SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

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1 SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ A importância do projeto Te Vejo na Escola no ensino, utilizando a arte e recursos áudio-visuais. Maria do Carmo Jampaulo Plácido Palhaci Profa. Dra. da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação Coordenadora do Projeto de Extensão: Te Vejo na Escola - FAAC palhaci@faac.unesp.br Talitha Plácido Palhaci Doutoranda do Curso de Pós-Graduação em Educação para Ciência FC. Orientadora Pedagógica do Projeto de Extensão: Te Vejo na Escola tah_palhaci@yahoo.com.br Bianca Barbis Discente do Curso de Comunicação FAAC. Participante do Projeto de Extensão : Te Vejo na Escola biancabarbis@terra.com.br Murilo Rodolfo Penteado Leonardo Filho Discente do Curso de Design FAAC Participante do Projeto de Extensão : Te Vejo na Escola muriloleonardo12@yahoo.com.br Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee Resumo: Desde 2008, os participantes do projeto Te Vejo na Escola pesquisaram e desenvolveram materiais educativos-artísticos relacionados à conservação ambiental visando despertar o espírito de cidadania nos alunos do ensino fundamental. Os temas concernentes ao meio ambiente cada vez mais têm levantado discussões e reflexões de repercussão mundial, uma vez que os efeitos da degradação ambiental realizada pelos seres humanos pode gerar danos irreversíveis e até conduzir a destruição de todo os seres vivos. Enrique Leff defende que a crise ambiental está relacionada a uma crise de conhecimentos; e perante a diversidade cultural, ético e social, característica entre as pessoas o que subjaz compreensões distintas do mesmo ambiente, nosso Projeto denominado de extensão na UNESP, campus de Bauru busca ampliar os conhecimentos dos alunos das Escolas Fundamentais através de vídeos educativos, buscando despertar nos estudantes valores e conhecimentos relacionados a preservação da natureza. Palavras-chave: Arte, recursos áudios-visuais, educomunicação, cidadania. Seção 2 Apresentação: pôster. 1

2 1. Introdução Os integrantes do Projeto Te Vejo na Escola produzem vídeos educativos para serem apresentados aos alunos do Ensino Fundamental visando complementar o estudo de temas relacionados às áreas de saúde e meio ambiente. Dentre os objetivos desses vídeos está o de atuar como ferramenta auxiliadora na integração e contextualização de conteúdos científicos na educação infantil. Além disso, busca-se orientar o projeto no sentido da busca de um formato que atenda tanto requisitos da parte técnica, quanto dos conteúdos e da forma que são abordados. Primeiramente, definiu-se como característica do projeto a necessidade de mesclar a linguagem utilizada na animação com a do vídeo. Deste modo seria possível aproximar a realidade alcançada numa filmagem e todas suas possibilidades e facilidades ao abordar algum tema (seja através da captação de imagens ou em uma entrevista com profissionais da área, montagem de alguma cena em formato teatral ou cinema ou uma simples edição de fotos e ilustrações) juntamente com o desenho animado, que já é tão conhecido e próximo desse público. Estas atividades visam uma união de todo esse conteúdo, produzindo histórias simples, passando por todos os pontos a serem abordados do determinado tema, intercalando as ações e conversas do personagem com o narrador que conta essa história e os vídeos que permitem o entendimento do assunto. A criação de um ambiente com personagens e elementos atraentes, que contam histórias em linguagens simples, foi muito Importante também para a aproximação de temas, encarados como sérios e desinteressantes, com o dia a dia e o imaginário das crianças. Os vídeos visam ensinar sobre a preservação do meio ambiente através do conhecimento apresentado através de sua exibição de modo agradável e divertido. É de conhecimento geral que se a deterioração ambiental não for interrompida, ocorrerá um declínio da qualidade de vida para todos os habitantes humanos da Terra, como já aconteceu para muitos deles. Os animais e as plantas, os quais compartilham conosco esse planeta e com os quais estabelecemos relações de inter-dependência, estão sendo afetados cada vez mais pelo impacto humano, uma vez expulsos de seus habitats conforme nos apossamos de suas terras e águas para moradia e produção de alimentos. Envenenamos seus ambientes com nossos dejetos, além de sucumbir espécies inteiras à destruição de habitats, à caça e a outras formas de perseguição (RICKLEFS, 2003). A Educomunicação é um novo campo de intervenção social, onde podem ocorrer práticas no âmbito da inter-relação Comunicação/Educação. A Educomunicação pode ser definida como toda ação comunicativa no espaço educativo, realizada com o objetivo de produzir e desenvolver ecossistemas comunicativos (SOARES, 1999). De modo mais detalhado a Educomunicação pode ser vista como: [...] o conjunto de ações inerentes ao planejamento, implementação e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e a fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais, assim como melhorar o coeficiente 2

3 comunicativo das ações educativas, incluindo as relacionadas ao uso dos recursos da informação no processo de aprendizagem (SOARES, 2003, p.43). 2. Metodologia A metodologia utilizada no desenvolvimento do projeto no presente ano envolve o tratamento e a produção de novos vídeos como uma forma de mediação tecnológica na educação, ou seja, os estudos das transformações trazidas ao cotidiano da vida social pelas tecnologias da informação e por seu uso nos processos educativos. Assistir televisão é um hábito da maior parte das crianças e alunos. Exatamente por isso, cada vez mais, deve-se articular discursos e a transdiciplinaridade dos conteúdos. Diante disso, Baccega (2003, p.74) afirma que: Cabe à escola desempenhar papel importante na produção de significados, na produção cultural e na apropriação e geração de conhecimento. Ela não pode deixar esse papel apenas para a televisão. 3. Desenvolvimento do trabalho e resultados A figura 01 a seguir mostra a apresentação do vídeo do projeto. Figura 1 Apresentação do Vídeo O primeiro vídeo produzido, intitulado O que são Satélites mesmo?, abordou o tema SATÉLITES. Neste vídeo produzido pelos alunos do projeto Te vejo na Escola, os estudantes entrevistaram especialistas, atividade que faz parte deste trabalho, sendo que o entrevistado foi Rodolfo Langhi do IPMET (Instituto de Pesquisas Meteorológicas de Bauru) localizado no Campus da UNESP. O especialista ensina que os satélites naturais existem na natureza independente da criação do homem, tal como a Lua e os satélites artificiais que são criados pelos homens. Estes satélites giram em torno da terra e prestam serviços importantes para a humanidade, tais como: 3

4 telecomunicações, transmissão de imagens de TV de outros países em tempo real, telefones, fotografam o espaço e a natureza para verificar onde existem queimadas observando deste modo o que acontece no meio ambiente. O vídeo foi elaborado de modo interessante e chamativo onde aparece o Mico (mascote) escolhido. Este personagem foi criado inspirado no Mico Leão dourado que é um animal em extinção no mundo. A figura 02 mostra o mico fotografando os satélites e a figura 03 mostra o mico no espaço. Figura 2 Mico fotografando os satélites. Figura 3 Mico no Espaço No segundo vídeo o tema escolhido foi Alimentação e o para o terceiro vídeo, o tema escolhido foi Ciências da terra. O vídeo denominado ciências da terra (Figuras 05 e 06), ensina que as quatro estações do ano são bem definidas apresentando de forma divertida e bem ilustrada, o que acontece em cada estação, a divisão do globo em paralelos realçando o Equador que divide a terra em hemisfério Norte e hemisfério Sul. Ensina também que a terra gira ao redor do sol e que a mesma possui uma inclinação em relação a orbita que faz neste giro. Esta órbita ao redor do sol é que define as estações do ano de acordo com a incidência do sol nos hemisférios. De acordo com as estações do ano devem acontecer o plantio dos alimentos respeitando o ciclo das plantas. 4

5 Figura 4 Mico Leão dourado. Figura 5 Ciências da terra cena inicial Figura 6 o Mico plantando de acordo com as instruções 5

6 4. Considerações finais Para a elaboração das imagens utilizadas e para a montagem da animação em si foram utilizados softwares de manipulação de imagens (tratamento de fotos e montagem de elementos do cenário), de vetores (toda elaboração do personagem e de alguns elementos da cena) e de criação de animações interativas (toda edição e criação dos movimentos) tais como Photoshop, Ilustrator e Flash. Os alunos dos diversos cursos da UNESP, tais como Comunicação, Design, Ciências Biológicas, Pedagogia e Artes produziram seis vídeos até o momento. Neste ano de 2012, a discente de comunicação está visitando escolas para apresentar o trabalho e adquirir opiniões sobre o mesmo. Seis vídeos foram elaborados até este ano devendo ser utilizados em aulas do ensino fundamental com aplicação de questionários para avaliação do trabalho realizado. Consideramos este trabalho interessante, atrativo, original e de grande contribuição no ensino da conservação ambiental através do conhecimento, contribuindo deste modo como instrumento de cidadania. Referências bibliográficas BACCEGA, Maria Aparecida. Televisão e Escola: Uma mediação possível? São Paulo: Editora Senac, 2003 LEFF, E. Epistemologia Ambiental. São Paulo, Cortez, RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. SOARES, Ismar de Oliveira Comunicação/educação: a emergência de um novo campo e o perfil de seus profissionais. In: Contato: revista brasileira de comunicação, arte e educação. Ano 1, n. 2 (jan./mar. 1999) SOARES, Ismar de Oliveira. Ecossistemas comunicativos. Disponível em: Acesso em: 28.abril.2012 SOARES, Ismar de Oliveira. O perfil do educomunicador. Disponível em: Acesso em: 28.abril