A MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS E SEUS EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO A MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS E SEUS EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL ELISANDRA RIFFEL CIMADON Itajaí, outubro de 2006.

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS - CEJURPS CURSO DE DIREITO A MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS E SEUS EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL ELISANDRA RIFFEL CIMADON Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Doutor Diego Richard Ronconi Itajaí, 18 de outubro de 2006.

3 AGRADECIMENTO Meus agradecimentos: Ao meu orientador pela paciência, dedicação e ensino na elaboração da monografia; À minha família e à família Ponsoni, à turminha tralalá, à Dra. Vera Regina Bedin, à Samantha de Andrade Weiss, à Caroline Casagrande, à Renan Peruzzolo e aos demais amigos pela compreensão e auxílio. Ao meu médico do coração, Dr. Dantas, pelo apoio, compreensão e incentivo.

4 DEDICATÓRIA Este trabalho dedico: Aos meus pais, Vera Salete Riffel Cimadon e Aristides Cimadon, pelas horas que me ausentei de nosso convívio para a realização desta monografia e a conclusão do curso. A todos que possuem o anseio de Justiça, no mais largo sentido do bem comum, abrangendo, de forma especial, os interesses dos particulares mais inferiorizados.

5 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí, 18 de outubro de Elisandra Riffel Cimadon Graduanda

6 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pela graduanda Elisandra Riffel Cimadon, sob o título A Medida Cautelar de Separação de Corpos e seus Efeitos Pessoais e Patrimoniais no Casamento e na União Estável, foi submetida em 18/10/2006 às 15:00 horas à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Professor Mestre Jefferson Custódio Próspero, Professora Mestranda Maria Inês de França Ardigó e Professor Doutor Diego Richard Ronconi e aprovada com a nota 10 (dez). Itajaí, 18 de outubro de Diego Richard Ronconi Orientador e Presidente da Banca Antônio Augusto Lapa Coordenação da Monografia

7 ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS CPC CC/2002 CRFB/88 Código de Processo Civil Código Civil Brasileiro de 2002 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

8 ROL DE CATEGORIAS Rol de categorias que a Autora considera estratégicas à compreensão do seu trabalho, com seus respectivos conceitos operacionais. Casamento De acordo com a atual legislação brasileira, é um instituto jurídico que confirma a união entre um homem e uma mulher, configurando uma sociedade. É instituto jurídico em constante modificação já que a Constituição Federal de 1988 reconheceu igualdade entre os cônjuges e a comunhão de vida entre os consortes. Apesar das diferentes teses doutrinárias, considera-se que o casamento é um contrato bilateral e solene, pelo qual há união indissolúvel entre um homem e uma mulher e estabelecendo entre eles as mais estreitas relações de comunhão de vida com objetivo de constituir uma família 1. Efeitos pessoais Os efeitos pessoais são conseqüências jurídicas relativas aos direitos pessoais tais como: os deveres recíprocos do casamento; o uso do nome; impossibilidade de realização de novo casamento, entre outros 2. Efeitos patrimoniais Os efeitos patrimoniais são conseqüências jurídicas que fazem cessar alguns dos deveres recíprocos estabelecidos no Casamento e na União Estável 3. Medida Cautelar É a ação que tem por fim prevenir a eficácia do processo principal que com ela se relaciona. É o processo que visa prevenir um direito ante ao perigo de sua perda 4. 1 CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais. São Paulo: Manole, p. 23/25. 2 DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico. São Paulo: Saraiva p v DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, p. 270/ DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, p. 239.

9 Medida Liminar É uma Medica Cautelar que, tendo como pressuposto o fumus boni iuris e o periculum in mora assegura um direito no aguardo da sentença final. É uma providência urgente e provisória concedida pelo juiz no início da causa, em regra, junto ao despacho da petição inicial, com a finalidade de prevenir violação de interesses 5. Regime Patrimonial de Bens É o conjunto de normas que regulam os interesses do caráter patrimonial do casamento. 6 Separação de Corpos É medida cautelar que consiste na suspensão autorizada do dever de coabitação, por prazo determinado, findo o qual deve ser proposta ação de nulidade absoluta ou relativa do casamento, ou a separação litigiosa 7. Separação Judicial Entende-se como a dissolução da sociedade conjugal que, por não romper o vínculo matrimonial, impede que os consortes realizem novas núpcias 8. Tutela Antecipada É a providência que tem natureza jurídica de execução lato sensu, com o objetivo de entregar ao autor, total ou parcialmente, a própria pretensão deduzida em juízo ou os seus efeitos 9. União Estável É entendida como a convivência entre homem e mulher. É o vínculo afetivo como se casados fossem com intenção de uma vida em comum. De outro modo, é a 5 DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, p BONATTO, Maura de Fátima. Direito de Família e Sucessões. 1. ed. São Paulo: Desafio Cultural Editora E Distribuidora de Livros Ltda, p., p DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, p DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, p DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, p. 650.

10 convivência duradoura entre um homem e uma mulher, não unidos entre si pelo matrimônio DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, p. 239.

11 SUMÁRIO RESUMO... XII INTRODUÇÃO... 1 CAPÍTULO CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O CASAMENTO E A UNIÃO ESTÁVEL CONCEITO DE CASAMENTO REQUISITOS PARA O CASAMENTO O REGIME PATRIMONIAL DE BENS COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS COMUNHÃO PARCIAL DE BENS PRTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOS SEPARAÇÃO ABSOLUTA DE BENS EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS DO CASAMENTO CONCEITO DE UNIÃO ESTÁVEL REQUISITOS DA UNIÃO ESTÁVEL REGIME DE BENS DA UNIÃO ESTÁVEL EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS DA UNIÃO ESTÁVEL...26 CAPÍTULO ASPECTOS GERAIS SOBRE AS MEDIDAS CAUTELARES CONCEITO DE MEDIDA CAUTELAR REQUISITOS DAS MEDIDAS CAUTELARES DISTINÇÃO ENTRE MEDIDA CAUTELAR, MEDIDA LIMINAR E TUTELA ANTECIPADA MEDIDAS CAUTELARES NOMINADAS E INOMINADAS PROCEDIMENTOS NAS MEDIDAS CAUTELARES OBJETIVOS DAS MEDIDAS CAUTELARES...48 CAPÍTULO A MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS NO CASAMENTO E NA UNIÃO ESTÁVEL CONCEITO DE MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS DISTINÇÃO ENTRE SEPARAÇÃO DE CORPOS E SEPARAÇÃO JUDICIAL MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS: SATISFATIVA OU DEPENDENTE DE AÇÃO PRINCIPAL? EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS DA MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS NO CASAMENTO...57

12 3.5 EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS DA MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS NA UNIÃO ESTÁVEL A JURISPRUDÊNCIA CATARINENSE E SUAS DECISÕES EM PEDIDOS DE MEDIDA CAUTELAR DE SEPARAÇÃO DE CORPOS...64 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS ANEXOS... 86

13 RESUMO A presente monografia trata de uma análise dos efeitos pessoais e patrimoniais da Medida Cautelar de Separação de Corpos no Casamento e na União Estável. Os dois institutos do direito de família acima mencionados geram efeitos de ordem pessoal e patrimonial, assim como Separação de Corpos, a qual permite que o juiz afaste temporariamente um dos cônjuges ou companheiros do lar conjugal. Após a análise de algumas categorias, destaca-se neste trabalho, os efeitos de ordem pessoal e patrimonial da Medida Cautelar de Separação de Corpos. Com relação ao Casamento, visualiza-se a cessação do dever de coabitação e fidelidade, a legalização da saída de um dos cônjuges do lar conjugal, a ausência de presunção de paternidade, a continuidade dos deveres e direitos gerados pelo pátrio poder (pessoais) e, ainda, o arrolamento de bens e a não comunicação dos mesmos após a concessão da medida (patrimoniais). Já com relação à União Estável tem-se a legalização da saída do convivente do lar e a cessação dos deveres de coabitação (pessoais), bem como a faculdade de arrolamento de bens (patrimoniais). Por meio do método indutivo de pesquisa, esta monografia foi elaborada com base na legislação vigente, nas doutrinas brasileiras e nos entendimentos jurisprudenciais do Estado de Santa Catarina.

14 INTRODUÇÃO A presente Monografia tem como objeto os efeitos pessoais e patrimoniais da Medida Cautelar de Separação de Corpos no Casamento e na União Estável. O seu objetivo institucional é o de produzir uma monografia para a obtenção do título de bacharel em Direito, pela Universidade do Vale do Itajaí - Univali. Como objetivo geral propõe-se a investigar, à luz da doutrina, jurisprudência e legislação, a atual situação da Medida Cautelar de Separação de Corpos perante o ordenamento jurídico brasileiro. Como objetivo específico, examinar, de forma individualizada, dentre todos os direitos e deveres que possuem os cônjuges e companheiros, os efeitos de ordem pessoal e patrimonial que implicam a Medida Cautelar de Separação de Corpos, conceituando, para tanto, o Casamento, a União Estável, a Medida Cautelar em si e seus efeitos. O primeiro capítulo trata do conceito e dos requisitos para o Casamento e a União Estável, bem como suas conseqüências jurídicas, tais como o regime patrimonial de bens e alguns dos efeitos de ordem pessoal e patrimonial gerados na vigência dos dois institutos acima mencionados, na visão dos doutrinadores brasileiros. O segundo capítulo apresenta alguns aspectos gerais sobre as Medidas Cautelares, abrangendo, numa análise primária, o seu conceito, requisitos, distinção com relação à Medida Liminar e Tutela Antecipada, procedimento, forma de ajuizamento e, por fim, traça os objetivos das Medidas Cautelares. O terceiro e último capítulo expõe acerca do conceito da Medida Cautelar de Separação de Corpos, sua distinção da Separação Judicial,

15 2 sua dependência de ação principal (dependente ou incidental) e, ainda, explica os efeitos pessoais e patrimoniais decorrentes de sua concessão no Casamento e na União Estável. Menciona, ainda, o terceiro capítulo, a forma com que a jurisprudência catarinense vem aplicando a legislação vigente, fazendo-se adaptar as transformações sociais atuais. Portanto, a presente monografia questiona: 1. A União Estável, assim como Casamento, é a união legal entre homem e mulher com a finalidade de constituir família? 2. O que é Medida Cautelar de Separação de Corpos? 3. A Medida Cautelar de Separação de Corpos gera efeitos pessoais e patrimoniais no Casamento e na União Estável? O Relatório de Pesquisa é encerrado com as Considerações Finais, onde serão apresentados, de forma destacada, os pontos conclusivos concomitantemente às reflexões referentes aos efeitos gerados pela Medida Cautelar de Separação de Corpos no âmbito do Casamento e da União Estável. levantadas as seguintes hipóteses: Para o desenvolvimento da presente monografia foram O Casamento é a união legal entre homem e mulher, com a finalidade de constituir família. A União Estável também é a união entre homem e mulher, com a finalidade de constituir família, porém, só é configurada se a convivência for púbica, contínua e duradoura. A Medida Cautelar de Separação de Corpos é uma providência preparatória ou incidental que visa permitir o juiz a possibilidade de autorização do afastamento de um dos cônjuges ou companheiros do lar conjugal. A Medida Cautelar de Separação de Corpos gera efeitos de ordem pessoal e patrimonial aos cônjuges e companheiros no Casamento e na União Estável. Quanto à Metodologia empregada, registra-se que, na Fase de Investigação foi utilizado o Método Indutivo e, durante as diversas fases da pesquisa foram aplicadas as técnicas do referente, da categoria e da pesquisa bibliográfica.

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17 CAPÍTULO 1 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O CASAMENTO E A UNIÃO ESTÁVEL 1.1 CONCEITO DE CASAMENTO As regras que objetivam organizar juridicamente os interesses de ordem individual são compreendidas como sendo de direito privado, as quais tem o Casamento como seu mais importante instituto, tendo em vista que é alicerce da família. Dada a devida ênfase ao instituto, encaminha-se o estudo para o seu surgimento, iniciando com as sociedades primitivas, conforme explica Engels 11 que na sociedade primitiva não existia propriamente a família consangüínea, nem mesmo os povos mais atrasados de que fala a história apresentam qualquer exemplo seguro dela. Assim se pronuncia Engels sobre o assunto: Na época primitiva imperava, no seio da tribo o comércio sexual promíscuo, de modo que cada mulher pertencia igualmente a todos os homens e cada homem a todas as mulheres. (...) Aquele estado social primitivo pertence há uma época tão remota que não podemos encontrar provas diretas da sua consistência. Passando da sociedade primitiva e entrando no entendimento de Casamento nas civilizações mais antigas, assim como a egípcia, 11 ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Tradução de José Silveira Paes. São Paulo: Global, 1984, p. 66.

18 5 hebráica e romana, tem-se o entendimento de Fustel de Coulanges 12 citando Tyein Ghámon e Póluz: Assim, se compreendermos os pensamentos destes antigos, veremos a importância que a união conjugal assumia para eles e, como, para tanto era imprescindível a intervenção da religião. Não seria necessário alguma cerimônia religiosa para iniciar a jovem no culto que iria seguir daí em diante? Para se tornar sacerdotisa desse novo fogo, não necessitará de uma espécie de ordenação, ou de adoção? O casamento era cerimônia sagrada que devia produzir esses grandes efeitos. É hábitos dos escritores latinos e gregos designar o casamento por palavras que o indicam como ato religioso. Pólux, vivendo no tempo dos Antoninos e dispondo de toda essa literatura antiga que não chegou até nós, refere como, em épocas remotas em vez de se designar o casamento pelo seu nome peculiar (gamos), o designavam apenas pela palavra télos, que significa cerimônia sagrada, como se, nos tempos antigos, o casamento fosse a cerimônia sagrada por excelência. Venosa 13 ensina que nesse cenário, o matrimônio solene era o laço sagrado por excelência, menciona, ainda, que o Casamento religioso poderia ser classificado como uma modalidade, ou seja, como negócio jurídico formal, onde a mulher era vendida por quem exercia o pátrio poder. Ademais, menciona o doutrinador, que posteriormente havia outra modalidade de união, conhecida como usus, na qual a mulher era submetida ao poder do marido depois de um ano de convivência. Tais modalidades de matrimônio faziam com que a mulher perdesse o elo de ligação com sua família e se submetesse apenas aos cultos e costumes da família do marido. Com a evolução no direito privado, em especial atenção ao que se refere ao instituto do Casamento, vislumbra-se que o mesmo aponta normas fundamentais que foram sendo modificadas ao longo do tempo até chegar-se a um modo expressivo de forma de proteção à família, regulamentado 12 COULANGES, Fustel de. A Cidade Antiga. Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família. 3. ed. São Paulo: Atlas, p. 37/38.

19 6 pelo artigo 226, parágrafo 1º e 2º da CRFB/88 14, Lei 6.015/73 15 e artigos a do Código Civil Brasileiro (Lei n /2002). o entendimento de Bonatto 16 : Portanto, diante de várias definições de Casamento, tem-se O casamento é o ato solene previsto na nossa Legislação. Tratase de um contrato de direito de família, que visa a unir o um homem e uma mulher de conformidade com a Lei, a fim de regularizar suas relações pessoais, prestar mútua assistência e cuidar da prole. O casamento não se ultima com a conjunção de vontade dos nubentes: é necessário a cerimônia celebrada por oficial púbico, recorrendo a uma formalidade legal. Para Gonçalves 17 o casamento é a união legal entre um homem e uma mulher, com o objetivo de constituírem família legítima. Já no entendimento de Bittar 18 no casamento é que a família encontra a sua origem e a sua base de sustentação. Assim, sob o aspecto social, é o casamento instituidor da família. Por outro lado, Neves 19 conceitua o Casamento como um procedimento administrativo revestido de formalidades impostas pela lei e, ainda, cita o entendimento de Clóvis Bevilaqua no sentido de que é um contrato bilateral onde homem e mulher se unem a fim de legalizar as relações sexuais e estabelecer uma comunhão de vida. conceitua o Casamento juridicamente: Seguindo essa ordem de idéias, De Plácido e Silva Art A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 1º - O casamento é civil e gratuita a celebração. 2º - O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. BONATTO, Maura de Fátima. Direito de Família e Sucessões, p. 24. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito de Família. 4. ed. São Paulo: Saraiva, v2. p. 01. BITTAR, Carlos Alberto. Direito de Família. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p. 53. NEVES, Márcia Cristina Ananias. Vademecum do Direito de Família. 5. ed. São Paulo: Editora Jurídica Brasileira, p. 34. SILVA, de Plácido e. Vocabulário Jurídico. 20. ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 157.

20 7 Na terminologia jurídica, designa o contrato solene que, gerando a sociedade conjugal ou formando a união legítima entre o homem e a mulher, vem estabelecer os deveres e obrigações recíprocas, que se atribuem a cada um dos cônjuges seja em relação a eles, considerados entre si seja em relação aos filhos que se possam gerar desta união. É, no entanto, o casamento, em tal espécie, determinado propriamente de casamento civil, pois que, em verdade, ainda podemos considerar a palavra no sentido genérico, ou na sua feição de casamento religioso. Assim, diante das diversas opiniões sustentadas, o Casamento passa a ter a devida significância no ordenamento jurídico, demonstrando a sua verdadeira natureza jurídica. 1.2 REQUISITOS PARA O CASAMENTO Para que o Casamento tenha a sua validade efetivada é necessário que as formalidades pertinentes sejam cumpridas. Neves 21 entende que: O casamento é um procedimento de natureza administrativa. É um ato solene porque a lei o reveste de formalidades para garantir a sua publicidade e a manifestação do consentimento dos nubentes. Deve ser celebrado por um Oficial do Registro Civil, no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais. Nesse Cartório são registrados atos de criação e alteração da vida das pessoas naturais. Para Venosa 22 a apresentação de documentos a fim de que se comprove o estado e a qualificação dos nubentes é essencial. No mesmo sentido Diniz 23 afirma que o ato nupcial precisa preencher certos pressupostos para atingir sua regularidade, mencionando que: 21 NEVES, Márcia Cristina Ananias. Vademecum do Direito de Família, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p. 65/ DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família. 18. ed. São Paulo: Saraiva, v5. p. 55/57.

21 8 O casamento tem como pilar pressuposto fático a diversidade de sexo dos nubentes (CC, art ). Se duas pessoas do mesmo sexo, como aconteceu com Nero e Sporus, convolarem núpcias, ter-se-á casamento inexistente, uma farsa. Absurdo seria admitir o casamento de duas mulheres ou de dois homens que tivesse qualquer efeito jurídico, devendo ser invalidado por sentença judicial. Se, por ventura, o magistrado deparar com caso desta espécie, deverá tão somente pronunciar sua inexistência, negando a tal união o caráter patrimonial. Deve, é óbvio, distinguir prudentemente a identidade dos sexos dos vícios congênitos de conformação, da dubiedade de sexo, da malformação de órgãos genitais ou da disfunção sexual, que apenas acarretam anulabilidade. Há também o Casamento em que os nubentes ou apenas um deles ainda possui a menoridade civil, para tanto, deve-se frisar a importância da autorização dos pais. Acerca dos requisitos do Casamento leciona Diniz 24 que existe a necessidade de uma identidade de sexos, celebração e consentimento de ambos os cônjuges, pois se não houver um dos requisitos apontados não é Casamento nulo nem anulável haja vista que se trata de um nada, como se fosse realizado por atores. Desta feita, o Casamento deve atender as condições indispensáveis para a relação jurídica e as condições necessárias para a validade do ato nupcial e regularidade do matrimônio, ou seja, a diversidade dos sexos, a celebração na forma prevista em Lei, o consentimento, as condições naturais de aptidão física, as condições de ordem moral e social, a celebração por autoridade competente e, portanto, a observância dos dispositivos legais. 1.3 O REGIME PATRIMONIAL NO CASAMENTO O Casamento traz como conseqüência a organização patrimonial do casal, esta que deve ser regulada durante o matrimônio. Para 24 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p. 57.

22 9 tanto, o Código Civil (artigos a 1.688) reconhece quatro tipos: a comunhão universal de bens, a comunhão parcial de bens, a participação final nos aqüestos e a separação absoluta de bens. Bonatto 25 aponta que o regime de bens é o conjunto de normas que regulam os interesses do caráter patrimonial do casamento. Neste prisma, destaca-se o entendimento de Diniz 26 acerca dos princípios fundamentais do regime de bens entre o marido e mulher, onde a ilustre doutrinadora afirma que são três os princípios fundamentais que regem o Regime Patrimonial do Casamento. O primeiro princípio fundamental é o da variedade de regime de bens, sendo que o ordenamento jurídico pátrio nos oferece quatro tipos, ou seja, o da comunhão parcial, o da comunhão universal, o da separação e o da participação final nos aqüestos. O segundo princípio refere-se à liberdade dos pactos antenupciais onde os nubentes podem estipular cláusulas e escolherem o regime de bens a ser adotado na constância do Casamento. Por fim, tem-se o terceiro princípio fundamental que trata da imediata vigência do regime de bens na data da celebração do Casamento, sendo vedado que qualquer Regime Patrimonial tenha sua eficácia válida em data anterior ou posterior ao ato nupcial. Segundo o entendimento de Venosa 27 o Regime Patrimonial de bens nada mais é do que uma conseqüência do Casamento, de extrema importância, pois não há que se falar em Casamento sem Regime Patrimonial, ou seja: Tecnicamente, a denominação regime de bens não é a melhor, porque mais exato seria referir-se a regime patrimoniais do casamento. No entanto, a expressão é consagrada, sintética e com significado perfeitamente conhecido. Regime de bens constitui a modalidade de sistema jurídico que rege as relações 25 BONATTO, Maura de Fátima. Direito de Família e Sucessões, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p. 145/ VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p. 169.

23 10 patrimoniais derivadas do casamento. Esse sistema regula precipuamente a propriedade e a administração dos bens trazidos antes do casamento e os adquiridos posteriormente pelos cônjuges. Há questões secundárias que também versam sobre o direito patrimonial no casamento que podem derivar do regime de bens, da mesma forma que importantes reflexos no direito sucessório. Diniz 28 aponta o Regime Patrimonial como sendo o conjunto de normas aplicáveis às relações e interesses econômicos resultantes do casamento. Complementa que é constituído, portanto, por normas que regem as relações patrimoniais entre marido e mulher, durante o matrimônio e, por fim, aduz que trata-se de estatuto patrimonial dos consortes. Vistos os princípios que norteiam o Regime Patrimonial do Casamento, passa-se à análise da cada um, separadamente COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS Segundo Diniz 29, citando Lafayette Rodrigues Pereira, existem princípios que regem a comunhão universal de bens, sendo eles: 1) Em regra, tudo que entra para o acervo dos bens do casal fica subordinado à lei da comunhão. 2) Torna-se comum tudo o que cada consorte adquire, no momento em que se opera a aquisição. 3) Os cônjuges são meeiros em todos os bens do casal, embora um deles nada trouxesse ou nada adquirisse na constância do matrimônio. Explica, ainda, Diniz que por meio de pacto nupcial os nubentes possuem a possibilidade de estipular tal Regime Patrimonial, pelo qual todos as suas dívidas passivas e os seus bens presentes ou futuros, adquiridos 28 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p. 157.

24 11 na constância ou não do matrimônio, passam a ser do casal, como um estado de indivisão, onde cada cônjuge adquire a metade ideal do patrimônio comum. Afirma Venosa 30 que está ultrapassada a idéia romântica de que o Casamento trazia como conseqüência a união patrimonial: Nesse regime, em princípio, comunicam-se todos os bens do casal, presentes e futuros, salvo algumas exceções legais (art ). Como regra, tudo o que entra para o acervo dos cônjuges ingressa na comunhão; tudo que cada cônjuge adquire torna-se comum, ficando cada consorte meeiro de todo o patrimônio, ainda que um deles nada tivesse trazido anteriormente ou nada adquirisse na constância do casamento. Há exceções, pois a lei admite bens incomunicáveis, que ficarão pertencendo a apenas um dos cônjuges, os quais constituem um patrimônio especial. Todavia, a regra possui exceções, estas que excluem a comunicabilidade de alguns bens (art do CC). Em síntese, vislumbra-se que nesse Regime Patrimonial, que é previsto nos artigos a do CC, os bens que pertencem aos cônjuges e que forem adquiridos durante a constância do matrimônio passam a ser do casal, salvos aqueles que forem estipulados, como por exemplo, em cláusula de incomunicabilidade no pacto antenupcial COMUNHÃO PARCIAL DE BENS Moura 32 ao se manifestar acerca desse regime previsto nos artigos a do CC/2002 menciona que só o patrimônio adquirido 30 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p Art São excluídos da comunhão: I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art MOURA, Maura de Fátima. Direito de Família e Sucessões, p. 38.

25 12 durante o casamento é dividido por igual. Heranças e doações não entram na partilha. Explica, ainda, que o regime da comunhão parcial de bens é o que vigora nos casamentos sem pacto nupcial, explica Venosa 33 : A idéia central no regime da comunhão parcial, ou comunhão de adquiridos, como é conhecido no direito português, é de que os bens adquiridos após o casamento, os aqüestos, formam a comunhão de bens do casal. criados na relação conjugal: E complementa esclarecendo acerca dos três patrimônios A comunhão parcial, assim como a universal, dissolve-se também por morte, separação, divórcio ou anulação do casamento. Uma vez dissolvida a comunhão, cada cônjuge retirará seus bens particulares, e serão divididos os bens comuns. Algumas noções fundamentais são expressas na lei. Assim, são incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento (art ; antigo, art. 272). Desse modo, se o consorte firmara compromisso de compra e venda de imóvel antes do casamento, esse bem não se comunica, ainda que a escritura definitiva seja firmada após, salvo se houver prova de que houve contribuição financeira do outro cônjuge após o casamento. bens como sendo: Rodrigues 34 conceitua o regime de comunhão parcial de Regime de comunhão parcial de bens é aquele que, basicamente, excluem da comunhão os bens que os consortes possuem ao casar ou que adquirir por causa anterior e alheia ao casamento, e que inclui na comunhão os bens adquiridos posteriormente. 33 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p. 180/ RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família. 27. ed. São Paulo: Saraiva, v. p. 206.

26 13 Diniz 35 prossegue, afirmando que: Assim, esse regime, além de frear a dissolução da sociedade conjugal, torna mais justa a divisão dos bens por ocasião da separação judicial. Cabe destacar que o Código Civil, em seu artigo exclui da comunhão parcial os bens que cada cônjuge adquiriu antes de casar, dos recebidos em doação ou por sucessão na constância do casamento, os subrogados, as obrigações anteriores ao Casamento, as obrigações provenientes de ato ilícito, os bens de uso pessoal, livros, instrumentos de profissão, proventos, pensões e rendas semelhantes, sendo que vale destacar o apontamento feito por Venosa 37 : Esses bens não se comunicam ao outro esposo, conservando cada consorte exclusivamente para si os que possuía antes de casar. Todavia, há bens que devem ingressar no regime da comunhão parcial, tais como os adquiridos na constância do casamento por título oneroso, os adquiridos por fato eventual, adquiridos por doação, herança ou legado em favor de ambos os cônjuges; as benfeitorias nos bens particulares de cada um e os frutos do bem comum, sendo que eles serão administrados por qualquer um dos cônjuges. Por tal razão Venosa 38 se atém à seguinte peculiaridade: Portanto, há a necessidade de descrição minuciosa dos bens móveis no pacto antenupcial, sob pena de serem reputados comuns. Segundo Diniz 39 os patrimônios comuns, pessoais do marido e pessoal da mulher caracterizam o regime da comunhão parcial. Aduz 35 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p Art Excluem-se da comunhão: I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III - as obrigações anteriores ao casamento; IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 37 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p. 155/156.

27 14 também que cada consorte responde pelos seus próprios débitos, desde que anteriores ao casamento e, com relação às dívidas subseqüentes ao matrimônio estão obrigados tanto os bens comuns quanto os particulares. Assim, os bens comuns respondem pelos débitos contraídos por qualquer dos cônjuges para atender as necessidades da família, tais como despesas de administração e decorrentes de imposição legal. Nesse Regime Patrimonial os bens considerados são os adquiridos na constância do Casamento, sendo excluídos, inclusive, a herança e a doação PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQÜESTOS Para Rodrigues 40 a participação final nos aqüestos (artigos a do CC/2002) é um regime híbrido, pois prevê que: A separação de bens na constância do casamento, preservando, cada cônjuge, seu patrimônio pessoal, com a livre administração de seus bens, embora só se possa vender os imóveis com a autorização do outro, ou mediante expressa convenção no pacto dispensando a anuência (arts, 1.672, 1.673, parágrafo único c/c art ). Mas, com a dissolução, fica estabelecido o direito à metade dos bens adquiridos a título oneroso pelo casal na constância do casamento (art ). Prossegue, ainda, Rodrigues indicando os critérios para a identificação e apuração do patrimônio de participação entre ambos os cônjuges: Resumidamente, apuram-se os bens anteriores ao casamento, os sub-rogados a eles, os que sobrevierem a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade e as dívidas relativas aos bens. Estes são excluídos da apuração dos aqüestos (art ). Por sua vez, inclui-se nesses aqüestos as doações feitas por um dos cônjuges sem autorização do outro, facultada, inclusive, a reivindicação desses bens (art ), e eventuais alienações feitas em detrimento da meação. Quando da dissolução do casamento, 40 RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família, p. 218/219.

28 15 verifica-se o montante dos aqüestos (art ). Sendo possível a divisão (p. ex., numerário em aplicações, ações, etc.), promove-se a repartição na proporção alcançada. Enfatiza Diniz 41 que o regime abordado é de regime misto e que há, durante o matrimônio, uma expectativa de direito. Senão vejamos: Trata-se de um regime misto, pois durante a vigência do matrimônio aplicam-se-lhes as normas da separação de bens, pelas quais cada cônjuge possui seu próprio patrimônio, tendo a titularidade do direito de propriedade sobre os bens adquiridos, que comporão uma massa incomunicável de bens particulares. Todavia, durante o casamento, os cônjuges tem expectativa de direito à meação, de maneira que a partilha, como vimos, em caso de dissolução de sociedade conjugal, obedece a uma precisa e rigorosa verificação contábil, comparando-se o patrimônio existente por ocasião das núpcias com o final. Ao confrontar, posteriormente, o patrimônio de um dos cônjuges com o do outro, verificando-se que um adquiriu mais do que o outro durante o matrimônio, este deverá atribuir àquele metade da diferença. Neste prisma, cabe destacar que esse regime patrimonial não é aconselhável, contendo peculiaridades que funcionam apenas na teoria e que acabam enfatizando um ponto controverso vez que garante a individualidade patrimonial e, ao mesmo tempo, protege economicamente o cônjuge quando da cessão da convivência SEPARAÇÃO ABSOLUTA DE BENS Preleciona Diniz 42 que o regime de separação de bens é aquele em que cada consorte conserva com certa exclusividade seu domínio, portanto há dois patrimônios distintos, ou seja, o da mulher e o do marido. Neste prisma, existe uma incomunicabilidade dos bens adquiridos anteriormente e posteriormente à união, nada influindo na esfera pecuniária dos cônjuges, até 41 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p. 166.

29 16 mesmo porque não se vislumbra proibição de gravar de ônus real ou alienar bens, sem a autorização do outro cônjuge. Seguindo a mesma linha de raciocínio, ensina Rodrigues 43 que no regime de separação absoluta de bens os cônjuges resguardam, além do domínio e administração de seus bens, a responsabilidades pelas dívidas anteriores e posteriores ao Casamento, de forma que não repercute na esfera patrimonial. Complementa Venosa 44 que tal Regime Patrimonial pode ser legal ou convencional. Convencional porque possibilita aos cônjuges fazer com que alguns bens se comuniquem e legal por estabelecer que no silêncio do pacto cada um conserva a administração de seus bens. Diniz 45 explica que esse regime matrimonial pode derivar de acordo entre as partes ou de lei, porém em certas circunstâncias a lei impõe, caso em que esse regime é obrigatório por razões de ordem pública ou por ser exigido como sanção. É assim, em virtude do Código Civil, art , o regime obrigatório do casamento. Vislumbra-se, portanto, que esse Regime Patrimonial, previsto nos artigos e 1.688, é o imposto por lei em alguns casos e, ainda, esse regime faz com que os bens adquiridos anteriormente e posteriormente ao Casamento não se comuniquem. 1.4 EFEITOS PESSOAIS E PATRIMONIAIS DO CASAMENTO O Casamento tem como principal efeito jurídico a criação da família legítima, gerando inúmeros deveres e direitos recíprocos entre os cônjuges e seus familiares. Menciona Bittar 46 que os direitos e deveres que 43 RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: direito de família, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p BITTAR, Carlos Alberto. Direito de Família, p. 113.

30 17 integram esse contexto são de caráter pessoal (alguns personalíssimos), ou patrimonial, conforme o caso. Os efeitos pessoais do Casamento estão previstos no artigo do CC, que fala em fidelidade recíproca, vida em comum no domicílio conjugal, mútua assistência, sustento, guarda e educação dos filhos, respeito e consideração mútuos. Gomes 47 afirma que consiste o dever de fidelidade em abster-se cada cônjuge de relações carnais com terceiro. Decorre do caráter monogâmico do casamento, sendo incondicional. A vida em comum no domicílio conjugal é um efeito pessoal e visto como uma finalidade básica 48 para o Casamento e que muda constantemente concomitantemente com os valores sociais. Já a mútua assistência segundo Cavalcanti 49 é ampla e abrange os aspectos morais espirituais, materiais e econômicos, respondendo ao mútuo adjutorium existente entre o direito matrimonial canônico, citando, ainda, como exemplo o diálogo, o carinho, o auxílio psicológico e o afeto. Gomes 50 preleciona: Sobre o dever de sustento, guarda e educação dos filhos Dos três deveres comuns a ambos os cônjuges, o de sustento, o de guarda e o de educação, o primeiro está compreendido nos encargos de família, para dos quais devem ambos contribuir. Sua exceção é difusa no sentido de que há de ser cumprido dia após dias, até que o filho atinja a maioridade ou se emancipe. 47 GOMES, Orlando. Direito de família. 11. ed. Rio de Janeiro: Forense, p CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p GOMES, Orlando. Direito de família, p. 140.

31 18 Por fim, tem-se o respeito e consideração mútua que podem ser analisados de acordo com o entendimento de Cavalcanti 51, ou seja, entendemos, entretanto, que o legislador quis salientar o espírito de uma relação familiar, ou seja, a própria estabilidade moral e psicológica da união. Não obstante, os efeitos patrimoniais do Casamento são regidos por regras específicas à luz do Código e de Leis esparsas que ditam as normas da vida econômica do casal, todavia, respeitando o valor maior que é a família. O Regime Patrimonial de bens, sem dúvida é um dos efeitos patrimoniais do Casamento, sendo regido por princípios fundamentais tais como a variabilidade de regime de bens, a liberdade dos pactos antenupciais, a mutabilidade do regime adotado e a imediata vigência do regime de bens. Segundo Diniz 52 a essência do princípio da variabilidade de regime de bens refere-se à liberdade de escolha dos cônjuges ao optar por um dos quatro regimes de bens que o Código Civil lhes oferece, podendo ser firmado através de um pacto antenupcial, consagrando, assim, o princípio da liberdade dos pactos nupciais, que terá validade apenas a partir do dia das núpcias (art , 1º) 53. Além disso, existe a possibilidade de alteração do regime de bens adotado (art , 2º do CC) 54, isso tudo para que não haja dano para qualquer dos cônjuges, caso algum venha se sentir prejudicado. 51 CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p. 144/ Art É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 1º O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento. 54 Art É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. (...) 2º É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.

32 19 Considera-se efeito patrimonial também a administração da sociedade conjugal, respeitando, todavia, o Regime Patrimonial que fora adotado e/ou o pacto nupcial celebrado. Diniz 55 afirma que tanto o marido quanto a mulher passam a ter o dever de velar pela direção material da família, porém, cita o disposto no art do CC e explica que há casos que um dos cônjuges assume a direção da sociedade conjugal. Outro efeito patrimonial muito importante no Casamento é a preservação do patrimônio familiar no que diz respeito à autorização para alienar ou gravar ônus real de bens imóveis, pleitear como autor ou réu acerca de direitos imobiliários e fazer doação de bens comuns. Acerca da autorização para alienar ou gravar ônus real Diniz 57 enfatiza o disposto no art do CC: exceto no regime de separação absoluta de bens, tanto o marido como a mulher, sem a devida autorização não podem alienar ou gravar de ônus real de bens imóveis. Com relação ao dispositivo legal que não permite apenas um dos cônjuges pleitear como autor ou réu acerca de direitos imobiliários afirma Diniz 58 que ambos devem fazer valer o seu direito porque na sentença poderá haver perda de domínio. Já a doação é prevista no art , IV do CC e deve, como os demais efeitos, ser escrita e expressa, e se por algum motivo lhe for negada, deve a mesma ser fundada em motivo plausível, podendo ser suprida por autorização judicial (art do CPC e artigos e do CC). 55 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p Se qualquer dos cônjuges estiver em lugar remoto ou não sabido, encarcerado por mais de cento e oitenta dias, interditado judicialmente ou privado, episodicamente, de consciência, em virtude de enfermidade ou de acidente, o outro exercerá com exclusividade a direção da família, cabendo-lhe a administração dos bens. 57 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: direito de família, p A autorização do marido e a outorga da mulher podem suprir-se judicialmente, quando um cônjuge a recuse a outro sem justo motivo, ou lhe seja impossível dá-la. Parágrafo único. A falta, não suprida pelo juiz, da autorização ou da outorga, quando necessária, invalida o processo.

33 20 Passa-se ao estudo de mais um efeito patrimonial do Casamento, ou seja, o dever recíproco de socorro (art , III 61 do CC) obrigação dos cônjuges em cumprir com o sustento da família de forma concomitante. Por fim, tem-se o efeito patrimonial conhecido como direito sucessório do cônjuge sobrevivente, regulado pelos artigos 1.829, 1.830, 1.832, 1.836, 1.837, 1.839, e do Código Civil e, ainda, art. 5º, XXXI da CRFB/88, os quais dispõem que, além de o cônjuge sobrevivente ser herdeiro necessário ele concorre na ordem de vocação hereditária. 1.5 CONCEITO DE UNIÃO ESTÁVEL em seu artigo 226, 3º: O instituto da União Estável está reconhecido na CRFB/88 Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a União Estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar a sua conversão em casamento. Ainda, com relação à família constituída fora do Casamento há a disciplina legal prevista no art do novo Código Civil: É reconhecida como entidade familiar a União Estável entre homem e mulher, configurada na convivência pública, continua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 60 Art Ressalvado o disposto no art , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; III - prestar fiança ou aval; IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação. Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada. Art Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la. 61 Art São deveres de ambos os cônjuges: (...) III - mútua assistência.

34 21 Neste sentido afirma Cavalcanti 62 : Trata-se de fato jurídico não solene, de formação sucessiva e complexa. Ou seja, somente após a configuração de certos elementos é que ela finalmente poderá ser reconhecida como entidade familiar pelo sistema jurídico. Isto quer dizer que a união estável precisa se adequar a certos elementos para que seja finalmente reconhecida como fato jurídico. Cavalcanti 63 cita Antônio Carlos Mathias Coltro em sua obra e verifica que União Estável se diferencia do Casamento quanto a sua constituição, efeitos e suas incidências: A família à margem do casamento. Merecedora de proteção ampla, de sorte a também cercá-la de garantias legais, desde que presentes elementos indicativos da estabilidade nas relações entre conviventes, protegendo-se, com isso, não só o próprio respeito que relacionamentos de tal ordem possa merecer, quanto as pessoas daqueles que integrem, alcançados, aí, obviamente, os filhos. Cahali 64 define a União Estável como um fato social e jurídico do mundo empírico, pois os companheiros passam a integrar tal instituto somente após a caracterização de suas condutas, ou seja, a posteriori, e não após o preenchimento dos requisitos formais. Complementa Venosa 65 expondo que: Portanto, a união estável, denominada na doutrina como concubinato puro, passa a ter a perfeita compreensão como aquela união entre homem e mulher que pode converter-se em casamento. 62 CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p. 113/ CAHALI, Francisco José. União estável e alimentos entre companheiros. São Paulo: Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: direito de família, p. 453.

35 22 Analisados os diversos conceitos apresentados pelos doutrinadores percebe-se que o instituto da União Estável é menos formal do que o Casamento, pois se estabelece primeiro e depois se preocupa com a esfera jurídica que gera. 1.6 REQUISITOS DA UNIÃO ESTÁVEL Para que haja o reconhecimento da União Estável devem estar presentes alguns requisitos, sendo eles, na concepção de Lisboa 66 : a) a diversidade de sexo; b) a inexistência de impedimento matrimonial entre os conviventes; c) a exclusividade; d) a notoriedade ou publicidade da relação; e) a aparência de casamento perante a sociedade, como se os conviventes tivessem contraído matrimônio civil entre si; f) a coabitação; g) a fidelidade; h) a informalização da constituição da União; i) a durabilidade, caracterizada pelo período de convivência, para que se reconheça a estabilidade da União. Da mesma maneira Cavalcanti 67 destaca que a união entre homem e mulher, legalizada ou não, pode ser caracterizada através do animus e de alguns elementos configuradores. Para a nobre doutrinadora a diversidade dos sexos é elemento subjetivo e requisito essencial para que a União Estável esteja caracterizada e, portanto, reconhecida como entidade familiar. Seguindo essa linha de pensamento, afirma, ainda, Cavalcanti 68 que a união exclusiva é outro elemento objetivo, interligado essencialmente ao princípio da monogamia, e enfatiza que A lei não admite é o reconhecimento de relacionamentos múltiplos, paralelos ou concorrentes, que não são marcados pela exclusividade e pela monogamia como quer a sociedade e o sistema legal vigente. 66 LISBOA, Roberto Senise. Manual elementar de direito civil. 2. ed. São Paulo: Revistas dos Tribunais, v. p CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p. 119.

36 23 O elemento da durabilidade é o requisito que caracteriza a união passageira daquela que se possui o animus de constituir família, porém, o Código Civil não estipula um prazo para tal elemento. Posiciona-se Cavalcanti 69 : Estabelecer prazo de cinco ou dois anos para a caracterização da durabilidade de uma relação entre homens e mulheres seria voltar a colocar de lado os relacionamentos extramatrimoniais que não chegam a durar esse lapso de tempo, mas que, não se pode negar, consolidam uma família. A União Estável para ser reconhecida deve ser expressamente notória e pública, conforme dispõe o art do CC e a Lei n /96 71, e deve demonstrar a intenção de desligar relacionamentos munidos de deslealdade. Assim, conclui Cavalcanti 72 que a publicidade da união estável vem pela exteriorização da vontade de formar família. O último elemento objetivo é a inexistência de impedimentos matrimoniais, regulado pelo art , parágrafo primeiro do CC que dita a não configuração da União Estável se estiverem presentes os impedimentos descritos no art do mesmo instituto. 69 CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art ; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 2º As causas suspensivas do art não impedirão a caracterização da união estável. 71 Regula o 3 do art. 226 da Constituição Federal, dispondo sobre a convivência duradoura e contínua de um homem e uma mulher. 72 CAVALCANTI, Ana Elizabeth Lapa Wanderley. Casamento e União Estável: requisitos e efeitos pessoais, p Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte.

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