382mi. Paralimpíada faz ação com Twitter para turbinar tocha

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1 OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 382mi de reais faturaram os clubes brasileiros em transferência de atletas ao exterior em 2015; em contratações, o país gastou R$ 198 milhões EDIÇÃO 583 QUARTA-FEIRA, 31 DE AGOSTO DE 2016 Paralimpíada faz ação com Twitter para turbinar tocha POR REDAÇÃO Sem o mesmo vigor das Olimpíadas, a Paralimpíada abre amanhã, dia 1º, o revezamento da chama paralímpica. Com apenas sete dias de duração, mas percorrendo todas as regiões do país, o revezamento será marcado por uma ação nas redes sociais para engajar o público e por ações de patrocinadores. O revezamento será aberto em Brasília nesta quinta-feira e, em seguida, o símbolo dos Jogos Paralímpicos passará por outras seis cidades. Cada uma delas irá exaltar um valor dos Jogos: Brasília (igualdade), Belém (determinação), Natal (inspiração), São Paulo (transformação) e Joinville (coragem). Já o valor exaltado pelo Rio é a paixão. Mais uma vez o Rio 2016 se associou ao Twitter para multiplicar o alcance do revezamento. Os internautas devem Tocha Paralímpica terá revezamento por seis cidades e cinco regiões do país; com ações em redes sociais e ativações de marcas, revezamento terá 745 condutores e início na próxima quinta-feira, seis dias antes da abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio 1

2 postar uma mensagem em sua conta na rede usando a hashtag #ChamaParalímpica e o valor da cidade associada. Assim, elepassa a integrar um mapa de calor, gerado de acordo com o volume de postagens por região. As tochas de cada cidade serão CENTAURO TERÁ BERNARDINHO A Centauro promove, domingo, ação com o técnico Bernardinho e o jogador Maurício Souza, vencedores do ouro com a seleção masculina de vôlei no Rio. O evento será no Pátio Brasil Shopping, em Brasília (DF). A ação acontece às 14h, após jogo do Brasil contra Portugal, no estádio Mané Garrincha. Participarão da sessão os cem primeiros torcedores que retirarem senha na loja da Centauro, uma hora antes do evento. UA CRIA AÇÃO COM MLB E NFL acesas a partir da energia enviada pelas mensagens no Twitter. Na próxima sexta-feira, o revezamento chega ao Rio de Janeiro e as cinco chamas regionais, mais a que será acesa em Stoke Mandeville, na Inglaterra, berço da Paralimpíada, irão se unir no Museu do Amanhã. O fogo irá iluminar a pira no estádio do Maracanã e, depois, na região da Candelária, no centro do Rio. Patrocinadores do revezamento da tocha, Nissan e Bradesco prepararam ações especiais para o início do evento. A montadora é a que fará o maior investimento: terá uma apresentação do grupo de percussão brasiliense Patubatê ao lado do maestro João Carlos Martins e da Camerata Bachiana de São Paulo no lançamento do revezamento. Martins adaptou parte da obra do compositor Heitor Villa-Lobos às músicas do Patubatê, que toca com instrumentos feitos a partir de peças do carro Nissan Kicks, modelo lançado pela marca nas Olimpíadas do Rio. Já o Bradesco aposta em novos rostos que são ligados também aos Jogos Olímpicos. Na lista de convidados da empresa, estão os judocas Rafaela Silva (ouro no Rio), Baby (bronze) e Charles Chibana, a coordenadora da seleção brasileira de ginástica artística, Georgette Vidor, e o pesquisador Antonio Padilha Lanari Bo, triatleta que é doutor em engenharia biomédica. A Under Armour fez campanha global com alguns astros das grandes ligas dos EUA como protagonistas. Intitulada It Comes From Below, a história ressalta o trabalho dos pés como um diferencial dos atletas. Bryce Harper (MVP da MLB, de beisebol) e Cam Newton (MVP da NFL, futebol americano) estrelam a campanha que envolve os principais lançamentos da Under Armour nas linhas running, training e futebol. AÇÃO SOCIAL NA PARALIMPÍADA O Comitê Rio 2016 está apoiando ação mundial para arrecadar fundos e ajudar 10 mil jovens brasileiros a ir a Paralimpíada. Ao lado do CPI (Comitê Paralímpico Internacional) e da Fundação Agitos, o Rio reforça a #FillTheSeats (ocupem os assentos). A ideia foi lançada semana passada por Greg Nugent, diretor de marketing de Londres-12, e já teve doações de US$ 20 mil. Assim, mais de 500 jovens já estão garantidos. 2

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4 OPINIÃO Maior novidade olímpica foi o arsenal da Globo no Rio Qual foi, para você, a grande novidade dos Jogos Olímpicos do Rio? A pergunta ecoou em algumas rodas de conversa nas duas semanas olímpicas. Em meio ao evento, com a profusão de ações e reuniões, é difícil distinguir alguma coisa. Por isso que, na reunião da Máquina do Esporte em que fizemos o balanço das dez ações que mais nos chamaram a atenção nos Jogos, o repertório mostrado pelo Grupo Globo acabou como a maior novidade nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. O patrocínio da emissora ao evento, o estúdio montado no coração do Parque Olímpico, os 16 canais do Sportv e, durante o evento, o carisma de Guga contagiando o pessoal em casa. Tudo, no fim das contas, contribuiu para que a emissora, pela primeira vez, não recebesse tanta pedra em sua já tradicional vidraça. Por incrível que pareça, na vez em que mais se expôs e mostrou que era um parceiro comercial dos Jogos Olímpicos, mais do que um veículo de transmissão, a Globo saiu vitoriosa desse relacionamento. O que foi feito pela Globo no Rio, POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte certamente, ecoou dentro da NBC, a grande parceira olímpica nos EUA. Não só pela megalomania do projeto em si, mas pela eficiência em que a Globo conseguiu transformar o esporte num produto de entretenimento, dando a ele o peso da transmissão e da informação na medida certa. Por mais ativações que as marcas tenham feito no Rio, quase nenhuma fez algo inovador. A maior novidade foi mesmo o arsenal da Globo no Rio. Guarani pede boicote a Brasil Kirim por pesquisa sobre tamanho de torcida DA REDAÇÃO O Guarani, de Campinas, que hoje joga a Série C do Brasileiro, gerou uma grande polêmica no último final de semana quando pediu a seus torcedores que boicotassem produtos da Brasil Kirim, patrocinadora da rival Ponte Preta. O motivo, porém, não é a acirrada rivalidade entre os dois clubes do interior paulista. Na semana passada, uma pesquisa feita pelo Instituto Própesquisa a pedido da Brasil Kirim sobre o tamanho das torcidas dos times de futebol em Campinas teve seus resultados divulgados. Nela, o Corinthians aparece como principal torcida da cidade, com 22%. O segundo lugar é da Ponte Preta (20%). Depois estão São Paulo (10%), Palmeiras (8%) e Santos (4%). Só então vem o Guarani, com 3% da população. Os números revoltaram o clube, que usou o telão do estádio Brinco de Ouro para pedir ao torcedor que não comprassem produtos da Brasil Kirim. A polêmica prosseguiu, com uma nota oficial divulgada pelo Guarani desqualificando a pesquisa, o patrocinador e reiterando ao torcedor que as marcas Schin e Kirim fossem boicotadas. O clube entende que o levantamento foi realizado de forma equivocada e que a empresa agiu de má fé para com os torcedores do Guarani, afirma parte da nota assinada pelo presidente do clube, Horley Cavalcanti Senna. A Brasil Kirim não rebateu, disse só que a pesquisa era de uso interno e confidencial. 4

5 Especial Alemanha: Bundesliga dobra faturamento em 10 anos POR DUDA LOPES, DE DORTMUND* O Campeonato Alemão de hoje não pode ser comparado ao torneio do início deste século. Muito mais do que a Copa de 2006, o que mudou o futebol interno do país foi um processo de modernização e profissionalização da Bundesliga. Foi em dezembro de 2000 que a DFL, a Liga de Futebol Alemão, surgiu. De forma independente, passou a gerir as duas principais divisões do país, com 36 times. Para quem duvida da capacidade de transformação que uma gestão profissionalizada pode alcançar, os números esclarecem. Na temporada 2002/2003, o faturamento da Bundesliga foi de 1,15 bilhão. A organização chegou a ter 11 recordes de alta seguidos e, na temporada 2014/2015, a conta fechou em 2,62 bilhões. O equilíbrio também é celebrado pela organização, já que a soma se divide em partes iguais entre direitos de TV, patrocinadores e arrecadação das arenas. Para chegar a esse aumento, uma das primeiras medidas da Bundesliga foi impor uma série de regras para que as equipes conseguissem a licença para participar do torneio. As condições abrangem desde infraestrutura básica necessária a regras para mídia, além de um plano financeiro para cada equipe. Esse último quesito, por sinal, também foi celebrado na última temporada: 27 dos 36 clubes deram lucro. A regulamentação garante que haja um senso de confiabilidade e credibilidade na medida em que os clubes e os jogadores estão focados nessa questão, e ela também beneficia parceiros e mídia, resumiu o presidente da DFL, Reinhard Rauball, em comunicado oficial. Ao longo das últimas décadas, a DFL foi criando braços independentes para a comercialização da Bundesliga. Hoje, há um grupo focado em TV, outro em marketing global e outro em conteúdo. O plano é chegar ao fim de 2020 com aumento de 35% no faturamento. Considerando o torneio como produto, há apenas um grande engasgo nos últimos anos: o domínio do Bayern de Munique. O time é o mais rico e conhecido do país, e fica também na região mais desenvolvida da Alemanha. Sua grandeza no Campeonato Alemão sempre esteve em evidência, mas, nas últimas temporadas, ela foi excessiva: foram quatro títulos em sequência. A hegemonia é tanta que uma velha piada voltou a circular no país, mas com o Bayern no lugar da seleção alemã dos anos 80. O futebol é um jogo simples: são 22 homens correndo atrás da bola por 90 minutos. No final, ganha o Bayern. Para evitar a disparidade, a Bundesliga mantém duas regras. A primeira é que nenhuma equipe pode ser empresa; o limite de ações na bolsa é de 49%. Assim, evita-se que donos façam investimentos desproporcionais. Outra é a divisão da televisão. Metade da verba é dividida igualmente. O restante é separado conforme tamanho de torcida e desempenho esportivo. * Viagem a convite de Fox e Bundesliga 5

6 OS 10+ DE AGOSTO É difícil outro grupo de comunicação ter tanto destaque na Olimpíada quanto a Globo. Com estúdio dentro do Parque Olímpico, entregou ainda 16 canais simultâneos no Sportv A Nissan espalhou ativações pelo Rio, mas nada chamou tanto a atenção quanto o hotel da marca, fechado a convidados, no meio da orla de Copacabana A Samsung esteve em evidência não só pelas ativações próprias, mas também pelos óculos de realidade virtual, usado em ações feitas pelas outras marcas O Rio 2016 não foi só os Jogos das redes sociais, mas dos produtores de conteúdo nelas, como Kéfera, contratada da Adidas para gerar conteúdo nas redes A NBA aproveitou os Jogos e faz uma casa do basquete no Porto. O resultado? Mais de 80 mil visitantes e 10 mil itens vendidos em somente dez dias

7 No Parque Olímpico, o Bradesco fez apresentações musicais e ativações com as mascotes dos Jogos. Com enorme apelo infantil, o espaço enchia para visita das pessoas A Skol teve destaque graças a duas ativações. A primeira, os copos personalizados. A segunda, as festas espalhadas em vários cantos da cidade olímpica A Visa apostou no patrocínio ao time de refugiados, que competiu com a bandeira olímpica. Em setembro, a ação se repete durante as Paralimpíadas Gustavo Kuerten nunca deixou de ser bom garoto- -propaganda. Mas, durante os Jogos, ele teve destaque como comentarista da Globo, ganhando o público Sem patrocinar os Jogos, a Uber foi a marca que mais ganhou destaque ao oferecer serviço bom - e barato - para os torcedores se deslocarem pelo Rio