22 de agosto de 2002 TIPOLOGIA SOCIOESPACIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE: análise preliminar do caso de Porto Alegre 1980/1991

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1 22 de agosto de 2002 TIPOLOGIA SOCIOESPACIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE PORTO ALEGRE: análise preliminar do caso de Porto Alegre 1980/1991 In: Castagna, Alicia, Raposo, Isabel, Woelflin, Maria L. (Editoras). Globalizacion y territorio, VI Seminário Internacional, Red Iberoamericana de Investigadores sobre Globalización y territorio. Rosario, UNR, 2002, p Mirian Regina Koch Rosetta Mammarella Tanya M. Barcellos Introdução Neste texto, analisamos a tipologia socioespacial da cidade de Porto Alegre, e buscamos detectar as transformações na organização social e espacial da cidade, ocorridas entre 1980 e Com isso, apresentamos alguns resultados da pesquisa Desigualdades Socioespaciais na Região Metropolitana de Porto Alegre, cujo propósito é investigar os impactos da reestruturação produtiva sobre a dimensão metropolitana da sociedade gaúcha no atual contexto de globalização. 1 Mais especificamente, na referida pesquisa temos como objetivo produzir uma análise da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) relativa às mudanças socioespaciais no período 1980/91, de modo a avaliar qual o impacto das transformações econômicas na configuração metropolitana, identificando tendências e fatores envolvidos nesses processos. Além disso, pretendemos traçar um quadro das desigualdades socioespaciais que sirva de referência tanto para a formulação de políticas públicas quanto para a avaliação do desempenho político-institucional dos Governos Estadual e Municipal, em especial no acompanhamento da implementação de projetos que incidam sobre a estrutura produtiva e social da RMPA. No contexto das mudanças econômicas e sociais ocorridas nas últimas décadas, as metrópoles configuram-se como espaços contraditórios de concentração de poder e de riqueza e de crescimento econômico e demográfico. De modo particular, elas emergem como lugares onde as desigualdades sociais se agravam e intensificam provocando, dentre outros problemas, crises de governabilidade. A referência para a problematização da questão metropolitana encontra-se nas discussões que se travam recentemente em torno da hipótese da global city, formulada por Sassen (1991). Segundo Ribeiro (1999, p.2), essa hipótese (...) postula que vem ocorrendo a transformação do papel das cidades que 1 O estudo está sendo desenvolvido dentro da linha de pesquisa Estudos Regionais e Urbanos, do NERU e integra um conjunto de trabalhos comparativos sobre as metrópoles brasileiras no contexto do Projeto Metrópole, Desigualdades Socioespaciais e Governança Urbana: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, com a incorporação recente de Curitiba e Recife. O Projeto, coordenado pelo Observatório de Políticas Urbanas e Gestão Municipal, vinculado ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, conta com apoio do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX 97) do Ministério de Ciência e Tecnologia e é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Outros textos abordando a estrutura socioespacial de Porto Alegre já foram produzidos (Barcellos, Mammarella, Koch, 2002; 2002a). A pesquisa sobre a RMPA é financiada pelo Programa Pró-Guaíba (Secretaria de Estado da Coordenação e Planejamento) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).

2 2 passam a integrar as redes da economia no mundo; mudando a sua divisão social e espacial do trabalho ao declinar a atividade industrial e ao expandirem-se as atividades financeiras e os serviços produtivos e pessoais. A conseqüência deste conjunto de transformações seria a emergência de uma nova estrutura social, caracterizada pela expansão das camadas superiores e inferiores da hierarquia social e pela concentração da renda, ao mesmo tempo em que se contrai o peso das camadas médias. Porém essa tese não tem unanimidade entre os estudiosos, que questionam, de modo especial, a existência de uma correlação direta e imediata entre as mudanças na economia e as mudanças sociais (Mammarella, Barcellos, Koch, 2000). Isso remete o foco do debate para os resultados empíricos de pesquisas, no sentido de que, somente com o conhecimento das situações concretas das metrópoles, podemos agregar elementos importantes para a compreensão das especificidades que estão no bojo desses fenômenos recentes. A análise dos impactos sociais e territoriais que estão ocorrendo na capital do Estado, face às mudanças econômicas e tecnológicas em andamento na sociedade brasileira, se insere nesse esforço. Baseado na construção de uma tipologia socioespacial, a partir da identificação de unidades espaciais (áreas), através de um sistema classificatório de caráter socioocupacional, o trabalho foi organizado em três partes: a primeira oferece uma breve contextualização socioeconômica, destacando a cidade de Porto Alegre e a RMPA frente ao Estado do Rio Grande do Sul; a segunda concentra a análise na estrutura socioocupacional e socioespacial da Cidade; e a terceira detémse na descrição da evolução do espaço social A cidade na metrópole: de 1980 a 2000 A Região Metropolitana de Porto Alegre, integrada originalmente, por 14 municípios, quando da sua criação (Lei Complementar nº 14/1973), manteve essa configuração territorial até Como resultado de incorporações de novas unidades e de processos de emancipações e desmembramentos, em 1991 a Região passou a reunir 22 municípios e 30 em Em termos demográficos, é significativa a importância da RMPA no conjunto do Estado, devendo-se destacar, de modo especial, que, entre 1980 e 2000, aumentou a participação da população total da Região no conjunto do RS, ao mesmo tempo em que o peso da população urbana da metrópole em relação à do Estado apresentou leves oscilações no período, expressando a grande urbanização que aconteceu no resto do Estado. No curso desses 20 anos, o grau de urbanização da região manteve- -se relativamente estável, com taxas variando entre 95% e 96%, ao passo que o estado se urbanizou com maior intensidade, se levarmos em consideração que 67% de sua população, em 1980, vivia no meio urbano e, em 2000, essa taxa subiu para quase 82%. Embora tenha se mantido acima do crescimento médio do Estado, o ritmo de crescimento metropolitano também se desacelerou, passando de 2,58% a.a. na primeira década para 1,72% a.a. na segunda (Quadro 1). 2 Tão logo os dados do Censo 2000 estejam disponíveis no formato exigido pela pesquisa, teremos condições de comparar os resultados obtidos com os da década de A maioria dos sete municípios incorporados à Região após 1991 apresenta características rurais e ainda não são muito expressivos em termos econômicos. Por essa razão, detivemo-nos na configuração territorial de 1991, a fim de facilitar a análise que aqui fazemos para o período 1980 e

3 3 Quadro 1 Caracterização demográfica do Rio Grande do Sul, da RMPA e de Porto Alegre DISCRIMINAÇÃO POPULAÇÃO TOTAL POPULAÇÃO URBANA Rio Grande do Sul (RS) Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) Porto Alegre (POA) RMPA/RS 29.33% 33.39% 34.36% 41.45% 42.18% 40.55% POA/RMPA 49.36% 41.40% 38.87% 51.23% 42.45% 39.16% DISCRIMINAÇÃO GRAU DE URBANIZAÇÃO TAXA DE CRESCIMENTO (%) Rio Grande do Sul Região Metropolitana de Porto Alegre Porto Alegre FONTE: Censo Demográfico 1980, 1991, Evidencia-se, por outro lado, um relativo esgotamento da capacidade do Município de Porto Alegre em reter a população, registrando-se perdas em relação tanto ao conjunto metropolitano como ao total do Estado: em 1980, a Capital concentrava 51,23% da população urbana metropolitana; em 2000, esse percentual caiu para 39,16%. Os resultados do último Censo Demográfico mostraram que Porto Alegre ficou menos urbana que em 1980 e que o ritmo de seu crescimento se desacelerou de modo significativo, fenômeno que também ocorreu em outras capitais do Brasil. Em termos econômicos, a característica mais importante da RMPA é o fato de ela concentrar, em seu território, as atividades industriais e de serviços, fenômeno decorrente de um processo que se estabeleceu até o final dos anos 70. Na década seguinte, essa tendência se enfraqueceu, com redução da participação da Região no total da produção estadual, como efeito da crise que se instalou no País a partir do final dos anos 70 e que persistiu até os 90, com implicações sobre o potencial da Região em manter seu nível de importância na economia estadual. Segundo Alonso (2001), a Região, que em 1990 gerava 41,25% do Valor Adicionado a Preços Básicos do Estado (VAB), teve sua participação reduzida para 39,02% em O responsável por esse recuo foi o baixo desempenho da indústria no período, já que o setor comercial aumentou sua participação de 47,10% para 50,44% entre um ano e outro, sendo que Porto Alegre apresentou a maior contribuição para esse crescimento. As perdas mais significativas na indústria se verificaram em Porto Alegre, Canoas e Triunfo. A redução que observamos na participação do setor industrial em Porto Alegre não é fato novo, pois, desde os anos 70-80, a Capital vem 3

4 4 experimentando um processo de desindustrialização relativa, muito bem relatado por Alonso e Bandeira (1988). O desempenho setorial da economia metropolitana na sua composição interna, entre 1990 e 1998, apontou a perda de posição da Indústria em favor dos demais serviços. Ainda segundo Alonso (2001), as mudanças na composição interna do VAB da RMPA têm como causa provável o processo de reestruturação por que passou a Região na década. Essa mudança teria ocorrido, dentre outros fatores, por conta da transferência de um conjunto de atividades que faziam parte do setor industrial para o setor serviços, num processo de adaptação, como parte do ajuste estrutural, visando à maior competitividade. Delineia-se, portanto, uma mudança no perfil da economia metropolitana, que se terciariza, com Porto Alegre mostrando predomínio nas atividades de comércio e com aumento das atividades de serviços disseminado em praticamente todos os municípios metropolitanos. Ao mesmo tempo, ocorre a continuidade de um processo de concentração econômica na RMPA, que mantém seu poder de atrair pesados investimentos industriais. O quadro recente denota que, mesmo perdendo posição na economia estadual, a Região continua mantendo larga vantagem em relação ao restante do RS. Prova disso são as perspectivas do investimento industrial programado para o Estado através do Fundo Operação Empresa (Fundopem). Conforme mostramos em outro estudo, na Região localizavam-se 72% dos investimentos fixos, já fruindo benefícios ou em análise, previstos para o Estado através desse fundo. Até a Capital, que, como vimos acima, vem sofrendo um processo de desindustrialização relativa, reaparece como locus relevante para empreendimentos em setores modernos da indústria (Mammarella, Barcellos, Koch, 2001). 2. Tipologia socioespacial de Porto Alegre A análise das desigualdades sociais em Porto Alegre para os anos 1980 e 1991 implicou a adoção de procedimentos que se desenrolaram em duas etapas. A primeira tratou do estudo da estrutura socioocupacional, e a segunda, das diferenciações espaciais da estrutura social a partir da definição de unidades socioespaciais correspondentes. Como fonte de informações, foram utilizados os Censos Demográficos de 1980 e 1991 (tabulações especiais), o que permitiu avaliarmos as transformações durante a década. A análise da estrutura socioocupacional em 1980 e em 1991 foi feita a partir da utilização de categorias socioocupacionais (CATs), conjugando as variáveis ocupação, posição na ocupação e setor de atividade, que foram filtradas, em algumas situações, pelas de renda e grau de instrução. 4 A definição dessas variáveis parte do suposto de que o trabalho desempenha função estruturadora da sociedade, o que justifica a utilização de variáveis (as únicas disponíveis com suficiente grau de universalização que permite comparação no tempo e no espaço) que oferecem condições de se conhecer o modo como os indivíduos estão inseridos no mundo do trabalho. Além disso, permitem observar o nível de relações existentes entre mudanças econômicas e mudanças socioespaciais. Enfim, trabalhar com a variável ocupação (...) nos permitiria uma aproximação descritiva da estrutura de classe e o seu papel na estratificação socioespacial. Por fim, a ocupação apresenta 4 O detalhamento da metodologia para a construção das categorias socioocupacionais pode ser encontado em Ribeiro (2000, p.629). 4

5 5 características de variável síntese` de múltiplos processos sociais, cujo conhecimento é fundamental na análise da estruturação da cidade, tais como, modelo de consumo, estilo de vida, etc. (Ribeiro, 2000, p.73). A abordagem das diferenciações espaciais da estrutura social parte das categorias socioocupacionais aplicadas ao espaço através de uma análise em nível de setor censitário, seguida do agrupamento desses setores em unidades espaciais (áreas), que se constituíram em base territorial para a elaboração de uma tipologia socioespacial. Na construção da tipologia, estiveram envolvidos dois procedimentos metodológicos específicos: O primeiro diz respeito à definição das áreas, construídas com base em quatro critérios: (a) distribuição da população ocupada (mínimo de pessoas ocupadas por áreas); (b) contigüidade e continuidade geográfica das áreas; (c) unidade urbanística, levando em conta, também, à existência de grandes equipamentos estruturadores do espaço; (d) correspondência entre os limites das áreas e os limites de outras formas de regionalização existentes que tenham importância em termos de geração/uso de dados e de intervenção pública, ou seja, os bairros, as regiões administrativas, as regiões do Orçamento Participativo e as áreas especiais (do tipo vilas ou favelas ). A aplicação desses critérios resultou na definição de 55 áreas no Município de Porto Alegre. O segundo refere-se à construção da tipologia socioespacial 5, na qual, através da aplicação de técnicas estatísticas, relacionamos as categorias socioocupacionais com as unidades espaciais. Para tanto, foram utilizadas técnicas estatísticas adaptadas à análise da organização do espaço geográfico - Análise Fatorial de Correspondência (AFC) e Classificação Ascendente Hierárquica (CAH). 6 Como resultado, obtivemos um sistema de classificação composto por seis tipos, que permitiu hierarquizar os espaços intra-urbanos segundo a composição socioocupacional: superior, médio superior, médio, médio inferior, operário e popular Evolução da estrutura social de Porto Alegre O sistema de hierarquização social das ocupações, que funciona como proxy da estrutura social, foi utilizado para a avaliação das tendências de segmentação e de desigualdades socioespaciais presentes na cidade de Porto Alegre. A análise da hierarquia social da cidade de Porto Alegre, em 1991, realizada à luz das categorias socioocupacionais, aponta, em primeiro lugar, para a importância das camadas médias. 7 As categorias médias representam cerca de um terço dos 5 É importante salientar que a tipologia de Porto Alegre foi tratada em termos metodológicos como uma unidade independente do conjunto metropolitano. Como a técnica estatística empregada para classificar hierarquicamente os espaços relaciona a distribuição das CATs nas áreas com a distribuição média, fica evidente que os resultados relativos à Cidade, quando integrada à RMPA, poderão ser diferentes dos que obtivemos neste trabalho. 6 Para uma descrição das técnicas de Análise Fatorial de Correspondência múltipla e Classificação Ascendente, ver Fenelon (1999). Para o tratamento estatístico dos dados e geoprocessamento foram utilizados os softwares SPSS, StatLab e MapInfo. 7 A comparação da estrutura social de Porto Alegre com a da RMPA mostra-nos que há distinções relevantes que devem ser registradas. A RMPA apresenta uma estrutura na qual o proletariado industrial é a categoria com maior peso, refletindo a importância industrial da Região. Se retirarmos a Capital do conjunto metropolitano, os operários industriais representam em torno de 40% dos ocupados. As 5

6 6 ocupados, fatia que alcança mais de 40%, quando a consideramos junto com a pequena burguesia (7,57%), segmento este que se aproxima dos setores médios. Em segundo lugar, destacamos o proletariado terciário, que compõe, com esses grupos, um quadro onde os serviços apresentam posição dominante. Na seqüência, aparecem, por ordem, o proletariado secundário, a elite intelectual, cujo relevo expõe a concentração do capital cultural no núcleo metropolitano o subproletariado, a elite dirigente e, por fim, os agricultores, estes com peso irrelevante na distribuição dos ocupados (Gráfico 1). Gráfico 1 Estrutura socioocupacional em grandes grupos de CATs, em Porto Alegre CATs Subproletariado Proletariado Secundário Proletariado Terciário Categorias Médias Pequena Burguesia Elite Intelectual Elite Dirigente Agricultores 9,74 9,14 4,68 7,57 8,84 9,64 1,85 1,61 0,69 0,69 17,53 15,58 21,42 21,62 35,26 34, (%) Fonte: IBGE, 1980 e 1991 Observando a composição interna dos grandes grupos de categorias socioocupacionais (tabela 1), constatamos que, no que se refere às categorias médias, são os empregados de escritório, reunindo atividades de rotina, os de supervisão e os empregados na saúde e na educação que detêm os maiores percentuais de participação, indicando, de um lado, um relativo predomínio de ocupações médias tradicionais e, de outro, a importância do setor estatal, maior responsável pelo ensino e pela saúde. Somente os empregados de supervisão são representativos das ocupações mais especializadas que acompanham a reestruturação. Dentro do proletariado terciário, salientam-se os empregados do comércio e os prestadores de serviços especializados, estes últimos demonstrando a importância dos segmentos modernos na Capital. 8 camadas médias, por outro lado, ocupam uma fatia bem menor na estrutura metropolitana, o que ocorre também com a elite intelectual, que aparece com maior destaque na hierarquia social de Porto Alegre (Mammarella, Koch, Barcellos, 2000). 8 Na verdade, não foi possível captar certas mudanças que acompanham a reestruturação e que incidem na estrutura social. É exemplo o caso dos diferenciais que vêm se verificando no interior da categoria do comércio, em função do crescimento dos segmentos modernos que constituem os shopping centers e as grandes redes de supermercados, assim como a parcela em crescimento representada por lojas especializadas e butiques voltadas para as camadas de renda mais alta. Provavelmente, esse incremento tem ampliado os estratos mais qualificados e melhor remunerados dos empregados do comércio. 6

7 7 Quando examinamos as mudanças na estrutura social, nos anos 1980 e 1991, devemos registrar alguns pontos importantes para situarmos nossa capital em relação às hipóteses de polarização social postas pela literatura. De um lado, temos a forte redução do peso do proletariado industrial na estrutura social, fato que pode estar relacionado com as alterações tecnológicas nos processos de produção e com o processo de desindustrialização relativa do Município. De outro lado, vemos um crescimento significativo do espaço ocupado pela pequena burguesia, que reúne os pequenos empregadores urbanos e os comerciantes por conta própria. Tabela 1 Estrutura social de Porto Alegre Taxa de CATEGORIAS SOCIOOCUPACIONAIS % % Crescimento Elite dirigente 1,85 1,61-0,39 Empresários 0,77 0,8 1,17 Dirigentes do setor público 0,35 0,16-5,78 Dirigentes do setor privado 0,33 0,25-1,56 Profissionais liberais 0,41 0,4 0,74 Elite intelectual 8,84 9,64 1,69 Profissionais de nível superior autônomos 0,94 1,73 6,71 Profissionais de nível superior empregados 7,9 7,9 0,89 Pequena burguesia 4,68 7,57 5,41 Pequenos empregadores urbanos 2,71 4,95 6,57 Comerciantes por conta própria 1,97 2,63 3,57 Categorias médias 35,26 34,16 0,6 Empregados de escritório 16,56 13,96-0,66 Empregados de supervisão 7,73 7,46 0,56 Técnicos e artistas 4,03 3,77 0,27 Empregados da saúde e educação 4,77 6,54 3,82 Empregados da segurança pública, justiça e correios 2,17 2,44 1,96 Proletariado terciário 21,42 21,62 0,98 Empregados no comércio 7,3 8,52 2,33 Prestadores de serviços especializados 9,06 8,23 0,01 Prestadores de serviços não especializados 5,06 4,87 0,54 Proletariado secundário 17,53 15,58-0,19 Operários da indústria moderna 2,97 2,48-0,73 Operários da indústria tradicional 2,91 2,43-0,73 Operários dos serviços auxiliares da economia 3,55 4,47 3,02 Operários da construção civil 6,5 4,5-2,43 Artesãos 1,6 1,69 1,39 Subproletariado 9,74 9,14 0,31 Empregados domésticos 8,46 6,89-0,98 Ambulantes 1,02 1,93 6,86 Biscateiros 0,25 0,32 3,33 Agricultores 0,69 0,69 0,92 Agricultores 0,69 0,69 0,92 TOTAL ,89 FONTE: Censos 1980 e 1991, IBGE Devemos, ainda, mencionar que, em termos das taxas de crescimento, a Tabela 1 nos mostra três categorias que se sobressaíram nesse período: os ambulantes, no interior do subproletariado (6,86% a.a.), os profissionais de nível superior autônomos, dentro da elite intelectual (6,71%a.a.), e os pequenos empregadores urbanos, dentro da 7

8 8 pequena burguesia (6,57%a.a.). 9 No que se refere à categoria superior esse fenômeno pode estar refletindo a concentração e o aumento da importância, na Capital, dos serviços especializados. Quanto às outras categorias, podemos relacionar seu crescimento com os efeitos da chamada década perdida, marcada por uma crise que afetou o mercado de trabalho, provocando desemprego e aumento dos ocupados com baixos rendimentos (dentre eles os ambulantes) e também o incremento dos pequenos empregadores. Em síntese, relacionando a estrutura social de Porto Alegre com as imagens do ovo e da ampulheta 10, constatamos que ela se aproxima bem mais da primeira, em função da importância das camadas médias. Não obstante, se analisamos essa estrutura sob o ângulo do crescimento, onde categorias situadas nos extremos da hierarquia se destacam, podemos ver indícios dos processos de segmentação que acompanham a reestruturação e a globalização, entre os quais estão a ampliação da força de trabalho com alto nível de qualificação e o aumento da pobreza e das relações precárias de trabalho Hierarquia do espaço social da Cidade Em relação à tipologia socioespacial de Porto Alegre, devemos, primeiramente, descrever os resultados da análise fatorial por correspondência, através da qual relacionamos a distribuição das categorias socioocupacionais com as 55 áreas geográficas em que o espaço da Cidade foi desagregado. O fator 1 é o de maior peso, explicando, aproximadamente, 62% das variações em relação à média da composição social das áreas (Gráfico 2). Junto com o fator 2, ele explica cerca de 75% delas. Na análise relativa a 1980, esses dois fatores foram responsáveis por 72% da variância total. Constatamos, portanto, que existe correlação entre a configuração dos espaços urbanos e a hierarquia social. Gráfico 2 Variância dos fatores na análise fatorial O crescimento médio dos ocupados em Porto Alegre, no mesmo período, foi de 0,89%a.a. 10 "A melhor imagem(...) é talvez aquela do ovo e da ampulheta: a população de uma cidade se distribui normalmente como um ovo, mais larga no meio e se estreitando nas extremidades; quando ela se polariza, o meio se retrai e as extremidades incham até a curva de distribuição se parecer uma ampulheta. Podemos definir o meio do ovo como as camadas intermediárias(...). Ou se a polarização é entre ricos e pobres, o meio do ovo representa os grupos de renda média(...) A metáfora não evoca linhas de divisão estrutural, mas um contínuo sobre uma única dimensão, cuja distribuição torna-se crescentemente bimodal. (Marcuse, in: Ribeiro (2000, p. 75). 8

9 9 Examinando a contribuição das categorias socioocupacionais para a formação do fator 1, constatamos que 12 categorias têm contribuição acima da média, somando 87,45% das contribuições. As maiores contribuições são as das categorias que formam as elites e as daquelas que compõem o proletariado industrial (Tabela 2). Tabela 2 Categorias socioocupacionais com contribuição superior à média na formação da hierarquia social (fator1) 1991 CATEGORIAS CONTRIBUIÇÃO (%) Profissionais de nível superior autônomos 14,06 Profissionais de nível superior empregados 12,90 Operários da indústria moderna 9,28 Operários dos serviços auxiliares 8,89 Operários da indústria tradicional 7,44 Profissionais liberais 7,04 Operários da construção civil 6,90 Dirigentes do setor público 5,95 Empresários 4,78 Ambulantes 3,90 Prestadores de serviços não especializados 3,38 Pequenos empregadores 2,93 TOTAL 87,45 FONTE DE DADOS BRUTOS: IBGE, 1991 O produto desta análise permite-nos afirmar, ainda, que, no caso de Porto Alegre, é definidora a oposição das categorias das elites dirigente e intelectual com relação às categorias dos proletários industriais (à exceção da construção civil e dos artesãos) e dos ambulantes (Gráficos 3). Gráfico 3 Espaço fatorial das categorias socioocupacionais

10 10 Subproletariado Agricultores CAT_83 CAT_10_ 0, CAT_ 23_ CAT_24_ CAT22_ Elite Dirigente CAT_21 Proletariado Industrial Proletariado terciário CAT_74 CAT_63 CAT_81-1,4072 CAT_72 CAT_73 CAT_62 1,5266 CAT_33_ CAT_61 CAT_51 CAT_31 1 CAT_54 CAT_71 CAT_82 CAT_32 CAT_52 CAT_42 CAT_55 CAT_53 CAT_41 Pequena Burguesia Elite Intelectual Categorias Médias -0,8597 Essas categorias são responsáveis pelas diferenciações entre os espaços sociais, ocupando posições bastante destacadas no espaço fatorial, ao contrário das categorias intermediárias que se encontram perto do centro de gravidade do espaço fatorial, revelando que elas apresentam uma configuração próxima da média dos espaços sociais da cidade de Porto Alegre. Gráfico 4 Espaço fatorial das áreas , A25CEN_1 * FAPOAI_1 A51ESU_1 * A26CEN_1 * FPOAIII_1 A31LES_1 * FPOAII_1 FPOAIV_1 A40LPI_1 * A6NORO_1 * A27CEN_1 * A1 6NR D_ 1 * A42SUL_1 * A17CEN_1 * A43SUL _1 * A18CEN_1 * A24CEN_1 * A5NORT_1 * A50RES_1 A12EB * _1 * A41CRI_1 * A11NRO_1 * A1HUM_1 * A44SUL_1 * -0,7709 0,7372 A39PAR _1 * A49GLO_1 * A21CEN _1 * 1 A14EB _1 * A48CSU_1 * A45CSU_1 * A34CRZ_ 1 * A28CEN_1 A29CEN_1 * * A22CEN_1 * A4NORT_ A33LES_1 A37PAR_1 1 * A32LES_1 * * * A19CEN_1 * A47CSU_1 * A9NORO_ 1 * A3NORT_ 1 A15EB_ * 1 * A46CSU_1 * A20CEN_1 A30CEN_1 * * A38PAR_ 1 * A10NRO_1 A7NORO_1 * A13EB_1 A36PAR_1 * * A8NORO_1 * * A2HUM_1 * A35PAR_1 * A23CEN_1 * -0,

11 11 Quando observamos, por outro lado, a distribuição das áreas no espaço fatorial (Gráfico 4), que nos fornece uma visão da hierarquia social no espaço, notamos que essa classificação acompanha o movimento das categorias: próximo do centro de gravidade do espaço fatorial, observamos um conjunto de áreas que correspondem mais aos tipos médios da estrutura socioespacial, nos dois pólos que se distanciam desse centro, à esquerda, encontramos um conjunto de áreas de tipo predominantemente popular e, à direita, um conjunto de áreas de tipo superior Tipologia dos espaços sociais da cidade de Porto Alegre Após a primeira análise fatorial por correspondência procedemos à classificação das 55 áreas, utilizando a técnica da classificação ascendente hierárquica, obtendo, como resultado, uma divisão da Cidade em seis tipos de espaço, tanto para 1980 como para 1991: superior, médio superior, médio, médio inferior, operário e popular. Essa hierarquia foi estabelecida a partir da análise do perfil social dos tipos, que permite avaliar o grau de homogenização social, o de concentração espacial das categorias e o índice de densidade relativa. a) Descrição demográfica da tipologia Observando a Tabela 3 constatamos que o principal fenômeno é o aumento significativo da importância dos espaços de tipo médio superior, que representavam 5,45% em termos de número de áreas e 7,51% em termos de população ocupada em 1980, passando a representar 18,18% das áreas e 18,98% da população ocupada em Também o tipo popular teve sua importância aumentada no período. Em 1980, seu peso na configuração socioespacial de Porto Alegre era de 9,1% nas áreas e de 10,27% na população ocupada, atingindo 14,5% e 13,5%, respectivamente, em Em contrapartida, diminuiu a importância do tipo superior tanto em área como em população ocupada. Os tipos médio e médio inferior também reduziram sua contribuição com relação à população ocupada, permanecendo, no entanto, no período estudado, com o mesmo peso com relação às áreas. O tipo operário recuou em número de áreas, mas aumentou em termos de participação na composição da população ocupada. Considerando o volume de população ocupada em cada tipo, no dois anos estudados, chama atenção o crescimento verificado nas áreas de tipo médio superior, de, aproximadamente, 254%, e o crescimento negativo da população ocupada nos espaços de tipo superior (-12,1%). Também a população ocupada nas áreas de tipo popular cresceu 84,5% entre 1980 e 1991 (Tabela 3). Tabela 3 Descrição demográfica dos tipos. Porto Alegre 1980 e1991 POPULAÇÃO OCUPADA % DA ÁREAS (%) (%) POPULAÇÃO OCUPADA (%) TIPOS /1980 Superior 16,36 14,55 21,18 13,29-12,11 Médio superior 5,45 18,18 7,51 18,98 254,08 Médio 16,36 16,36 20,33 16,44 13,23 Médio inferior 20,00 20,00 23,04 19,46 18,33 11

12 12 Operário 23,63 16,36 17,67 18,29 44,92 Popular 9,10 14,55 10,27 13,54 84,55 Áreas não analisadas 9, TOTAL ,04 FONTE DE DADOS BRUTOS: IBGE b) Composição social dos tipos Para apreender a composição social dos espaços definidos na tipologia da cidade de Porto Alegre procuramos caracterizar cada tipo de área com base no perfil médio, na distribuição das categorias e no índice de densidade segundo os tipos (Tabelas 4, 5, 6 e 7) Os espaços superiores são aqueles lugares onde a elite dirigente está fortemente concentrada. Neles vivem 53,4% dos dirigentes privados, 52,0% dos profissionais liberais, 41,7% dos dirigentes do setor público e 41,3% do empresariado. A observação do índice de densidade relativa, que é o indicador da representatividade das categorias nos tipos, também nos permite rotular esse tipo como um espaço nitidamente superior. No entanto, se consideramos o perfil das áreas, essas categorias se mesclam com outras, representando, apenas, cerca de 8,7% dos ocupados que habitam esses espaços. A elite intelectual também se destaca nos espaços superiores: aí encontramos 28,5% dos profissionais de nível superior autônomos e 20,9% dos profissionais de nível superior empregados, reunindo 14,8% das pessoas ocupadas que aí vivem. Outra constatação importante na análise do tipo superior refere-se à presença dos setores médios (dentre os quais se destacam os pequenos empregadores, pertencentes à pequena burguesia, os empregados na saúde e na educação, os empregados de supervisão e os técnicos e artistas), que, juntos, concentram 43,7% dos ocupados. As elites somadas a essas categorias representam 67,2% dos ocupados. Por outro lado, as categorias mais abaixo na hierarquia social têm pouca densidade nessas áreas, a não ser as empregadas domésticas, que participam com 6,44% na constituição do perfil do tipo. O segundo tipo de espaço na hierarquia social é o médio superior, que tem uma composição social próxima à dos espaços superiores, porém com um índice de densidade menor das elites. De outro lado, a elite intelectual encontra-se mais concentrada nesse espaço. Continua muito forte a presença das categorias médias, que, em conjunto com a pequena burguesia, representam 45,0% dos ocupados nessas áreas. Praticamente não se altera a participação das categorias populares e do proletariado terciário com relação ao tipo anterior (25,3%), aparecendo os artesãos, pertencentes ao proletário secundário, com importante peso. Nos espaços médios, destacamos a diminuição da concentração das categorias da elite, em especial, da dirigente e do segmento da elite intelectual, profissional superior autônomo. No entanto, a categoria profissional superior empregado continua apresentando certo relevo, constituindo 7,1% dos ocupados. As categorias médias praticamente mantêm seu peso no perfil dessas áreas, se comparado com sua presença nas áreas de tipo médio superior, ficando sua participação em 31,8%, que, somada aos segmentos da pequena burguesia, atinge cerca de 45%. Destacamos, ainda, que a heterogeneidade social nesse espaço é mais importante do que a que 12

13 13 encontramos nas áreas de tipo médio superior, pois aqui é mais significativa a presença das categorias do proletariado secundário. O quarto tipo de espaço analisado foi o médio inferior, que, por concentrar praticamente 50% dos ocupados nas categorias proletárias e subproletárias, pode ser considerado o divisor das duas pontas da estrutura social da capital gaúcha. São destaques nesse espaço os operários dos serviços auxiliares, os empregados no comércio e os servidores especializados. Ainda aqui, a presença das categorias médias é importante na constituição do perfil do tipo. Verificamos uma contribuição semelhante àquela encontrada no espaço médio, ou seja, 31,7% dos ocupados que moram nesses espaços pertencem a essa categoria. O espaço operário é caracterizado pela elevada presença dos proletariados secundário e terciário e do subproletariado. Os segmentos que constituem essas grandes categorias apresentam uma participação da ordem de 57,6% na formação do perfil dessas áreas. O proletariado industrial (indústria moderna, tradicional, serviços auxiliares e construção civil) contribui com 22,7% dos ocupados. Destaca-se, ainda, a presença dos comerciantes por conta própria, segmento da pequena burguesia aqui bem representado. Nesse espaço, observamos que as categorias médias perdem a sua importância, pois há uma queda significativa do índice de densidade relativa, passando seus segmentos a serem sub-representados, à exceção dos empregados na justiça, segurança e correios. O último espaço analisado, o de tipo popular, é aquele que concentra a ponta inferior da estrutura social. Aqui, a presença do operariado industrial mantém-se com importante participação dos operários da construção civil. Os segmentos do proletariado terciário e os do subproletariado, notadamente os biscateiros e as empregadas domésticas, merecem destaque por sua representação. As frações desses dois grandes estratos de categorias constituem 39,1% dos ocupados que vivem nesses espaços, sendo também neles que a categoria agrícola se concentra. Tabela 4 Distribuição da categorias socioocupacionais segundo os tipos de áreas (valor absoluto). Porto Alegre HIERARQUIA CATEGORIAS SOCIOOCUPACIONAIS SUPERIOR POPULAR MÉDIO INFERIOR MÉDIO OPERÁ- RIO MÉDIO SUPERIOR TOTAL Empresários Dirigentes do setor público Dirigentes do setor privado Profissionais liberais Profissionais de nível superior autônomos Profissionais de nível superior empregados Pequenos Empregadores Urbanos Comerciantes por conta própria Empregados de escritório Empregados de supervisão Técnicos e artistas Empregados da saúde e da educação Empregados da segurança pública, justiça e correios Empregados do comércio Prestadores de serviços especializados Prestadores de serviços não especializados Operários da indústria moderna

14 14 Operários da indústria tradicional Operários dos serviços auxiliares da economia Operários da construção civil Artesãos Empregados domésticos Ambulantes Biscateiros Agricultores TOTAL FONTE: Censo IBGE 1991 Tabela 5 Distribuição das categorias socioocupacionais segundo os tipos de áreas (%). Porto Alegre 1991 HIERARQUIA CATEGORIAS SOCIOOCUPACIONAIS SUPERIOR POPULAR MÉDIO INFERIOR MÉDIO OPERÁ- RIO MÉDIO SUPERIOR TOTAL Empresários 41,30 0,31 11,31 14,97 5,30 26, Dirigentes do setor público 41,76 0,00 5,89 10,29 2,13 39, Dirigentes do setor privado 53,40 0,00 9,94 10,04 3,58 23, Profissionais liberais 52,02 0,97 4,27 15,81 0,00 26, Profissionais de nível superior autônomos 28,59 2,39 14,29 15,71 6,34 32, Profissionais de nível superior empregados 20,98 2,81 18,01 20,00 10,03 28, Pequenos Empregadores Urbanos 17,94 7,78 18,33 18,65 13,84 23, Comerciantes por conta própria 10,11 14,38 22,30 15,09 20,92 17, Empregados de escritório 14,40 11,87 19,31 16,73 17,05 20, Empregados de supervisão 15,58 8,61 19,17 17,92 16,26 22, Técnicos e artistas 15,25 6,18 20,90 17,74 15,67 24, Empregados da saúde e da educação 16,37 7,68 20,33 16,93 16,45 22, Empregados da segurança pública, justiça e correios 9,83 10,78 24,10 17,27 19,27 18, Empregados do comércio 12,86 13,84 19,29 16,67 18,21 19, Prestadores de serviços especializados 9,92 16,24 20,26 16,08 19,42 18, Prestadores de serviços não especializados 11,42 19,52 19,73 13,85 21,91 13, Operários da indústria moderna 2,53 19,95 21,29 16,81 28,83 10, Operários da indústria tradicional 4,42 21,96 21,25 14,35 26,72 11, Operários dos serviços auxiliares da economia 4,61 20,78 21,60 16,77 24,93 11, Operários da construção civil 4,51 27,80 20,00 13,15 24,32 10, Artesãos 11,72 11,07 20,00 19,88 17,05 20, Empregados domésticos 13,96 18,93 17,48 14,91 18,00 16, Ambulantes 3,94 21,09 21,02 16,35 24,83 12, Biscateiros 3,38 49,97 14,19 6,94 22,60 2, Agricultores 12,05 29,74 13,84 9,30 25,70 9, TOTAL 13,3 13,53 19,46 16,44 18,29 18, FONTE: Censo IBGE 1991 Tabela 6 Perfil socioocupacional dos tipos de áreas (%). Porto Alegre HIERARQUIA CATEGORIAS SOCIOOCUPACIONAIS SUPERIOR POPULAR MÉDIO INFERIOR MÉDIO OPERÁ- RIO MÉDIO SUPERIOR TOTAL Empresários 3,74 0,03 0,70 1,10 0,35 1,70 1,20 Dirigentes do setor público 0,84 0,00 0,08 0,17 0,03 0,56 0,27 Dirigentes do setor privado 1,69 0,00 0,21 0,26 0,08 0,51 0,42 Profissionais liberais 2,39 0,04 0,13 0,59 0,00 0,87 0,61 Profissionais de nível superior autônomos 5,64 0,46 1,92 2,51 0,91 4,51 2,62 Profissionais de nível superior empregados 9,16 1,20 5,37 7,06 3,18 8,62 5,80 Pequenos Empregadores Urbanos 7,22 3,08 5,04 6,07 4,05 6,61 5,35 14

15 15 Comerciantes por conta própria 3,04 4,25 4,58 3,67 4,58 3,63 4,00 Empregados de escritório 8,73 7,07 8,00 8,20 7,51 8,77 8,06 Empregados de supervisão 8,08 4,38 6,79 7,51 6,13 8,16 6,89 Técnicos e artistas 5,75 2,29 5,39 5,41 4,30 6,41 5,02 Empregados da saúde e da educação 8,19 3,77 6,95 6,85 5,98 7,79 6,65 Empregados da segurança pública, justiça e correios 2,73 2,95 4,58 3,88 3,90 3,65 3,70 Empregados do comércio 7,07 7,48 7,24 7,41 7,28 7,37 7,31 Prestadores de serviços especializados 5,13 8,26 7,16 6,73 7,31 6,55 6,88 Prestadores de serviços não especializados 4,63 7,78 5,47 4,54 6,46 3,85 5,39 Operários da indústria moderna 0,68 5,30 3,93 3,67 5,67 2,01 3,59 Operários da indústria tradicional 1,15 5,60 3,77 3,01 5,05 2,06 3,45 Operários dos serviços auxiliares da economia 1,73 7,65 5,53 5,08 6,79 2,97 4,98 Operários da construção civil 1,34 8,13 4,07 3,16 5,26 2,13 3,96 Artesãos 2,66 2,47 3,10 3,64 2,81 3,22 3,01 Empregados domésticos 6,44 8,58 5,51 5,56 6,04 5,40 6,13 Ambulantes 0,92 4,82 3,34 3,07 4,20 2,08 3,09 Biscateiros 0,15 2,25 0,44 0,26 0,75 0,09 0,61 Agricultores 0,89 2,16 0,70 0,56 1,38 0,49 0,98 TOTAL FONTE: Censo IBGE 1991 Tabela 7 Índice de densidade relativa das categorias socioocupacionais segundo os tipos de áreas. Porto Alegre 1991 HIERARQUIA CATEGORIAS SOCIOOCUPACIONAIS SUPERIOR POPULAR MÉDIO INFERIOR MÉDIO OPERÁ- RIO MÉDIO SUPERIOR TOTAL Empresários 3,11 0,02 0,58 0,91 0,29 1,41 1 Dirigentes do setor público 3,14 0 0,3 0,63 0,12 2,1 1 Dirigentes do setor privado 4,02 0 0,51 0,61 0,2 1,21 1 Profissionais liberais 3,91 0,07 0,22 0,96 0 1,42 1 Profissionais de nível superior autônomos 2,15 0,18 0,73 0,96 0,35 1,72 1 Profissionais de nível superior empregados 1,58 0,21 0,93 1,22 0,55 1,48 1 Pequenos Empregadores Urbanos 1,35 0,57 0,94 1,13 0,76 1,24 1 Comerciantes por conta própria 0,76 1,06 1,15 0,92 1,14 0,91 1 Empregados de escritório 1,08 0,88 0,99 1,02 0,93 1,09 1 Empregados de supervisão 1,17 0,64 0,98 1,09 0,89 1,18 1 Técnicos e artistas 1,15 0,46 1,07 1,08 0,86 1,28 1 Empregados da saúde e da educação 1,23 0,57 1,04 1,03 0,9 1,17 1 Empregados da segurança pública, justiça e correios 0,74 0,8 1,24 1,05 1,05 0,99 1 Empregados do comércio 0,97 1,02 0,99 1,01 1 1,01 1 Prestadores de serviços especializados 0,75 1,2 1,04 0,98 1,06 0,95 1 Prestadores de serviços não especializados 0,86 1,44 1,01 0,84 1,2 0,71 1 Operários da indústria moderna 0,19 1,47 1,09 1,02 1,58 0,56 1 Operários da indústria tradicional 0,33 1,62 1,09 0,87 1,46 0,6 1 Operários dos serviços auxiliares da economia 0,35 1,54 1,11 1,02 1,36 0,6 1 Operários da construção civil 0,34 2,05 1,03 0,8 1,33 0,54 1 Artesãos 0,88 0,82 1,03 1,21 0,93 1,07 1 Empregados domésticos 1,05 1,4 0,9 0,91 0,98 0,88 1 Ambulantes 0,3 1,56 1,08 0,99 1,36 0,67 1 Biscateiros 0,25 3,69 0,73 0,42 1,24 0,15 1 Agricultores 0,91 2,2 0,71 0,57 1,41 0,49 1 TOTAL FONTE: Censo IBGE Evolução do espaço social 15

16 16 Nesse tópico, descrevemos a evolução da estrutura socioespacial no período compreendido entre 1980 e 1991, em Porto Alegre, utilizando a referência aos bairros da Cidade para facilitar a compreensão das mudanças no espaço. Os Mapas 1 e 2 representam a espacialização das tipologias de 1980 e de A primeira constatação que fazemos no que diz respeito às mudanças ocorridas na década é que do total das 55 áreas em que a cidade foi dividida, 31 delas (56,3%) mudaram de tipo, sendo que 19 áreas se deslocaram para tipos superiores e 12 áreas para tipos inferiores. Ressaltamos que cinco áreas ficaram fora da análise em 1980 uma vez que seu tamanho populacional não alcançou o mínimo estabelecido nos critérios para conformação das áreas. Examinando a mobilidade das áreas, vamos destacar os movimentos que consideramos mais significativos. Em primeiro lugar, chamamos atenção para as mudanças ocorridas nas áreas que formam o espaço médio superior. Das 10 áreas que conformavam o tipo em 1991, uma não se alterou. As demais áreas tiveram origem em tipos diferentes, sendo quatro oriundas do espaço superior, conformando uma mobilidade descendente (uma correspondendo ao bairro Cidade Baixa, outra ao bairro Floresta e as duas últimas ao bairro Centro). Com mobilidade ascendente, aparecem as áreas provenientes do espaço de tipo médio inferior que compõem os bairros Azenha, Menino Deus, Praia de Belas e Santana. Deslocou-se do espaço médio a área que forma o bairro São João. Por fim, o espaço operário cedeu as áreas que compreendem os bairros Pedra Redonda e Ipanema. Dessa conformação, depreendem-se diferentes movimentos que ocorreram na cidade de Porto Alegre, na década, e que devem estar correlacionados às mudanças na configuração dos bairros. Algumas hipóteses podem ser aventadas: que tenha havido uma substituição de camadas superiores por camadas de menor renda da população, como é o caso do Centro, em função de relativa deterioração dos espaços; a valorização de áreas, como ocorreu nos bairros Menino Deus, Ipanema e Pedra Redonda, onde se alterou o perfil da renda da população; ou a ocorrência de alterações nas funções dos bairros, como, por exemplo, no bairro Floresta, em que a função comercial adquiriu maior peso Em segundo lugar, aparecem as oito áreas do espaço popular, das quais quatro se mantiveram no mesmo perfil de As outras áreas que passaram a constituir o tipo são provenientes: do espaço médio inferior, que forma uma parte do bairro Sarandi; do espaço operário, uma área de favela que agrupa vilas localizadas no sul da Cidade; duas áreas que correspondem às não analisadas em 1980 (e que passaram a compor esse espaço em 1991), sendo que uma está situada nos bairros Lomba do Pinheiro e Agronomia, e a outra área abarca bairros mais afastados ao sul da Cidade, quais sejam, Ponta Grossa, Chapéu do Sol, Belém Novo, Lageado e Lami, o que nos possibilita perceber claramente o deslocamento dos espaços populares em direção à periferia da Cidade (Mapas 1 e 2). Ainda em relação às maiores mobilidades, temos os espaços de tipo operário, no qual o fato significativo a ser destacado é que, das 13 áreas existentes em 1980, nove ascenderam a espaços superiores em A hipótese que levantamos é que essa alteração dos espaços operários acompanha a redução da importância 16

17 17 dos trabalhadores industriais na estrutura social da Cidade, como constatamos na análise da Tabela 1. Finalmente, é importante mencionarmos o comportamento das quatro áreas de favela 11, que faziam parte, em 1991, dos espaços de tipo popular. No período analisado, apenas uma dessas áreas teve mobilidade descendente passando de operário para popular. As demais permaneceram no tipo popular. É importante registrar que, com relação ao total de população ocupada em espaços de favela, em 1980 eles concentravam 6,66% da população ocupada, passando esse percentual, em 1991 para 7,52%, ou seja, constatamos um aumento da população vivendo nessas áreas. Examinando o comportamento das áreas no período estudado, chegamos a uma escala de mudanças (Mapa 3) que receberam a seguinte caracterização: elitização diz respeito às mudanças que ocorreram na direção dos tipos médio superior e superior. Esses casos aconteceram basicamente em áreas ao sul da cidade onde já existia um entorno de moradias de população com renda mais elevada e onde também já se faziam notar alguns condomínios de classe média, e, ainda no prolongamento do centro da cidade, em direção leste, onde houve grandes investimentos do mercado imobiliário (Barcellos, Mammarella, Koch, 2002). ; diversificação ascendente, quando a mobilidade ocorreu de tipos médios inferiores e operários para tipos médios e médios superiores, acompanhando, de alguma maneira, as áreas que sofreram elitização, tanto para o sul como para o leste da cidade, embora esse nível de mobilidade também tenha ocorrido em áreas localizadas ao norte da cidade em bairros consolidados de camadas médias. diversificação descendente, referida a movimentos ocorridos nas áreas que passaram do tipo superior para o médio superior e do médio para o médio inferior, impactando sobretudo o centro da cidade, que sofreu desvalorização e alguns bairros tradicionais que onde a função comercial se incrementou. a mobilidade descendente ocorrida na direção do tipo operário, foi caracterizada como proletarização, incidindo sobre áreas ao norte da cidade e ao sul, mas se interiorizando em direção aos morros que circundam Porto Alegre e fazem limite com o município de Viamão. na base da escala, temos a situação de áreas de tipo médio inferior e operárias que passam para tipos populares, ficando, portanto, mais populares, condição que podemos encontrar no norte da cidade, na confluência com o município de Alvorada, típico dormitório e, no agrupamento de favelas composto por aglomerados dispersos na zona sul. Algumas considerações finais Na análise das desigualdades socioespaciais da cidade de Porto Alegre, e observando sua evolução, podemos destacar alguns tópicos fundamentais que nos permitem apontar características desse espaço no que se refere às hipóteses que orientam o estudo, fundamentalmente as que apontam para tendências de polarização social e espacial e de aumento das desigualdades. 11 Com relação às favelas, é importante fazermos uma ressalva sobre as informações do Censo de As favelas são levantadas como aglomerados subnormais, que subestima a população nelas residentes, pois o IBGE considera apenas os aglomerados com mais de 50 casas. 17

18 18 O primeiro deles diz respeito à existência de uma configuração social que se aproxima de uma oposição de classes, definida no espaço fatorial pelo posicionamento das categorias da elite, de um lado, e das categorias do proletariado industrial, de outro. Outro destaque se refere à distribuição das áreas no espaço fatorial, formando um desenho que corresponde à segmentação social da Cidade, indicando que os espaços se organizam em função da hierarquia social. Observamos uma grande concentração de espaços médios, que se caracterizam por apresentar um perfil socioocupacional próximo ao perfil médio do conjunto da Cidade, nas proximidades do ponto médio de dispersão da análise fatorial. Nas duas extremidades opostas, ou seja, polarizados, encontramos espaços superiores concentrados à direita e espaços predominantemente inferiores localizados à esquerda do centro de dispersão. Com relação às categorias médias, podemos constatar que se manteve sua importância na estrutura social e socioespacial da Cidade, no período considerado. Não podemos deixar de mencionar a dispersão dos setores médios pela Cidade, marcando grande parte dos espaços. A principal alteração que verificamos no nível da organização dos espaços foi o grande crescimento das áreas de tipo médio superior, como resultado, fundamentalmente, de mudanças ocorridas nos espaços superiores e nos de tipo médio inferior. Ainda devemos ressaltar que houve incremento, embora com menor intensidade, dos espaços populares, indicando um relativo empobrecimento da população situada na extremidade inferior da hierarquia social, o que é reforçado se considerarmos o aumento que experimentou a população vivendo em áreas de favelas. A redução do peso dos operários industriais na estrutura social, fenômeno relevante que identificamos na análise, pode ser avaliada em termos socioespaciais na hibridização de áreas antes tipicamente operárias e na diminuição das áreas de tipo operário. Em termos gerais, podemos visualizar com relativa clareza, entre 1980 e 1991, dois movimentos de reconfiguração do espaço na capital gaúcha. De um lado, uma periferização dos espaços populares e, de outro, uma tendência de avanço das áreas de tipo médio superior sobre espaços anteriormente operários, o que pode ser observado na região sul da Cidade, prenunciando o que vem ocorrendo mais recentemente nessa área, que é a proliferação de condomínios residenciais de camadas médias e superiores. 18

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