HISTOLOGIA. Introdução ao Estudo dos Tecidos
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- Thalita Ferrão Candal
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1 HISTOLOGIA Introdução ao Estudo dos Tecidos
2 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS Existem vários níveis hierárquicos de organização entre os seres vivos, começando pelos átomos e terminando na biosfera. Cada um desses níveis é motivo de estudo que fornece informações importantes para a área das ciências ambientais e da saúde.
3 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ÁTOMOS E MOLÉCULAS: Os átomos forma toda a matéria que existe. Eles se unem por meio de ligações químicas para formar as moléculas, desde moléculas simples como a água (H2O), até moléculas complexas como proteínas, que possuem de centenas a milhares de átomos.
4 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ORGANELAS: As organelas são estruturas presentes no interior das células, que desempenham funções específicas. São formadas a partir da união de várias moléculas.
5 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS CÉLULA:A célula é a unidade básica da vida, sendo imprescindível para a existência dela. Existem vários tipos de células, cada uma com sua função específica.
6 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS CÉLULA EUCARIONTE ANIMAL E VEGETAL
7 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS TECIDO: Os tecidos são formados pela união de células especializadas. Os tecidos estão presentes apenas em alguns organismos multicelulares como as plantas e animais.
8 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ÓRGÃOS: Os tecidos se organizam e se unem, formando os órgãos. Eles são formados de vários tipos de tecidos, por exemplo. O coração é formado por tecido muscular, sanguíneo e tecido nervoso. Os ossos são formados por tecido ósseo, sanguíneo e nervoso.
9 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS SISTEMAS: Os sistemas são formados pela união de vários órgãos, que se trabalham em conjunto para exercer uma determinada função corporal.
10 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ORGANISMO: A união de todos os sistemas forma o organismo, que pode ser uma pessoa, uma planta, um peixe, um cachorro, um pássaro, um verme, etc.
11 NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS ÁTOMO SISTEMAS MOLÉCULAS E MACROMOLÉCULAS ORGÃOS ORGANELAS CELULARES CÉLULA TECIDOS ORGANISMOS
12 INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA HISTOLOGIA é a parte da Ciência que estuda os tecidos e como eles se organizam para constituir os órgãos. Histologia: deriva do grego histos = tecido e logos = estudo (Mayer, 1819). Tecido: Conjunto de células semelhantes e associadas intimamente, adaptadas para funções específicas.
13 INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA Os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que estão intimamente correlacionados. Além das células, os tecidos contêm material extracelular ou intercelular produzido pelas próprias células em quantidade variável. Os órgãos são quase sempre formados por uma associação precisa de vários tecidos.
14 INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA Existem quatro tipos de tecidos fundamentais, que por sua vez, podem ser subdivididos em categorias de acordo com critérios variados. São eles: Tecido epitelial Tecido conjuntivo Tecido nervoso Tecido muscular
15 INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA TECIDO CÉLULAS MATRIZ CELULAR FUNÇÕES EPITELIAL Poliédricas e Justapostas Pequena Quantidade Revestimentos de superfície e excreção. CONJUNTIVO Vários tipos de células Abundante Preenchimento e Proteção MUSCULAR Alongadas e Contráteis Quantidade Moderada Movimento NERVOSO Longos Prolongamentos Nenhuma Transmissão de impulsos nervosos
16 INTRODUÇÃO A HISTOLOGIA
17 DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Na segmentação, mesmo com o aumento do número de células, praticamente não há aumento do volume total do embrião, pois as divisões celulares são muito rápidas e as células não têm tempo para crescer.
18 ORIGEM DOS TECIDOS Três linhas germinativas do disco embrionário: 1. Endoderme: (trato digestivo) 2. Mesoderme: (músculo, ossos e sistema circulatório) 3. Ectoderme: (pele e nervoso)
19 ENDODERME Epitélio de revestimento e glândulas do trato digestivo, com exceção da cavidade oral e anal; Sistema respiratório (pulmão); Fígado e pâncreas.
20 MESODERME Forma a camada interna da pele (derme); Músculos lisos e esqueléticos; Sistema circulatório (coração, vasos sanguíneos, tecido linfático, tecido conjuntivo); Sistema esquelético (ossos e cartilagem); Sistema excretor e reprodutor (órgãos genitais, rins, uretra, bexiga e gônadas).
21 ECTODERME Epiderme e anexos cutâneos (pêlos e glândulas mucosas); Todas as estruturas do sistema nervoso (encéfalo, nervos, gânglios nervosos e medula espinhal); Epitélio de revestimento das cavidades nasais, bucal e anal.
22 TÉCNICA HISTOLÓGICA Conjunto de processos a que se submetem os tecidos a fim de que possam ser observados significativa e adequadamente permitindo o diagnóstico histológico ou patológico.
23 TÉCNICA HISTOLÓGICA PRIMEIRA ETAPA Coleta de material Animais de pequeno porte como ratos, coelhos, sapos, cães e gatos são usados como cobaias para obtenção das peças histológicas através de biópsia ou necropsia. Biópsia: Retira-se fragmento do animal vivo (punções). Necropsia: retirada do órgão com o animal morto. OBS: Fragmento espessura ideal de 4 6 mm para boa fixação.
24 TÉCNICA HISTOLÓGICA SEGUNDA ETAPA Fixação Tratamento da peça histológica a fim de que possamos observar ao microscópio os componentes teciduais, com a morfologia e a composição química semelhantes às existentes no ser vivo. Visa impedir a destruição das células por suas próprias enzimas (autólise) ou por ação bacteriana e também endurecer os tecidos tornando-os mais resistentes e favoráveis às etapas subsequentes da técnica histológica. É feito imediatamente após a retirada do material.
25 TÉCNICA HISTOLÓGICA Fixadores são substâncias químicas que mantêm a integridade do tecido após a morte, sem alterações da estrutura celular. A escolha do fixador é de suma importância, pois dele vai depender os estudos que se quer fazer como também das técnicas a serem aplicadas. Os fixadores mais utilizados em histologia são: formol 10%, formalina tamponada, glutaraldeído, entre outros. Para fixação de tecido ósseo deve-se realizar a descalcificação retirada dos sais com ácidos.
26 TÉCNICA HISTOLÓGICA TERCEIRA ETAPA Desidratação Visa retirar a água do interior da célula a fim de permitir a impregnação da peça com parafina. Para isto, a peça é submetida a banhos sucessivos em alcoóis de teor crescente (ex.: 70%, 80%, 90% e 100%).
27 TÉCNICA HISTOLÓGICA QUARTA ETAPA - Diafanização ou Clareamento Infiltração dos tecidos por um solvente da parafina e ao mesmo tempo desalcolizante. Xilol é o solvente mais usado e retira toda água e álcool do material para que a parafina possa penetrar eficientemente no tecido. O tecido torna-se semitranslúcido, quase transparente. Utiliza-se 10 a 20 vezes o volume da peça. Outros agentes clareadores: toluol, clorofórmio, benzol, entre outros.
28 TÉCNICA HISTOLÓGICA QUINTA ETAPA Impregnação ou Inclusão Elimina xilol. Os tecidos são submetidos a banhos de parafina a 60 C, no interior de uma estufa. Em estado líquido, a parafina penetra nos tecidos, dando-lhes, depois de solidificada, certa dureza. Retira-se a peça da estufa e a coloca em temperatura ambiente para solidificar. A inclusão pode também ser feita com celoidina, gelatina ou resorcina epóxi, sendo estas últimas usadas para microscopia eletrônica.
29 TÉCNICA HISTOLÓGICA SEXTA ETAPA Microtomia Corte do material em micrótomo, aparelho que possui navalha de aço. A espessura dos cortes geralmente varia de 5 a 10 um (micrômetros) (1 um = 0,001 mm). Mais utilizada de 4 a 6 micrômetros. É imprescindível para que haja transparência do tecido e assim uma boa visualização.
30 TÉCNICA HISTOLÓGICA SÉTIMA ETAPA Colagem do corte na lâmina Os cortes provenientes da microtomia são enrugados. Para desfazer estas rugas, são esticados num banho de água e gelatina a 58 C, e pescados com uma lâmina. Leva-se então, à estufa a 37 C, por 2 horas, para que se dê a colagem do corte à lâmina, pela coagulação da gelatina contida na água quente.
31 TÉCNICA HISTOLÓGICA SÉTIMA ETAPA Colagem do corte na lâmina Os cortes provenientes da microtomia são enrugados. Para desfazer estas rugas, são esticados num banho de água e gelatina a 58 C, e pescados com uma lâmina. Leva-se então, à estufa a 37 C, por 2 horas, para que se dê a colagem do corte à lâmina, pela coagulação da gelatina contida na água quente.
32 TÉCNICA HISTOLÓGICA OITAVA ETAPA Coloração Tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e destacados uns dos outros. O mecanismo das colorações está relacionado a dois fatores: Os corantes; Os elementos a corar.
33 TÉCNICA HISTOLÓGICA CORANTES Corantes são compostos químicos com determinados radicais ácidos ou básicos que possuem cor, e apresentam afinidade de combinação com estruturas básicas ou ácidas dos tecidos. Os corantes podem ser: Naturais ou Sintéticos;
34 TÉCNICA HISTOLÓGICA COLORAÇÃO Corante básico - se liga aos radicais ácidos dos tecidos. Ex: hematoxilina de cor roxa cora o núcleo das células. corante ácido - tem afinidade por radicais básicos dos tecidos. Ex: eosina de cor rosa cora o citoplasma.
35 TÉCNICA HISTOLÓGICA COLORAÇÃO Os componentes que se combinam com corantes ácidos são chamados acidófilos e os componentes que se combinam com corantes básicos são chamados basófilos. As colorações possuem algo em particular que as diferenciam umas das outras. Algumas são vantajosas para certos elementos e desvantajosas para outros.
36 TÉCNICA HISTOLÓGICA NONA ETAPA Desidratação Retira a água, quando os corantes utilizados forem soluções aquosas, a fim de permitir perfeita visualização dos tecidos, pois a água possui índice de refração diferente do vidro.
37 TÉCNICA HISTOLÓGICA NONA ETAPA Desidratação Retira a água, quando os corantes utilizados forem soluções aquosas, a fim de permitir perfeita visualização dos tecidos, pois a água possui índice de refração diferente do vidro.
38 TÉCNICA HISTOLÓGICA MONTAGEM Consiste na colagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte pela umidade do ar ambiente, permitindo então que estas lâminas se mantenham estáveis por tempo indefinido. Após a montagem, levam-se as lâminas à estufa, para secagem do bálsamo do Canadá.
39 TÉCNICA HISTOLÓGICA MONTAGEM Consiste na colagem da lamínula sobre o corte, com bálsamo do Canadá, que é solúvel em xilol e insolúvel em água. A lamínula impede que haja hidratação do corte pela umidade do ar ambiente, permitindo então que estas lâminas se mantenham estáveis por tempo indefinido. Após a montagem, levam-se as lâminas à estufa, para secagem do bálsamo do Canadá.
40 TÉCNICA HISTOLÓGICA
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