Suporte Básico de Vida e Ressuscitação Cardiopulmonar: novas recomendações da American Heart Association

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1 Suporte Básico de Vida e Ressuscitação Cardiopulmonar: novas recomendações da American Heart Association Basic Life Support and Cardiopulmonary Resuscitation: American Heart Association newest recommendations Eduardo Dias de Andrade Professor Titular da Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Medicamentosa Faculdade de Odontologia de Piracicaba Unicamp. José Ranali Professor Titular da Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Medicamentosa Faculdade de Odontologia de Piracicaba Unicamp. Juliana Cama Ramacciato Professora Doutora em Odontologia, Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Medicamentosa da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic Campinas. Rogério Heládio Lopes Motta Professor Doutor em Odontologia, Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Medicamentosa da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic Campinas. Franco Arsati Professor Doutor em Odontologia, Área de Fisiologia e Biofísica da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic Campinas. Fernanda Lopes da Cunha Professora Doutora em Odontologia, Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Medicamentosa da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic Campinas. Valdir Quintana-Gomes Júnior Professor Doutor em Odontologia, Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Medicamentosa da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic Campinas. Resumo: A realização dos procedimentos de Suporte Básico de Vida (SBV) e das manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) aumentam consideravelmente as chances de sobrevivência e manutenção da vida em pessoas em situações de emergência. Nessa revisão de literatura os autores apresentam as novas orientações da American Heart Association sobre o assunto, publicadas em dezembro de 2005, adaptando-as para a clínica odontológica. Descritores: Parada cardíaca, Primeiros socorros, Ressuscitação cardiopulmonar. Abstract: Life threatening situations require the immediate realization of basic life support and cardiopulmonary resuscitation, procedures that can increase the chance of survival of people in emergency situations. The aim of this article was to present the newest American Heart Association recommendations, published in December of 2005, and adjust them to the dental practice. Descriptors: Heart arrest, First aid, Resuscitation.

2 Introdução O Suporte Básico de Vida (SBV), tradução do inglês Basic Life Support (BLS), compreende uma série de procedimentos que visa proporcionar assistência ventilatória e circulatória a uma vítima em situações ameaçadoras à vida, até que ela receba o suporte avançado de vida (ALS = Advanced Life Support), sob cuidados médicos, em ambulância ou ambiente hospitalar. Esse tema é de grande importância para o cirurgião-dentista, tendo sido contemplado recentemente na Revista da APCD13. Embora a iniciativa de tratar desse assunto seja relevante, os autores não consideraram as novas orientações da American Heart Association (AHA) publicadas em dezembro de 2005, e que é um dos objetivos deste artigo. O SBV não requer o uso de qualquer equipamento especial e pode ser realizado não apenas por profissionais de saúde, mas também por leigos, desde que recebam treinamento adequado. Inclui uma seqüência de condutas e manobras: o reconhecimento de sinais e sintomas de situações de caráter emergencial, como a obstrução aguda das vias aéreas por corpos estranhos, acidente vascular encefálico, choque anafilático, infarto do miocárdio e parada cardiorrespiratória; o acionamento do serviço de socorro de urgência; a execução das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e, até mesmo, a desfibrilação por meio de um desfibrilador externo automático (DEA), quando disponível. A parada cardíaca pode ser causada por problemas cardiovasculares, freqüentemente por anormalidades no ritmo cardíaco, comumente a fibrilação cardíaca (cerca de 80 % dos casos), mas também em acidentes envolvendo eletrocução e asfixia em situações de trauma, sobredosagem de drogas ou afogamento, sendo a RCP essencial para o salvamento dessas vítimas. A fibrilação ventricular caracteriza-se por despolarizações e repolarizações caóticas das fibras cardíacas, fazendo com que não exista sincronismo na contração das fibras musculares cardíacas dos ventrículos e, desta maneira, não exista um bombeamento efetivo de sangue. É provável que um grande número de vítimas de parada cardíaca apresente fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular no momento do colapso; porém a demora para a avaliação do ritmo cardíaco faz com que esta condição já tenha evoluído para assistolia (ausência total de estímulos elétricos) no início do atendimento. O sucesso da RCP é maior enquanto ainda persiste a fibrilação ventricular, sendo improvável quando o ritmo deteriora-se para assistolia11,15. O sucesso do SBV e da RCP também está intimamente relacionado com o tempo decorrido entre a parada cardiorrespiratória e o início das manobras de ressuscitação (RCP), bem como do tempo para o uso do desfibrilador e o seguimento dos cuidados avançados pelo pessoal da área médica. O tempo preconizado como ideal é de um a quatro minutos para o início da RCP e de oito a dez minutos para o acesso ao desfibrilador e cuidados intensivos. Estes tempos de socorro recomendados baseiam-se no fato de que a morte cerebral inicia-se cerca de quatro a seis minutos após a parada cardíaca e a chance de sobrevivência de uma vítima cai de 7% a 10% a cada um minuto de atraso no socorro, a partir do início da RCP ou o uso do desfibrilador7.

3 Devido a esses curtos períodos, a American Heart Association (AHA) ressalta a importância de se treinar e capacitar o maior número possível de pessoas, incluindo profissionais de saúde, mas principalmente leigos, pois é estimado que cerca de 75% a 80% das paradas cardíacas fora dos hospitais acontecem em ambiente domiciliar. Portanto, o treinamento em RCP pode significar a diferença entre a vida e a morte de uma pessoa próxima. Quanto mais pessoas forem treinadas, mais vidas poderão ser salvas. A campanha da AHA para a popularização do SBV e RCP frisa ainda fatos e estatísticas que incentivam o treinamento, alertando que aproximadamente 95% das vítimas de parada cardíaca morrem antes de chegar ao hospital por despreparo de quem testemunha o episódio, sendo que a RCP, quando realizada de forma efetiva e imediatamente, após a parada cardíaca, pode dobrar a chance de sobrevivência. A RCP mantém a circulação sangüínea mínima vital para o coração e cérebro, aumentando o período de tempo em que a desfibrilação pode ser efetiva. Visando facilitar a compreensão da seqüência de procedimentos do SBV e ilustrar a importância do tempo e a responsabilidade de quem testemunha uma situação de emergência, a AHA utiliza um diagrama comparado a quatro elos de uma corrente, a chamada corrente da vida, em que a primeira pessoa a presenciar o episódio responde pelos três primeiros dos quatro elos, com atuação relevante em vítimas de parada cardiorrespiratória. Elo 1 Reconhecimento precoce e acionamento do Serviço de Resgate do Corpo de Bombeiros (telefone 193) ou do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), pelo número 192. Elo 2 Início imediato da RCP aumentando a chance de sobrevivência da vítima. Elo 3 Acesso precoce a um desfibrilador. A RCP associada ao choque do desfibrilador em três a cinco minutos após a parada cardíaca pode produzir taxas de sobrevivência de 49 a 75%2,5-9,14,15,17,18. Elo 4 Acesso rápido ao Suporte Avançado de Vida (SAV) e cuidados médicos intensivos. Parada cardiorrespiratória e cadeia da sobrevivência A maioria das vítimas de parada cardiorrespiratória súbita apresenta fibrilação ventricular em algum momento desta intercorrência. A RCP terá maior sucesso se a desfibrilação for realizada nos primeiros cinco minutos após o início do colapso. A RCP é importante antes e após a aplicação do choque na vítima. Quando esta é aplicada imediatamente após a parada cardíaca com fibrilação ventricular, a RCP pode duplicar ou triplicar as chances de sobrevivência da vítima. A RCP só deverá ser interrompida em três situações: 1. Se a vítima apresentar algum sinal de reação. 2. Se um desfibrilador externo automático (DEA) ou manual estiver disponível. 3. Na chegada do socorro médico de urgência. Após cerca de cinco minutos de fibrilação ventricular, não havendo qualquer tipo de tratamento, o resultado pode ser melhor caso o choque seja precedido de efetivas manobras de ventilação boca-a-boca e compressões cardíacas externas, que levarão o sangue oxigenado para as coronárias e para o cérebro. A RCP também é importante após o choque, já que a maioria das vítimas apresenta assistolia e ausência de pulso por vários minutos após a desfibrilação. Portanto, a RCP pode converter a fibrilação ventricular para

4 um ritmo de perfusão. Nem todas as mortes entre adultos ocorrem por parada cardíaca súbita ou fibrilação ventricular, podendo também ser provocadas por diferentes mecanismos de asfixia, como no afogamento ou sobredosagem por drogas. A asfixia também leva à parada cardíaca na maioria das crianças, embora 5% a 15% das paradas cardíacas em crianças envolvam a fibrilação ventricular. Estudos em animais demonstraram que o melhor tratamento para a parada cardíaca devido à asfixia é a combinação entre compressões torácicas e ventilações. Entretanto, a realização somente de compressões torácicas é melhor do que não se fazer nada3,4. Novas recomendações em função do número de socorristas e idade da vítima Os autores do último Guia de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) da American Heart Association (AHA, 2005) simplificaram a seqüência de manobras de Suporte Básico de Vida, minimizando as diferenças para o socorro de bebês, crianças e adultos. Pela primeira vez é recomendada uma razão de compressão-ventilação universal para qualquer vítima (exceto recém-nascidos) quando o socorrista encontra-se sozinho. Tanto em bebês (até um ano de idade) quanto em crianças (de um a oito anos) e em adultos ou crianças com idade acima de oito anos, a relação compressão-ventilação deve ser de 30:2, no caso de um socorrista. O objetivo destas mudanças é de facilitar o aprendizado, a memorização e a execução da RCP para o socorrista. Recomendações na RCP para socorristas profissionais da área de saúde O socorrista da área de saúde deve alterar a seqüência de manobras com base na provável etiologia e gravidade do problema. Para os colapsos súbitos, independentemente da idade da vítima, caso o socorrista esteja sozinho, ele deve acionar o serviço médico de urgência e obter um desfibrilador externo automático (DEA), quando disponível e, então, retornar a vítima para começar a RCP e, posteriormente, usar o DEA. Para as vítimas inconscientes de todas as idades, em que a parada cardíaca tenha sido precipitada por asfixia (por exemplo, obstrução aguda das vias aéreas ou afogamento), o socorrista deverá realizar cinco ciclos de RCP (em torno de dois minutos) antes de deixar a vítima para acionar o serviço médico de urgência e obter um DEA. Após tais procedimentos o socorrista deverá retornar à vítima, reiniciar a RCP e usar o DEA enquanto aguarda o socorro. Após realizar duas ventilações de resgate, os profissionais de saúde devem avaliar atentamente o pulso nas vítimas inconscientes que não respiram, no tempo máximo de dez segundos. Se o profissional não sentir o pulso em dez segundos, o mesmo deverá iniciar as compressões e ventilações. Os profissionais de saúde devem ser instruídos a realizar ventilação de resgate sem as compressões torácicas para as vítimas de parada respiratória que ainda apresentam pulso. As ventilações de resgate, sem as compressões torácicas, devem ser feitas numa freqüência de dez a 12 ventilações por minuto no

5 adulto e de 12 a 20 ventilações por minuto em bebês e crianças. Quando dois socorristas estão presentes, deve haver a troca de função (ventilação ou compressão torácica) a cada dois minutos, para prevenir a fadiga e conseqüente perda da qualidade e freqüência das compressões torácicas. A troca de posição deve ser feita em menos de cinco segundos, minimizando as interrupções na parte mais crítica da RCP, que são as compressões torácicas. Uso do DEA e desfibrilação em crianças Em crianças com parada cardíaca, fora do ambiente hospitalar, os profissionais devem realizar cinco ciclos de RCP (em torno de dois minutos) antes de usar o DEA. Essa recomendação é similar à publicada pela AHA em O uso imediato do DEA em crianças, sem a realização das compressões e ventilações, poderia prejudicar a vítima, já que a maioria das paradas cardíacas em crianças não está relacionada às arritmias ventriculares. Se um profissional de saúde presencia um colapso súbito em uma criança, aí sim deverá usar o DEA o mais rápido possível. Os socorristas devem usar um DEA adaptado para crianças de um a oito anos. Esse sistema é modificado para propiciar um choque reduzido para vítimas de até oito anos de idade. Em crianças com idade acima de oito anos e em adultos, emprega-se o DEA convencional, pois o choque fornecido pelo aparelho adaptado para crianças menores não é suficiente para a desfibrilação. O Protocolo de Suporte Básico de Vida A seguir apresentamos a seqüência de manobras de SBV, baseada nas novas orientações da AHA (2005). Quando o paciente aparentemente está passando mal, avalie a necessidade de se instituir o Suporte Básico de Vida (SBV). A seqüência de manobras que deve ser executada está descrita no algoritmo de SBV (Figura 1):

6 A primeira medida a ser adotada é a avaliação da responsividade, que é a capacidade de resposta da vítima. Ela deve ser abordada com um estímulo suave nos ombros, o que confere proteção ao socorrista, perguntando-lhe em seguida algo como Você está bem?. Qualquer tipo de resposta representa sinal de mínima consciência, confirmando a presença de respiração e pulso. Enquanto se faz uma análise da relação causa-efeito (história de doença sistêmica, uso de fármacos, possibilidade de injeção intravascular acidental de anestésico local etc), mantenha o paciente na posição supina (deitado de costas), avalie possíveis injúrias e eleve as pernas 10º a 15º acima da cabeça, o que propicia melhor oxigenação cerebral. Além disso, deve-se monitorizar constantemente os sinais vitais, que podem desaparecer de forma súbita. Finalmente, deve-se aguardar a recuperação da vítima, mantendo-se próximo a ela. Neste momento o socorrista deve ponderar a necessidade de pedir socorro. Ao avaliar a responsividade, pode-se constatar que a vítima está inconsciente. A inconsciência supõe uma condição ameaçadora à vida, de modo que o pedido de ajuda no local deve ser enfático para chamar à atenção das pessoas. Os presentes devem ser mobilizados para auxiliar no atendimento da vítima e ficar em condições de acionar serviços de urgência. Constatada a inconsciência, os procedimentos a serem adotados seguem a seqüência denominada de ABC do suporte básico de vida, uma sigla utilizada internacionalmente. Desobstruir as vias aéreas - A do inglês Airway A desobstrução das vias aéreas é obtida com a hiperextensão do pescoço. Para tanto, deve-se colocar uma das mãos espalmada sobre a testa e o indicador e o dedo médio da outra mão sob o mento, forçando a mandíbula para cima e para trás (Figura 2a). Deve-se evitar pressão nos tecidos moles submandibulares, o que agrava a obstrução. A manobra de hiperextensão do pescoço e protrusão da mandíbula desobstrui as vias aéreas ao aliviar a pressão dos músculos da base da língua sobre a entrada da laringe e, por si só, pode permitir o restabelecimento espontâneo dos movimentos respiratórios e a recuperação da consciência. Cabe lembrar que todos os objetos na cavidade oral devem ser removidos (não perder tempo com próteses bem ajustadas). Roupas e acessórios que dificultam a respiração devem ser removidos ou afrouxados. Em vítimas de trauma, devido ao risco de lesão à medula, a manobra de hiperextensão do pescoço não deve ser executada como descrito anteriormente. Avaliar a presença de respiração - B do inglês Breathing A respiração deve ser ouvida, sentida e observada, o que exige muito critério e não admite desperdício de tempo. O socorrista, mantendo a hiperextensão do pescoço da vítima, deve aproximar seu rosto da região da boca e nariz do socorrido, de modo que possa, simultaneamente, sentir na pele o fluxo de ar, ouvir os ruídos de respiração e observar os movimentos do tórax (Figura 2b). Tal avaliação deve durar no máximo

7 dez segundos para se ter certeza da ausência ou presença de respiração. Caso a vítima não esteja respirando, o socorrista deverá fazer imediatamente duas ventilações boca-a-boca antes mesmo de avaliar a presença de pulso. Avaliar a presença de pulso - C do inglês Circulation Em acidentes e nas emergências médicas, o melhor pulso para aferição é o carotídeo, mais acessível e regular, mesmo quando há hipotensão no socorrido. Nos bebês, a mais indicada para se verificar o pulso é a artéria braquial, posicionada na região interna do braço. A técnica de localização do pulso carotídeo consiste em colocar a polpa (e não a ponta) dos dedos médio e indicador sobre a proeminência laríngica, deslizando-os lateralmente até posicioná-los na depressão formada entre esta estrutura anatômica (a cartilagem tireóide) e o músculo esternocleidomastoídeo. A avaliação da presença ou ausência de pulso deve ser feita por, no máximo, dez segundos. Quando o socorrista constatar a presença de respiração (B) e pulso (C), há apenas inconsciência da vítima, com manutenção de sinais vitais, como ocorre na lipotímia seguida de síncope (desmaio comum). Nesse caso é recomendado elevar as pernas 10º a 15º acima da cabeça, monitorar a respiração e pulso e aguardar a recuperação da vítima, mantendo-se próximo a ela e ponderando a necessidade de pedir socorro. Diante de ausência de respiração, IMEDIATAMENTE deve-se chamar o socorro médico de urgência, pois mesmo que a vítima se recupere é imprescindível a avaliação médica, dada a gravidade do episódio. O socorrista deverá fazer duas ventilações boca-a-boca, com duração de um segundo cada, antes da avaliação de pulso da vítima. Caso as duas ventilações promovam qualquer tipo de reação por parte do socorrido (movimento ou tosse), o que caracteriza sinal de recuperação, o socorrista deverá monitorar os sinais vitais enquanto aguarda o serviço médico já acionado. Ao contrário, caso as duas ventilações não promovam qualquer tipo de

8 resposta por parte da vítima, deve-se avaliar o pulso carotídeo. Diante da parada respiratória com pulso, e estando a vítima deitada de costas, deve-se REINICIAR IMEDIATAMENTE as assistências ventilatórias com duração de um segundo e intervalo de cinco a seis segundos entre uma e outra (cerca de dez a 12 ventilações por minuto). O pulso deve ser reavaliado a cada dois minutos. Quando a parada respiratória é acompanhada de ausência de pulso fica caracterizada a parada cardiorrespiratória, exigindo o início imediato dos procedimentos de RCP (combinação de compressão torácica e assistência ventilatória). As manobras de ventilação boca-a-boca estão descritas passo a passo no Quadro 1 e as de compressão cardíaca externa, no Quadro 2 (Figura 3). A resistência oferecida pelas vias aéreas da vítima é pequena se a insuflação for realizada de forma suave e progressiva. Se a insuflação for demasiadamente rápida ou excessiva, aumenta-se a pressão sobre a faringe, produzindo-se a abertura do esôfago. O ar vai para o estômago, distendendo-o e diminuindo a eficiência da assistência ventilatória. A elevação visível do tórax é o principal indicativo de eficiência da assistência ventilatória. Deve-se esperar que o tórax abaixe completamente antes de executar nova ventilação. Se a boca não puder ser aberta por qualquer motivo (trismo, fraturas maxilomandibulares), pode-se fazer a assistência ventilatória do tipo boca-a-nariz, que exigirá maior esforço. Como a resistência à passagem do ar é maior, a insuflação deve ser um pouco mais vigorosa e prolongada. A interrupção repentina da circulação causa inconsciência em aproximadamente 15 segundos. A compressão cardíaca externa fará, então, com que o sangue circule artificialmente, pois o coração estará sendo comprimido contra duas superfícies rígidas: o osso esterno e a coluna vertebral.

9 A compressão cardíaca bem executada proporciona uma perfusão cerebral que não chega a 30% do valor normal. Se mal conduzida, a perfusão será de cerca de 10%, sendo que o cérebro exige no mínimo 20% da sua perfusão normal. Vale ressaltar que o treinamento desta manobra em manequins deve ser tecnicamente bem realizado, pois a margem de segurança para manutenção da função cerebral é muito pequena. Nesta situação crítica, chamar por socorro médico é tão importante quanto a manobra completa. Com o tempo, as compressões favorecem o represamento de sangue na região subcutânea e esplênica, diminuindo, progressivamente, a eficácia da manobra. Em todas as vítimas, os socorristas devem seguir a recomendação da American Heart Association (AHA) de push hard, push fast, ou seja, comprimir forte, comprimir rápido (cerca de 100 compressões por minuto), permitindo total recuperação do tórax entre as compressões, além de minimizar as interrupções.

10 Ressuscitação em crianças com idade de um a oito anos O SBV destinado a crianças de um a oito anos deve ser feito por dois minutos (cinco ciclos), quando então deverá ser acionado o socorro médico de urgência. Obedece à mesma seqüência de manobras para adultos, mas com algumas particularidades. A insuflação deve ser mais suave e, devido às crianças (e também os socorristas) variarem de tamanho, não existe mais a recomendação de utilizar apenas uma das mãos para a compressão torácica. Ao invés disso, os socorristas são instruídos a utilizar uma ou duas mãos (como recomendado em adultos) desde que produza a compressão de um terço à metade da espessura da caixa torácica (em torno de 3 cm).

11 No caso do atendimento por um socorrista, a relação de 30:2 deve ser a mesma, ou seja, 30 compressões e duas assistências ventilatórias. Na hipótese de dois socorristas, a relação deve ser de 15:2 (15 compressões para cada duas ventilações). Ressuscitação em bebês com até um ano de idade Em bebês não há necessidade de se fazer a hiperextensão do pescoço, bastando elevar a ponta do mento. O socorrista deve adaptar firmemente sua boca envolvendo a boca e o nariz do bebê, insuflando com cuidado o ar contido em suas bochechas, o suficiente para produzir a elevação do tórax. Para a compressão torácica, feita somente com dois dedos, o socorrista deve imaginar uma linha transversal que une os mamilos do bebê; a partir dela, em sentido inferior, serão posicionados, os dedos indicador, médio e anular, todos unidos. O dedo indicador é retirado e a massagem será feita com os dois restantes. Da mesma forma que em crianças de um a oito anos, a relação é de 30:2 (um socorrista) ou 15:2 (dois socorristas). Em recém-nascidos (neonatos) a relação atualmente recomendada é de 3:1 (três compressões e uma ventilação). Como nos bebês, em neonatos, a avaliação do pulso é feita na artéria braquial e não na artéria carótida. Conclusão O presente artigo revisou os princípios básicos do Suporte Básico de Vida e RCP preconizados pela American Heart Association (AHA) e publicados em dezembro de As novas recomendações foram simplificadas, com o objetivo de habilitar um maior número de pessoas a executar corretamente as manobras de pronto atendimento, na expectativa de melhorar a qualidade do socorro de vítimas inconscientes e, até mesmo, diminuir a mortalidade no caso de parada cardiorrespiratória. Existem algumas especulações sobre os motivos pelos quais as pessoas hesitam em realizar o SBV e a RCP. Para alguns, as recomendações são complicadas com muitos passos para serem lembrados. Observou-se também que a retenção da habilidade após os ensinamentos é muito pequena e decresce rapidamente, sendo necessário o constante treinamento. O medo da contaminação por doenças transmissíveis também traz insegurança e faz com que as pessoas relutem em realizar a ventilação boca-aboca. Porém, dados na literatura mostram que o risco de transmissão nestas circunstâncias é muito baixo e existem ainda barreiras de proteção que podem ser utilizadas para reduzir o risco de contaminação

12 cruzada16. Deve-se salientar que as recomendações da AHA para o socorro de vítimas inconscientes não levam em consideração certas peculiaridades referentes às emergências médicas que podem ocorrer durante o atendimento odontológico. Por exemplo, a lipotímia e a síncope vasovagal são as situações clínicas mais freqüentes do consultório e podem levar à perda da consciência10. Nestes casos, o cirurgião-dentista deve seguir o protocolo de atendimento indicado, que envolve apenas liberar as vias aéreas, checar a presença de sinais vitais, e melhorar o fluxo sangüíneo para o sistema nervoso central com a elevação das pernas em cerca de 10º a 15º acima do nível da cabeça. Desta forma, a vítima deverá recuperar-se após dois a três minutos1. Portanto, para se evitar o acionamento desnecessário do serviço médico de urgência diante de qualquer complicação em Odontologia, é importante que o cirurgião-dentista, por meio dos dados obtidos na anamnese e exame físico do paciente, faça o diagnóstico diferencial, classificando a gravidade da ocorrência. O socorro médico de urgência deve ser acionado somente nos casos em que o quadro clínico representa risco de morte e pode se agravar a qualquer momento. É imperativo que as grades curriculares dos cursos de graduação e de pós-graduação proporcionem conteúdo e treinamento necessários para capacitar o cirurgião-dentista no reconhecimento e manejo das emergências médicas, que incidem cada vez mais no seu ambiente de prática profissional. Endereço para correspondência: José Ranali Departamento de Ciências Fisiológicas Área de Farmacologia Av. Limeira, Caixa Postal Piracicaba - SP Tel.: (19) Fax.: (19) REFERÊNCIAS 1. Andrade ED, Ranalli J. Emergências médicas em odontologia. 2ed. São Paulo: Artes Médicas; Berg MD, Clark LL, Valenzuela TD, Kern KB, Berg RA. Post-shock chest compression delays with automated external defibrillator use. Resucitation2005 Mar;64: Berg RA, Hilwig RW, Kern KB, Babar I, Ewy GA. Simulated mouth-to-mouth ventilation and chest compressions (bystander cardiopulmonary resuscitation) improves outcome in a swine model of prehospital pediatric asphyxial cardiac arrest. Crit Care Med 1999 Sep;27: Berg RA, Hilwig RW, Kern KB, Ewy GA. "Bystander" chest compressions and assisted ventilation independently improve outcome from piglet asphyxial pulseless "cardiac arrest." Circulation 2000 Apr 11;101(14): Carpenter J, Rea TD, Murray JA, Kudenchuk PJ, Eisenberg MS. Defibrillation waveform and post-shock rhythm in out-of-hospital ventricular fibrillation cardiac arrest. Resuscitation 2003 Nov;59(2):

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