Forest Stewardship Council FSC Brasil

Transcrição

1 Relatório Assembléia Geral Ordinária 2011 Conselho Brasileiro de Manejo Florestal 06 e 07 de Dezembro/2011 Hotel Mercure, São Paulo/SP Pela Credibilidade, Qualidade e Transparência do Sistema FSC no Brasil Primeiro dia 06 de dezembro de Mesa de Boas vindas: A mesa de boas vindas contou com a presença de um representante de cada câmara no conselho diretor do, sendo: João Carlos Augusti pela câmara econômica, Rubens Gomes pela social, e, Mauro Armelin pela ambiental. Todos apontaram a importância de trabalharmos em prol da credibilidade do sistema, tendo no equilíbrio e na participação ativa das câmaras as principais estratégias a serem empreendidas nos anos que se seguem. E concordaram na afirmação de que somente através do compromisso de todos e de cada ator do sistema FSC em defende- lo é que vamos garantir seu crescimento sólido e integrado, considerando as demandas sociais, ambientais e econômicas do manejo florestal responsável. Desejando boa assembleia a todos, convidaram os presentes a se apresentarem (lista de presença ANEXO I), e deram por abertos trabalhos.

2 Retrospectiva 2011 FSC Internacional Por Roberto Waack A apresentação de Roberto Waack, conselheiro do board internacional do FSC, abordou as principais conquistas e desafios do sistema em escala global, tais como: O crescimento do FSC (COC e florestas) foi muito grande no ano de 2011, com especial destaque para a China. O Brasil também apresentou um crescimento significativo em cadeia de custódia, mas muito pequeno na área de manejo florestal. O FSC trabalhou muito no desenvolvimento e execução de um novo modelo organizacional - que não represente uma ruptura do atual, mas uma redistribuição de recursos pelos membros da rede em escala mundial, através do fortalecimento das iniciativas nacionais, da criação dos escritórios regionais e da otimização dos recursos que estão entrando no sistema. Outro desafio que continua vivo é o de aumento e consolidação da base social do sistema, sem a qual todo o crescimento econômico do mesmo não se legitima. O encontro com o mainstream vivenciado pelo sistema neste último ano coloca novos desafios à sua proposta social e ambiental, que devem ser encarados de forma concreta e efetiva (não apenas em discurso, mas em ações). A relação com os governos também é um grande desafio. O tema fundamental no Brasil é a possível contraposição entre legalidade e certificação. Mais de 90% de madeira no Brasil tem origem desconhecida; e pior, o governo é o principal consumidor. A discussão de inserção da floresta tropical tem avançado na Ásia, na Bacia do Congo, mas não na América Latina. Aqui em nosso continente, em especial em nosso país, o manejo florestal responsável não compete só com a ilegalidade, mas com a legalidade (seja advinda da corrupção, seja da falta de fiscalização adequada que garanta mínima qualidade à madeira comercializada como legal). A madeira de floresta plantada não vai substituir toda a madeira tropical, e isso nem deve acontecer sob pena de desvalorizarmos por completo as florestas, condenando- as às ilegalidade.

3 Além do que, para substituirmos o uso de madeira nativa, precisamos dobrar a área de florestas plantadas. Hoje a demanda do uso da madeira plantada é para a celulose, e não para outros setores. Outro grande desafio e oportunidade para o ano de 2012 é a Rio + 20, que pode ajudar a aproximar os governos da agenda das certificações e do manejo florestal responsável. Esses movimentos não resolvem por si só, mas o FSC tem que garantir e demandar efetividade nestes encontros em escala mundial. Outro aspecto é a urgência de trabalharmos para a inserção do FSC em grandes eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, de forma a criar redomas de mercado que potencializem o aumento de atores da cadeia produtiva certificada em nosso país, e a aderência de novos setores (como o da construção civil) para a mesma. O FSC vem trabalhando no crescimento e no processo de conquista de autonomia da ASI, bem como, no aprimoramento de sua equipe, tendo triplicado a mesma em 2011

4 Retrospectiva 2011 Por Fabíola Zerbini Em seguida, foi feita uma breve retrospectiva dos principais resultados e lacunas do em 2011, de acordo com os objetivos e metas do Plano de Ação 2011, conforme resumo abaixo: Objetivo I - Representar o sistema FSC no Brasil, bem como o Brasil no sistema FSC Principais Resultados - Captação e articulação do projeto de construção do Padrão SLIMF de florestas plantadas - Estruturação dos padrões e procedimentos de Resolução de Conflitos - Ampliação em 100% do número de sócios brasileiros no FSC IC - Estabelecimento de projetos paralelos com várias áreas do FSC IC (Acordo de Cooperação com o depto. Membership), projeto com a área social (Manejo Comunitário) e com o deto. Business Development (Market Place, Keyaccount entre outros) Principais Lacunas - Desequilíbrio entre os participantes de cada câmara no conjunto de sócios brasileiros do FSC IC

5 - Necessidade de aprimoramento da estrutura técnica e política para lidar com a área de resolução de conflitos, que ainda está aquém do necessário. - Não conseguimos iniciar o programa TSP, deixando o mesmo para Objetivo II - Consolidar- se como centro de referência e comunicação do sistema FSC e de boas práticas de manejo florestal Principais Resultados - Elaboração e execução de um plano de atualização das principais peças de comunicação - Convênio na área de formação com o Serviço Florestal Brasileiro para atuar com manejo comunitário e concessões públicas - Planejamento e início de execução de um estudo da cadeia produtiva da madeira certificada FSC no Brasil que sistematizará os dados de oferta e demanda da mesma para futuras ações e campanhas Principais Lacunas - Não estruturação e, portanto, execução do Programa Nacional de Formação em FSC no Brasil, deixando o mesmo para Objetivo III - Fomentar o equilíbrio e a participação ativa das Câmaras Social, Econômica e Ambiental na governança do sistema FSC e nas instâncias políticas, públicas e privadas, relacionadas ao manejo florestal sustentável Principais Resultados - Aproximação com atores da área social através de parceiros do mundo sindical e de manejo comunitário na Amazônia - Realização de reuniões trimestrais entre os conselhos do - Realização de um Planejamento Político Estratégico envolvendo os membros do FSC Brasil na assembleia de Principais Lacunas - Desequilíbrio entre o número de participantes de cada câmara no conjunto de associados brasileiros ao FSC IC - Falta de um posicionamento claro sobre o papel e alcance político do frente as questões ambientais e sociais na atualidade

6 Objetivo IV - Fomentar o consumo responsável de produtos certificados FSC, potencializando, de forma equilibrada e integrada, a oferta e a demanda dos mesmos Principais Resultados - Aprovação do projeto BlueMoon: Consumo Responsável de produtos FSC no mercado nacional, que permitiu iniciarmos ações de promoção do manejo comunitário e de pesquisa de mercado - Parceria com a Akzo Nobel para promoção do conceito em lojas de construção civil (entre outros temas) - Integração no projeto Market Place como um dos 5 países piloto, tendo sido o de maior expressão em termos de resultados até o momento. Principais Lacunas - Diante das possibilidades e metas planejadas para este ano de 2011, não houve lacunas neste objetivo (o que não significa que não existam desafios enormes nesta área, que serão endereçados com metas mais amplas e efetivas nos anos que se seguem) Objetivo V - Ser sustentável do ponto de vista econômico, com padrões e procedimentos transparentes e confiáveis Principais Resultados - Fechamento das Auditorias Contábeis de 2008 e Fechamento do Balanço Contábil de 2010 e execução em tempo real da contabilidade de Elaboração e execução de um Manual de Procedimentos Financeiros e Administrativos do FSC - Captação de recursos para fechamento do ano com saldo positivo de R$ ,00 em 2011 e R$ ,35 em Consolidação da nova sede do e equipe. Principais Lacunas - Transferência tardia da sede para São Paulo e consequente retardo na regularização de passivos (dívida INSS, CGU, Ministério da Justiça) - Não permanência de funcionários no cargo de coordenação técnica - Não obtenção de todas as certidões negativas para captação com órgãos públicos

7 Planejamento Político Estratégico 2012/2014 Na parte da tarde do dia 06, contamos com a presença dos moderadores e facilitadores Roberto Vilella, Adriano Santos e Luciana Martinelli, para nos ajudar a traçar o Planejamento Político Estratégico dos próximos 3 anos do, conforme relatório (Anexo III).

8 (Mesas da Câmara Econômica)

9 (mesa da Câmara Ambiental) (mesa da Câmara Social)

10 Segundo dia 07 de dezembro de O dia 07 de dezembro se iniciou com a eleição dos novos membros do Conselho Diretor, Conselho Fiscal, Comitê de Resolução de Conflitos e Comitê de Desenvolvimento de Padrões. RESULTADO DAS ELEIÇÕES DOS CONSELHOS: I. CONSELHO DIRETOR CÂMARA ECONÔMICA Eleita: Suzano S.A. - Estevão do Prado Braga - mandato até 2014 Demais conselheiros que permanecem em seus mandatos: Klabin S.A. - Ivone Satsuki Namikawa (mandato até 2013) Produtores Florestais Certificados na Amazônia (PFCA) - José Mario Rossi (mandato até 2012)

11 CÂMARA SOCIAL Eleito: Sindicato dos Trabalhadores Rurais Telêmaco Borba (STR TB) - João Ernesto Ribeiro - mandato até 2014 Demais conselheiros que permanecem em seus mandatos: Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) - Manuel Amaral - (mandato até 2012) Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA) - Maria José Albuquerque - (mandato até 2013) CÂMARA AMBIENTAL Eleito: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) - Stella Schons - mandato até 2014 Demais conselheiros que permanecem em seus mandatos: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON) - Denys Pereira - (mandato até 2012) Instituto Floresta Tropical (IFT) Marco Lentini (mandato até 2013) II. CONSELHO FISCAL Em função da renúncia da APREMAVI para candidatura no Comitê de Resolução de Conflitos, a WWF- Brasil - Mauro Armelin foi eleita pela Câmara Ambiental. Em função da renúncia da Cia. Suzano para candidatura ao conselho diretor, foi eleita Stora Enso - Carolina Graça pela Câmara Econômica. Instituto Eco- solidário - Marcos Fernandes da Costa, continua representando a Câmara Social. Mandato mantido: até 2013.

12 III. COMITÊ DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS Em função da renúncia da SOS Mata Atlântica, a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (APREMAVI) - Miriam Prochnow foi eleita pela Câmara Ambiental Em função da renúncia da Precious Wood, a CMPC Celulose Riograndense Ltda. - Mauren K. Lima Alves foi eleita pela Câmara Econômica O Sindicato dos Trabalhadores na Sivicultura, plantio, tratos culturais, extração e beneficiamento de madeira (Sintrexbem) - Rubens dos Santos Cardoso (Câmara Social) Mandato mantido: até 2012 IV. COMITÊ DE DESENVOLVIMENTO DE PADRÕES CÂMARA SOCIAL (eleitos) Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA) - Rubens Gomes Instituto Eco- solidário - Marcos Fernandes da Costa Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) - Manuel Amaral CÂMARA AMBIENTAL (eleitos) The Nature Conservancy (TNC) - Programa de Conservação da Mata Atlântica e Savanas Centrais - Giovana Baggio WWF- Brasil - Mauro Armelin Instituto Floresta Tropical (IFT) - Marco Lentini CÂMARA ECONÔMICA Veracel Celulose S.A - Luiz Henrique Tapia Fibria Celulose S/A - João Carlos Augusti Amata Brasil - Alan Rígolo Mandato aprovado: 2 anos (até 2013)

13 Em seguida das eleições, ainda na parte da manhã, fizemos uma mesa de debate e contextualização do atual processo de Revisão dos Princípios e Critérios do Sistema FSC, e contamos com a presença virtual de André Giancini de Freitas, diretor geral do FSC Internacional. Sua fala reforçou a importância de consolidarmos este processo de três anos de debates: consultas presenciais e a distância que envolveram ativamente a grande maioria de sócios das 3 câmaras do FSC, e resultaram na construção coletiva de um conjunto de P&C's mais integrado à realidade e às demandas atuais. Na sequência, Estevão do Prado Braga apresentou alguns aspectos relevantes na comparação entre os atuais e os novos P&C s, iniciando o debate crítico dentre os atores brasileiros sobre este tema, de forma a proporcionar uma votação mais consciente e proativa pelos membros do FSC Internacional de nosso país. Na sequência, deliberamos os próximos passos deste processo: De 16/dezembro de 2011 a 10/janeiro de com o documento final em mãos, cada sócio deve consultar as suas bases internas, parceiros e demais interessados nos termos dos novos princípios e critérios, com intuito de formar uma opinião crítica sobre os benefícios e impactos dos mesmos nas operações certificadas, considerando todos os aspectos: sociais, ambientais e econ. 18 e 19/janeiro de oficina promovida pelo para debate, esclarecimento e intercâmbio entre os sócios brasileiros do FSC Internacional sobre os principais aspectos relacionados aos novos P&C's, com vistas a subsidiar um voto consciente pelos membros brasileiros. Dia 19/janeiro de 2012 faremos uma oficina webinar com o FSC IC durante a programação de nosso encontro nesta data (mais ou menos 1hora e meia).

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