Entre o apofântico e o hermenêutico: notas sobre a dupla estrutura da linguagem em Ser e tempo de Heidegger

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Entre o apofântico e o hermenêutico: notas sobre a dupla estrutura da linguagem em Ser e tempo de Heidegger"

Transcrição

1 Entre o apofântico e o hermenêutico: notas sobre a dupla estrutura da linguagem em Ser e tempo de Heidegger Carine de Oliveira 1 Resumo: Na tentativa de desligar a linguagem dos conceitos a partir dos quais foi interpretada, no decorrer da história da filosofia, Martin Heidegger busca realizar uma discussão em que a proveniência ontológico-existencial dessa estrutura não seja encoberta. Embora a linguagem, em Ser e Tempo, apareça vinculada ao enunciado proposicional, ela não se reduz às explicações lógico-gramaticais, pois Heidegger remete o assunto ao nível do a priori, à instância hermenêutica de realização da compreensão e do sentido. A importância de uma noção de linguagem, tal como se desdobra em Ser e Tempo, está em que não se trata de preterir seu caráter apofântico, mas de reconhecer o horizonte hermenêutico no qual já estamos sempre situados e que, por essa razão, já sempre constitui a estrutura da linguagem. Nessa perspectiva, instaurada pela fenomenologia -hermenêutica, o ser humano passa a ser pensado como um acontecimento compreensivo interpretativo que já não pode falar das coisas, dos objetos, em nível enunciativo-apofântico, sem falar de si mesmo, desde um mundo histórico e cultural, envolvido com tudo o que lhe rodeia e afeta. Palavras-chave: Heidegger. Nível apofântico. Nível hermenêutico. Linguagem. Considerações iniciais A história da filosofia é, segundo Heidegger, a história do esquecimento do ser e se a pergunta pelo sentido do ser, diante dessa problemática, deve ser novamente colocada, então, tal tarefa não deixa de pressupor, ao mesmo tempo, um questionar pelo ser da linguagem (Sprache). Em direção à superação das abordagens metafísicas, é preciso perguntar pelas coisas mesmas para que também a linguagem possa se mostrar tal como é em si mesma, pois se trata de recuperar seus fundamentos ontológicos. Nesse sentido, a discussão heideggeriana sobre a linguagem concentra, como pano de fundo, um veemente debate com os pensadores da tradição, que traz como resposta uma tematização que, em partes, realiza-se através da operação fenomenológica da destruição (Destruktion). Entendida enquanto um processo crítico em que o arcabouço conceitual da tradição é reavaliado, a destruição é a possibilidade de reconstrução dos conceitos herdados em bases mais originárias. Ao serem transmitidas, as conceituações estão sempre sujeitas a encobrimentos que, petrificados no devir histórico, impedem que algo se mostre como 1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). cari.oliv@yahoo.com.br. Fone: (55)

2 fenômeno tal como é em si mesmo. O desenvolvimento da fenomenologia, enquanto um questionar metodológico que interroga pelo sentido do ser, suscita o desmantelamento de tais encobrimentos conceituais. Também no que tange à linguagem, esse desmantelamento destrutivo se faz necessário, pois as aporias e enganos a que a problemática ontológica tradicional sobre o ser se vê envolvida, de modo geral, fundam-se na dimensão da linguagem. Heidegger busca, então, superar a tradição e realizar uma abordagem da linguagem em que sua proveniência ontológico-existencial não seja encoberta, pois os encobrimentos conceituais a que esteve associada, no decorrer da história, exigem que a problemática seja colocada em bases mais originárias. Frente a isso, é que ganha corpo a operação fenomenológica da construção que corresponde ao desenvolvimento de um programa fundacional, em relação à linguagem, que se desenvolve em consonância com a tematização ontológico-existencial que Heidegger elabora 2. Nesse sentido é que Heidegger, de certo modo, recupera a noção de logos predominante entre os gregos em que este significa, primeiramente, relação com o ser, o expor e mostrar o ente, do qual se expressa algo linguisticamente, em suas origens e fundamentos 3. Assim sendo, o autor retrocede o assunto ao nível do a priori, ou seja, a um nível antepredicativo de realização da compreensão e do sentido que não se opõe ao universo lógico-semântico. Antes, busca reconhecer um domínio que diz respeito ao horizonte hermenêutico, no qual já estamos sempre situados e que já sempre supomos ao falar das coisas, dos objetos no nível apofântico. Desse modo, procurarei apresentar, neste texto, a linguagem a partir dos dois níveis ou, em outras palavras, a partir da dupla estrutura hermenêutico-apofântica que lhe constitui. 1 A dupla estrutura da linguagem em Ser e tempo No contexto da análise da mundanidade do mundo, em Ser e tempo, ao falar da significância (Bedeutsamkeit), Heidegger fornece as primeiras indicações que nos permitem iniciar, de modo mais preciso, a discussão acerca da linguagem. A significância vem à tona como estrutura formal da mundanidade do mundo. Com o propósito de elucidar como se constitui a mundanidade (Weltlichkeit), o filósofo apresenta o mundo circundante como ponto de partida de sua investigação. É no mundo circundante, sempre em alguma ocupação específica e enquanto instrumentos (Zeug) dotados de disponibilidade (Zuhandenheit), que os 2 Cf. REIS, R. R. dos. Observações sobre o papel da linguagem na fenomenologia-hermenêutica de Ser e Tempo. In: Problemata, João Pessoa, v. 1, n.1, pp , Cf. BAY, T. A. El lenguaje en el primer Heidegger. México: Fondo de Cultura Econômica, p. 19.

3 entes intramundanos tornam-se acessíveis ao Dasein. O modo de ser do instrumento à mão (disponível) é, intrinsecamente, referencial, ou seja, estabelece-se numa intermitente referência (Verweisung) a outros instrumentos. Portanto, o instrumento aparece em seu estar disponível à mão, pois tem em si mesmo o caráter de estar referido a 4. Todavia, ser constituído por referências não é suficiente para que estes entes, de fato, estejam acessíveis. Necessário é que as referências que o constituem se encontrem em conformidade (Bewandtnis). A conformidade indica a remissão do instrumento ao ser do Dasein e libera os entes em sua disponibilidade intramundana ligando-os a uma totalidade relacional/referencial. O compreender, por sua vez, abre o contexto em que (Worin) ocorre a liberação dos entes. O fenômeno do mundo é o em quê (Worin) da compreensão referencial, enquanto perspectiva de um deixar e fazer encontrar o ente no modo de ser da [conformidade]. A estrutura da perspectiva em que [o Dasein] se refere constitui a mundanidade do mundo 5. Desse modo, a compreensão de mundo realiza-se através de uma referência de si, por parte do existente humano, ao contexto das relações referenciais constitutivas da circunstância conformativa. Nessa familiaridade com o contexto referencial 6 é que vem à tona o caráter de significar do Dasein. Chamamos de significância o todo das remissões dessa ação de significar (Bedeuten) 7, que constitui o mundo em sua mundanidade. Assim, o mundo não é dado, previamente, como uma série de coisas com as quais o Dasein se relacionaria, posteriormente, atribuindo significados. As coisas, os entes são descobertos e se apresentam dotados de significados, inseridos em uma totalidade significativa que o existente humano já sempre dispõe. Essa totalidade de significados com a qual o Dasein, enquanto ser-no-mundo, já sempre está originariamente familiarizado, guarda em si uma fundamental possibilidade ontológica: a condição ontológica de possibilidade [do Dasein] em seus movimentos de compreender e interpretar, poder abrir significados, que, por sua vez, fundam a possibilidade da palavra e da linguagem 8. 4 Francisco, p Francisco, p As referências e nexos referenciais são primordialmente significação. Cf. Heidegger, M. Prolegómenos para una historia del concepto de tiempo. Madrid: Alianza Editorial, Francisco, p Francisco, p. 138.

4 A investigação do processo através do qual a significância chega à linguagem implica a tematização da noção de abertura (Erschlossenheit), pois é através da realização de seus existenciais constitutivos que tal possibilidade se efetiva. Assim, é na abertura, enquanto o aí do Dasein, que a linguagem tem suas raízes possíveis. Disposição afetiva (Befindlichkeit), compreender (Verstehen) e discurso (Rede), numa cooriginariedade (Gleichursprünglichkeit) 9 existenciária, constituem a abertura do Dasein enquanto ser-nomundo. Enquanto existencial constitutivo da abertura, a disposição afetiva representa o indício ontológico daquilo que, cotidianamente e de modo familiar, manifesta-se onticamente, ao Dasein, na forma de um humor (Stimmung). O existente humano, nas mais variadas experiências cotidianas, encontra-se sempre afinado com algum humor específico. E é neste estar afinado com algum humor que se dá a abertura do ser-lançado do Dasein em seu aí, a experiência do fato de que ele é, ou seja, a facticidade da responsabilidade em relação ao seu próprio existir. Juntamente, com a abertura do ser-lançado, a disposição abre também o serno-mundo (In-der-Welt-sein) em sua totalidade, isto é, o mundo em seu caráter de mundanidade, a existência e a coexistência. Além da disposição, o compreender igualmente é um existencial constitutivo da abertura. Enquanto a disposição abre, em seu teor afetivo, a ligação existente entre Dasein e mundo em seu caráter de significância, isto é, como mundanidade, o compreender apreende as possibilidades dessa ligação. Tais possibilidades existenciais são assumidas na estrutura projetiva que caracteriza a existência compreensiva. Compreensão e projeto (Entwurf) realizam-se, portanto, em um movimento único. O Dasein já sempre se encontra projetando na medida em que é um compreender. E o que projeta o Dasein é o poder-ser implícito em todo compreender. Assim, através de sua estrutura projetiva, o compreender lança o poderser, enquanto possibilidade própria, ao seu ser, abrindo a totalidade de significações da mundanidade do mundo. Enquanto abertura, o compreender sempre alcança toda a constituição fundamental do ser-no-mundo. Como poder-ser, o ser-em é sempre um poder ser-no-mundo. Este não apenas se abre como mundo, no sentido da possível significância, mas a liberação de tudo que é intramundano libera esse ente para suas possibilidades O caráter de cooriginariedade permite-nos perceber a relação entre tais existenciais não segundo uma hierarquia, mas a partir da interdependência mútua que os caracteriza. 10 Francisco, p. 205.

5 As possibilidades abertas pelo compreender, todavia, necessitam de uma explicitação. Com esse termo, Heidegger indica aquilo que pertence à estrutura da interpretação (Auslegung). A interpretação é o próprio compreender desenvolvendo-se enquanto se apropria das possibilidades projetadas, explicitando-as. Na projeção compreensiva, os entes são abertos em suas possibilidades. A interpretação explicita, justamente, as possibilidades destes entes em sua estrutura como (Als Struktur). Portanto, a explicitação interpretativa diz respeito à dinâmica de possibilitação da manifestação ôntica, ou seja, de que o ente venha ser percebido como algo com uma identidade determinada. Todo ver compreensivo interpretativo descobre o ente naquilo que ele é e como ele é, antes de qualquer exposição enunciativa, pois traz em si as relações referenciais constitutivas da totalidade em conformidade já explicitada. Assim, ao ver as coisas como isto ou como aquilo, já estamos sempre em um processo explicitativo da compreensão. Interpretar é, portanto, explicitar a estrutura como, o sentido enquanto perspectiva em que algo é compreendido como algo determinado. Desse modo, do como hermenêutico, tem origem a projeção de sentido enquanto uma espécie de justificação da compreensão do ser, dado incontornável do qual o existente humano tem sempre que partir. Em outros termos, a projeção de sentido é a legitimação do todo de relações de conformidade constitutivas do mundo e condição de possibilidade do desvelamento ôntico. No entanto, para Heidegger, toda compreensão encontra-se previamente articulada mesmo antes do processo interpretativo explicitativo das possibilidades compreensivas. Nas discussões acerca da interpretação, o autor fala que através da função explicitativaarticuladora desse existencial vem à tona o sentido. No entanto, de modo mais originário que na interpretação, o sentido é articulado discursivamente. Chamamos de totalidade significativa aquilo que, como tal, se estrutura na articulação [do discurso] 11. Por ser articulação significante da compreensibilidade, o discurso já está sempre à base da interpretação e do enunciado 12. Fica claro, portanto, que a compreensão e realização do sentido acontecem num domínio antepredicativo. Porém, se o discurso não fosse capaz de configurar articuladamente a relacionalidade a partir da qual o compreender se decide, ele estaria, em princípio, impossibilitado de se efetivar como condição do sentido, do mostrar-se em geral dos entes. 11 Francisco, p Cf. HEIDEGGER, M. Ser y tiempo. Trad. Jorge Eduardo Rivera C. 2. ed. Madrid: Editorial Trotta, 2009.

6 Em sua função apriorística, o discurso é, justamente, o fundamento ontológicoexistencial que opera como possibilidade de que o Dasein no seu existir fático possua a linguagem. A linguagem, por conseguinte, é o pronunciamento exteriorizado (Hinausgesprochenheit) do discurso e manifesta-se onticamente enquanto uma totalidade de palavras cuja origem mais remota, conforme já foi referido, é a significância. Dos significados surgem as palavras, mas para que cheguem ao nível da expressão linguística é necessária a realização prévia dos existenciais da abertura descrita acima. É no movimento compreensivointerpretativo que a significância é aberta e, consequentemente, articulada pelo discurso. É nesse sentido que o conjunto referencial, ou seja, o todo significativo constitutivo da compreensibilidade disposta afetivamente, através da função articuladora do discurso, manifesta-se, portanto, como linguagem. Se a linguagem enquanto um todo de palavras não pudesse, em princípio, dispor do discurso enquanto seu fundamento, estaria fadada a ser uma multiplicidade desconexa de palavras, com a qual o Dasein nem ao menos saberia o que fazer em seu existir comunicativo com o outro. O entendimento com o outro, na convivência cotidiana, necessita da elaboração discursiva, pois já se dá sempre a partir da totalidade significativa constitutiva do mundo. O discurso expõe e interpreta, isto é, faz que ressaltem na comunicação, de modo estruturado, as relações referenciais da significância 13. A interpretação do mundo e do Dasein como ser-no-mundo encontra-se inserida na significação da palavra, na linguagem, e pode, desse modo, ser compartilhada com o outro. A linguagem expressa a trama significativa da compreensibilidade articulada pelo discurso. Expressa a exterioridade na qual o Dasein já sempre se encontra enquanto ser-nomundo que é. Nesse expressar-se enquanto discurso falado, os estados de ânimo, em que o Dasein já sempre se encontra, estão presentes. Além disso, em toda expressão linguística, uma compreensão interpretativamente explicitada está também inserida. Ou seja, o que Heidegger, ao buscar desligar a estrutura linguagem dos domínios exclusivos da lógica e da gramática, quer mostrar é que já há sempre um universo hermenêutico suposto que constitui tal estrutura, porque constitui o ser-humano mesmo, como dizia Aristóteles, enquanto um zoon logon exon, um ser vivo que sabe discursar 14. É o universo ou âmbito hermenêutico originário que nos rodeia e no qual a linguagem encontra suas raízes mais remotas. Todavia, em Ser e tempo, é na discussão concedida ao enunciado, especificamente em seu caráter comunicativo que aparece a questão da linguagem. Enquanto comunicação de 13 HEIDEGGER, M. Prolegómenos para una historia del concepto de tiempo. Madrid: Alianza Editorial, p HEIDEGGER, M. Prolegómenos para una historia del concepto de tiempo. Madrid: Alianza Editorial, p. 330.

7 algo que foi mostrado e predicado, o enunciado precisa pronunciar-se, precisa da expressão verbal em palavras que é a linguagem. Há de se ter em conta que quando Heidegger mantém essa vinculação da linguagem ao nível apofântico do enunciado é, justamente, para mostrar que não está interessado em uma recusa dessa dimensão. No entanto, o tratamento que ele vai conferir ao enunciado mostra essa estrutura não em um caráter de primazia, tal como se absolutizou na tradição metafísica, mas como uma estrutura derivada da interpretação, ou seja, que dependente do universo hermenêutico da práxis cotidiana para se realizar. Vemos nessa discussão, uma crítica às teorias tradicionais do juízo que privilegiaram, exclusivamente, o caráter apofântico da linguagem. Através dos processos de destruição e construção fenomenológica, Heidegger faz uma inversão dessa problemática, trazendo a tematização da dimensão hermenêutica para o primeiro plano na medida em que ele esclarece que os momentos estruturais do enunciado da indicação (Aufzeigung), predicação (Prädikation) e comunicação (Mitteilung) não podem abrir mão da intepretação compreensiva, ou melhor, da realização dos existenciais da abertura. A possibilidade do enunciado, de certo modo, depende de que o ente não compareça tal como aparece no compreender que se realiza na práxis cotidiana. Ou seja, o ente deve revelar-se como um ente subsistente, objetificado e não como disponível e inserido numa contextura significativa mais ampla. Em termos de descoberta, a diferença que aí ocorre é que, se na compreensão e interpretação os entes são desvelados a partir de um contexto referencial significativo em conformidade, ao alcançar o estatuto enunciativo, os entes passam a ser determinados em suas propriedades. Desse modo, o descobrimento apofântico do ente significa, ao mesmo tempo, o encobrimento do modo de ser instrumental e disponível desse mesmo ente, um encobrimento da significância. Por meio do como apofântico, o enunciado nivela a totalidade dos entes ao status de coisas subsistentes, dotadas de propriedades. No entanto, na estrutura do enunciado é possível de se encontrar, embora de modo modificado, as estruturas fundamentais da compreensão através das quais a interpretação se desenvolve e a articulação do sentido se torna possível. O enunciado fundamenta-se nessa estruturação da compreensão, embora isso implique em uma modificação da mesma. Assim sendo, somente ao se resgatar o momento antepredicativo da estrutura do enunciado, ou seja, somente com base em um retorno à dimensão do como hermenêutico, é possível explicar seu alcance ontológico. Sem o contato compreensivo, contato primeiro como todo o ente do qual não se pode separar a referência ao mundo que constitui todo Dasein, não é possível a concreção do enunciado. O que vemos, então, é que numa espécie de circularidade entre

8 apofântico e hermenêutico, há sempre uma remissão da linguagem para ambas as estruturas que lhe constituem. Em outras palavras, conforme afirma Stein, a linguagem traz em si um duplo elemento, um elemento lógico-formal 15 que manifesta as coisas na linguagem, e o elemento prático de nossa experiência de mundo anterior à linguagem, mas que não se expressa senão via linguagem, e este elemento é o como e o logos hermenêutico 16. Considerações finais O tema da linguagem sempre movimentou, de algum modo, o pensar heideggeriano. Nos escritos de Martin Heidegger, compreendidos entre o período de 1920 a 1930, a discussão sobre a linguagem não conta com a mesma importância adquirida no pensamento do filósofo após a viravolta de seu pensar (Kehre), perspectiva na qual se evidencia a relação originária entre ser e linguagem. Se tomamos como referência Ser e Tempo (1927), claro é que o ponto de partida da investigação não é marcado pela perspectiva de ser e linguagem, antes é a compreensão de ser o factum inevitável do qual Heidegger parte em seu projeto de retomada da problemática ontológica marcada, como afirma ele, pelo esquecimento de ser. Mas, ao contrário do que muitos críticos defendem, as escassas ou insuficientes discussões sobre a linguagem não podem ser consideradas como um descaso por parte do autor em relação a essa temática. O notável diálogo de Heidegger com o professor japonês, presente na obra A caminho da linguagem, comprova que a meditação da linguagem e do ser desde cedo determinaram seu pensamento. Prova disso, são os primeiros escritos heideggerianos: A doutrina do juízo no psicologismo (1915) e A doutrina das categorias e da significação em Duns Scotus (1916), tese doutoral e dissertação de mestrado, respectivamente. Em tais obras, já é possível encontrar discussões sobre o ser dos entes e uma meditação metafísica sobre a linguagem em sua referência ao ser. Porém, Heidegger mesmo assume que, nessa época, eram imperceptíveis ainda para ele quaisquer relações entre ser e linguagem e, por essa razão, a discussão ficou em segundo plano 17. Referindo-se à linguagem, em sua grande obra, o filósofo afirma: Talvez a grande deficiência de Ser e Tempo seja ter-me apressado demais O como apofântico. 16 STEIN, E. Aproximações sobre Hermenêutica. 2 ed. Porto Alegre: Edipucrs, p Cf. HEIDEGGER, M. A caminho da linguagem. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora universitária São Francisco, HEIDEGGER, M. A caminho da linguagem. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora universitária São Francisco, p. 76.

9 Assim, no período que culmina em Ser e tempo, a relevância de tal temática ganha sentido, não pela relação originária da linguagem com o ser, mas, sobretudo, pelo que representa enquanto crítica à tradição filosófica do logos, bem como pela reformulação da conceitualidade a partir da qual a linguagem foi estruturada no decorrer da história da filosofia. A não exclusividade de uma tematização que privilegiasse o caráter enunciativo (apofântico) da linguagem pode ser vista como uma espécie de manobra, por parte de Heidegger, para fugir do risco sempre eminente de um comprometimento com as abordagens metafísicas entificadoras do ser. É, nesse sentido, então, que vamos perceber, nas descrições do autor, um constante exercício de estabelecimento da diferença ontológica em relação à linguagem, apontando, assim, não somente para o modo enunciativo apofântico de lidar com as coisas, mas, sobretudo, para um modo hermenêutico de operar vinculado à práxis cotidiana do ser humano que enquanto ser-no-mundo sempre opera lançando mão da compreensão de ser. Ou seja, é a descrição da dupla estrutura hermenêutico-apofântica que constitui a linguagem. Referências Bibliográficas BAY, T. A. El lenguaje en el primer Heidegger. México: Fondo de Cultura Econômica, HEIDEGGER, M. A caminho da linguagem. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Editora universitária São Francisco, Prolegómenos para una historia del concepto de tiempo. Madrid: Alianza Editorial, Ser e tempo. 3. ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, Ser y tiempo. Trad. Jorge Eduardo Rivera C. 2. ed. Madrid: Editorial Trotta, REIS, R. R. dos. Observações sobre o papel da linguagem na fenomenologia-hermenêutica de Ser e Tempo. In: Problemata, João Pessoa, v. 1, n.1, pp , STEIN, E. Aproximações sobre Hermenêutica. 2 ed. Porto Alegre: Edipucrs, 2004.

A ESTRUTURA ONTOLÓGICA DA LINGUAGEM EM SER E TEMPO. Resumo: Apesar da problemática da linguagem ser tratada de modo mais incisivo nas etapas

A ESTRUTURA ONTOLÓGICA DA LINGUAGEM EM SER E TEMPO. Resumo: Apesar da problemática da linguagem ser tratada de modo mais incisivo nas etapas A ESTRUTURA ONTOLÓGICA DA LINGUAGEM EM SER E TEMPO Tatiane Boechat 1 Resumo: Apesar da problemática da linguagem ser tratada de modo mais incisivo nas etapas posteriores do pensamento de Heidegger, é no

Leia mais

A ORIGEM ONTOLÓGICA DO COMPORTAMENTO TEÓRICO NA FENOMENOLOGIA HERMENÊUTICA DE MARTIN HEIDEIGGER

A ORIGEM ONTOLÓGICA DO COMPORTAMENTO TEÓRICO NA FENOMENOLOGIA HERMENÊUTICA DE MARTIN HEIDEIGGER A ORIGEM ONTOLÓGICA DO COMPORTAMENTO TEÓRICO NA FENOMENOLOGIA HERMENÊUTICA DE MARTIN HEIDEIGGER Carine de Oliveira 1 Resumo: Ao tematizar a origem ontológica do comportamento teórico, Martin Heidegger,

Leia mais

Considerações Clínicas sobre o conceito Heideggeriano de Afinação (Stimmung)

Considerações Clínicas sobre o conceito Heideggeriano de Afinação (Stimmung) Considerações Clínicas sobre o conceito Heideggeriano de Afinação (Stimmung) Luis Eduardo Jardim Comunicação apresentada no IX Encontro Nacional de Filosofia Clínica - Universidade São Camilo & Associação

Leia mais

O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER

O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER O FENÔMENO DO MUNDO EM HEIDEGGER Guilherme Pires Ferreira (Bolsista PET Filosofia) Glória Maria Ferreira Ribeiro (Orientadora - Tutora do Grupo PET Filosofia) Agência financiadora: MEC/SESu Resumo: A indagação

Leia mais

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER CONSIDERAÇÕES ACERCA DO DISCURSO COTIDIANO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Marcos Paulo A. de Jesus Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro

Leia mais

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO

FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA EM SER E TEMPO Kaio Bruno Alves Rabelo (Universidade Federal de Goiás) No quinto capítulo da segunda seção de Ser e Tempo Heidegger discute os fundamentos ontológicos

Leia mais

A crítica analítico-lingüística de E. Tugendhat à noção de comportamento consigo mesmo de Heidegger

A crítica analítico-lingüística de E. Tugendhat à noção de comportamento consigo mesmo de Heidegger III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação PUCRS A crítica analítico-lingüística de E. Tugendhat à noção de comportamento consigo mesmo de Heidegger Marcos Fanton, Ernildo Stein (orientador) Programa de Pós-Graduação

Leia mais

A ABERTURA DO SER-NO-MUNDO COMO DESDOBRAMENTO DA INTUIÇÃO CATEGORIAL

A ABERTURA DO SER-NO-MUNDO COMO DESDOBRAMENTO DA INTUIÇÃO CATEGORIAL 1- Anais - Congresso de Fenomenologia da Região Centro-Oeste A ABERTURA DO SER-NO-MUNDO COMO DESDOBRAMENTO DA INTUIÇÃO CATEGORIAL João Evangelista Fernandes- Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia

Leia mais

Resenha. Heidegger y la Genealogía de la Pregunta por el Ser Una articulación temática y metodológica de su obra temprana

Resenha. Heidegger y la Genealogía de la Pregunta por el Ser Una articulación temática y metodológica de su obra temprana Resenha Heidegger y la Genealogía de la Pregunta por el Ser Una articulación temática y metodológica de su obra temprana DOI: http://dx.doi.org/10.12957/ek.2014.15183 por nerofil@live.com Universidade

Leia mais

SENTIDO E NOVIDADE DAS NOÇÕES DE FENOMENOLOGIA E DE HERMENÊUTICA NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER *

SENTIDO E NOVIDADE DAS NOÇÕES DE FENOMENOLOGIA E DE HERMENÊUTICA NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER * Philo Artigo Pensar-Revista Eletrônica da FAJE v.5 n.2 (2014): 197-207 SENTIDO E NOVIDADE DAS NOÇÕES DE FENOMENOLOGIA E DE HERMENÊUTICA NO PENSAMENTO DE HEIDEGGER * MEANING AND NOVELTY OF THE NOTIONS OF

Leia mais

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER O FENOMENO DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Caroline Martins de Sousa Bolsista PET - Filosofia / UFSJ (MEC/SESu/DEPEM) Orientadora: Profa. Dra. Glória Maria Ferreira Ribeiro - DFIME / UFSJ (Tutora

Leia mais

ADEL FERNANDO DE ALMEIDA VANNY 1 Acadêmico do Curso de Pós-Graduação em Filosofia da UFSM e bolsista CAPES

ADEL FERNANDO DE ALMEIDA VANNY 1 Acadêmico do Curso de Pós-Graduação em Filosofia da UFSM e bolsista CAPES Resenha Gadamer, Hans-Georg. Hermenêutica em retrospectiva: Vol. 1. Heidegger em retrospectiva. Tradução: Marco Antônio Casanova. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. ISBN 978-85-326-3450-4 ADEL FERNANDO DE ALMEIDA

Leia mais

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES

CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES CRÍTICA DE HEIDEGGER A DESCARTES Guilherme Devequi Quintilhano Orientador: Prof. Dr. Eder Soares Santos RESUMO Nesta comunicação será apresentada uma crítica de Martin Heidegger, filósofo contemporâneo,

Leia mais

INTRODUÇÃO AO QUESTIONAMENTO SOBRE O CONCEITO DE VERDADE EM HEIDEGGER

INTRODUÇÃO AO QUESTIONAMENTO SOBRE O CONCEITO DE VERDADE EM HEIDEGGER 173 INTRODUÇÃO AO QUESTIONAMENTO SOBRE O CONCEITO DE VERDADE EM HEIDEGGER Sidinei José Schneider RESUMO: O presente trabalho tem a pretensão de discutir o conceito de verdade em Heidegger. A partir do

Leia mais

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo

O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA. Greyce Kelly de Souza Jéferson Luís de Azeredo O DASEIN E SUA CONDIÇÃO ONTOLÓGICA DE ANGÚSTIA Greyce Kelly de Souza greycehp@gmail.com Jéferson Luís de Azeredo jeferson@unesc.net Resumo: Neste artigo pretende-se analisar a relação ontológica entre

Leia mais

Husserl, Heidegger e a

Husserl, Heidegger e a Husserl, Heidegger e a fenomenologia Mariângela Areal Guimarães, professora de Filosofia do Instituto Federal do Rio de Janeiro - IFRJ, Doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Leia mais

O QUE DIZ VERDADE PARA HEIDEGGER? 1. Alexandre Rubenich * Intuitio WHAT IS TRUTH FOR HEIDEGGER? I Introdução

O QUE DIZ VERDADE PARA HEIDEGGER? 1. Alexandre Rubenich * Intuitio WHAT IS TRUTH FOR HEIDEGGER? I Introdução O QUE DIZ VERDADE PARA HEIDEGGER? 1 WHAT IS TRUTH FOR HEIDEGGER? Alexandre Rubenich * RESUMO: Explorar o que Heidegger sustenta junto ao parágrafo 44 de seu Ser e Tempo com respeito à questão da verdade

Leia mais

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria

Leia mais

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER CONSIDERAÇÕES ACERCA DO MUNDO NO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER Marcelo Henrique Marcelino Trindade (Bolsista PET - Filosofia) Glória Maria Ferreira Ribeiro - DFIME / UFSJ (Tutora do Grupo PET Filosofia)

Leia mais

A ESTRUTURA ONTOLÓGICA DA LINGUAGEM E A QUEDA NO FALATÓRIO (GEREDE) EM SER E TEMPO

A ESTRUTURA ONTOLÓGICA DA LINGUAGEM E A QUEDA NO FALATÓRIO (GEREDE) EM SER E TEMPO A ESTRUTURA ONTOLÓGICA DA LINGUAGEM E A QUEDA NO FALATÓRIO (GEREDE) EM SER E TEMPO Christiane Costa de Matos Fernandes* Resumo: A partir de Ser e Tempo, a apresentação visa esclarecer o que chamamos de

Leia mais

A FUNÇÃO SIGNIFICATIVA DA LINGUAGEM 1

A FUNÇÃO SIGNIFICATIVA DA LINGUAGEM 1 A FUNÇÃO SIGNIFICATIVA DA LINGUAGEM 1 Acylene Maria Cabral Ferreira 2 A função significativa da linguagem, através de seus termos afins e dependentes entre si: expressão e designação, atua como mediadora

Leia mais

A questão da Linguagem em Ser e Tempo

A questão da Linguagem em Ser e Tempo REVISTA ÉTICA E FILOSOFIA POLÍTICA Revista do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora www.eticaefilosofia.ufjf.br Revista Ética e Filosofia Política Volume 10 Nº 2 Dezembro de

Leia mais

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura

O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura Adriano Bueno Kurle 1 1.Introdução A questão a tratar aqui é a do conceito de eu na filosofia teórica de Kant, mais especificamente na Crítica da

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Hermenêutica jurídica Maria Luiza Quaresma Tonelli* Hermenêutica é um vocábulo derivado do grego hermeneuein, comumente tida como filosofia da interpretação. Muitos autores associam

Leia mais

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A ABORDAGEM DE CHARLES GUIGNON DO MÉTODO FENOMENOLÓGICO EM SER E TEMPO

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A ABORDAGEM DE CHARLES GUIGNON DO MÉTODO FENOMENOLÓGICO EM SER E TEMPO BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A ABORDAGEM DE CHARLES GUIGNON DO MÉTODO FENOMENOLÓGICO EM SER E TEMPO Rogério Tolfo Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria Professor da Universidade Estadual

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular CICLO PROFISSIONAL OU TRONCO COMUM FL237 - ETICA OBRIGATÓRIO 3 60 0 60 4.0 PRESSUPOSTOS ANTROPOLÓGICOS DA ÉTICA. A ESTRUTURA DO AGIR MORAL: ESTRUTURA OBJETIVA E SUBJETIVA; A CONSISTÊNCIA MORAL; A LIBERDADE;

Leia mais

AO ENCONTRO DE HEIDEGGER: a noção de Ser-no-Mundo

AO ENCONTRO DE HEIDEGGER: a noção de Ser-no-Mundo AO ENCONTRO DE HEIDEGGER: a noção de Ser-no-Mundo FINDING HEIDEGGER: what is Being-in-the-World Jeannette Antonios Maman 1 Resumo: Trata-se de esclarecer a noção de Ser-no-Mundo para melhor compreensão

Leia mais

A VIA 1NVESTIGATIVA DA FILOSOFIA DO SER E O FENÔMENO JURÍDICO

A VIA 1NVESTIGATIVA DA FILOSOFIA DO SER E O FENÔMENO JURÍDICO A VIA 1NVESTIGATIVA DA FILOSOFIA DO SER E O FENÔMENO JURÍDICO Jeannette Antonios Maman Professora Doutora do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da Universidade

Leia mais

Filosofia no Brasil e na América Latina Suze Piza e Daniel Pansarelli Cronograma das aulas, leituras e critérios e formas de avaliação Ementa:

Filosofia no Brasil e na América Latina Suze Piza e Daniel Pansarelli Cronograma das aulas, leituras e critérios e formas de avaliação Ementa: Filosofia no Brasil e na América Latina Suze Piza e Daniel Pansarelli Cronograma das aulas, leituras e critérios e formas de avaliação Ementa: Afinal, o que fazemos quando fazemos Filosofia no Brasil?

Leia mais

Diálogo e praxis na hermenêutica filosófica de Gadamer Miranda Zabeu, Gabriela (UFSC)

Diálogo e praxis na hermenêutica filosófica de Gadamer Miranda Zabeu, Gabriela (UFSC) Diálogo e praxis na hermenêutica filosófica de Gadamer Miranda Zabeu, Gabriela (UFSC) Historicidade, finitude e a fusão de horizontes Apropriando-se da ontologia heideggeriana, a qual mostra um modo fundamental

Leia mais

O PARADOXO DA EXISTÊNCIA EM SER E TEMPO

O PARADOXO DA EXISTÊNCIA EM SER E TEMPO O PARADOXO DA EXISTÊNCIA EM SER E TEMPO Acylene Maria Cabral Ferreira* Resumo: A partir da obra Ser e tempo, pretendemos correlacionar as estruturas existenciais da cura e da disposição, com o intuito

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PUCRS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PUCRS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL PUCRS FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA CARINE DE OLIVEIRA A BASE CONSTITUCIONAL DO SENTIDO E O ESQUEMA

Leia mais

Hermenêutica e humanização:

Hermenêutica e humanização: : Contribuições conceituais para a reconstrução das práticas de saúde Hermes, Tiepolo Salvador 23 de novembro de 2012 1. Qual humanização? Organização da atenção à saúde em diferentes aspectos e dimensões:

Leia mais

Hermenêutica e Cuidado em Saúde

Hermenêutica e Cuidado em Saúde FLC 6214 - LITERATURA, NARRATIVA E MEDICINA - 2017 Hermenêutica e Cuidado em Saúde Hermes, Tiepolo José Ricardo C. M. Ayres Departamento de Medicina Preventiva FMUSP Definição de hermenêutica Definição

Leia mais

1 Friedrich Nietzsche, Assim falou Zaratustra, Do ler e escrever, p. 67.

1 Friedrich Nietzsche, Assim falou Zaratustra, Do ler e escrever, p. 67. APRESENTAÇÃO Pelo que, então, tem de decidir-se o ser-aí? Pela efetiva recriação para si mesmo do saber autêntico sobre em que consiste o que é propriamente possibilitador de seu próprio. E o que significa

Leia mais

APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA A METAFISICA TRADICIONAL EM HEIDEGGER

APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA A METAFISICA TRADICIONAL EM HEIDEGGER 77 APONTAMENTOS PARA UMA CRÍTICA A METAFISICA TRADICIONAL EM HEIDEGGER José Wilson Rodrigues de Brito 1 RESUMO: O presente artigo pretende abordar uma reflexão a respeito da crítica de Heidegger à metafísica

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA. A questão da significação em Ser e Tempo

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA. A questão da significação em Ser e Tempo UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA ADRIELLE COSTA GOMES DE JESUS A questão da significação em Ser e Tempo Salvador, 2011 ADRIELLE COSTA GOMES

Leia mais

HERMENÊUTICA DA FACTICIDADE E COEXISTÊNCIA COTIDIANA COM OUTROS: HEIDEGGER E A RETÓRICA DE ARISTÓTELES

HERMENÊUTICA DA FACTICIDADE E COEXISTÊNCIA COTIDIANA COM OUTROS: HEIDEGGER E A RETÓRICA DE ARISTÓTELES UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA HERMENÊUTICA DA FACTICIDADE E COEXISTÊNCIA COTIDIANA COM OUTROS: HEIDEGGER E A RETÓRICA DE ARISTÓTELES

Leia mais

Dissertação de Mestrado TRANSCENDÊNCIA E JOGO NA ONTOLOGIA FUNDAMENTAL DE MARTIN HEIDEGGER. Tatiana Betanin PPGF. Santa Maria, RS, Brasil

Dissertação de Mestrado TRANSCENDÊNCIA E JOGO NA ONTOLOGIA FUNDAMENTAL DE MARTIN HEIDEGGER. Tatiana Betanin PPGF. Santa Maria, RS, Brasil UFSM Dissertação de Mestrado TRANSCENDÊNCIA E JOGO NA ONTOLOGIA FUNDAMENTAL DE MARTIN HEIDEGGER Tatiana Betanin PPGF Santa Maria, RS, Brasil 2004 i TANSCENDÊNCIA E JOGO NA ONTOLOGIA FUNDAMENTAL DE MARTIN

Leia mais

SIGNIFICÂNCIA E MUNDO EM HEIDEGGER

SIGNIFICÂNCIA E MUNDO EM HEIDEGGER UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS MICHELE DE TOLEDO ATAIDE SIGNIFICÂNCIA E MUNDO EM HEIDEGGER Salvador 2013 MICHELE DE TOLEDO ATAIDE SIGNIFICÂNCIA E MUNDO EM HEIDEGGER

Leia mais

A PESQUISA FUNDAMENTADA NA FENOMENOLOGIA SOCIAL DE ALFRED SCHÜTZ

A PESQUISA FUNDAMENTADA NA FENOMENOLOGIA SOCIAL DE ALFRED SCHÜTZ A PESQUISA FUNDAMENTADA NA FENOMENOLOGIA SOCIAL DE ALFRED SCHÜTZ Maria Cristina Pinto de Jesus A fenomenologia se baseia no estudo das essências, as quais se referem ao sentido dado a algo, que confere

Leia mais

A QUESTÃO DA VERDADE EM MARTIN HEIDEGGER

A QUESTÃO DA VERDADE EM MARTIN HEIDEGGER A QUESTÃO DA VERDADE EM MARTIN HEIDEGGER Fabio Augusto do Império Orientador: Prof. Dr. Eder Soares Santos RESUMO Tendo por base as obras Ser e Tempo e Parmênides de Martin Heidegger, este trabalho tem

Leia mais

ARTE: LINGUAGEM, ACONTECIMENTO E VERDADE 1. Maria Regina Johann 2, José Pedro Boufleuer 3.

ARTE: LINGUAGEM, ACONTECIMENTO E VERDADE 1. Maria Regina Johann 2, José Pedro Boufleuer 3. ARTE: LINGUAGEM, ACONTECIMENTO E VERDADE 1 Maria Regina Johann 2, José Pedro Boufleuer 3. 1 Pesquisa Institucional desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação nas Ciências da UNIJUÍ, pertencente

Leia mais

André Luiz Ramalho da Silveira Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

André Luiz Ramalho da Silveira Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 138 Aspectos de uma interpretação não redutiva da vida em Heidegger: a hermenêutica da natureza e o fenômeno da vida Aspects of a non-reductive interpretation of life in Heidegger: the hermeneutic of nature

Leia mais

Resenha. Arte e Técnica em Heidegger. por Dra. Paula Renata de Campos Alves Irene Borges-Duarte. DOI: /ek.2016.

Resenha. Arte e Técnica em Heidegger. por Dra. Paula Renata de Campos Alves Irene Borges-Duarte. DOI: /ek.2016. Resenha Arte e Técnica em Heidegger DOI: 10.12957/ek.2016.19622 por paullare@gmail.com BORGES-DUARTE, Irene. Arte e Técnica em Heidegger. Documenta. Lisboa, 2014. O importante livro da especialista no

Leia mais

Palavras-Chave: Heidegger, culpa, angústia, nada, decadência.

Palavras-Chave: Heidegger, culpa, angústia, nada, decadência. CULPA E ANGÚSTIA EM HEIDEGGER * Acylene Maria Cabral Ferreira ** Resumo Heidegger considera o homem como um ser-no-mundo, que se caracteriza mais propriamente como um ser-para-a-morte. Para fugir de si

Leia mais

Ética e política da subjetividade: hermenêutica do sujeito e parrhesía em Michel Foucault.

Ética e política da subjetividade: hermenêutica do sujeito e parrhesía em Michel Foucault. Ética e política da subjetividade: hermenêutica do sujeito e parrhesía em Michel Foucault. André Pereira Almeida Os últimos cursos e trabalhos de Foucault acerca da constituição do sujeito ético e político

Leia mais

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO

1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO 1ª Fase PROVA OBJETIVA FILOSOFIA DO DIREITO P á g i n a 1 QUESTÃO 1 - Admitindo que a história da filosofia é uma sucessão de paradigmas, a ordem cronológica correta da sucessão dos paradigmas na história

Leia mais

Hans-Georg Gadamer 1997: Verdade e método. Petrópolis, Vozes. ISBN: RÓBSON RAMOS DOS REIS Departamento de Filosofia da UFSM.

Hans-Georg Gadamer 1997: Verdade e método. Petrópolis, Vozes. ISBN: RÓBSON RAMOS DOS REIS Departamento de Filosofia da UFSM. Hans-Georg Gadamer 1997: Verdade e método. Petrópolis, Vozes. ISBN: 85-326-1787-5 RÓBSON RAMOS DOS REIS Departamento de Filosofia da UFSM. Ao final de 1997 foi lançada a tradução para o português do clássico

Leia mais

Sobre Abertura e Sentimento de Situação em Martin Heidegger

Sobre Abertura e Sentimento de Situação em Martin Heidegger Sobre Abertura e Sentimento de Situação em Martin Heidegger Cristian Marques 1 Resumo Para Heidegger, a Analítica Existencial tem como tema orientador o ser-no-mundo e o 28, de Ser e Tempo, visa tratar

Leia mais

sábado, 11 de maio de 13 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

sábado, 11 de maio de 13 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO LEITURA, INTERAÇÃO E PRODUÇÃO DE SENTIDOS Introdução l A linguagem, por realizar-se na interação verbal dos interlocutores,

Leia mais

A FINITUDE DO DASEIN E A TEMPORALIDADE ORIGINÁRIA

A FINITUDE DO DASEIN E A TEMPORALIDADE ORIGINÁRIA A FINITUDE DO DASEIN E A TEMPORALIDADE ORIGINÁRIA Neusa Rudek Onate Resumo: Objetiva-se analisar a concepção heideggeriana de tempo e temporalidade originária. O que se busca mediante a análise do tempo

Leia mais

A Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer: algumas considerações sobre o saber. histórico

A Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer: algumas considerações sobre o saber. histórico A Hermenêutica de Hans-Georg Gadamer: algumas considerações sobre o saber histórico Luísa Rauter Pereira A historiografia profissional, estabelecida como disciplina acadêmica no Ocidente no século XIX,

Leia mais

Uma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason

Uma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason Uma leitura heideggeriana da finitude na Crítica da Razão Pura de Kant A Heideggerian approach of finitude on Kant s Critique of Pure Reason Fernanda Leite Doutoranda em Filosofia pelo PPGF-UFRJ/Bolsista

Leia mais

Agostinho e o Neoplatonismo

Agostinho e o Neoplatonismo Agostinho e o Neoplatonismo Apresentaremos aqui um breve levantamento das idéias principais do segundo capítulo do livro Fenomenologia da Vida Religiosa do filósofo Martin Heidegger, cujo título é Agostinho

Leia mais

É AMBÍGUO O CONCEITO DE EXISTÊNCIA EM SER E TEMPO? Marcos Fanton * Intuitio IS AMBIGUOUS THE CONCEPT OF EXISTENCE IN HEIDEGGER S BEING AND TIME?

É AMBÍGUO O CONCEITO DE EXISTÊNCIA EM SER E TEMPO? Marcos Fanton * Intuitio IS AMBIGUOUS THE CONCEPT OF EXISTENCE IN HEIDEGGER S BEING AND TIME? É AMBÍGUO O CONCEITO DE EXISTÊNCIA EM SER E TEMPO? IS AMBIGUOUS THE CONCEPT OF EXISTENCE IN HEIDEGGER S BEING AND TIME? Marcos Fanton * RESUMO: O presente trabalho tem por intuito demonstrar que há três

Leia mais

Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú.

Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú. Jornal Oficial do Centro Acadêmico da Universidade Vale do Acaraú. Uvinha outubro/novembro de 2012. Editorial: Uvinha Olá, estimados leitores. Essa edição do jornal Uvinha está muito interessante, pois

Leia mais

A HERMENÊUTICA DA FATICIDADE NO PENSAMENTO HEIDEGGERIANO

A HERMENÊUTICA DA FATICIDADE NO PENSAMENTO HEIDEGGERIANO A HERMENÊUTICA DA FATICIDADE NO PENSAMENTO HEIDEGGERIANO JANDIR SILVA DOS SANTOS Filosofia. Centro Universitário Claretiano (CEUCLAR) jandirabm@hotmail.com Resumo: O presente artigo apresenta a contribuição

Leia mais

Martin Heidegger 1998: Heráclito. Rio de Janeiro, Relume Dumará. Tradução: Márcia de Sá Cavalcante Schuback. ISBN:

Martin Heidegger 1998: Heráclito. Rio de Janeiro, Relume Dumará. Tradução: Márcia de Sá Cavalcante Schuback. ISBN: Martin Heidegger 1998: Heráclito. Rio de Janeiro, Relume Dumará. Tradução: Márcia de Sá Cavalcante Schuback. ISBN: 85-7316-150-7 ERNILDO STEIN Departamento de Filosofia da PUC-RS E-mail: ejstein@pucrs.br

Leia mais

A SOCIALIDADE IMPESSOAL DO DASEIN NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO * * *

A SOCIALIDADE IMPESSOAL DO DASEIN NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO * * * A SOCIALIDADE IMPESSOAL DO DASEIN NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO THE IMPERSONAL SOCIABILITY OF DASEIN IN THE EXISTENTIAL ANALYTIC OF BEING AND TIME Jean Tonin 1 Resumo: No presente artigo, procuramos

Leia mais

HERMENÊUTICA FILOSÓFICA 2º / 2018 EMENTA: OBJETIVO GERAL: OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Prof. Marcos Aurélio Fernandes

HERMENÊUTICA FILOSÓFICA 2º / 2018 EMENTA: OBJETIVO GERAL: OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Prof. Marcos Aurélio Fernandes HERMENÊUTICA FILOSÓFICA 2º / 2018 Prof. Marcos Aurélio Fernandes EMENTA: ORIGENS DA HERMENEUTICA. HERMENEUTICA COMO METODO, COMO FILOSOFIA E COMO CRITICA. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA HERMENEUTICA. A HERMENEUTICA

Leia mais

A CONSTITUIÇÃO EXISTENCIÁRIA DA HISTORICIDADE PRÓPRIA NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO

A CONSTITUIÇÃO EXISTENCIÁRIA DA HISTORICIDADE PRÓPRIA NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO A CONSTITUIÇÃO EXISTENCIÁRIA DA HISTORICIDADE PRÓPRIA NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO THE EXISTENTIAL CONSTITUTION OF HISTORICITY ITSELF IN EXISTENTIAL ANALYTICS OF BEING AND TIME Jean Tonin 1

Leia mais

6 Conclusão. Ernildo Stein. São Paulo: Ed. Abril Cultural, (Col. Os pensadores). P. 368.

6 Conclusão. Ernildo Stein. São Paulo: Ed. Abril Cultural, (Col. Os pensadores). P. 368. 6 Conclusão A ética surge junto com a lógica e a física, pela primeira vez, na escola de Platão. As disciplinas surgem ao tempo que permite a transformação do pensar em filosofia, a filosofia em epistéme

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA A LINGUAGEM COMO CARÁTER CONSTITUTIVO DO SER-AÍ EM SER E TEMPO DE MARTIN HEIDEGGER TATIANE

Leia mais

DERRIDA. 1. Argélia: 1930 / França: 2004

DERRIDA. 1. Argélia: 1930 / França: 2004 DERRIDA 1. Argélia: 1930 / França: 2004 2. Temas e conceitos privilegiados: Desconstrução, diferência, diferença, escrita, palavra, sentido, significante 3. Principais influências: Rousseau, Husserl, Heidegger,

Leia mais

A Socialidade Impessoal do Dasein na Analítica Existencial... - Tonin

A Socialidade Impessoal do Dasein na Analítica Existencial... - Tonin A SOCIALIDADE IMPESSOAL DO DASEIN NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO THE IMPERSONAL SOCIABILITY OF DASEIN IN THE EXISTENTIAL ANALYTIC OF BEING AND TIME Jean Tonin 1 Resumo: No presente artigo, procuramos

Leia mais

DUPLA ESTRUTURA DO CONHECIMENTO EM HEIDEGGER EXPLICAR E COMPREENDER

DUPLA ESTRUTURA DO CONHECIMENTO EM HEIDEGGER EXPLICAR E COMPREENDER DUPLA ESTRUTURA DO CONHECIMENTO EM HEIDEGGER EXPLICAR E COMPREENDER Cesar Luis Seibt* Resumo: A fenomenologia hermenêutica desenvolvida por Martin Heidegger, a partir da recolocação da questão do sentido

Leia mais

108 A questão da dimensão ética em Ser e tempo

108 A questão da dimensão ética em Ser e tempo Considerações finais Mostramos, ao longo do primeiro capítulo, a preocupação fundamental de Heidegger para com a questão do ser: o ser esquecido na época da metafísica e na época da realização da metafísica

Leia mais

Introdução O QUE É FILOSOFIA?

Introdução O QUE É FILOSOFIA? O QUE É FILOSOFIA? A filosofia não é uma ciência, nem mesmo um conhecimento; não é um saber a mais: é uma reflexão sobre os saberes disponíveis. É por isso que não se pode aprender filosofia, dizia kant:

Leia mais

Rodrigo Ribeiro Alves Neto * Ser e Verdade

Rodrigo Ribeiro Alves Neto * Ser e Verdade Ser e Verdade 257 HEIDEGGER, Martin. Ser e verdade: 1. A questão fundamental da filosofia; 2. Da essência da verdade. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária

Leia mais

Gêneros do discurso: contribuições do Círculo de Bakhtin. Profa. Sheila Vieira de Camargo Grillo

Gêneros do discurso: contribuições do Círculo de Bakhtin. Profa. Sheila Vieira de Camargo Grillo Gêneros do discurso: contribuições do Círculo de Bakhtin Profa. Sheila Vieira de Camargo Grillo Gêneros do discurso: notas sobre o artigo Ø Artigo publicado, pela primeira vez, após a morte de Bakhtin,

Leia mais

O conceito existencial de ciência: Heidegger e a circularidade do conhecimento

O conceito existencial de ciência: Heidegger e a circularidade do conhecimento Heidegger e a circularidade The existencial concept of science: Heidegger and the circularity of knowledge Ser e Tempo, são desdobrados cepção do biós theoretikós como a praxis PALAVRAS-CHAVE bios theoretikós

Leia mais

Resenha Especiaria n 19.indd 343 Especiaria n 19.indd 343 6/11/ :13:09 6/11/ :13:09

Resenha Especiaria n 19.indd 343 Especiaria n 19.indd 343 6/11/ :13:09 6/11/ :13:09 Resenha Especiaria n 19.indd 343 6/11/2009 08:13:09 RESENHA Sobre a liberdade da expressão Imaculada Kangussu E-mail: lkangassu@gmail.com Palavras-chave: Adorno. Expressão. Liberdade. Especiaria n 19.indd

Leia mais

GUILHERME DEVEQUI QUINTILHANO O FENÔMENO DO MUNDO COMO FIO CONDUTOR PARA UMA COMPREENSÃO HEIDEGGERIANA DE ARISTÓTELES

GUILHERME DEVEQUI QUINTILHANO O FENÔMENO DO MUNDO COMO FIO CONDUTOR PARA UMA COMPREENSÃO HEIDEGGERIANA DE ARISTÓTELES GUILHERME DEVEQUI QUINTILHANO O FENÔMENO DO MUNDO COMO FIO CONDUTOR PARA UMA COMPREENSÃO HEIDEGGERIANA DE ARISTÓTELES Londrina 2017 GUILHERME DEVEQUI QUINTILHANO O FENÔMENO DO MUNDO COMO FIO CONDUTOR PARA

Leia mais

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2

ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL MÓDULO 2 Índice 1. Ética Geral...3 1.1 Conceito de ética... 3 1.2 O conceito de ética e sua relação com a moral... 4 2 1. ÉTICA GERAL 1.1 CONCEITO DE ÉTICA Etimologicamente,

Leia mais

1 Introdução. 1 Tal denominação da variante da Língua Portuguesa foi retirada da dissertação de Mestrado

1 Introdução. 1 Tal denominação da variante da Língua Portuguesa foi retirada da dissertação de Mestrado 15 1 Introdução O presente trabalho tem como tema o uso de modalidades expressas pelo subjuntivo e pelo infinitivo em orações completivas no português padrão distenso falado no Brasil, ou seja, no português

Leia mais

constituímos o mundo, mais especificamente, é a relação de referência, entendida como remissão das palavras às coisas que estabelece uma íntima

constituímos o mundo, mais especificamente, é a relação de referência, entendida como remissão das palavras às coisas que estabelece uma íntima 1 Introdução Esta tese aborda o tema da relação entre mundo e linguagem na filosofia de Nelson Goodman ou, para usar o seu vocabulário, entre mundo e versões de mundo. Mais especificamente pretendemos

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Relatório Perfil Curricular PERÍODO: 1º FL211- HISTORIA DA FILOSOFIA ANTIGA 1 OBRIG 60 0 60 4.0 Fórmula: FL233 FL233- HISTORIA DA FILOSOFIA ANTIGA FL252- INICIACAO A PESQUISA FILOSOFICA OBRIG 60 0 60 4.0 A PESQUISA: SUA CARACTERIZAÇÃO;

Leia mais

O HOMEM É FORMADOR DE MUNDO: MUNDO COMO CONCEITO METAFÍSICO SEGUNDO MARTIN HEIDEGGER

O HOMEM É FORMADOR DE MUNDO: MUNDO COMO CONCEITO METAFÍSICO SEGUNDO MARTIN HEIDEGGER DOI: http://dx.doi.org/10.15448/1983-4012.2017.1.27219 Este artigo está licenciado sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução em

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA ADRIANO AUGUSTO COSTA FERREIRA DOS SANTOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA ADRIANO AUGUSTO COSTA FERREIRA DOS SANTOS 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA ADRIANO AUGUSTO COSTA FERREIRA DOS SANTOS A TRANSCENDÊNCIA DA PRESENÇA NA DECISÃO SALVADOR 2014 2 ADRIANO

Leia mais

A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO. Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO

A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO. Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO A LINGUAGEM NO CENTRO DA FORMAÇÃO DO SUJEITO Avanete Pereira Sousa 1 Darlene Silva Santos Santana 2 INTRODUÇÃO A natureza humana perpassa pelo campo da linguagem, quando é a partir da interação verbal

Leia mais

UMA BREVE COMPREENSÃO SOBRE O DASEIN DE HEIDEGGER

UMA BREVE COMPREENSÃO SOBRE O DASEIN DE HEIDEGGER UMA BREVE COMPREENSÃO SOBRE O DASEIN DE HEIDEGGER MARCUS VINÍCIUS GOMES DE ARAUJO - Graduando em filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). marcusvgaraujo@hotmail.com Resumo: O objetivo

Leia mais

DIFERENTES PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS EM PESQUISA. Prof. Dto. Luiz Antonio de OLIVEIRA.

DIFERENTES PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS EM PESQUISA. Prof. Dto. Luiz Antonio de OLIVEIRA. DIFERENTES PERSPECTIVAS EPISTEMOLÓGICAS EM PESQUISA Prof. Dto. Luiz Antonio de OLIVEIRA. PARADIGMAS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO Pesquisar: Para quem? (sentido social) Por quê? (histórico) De qual lados

Leia mais

As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea

As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea As concepções do Ser humano na filosofia contemporânea A concepção do ser humano no Idealismo alemão Pré Romantismo - séc. XVIII Resistência à Ilustração: mecanicismo de newtoniamo e empirismo de Locke

Leia mais

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).

1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar

Leia mais

Filosofia da existência: Existencialismo

Filosofia da existência: Existencialismo Filosofia da existência: Existencialismo No século XX, o pensamento sobre o ser humano assumiu novas perspectivas, com a visão de Martin Heidegger e Jean Paul Sartre. As raízes dessas ideias surgiram um

Leia mais

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao

sintaticamente relevante para a língua e sobre os quais o sistema computacional opera. O resultado da computação lingüística, que é interno ao 1 Introdução A presente dissertação tem como tema a aquisição do modo verbal no Português Brasileiro (PB). Tal pesquisa foi conduzida, primeiramente, por meio de um estudo dos dados da produção espontânea

Leia mais

A questão da dimensão ética em Ser e tempo

A questão da dimensão ética em Ser e tempo A questão da dimensão ética em Ser e tempo dissertação de Marcela Barbosa Leite 2 a edição copyright by Marcela Barbosa Leite 1 a edição: 2011 2 a edição: 2017 Todos os direitos reservados pela Editora

Leia mais

O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO

O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO UNIVERSIDAD AUTONOMA DEL SUR UNASUR MESTRADO EM EDUCAÇÃO O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO Altemária dos Santos Andrade Josinete Vieira Soares de Almeida

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E METODOLOGIA DAS CIÊNCIAS Rodrigo Rizério de Almeida e Pessoa TRANSCENDÊNCIA E ABERTURA EM SER E TEMPO

Leia mais

O CONCEITO DE SIGNIFICATIVIDADE EM SER E TEMPO DE MARTIN HEIDEGGER

O CONCEITO DE SIGNIFICATIVIDADE EM SER E TEMPO DE MARTIN HEIDEGGER O CONCEITO DE SIGNIFICATIVIDADE EM SER E TEMPO DE MARTIN HEIDEGGER DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Adel Fernando de Almeida Vanny Santa Maria, RS, Brasil, 2009 II O CONCEITO DE SIGNIFICATIVIDADE EM SER E TEMPO

Leia mais

HEIDEGGER: METAFÍSICA E LIBERDADE HEIDEGGER: METAPHYSICS AND FREEDOM

HEIDEGGER: METAFÍSICA E LIBERDADE HEIDEGGER: METAPHYSICS AND FREEDOM 140 HEIDEGGER: METAFÍSICA E LIBERDADE HEIDEGGER: METAPHYSICS AND FREEDOM Marcelo Vieira Lopes, E-mail: nerofil@live.com Róbson Ramos dos Reis (Orientador) UFSM, Santa Maria, Rio Grande do Sul Submetido

Leia mais

Introdução: O legado da modernidade 1. Polêmica em torno do conhecimento no século XX 1.1 Debate em torno do positivismo: Adorno e Popper.

Introdução: O legado da modernidade 1. Polêmica em torno do conhecimento no século XX 1.1 Debate em torno do positivismo: Adorno e Popper. PROGRAMA DE CURSO Disciplina: Epistemologia/Teoria do conhecimento Prof: Priscila Rossinetti Rufinoni Período: diurno Ementa: Apresentar as questões e problemas epistemológicos impostos pela modernidade.

Leia mais

GENETTE, Gérard. Paratextos Editoriais. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009, 376 p.

GENETTE, Gérard. Paratextos Editoriais. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009, 376 p. Resenha GENETTE, Gérard. Paratextos Editoriais. São Paulo: Ateliê Editorial, 2009, 376 p. DE TEXTOS E DE PARATEXTOS Rodrigo da Costa Araujo (Doutorando, UFF) rodrigoara@uol.com.br Na obra intitulada Paratextos

Leia mais

EMENTÁRIO DO CURSO DE FILOSOFIA FAM

EMENTÁRIO DO CURSO DE FILOSOFIA FAM 1 FACULDADE ARQUIDIOCESANA DE MARIANA Rodovia dos Inconfidentes, km 108-35420-000 Mariana MG - Fone: 31 3558 1439 / 3557 1220 Credenciada pelo MEC pela Portaria nº 2.486, de 12 de setembro de 2003 EMENTÁRIO

Leia mais

A ANGÚSTIA COMO DISPOSIÇÃO AFETIVA EM SER E TEMPO. por. Marcelo José Soares

A ANGÚSTIA COMO DISPOSIÇÃO AFETIVA EM SER E TEMPO. por. Marcelo José Soares 1 A ANGÚSTIA COMO DISPOSIÇÃO AFETIVA EM SER E TEMPO por Marcelo José Soares Trabalho apresentado ao Curso de Mestrado do programa de Pós- Graduação em Filosofia, Área de concentração em Filosofias Continental

Leia mais

A SOCIALIDADE IMPESSOAL DO DASEIN NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO

A SOCIALIDADE IMPESSOAL DO DASEIN NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO 57 A SOCIALIDADE IMPESSOAL DO DASEIN NA ANALÍTICA EXISTENCIAL DE SER E TEMPO Jean Tonin 1 Resumo: No presente artigo, procuramos explicitar a compreensão heideggeriana de algumas estruturas existenciais,

Leia mais

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher

Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Hermenêutica Filosofica - Schleiermacher Deu início a um novo modelo de hermenêutica Utilizou o método histórico-crítico e o conceito de razão histórica Trouxe para a hermenêutica o caráter científico,

Leia mais

Prof. Chiara Pasqualin (pós-doutoranda do Departamento de Filosofia da USP)

Prof. Chiara Pasqualin (pós-doutoranda do Departamento de Filosofia da USP) Prof. Chiara Pasqualin (pós-doutoranda do Departamento de Filosofia da USP) Seminário para os alunos de Iniciação Científica do Departamento de Filosofia da USP - 2 semestre de 2016 Título: Uma leitura

Leia mais

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA 2º /

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA 2º / INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA FILOSOFIA 2º / 2017 1 Prof. Marcos Aurélio Fernandes EMENTA: A disciplina pretende ser uma introdução à história da filosofia capaz de tornar os ingressantes no curso de filosofia

Leia mais