António Miguel Trigueiros A CIRCULAÇÃO MONETÁRIA NA ÉPOCA DO ESCUDO PORTUGUÊS
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- Maria dos Santos Soares Cesário
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1 António Miguel Trigueiros A CIRCULAÇÃO MONETÁRIA NA ÉPOCA DO ESCUDO PORTUGUÊS Lisboa 2002
2 AS ÚLTIMAS NOTAS DO ESCUDO PORTUGUÊS A Revolução de Outubro de 1910 permitiu ao Governo Provisório da República concretizar a reforma do sistema monetário, várias vezes intentada pelos últimos governos da Monarquia, mas nunca concretizada por falta de apoio parlamentar. Após os estudos preparatórios desenvolvidos pela Casa da Moeda de Lisboa, a 22 de Maio de 1911 é decretada a criação de uma nova unidade monetária, o escudo de ouro, equivalente a 1000 réis e dividido em cem centavos de 10 réis cada, bem como, a cunhagem de novas moedas metálicas de ouro, prata e bronze, com tipologia numismática republicana. A introdução na prática do novo sistema monetário, que tinha como objectivo prioritário a recolha de todas as moedas com a efígie dos reis em circulação (com excepção das comemorativas) e das anteriores notas com valores expressos em réis, obrigava à cunhagem de um extraordinário volume de moedas metálicas do novo cunho republicano e à impressão de novas chapas de notas com valores em escudos. Todo este processo fabril demorou muito tempo, de tal forma que o Banco de Portugal chegou, inclusivamente, a ter que lançar em circulação, entre Julho de 1911 e Dezembro de 1912, duas novas chapas de notas denominadas em réis 5000 réis (ch.7) e réis (ch.9), que já estavam fabricadas anteriormente, e a aproveitar as matrizes de uma outra chapa de 5000 réis, comemorativa do centenário do nascimento de Alexandre Herculano (1910) e gravada em Londres, modificando o seu valor para 5 escudos. Nasceu assim a primeira nota do regime monetário republicano (5$00 ouro, ch.1 Alexandre Herculano, datada de 29 de Julho de 1913), que só foi emitida a 10 de Outubro de 1914, quando já se tinha iniciado a Primeira Guerra Mundial. Na mesma altura foi também lançada em circulação a primeira moeda metálica de 1 escudo, de prata, comemorativa da proclamação da República. 1
3 As emissões de notas representativas de moeda de ouro, expressas em réis, continuaram até meados de 1923,enquanto se ultimavam as restantes chapas das primeiras emissões em escudos: 20$00 (Almeida Garrett), emitida desde 14 de Outubro de 1916; 100$00 (Pedro Álvares Cabral), desde 3 de Dezembro de 1918; 10$00 (Afonso de Albuquerque), desde 30 de Julho de 1920; 1 000$00 (Duque da Terceira), desde 22 de Dezembro de 1920; 50$00 (Passos Manuel), desde 29 de Julho de 1922; e 500$00 (João de Deus), emitida desde 26 de Setembro de Verificase, assim, que até meados de 1920 a maior denominação em circulação era 100 escudos. Com as perturbações verificadas na circulação monetária durante e depois da Primeira Guerra Mundial ( ) desaparecimento da moeda metálica, dificuldades nos pagamentos dos salários e na aquisição de bens essenciais, falta de metais para garantir o regular funcionamento da Casa da Moeda, recorreu-se então à emissão de papel-moeda de denominações pequenas (cédulas da Casa da Moeda, de 5, 10 e 20 centavos) como expediente para satisfazer as necessidades económicas nacionais e a falta de trocos, uma situação que foi particularmente sentida por toda a população desde meados de 1917, agravando-se substancialmente na segunda metade de A quase total ausência de moeda metálica na circulação motivou a proliferação de milhares de cédulas, senhas e outros títulos camarários e particulares ilegais, pagáveis à vista e ao portador, que só deixariam de circular em O Banco de Portugal foi autorizado a emitir notas representativas de moedas de prata com valores em réis, que tinha em depósito, apondo-lhes a sobrecarga «República» sobre a coroa das armas reais. Desde Março de 1916 até Julho de 1917 foram lançadas em circulação notas de 2500, 1000 e 500 réis e, em Abril e Dezembro de 1918, são emitidas as primeiras notas republicanas de 1 escudo (A Literatura, datada de 7 de Setembro de 1917) e de 50 centavos (A Navegação, datada de 5 de Julho de 1918), que circulariam conjuntamente com as anteriores até
4 Da reforma monetária decretada a 9 de Julho de 1931 por Oliveira Salazar nasceu uma nova moeda-padrão, um novo escudoouro. O Banco de Portugal recebe o exclusivo da responsabilidade pela circulação fiduciária (notas e moedas), sendo obrigado a manter o valor da moeda portuguesa. São cunhadas as primeiras moedas de prata com valores múltiplos do escudo (2$50, 5$00 e 10$00, Nau Quinhentista, 1932), destinadas a substituir na circulação as correspondentes notas-prata do Banco de Portugal, cuja emissão de papel-moeda ficou assim limitada a valores iguais ou superiores a 20 escudos. Outro facto importante concretizado por via da reforma da moeda foi a completa uniformização do regime monetário continental e insulano, em Maio de 1932, pondo-se assim termo ao sistema do escudo-fraco açoriano, desvalorizado 25 por cento em relação ao escudo continental. A 31 de Março desse ano foram retiradas da circulação as notas do Banco de Portugal expressas em moeda insulana, ainda com valores em réis (2 500, 5 000, , e réis). Data também desse período o completo saneamento do meio fiduciário circulante, iniciado em 1928 com a progressiva retirada de circulação de um excessivo número de notas de chapas diferentes para cada denominação. As 31 chapas existentes nesse ano ficaram reduzidas a 7 em 1933, correspondentes aos cinco valores circulantes (20, 50, 100, 500 e escudos), das quais apenas as notas de 20 e de 50 escudos mantiveram duas chapas cada até Julho de Desde então e durante os próximos cinquenta anos, não houve alteração nas denominações das notas do Banco de Portugal, mas apenas nas suas imagens emblemáticas, que continuaram a homenagear e a retratar grandes figuras da história nacional. Na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974, o Banco de Portugal é nacionalizado, passando a constituir uma empresa pública, mantendo o exclusivo das emissões de notas, com curso legal e poder liberatório ilimitado. Com o processo inflacionário em curso acelerado desde 1975, tornou-se necessário proceder a uma revisão monetária, que iria conduzir, entre 1981 e 1992, ao 3
5 lançamento em circulação de uma nota com valor facial superior a mil escudos (5 000 escudos, ch.1, António Sérgio, emitida desde 25 de Fevereiro de 1981) e à substituição das notas de 20, 50 e 100 escudos por moedas metálicas dos mesmos valores: a última nota de 20 escudos (ch.9, Almirante Gago Coutinho) foi retirada da circulação a 30 de Maio de 1986; a de 50 escudos (ch.9, Infanta D. Maria), a 30 de Junho de 1987; e a de 100 escudos (ch.9, Fernando Pessoa), a 31 de Janeiro de 1992, pouco depois de entrarem na circulação as novas moedas bimetálicas de 200 escudos (Garcia de Orta, 1991). Finalmente, em 1996 e por ocasião das comemorações dos 150 anos da fundação do Banco de Portugal, são emitidas as últimas notas denominadas em escudos, cuja retirada de circulação teve lugar a 28 de Fevereiro de Trata-se de um singular conjunto duplamente histórico, de inegável valor documental: em primeiro lugar, porque marca a memória do papel-moeda com valores expressos em escudos; e, em segundo lugar, porque forma uma série de características inovadoras, inéditas mesmo, na história da papel-moeda continental português, ao ser criada com figurações de um único tema, comum a todos os valores, alusivas aos Descobrimentos Portugueses, cujas comemorações marcaram a vida nacional nos últimos anos do século XX. Com desenhos da autoria do professor Luís Filipe Abreu, cada nota ostenta, na frente, a efígie de uma grande personagem da epopeia marítima portuguesa e, no verso, representações de navios e de atributos próprios dos homenageados: 500 escudos (ch.13) João de Barros, cronista dos descobrimentos, emitida desde 17 de Setembro de 1997; escudos (ch.13) Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil, emitida desde 6 de Setembro de 1996; escudos (ch.2) Bartolomeu Dias, descobridor da África do Sul, emitida desde 30 de Janeiro de 1996; escudos (ch.3) Vasco da Gama, descobridor do caminho marítimo para a Índia, emitida desde 30 de Janeiro de 1996; escudos (ch.2) Infante D. Henrique, impulsionador da gesta dos descobrimentos marítimos no Atlântico, emitida desde 26 de Setembro de
6 No final de 2000, o valor das notas em circulação ascendia a 1243,3 milhões de contos (6,2 milhões de euros), do qual 85,7% correspondia a notas de 5 000$ e $. Evolução da Circulação Monetária do Escudo Português % Circulação Monetária (% do PIB) Peso da Moeda Metálica (% da Cir. Mon.) A CIRCULAÇÃO FIDUCIÁRIA NA ÉPOCA DO ESCUDO A reforma de Maio de 1911 pouco mais fez do que criar uma nova unidade monetária e concretizar as mudanças anteriormente propostas para as características físicas das moedas metálicas circulantes. No global, o regime monetário continuou a ser o mesmo, baseando-se no padrão-ouro instituído em 1854, mas que na prática estava suspenso desde Em finais de 1890, o meio circulante nacional era essencialmente constituído por moedas de ouro inglesas (74%), moedas de 5
7 prata e de cuproníquel portuguesas (12%) e moedas de ouro de cunho nacional (6%). O peso na massa monetária das notas do Banco de Portugal, cuja denominação mais elevada equivalia a 100$00-ouro, era ainda muito reduzido (8%), vigorando a total convertibilidade destas em moeda metálica. Decorrente da grave crise económica e financeira que assolou o país no início de 1891, o valor comercial do ouro passou a ser cotado com um ágio sobre o valor legal das moedas, o que as fez desaparecer da circulação e obrigou à suspensão da convertibilidade das notas. Como resultado, o meio monetário circulante sofreu uma profunda modificação: o espaço anteriormente ocupado pela moeda de ouro foi sendo preenchido pelo papel-moeda bancário e por abundantes amoedações de prata e de metais pobres, de tal forma que, no final de 1910, as notas do Banco de Portugal representavam já 67% do total em valor da circulação monetária e o peso da moeda metálica encontrava-se reduzido a 33%, sendo esta a situação existente à data da criação da unidade monetária republicana. A evolução da circulação monetária durante os noventa anos que constituem a época do Escudo pode ser observada no gráfico junto, onde vêm representados os rácios anuais (em valor), referidos a 31 de Dezembro, da circulação monetária em função do PIB (Produto Interno Bruto, a preços correntes do mercado), e do peso da moeda metálica na circulação monetária. A utilização desse primeiro rácio apresenta uma tripla vantagem, já que não só reflecte a evolução do peso maioritário das notas do Banco de Portugal na circulação monetária, como também revela, com grande clareza, as perturbações verificadas em períodos de crise económica e/ou de grande inflação, e ainda, desde a década de Cinquenta, a progressiva substituição da utilização de numerário nos pagamentos a retalho por outros meios e instrumentos de pagamento (cheques e cartões de pagamento). Em complemento desse rácio, a evolução do peso da moeda metálica (moeda corrente + comemorativa + cédulas representativas de moeda metálica, para o período de 1917 a 1927) ilustra bem as profundas modificações na circulação monetária que tive- 6
8 ram lugar nos primeiros quinze anos da vida do Escudo, a recuperação associada à reforma monetária de Agosto de 1931, o grande período de cinquenta anos de lenta mas gradual perda de importância na circulação e, já no final da década de Oitenta, a última recuperação, fruto da reforma de 1986/1991 e da explosão registada na emissão de moedas com carácter comemorativo. O primeiro ciclo: 1911 a 1931 De uma forma global e sucinta, a evolução da circulação monetária na época do Escudo apresenta-se dividida em três ciclos principais. O primeiro, de 1911 a 1930, caracteriza-se por um forte ritmo de crescimento da emissão fiduciária do Banco de Portugal (passou de 82 para 1763 mil contos), devido principalmente ao aumento do crédito ao Estado, à vertiginosa subida de preços verificada durante e após a Primeira Guerra Mundial (a desvalorização cambial do Escudo foi de 2200% entre 1919 e 1924), e ao quase completo desaparecimento da moeda metálica na circulação, que seria substituída, desde 1917, por cédulas de pequenos valores emitidas pela Casa da Moeda e por particulares. Nesse período, a utilização de cheques era praticamente inexistente e o pico correspondente ao rácio notas, moedas e cédulas relativamente ao PIB é alcançado em 1920 (20,2%), decrescendo depois acentuadamente até 1930 (10,3%), quando já estava concluído o processo de estabilização do valor da moeda. O segundo ciclo: 1932 a 1973 Com a grande reforma monetária empreendida em Agosto de 1931, o meio circulante é então reorganizado em redor de um novo padrão monetário, um novo escudo-ouro, desvalorizado 2444 % em relação ao padrão de A retoma da cunhagem de moedas de prata, de valores faciais superiores a um escudo (2$50, 5$00 e 10$00), destinadas a substituir na circulação um 7
9 importante volume de notas do Banco de Portugal das mesmas denominações, fez aumentar o peso da moeda metálica, cujo valor máximo foi alcançado em 1938 (6,8%). O início da Segunda Guerra Mundial ( ) coincide com um novo período de acentuado crescimento no ritmo da emissão fiduciária do Banco de Portugal, motivado pela alta de preços no exterior das mercadorias importadas (factor infaccionista, que provocou uma desvalorização média interna do Escudo de 59,7%, entre 1940 e 1944), e por uma forte afluência de ouro e de divisas estrangeiras ao Banco de Portugal, cuja compra teve repercussão na circulação monetária nacional. Essa fase de expansão fiduciária prolongou-se até 1945, ano em que é alcançado um novo pico no rácio da circulação com relação ao PIB (23,3%), numa altura em que o peso da moeda metálica pouco variava. A partir de 1947 acentua-se a fase descendente deste segundo ciclo, motivado pela estabilização dos preços no mercado e pela deflacção na emissão fiduciária (-2,9% em 1949), associada à venda de divisas para importação de bens necessários ao reequipamento da produção nacional. A estabilidade monetária e de preços caracteriza o período final deste ciclo, que se prolonga até 1960: a média anual do crescimento do PIB (5,7%) e da emissão fiduciária do Banco de Portugal (5,2%) são equivalentes e o peso da moeda metálica continua a sua lenta marcha decrescente. No entanto, data deste último período uma grande transformação do sistema bancário em Portugal (aumento do números de bancos e de balcões), que permitiu o progressivo desenvolvimento do uso de cheques como instrumento de pagamento alternativo às notas de banco. Com a eclosão em 1961 da Guerra Colonial, a evolução do rácio da circulação face ao PIB sofre um sobressalto (passou nesse ano para 18,9%, exclusivamente devido ao aumento da emissão fiduciária), antecipando um novo surto inflaccionista, mas agora associado a um forte crescimento económico, decrescendo depois até 1972 (14,6%), o último ano deste pequeno ciclo em que o PIB cresceu mais do que a emissão fiduciária do Banco de Portugal. 8
10 O terceiro ciclo: 1974 a 2000 A circulação monetária entraria num último ciclo evolutivo no pós-25 de Abril de O custo de vida teve, só nesse ano, um aumento de mais de 30%, o nível da actividade económica declinou, o peso da moeda metálica atingiu o segundo valor mínimo histórico (1,1%, com uma acentuada escassez de trocos) e a emissão de notas cresceu mais de 54%, projectando o rácio da circulação face ao PIB para o valor máximo absoluto na vida do Escudo (24,8%). Até meados da década de Oitenta e apesar das desvalorizações pontuais e deslizantes do escudo, que fizeram aumentar em cerca de dez vezes o nível dos preços, o crescimento médio anual do PIB duplicou o da emissão fiduciária do Banco de Portugal (24,2 e 12%, respectivamente), empurrando decisivamente a curva do rácio moedas e notas face ao PIB cada vez mais para baixo (8,7 % em 1985). A reforma do sistema de moeda metálica iniciada em 1986 e concluída em 1991, ao criar novas moedas metálicas de maior valor facial (50, 100 e 200 escudos), obrigou à retirada de circulação das notas do Banco de Portugal de mais baixo valor (20, 50 e 100 escudos) e devolveu à moeda metálica a sua importância relativa na massa monetária circulante, que iria estabilizar em redor dos 4,8% até ao final do século. Mas deste seu peso na circulação, apenas 3,6% representavam moedas de trocos, sendo o remanescente constituído por emissões de carácter comemorativo. Na última década verificou-se também uma redução muito significativa na utilização de cheques e de notas nos pagamentos a retalho, com uma crescente utilização de instrumentos de pagamento electrónicos (cartões de débito e de crédito). Este facto teve influência directa no decréscimo registado no rácio da circulação monetária relativamente ao PIB, que passou de 7,7% em 1989 para 5,3% em 1998, sendo este o recorde mínimo absoluto registado em noventa anos. 9
11 A vida do Escudo como unidade monetária portuguesa não se extinguiria sem um último sobressalto: associado ao efeito da passagem do ano 1999 e à psicose de uma possível falência dos sistemas informáticos bancários, a emissão fiduciária aumentou 34,6% no final daquele ano, para logo cair quase 11% no final de 2000, ano que foi considerado pela Comissão Europeia como de referência para a transição para o Euro fiduciário. Ano ANEXO Evolução da Circulação Monetária do Escudo Português PIB Circulação Monetária Notas Moedas (*) valor valor % do PIB valor % do PIB valor % C.M ,1 78 6,8 38,0 32, ,0 82 7,2 31,6 27, ,7 85 7,1 30,2 26, ,8 87 7,2 31,1 26, ,5 96 8,5 34,1 26, , ,5 36,5 24, , ,1 35,5 20,2 10
12 , ,5 32,7 14, , ,8 25,5 8, , ,7 25,8 6, , ,6 18,0 2, , ,0 19,2 2, , ,2 22,0 2, , ,3 23,4 1, , ,5 15,5 0, , ,5 24 1, , ,1 30 1, , ,1 45 2, , ,9 43 2, , ,1 47 2, , ,0 46 2, , ,7 29 1, , ,3 68 3, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,1 11
13 , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,6 443,5 8,8 435,4 8,6 8,1 1, ,3 507,9 8,6 496,7 8,4 11,2 2, ,5 558,8 8,0 547,6 7,9 11,2 2, ,7 628,5 7,7 616,3 7,5 12,2 1, ,1 693,7 7,2 674,3 7,0 19,4 2, ,4 6,9 736,2 6,7 29,2 3, ,6 6,4 761,9 6,1 35,7 4,5 12
14 ,1 6,4 808,3 6,1 37,8 4, ,1 6,0 841,2 5,8 40,9 4, ,1 5,9 894,9 5,7 43,2 4, ,7 5, ,6 46,7 4, ,7 975,5 5,4 50,5 4, ,6 5,3 1018,8 5,0 57,8 5, ,3 6,7 1389,9 6,4 64,4 4, ,1 5,6 1240,3 5,4 67,8 5,2 Unidades: até mil contos; desde 1986 mil milhares de contos (*) inclui cédulas representativas de moeda metálica, entre 1917 e 1927 Fontes - PIB: INE / Banco de Portugal / Nuno Valério Circulação Monetária: Banco de Portugal/Casa da Moeda/AM Trigueiros 13
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