Lições da Tradição: território, cultura e identidade

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1 I SEMINÁRIO DO LABORATÓRIO DE ESTUDOS SOBRE TRADIÇÕES (LETRA) Lições da Tradição: território, cultura e identidade CAMPINA GRANDE, 3 A 5 DE JUNHO DE 2014 PROGRAMAÇÃO COMPLETA Manhã 10h00 às 12h00 Tarde 14h30 às 16h30 16h30 às 17h00 Tarde 17h00 às 18h00 Noite 18h00 às 19h00 Noite 19h00 às 20h00 03/06 Terça-feira Mesa de Abertura Conferência 04/06 Quarta-feira 05/06 Quinta-feira MR 1 MR 4 MR 2 MR 5 Café MR 3 MR 6

2 03/06 19h00 20h00 Conferência CF - Territorialidade: trajetória e usos do conceito Emília Pietrafesa de Godoi (Unicamp) 04 e 05/06 Manhã, Tarde e Noite. Mesas-Redondas MR 1 - Povos e Comunidades Tradicionais Coordenador: Rogério Humberto Z. Nascimento (UFCG) Expositores: Maria Ester P. Fortes (INCRA/PB); Estêvão M. Palitot (UFPB); Rogério Humberto Z. Nascimento (UCCG) O tema desta mesa-redonda integra uma das linhas de pesquisa do LETRA, possuindo considerável sintonia com as outras linhas deste laboratório de pesquisas, cujas pesquisas envolvem comunidades quilombolas, indígenas, caiçaras e, de forma geral, tradicionais. Desta maneira, o propósito desta mesa-redonda é reunir pesquisadores, integrantes do LETRA como de outros grupos de pesquisa, cujos trabalhos abordam aspectos significativos da organização e dinâmicas sociais de comunidades quilombolas e indígenas. MR 2 - Povos Indígenas e Projetos de Turismo transversalidades do turismo na cultura, na tradição, na reelaboração étnica e no território. Coordenadora: Isis Maria Cunha Lustosa (UFG) Expositores: Stephen Grant Baines (UnB); Rodrigo de Azeredo Grünewald (UFCG); Isis Maria Cunha Lustosa (UFG).

3 O turismo contempla várias interpretações e leituras nos âmbitos social, cultural, ambiental, político e econômico, e torna-se, cada vez mais, tema de pesquisas nas Ciências Sociais e Humanas, a exemplo, os estudos em termos de modos de exibição (e negociação) da cultura indígena para turismo. Abre-se uma discussão sobre as transversalidades do turismo na cultura, na tradição, na reelaboração étnica e, no uso e apropriação do território, por projetos turísticos em Terras Indígenas. A adesão ao turismo ou rejeição dele por parte de alguns povos indígenas, com ênfase aos do Nordeste, têm gerado produções (acadêmicas e técnicas) e ampliado os eventos para debates entre indígenas, acadêmicos e representantes de órgãos governamentais e entidades não governamentais. A atividade turística é fato em terras de alguns povos indígenas, portanto, suscita distintas reflexões a partir de estudos da Antropologia e da Geografia Humana a propósito dos impactos para o cotidiano das aldeias, ao ponto de gerar questionamentos sobre os projetos de turismo que invadem Terras Indígenas e os projetos de turismo criados/geridos por povos indígenas e redes de turismo comunitário. O turismo pode alcançar indígenas de maneiras muito diversas, desde a apropriação das suas terras na forma de grandes projetos públicos e/ou privados que negam a própria existência dos povos indígenas cujas terras cobiçam. Nesse contexto, existem os casos de povos indígenas que atravessavam o processo de reelaboração étnica reivindicando seus direitos. Logo, os reconhecimentos oficiais de suas terras pelo governo brasileiro. Discutir a propósito do turismo em TIs torna-se significativo devido à complexidade do fenômeno turístico nos territórios tradicionais. MR 3 - As Antropologias e as Políticas do Patrimônio: cognição, educação e mediação no reconhecimento de bens culturais. Coordenador: Wallace de Deus Barbosa (UFF) Expositores: Sandro Guimarães de Salles (UFPE); Carlos Sandroni (UFPE); Wallace de Deus Barbosa (UFF). Esta mesa pretende refletir sobre os processos de patrimonialização de bens culturais, entendidos em sua complexidade cognitiva, política e simbólica, abordando aspectos relacionados à educação patrimonial, realização de registros e Inventários Culturais e a promoção de ações de salvaguarda do patrimônio imaterial no contexto brasileiro. Entendendo que a designação de imaterial ou intangível - contexto latino-americano é problemática, nos aproximamos do pensamento do mexicano Jésus Jáuregui, para

4 quem os aspectos intangíveis da cultura, ao serem plasmados em gravações, filmes, publicações e fotografias, se tornam definitivamente tangíveis. Os dilemas e contradições nas metodologias de registro destes bens também deverá ser alvo de debate. MR 4 Territorialidades em Diálogo Coordenadora: Verena Sevá Nogueira (UFCG) Expositores: Emília Pietrafesa de Godoi (Unicamp); Stephen Grant Baines (UnB); Verena Sevá Nogueira (UFCG). Pode-se dizer que o reconhecimento social da diversidade fundiária brasileira é tributário, em grande medida, dos movimentos de reivindicação de terra protagonizados por povos e comunidades tradicionais a partir do final do século XX. Claro está, porém, que não são os movimentos que produzem a diversidade fundiária, embora ajudem a revelá-la. Essa diversidade encontra-se atrelada à imensa diversidade sociocultural historicamente invisibilizada em nosso país, e produtora de distintas territorialidades. Estamos a falar das múltiplas sociedades indígenas, das comunidades de quilombos, das terras de preto, terras de santo e terras de índio, assim como, das comunidades caiçaras, dos babaçueiros, campeiros, seringueiros, praieiros, pescadores artesanais, sertanejos, caboclos, caipiras, açorianos, pantaneiros, vaqueiros. Dentro dessa problemática, esta mesa tem como objetivo propor um diálogo entre etnografias dedicadas à compreensão das territorialidades de povos e populações tradicionais. MR 5 - Percursos de Devoção e Atividade Ritual em Perspectiva: reflexões a partir de alguns contextos latino-americanos Coordenação: Sérgio Góes Telles Brissac (MPF/CE) Expositores: Luís Américo Silva Bonfim (UFS); Eloi dos Santos Magalhães (UFC); Sérgio Góes Telles Brissac (MPF-CE). Nesta mesa serão apresentados trabalhos oriundos de contextos específicos no continente latino-americano: Norte e Nordeste brasileiro, Venezuela, Argentina e México. Nessas situações etnográficas podem-se observar percursos devocionais e práticas rituais nos quais se entrecruzam diversas tradições, configurando religiosidades marcadas pelo hibridismo cultural. As comunicações visam contribuir

5 para a reflexão acerca das tradições e religiosidades populares a partir de enfoques que privilegiam a experiência e o caráter criativo dos atores sociais. MR 6 - Performance e Tradição: construção estética e politica cultural Coordenador: Rodrigo de Azeredo Grünewald (UFCG) Expositores: Wallace de Deus Barbosa (UFF); Marcos Alexandre dos Santos Albuquerque (UERJ); Rodrigo de Azeredo Grünewald (UFCG). Performance correspondente a eventos comunicativos ou expressivos e se configura como uma categoria de aplicação universal porque pode ser encontrada em todas as sociedades. Muitas vezes as tradições são expressas por meio de performances: quer nos rituais das sociedades tradicionais; quer nos ritos ou nas diversas formas de entretenimento das sociedades (pós) industriais. Esta mesa pretende apresentar alguns exemplos de performances em sociedades indígenas contemporâneas, mas também entre grupos urbanos que suportam tradições tais como a capoeira etc. Os expositores poderão discorrer sobre aspectos variados das performances tais como Imagem e poder, estética, poética, corporeidade, autenticidade etc. Parte-se, para tanto, do princípio que, na performance, identidades e tradições são construídas ou definidas pelos sujeitos sociais. Entendemos que debater esse paradigma teórico-metodológico (performance) é fundamental para tentarmos avançar na compreensão dos mecanismos concretos de articulação e funcionamento de certas formas de expressões simbólicas entre grupos tradicionais em suas afirmações de identidades.