O silêncio. Teolinda Gersão. Da minha língua vê-se o mar. Vergílio Ferreira. Ficção

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O silêncio. Teolinda Gersão. Da minha língua vê-se o mar. Vergílio Ferreira. Ficção"

Transcrição

1 O silêncio Teolinda Gersão Ficção Da minha língua vê-se o mar. Vergílio Ferreira

2 Lídia imaginou um corpo deitado numa praia, ao lado de outro corpo. Eram um homem e uma mulher e falavam. E o que diziam, ou o que a mulher dizia, era a tentativa de um diálogo fundo, mais fundo do que o diálogo de amor que se trava, ao nível do corpo, entre uma mulher e um homem. Ela procurava uma forma de encontro, através das palavras, um encontro que era, antes de mais, consigo própria, e só depois com o homem que escutava. Ou era apenas um jogo de palavras? Hesitou de repente, sem ver claro. Em algum lugar, é verdade, a falsidade começava. Talvez porque a mulher imaginada pressentia que o homem estava parcialmente fora do diálogo e lhe resistia, como se ele representasse, de certo modo, um perigo, e se pudesse finalmente converter numa agressão contra ele próprio. Talvez por medo, sim (pensou), o homem recusasse participar e levar a sério o que a mulher contava, aceitava-o apenas como um passatempo, compreensível numa praia em que todas as horas eram iguais e vazias. Ele estabelecera, portanto, limites tácitos a todas as palavras, verificou, e, se a mulher que falava tentasse ultrapassá-los, ele obrigá-la-ia a retroceder e a alegar que estava mentindo. A mulher imaginada escolhera assim primeiro grandes palavras abertas, como céu, mar, ponte, barco, estrada, rio, palavras que ofereciam espaços livres, onde a forma dela própria podia sempre perder-se de vista facilmente, no meio de uma infinidade de outras coisas. Mas a pouco e pouco, 9

3 Teolinda Gersão insidiosamente, fora-se aproximando de um espaço limitado, concentrado em torno dela mesma, e era aí que o diálogo começava a adquirir a tensão que ela secretamente procurava: Há por exemplo um veio de água no muro, dizia a mulher do sonho, deitada na praia, até que se forma em baixo um pequeno charco, e devagar, sem se dar conta, o bater da água transmite-se às coisas, às teias de aranha brilhantes sobre as malvas-de-cheiro, ou à baba do caracol em volta do canteiro redondo, diante da casa. Por vezes o gato salta sobre o portão, de um lado até ao outro do muro, salta sobre os canteiros de fúcsias, ou salta do jardim até ao peitoril das janelas baixas. O homem estava agora sentado, de mãos cruzadas sobre os joelhos flectidos, e olhava a orla do mar, ou a curva do horizonte; hesitando entre interromper o diálogo, ou deixá-lo seguir o seu curso, livremente. Acabou por tirar uma caixa de fósforos do bolso da camisa, tirar um fósforo da caixa, e começar a fazer riscos na areia. Suponhamos que aqui está a casa, disse ele (e sentiu que esse gesto era já, de certo modo, um compromisso). Em volta o jardim, com uma, duas, três árvores. E um muro, e um canteiro redondo ao centro. Sobre o muro está um gato sentado. Está sentado de costas, olhando para o outro lado do muro, disse a mulher, e apenas se vêem as duas pontas dos bigodes, saindo de ambos os lados da cabeça. Entretanto a casa é pequena, baixa, com dois pisos, e tem duas janelas iguais, uma de cada lado da porta. Ao lado há um tufo de glicínias, disse o homem. Não, não, disse a mulher. As glicínias ficam do outro lado. Deste lado há o portão, pintado de azul. A tinta no entanto está velha, ou não presta, e quando a gente se pendura para baloiçar, agarrada às grades, as mãos ficam manchadas de azul. Para lá do portão há um caminho a descer, que depois foi cimentado, para não fazer lama no Inverno. Agora no entanto ele ainda é de terra, com pedras soltas, quando se corre as pedras rolam debaixo dos pés e sente-se de repente na boca um sabor a terra e uma dor aguda em alguma parte do corpo (há sempre no entanto primeiro um 10

4 O silêncio momento de inconsciência antes da dor), e então é-se levado nos braços de alguém e banham-se a cara e os joelhos em água fria, e grita-se alto, não tanto pela dor, mas porque o sangue é escuro. Mas às vezes corre-se muito depressa sem cair, com os braços abertos para manter melhor o equilíbrio, o vento bate ao de leve na cara, como a mão de uma pessoa, e tem-se uma sensação de glória, de repente. Este não é todavia um jardim isolado, é preciso imaginar antes um conjunto de pequenos jardins girando no espaço, uma espécie de sistema solar. São separados por muros cobertos de glicínias e bons-dias, e sobre eles há cabeças de crianças espreitando. Outras vezes são jardins mal delimitados, fundem-se uns nos outros e não se sabe bem onde começam e acabam. Nada tem, aliás, muitas fronteiras, e as distâncias não são nunca muito exactas. Se alguém perguntasse, por exemplo: qual é mais longe, da sua casa para a minha, ou da minha para a sua? ninguém saberia calcular ao certo. Distinguir qualquer coisa era muito difícil. Mas a razão das coisas era próxima e palpável. Na casa de Antoninha, por exemplo, havia um tapete azul no chão da entrada, uma luz muito clara batia na janela de vidro fosco e reflectia-se no tapete azul e no chão de ladrilhos amarelos, e era assim que se sabia que Antoninha era feliz. Essa foi a certeza que ficou, mesmo depois de ter esquecido tudo o resto. Tudo isso é fácil de acreditar, assentiu o homem, deitando- -se de novo e sentindo os grãos de areia quentes colando-se à sua pele. Posso acreditar em quase tudo. Tudo o quê? perguntou a mulher. (Estava agora deitada de lado, e o homem apenas a via de perfil.) Tudo, disse o homem, mas durante um longo momento não disse nada e pareceu apenas ocupado em expor o seu corpo ao sol. Quando finalmente falou foi com ironia, porque tinha já saído parcialmente do diálogo: Para além da água, de que já falámos, há um gato no muro, um gato espantado, escuro, magro, passeando à noite por sítios que você ignora, há vasos de begónias, de hortenses (e aqui deixo um espaço preenchível com todas as outras flores) e tudo isso é o jardim. 11

5 Teolinda Gersão Oh, não, disse a mulher, que continuava profundamente mergulhada nas palavras, havia ainda muito mais coisas. Assim, por exemplo, o jardim variava, vestia-se de azul e de encarnado, de verde, castanho e preto, vestia-se de verão e de inverno, de noite e de dia, de sol e de chuva e de outras coisas mais. Às vezes não se dava conta, tão depressa ele variava, passava de repente de canteiros de fúcsias para ramos sem folhas diante das janelas, era apenas como abrir e fechar os olhos, de repente. Talvez porque a casa girava, era uma espécie de grande girassol voltando a cabeça, e era verão ou inverno conforme ela voltava a cabeça para o sol ou para a chuva, às vezes nós queríamos brincar mais tempo no jardim e gritávamos: casa, não te voltes ainda, não te voltes ainda, para não ser já inverno, dizíamos isso e batíamos-lhe com ramos secos, e ela voltava-se mais devagar, ronronando como uma gata gigante. Em geral ela movia-se mansamente, era uma casa mansa, que parecia perfeitamente domesticada, apenas com uma leve frustração quando sorria, abrindo devagar a porta da entrada. Nunca ia para longe, mudava-se às vezes para mais perto ou mais longe do muro, mas ficava sempre dentro do jardim, gozando o sol. Com o tempo engordou um pouco, tornou-se preguiçosa, com uma preferência nítida pelas formas redondas, de verão abria-se como um guarda-sol de muitas cores, de inverno enovelava-se debaixo da chuva e transformava-se numa casca de caracol muito quente. Só quando o vento lhe batia na primavera ela se tornava de novo esguia e alta como uma árvore assustada. Então era de novo uma casa muito jovem e notava-se que tinha sido inútil todo o trabalho de domesticá-la. Então ela crescia por sobre a cabeça de toda a gente e olhava continuamente o caminho. Como se quisesse partir, ou esperasse alguém, não é verdade? perguntou o homem (mas havia na sua voz um pouco de ironia). Compreendo. É uma casa muito jovem, que anda pelo jardim de avental branco. Colhendo fúcsias, talvez, inclinada de onde em onde sobre os canteiros, vagamente inquieta. Virá alguém jantar? 12

O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em

O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em O Amor O Amor se resume em se sentir bem, especial, incrivelmente Feliz. Um estado espiritual destinado a trazer muitas coisas boas. As vezes ele existe em ter alguém por perto ou fazer algo que goste.

Leia mais

Carlota pintava de pintinhas os sonhos que tinha ao acordar. Todas as manhãs, à sua mãe dizia: só mais um bocadinho, que estou a sonhar. A mãe saía.

Carlota pintava de pintinhas os sonhos que tinha ao acordar. Todas as manhãs, à sua mãe dizia: só mais um bocadinho, que estou a sonhar. A mãe saía. Carlota pintava de pintinhas os sonhos que tinha ao acordar. Todas as manhãs, à sua mãe dizia: só mais um bocadinho, que estou a sonhar. A mãe saía. Regressava minutos depois e com as mantas na cabeça

Leia mais

Sérgio Mendes. Margarida e o lobo. Ilustrações de Ângela Vieira

Sérgio Mendes. Margarida e o lobo. Ilustrações de Ângela Vieira Sérgio Mendes Ilustrações de Ângela Vieira Capítulo 1 Era uma vez uma menina que se chamava Margarida. Brincava e adormecia num lugar com estátuas altas e árvores mais altas ainda. As estátuas eram anjos

Leia mais

Era uma vez uma menina que se chamava Alice. uma tarde de Verão, depois do almoço, Alice adormeceu e teve um sonho muito estranho.

Era uma vez uma menina que se chamava Alice. uma tarde de Verão, depois do almoço, Alice adormeceu e teve um sonho muito estranho. Era uma vez uma menina que se chamava Alice. uma tarde de Verão, depois do almoço, Alice adormeceu e teve um sonho muito estranho. Viu um Coelho Branco, que corria e repetia sem arar: - Vou chegar tarde,

Leia mais

O segredo do rio. Turma 4 3º/4º anos EB1/JI da Póvoa de Lanhoso. Trabalho realizado no âmbito do PNL. (Plano Nacional de Leitura)

O segredo do rio. Turma 4 3º/4º anos EB1/JI da Póvoa de Lanhoso. Trabalho realizado no âmbito do PNL. (Plano Nacional de Leitura) Turma 4 3º/4º anos EB1/JI da Póvoa de Lanhoso Ano Lectivo 2009/2010 O segredo do rio Trabalho realizado no âmbito do PNL (Plano Nacional de Leitura) Era uma vez um rapaz que morava numa casa no campo.

Leia mais

OS XULINGOS ERAM PEQUENOS SERES, FEITOS DE MADEIRA. TODA ESSA GENTE DE MADEIRA TINHA SIDO FEITA POR UM CARPINTEIRO CHAMADO ELI. A OFICINA ONDE ELE

OS XULINGOS ERAM PEQUENOS SERES, FEITOS DE MADEIRA. TODA ESSA GENTE DE MADEIRA TINHA SIDO FEITA POR UM CARPINTEIRO CHAMADO ELI. A OFICINA ONDE ELE 1 OS XULINGOS ERAM PEQUENOS SERES, FEITOS DE MADEIRA. TODA ESSA GENTE DE MADEIRA TINHA SIDO FEITA POR UM CARPINTEIRO CHAMADO ELI. A OFICINA ONDE ELE TRABALHAVA FICAVA NO ALTO DE UM MORRO, DE ONDE SE AVISTAVA

Leia mais

A rapariga e o homem da lua

A rapariga e o homem da lua A rapariga e o homem da lua (conto tradicional do povo tchuktchi) Viveu outrora, entre o povo Tchuktchi, um homem que só tinha uma filha. A filha era a melhor das ajudas que o pai podia ter. Passava o

Leia mais

AD 01 PORTUGUÊS II UNIDADE VALOR = 10,0 (DEZ)

AD 01 PORTUGUÊS II UNIDADE VALOR = 10,0 (DEZ) Aluno(a) Turma N o 7 o Ano Ensino Fundamental II Data 25 / 04 / 17 AD 01 PORTUGUÊS II UNIDADE VALOR = 10,0 (DEZ) INSTRUÇÕES: PROFESSORAS: ADRIELE, ALESSANDRA, CARLA, ÉRICA, LUZI, SHEILA E THAÍS I. Sua

Leia mais

Arte e Poesia. Uma flor. Uma flor perde cheiro e beleza Foi amor com certeza!

Arte e Poesia. Uma flor. Uma flor perde cheiro e beleza Foi amor com certeza! Uma flor Uma flor perde cheiro e beleza Foi amor com certeza! Nisto uma paisagem Aparece e desaparece Torna-se miragem Ou realidade para quem merece. Rogam-se as pragas da fadista Em forma de nota de viola

Leia mais

Evangelização Espírita Ismênia de Jesus Plano de Aula Jardim. Título: Cuidados com o corpo

Evangelização Espírita Ismênia de Jesus Plano de Aula Jardim. Título: Cuidados com o corpo Plano de Aula 03 Centro Espírita Ismênia de Jesus Evangelização Espírita Ismênia de Jesus Plano de Aula Jardim Educadora: Priscila Dia: 23/02/2015 Título: Cuidados com o corpo Horário: 20h as 21h Objetivos:

Leia mais

DATA: 02 / 05 / 2016 I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA:

DATA: 02 / 05 / 2016 I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA UNIDADE: DATA: 02 / 05 / 206 I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A):

Leia mais

Às vezes me parece que gosto dele, mas isso não é sempre. Algumas coisas em meu irmão me irritam muito. Quando ele sai, por exemplo, faz questão de

Às vezes me parece que gosto dele, mas isso não é sempre. Algumas coisas em meu irmão me irritam muito. Quando ele sai, por exemplo, faz questão de Às vezes me parece que gosto dele, mas isso não é sempre. Algumas coisas em meu irmão me irritam muito. Quando ele sai, por exemplo, faz questão de sair sozinho. E me chama de pirralho, o que me dá raiva.

Leia mais

Sou ave, penas não tenho, Capa de ovelhas me cobre; Sou criada numa árvore, Coitadinha, sou tão pobre. Adivinhe.

Sou ave, penas não tenho, Capa de ovelhas me cobre; Sou criada numa árvore, Coitadinha, sou tão pobre. Adivinhe. VÊ LÁ SE 1. Sou ave, penas não tenho, Capa de ovelhas me cobre; Sou criada numa árvore, Coitadinha, sou tão pobre. Adivinhe. 2. Tem cabeça E não tem pescoço; Tem dentes, Sem ser de osso. O que é? 3. Que

Leia mais

Tens seis anos, não é?

Tens seis anos, não é? O Gil não era alto nem baixo, devia ter cinco anos, quase seis. Os rapazes mal fazem cinco anos parecem logo quase seis! Um piparote e zás! É mesmo bom, nem dá tempo para abrir o primeiro presente até

Leia mais

ainda não Luciano Cabral prostituta, vinte e cinco anos cliente, sessenta anos

ainda não Luciano Cabral prostituta, vinte e cinco anos cliente, sessenta anos ainda não Luciano Cabral personagens, vinte e cinco anos, sessenta anos (o apartamento é pequeno, com apenas dois cômodos: banheiro e quarto. O banheiro fica em frente à porta de entrada. No quarto, logo

Leia mais

Pois olhe, Paulo, você não pode imaginar o que aconteceu com aquele coelho. Se você pensa que ele falava, está enganado. Nunca disse uma só palavra

Pois olhe, Paulo, você não pode imaginar o que aconteceu com aquele coelho. Se você pensa que ele falava, está enganado. Nunca disse uma só palavra Pois olhe, Paulo, você não pode imaginar o que aconteceu com aquele coelho. Se você pensa que ele falava, está enganado. Nunca disse uma só palavra na vida. Se pensa que era diferente dos outros coelhos,

Leia mais

Um passinho outro passinho

Um passinho outro passinho Um passinho outro passinho Inácio tinha o mesmo nome do seu melhor amigo, o avô Nacho. Quando Inácio nasceu, o seu avô disse a toda a gente: O Inácio não irá a aprender a dizer avô antes dos três anos,

Leia mais

DOURADINHO, O DISTRAÍDO

DOURADINHO, O DISTRAÍDO SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA DATA: 25 / / 207 UNIDADE: III ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 2.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A):

Leia mais

2º 3 º ciclos

2º 3 º ciclos 2º 3 º ciclos 2018 19 Segunda-feira, 26 de novembro 2018 DOMINGO DE CRISTO REI Bom dia a todos! O domingo passado foi muito importante para a Igreja, foi o domingo de Cristo-Rei. E o Evangelho convida-nos

Leia mais

Amarelinho splash não tinha forma. Nem mesmo a forma de uma gema de ovo quando ai! se espalha desastradamente pelo chão da cozinha.

Amarelinho splash não tinha forma. Nem mesmo a forma de uma gema de ovo quando ai! se espalha desastradamente pelo chão da cozinha. Era uma vez um homem que nascera para sábio. Ora, às vezes, tal facto aborrecia o muito. Sempre com o nariz enfiado em livros velhos, sempre a escrevinhar relatórios para enviar aos outros sábios que moravam

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Disciplina: Língua Portuguesa / ESTUDOS AUTÔNOMOS Ano: 1º - Ensino Fundamental - Data: 10 / 10 / 2018 LEIA o texto três vezes. ATIVIDADE 1 Convide um adulto para escutar e apreciar

Leia mais

Novas amigas MICHELLE MISRA

Novas amigas MICHELLE MISRA FICHA TÉCNICA: Título da obra: Academia de Anjos Novas amigas Título original: Angel Wings: New Friends Editora: Zero a Oito Marketing Infantil, Lda. Sede: Rua Castilho, 57 1.º Direito, 1250-068 Lisboa

Leia mais

Tem uma árvore no meio da minha casa

Tem uma árvore no meio da minha casa Rosângela Trajano Tem uma árvore no meio da minha casa Tem uma árvore no meio da minha casa Rosângela Trajano O menino escondia os brinquedos, os sapatos, a bola, seus medos e a sacola debaixo do tapete.

Leia mais

Lesley Koyi Wiehan de Jager Translators without Borders, Rita Rolim, Priscilla Freitas de Oliveira Portuguese Level 5

Lesley Koyi Wiehan de Jager Translators without Borders, Rita Rolim, Priscilla Freitas de Oliveira Portuguese Level 5 Magozwe Lesley Koyi Wiehan de Jager Translators without Borders, Rita Rolim, Priscilla Freitas de Oliveira Portuguese Level 5 Na movimentada cidade de Nairobi, longe de uma vida despreocupada em casa,

Leia mais

Chico. só queria ser feliz. Ivam Cabral Ilustrações: Marcelo Maffei 5

Chico. só queria ser feliz. Ivam Cabral Ilustrações: Marcelo Maffei 5 3 4 Chico só queria ser feliz Ivam Cabral Ilustrações: Marcelo Maffei 5 6 Para Cacilda e Mocinha, com amor 7 8 Fazia um tempo que Chico, o labrador caramelo, percebia o movimento estranho que vinha de

Leia mais

Quando o Sol se apaixonou pela Lua. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais 2016

Quando o Sol se apaixonou pela Lua. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais 2016 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Curso Superior de Tecnologia em Jogos Digitais 2016 Quando o Sol se apaixonou pela Lua Letícia Cruz RA00178896 Linguagem Audiovisual e Games Eliseu Lopes Desenho

Leia mais

Uma história escrita pelo dedo de Deus!

Uma história escrita pelo dedo de Deus! Uma história escrita pelo dedo de Deus! João 3:16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" Assim começa

Leia mais

Diário de uma deriva. Elisa Castro e Rommel Cerqueira. Ventava muito.

Diário de uma deriva. Elisa Castro e Rommel Cerqueira. Ventava muito. concinnitas ano 15, volume 02, número 25, dezembro de 2014 Diário de uma deriva Elisa Castro e Rommel Cerqueira Ventava muito. O pescador que me emprestava seu barco me aconselhou a não sair para o mar.

Leia mais

Shué. o pequeno canário

Shué. o pequeno canário Shué o pequeno canário 35 Shué era um pequeno canário. Nasceu num ninho feito de raízes, que os pais construíram entre dois ramos de uma árvore. Na quinta em que vivia havia imensa comida. Todas as manhãs

Leia mais

Finalmente chegou a hora, meu pai era que nos levava todos os dias de bicicleta. --- Vocês não podem chegar atrasado no primeiro dia de aula.

Finalmente chegou a hora, meu pai era que nos levava todos os dias de bicicleta. --- Vocês não podem chegar atrasado no primeiro dia de aula. UM CONTO DE ESCOLA Por Isaque Correia Rocha 1 Começou mais um ano e desta vez aproveitei bastante porque a folga de comer, brincar e dormir havia acabado. Era o ano em que eu e minha irmã Rose, iríamos

Leia mais

Capítulo 1 A PORTA ARRANHADA

Capítulo 1 A PORTA ARRANHADA Porta 001-130-4.0-G4-5as PS 2/21/08 10:16 AM Page 13 Capítulo 1 A PORTA ARRANHADA Acasa dos recifes apareceu de repente por trás da curva. A torre de pedra recortava-se no azul do céu, rodeada de árvores.

Leia mais

Fernanda Oliveira. Vida na margem IMPRIMATUR

Fernanda Oliveira. Vida na margem IMPRIMATUR Fernanda Oliveira Vida na margem IMPRIMATUR Sumário [A linha do horizonte] [Às vezes, eu fico muito solta] [Todo ser humano é sensível] [Eu só queria uma alegria verdadeira] [Nós podemos nos tornar enormes]

Leia mais

SUMÁRIO. APRESENTAÇÃO Sobre Fernando Pessoa...11 Fernando Pessoa: ele mesmo, um outro heterônimo?...23

SUMÁRIO. APRESENTAÇÃO Sobre Fernando Pessoa...11 Fernando Pessoa: ele mesmo, um outro heterônimo?...23 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Sobre Fernando Pessoa...11 Fernando Pessoa: ele mesmo, um outro heterônimo?...23 CANCIONEIRO Quando ela passa...31 Em busca da beleza...33 Mar. Manhã...37 Visão...38 Análise...38 Ó

Leia mais

Autora: Sophia de Mello Breyner Andresen. Ilustrador: Júlio Resende. Nome: Data:

Autora: Sophia de Mello Breyner Andresen. Ilustrador: Júlio Resende. Nome: Data: Autora: Sophia de Mello Breyner Andresen Ilustrador: Júlio Resende Nome: Data: 1-Completa as frases para saberes como era a casa de que fala a história. Era uma vez uma pintada de com um à volta. 2 No

Leia mais

2ª FEIRA 19 de novembro

2ª FEIRA 19 de novembro 2ª FEIRA 19 de novembro NA GENEROSIDADE INTRODUÇÃO Bom dia a todos e boa semana! Nos próximos dias seguiremos o tema da generosidade. Podemos dizer que a generosidade é a qualidade de quem gosta de dar

Leia mais

Elogio(s) da Pintura Metafísica

Elogio(s) da Pintura Metafísica Elogio(s) da Pintura Metafísica Manuel Gusmão SEM TÍTULO O aqueduto atravessa o caixilho que o enquadra, ambos quase quietos e silenciosos, na paisagem e na pintura. Como se viessem de Itália e a duração

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Instituto de Física Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física Mestrado Profissional em Ensino de Física Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física OS

Leia mais

CONCURSO DE POESIA INTERESCOLAS VILA NOVA DE GAIA. 2ª Fase do Concurso de Poesia 2015 Biblioteca da Escola Secundária António Sérgio

CONCURSO DE POESIA INTERESCOLAS VILA NOVA DE GAIA. 2ª Fase do Concurso de Poesia 2015 Biblioteca da Escola Secundária António Sérgio João Pedro 9ºA F Ladrão de M. Honrosa Vieira Basílio ex-aequo Lápis Juliana Andreia Marques Prazeres da Cunha 10ºD H A noite envolve o meu corpo Mafalda Sofia 12ºA I Finjo que as Pereira Poças gotas de

Leia mais

A Viagem. por. Ton Freitas

A Viagem. por. Ton Freitas A Viagem por Ton Freitas Registro F.B.N.: 647388 Contato: ton.freitas@hotmail.com INT. CASA DE /QUARTO - DIA 1., moreno, 21 anos, dorme ao lado de sua esposa,, 20 anos, morena, linda.o telefone TOCA. Thiago

Leia mais

Exercício Extra 19 A COISA

Exercício Extra 19 A COISA Exercício Extra 19 Nome: Turma: LÍNGUA PORTUGUESA 3º ano do Ensino Fundamental Data:20/06/2016 Data de devolução: 27/06/16 A COISA A casa do avô de Alvinho era uma dessas casas antigas, grandes, que têm

Leia mais

Arte em movimento - 3.º classificado Mariana Teixeira

Arte em movimento - 3.º classificado Mariana Teixeira Arte em movimento - 3.º classificado Mariana Teixeira Arte em movimento - 2.º classificado Daniel Merten Arte em movimento - 1.º classificado Leonor Dantas Pereira O Mundo da Fantasia - 3.º classificado:

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Tema Transversal: Cultivar e guardar a Criação Disciplina: Língua Portuguesa / ESTUDOS AUTÔNOMOS Ano: 5º - Ensino Fundamental - Data: 5 / 9 / 2017 LEIA o texto a seguir: OSCAR NIEMEYER:

Leia mais

CECÍLIA MEIRELLES CIRANDA CULTURAL 2º ANO A/2011 CIRANDA CULTURAL_POEMAS

CECÍLIA MEIRELLES CIRANDA CULTURAL 2º ANO A/2011 CIRANDA CULTURAL_POEMAS CECÍLIA MEIRELLES 1901-1964 CIRANDA CULTURAL_POEMAS 2º ANO A/2011 CIRANDA CULTURAL 2º ANO A/2011 ILUSTRADORES: AILA, ANA LUIZA VIANNA, LIVIA MARIA, VITÓRIA Uma Palmada Bem Dada Cecília Meireles É a menina

Leia mais

a) Onde estava o peixinho quando foi pescado? R.: b) Quem pescou o peixinho? R.: c) Onde morava o peixinho? R.:

a) Onde estava o peixinho quando foi pescado? R.: b) Quem pescou o peixinho? R.: c) Onde morava o peixinho? R.: PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS BANCO DE QUESTÕES - LÍNGUA PORTUGUESA - 3 ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ========================================================================== TEXTO 1 ZELINHA E O PEIXINHO

Leia mais

Era uma tarde quente de verão e todos obedeciam à rotina diária. O labrador Mozart, chefe da matilha e cão mais velho, descansa suas pernas

Era uma tarde quente de verão e todos obedeciam à rotina diária. O labrador Mozart, chefe da matilha e cão mais velho, descansa suas pernas Era uma tarde quente de verão e todos obedeciam à rotina diária. O labrador Mozart, chefe da matilha e cão mais velho, descansa suas pernas doloridas, mas permanece atento a tudo o que acontece: ele é

Leia mais

As estações do ano. No outono, as folhas de muitas árvores ficam amarelas e acabam por cair.

As estações do ano. No outono, as folhas de muitas árvores ficam amarelas e acabam por cair. As estações do ano As estações do ano No outono, as folhas de muitas árvores ficam amarelas e acabam por cair. Na primavera, as folhas de muitas árvores tornam a rebentar e a crescer. As estações do ano

Leia mais

ANEXO 03 O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO

ANEXO 03 O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO ANEXO 03 O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO Vinícius de Moraes Era ele que erguia casas Onde antes só havia chão. Como um pássaro sem asas Ele subia com as casas Que lhe brotavam da mão. Mas tudo desconhecia De

Leia mais

O Pequeno Trevo e os Amigos da Rua

O Pequeno Trevo e os Amigos da Rua O Pequeno Trevo e os Amigos da Rua De Pedro Santos de Oliveira Versão COMPLETA Por Pedro Santos de Oliveira Ilustrações de Luis de Lacerda Estrela PLIP009 www.plip.ipleiria.pt 2013 O Pequeno Trevo e os

Leia mais

DICAS DE POSES. Texto de Carolina Lima de Souza, aluna do módulo 3. Curso de Fotografia de Moda da Escola Focus

DICAS DE POSES. Texto de Carolina Lima de Souza, aluna do módulo 3. Curso de Fotografia de Moda da Escola Focus DICAS DE POSES Texto de Carolina Lima de Souza, aluna do módulo 3. Curso de Fotografia de Moda da Escola Focus Expressões faciais também são partes das poses Para se mover verdadeiramente e sem inibição

Leia mais

o Rafa. Os dois andavam sempre juntos, brincavam juntos,

o Rafa. Os dois andavam sempre juntos, brincavam juntos, 4 Era uma vez um dragão chamado Kiko que tinha um amigo inseparável, o Rafa. Os dois andavam sempre juntos, brincavam juntos, comiam juntos e contavam todos os seus segredos um ao outro, só não dormiam

Leia mais

Fevereiro / 2012 ALUNO.:... TEL.:...

Fevereiro / 2012 ALUNO.:... TEL.:... www.oficinadeviolao.com.br Fevereiro / 2012 ALUNO.:... TEL.:... 01 - FLOR DE LIZ ( Edu Ribeiro e Cativeiro ) 02 - VATAPÁ ( Dorival Caymmi ) 03 - ARARINHA ( Carlinhos Braw ) CUITELINHO ( Pena Branca e Xavantinho

Leia mais

79 Dias. por. Ton Freitas

79 Dias. por. Ton Freitas 79 Dias por Ton Freitas Registro F.B.N.: 684988 Contato: ton.freitas@hotmail.com INT. HOSPITAL/QUARTO - DIA Letreiro: 3 de março de 1987. HELENA, branca, 28 anos, está grávida e deitada em uma cama em

Leia mais

O sapo estava sentado à beira do rio. Sentia-se esquisito. Não sabia se estava contente ou se estava triste

O sapo estava sentado à beira do rio. Sentia-se esquisito. Não sabia se estava contente ou se estava triste O sapo estava sentado à beira do rio. Sentia-se esquisito. Não sabia se estava contente ou se estava triste Toda a semana tinha andado como que a sonhar. Que é que teria? Então encontrou o Porquinho. -

Leia mais

Capítulo I. Descendo pela toca do Coelho

Capítulo I. Descendo pela toca do Coelho Capítulo I Descendo pela toca do Coelho Alice estava começando a se cansar de ficar sentada ao lado da irmã à beira do lago, sem nada para fazer. Uma ou duas vezes ela tinha espiado no livro que a irmã

Leia mais

Bible Animacao Professor Eliseu Aluno: Rodrigo Gallucci Naufal RA

Bible Animacao Professor Eliseu Aluno: Rodrigo Gallucci Naufal RA Bible Animacao Professor Eliseu Aluno: Rodrigo Gallucci Naufal RA 00147614 Efeitos sonoros: https://www.youtube.com/watch?v=iryixkv8_sm A musica, um instrumental, iria tocar do inicio ate aproximadamente

Leia mais

PETER ASMUSSEN A PRAIA. Tradução de João Reis Versão de Pedro Mexia. lisboa. tinta da china

PETER ASMUSSEN A PRAIA. Tradução de João Reis Versão de Pedro Mexia. lisboa. tinta da china a praia PETER ASMUSSEN A PRAIA Tradução de João Reis Versão de Pedro Mexia lisboa tinta da china M M X V I I I A tradução deste livro foi subsidiada pela Danish Arts Foundation. 2018, Edições tinta da

Leia mais

Sistema COC de Educação Unidade Portugal

Sistema COC de Educação Unidade Portugal Sistema COC de Educação Unidade Portugal Ribeirão Preto, de de 2010. Nome: 2 o ano (1 a série) AVALIAÇÃO DE CONTEÚDO DO GRUPO IV 2 o BIMESTRE Eixo temático De olho na natureza Disciplina/Valor Português

Leia mais

FICHA 2 QUE ROUPAS DEVEMOS USAR? 60:00. Resultados pretendidos de aprendizagem. Questão-Problema. Materiais. Pré - Escolar 1.º Ano 2.

FICHA 2 QUE ROUPAS DEVEMOS USAR? 60:00. Resultados pretendidos de aprendizagem. Questão-Problema. Materiais. Pré - Escolar 1.º Ano 2. FICHA 2 QUE ROUPAS DEVEMOS USAR? 60:00 ASPETOS FÍSICOS DO MEIO Pré - Escolar 1.º Ano 2.º Ano Resultados pretendidos de aprendizagem * Identificar diferentes estados de tempo: chuva, vento, trovoada e sol

Leia mais

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom)

Ao Teu Lado (Marcelo Daimom) Ao Teu Lado INTRO: A9 A9 Quero estar ao Teu lado, não me importa a distância Me perdoa a insegurança, tenho muito a aprender E/G# E7 ( F# G#) A9 Mas em meus poucos passos, já avisto a esperança E/G# Também

Leia mais

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO (Vinícius de Moraes) Rio de Janeiro, 1959 E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo: - Dar-te-ei todo

Leia mais

Nirtus subiu no telhado da casa. Ouviu o som da respiração do homem que o acompanhava. Começou perguntando sobre a folha seca da árvore no quintal da

Nirtus subiu no telhado da casa. Ouviu o som da respiração do homem que o acompanhava. Começou perguntando sobre a folha seca da árvore no quintal da Nirtus Nirtus veio vindo com o tempo. Não tinha mãe. Não tinha pai. Não frequentou escolas. Nunca tinha ouvido falar na palavra amor. Nirtus apareceu sem aparecer direito. Qualquer cor era cor de Nirtus.

Leia mais

ª «ė ě«z ª QUEM E MARIA?

ª «ė ě«z ª QUEM E MARIA? QUEM E MARIA? «Pedi aos vossos pais e educadores que vos metam na escola de Nossa Senhora.» Papa João Paulo II, em Fátima, no ano 2000 8 Estou tão feliz por eles, Zacarias! disse Isabel. As palavras da

Leia mais

Simulado Aula 03 CEF PORTUGUÊS. Prof. Carlos Zambeli

Simulado Aula 03 CEF PORTUGUÊS. Prof. Carlos Zambeli Simulado Aula 03 CEF PORTUGUÊS Prof. Carlos Zambeli Português 1. Havia lá outra família morando conosco, e a mãe e o pai estavam sempre brigando, e um de seus filhos era maior do que eu e batia em mim,

Leia mais

TODAS AS PALAVRAS poesia reunida

TODAS AS PALAVRAS poesia reunida Manuel António Pina TODAS AS PALAVRAS poesia reunida (1974-2011) ASSÍRIO & ALVIM Farewell Happy Fields I Entre a minha vida e a minha morte mete-se subitamente A Atlética Funerária, Armadores, Casa Fundada

Leia mais

UMA AVENTURA NO MUNDO DE

UMA AVENTURA NO MUNDO DE Parte integrante do livro Uma Aventura no Mundo de Tarsila. Não pode ser vendido separadamente. UMA AVENTURA NO MUNDO DE T A R S I L A Professor A magia da literatura é, em grande parte, fortalecida pelos

Leia mais

HERÓI OU BANDIDO. RITA (O.S.) Pai é do orfanato. DAVI Estou indo, filha.

HERÓI OU BANDIDO. RITA (O.S.) Pai é do orfanato. DAVI Estou indo, filha. 1 HERÓI OU BANDIDO FADE IN: INT. QUARTO DIA A imagem refletida no espelho é de um homem maduro, cabelos grisalhos, rugas profundas no rosto e de um olhar tranqüilo. Ele passa o pente nos cabelos e em seguida

Leia mais

Verdinha estava triste. E por que ela estava triste? Ela achava que, como a bétula tinha tantas folhas, ninguém jamais iria reparar nela.

Verdinha estava triste. E por que ela estava triste? Ela achava que, como a bétula tinha tantas folhas, ninguém jamais iria reparar nela. a n i d r e V a n i l A Fo Verdina estava triste. E por que ela estava triste? Ela acava que, como a bétula tina tantas folas, ninguém jamais iria reparar nela. Qualquer pessoa que olasse para a árvore

Leia mais

CAPÍTULO UM. Há um contentor por trás da nossa escola. Este é o meu amigo Assis a saltar lá para dentro.

CAPÍTULO UM. Há um contentor por trás da nossa escola. Este é o meu amigo Assis a saltar lá para dentro. CAPÍTULO UM Há um contentor por trás da nossa escola. Este é o meu amigo Assis a saltar lá para dentro. 5 E aqui estou eu, a saltar logo atrás dele. Se calhar estás a pensar que somos uns tipos esquisitos.

Leia mais

O Sorriso de Clarice

O Sorriso de Clarice O Sorriso de Clarice Clarice era uma mulher meio menina sabem,doce,meiga,amiga,e apaixonada,aqueles seres que contagiam com seu sorriso, ela tinha algo único conquistava todos com seu sorriso,ninguém sabia

Leia mais

Cristóbal nasceu num aquário. O mundo dele resumia-se a um pouco de água entre as quatro paredes de vidro. Isso, alguma areia, algas, pedras de divers

Cristóbal nasceu num aquário. O mundo dele resumia-se a um pouco de água entre as quatro paredes de vidro. Isso, alguma areia, algas, pedras de divers Cristóbal nasceu num aquário. O mundo dele resumia-se a um pouco de água entre as quatro paredes de vidro. Isso, alguma areia, algas, pedras de diversos tamanhos e a miniatura em madeira de uma caravela

Leia mais

Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela

Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela Era uma vez uma princesa. Ela era a mais bela do reino. Era também meiga, inteligente e talentosa. Todos a admiravam. Todos queriam estar perto dela. Todos queriam fazê-la feliz, pois o seu sorriso iluminava

Leia mais

Duas bactérias redondas, ligeiramente azuladas, nadam calmamente em um líquido. C1T1 ESTÚDIO

Duas bactérias redondas, ligeiramente azuladas, nadam calmamente em um líquido. C1T1 ESTÚDIO Cena/Tom. Descrição da Cena Locação C1T1 Duas bactérias redondas, ligeiramente azuladas, nadam calmamente em um líquido. C1T2 Uma delas se divide, e nasce mais uma! Agora são três! Esta tabela serve de

Leia mais

Uma história de Margarida Fonseca Santos. Ilustrada por Sandra Serra

Uma história de Margarida Fonseca Santos. Ilustrada por Sandra Serra Uma história de Margarida Fonseca Santos Ilustrada por Sandra Serra Todos compreendem a gravidade da situação? perguntou a professora, enquanto olhava, um a um, para os seus alunos. Vamos então perceber

Leia mais

O Mistério da bolsa Grande

O Mistério da bolsa Grande O Mistério da bolsa Grande Gisela está indo para casa no Rio de Janeiro, após um mês de férias em Londres. Ela vive em um apartamento no Rio com dois amigos. Ela deixa seu avião às cinco horas. É uma hora

Leia mais

Desenvolvimento - 0 a 6 meses

Desenvolvimento - 0 a 6 meses Desenvolvimento - 0 a 6 meses 17/08/2017 - Dra. Marcela Noronha Os pais sempre tem curiosidade em saber quando o seu filho vai sentar, andar, falar, brincar e pular, isso porque ficamos felizes e tranquilos

Leia mais

CONTRACONTROLE De Fernanda Dalosso

CONTRACONTROLE De Fernanda Dalosso CONTRACONTROLE De Fernanda Dalosso Peça escrita durante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná,/ Regional Maringá, sob orientação de Marcelo Bourscheid, no 2º semestre de 2011. Personagens:

Leia mais

HISTÓRIAS DA AJUDARIS 16. Agrupamento de Escolas de Sampaio

HISTÓRIAS DA AJUDARIS 16. Agrupamento de Escolas de Sampaio HISTÓRIAS DA AJUDARIS 16 Agrupamento de Escolas de Sampaio JOÃO FRAQUINHO Era uma vez um menino que estava muito fraquinho, não tinha força para nada nem para se pôr de pé. Estava deitado no chão da rua,

Leia mais

Presente Perfeito A. D. Feldman

Presente Perfeito A. D. Feldman Presente Perfeito A. D. Feldman Encontramo-nos em algum lugar de um pequeno planeta e observamos a beleza fria e ao mesmo tempo arrebatadora do infinito em sua profundeza impenetrável. Lá a morte e a vida

Leia mais

NOVIDADE O comboio Silvia Santirosi Chiara Carrer editora OQO

NOVIDADE O comboio Silvia Santirosi Chiara Carrer editora OQO NOVIDADE ISBN: 978-84-9871-331-2 TITULO: O comboio AUTOR: Silvia Santirosi // Chiara Carrer EDITORA: editora OQO COLECÇAO: Q LUGAR, DATA E Nº DE EDIÇÃO: Pontevedra, fevereiro 2012, 1ª PÁGINAS: 48 ENCADERNADO:

Leia mais

BANCO DE QUESTÕES - PORTUGUÊS - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

BANCO DE QUESTÕES - PORTUGUÊS - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL PROFESSOR: EQUIPE DE PORTUGUÊS BANCO DE QUESTÕES - PORTUGUÊS - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================== A FÁBULA é uma

Leia mais

AFUGANCHO UNIDADE: DATA: 19 / 08 / 2017 II ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF TEXTO I

AFUGANCHO UNIDADE: DATA: 19 / 08 / 2017 II ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF TEXTO I SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA DATA: 9 / 08 / 207 UNIDADE: II ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE LÍNGUA PORTUGUESA 3.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: PROFESSOR(A):

Leia mais

FREDERICK WARNE. Primeira edição em Frederick Warne & Co., Impressão: William Clowes Limited

FREDERICK WARNE. Primeira edição em Frederick Warne & Co., Impressão: William Clowes Limited FREDERICK WARNE Primeira edição em 1902 Frederick Warne & Co., 1902 Impressão: William Clowes Limited Era uma vez havia quatro coelhinhos, e seus nomes eram Flopsy, Mopsy, Cotton-tail e Peter. Eles moravam

Leia mais

Os três filhos entram no Labirinto e seguem o percurso da mãe através do sangue.

Os três filhos entram no Labirinto e seguem o percurso da mãe através do sangue. 1. A Mulher-Sem-Cabeça onde está ela? A mãe avança sozinha, já sem cabeça, e procura os seus três filhos. Está no quintal, a cabeça foi cortada e o sangue que vai saindo traça um percurso, um itinerário

Leia mais

FICHA DE TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA

FICHA DE TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA FICHA DE TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA Nome Data 1. Lê o texto com muita atenção: MARIA CASTANHA Era bom ir ao jardim. E mesmo sem haver sol, os meninos sentiam os pés quentinhos e ficavam com as bochechas

Leia mais

Assim acontecia também com Minokichi e seu pai, que viviam em uma vila no sopé das montanhas.

Assim acontecia também com Minokichi e seu pai, que viviam em uma vila no sopé das montanhas. A neve caía sem pausa, por dias e dias, cobrindo tudo como um imenso manto branco. Naquela região o inverno era longo e rigoroso. Os moradores, sem poder trabalhar na roça, procuravam caça, aventurando-se

Leia mais

Versão COMPLETA. O Ribeiro que queria Sorrir. PLIP004 Ana Cristina Luz. Ilustração: Margarida Oliveira

Versão COMPLETA. O Ribeiro que queria Sorrir. PLIP004  Ana Cristina Luz. Ilustração: Margarida Oliveira O Ribeiro que queria Sorrir Ana Cristina Luz Ilustração: Margarida Oliveira Versão COMPLETA PLIP004 www.plip.ipleiria.pt Este trabalho foi desenvolvido no espírito do art.º 75 e 80 do Código do Direito

Leia mais

Litoral e Capital- Pedro Faria

Litoral e Capital- Pedro Faria Litoral e Capital- Pedro Faria giselle sato Litoral e Capital Todos os homens são filhos da puta. Somos filhos da puta mesmo. Alguns de nós mais do que o aceitável, outros menos do que deveríamos. Mas

Leia mais

Um belo dia de sol, Jessi caminhava feliz para sua escola.

Um belo dia de sol, Jessi caminhava feliz para sua escola. Jessy Um belo dia de sol, Jessi caminhava feliz para sua escola. Jessi era uma garota linda, tinha a pele escura como o chocolate, seus olhos eram pretos e brilhantes que pareciam duas lindas amoras, seu

Leia mais

O PEQUENO TREVO E OS AMIGOS DA RUA

O PEQUENO TREVO E OS AMIGOS DA RUA O PEQUENO TREVO E OS AMIGOS DA RUA LEITURA FÁCIL De Pedro Santos de Oliveira Ilustrações de Luis de Lacerda Estrela PLIP009 Adaptação e revisão de texto Ana Cristina Luz Desenvolvido no âmbito do projeto

Leia mais

Num bonito dia de inverno, um grupo de crianças brincava no recreio da sua escola,

Num bonito dia de inverno, um grupo de crianças brincava no recreio da sua escola, Pátio da escola Num bonito dia de inverno, um grupo de crianças brincava no recreio da sua escola, quando começara a cair encantadores flocos de neve. Entre eles estava o Bernardo, um menino muito curioso

Leia mais

Produção Textual. Foco Narrativo. Profa. Raquel Michelon

Produção Textual. Foco Narrativo. Profa. Raquel Michelon Produção Textual Foco Narrativo Profa. Raquel Michelon IDENTIFIQUE O FOCO NARRATIVO DOS TEXTOS SEGUINTES: A) Subiu lentamente a escada, arrastando os pés nos degraus. Estacou para respirar, apenas uma

Leia mais

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA

PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA S.I. DE CHAVILLE JUNHO 2009/ JUIN 2009 PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA EPREUVE DE LANGUE PORTUGAISE 6 ème- IDENTIFICAÇÃO (A preencher pelo aluno) Nome do aluno: Data de nascimento: Nacionalidade: Morada: Nome

Leia mais

1. OUÇAM A PRIMAVERA!

1. OUÇAM A PRIMAVERA! 1. OUÇAM A PRIMAVERA! Na Mata dos Medos há uma pequena clareira dominada por um pinheiro-manso 1 muito alto. É o largo do Pinheiro Grande. Um pássaro que por lá passarou pôs-se a cantar e acordou o Ouriço,

Leia mais

Título: Poemas da verdade e da mentira. Autor: Luísa Ducla Soares. Ilustação: Ana Cristina Inácio. Edição original: Livros Horizonte, 2005

Título: Poemas da verdade e da mentira. Autor: Luísa Ducla Soares. Ilustação: Ana Cristina Inácio. Edição original: Livros Horizonte, 2005 Título: Poemas da verdade e da mentira Autor: Luísa Ducla Soares Ilustação: Ana Cristina Inácio Edição original: Livros Horizonte, 2005 Edição: Serviço das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas Finisterra-

Leia mais

Eu sou um paradoxo e vim aqui para confundi-lo. Para o quê?. Paradoxo

Eu sou um paradoxo e vim aqui para confundi-lo. Para o quê?. Paradoxo Eu sou um paradoxo e vim aqui para confundi-lo. Para o quê?. Paradoxo Leandro F. Aurichi ICMC-USP 1 Do dicionário do Google paradoxo 2 Do dicionário do Google paradoxo substantivo masculino 2 Do dicionário

Leia mais

O princípio das férias

O princípio das férias As_duas_casas 24/4/09 9:55 Página 9 Capítulo I O princípio das férias A Rita começou a desenhar uma casa na margem do caderno: uma torre em ruínas, uma janela assinalada com um X, uma longa parede de pedra.

Leia mais