Políticas Comerciais, Financeiras e. Prof. Daniel M. Pinheiro

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1 Políticas Comerciais, Financeiras e Monetárias e Relações Norte-Sul. Prof. Daniel M. Pinheiro

2 Objetivo Compreender o processo de desenvolvimento dos países, especialmente o caso brasileiro, com base nas políticas comerciais, financeiras e monetárias. Compreender o cenário desse desenvolvimento, no contexto global, considerando o impacto das relações Norte-Sul.

3 Contexto das Relações Internacionais Pressão dos países desenvolvidos sobre os países em desenvolvimento pela adoção de modelos (políticas, instituições, práticas...); Necessidade de revisão das políticas econômicas nacionais, reposicionando as bases para o desenvolvimento em relação a novas questões (sustentabilidade, globalização das finanças); Liberalização da economia levou a modelos que desgastaram as relações comerciais entre Norte e Sul, o que é refletida na ideia Centro-Periferia. (visão de atraso).

4 Fatores Históricos de Sucesso (i) Proteção à produção, especialmente, tecnologia e mão-de-obra especializada; Pressão à abertura de mercado dos países subdesenvolvidos para formação de um mercado consumidor; Decisões governamentais de investimento interno (políticas de ciência e tecnologia) e de atratividade de recursos (políticas financeiras e monetárias).

5 Fatores Históricos de Sucesso (ii) Proteção tarifária; Subsídios à exportação; Redução da tarifa dos insumos usados para exportação; Concessão do direito de monopólio; Acordos para a cartelização; Créditos diretos; Planejamento de investimentos; Planejamento de recursos humanos; e Promoção de instituições que viabilizassem a parceria público-privada

6 Os Casos da América Latina e do Brasil Forte crescimento da desigualdade de renda entre a população da América Latina entre as décadas de 1960 e Grande dependência aos modelos externos de desenvolvimento. Desequilíbrio na assimilação de tecnologia. Liberalização da economia como necessidade de inserção no cenário econômico e comercial mundial. No Brasil, planos de estabilização monetária, privatização e abertura da economia. ( ) Dívida externa brasileira dependência às políticas sugeridas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

7 Globalização Processo fundamental para a compreensão das políticas adotadas pelos governos a partir da década de Se dá fortemente em 3 aspectos: - Globalização Comercial - Globalização Produtiva - Globalização Financeira

8 Globalização Comercial Integração dos mercados domésticos através do comércio internacional, baseadas principalmente em quatro tendências: i) transformação setorial; ii) diversificação relativa e ênfase no comércio para os países em desenvolvimento; iii) interação entre a liberalização do comércio global e a regionalização da economia mundial; iv) formação de redes de relações comerciais entre as empresas.

9 Globalização Produtiva Integração das estruturas produtivas nacionais a uma estrutura produtiva internacional, representada por algumas características: i) IDE (Investimento Direto Externo, especialmente pela facilitação dos processos financeiros entre países); ii) Propagação da tecnologia e de formas organizacionais empresariais e conseqüente redução da distância entre produção e comercialização; iii) Internacionalização das estruturas de mercado e de competição empresarial (acirramento da concorrência internacional).

10 Globalização Financeira Integração dos mercados financeiros locais com os internacionais, visível a partir dos seguintes fatores: i) Expansão extraordinária dos fluxos financeiros internacionais; ii) Acirramento da concorrência nos mercados financeiros internacionais; iii) Maior integração entre os sistemas financeiros locais e internacionais.

11 Consequências para as políticas nacionais 1) Ampliação da participação dos ativos financeiros na riqueza ou patrimônio das famílias e das empresas (acirra a distribuição desigual de renda); 2) A relação existente entre o preço esperado ou valorização esperada do ativo e a taxa de juros. Os ativos são comprados numa perspectiva especulativa (comprar em baixa e vender em alta) com objetivo de obter ganhos patrimoniais (beneficia apenas um grupo especuladores); 3) Políticas financeiras locais ineficazes para se defender aos ataques dos especuladores. (necessidade de maior intervenção do Estado)

12 Consequências para as políticas nacionais 4) Falhas nas políticas financeiras globais tornaram os países mais vulneráveis às crises monetários-cambiais, com uma maior dependência aos países do centro, o que refletirá, também, nas políticas comerciais e produtivas; 5) Política comercial deve considerar os aspectos locais, e não apenas o incremento do mercado pelo aumento dos padrões de consumo; 6) Políticas comerciais focadas no aumento de consumo de algumas camadas, representam forte tendência ao desequilíbrio social interno (desigualdade de consumo e renda) e um processo de desenvolvimento insustentável (consumismo como fator de degradação ambiental)

13 Possibilidades de mudança (i) Inserção do conceito de equidade nas agendas de discussão das políticas financeiras, monetárias e comerciais (priorizar as políticas sociais); Potencializar mecanismos de desenvolvimento regionais, a partir do fortalecimento de estratégias locais e de novos modelos organizacionais (libertar-se dos modelos préconcebidos de desenvolvimento);

14 Possibilidades de mudança (ii) Desenvolver novas formas de análise econômica, indo para zonas além do PIB, impactando, inclusive, nas formas de as empresas e governo prestarem suas contas (dar um novo sentido às finanças); Buscar suporte na participação das comunidades locais e das organizações da sociedade civil para reconhecer os valores regionais que possam dar suporte a economia nacional;

15 Possibilidades de mudança (iii) Inserir definitivamente o debate sobre sustentabilidade na agenda pública para a formulação de políticas financeiras, monetárias e comerciais; Reduzir os mecanismos de incentivo ao consumismo, decorrentes das atuais políticas comerciais baseadas em modelos de consumo dos países centrais.

16 Referências Bibliográficas ALMEIDA, P. R. Os estudos das relações internacionais do Brasil. São Paulo: Unimarco Editora, BROWN, L. R.A construção da sociedade auto-sustentável. São Paulo: Metodista, CARDOSO, F.H. As idéias e seu lugar: ensaios sobre as teorias do desenvolvimento. Petrópolis: Ed. Vozes, CARNEIRO, R. Globalização Financeira e Inserção Periférica. Revista Economia e Sociedade. Campinas (13), 57-92, dez CASTELLS, M.ASociedadeemRede. Trad. Majer, R. 2ª ed. III vols. V.1. São Paulo: Paz e Terra, 1999 CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectivahistórica. São Paulo: Ed. Unesp CHOSSUDOVSKY, M. A globalização da pobreza: impactos das reformas do FMI e do Banco Mundial. São Paulo: Moderna, COUTINHO, L. G. BELUZZO, L. G. de M. Desenvolvimento e estabilização das finanças globalizadas. Revista Economia e Sociedade. Campinas (7), , dez

17 Referências Bibliográficas FIORI, J. L. Estados e moedas no desenvolvimento das nações. Petrópolis: Editora Vozes, FURTADO, C.Brasilaconstruçãointerrompida. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, A superação do subdesenvolvimento. Revista Economia e Sociedade, Campinas: p , dez., GONÇALVES, R. Economia Internacional ou Globalização? In: FIORI, J. L., LOURENÇO, M. S. e NORONHA, J. C. ( orgs. ).Globalização:oFatoeoMito. Rio de Janeiro: EDUERJ, GONÇALVES, R.GlobalizaçãoeDesnacionalização. São Paulo: Paz e Terra, MELLO, P. C. Uma visão comparativa do conceito de desenvolvimento econômico de Furtado com as teorias recentes. In História e Economia Revista Interdisciplinar. Vol.2. n. 1. 2º sem., PEREIRA, J. G. de S. O Investimento Direto Externo no Brasil entre : uma análise dos setores bancário, automotivo e de alimentos e bebidas. Dissertação de Mestrado. CSE/UFSC, SACHS, I. Rumo à ecossocioeconomia: teoria e prática do desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2007.

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