, criar uma vasta rede de conexões entre os núcleos da habitação, dando origem à relação que a habitação estabelece com o interstício formado pelo dois blocos e com a cidade próxima. Uma vez estabelecidos estes princípios, a habitação foi dividida em 3 pólos, o social, familiar e público, que seriam unidos por um vazio espacial que define as circulações e os espaços nucleares de cada tramo da habitação. Para acentuar a pretendida divisão, a habitação aparenta uma casca em azulejo e duas faces em betão aparente, voltadas para o vazio central, mostrando a crueza do corte entre as duas partes. Corte F Planta bloco Área comercial 2. Arrumação 3. I.S. 4. I.S. 5. Biblioteca 6. Espaço de trabalho 7. Cozinha 8. Arrumação 9. Sala de jantar 10. Biblioteca 11. Sanitário 12. Espaço de trabalho Planta bloco Sala de estar 2. Sala de jantar 3. Copa 4. I.S. 5. Quarto Luis Quintais 6. Quarto de banho 7. Espaço de trabalho 8. Quarto conjunto 9. Quarto de banho 10. I.S Corte bloco 2 Corte bloco 1 Corte B Darq. FCTUC DARQ. TAPE 2012 Escala : 1.50 Luis Emanuel Madeira JOELHO #04 293

11 Identificação do vão exterior detalhado vista interior vista interior vista exterior 2.3º 5. Luis Madeira Construção I Habitação Unifamiliar - Detalhe constructivo pelo involucro exterior A materialidade da habitação foi sempre alvo da tradicionalidade com que o projecto foi idealizado, sendo que um dos grandes objectivos era manter uma linguagem proverbial e homogénea em todo a construção. Esta opção conduziu o projecto a optar por materiais extremamente comuns e facilmente reconhecíveis como é o caso do carvalho envernizado com que a janela é construída, o azulejo Viúva Lamego que define o perímetro exterior da habitação, o piso e as lajes totalmente construídas em madeira de pinho, o tijolo que define o núcleo interno da habitação e por fim a cobertura em cobre. Cobertura em chapa de cobre, 1mm Pingadeira Betão in situ 17 cm Azulejo Biselado Viuva Lamego Tijolo Kolumba K50 Betão cofrado com chapa metálica Tábua de Pinho Chapa de cobre Isolamento térmico, 60mm Caixilho em carvalho envernizado Apoio metálico para barrotes Betão in situ 21 cm Painel de fibrocimento 20mm Taco de madeira 20 mm x 150mm x 50 mm Aglomerado de cortiça 5mm Tábuas de acentamento Barrote de madeira, 100mm x 50 mm Betão in situ 23 cm Gravilha Regularização em betão 20mm Aglomerado de cortiça 5mm Taco de madeira 20 mm x 150mm x 50 mm Isolamento termico 60mm Pré-fabricado de cimento Tijolo Kolumba em argila com betão, 108mm x 32mm 528mm Geotéxtil Junta em argamassa, 8mm Revestimento em Azulejo biselado fb verde T1 75mm x 150mm, com junta seca Painel de fibrocimento Isolamento térmico 60mm Camada de acentamento 20 mm Isolamento térmico em poliestireno extrudido com 60mm Betão in situ 17cm Betão In situ Madeira de Carvalho envernizada Contraplacado de bétula Poliestireno extrudido 60 mm Placa de fibrocimento 20 mm cobertura em chapa de cobre, 1mm x 50mm x 50mm, fixa por meios mecânicos á lage betão tela drenante betuminosa, 3mm camada de isolamento térmico em poliestireno extrudido, esp. 60mm revestimento em fibrocimento, esp. 20 mm, aparafusado no topo e na base topo madeira, 60mm x 30mm padieira em carvalho envernizada esp. 20 mm, colada com poliuretano Planta piso 3 - Dormitório batente do caixilho em carvalho envernizado esp. 55 mm, colada com poliuretano e aparafusado á padieira ferrolho metálico em ferro fundido, 9mm encaixe do ferrolho em ferro fundido, 32mm x 19mm x 19 mm pingadeira Betão hidrofugo estrutural in situ, 17cm dobradiça em aluminio, aparafusada à padieira e à portada. vidro interno selagem primária em butil, 1mm perfil de aluminio, 0,5mm dissecante selagem secundária em silicone 9mm cremona em ferro fundido, 32mm x 19mm x 130mm borracha de selagem perfil tubular metálico, 15mm x 15mm batente em madeira de carvalho, 40mm x 40mm, aparafusado á parieira exterior pingadeira interna padeieira exterior em carcalho envernizado, 28mm x 98mm, aparafusado ao batente interno contraplacado de betula, 8mm cartão em favo com 8mm perfil de pinho de acabamento da portada Portada fechada Caixilho com portadas abertas Caixilho padieira em carvalho envernizada esp. 20 mm, colada com poliuretano revestimento em taco de madeira 50mm x 150mm isolamento acustico em aglomerado de cortiça, 5mm Camada de acentamento em pinho, 500mm x 150 mm Darq. FCTUC DARQ. TAPE 2012 Escala : 1/20, 1/10 e 1/2 Luis Emanuel Madeira 294 JOELHO #04