SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA REITORIA
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- José Van Der Vinne Barroso
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1 RESOLUÇÃO Nº, DE DE Aprova o Código de Ética Pública da Universidade Federal de Uberlândia A COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (COMEP-UFU), com fundamento no Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994 e no art. 24 do Decreto 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, RESOLVE: Fica aprovado na forma desta Resolução o CÓDIGO DE ÉTICA PÚBLICA da Universidade Federal de Uberlândia, consoante preâmbulo e demais dispositivos que seguem. PREÂMBULO A produção, preservação e transmissão do conhecimento científico é escopo essencialíssimo das universidades. Daí a compreensão que ao necessário atingimento desta indispensável função revela-se imprescindível acervo e manancial de ferramentas próprias (jurídicas, éticas, econômicas e sociais) para a solução dos conflitos institucionais internos. Essa constante (re)construção dá sentido à exigência Constitucional identificada como autonomia universitária. 1
2 Via de consequência, impõe como inevitável para as instituições de ensino entidades de promoção da pessoa e da sociedade a regulação das relações humanas internas, mediante princípios universalmente aceitos e válidos, bem como dispositivos específicos adequados ao telos perseguido. Princípios éticos gerais são aqueles assentados em documentos internacionais, mediante consenso transnacional, com especial destaque à Declaração Universal de Direitos Humanos (1948) que é pressuposto das Constituições internas dos países alinhados ao regime democrático. A Universidade Federal de Uberlândia reconhece, com apoio nos ideários da Associação Internacional de Universidades (convocada pela Unesco em 1950), as seguintes diretrizes básicas: i) o direito de buscar conhecimento por si mesmo e de persegui-lo até onde a procura da verdade possa conduzir; ii) a tolerância em relação a opiniões divergentes e a liberdade em face de qualquer interferência política; iii) a obrigação, enquanto instituição social, de promover, mediante ensino, pesquisa e extensão, os axiomas de liberdade e justiça, dignidade humana e solidariedade, desenvolvendo ajuda mútua, material e moral, inclusive a nível internacional. Compreendem-se como fundamentos próprios da Ética universitária adotada pela Universidade Federal de Uberlândia: o exercício à pesquisa; a vedação ao assédio e discriminação (em qualquer de suas formas); o pluralismo (em todos os segmentos e setores); a autonomia (como forma de independência aos poderes políticos e reafirmação científica); a promoção da justiça, liberdade, dignidade da pessoa humana e solidariedade. 2
3 São deveres explícitos da Universidade Federal de Uberlândia: a tolerância e a manifestação a favor da defesa e da promoção dos direitos humanos (neles incluídos os direitos individuais e liberdades públicas, os direitos sociais, econômicos e culturais e os direitos da humanidade). ÍNDICE Título I - Dos Princípios Comuns Título II Regulações gerais a todos servidores Título III Regulações específicas do Corpo Docente Título IV Regulações específicas do Corpo de Servidores Não-docentes Título V Regulações específicas do Corpo Discente e demais alunos Título VI - Disposições Especiais Capítulo I Dos órgãos de apoio Capítulo II Da pesquisa científica hígida, do ensino e extensão Capítulo III - Das Publicações Capítulo IV - Do acervo de registros e dados de informática Título VII - Disposições Finais TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS COMUNS Art. 1º. O presente Código de Ética destina-se a nortear as relações humanas no âmbito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), tendo como fundamentos o exercício à pesquisa, ensino e extensão; a vedação ao assédio e discriminação (em qualquer de suas formas); o pluralismo (em todos os segmentos e setores); a autonomia (como modelo de independência aos poderes políticos e reafirmação científica); a promoção da justiça, liberdade, dignidade da pessoa humana e 3
4 solidariedade; o respeito à integridade acadêmica e patrimonial da instituição, bem como o dever de tolerância e promoção dos direitos humanos. Parágrafo único. A UFU tem como atribuição tutelar (proteger e defender) o ensino público, gratuito, universal, igualitário e laico. Art. 2º. São considerados membros da Universidade, para fim de observância dos preceitos deste Código, os seus servidores docentes e não-docentes, o corpo discente e demais alunos, preponderando dentre todos o respeito mútuo e a preservação da dignidade da pessoa humana. Parágrafo único. As disposições deste Código de Ética são aplicáveis ainda aos docentes inativos, professores colaboradores e visitantes, bem como pesquisadores, bolsistas e todos aqueles que se utilizem de bens ou nome da Universidade. Art. 3º. Nas atividades desenvolvidas pela Universidade, respeitadas as opções individuais de seus membros, deverão ser observados os seguintes princípios: I - não adotar preferências ideológicas, religiosas, políticas, e raciais, bem como quanto ao sexo e à origem; II - não adotar de posições de natureza partidária; III - não submeter a pressões de natureza ideológica, política ou econômica que desviem a Universidade dos objetivos científicos, culturais e sociais. 4
5 Art. 4º. Nas relações interpessoais entre os membros da Universidade Federal de Uberlândia devem ser garantidos o intercâmbio de ideias e opiniões (sem preconceitos ou discriminações entre as partes envolvidas) e o direito à liberdade de expressão dentro de normas de civilidade e sem quaisquer formas de desrespeito. Art. 5º. São deveres gerais dos membros da Universidade: I - Observar as normas deste Código e demais postulados normativos internos da Instituição, bem como o Código de Conduta da Alta Administração Federal e o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal; II Atuar visando manter e preservar o funcionamento das estruturas universitárias, o respeito, os bons costumes e preceitos morais e a valorização do nome e da imagem da Universidade; III - Defender e promover medidas em favor do ensino público, em todos os seus níveis, e do desenvolvimento da ciência, das artes e da cultura, bem como contribuir para a dignidade, o bem-estar do ser humano e o progresso social; IV - Propor e defender medidas em favor do bem-estar de seus membros e de seu aperfeiçoamento e atualização; 5
6 V - Prestar colaboração ao Estado e à sociedade no esclarecimento e na busca e encaminhamento de soluções em questões relacionadas com o bem-estar do ser humano e com o desenvolvimento cultural, social e econômico; VI - Incentivar o respeito à verdade, transparência e lealdade; VII Prestar contas, independentemente de provocação, quando da utilização de recursos públicos. Art. 6º. Constituem deveres funcionais e acadêmicos dos membros da Universidade: I - Atuar de forma compatível com a moralidade e a integridade acadêmica; II - Aprimorar e atualizar continuada e reiteradamente os seus conhecimentos, mediante exposições atualizadas; III - Prevenir e corrigir atos e procedimentos incompatíveis com as normas deste código e demais princípios éticos da Instituição, comunicando-os à Comissão de Ética; IV - Corrigir erros, omissões, desvios ou abusos na prestação das atividades voltadas às finalidades da Universidade; 6
7 V - Promover a melhoria das atividades desenvolvidas pela Universidade, garantindo sua qualidade; VI - Promover o desenvolvimento e velar pela realização dos fins da Universidade; VII - Promover e preservar a privacidade e o acesso adequado aos recursos computacionais compartilhados; VIII - Preservar o patrimônio material e imaterial da Universidade e garantir o reconhecimento da autoria de qualquer produto intelectual gerado no âmbito de suas Unidades e órgãos; IX Respeitar a higidez e ineditismo das pesquisas realizadas e publicadas, sendo vedado o plágio e o autoplágio. Art. 7º. São deveres de abstenção dos membros da Universidade Federal de Uberlândia: I - Valer-se de sua posição funcional ou acadêmica para obter vantagens pessoais e para patrocinar interesses estranhos às atividades acadêmicas; II - Declarar qualificação funcional ou acadêmica que não possuam ou utilizar títulos genéricos que possam induzir a erro; 7
8 III - Fazer uso de mandato representativo de categoria para auferir benefícios próprios ou para exercer atos que prejudiquem os interesses da Universidade; IV - Divulgar informações de maneira sensacionalista, promocional ou inverídica; V - Comentar fatos cuja veracidade e procedência não tenham sido confirmadas ou identificadas; VI Manifestar-se de forma prejudicial publicamente sobre outro membro da comunidade universitária, mediante juízo valorativo, aproveitando-se da ausência do mesmo naquele ato; VIII Promover manifestações no âmbito interno e externo de desapreço em relação à colega de trabalho com intuito de gerar perda de credibilidade e espalhar a maledicência. TÍTULO II REGULAÇÕES GERAIS A TODOS OS SERVIDORES Art. 8º. As relações entre os servidores devem ser pautadas pelo respeito recíproco, e princípios de cooperação, informação, lealdade e solidariedade, bem como pelo reconhecimento da igual responsabilidade perante a Instituição. 8
9 Art. 9º. A situação hierárquica ocupada por servidores docentes ou não-docentes não poderá ser utilizada para: I - Destratar ou desrespeitar subordinados; II Estabelecer circunstâncias desagradáveis ou desencadear qualquer tipo de perseguição ou atentado à dignidade da pessoa humana; III - Dificultar, por motivo não justificado, a utilização de instalações e demais recursos do órgão sob sua direção, quando esse uso for consentâneo com os fins da Universidade; IV - Favorecer o uso das instalações e demais recursos do órgão sob sua direção, com fins não adequados com os objetivos da Universidade; V - Constranger subordinados a desobedecer ou contrariar os princípios estabelecidos neste Código; VI Humilhar ou aviltar membro discente pela participação normal nas atividades educacionais. Art. 10. Ao servidor docente ou não-docente em situação de direção ou chefia cabe: 9
10 I - Zelar para que os subordinados atuem dentro dos princípios éticos previstos neste Código; II - Orientar os auxiliares para que respeitem o segredo profissional, quando assim for determinado em face de lei; III - Promover a apuração de atos de improbidade e de ilícitos administrativos. Parágrafo único. A associação, efetiva ou potencial, do nome ou da imagem da Universidade de Federal de Uberlândia com qualquer ato ou atividade, de índole individual ou institucional, deve ser nitidamente identificada pelo autor ou agente e somente pode ser veiculada se preservar os padrões éticos e acadêmicos compatíveis com seus fins. Art. 11. O servidor deve evitar qualquer conflito entre os seus interesses pessoais e os interesses da Universidade, especialmente em situações nas quais haja: I - conflito de interesses na alocação de tempo e esforços em atividades não universitárias; II - conflito de interesses entre a universidade e instituições públicas e privadas; III - relacionamento pessoal ou profissional do servidor com instituições fornecedoras da Universidade. 10
11 Parágrafo único. A hipótese do item primeiro do presente dispositivo deve ser interpretada à luz da Constituição Federal no que respeita as excepcionalidades de acumulação de cargos públicos. Art. 12. Nenhum servidor docente ou não-docente pode ou deve participar de decisões que envolvam a seleção ou concurso, contratação, promoção ou rescisão de contrato, pela Universidade, de membro de sua família ou de pessoa com quem tenha relações que comprometam julgamento isento. Parágrafo único. A mesma vedação igualmente deve ser observada na atribuição de carga didática, uso de espaço ou material didático e científico na Universidade, a qualquer título, pelo servidor docente ou não-docente para familiar ou pessoa com quem tenha relações. Art. 13. É dever que se impõe ao servidor docente ou não-docente vetar acesso a informações confidenciais por pessoas que não estejam para isso credenciadas. TÍTULO III REGULAÇÕES ESPECÍFICAS DO CORPO DOCENTE Art. 14. Cabe ao servidor docente: I - Exercer sua função com autonomia e independência; 11
12 II - Contribuir para melhorar as condições do ensino e os padrões dos serviços educacionais, assumindo sua parcela de responsabilidade quanto à educação, sempre observando a legislação aplicável; III - Empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da profissão; IV - Apontar aos órgãos competentes da instituição em que trabalha, sugerindo formas de aperfeiçoamento, os itens ou falhas em regulamentos e normas que, em seu entender, sejam inadequados ao exercício da docência; V - Atuar com isenção e sem ultrapassar os limites de sua competência quando servir como perito ou auditor, consultor ou assessor; VI - Cumprir pessoalmente sua carga horária; VII - Adequar sua forma de ensino às condições do aluno e aos objetivos do curso, de forma a atingir o nível desejado de qualidade; VIII - Exercer o ensino e a avaliação do aluno sem interferência de divergências pessoais ou ideológicas; IX - Denunciar o uso de meios e artifícios que possam fraudar a avaliação do desempenho discente; X - Respeitar as atividades associativas dos alunos. 12
13 Art. 15. É vedado ao servidor docente: I - Exercer a profissão docente em instituições ou unidades nas quais as condições de trabalho não sejam dignas ou que possam ser prejudiciais à educação em geral e ao ensino público; II - Fornecer documentos em forma não consentânea com a lei e assinar folhas ou laudos em branco; III - Fornecer documentos que divirjam de suas convicções ou que discordem do que admite como sendo a verdade. Art. 16. As relações interpessoais entre servidores docentes devem ser baseadas no respeito mútuo, cooperação, incentivo científico e dever de lealdade. Parágrafo único. Os docentes deverão pautar suas condutas considerando os deveres acessórios de informação, assistência, bem como pelos princípios de justiça e confiança. Art. 17. Quando em composição de comissões examinadoras e avaliadoras de concursos para ingresso na Instituição, os servidores docentes devem observar os seguintes preceitos: I De ofício caberá declarar posição de impedimento ou suspeição com quaisquer candidatos, considerando situação familiar ou de relação particular. 13
14 II - No uso de suas atribuições, os examinadores não poderão suscitar questões atinentes à vida privada, convicção filosófica ou política, crença religiosa, intimidade, honra ou imagem do candidato, ou que de algum modo se liguem a seus direitos fundamentais, ressalvadas aquelas que tiverem relação direta com o exercício do cargo ou função pretendida. Parágrafo único. Qualquer anormalidade, comportamento ou indicação de preferência ou preconceito injustificados no desenvolvimento de certame de admissão deverão ser anotados na ata dos trabalhos e enviada à Comissão de Ética Pública. TÍTULO IV REGULAÇÕES ESPECÍFICAS DO CORPO DE SERVIDORES NÃO-DOCENTES Art. 18. É dever do servidor não-docente: I Observar os critérios de justiça e honestidade nas suas atividades; II No enleio de suas obrigações atingir o resultado esperado, inclusive mediante a observância dos deveres acessórios de cooperação, informação, assistência e lealdade; III Não macular a moralidade institucional, aprimorando a confiança depositada pela sociedade em geral quanto ao serviço público. 14
15 TÍTULO V REGULAÇÕES ESPECÍFICAS DO CORPO DISCENTE E DEMAIS ALUNOS Art. 19. As relações entre os membros do corpo discente e demais alunos da Universidade devem ser presididas pelo respeito à autonomia e à dignidade do ser humano, não sendo tolerados atos ou manifestações de prepotência ou violência ou que ponham em risco a integridade física e moral de outros. Art. 20. É dever dos membros do corpo discente fazer uso eficiente dos recursos públicos que financiam sua formação acadêmica, cabendo a prestação de contas previamente a qualquer provocação ou solicitação. Art. 21. É vedado aos membros do corpo discente e demais alunos da Universidade: I Estender injustificadamente o período de graduação ou pós-graduação para continuidade de acesso a recursos públicos próprios da Universidade ou por meio de órgãos de fomento; II Utilizar de artifícios, ardil ou estratégias desonestas para obtenção de avaliação positiva para si ou para outrem, bem como ocultar os meios utilizados na obtenção de escore haurido mediante fraude. 15
16 Art. 22. A depredação, má utilização, ou quaisquer prejuízos ao patrimônio institucional por parte do corpo discente e demais alunos da universidade é conduta vedada e passível de responsabilização em todos os âmbitos legais. TÍTULO VI DISPOSIÇÕES ESPECIAIS CAPÍTULO I DOS ÓRGÃOS DE APOIO Art. 23. A organização e os objetivos de fundações de apoio à Universidade e a celebração de convênios pela Universidade devem visar ao aumento da sua capacidade em ensino, pesquisa, bem como a extensão à sociedade de serviços deles indissociáveis. Art. 24. Os rendimentos que resultarem de atividades de fundações, convênios e outras formas de atuação da Universidade devem reverter em benefício das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Art. 25. No desempenho das atividades referidas nos artigos anteriores devem preservar-se como prioridade os interesses da Universidade. Art. 26. A má gestão (nela compreendida a gestão temerária, gestão ilícita e gestão extremamente deficitária) das fundações de apoio deverá ser causa suficiente de sindicância e processo administrativo disciplinar pelos órgãos correcionais da Universidade, sem prejuízo da responsabilização pessoal dos administradores fundacionais. 16
17 Parágrafo único. A hipótese acima é estendida aos gestores dos convênios e contratos adotados pela instituição. CAPÍTULO II DA PESQUISA CIENTÍFICA HÍGIDA, DO ENSINO E DA EXTENSÃO Art. 27. Nas atividades de pesquisa, o docente, pesquisador ou responsável deve assegurar-se de que: I A metodologia utilizada é adequada e compatível com as normas éticas estabelecidas em seu campo de trabalho e das quais deve ter pleno conhecimento; II O escopo do projeto é cientificamente válido, justificando o investimento de recursos e tempo; III - Os objetivos da pesquisa e da extensão e a divulgação dos seus resultados devem ser públicos, salvo nas hipóteses em que a lei imponha sigilo; IV O projeto dispõe de meios e recursos para a realizabilidade; V - As conclusões ou considerações finais do projeto são coerentes com os resultados e compatíveis à metodologia utilizada; VI - Na apresentação e publicação dos resultados e conclusões é dado crédito a colaboradores e outros pesquisadores, cujos trabalhos se relacionem com aquele desenvolvido ou que tenham contribuído com informações ou sugestões relevantes; 17
18 VII - Tratando-se de pesquisa envolvendo pessoas, individuais ou coletivas, são respeitados os princípios estabelecidos nas declarações e convenções sobre Direitos Humanos, na Constituição Federal e na legislação específica; VIII Tratando-se de pesquisa e ensino que envolva animais são observados os preceitos desenvolvidos em relação à bioética, bem como a Declaração Universal dos Direitos dos Animais; IX - É vedado ao docente, ao pesquisador e ao responsável utilizar recursos destinados ao financiamento de pesquisa em benefício próprio ou de terceiros ou com desvio de finalidade. CAPÍTULO III DAS PUBLICAÇÕES Art. 28. É vedado aos membros da Universidade: I Fraudar ou falsear dados sobre suas publicações; II - Não dar crédito a colaboradores e outros que tenham contribuído para obtenção dos resultados contidos na sua publicação; III Inserir na publicação, ideia de outrem sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, bem como informações, opiniões ou dados ainda não publicados e comprovados; 18
19 IV - Apresentar como originais quaisquer ideias, descobertas ou ilustrações, sob a forma de texto, imagens, representações gráficas ou qualquer outro meio, que na realidade não o sejam; V - Deturpar a interpretação científica mediante abordagem parcial de pesquisa realizada; VI Omitir ou fraudar dados sobre vida acadêmica pregressa. CAPÍTULO IV DO ACERVO DE REGISTROS E DADOS DE INFORMÁTICA Art. 29. A coleta, a inserção e a conservação, em fichário ou registro, informatizado ou não, de dados pessoais relativos a opiniões políticas, filosóficas ou religiosas, origem, conduta sexual e filiação sindical ou partidária devem estar sob a égide da voluntariedade, da privacidade e da confidencialidade, podendo ser utilizados para os fins propostos para sua coleta. Parágrafo único. É proibido usar os dados a que se refere o caput para discriminar ou estigmatizar o indivíduo, cuja dignidade humana deve ser sempre respeitada. Art. 30. Os membros da Universidade têm direito de acesso aos registros que lhes digam respeito. 19
20 Parágrafo único. Têm igualmente o direito de que os dados incorretos sejam prontamente corrigidos. Art. 31. O acesso e a utilização de informações relativas à vida acadêmica ou funcional de outrem, por qualquer membro da Universidade, depende de ato administrativo motivado, em razão de objetivos acadêmicos ou funcionais, devidamente justificados. Parágrafo único. A ausência de motivação do requerimento e do deferimento de acesso à vida funcional ou acadêmica enseja violação do espírito deste Código de Ética. Art. 32. Os recursos computacionais da Universidade destinam-se exclusivamente ao desenvolvimento de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Art. 33. Arquivos computacionais são de uso privativo e confidencial de seu autor ou proprietário, sendo igualmente confidencial todo o tráfego na rede. Parágrafo único. Os administradores dos sistemas computacionais poderão ter acesso aos arquivos em casos de necessidade de manutenção ou falha de segurança, desde que autorizados pela COMEP previamente. Art. 34. No que concerne ao uso dos sistemas de computação compartilhados, é vedado aos membros da Universidade: I - Usar a identificação de outro usuário; 20
21 II Não se identificar no envio de mensagens; III - Mitigar o desempenho do sistema, interferindo no trabalho dos demais usuários; IV Aproveitar-se das falhas de configuração, falhas de segurança ou conhecimento de senhas especiais para alterar o sistema computacional ou para omitir-se de suas mensagens; V - Fazer uso de meio eletrônico para enviar mensagens ou sediar páginas ofensivas, preconceituosas ou caluniosas; VI Fazer uso de mensagens coletivas que exponham a unidade ou a Universidade Federal ao ridículo. TÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 35. Cada unidade acadêmica deverá manter comitê de ética para solução de casos fáceis, assim compreendidos aqueles de baixa complexidade, nomeando-se para tanto um servidor docente, um servidor não docente e um discente, com respectivos suplentes. Art. 36. A infração ou descumprimento de quaisquer dispositivos ensejará a pena de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso, nos termos do Decreto nº 1.171/94. 21
22 Parágrafo único. Poderá a Comissão de Ética decidir pelo arquivamento, improcedência do expediente de que trata da infração ou ainda celebrar acordo de conduta pessoal e profissional (ACPP), nos termos do Regimento Interno (Resolução nº. 01, de 21 de novembro de 2013). Art. 37. Aplicam-se, sistematicamente, o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994, o Decreto 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, a Resolução nº 10, de 29 de setembro de 2008 e a Resolução nº. 01, de 21 de novembro de 2013 (Regimento Interno da COMEP/UFU). Art. 38. Esta Resolução entra em vigor a partir da data de publicação. FERNANDO RODRIGUES MARTINS PRESIDENTE DA COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA DA UFU IBIS ELIZETE AVELAR MEMBRO TITULAR ODALÉA APARECIDA VIANA MEMBRO TITULAR MEMBROS SUPLENTES: SANDRA TEREZINHA DE FARIAS FURTADO ADAILTON BORGES DE OLIVEIRA LEONARDO FERREIRA ALMADA 22
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