LIVRO DE ATAS (EBOOK) Miranda do Douro

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1 Miranda do Douro Unidade de Longa Duração e Manutenção de Santa Maria Maior Escola Superior de Saúde / IPB 28 e 29 de Setembro de 2012 LIVRO DE ATAS (EBOOK) COORDENADORES: Adília da Silva Fernandes Carlos Pires Magalhães Maria Augusta Pereira da Mata Maria Helena Pimentel Maria Gorete Baptista

2 FICHA TÉCNICA Título Dilemas atuais e desafios futuros I Congresso de Cuidados Continuados da Unidade de Longa Duração e Manutenção de Santa Maria Maior Autores/Editores Adília da Silva Fernandes; Carlos Pires Magalhães; Maria Augusta Pereira da Mata; Maria Helena Pimentel; Maria Gorete Baptista Editora Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Bragança Data Setembro de 2012 ISBN

3 Esta edição é publicada pela Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Bragança Agência Nacional ISBN Dilemas atuais e desafios futuros - I Congresso de Cuidados Continuados da Unidade de Longa Duração e Manutenção de Santa Maria Maior editado por Adília da Silva Fernandes; Carlos Pires Magalhães; Maria Augusta Pereira da Mata; Maria Helena Pimentel; Maria Gorete Baptista ISBN Editora: Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico de Bragança Prefixo da Editora: Livro em 1 volume, 259 páginas Este livro contém informações obtidas de fontes autênticas. A responsabilidade pelo conteúdo dos artigos é única e exclusivamente dos autores. Os artigos publicados neste livro são propriedade da ESSa-IPB. Este livro ou qualquer parte do mesmo, não poderá ser reproduzido ou transmitido em qualquer formato ou por qualquer meio, electrónico ou físico ou por qualquer sistema de armazenamento de informação ou de recuperação, sem autorização prévia por escrito da ESSa-IPB. Todos os direitos reservados. Escola Superior de Saúde Instituto Politécnico de Bragança Avenida D. Afonso V , Bragança, Portugal Tel: (+351) / (+351) Fax: (+351) by ESSa - IPB ISBN

4 NOTA INTRODUTÓRIA O I Congresso de Cuidados Continuados da Unidade de Longa Duração e Manutenção da Santa Maria Maior de Miranda do Douro, subordinado ao tema Dilemas Atuais e Desafios Futuros, tem como objetivos aprofundar o conhecimento e refletir sobre a problemática dos Cuidados Continuados, Paliativos, Geriátricos e de Reabilitação numa perspetiva mais alargada, fomentar a interação entre o contexto de trabalho, a investigação e as políticas públicas de sustentabilidade desta área de intervenção em saúde. O envelhecimento é uma conquista civilizacional. É uma evidência que o crescente aumento do envelhecimento em Portugal contribuirá para o acréscimo do número de pessoas em risco de dependência, quer esta seja transitória ou instalada, pelo que essas pessoas e as suas famílias requerem cuidados adequados e integrados. A organização de um dia e meio de congresso com a manhã do segundo dia dedicada à informação/comunicação e aos cuidadosos paliativos permite responder a dois objetivos. Por um lado, alargar o foco da atenção não apenas ao utente mas também às famílias, por outro, aprofundar o debate sobre a gestão das emoções e as questões ético/legais da sedação e da dignidade em fim de vida. Para assinalar a realização deste evento e congregar sinergias, elaborou-se o presente livro de atas. Este documento assume o compromisso da partilha e da divulgação do conhecimento. Para além da atualidade e relevância científica, constituem pontos de contato de estudiosos destas matérias, que respondendo ao nosso apelo submeteram comunicações sob a forma de posters, que tivemos oportunidade de acompanhar ao longo destes dois dias. Se a produção de qualquer evento, direta ou indiretamente, nunca é um ato isolado, este que aqui apresentamos contou com a colaboração e a conjugação de esforços de muitas pessoas. É de justiça, por isso, que se felicitem as comissões científica e organizadora que, por sua vez, contaram com o envolvimento ativo dos Dirigentes da Unidade de Cuidados Continuados da Unidade de Longa Duração e Manutenção da Santa Maria Maior. Saudamos e agradecemos a presença de todos(as) os que quiseram juntar-se a nós, apelando à participação viva e empenhada. 4

5 ORGANIZAÇÃO Unidade de Longa Duração e Manutenção de Santa Maria Maior Escola Superior de Saúde Instituto Politécnico de Bragança COMISSÃO CIENTÍFICA Francisco Centeno (SCM Miranda do Douro) Paula Martins (SCM Miranda do Douro) Elisabete Lavrador (SCM Miranda do Douro) Adília da Silva Fernandes (ESSa-IPB) Carlos Pires Magalhães (ESSa-IPB) Maria Augusta Pereira da Mata (ESSa-IPB) Maria Helena Pimentel (ESSa-IPB) Maria Gorete Baptista (ESSa-IPB) COMISSÃO ORGANIZADORA Equipa Multidisciplinar da Unidade de Longa Duração e Manutenção de Santa Maria Maior 5

6 ÍNDICE PROGRAMA ARTIGOS IDENTIFICAÇÃO DE LIMITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO E ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA EM DOENTES COM DPOC CARATERIZAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO NOS 02 HOSPITAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ENTRE 2000 E REALIDADES DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO - UM OLHAR SOBRE AS EMOÇOES DO IDOSO CUIDADOS PALIATIVOS EM CUIDADOS CONTINUADOS PERCEÇÃO DO ESTADO DE SAÚDE EM IDOSOS SUBMETIDOS A DIÁLISE ANÁLISE DAS QUEDAS QUE RESULTARAM EM FRATURA DA EXTREMIDADE PRÓXIMAL DO FÉMUR FORÇA DE PREENSÃO MANUAL COMO INDICADOR DA CAPACIDADE FUNCIONAL EM IDOSOS FUNCIONALIDADE DE IDOSOS COM OSTEOARTRITE AUTONOMIA DOS UTENTES DE UMA UNIDADE DE CONVALESCENÇA RESULTADOS PRELIMINARES UM NOVO MODELO DE GOVERNANCE NAS POLÍTICAS PÚBLICAS? ESTUDO DA REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS DIABÉTICOS E PERCEÇÃO DA SUA IMPORTÂNCIA NO CONTROLO DA DOENÇA SOBRECARGA EM CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS DEPENDENTES E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS DO CUIDADOR E DEPENDÊNCIA DOS IDOSOS NAS AVD REPRESENTAÇÃO SOCIAL SOBRE OS CUIDADOS CONTINUADOS DO CUIDADOR INFORMAL DE UMA PESSOA DEPENDENTE: EXPERIÊNCIAS DE QUEM CUIDA COMPARAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS RESIDENTES EM MEIO RURAL E URBANO AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM NO ÂMBITO DO ENVELHECIMENTO O IDOSO E A MEDICAÇÃO AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO REFERENTE À DETEÇÃO PRECOCE E PREVENÇÃO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ADESÃO À DIETA EM IDOSOS EM DIÁLISE CONTEXTOS DE ENVELHECIMENTO E AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE IDOSOS: NECESSIDADES SENTIDAS NO CONCELHO DE BRAGANÇA AUTO-ATUALIZAÇÃO E ACEITAÇÃO DA DOENÇA CRÓNICA AS TRAJETÓRIAS DE VIDA E AS DOENÇAS NEURO DEGENERATIVAS: DOENÇA DE ALZHEIMER E DOENÇA DE PARKINSON

7 PROGRAMA Sexta, 28 de Setembro Abertura do Secretariado 9.00 Sessão de Abertura ª Mesa - Indicadores Socioeconómicos e Perfil do utente em Cuidados Continuados Unidade de Convalescença/Paliativos Dr.ª Ana Bernardo, Médica, Coordenadora das Unidades de Convalescença e Cuidados Paliativos do Hospital do Mar Unidade de Média Duração e Reabilitação Dr.ª Patrícia Santos, Técnica Superior de Serviço Social da UMDR da Santa Casada Misericórdia de Murça, Pós Graduada em Cuidados Continuados e Paliativos Unidade de Longa Duração e Manutenção Dr. Sérgio Vaz, Técnico Superior de Serviço Social da ULDM de Santa Maria Maior, da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro Moderação da Mesa Dr.ª Carla Tomé, Ténica Superior de Serviço Social do Serviço Local da Segurança Social de Miranda do Douro, Representante da Segurança Social na ECL de Miranda do Douro Coffee Break ª Mesa - Sustentabilidade das Unidades de Cuidados Continuados Sustentabilidade das Unidades de Cuidados Continuados Dr. Manuel Lemos, Presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (ou representante designado) Dissertação sobre «Morte Digna» Consultor do Mestrado em Medicina Legal da Universidade do Porto, Professor Catedrático de Psicologia Forense da Universidade Lusíada do Porto e de Medicina Legal da Universidade Portucalense Infante D. Henrique Moderação da Mesa Psicóloga Hermínia Fernandes Almoço 7

8 ª Mesa - Adequação do perfil do utente à tipologia do seu internamento Processos sub agudos no AVC Dr. Jorge Poço, Coordenador da Unidade de AVC da Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) Prestação de cuidados paliativos nas Unidades de Longa Duração e Manutenção Dr. Francisco Centeno, Diretor Clínico da ULDM de St.ª Maria Maior Médico Especialista em Medicina Familiar, Mestre em Cuidados Paliativos Agudizações nas unidades de cuidados continuados Enf. Albino Alonso, Enfermeiro da ECL ACES NORDESTE/Miranda do Douro, Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária Moderação da Mesa Dr.ª Graça Aroso, Coordenadora do Centro de Saúde de Miranda do Douro, Especialista em Medicina Familiar, Mestre em Tratamento de Suporte e Cuidados Paliativos no Paciente Oncológico Terminal Coffee Break ª Mesa - Problemática atual nos cuidados continuados Gestão de Medicação Eng.ª Suzete Cardoso, Bacharel em Radiologia, Licenciada em Engenharia Industrial, Pós Graduada em Gestão de Serviços de Saúde e em Administração Hospitalar, Diretora do Gabinete de Apoio Técnico do Grupo Misericórdias Saúde Nutrição Enteral Dr.ª Iva Adão, Licenciada em Engenharia Alimentar, Pós Graduada em Lean Management, representante da empresa «NESTLÉ PORTUGAL» Estado Nutricional dos Utentes das ULDM do Norte de Portugal Dr.ª Vera Lebres, Licenciada em Dietética, Docente na ESSa do IPB, Departamento das Tecnológias Diagnóstico e Terapêutica Internamento Ativo Terapeuta Sofia Lopes, Pós Graduada em Cuidados Continuados, Mestre em Bioética, Assistente convidada na Escola Superior de Saúde do Porto e na Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa Moderação da Mesa Enf.ª Filipa Xastre, Licenciada em Enfermagem, Pós Graduada em Emergência e Cuidados Intensivos, Enfermeira da ECL ACES NORDESTE/Miranda do Douro 8

9 Sábado, 29 de Setembro ª Mesa - Processo de Informação/Comunicação com o utente e família Informação em cuidados diferenciados Dr.ª Maria Zita Lopes, Licenciada e Mestre em Psicologia, especialidade de Psicologia Clínica, Pós Graduada em Cuidados Paliativos, Psicóloga Clínica da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste Comunicação interdisciplinar com o utente/cuidador Dr.ª Ana Galvão, Psicóloga Clínica, Doutora em Psicologia, Professora Coordenadora do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Coordenadora do Departamento de Ciências Sociais e Gerontologia. Informação/Comunicação em Cuidados Continuados (Apresentação de Estudo) Enf. Paula Martins, Enfermeira Coordenadora da ULDM de Santa Maria Maior, Mestre em Tratamento de Suporte e Cuidados Paliativos ao Paciente Oncológico Terminal, Doutoranda em Oncologia Clínica Moderação da Mesa Dr. Valentín Posado, Especialista em Medicina Familiar, Médico do Centro de Saúde de Miranda do Douro, Médico da ECL de Miranda do Douro Coffee Break ª Mesa - Cuidados Paliativos nos Cuidados Continuados Aspectos Éticos da Sedação Terminal Alejandro Cuadrado Blanco, Mestre em Medicina Paliativa, Presidente da Associação para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos, Membro do Comité de Ética do Complexo Assistencial de Zamora (Espanha) Apoio no luto Dr.ª Ana Bernardo, Médica, Coordenadora das Unidades de Convalescença e Cuidados Paliativos do Hospital do Mar Moderação da Mesa Dr. Francisco Centeno, Diretor Clínico da ULDM de St.ª Maria Maior, Médico Especialista em Medicina Familiar, Mestre em Cuidados Paliativos Testamento Vital Professor Doutor Rui Nunes, Doutor em Medicina na área da Bioética, Professor Catedrático e diretor do Serviço de Bioética e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Presidente da Associação Portuguesa de Bioética 9

10 ARTIGOS 10

11 01. IDENTIFICAÇÃO DE LIMITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO E ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA EM DOENTES COM DPOC 01. IDENTIFICATION OF LIMITATION FOR EXERCISE AND ADLS IN PATIENTS WITH COPD Matilde Delmina da Silva Martins Professora Adjunta Instituto Politécnico de Bragança - Escola Superior de Saúde. Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. matildemartins@ipb.pt Norberto Aníbal Pires da Silva Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-cirúrgica Mestre em Ciências de Enfermagem Unidade Local de Saúde do Nordeste Unidade Hospitalar de Bragança norbertosilva@sapo.pt Teresa Isaltina Gomes Correia Professora Coordenadora Instituto Politécnico de Bragança - Escola Superior de Saúde. Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. teresaicorreia@ipb.pt 11

12 Resumo Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença caracterizada pela limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos. Objetivos: Analisar a capacidade funcional em doentes com diagnóstico de DPOC e identificar limitação para o exercício e atividades de vida diária nestes doentes. Material e Métodos: Foram avaliados 31 doentes, seguidos na consulta de pneumologia de um Centro Hospitalar do norte de Portugal. Os critérios de inclusão foram: ter diagnóstico de DPOC, ter realizado prova de marcha de seis minutos e ter realizado espirometria. A informação foi obtida recorrendo aos registos informatizados da prova de marcha e do teste de espirometria, realizados entre 1 janeiro de 2009 a 1 de maio de 2010, por uma técnica de cardiopneumologia. A recolha de dados foi realizada durante uma semana no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar, após as 18 horas, por uma das investigadoras, que introduziu e codificou os dados em base de dados do programa SPSS. Resultados: Dos 31 doentes avaliados 22 eram do género masculino, com uma média de idade de 68,8 anos, 16 eram ex-fumadores, verificou-se uma diferença estatisticamente significativa nos hábitos tabágicos e o género (p< 0,00), o Índice Médio de Massa Corporal foi de 27,12 Kg/cm 2 + /- 4,3 Kg/cm 2. A média do Volume Expiratório Máximo (VEMS) ao 1º segundo nos homens foi de 72,6% e nas mulheres foi de 47,1% apresentando uma média total de 52,23% +/-20,4%. Dos 31 participantes 17 apresentavam um grau de obstrução grave. Os valores de Saturação Arterial de Oxigénio variaram entre 81 e 96%. Cerca de 58% não necessitou de Oxigénio no início da prova e no final aproximadamente 75% necessitou. A perceção média que os doentes têm da sua dificuldade respiratória, antes e após a prova de marcha, foi maior nos homens 2,64 e 4,55. Discussão/Conclusão: Os doentes com DPOC percorreram uma média de 344 metros o que sugere uma limitação para o exercício físico e para as atividades de vida diária. O género masculino evidenciou maior grau de obstrução e média de perceção de dispneia antes da prova de marcha mais elevada. O exercício e as atividades de vida diária em doentes com DPOC devem ser feito de forma individualizada tendo em conta as suas limitações funcionais. Palavras-chave: Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva; Prova de Marcha de 6 minutos; Exercício; Atividades de Vida Diária. Abstract Introduction: Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) is a disease characterized by airflow limitation that is not fully reversible. The airflow limitation is usually progressive and associated with an anormal inflammatory response of the lungs to noxious particles or gases. Objectives: To analyze the functional capacity in patients with COPD diagnosis and identify limitations for exercise and daily activities in these patients. Material and Methods: 31 patients were evaluated and followed in pulmonology Hospital Center North of Portugal. Inclusion criteria were: diagnosis of COPD, have conducted test running six minutes and have performed spirometry. The information was obtained using the computerized records of proof of travel and the spirometry test, carried out between 1 January 2009 to 1 may 2010, by a technique cardiopneumology. Data collection was conducted during one week in the Service of Pneumology Hospital Center, after 18 hours, by one of the researchers who introduced and codified in database SPSS. Results: Of the 31 evaluable patients, 22 were males, with a 12

13 mean age of 68.8 years, 16 were ex-smokers, there was a statistically significant difference in smoking habits and gender (p< 0.00), the Body Mass Index Mean of Kg/cm2 was + / kg / cm 2. The mean forced expiratory volume (FEV) in 1 second in men was 72.6% and in women was 47.1% with an average total of 52.23% + / -20.4%. Of the 31 participants 17 had a degree of severe obstruction. Values of Arterial Oxygen Saturation ranged between 81 and 96%. About 58% did not require oxygen at the beginning and end of the race about 75% required. The average perception patients have of his difficulty breathing, before and after the walk test, was higher in men 2.64 and Discussion / Conclusion: Patients with COPD walked an average of 344 meters suggesting a limitation to exercise and activities of daily living. The males showed greater degree of obstruction and average perception of dyspnea before the race marching higher. The exercise and activities of daily living in patients with COPD should be done on an individual basis taking into account functional limitations. Keywords: Chronic Obstructive Pulmonary Disease; Proof of March 6 minutes; Exercise; Activities of Daily Living. 13

14 Introdução A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é caraterizada pela limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases nocivos, causada principalmante pelo tabagismo. O tabagismo é o principal fator de risco da DPOC, estando presente em mais de 90% dos casos. Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease - GOLD, (2005). A DPOC é descrita como uma doença com consequências sistémicas, com perda progressiva da condição física e da força muscular, que associada à dispneia gera nestes doentes importantes limitações na capacidade funcional. A capacidade funcional é definida como a tolerância ou a capacidade de uma pessoa para realizar determinada atividade, seja esta uma atividade desportiva ou de vida diária, ou a capacidade de realizar atividades que se referem ao autocuidado, como vestir-se, lavar-se, comer, andar, cozinhar, fazer compras, etc. Veloso, (2006); American Thoracic Society/European Respiratory Society. (2005). A DPOC é uma das principais causas de morbilidade crónica, de perda de qualidade de vida e de mortalidade, estando previsto o seu aumento nas próximas décadas. É considerada a quarta causa de morte em todo o mundo e estima-se que em 2020 seja a terceira. DGS, (2005); Pessôa, (2009). A sua prevalência aumenta com a idade, sendo mais elevada no sexo masculino, embora esta esteja a aumentar nas mulheres, decorrente do aumento do consumo de tabaco no sexo feminino. De facto, o tabagismo, para além de ser a principal causa de DPOC, continua a contribuir para a elevada prevalência da doença em Portugal. Pessôa, (2009); DGS, (2005). O diagnóstico de DPOC deve ser considerado em todos os doentes que apresentem tosse ou produção de expetoração frequentes, dispneia ou história de tabagismo. Para confirmar a presença de limitação obstrutiva do fluxo aéreo é necessária a realização de espirometria. Esta limitação ventilatória não é completamente reversível após administração de um broncodilatador. Considera-se que existe obstrução brônquica e, portanto, DPOC quando após a administração de um broncodilatador a relação volume expiratório forçado ao primeiro segundo e a capacidade vital forçada (VEF1/CVF) é menor do que 70%. GOLD, (2005). A espirometria é, assim, fundamental no diagnóstico e na avaliação da DPOC, por ser o meio mais objetivo, padronizado e facilmente reprodutível de medir o grau de obstrução das vias aéreas. Pellegrino; (2005). Os doentes com DPOC apresentam aumento da frequência ventilatória quando expostos às atividades dinâmicas, causando dispneia e cansaço que os 14

15 leva a evitar essas atividades, gerando consequentemente, diminuição da capacidade funcional. Santos, Rosa e Battagin, (2009). O impacto da DPOC na pessoa, não se dá somente na limitação física para a execução de atividades de vida diária, mas repercute-se também nas relações sociais, afetivas, familiares e laborais. Estes ficam muitas vezes dependentes de outros nos cuidados de vida diária o que lhes provoca um sentimento de dependência e diminuição da sua autoestima. Gutierrez (2007). Neste estudo procuramos analisar a capacidade funcional em doentes em doentes com diagnóstica DPOC e identificar as limitações para o exercício e atividades de vida diária. Material e Métodos Foram avaliados 31 doentes, seguidos na consulta de pneumologia do Centro Hospitalar Nordeste - Unidade de Bragança, com idades compreendidas entre 52 e 79 anos. Os critérios de inclusão foram: ter diagnóstico de DPOC, ter realizado prova de marcha de seis minutos e ter realizado espirometria. A Informação foi obtida recorrendo aos registos informatizados da prova de marcha e do teste de espirometria, realizados entre 1 janeiro de 2009 a 1 de maio de 2010, por uma técnica de cardiopneumologia. A recolha de dados foi realizada durante uma semana no Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar, após as 18 horas, por uma das investigadoras. A Espirometria é considerada o GOLD Sandart para o diagnóstico e avaliação da DPOC, pois é o método mais reprodutível, estandardizado e objetivo de mediação da limitação área. GOLD, (2012). Os testes de difusão e espirometria foram realizados em pletismógrafo MasterScreen Body da JAEGER, e seguiram rigorosamente as indicações do ATS/ERS, (2005) para a sua realização. Os critérios para classificação do grau de obstrução foram revistos e seguiram as orientações da GOLD, (2005) utilizando-se a seguinte classificação VEF1/CVF <70% leve e VEF1> 80% do previsto, moderada 50% <VEF1 <80% do previsto, grave 30% <VEF1 <50% do previsto e muito grave VEF1 <30% do previsto OU VEF1 <50% do previsto associado à insuficiência respiratória crónica. GOLD, (2005), Miller (2005). A prova de Marcha de 6 minutos permite avaliar a capacidade real para o exercício ou atividades de vida diária, através da distância percorrida em metros, consideramos distâncias percorridas inferiores a 500/400 metros limitação para o exercício. A Prova de Marcha de 6 minutos foi realizada num corredor plano, do Laboratório de Fisiologia Respiratória do CHNE UH Bragança, previamente delimitado com 30 metros de comprimento. Os doentes 15

16 antes de iniciar a prova foram mantidos em repouso por um mínimo de 10 minutos e foi-lhes explicado o procedimento, informando-os que deviam repetir o percurso durante 6 minutos, se precisassem poderiam descansar, porém deviam permanecer onde pararam até poderem continuar, o mais importante é que percorram a maior distância possível e quando a prova terminar serão avisados. Utilizaram roupas e calçado confortável, realizaram a prova acompanhados de técnica de cardiopenumologia, que ia incentivando e informando do tempo de prova decorrido. Durante toda a prova o doente foi monitorizado nos parâmetros Saturação de Oxigénio (SatO 2 ) e a Pulsação através de oxímetro de pulso marca Elnor. A prova foi interrompida sempre que os doentes referiram dor torácica ou dos membros inferiores, dispneia grave e SatO2 inferiores a 85% em ar ambiente ou com Oxigénio suplementar. Tinham disponível uma cadeira caso os doentes precisassem de interromper a prova, Oxigénio transportável que foi utilizado sempre que os doentes apresentavam SatO 2 <90% e monitor desfibrilhador. No início e após o término da prova foram registados os valores de SatO 2, pulsação e o grau de dispneia percecionado pelo doente através da aplicação da escala de Borg modificada. American Thoracic Society, (2002). Esta é uma escala vertical quantificada de 0 a 10, onde zero representam nenhuma dispneia e 10 dispneia máxima (Quadro 1). Os doentes eram orientados para escolher uma única pontuação que refletisse a perceção do seu grau de dispneia antes e após a PM6. Quadro 1 Escala de Borg Modificada Fonte: American Thoracic Society, 2002 A investigação foi previamente submetida a aprovação e autorização pela diretora do Serviço de Pneumologia Centro Hospitalar, os dados foram codificados, inseridos e 16

17 analisados pelo número de identificação do processo de forma a respeitar e a garantir o anonimato dos participantes. Os dados foram inseridos e analisados em base de dados do programa informático SPSS. (Statistical Package for Social Sciences) versão 18.0 para Windows. Para todas as variáveis foi calculada média, desvio padrão e frequências absolutas e relativas. O teste do Qui quadrado foi utilizado para analisar a relação entre variáveis. Resultados Dos 31 doentes avaliados 22 eram do género masculino e 9 feminino, com uma média de idade de 68,8 anos, sendo a média de idade do género masculino maior 69,8 anos. O Índice Médio de Massa Corporal foi de 27,12 Kg/cm 2 + /- 4,3 Kg/cm 2 recaindo também no género masculino o maior Índice de Massa Corporal 29,3 Kg/cm 2. A distância média percorrida foi 263,57 metros nos homens e 258 metros nas mulheres, a média total da distância percorrida foi de 344,2 m, variando entre o mínimo de 45m e máximo de 595m. Tabela nº1 Caraterização da amostra Variáveis Homens Mulheres H/M Doentes (N) (52-79) Idade (anos) 69,8 67,8 68,8 (52 79) Altura (cm) 166,1 155,2 163,4 Peso (kg) 81,2 65,8 72,8 (41-91) IMC (kg/cm 2 ) 29,3 26,8 27,2 (18-37,4) Distância Percorrida 263, ,2 (45-595) Resultados apresentados em Média Quanto à caraterização da função pulmonar a média da CVF foi de 69,1% Volume Expiratório Máximo (VEMS) ao 1º segundo foi de 52,2% variando entre o mínimo de 19% e o máximo de 97%, a saturação de oxigénio foi de 92,1% variando entre o mínimo de 87% e o máximo de 97% e a frequência cardíaca em repouso foi de 80 batimentos por minuto. As 17

18 mulheres apresentaram médias mais elevadas em relação aos homens à exceção da frequência cardíaca. Tabela nº2 Caraterização da função pulmonar Homens Mulheres H/M Variáveis Média Média Média % CVF 61,4 81,5 69,1 % VEMS 47,1 72,6 52,2 SatO2 média 93,1 95,4 92,1 FC basal 80,2 76,4 80,2 Em relação aos hábitos tabágicos 16 eram ex-fumadores e 1 fumador ativo, verificandose uma diferença estatisticamente significativa nos hábitos tabágicos e o género (p <0,00), apenas uma mulher era ex-fumadora e as restantes nunca fumaram. Tabela nº3 Distribuição dos doentes por género e hábitos tabágicos. Variáveis Masculino Feminino Total Háb. Tabágicos Sim Não Total Ex. Fumador Dos 31 participantes, 17 apresentavam um grau de obstrução grave e 8 moderado, correspondendo a 13 e a 6 homens respetivamente. Tiveram necessidade de interromper a prova 7 pessoas recaindo 4 interrupções no sexo feminino. 18

19 Tabela nº4 Distribuição dos doentes por género, grau de obstrução e interrupção da prova de marcha de 6 minutos. Variáveis Masculino Feminino Total Grau de Obstrução Ligeira Moderada Grave Interrupção da PM6min Sim Não Total Os valores de Saturação Arterial de Oxigénio variaram entre 81 e 96% sendo a média antes e após a prova de 94% e 94,5% respetivamente, em ambos os géneros. Cerca de 58% não necessitou de Oxigénio no início da prova e no final aproximadamente 75% necessitou. Tabela nº5 Médias e variação Basal antes e após a prova de marcha de 6 minutos. Prova de Marcha de 6 min. Variáveis Média Inicial Média Final Variação Masculino 2,64 4,55 1,94 Escala Modificada de Borg Feminino 1,66 3,55 1,89 Total 2,35 4,19 1,84 Sat O 2 (%) Masculino 94 94,5 0,5 Feminino 94,4 94,6 0,2 Total 94,1 94,5 0,4 Masculino 0,68 3,0 2,32 O 2 ( L) Feminino 0,44 0,94 0,5 Total O, 6 2,4 1,8 Masculino 80,3 97,0 16,7 FC (Bat/min) Feminino 76,4 90,0 13,6 Total 80,3 94,

20 Observou-se uma necessidade maior de oxigénio nos homens principalmente após a prova de marcha, sendo a média de 3 litros de O2. A frequência cardíaca também foi maior mos homens antes e após a prova de marcha de 6 minutos com 80 e 87 batimentos por minuto respetivamente. A perceção média que os doentes têm da sua dificuldade respiratória, antes e após a prova de marcha, foi maior nos homens do que nas mulheres 2,64 e 4,55 nos homens e 1,66 e 3,5 nas mulheres respetivamente. Discussão A DPOC causa prejuízo da função pulmonar, aumentando os sintomas respiratórios e desconforto físico. Estas alterações interferem com a qualidade e com as atividades de vida e dos doentes com DPOC. Santos, Rosa e Battagin, (2009). No nosso estudo a maior frequência observou-se no género masculino e a uma média geral de idades foi de 68,8 anos. No estudo de Santos, Rosa e Battagin, (2009), 20% (6) dos doentes com idades com idades entre 57 e 78 anos, também apresentavam dependência parcial nas atividades de vida diária. Assim, como no estudo de Incalzi [et.al.], (2005) doentes com DPOC apresentavam limitação para as atividades vida diária relacionadas à mobilidade (subir e descer escadas, caminhar, pelo menos 400 metros), associadas a idades avançadas e ao sexo masculino, dados corroborados pelo nosso estudo. Também os estudos nacionais apontam para um aumento da prevalência da DPOC com a idade e associada ao género masculino. Machado, (2007). Verificamos também haver uma relação estatisticamente significativa dos hábitos tabágicos com o género, verificando-se um maior predomínio de fumar nos homens, em 17 fumadores ou ex-fumadores 16 eram homens, o que induz a pensar na interferência de padrões sociais e culturais, pois tradicionalmente, os homens ainda são os grandes consumidores de tabaco. O tabagismo é a principal causa de DPOC, sendo considerada por muitos países, incluindo Portugal, como um problema de saúde pública com tendência de agravamento no futuro, associada ao aumento de consumo de tabaco. É consensual e universalmente aceite, que pelo menos 20% dos fumadores virão a desenvolver limitação ventilatória obstrutiva com tendência progressiva. Direção Geral de Saúde, (2005). Há evidência científica de que a cessação tabágica é a única medida que contraria, efetivamente, a evolução da DPOC e a que tem melhor relação custo/benefício. DGS, (2005), pelo que nos parece importante investir em políticas e programas preventivos antitabágicos. 20

21 Verificamos que a média de saturação de oxigénio foi menor nos homens 93,1%, a perceção do grau de dispneia antes e após a prova foi maior, bem como a frequência cardíaca e o consumo de oxigénio suplementar, o que se pode associar a um maior esforço por parte dos homens. No nosso estudo os doentes com DPOC percorreram uma média de 344 metros variando entre o mínimo de 45m e máximo de 595m, o que sugere uma limitação para o exercício físico e para as atividades de vida diária. Os homens tiveram uma média de distância percorrida ligeiramente maior que as mulheres, sendo 263,57 metros nos homens e 258 metros nas mulheres. Estes também apresentaram valores de peso, altura e IMC maiores. Dados corroborados pela literatura da área da especialidade que evidencia que pessoas com maior estrutura corporal conseguem percorrer maiores distâncias. Teixeira, (2006); Viular, (2008) Conclusão No nosso estudo os doentes com DPOC percorreram uma média de 344 metros o que sugere uma limitação para o exercício físico e para as atividades de vida diária. O género masculino evidenciou maior grau de obstrução e média de perceção de dispneia antes da prova de marcha mais elevada. O exercício e as atividades de vida diária em doentes com DPOC devem ser feito de forma individualizada tendo em conta as suas limitações funcionais. Existe evidência científica de que os doentes com DPOC beneficiam de programas de exercício físico, os quais melhoram os sintomas de dispneia e reduzem o grau de fadiga. Pelo que se torna importante a implementação destes programas juntos destes doentes no sentido de minimizar as complicações e limitações progressivas da DPOC. Referências Bibliográficas - American Thoracic Society (2002). Committee on Proficiency Standards for Clinical Pulmonary Function Laboratories. ATS statement: guidelines for the six-minute Walk test. Am J respir Crit care Med, 166, American Thoracic Society/European Respiratory Society (2005). Standardization of Spirometry. Am J Respir Crit Care Med, 152(3), Direção-Geral de Saúde (2005). Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Doença Pulmonar Crónica Obstrutiva. Circular Normativa nº 04/GGGG. Ministério da Saúde. Portugal - GOLD (2005) Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. Am J Respir Crit Care Med, 163,

22 - Gutierrez, F.J.A. [et al]. (2007). Impacto of Chronic Obstructive Pulmonary Disease on Activities of daily living: results of the EIME Multicenter Study. Arch Bronconeumol, 43, Incalzi, R.A. (2005). Construct Validity of activities of daily living scale. Chest, 127: Miller, M.R. [et al].(2005). Standardisation of spirometry. Eur Respir J, 26, Machado, N.C., Natali, V., Squassoni, S.D., Santana, V.T.S., Baldin, A.C., Fiss, E., & Selestrin, C.C. (2007). Estudo comparativo entre os resultados do teste do degrau de seis minutos em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Arq. Med ABC, 32 (supl.2), Pellegrino [et al]. (2005). Interpretative strategies for lung function tests. Eur Respir J, 26, Pessôa, C.L.C., & Pessôa, R.S. (2009). Epidemiologia da DPOC no presente aspetos nacionais e internacionais. Pulmão RJ atualizações temáticas, 1(1), Santos, M.L., Rosa R.J., & Battagin, A.M. (2009). Avaliação da capacidade funcional, humor e cognição em doentes portadores de DPOC. ConScientiae Saúde, S(2), Viular, J., Resqueti, V.R., & Fregonezi, G.A.F. (2008). Clinical Assessment of exercise capacity in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Revista Brasileira de Fisioterapia, 12(4), Veloso, M., & Jardim, J.R. (2006). Funcionalidade do paciente com doença pulmonar obstrutiva crónica e técnicas de conservação de energia. J Bras Penumol, 32(6), Teixeira, P., Costa, C., Berton, D., Bertolitti, O., & Cantarle, D. (2006). O trabalho de caminhar dos seis minutos não se correlaciona com o grau de obstrução do fluxo aéreo em doentes portadores de doença Pulmonar Obstrutiva crónica. Rev Port Pneumol, 12(3),

23 02. CARATERIZAÇÃO DOS ACIDENTES DE TRABALHO NOS HOSPITAIS DO DISTRITO DE BRAGANÇA ENTRE 2000 E CHARACTERIZATION OF WORKMEN'S COMPENSATION IN HOSPITALS OF THE DISTRICT OF BRAGANÇA Matilde Delmina da Silva Martins Professora Adjunta Instituto Politécnico de Bragança - Escola Superior de Saúde. Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. matildemartins@ipb.pt Maria do Céu Barbieri de Figueiredo Professora Coordenadora Escola Superior de Enfermagem do Porto. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. ceu@esenf.pt Teresa Isaltina Gomes Correia Professora Coordenadora Instituto Politécnico de Bragança - Escola Superior de Saúde. Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. teresaicorreia@ipb.pt 23

24 Resumo Introdução: O ambiente hospitalar é caraterizado pelo elevado número de riscos desde os físicos, os químicos, os biológicos aos psicossociais, que afetam a saúde dos trabalhadores, tanto da prestação de cuidados diretos ao utente como os de serviços de apoio, expondo-os a condições favoráveis à ocorrência de acidentes de trabalho. Objetivos: Caraterizar os acidentes de trabalho nas unidades hospitalares do distrito de Bragança entre 2000 e 2010, descrever o perfil epidemiológico do acidentado e identificar as causas e consequências dos acidentes de trabalho. Material e Métodos: Estudo epidemiológico transversal retrospetivo referente ao período de 1 de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de A informação foi obtida através do inquérito anónimo de notificação dos acidentes, referente a 453 trabalhadores. A recolha de dados foi realizada por uma das investigadoras após autorização do Conselho de Administração durante o mês de janeiro de 2011 nos dias úteis entre as 9:00 e as 17:00 horas no serviço saúde ocupacional. Resultados: A maior prevalência verificou-se no género feminino (83,7%), no grupo profissional dos Técnicos Superiores de Saúde (61,0%), na faixa etária anos (33,9%) e com habilitações literárias licenciatura (59,8%). Em trabalhadores com mais de 10 anos de tempo de serviço (77,1%), em regime de nomeação (88,8%) e a praticar horário por turnos (70,7%). O local com maior sinistralidade foi no internamento (40,7%). Em média os acidentes ocorreram às 12,8 horas (s±4,7), à segundafeira (18%), nos dois primeiros dias de trabalho após descanso semanal (55,5%) e entre a 1ª e a 3ª hora de trabalho (36,1%). A principal causa de acidente foi a picada de agulha (34,6%) e o agente de lesão ferramentas/utensílios respondeu por (44,9%). Resultaram em incapacidade (33%) dos acidentes e o nº de dias perdidos foi de Os membros superiores foram mais afetados (54,4%) e as feridas foi a lesão mais frequente (43,4%) seguida dos entorses/distensões (21,4%). Discussão/Conclusões: Os achados evidenciaram maior prevalência dos acidentes nos técnicos superiores de saúde, possivelmente pela proximidade conferida pela assistência direta aos pacientes por parte destes técnicos. A picada de agulha foi a causa mais relevante, facto que está associado às características das atividades realizadas por estes profissionais, como preparação/administração de medicação, pesquisa de glicémia capilar, punções venosas, realização de pensos, entre outras. Ressalta, assim, a importância de implementar medidas preventivas/educativas e revisão dos processos de trabalho de forma a minimizar os acidentes e as suas consequências. Palavras-chave: Hospital; Acidentes de Trabalho; Saúde Ocupacional; Risco Ocupacional. Abstract Introduction: The hospital environment is characterized by the large number of risks from physicists, chemists, biological to psychosocial problems that affect the health of workers, both providing direct care to the patient as support services, exposing them to favorable conditions for the occurrence of accidents. Objectives: To characterize workplace accidents in hospitals in the district of Bragança between 2000 and 2010 describe the epidemiological profile of the victims and identify the causes and consequences of accidents. Material and Methods: A retrospective cross-sectional epidemiological study covering the period from January 1, 2000 and December 31, The information was obtained through anonymous survey for accidents, related to 453 workers. Data collection was performed by one of the investigators after authorization by the Board of Directors during the month of January 2011 on weekdays between 9:00 and 17:00 in the occupational health service. Results: The highest prevalence was found in females (83.7%) in the group of professional Technicians Health (61.0%), aged years (33.9%) and educational degree (59.8%). Workers with more than 24

25 10 years of service time (77.1%) in naming scheme (88.8%) and practice time shift (70.7%). The site with the highest accident rate was in hospital (40.7%). On average the accident occurred at 12.8 hours (± 4.7 s), on Monday (18%) in the first two working days after weekly rest (55.5%) and between the 1st and the 3rd time work (36.1%). The main cause of the accident was pinprick (34.6%) and injury agent tools / utensils accounted for (44.9%). Resulted in disability (33.0%) of accidents and the number of days lost was The upper limbs were the most affected (54.4%) and the wounds was the most frequent injury (43.4%) followed by sprains / strains (21.4%). Discussion / Conclusions: The findings showed a higher prevalence of accidents in the higher technical health, possibly due to the proximity afforded by direct care to patients by these technicians. A pinprick was the most relevant, because it is associated with features of the activities performed by these professionals, as preparation / administration of medication, research capillary blood glucose, venipunctures, performing dressings, among others. It appears, therefore, the importance of implementing preventive / educational and review of work processes in order to minimize accidents and their consequences. Keywords: Hospital; Workmen's Compensation; Occupational Health; Occupational Risk. 25

26 Introdução Segundo o estipulado na legislação portuguesa, considera-se acidente de trabalho aquele que se verifique no local e tempo de trabalho e produza direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou de ganho ou a morte. Decreto-lei nº98/2009. O tipo de atividade profissional, as condições em que é desempenhado, as características físicas e psíquicas do trabalhador, o contexto social, económico e político constituem fatores determinantes de risco para a saúde dos trabalhadores. Uva, (2009) e Sêco; [et al], (2008). O ambiente hospitalar é caraterizado pelo elevado número de riscos desde os físicos, os químicos, os biológicos aos psicossociais, que afetam a saúde dos trabalhadores, tanto da prestação de cuidados diretos ao utente como os de serviços de apoio à prestação de cuidados, expondo-os a condições favoráveis à ocorrência de acidentes de trabalho. Uva, (2009) Acresce, ainda, muitas vezes problemas relacionados com a organização e com circunstancias do trabalho, como situações de emergência, horários contínuos e prolongados, provocando stress e fadiga nos trabalhadores. A exploração da força de trabalho, como, sobrecarga de serviço, salários insuficientes, insatisfação e insegurança ocupacional e ainda a exposição a riscos combinados expondo estes trabalhadores, continuamente a agravos à saúde. ACSS (2009). Nishide [et al], (2004) e Ruiz, [et al], (2004). A comunidade científica também tem demonstrado, que muitas vezes a causa do acidente está associada ao não cumprimento das precauções universais, por parte dos trabalhadores destas instituições. Seco, (2008) e Uva, (2007). Os últimos dados, sobre acidentes de trabalho nas instituições de saúde, publicados em Julho de 2009, pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), apontam para um aumento do número de acidentes de trabalho registados desde 1997 a 2007, não só em valores absolutos mas também em valores globais de taxa de incidência, tendo-se registado, em 1997 um total de 3024 e em 2007 um total de 5063 ocorrências com uma taxa de incidência de 27,15% e de 39,28% respetivamente. Do total de acidentes em 2007, resultaram em incapacidades temporárias e 87 em incapacidades permanentes, ascendendo a o número de dias perdidos. Ao longo destes 10 anos, em média, houve duas pessoas que perderam a vida por ano, ou seja 20 pessoas (ACSS, 2009). Os acidentes de trabalho representam um sério problema para a saúde pública e um problema económico para as instituições e para os países. Enquanto nos sectores industriais houve um decréscimo, na área 26

27 da saúde ocorreu um incremento destas ocorrências, em especial no ambiente hospitalar, a taxa de acidentes no sector da saúde é superior em 34% á média da EU, exigindo mais investigações e intervenções neste contexto. Guerrini, (2008), ACSS, (2009) e OSHA (2010) A Saúde dos trabalhadores dos hospitais é uma área prioritária de intervenção em Saúde Ocupacional, pelo que exige aprofundar e atualizar o diagnóstico de saúde e desenvolver programas de promoção da saúde destes trabalhadores tanto a nível nacional, regional como local, com o objetivo de proporcionar ambientes laborais saudáveis neste contexto. Geraci (2005) e Uva (2007) A evidência científica tem demonstrado que ambientes de trabalho salutares contribuem para maximizar a saúde dos trabalhadores, o desempenho organizacional e aumentar a qualidade e a segurança dos cuidados que são prestados nestas instituições, ou seja, a qualidade dos cuidados ao doente/família. RNAO, (2006) e Uva, (2007). Apesar da relevância deste problema pouca atenção tem sido dada aos riscos de acidentes de trabalho e à implementação de melhores condições laborais na área da saúde, assim como são poucos os estudos que tratam deste assunto, por forma a ter um conhecimento real da situação e implementar medidas preventivas no sentido de minimizar os acidentes de trabalho, bem como as consequências que deste advêm. Ruiz [et al], (2004). Com este estudo objetivou-se caraterizar os acidentes de trabalho nos hospitais do distrito de Bragança entre 2000 e 2010, descrever o perfil epidemiológico do acidentado e identificar as causas e consequências dos acidentes de trabalho. Material e Métodos Estudo epidemiológico transversal retrospetivo, referente ao período de 1 de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de Realizado nas três Unidades Hospitalares do Distrito de Bragança, Unidade Hospitalar de Bragança, Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros e Unidade Hospitalar de Mirandela. Estas unidades hospitalares prestam serviços de saúde na área médico-cirúrgica, saúde da mulher e da criança, da saúde mental e psiquiátrica, na urgência, emergência e cuidados intensivos, e meios de diagnóstico e terapêutica. A amostra deste estudo foi constituída por 453 trabalhadores que sofreram acidente de trabalho e o notificaram junto dos serviços de recursos humanos, no período do estudo. A informação foi obtida recorrendo ao registo das notificações de acidentes de trabalho, através do inquérito anónimo da Direção Geral dos Recursos Humanos da Saúde, constituído por 3 grupos de questões fechadas. O primeiro diz respeito às características do acidentado (idade, género, habilitações literárias, categoria profissional, tempo de serviço, relação jurídica de 27

28 emprego e modalidade de horário) o segundo às características do acidente (local, agente de lesão, localização, dia, mês, hora, n.º de horas de trabalho cumpridas no momento do acidente, dia do acidente face ao último dia de descanso semanal, prestação de 1º socorro, e ação que levou á lesão) e o terceiro às consequências do acidente (tipo de lesão, parte do corpo atingida, incapacidade provocada, ausência ao trabalho e nº de dias perdidos). A investigação foi previamente submetida a aprovação e autorização do Conselho de Administração, após parecer da comissão de ética. A recolha de informação foi agendada previamente e realizada por uma das investigadoras nos dias úteis, entre as 9 e as 17 horas, durante o mês de janeiro de 2011 no serviço de Saúde Ocupacional. Os dados foram codificados, inseridos e analisados em base de dados SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 18.0 para Windows, de forma a manter o anonimato dos participantes. Recorremos à estatística descritiva, com cálculo de frequências absolutas e relativas, media e desvio padrão. Definimos ausência ao trabalho quando o trabalhador faltou ao trabalho por um período igual ou superior a um dia. Resultados No período do estudo foram notificados 453 acidentes, recaindo a maior proporção de notificação de acidentes nos anos de 2006 (17,4%) e 2004 (15,5%). Na Unidade Hospitalar de Bragança foram notificados (54,4%) dos acidentes, na Unidade Hospitalar de Macedo de Cavaleiros (25,3%) e na Unidade Hospitalar de Mirandela (20,3%). A amostra caraterizou-se por uma maior prevalência de acidentes no género feminino (83,7%), no grupo profissional dos Técnicos Superiores de Saúde (60,8%), entre os quais (50%) recaiu na categoria profissional dos enfermeiros, seguido dos Auxiliares de Acão Médica (26,9%). O grupo etário entre os anos foi onde se verificou maior sinistralidade laboral (33,9%) seguido, com uma proporção muito próxima, o grupo etário entre os anos (33,1%). Os trabalhadores com um nível habilitacional de licenciatura foram os que tiveram maior notificação de acidentes (59,8%) seguido dos trabalhadores com menos do 9º ano de escolaridade (33,7%), com mais de 10 anos de tempo de serviço (77,1%), em regime de nomeação (88,8%) e a praticar horário por turnos (70,7%), respondendo o turno da manhã ( horas) por (64,5%) dos acidentes. (Tabela º1) 28

29 Tabela nº 1 Caraterização da amostra Variáveis N % Género Feminino ,7 Masculino 73 16,3 <9º Ano ,7 Habilitações literárias >9º 12º Ano 27 6,2 Licenciatura ,1 TSS* ,8 Grupo profissional AAM** ,9 Administrativo 17 3,7 Outro 39 8, Anos 30 6, Anos 99 21,8 Grupo etário Anos , Anos ,1 > 60 Anos 19 4,2 <5 Anos 48 10,8 Tempo de serviço 5 10 Anos 55 12,1 10 Anos ,1 Tipo de horário Fixo ,3 Turnos ,7 Quanto à caraterização do acidente, o local com maior sinistralidade foi o internamento (40,7%), respondendo o serviço de medicina por 12,9% seguido do serviço de urgência (12,6%) e o bloco operatório (9,9%). Em média os acidentes ocorreram às 12,8 horas (s±4,7), à segunda-feira (18%), nos meses de novembro (11,0%) e de junho (9,7%), nos dois primeiros dias de trabalho após descanso semanal (55,5%) e entre a 1ª e a 3ª hora de trabalho (36,1%). As principais causas de acidente foram a picada de agulha (34,6%), a queda do trabalhador/objetos (24,3%) e os esforços excessivos/movimentos inadequados (17,6%). As ferramentas/utensílios foram o agente de lesão mais frequente (44,9%) seguido da mobilização de doentes (14,5%) e do pavimento (14,1%). (Tabela nº2) 29

30 Tabela nº 2 Caraterização do acidente Variável N % Local do acidente Ação da lesão Agente da lesão Internamento ,7 Serviço de urgência 58 12,8 Bloco operatório 45 9,9 Zona entre serviços/exterior 26 5,7 Farmácia/laboratório 19 4,2 Consulta externa 24 5,3 In itinere 9 2,0 Outro 88 19,4 Picada de agulha ,8 Queda do trabalhador/objeto ,3 Esforço excessivo/movimento inadequado 80 17,6 Pancada/corte por objeto 72 16,1 Outro 34 7,2 Ferramentas/instrumentos ,9 Pavimento 64 14,1 Mobilizar doentes 65 14,9 Escadas/Rampas móveis 15 3,3 Meios de transporte 10 2,4 Outro 95 11,8 Como principais consequências, observou-se (32,6%) dos acidentes resultaram em incapacidade e o nº de dias perdidos foi de 7 931, variando entre o mínimo de 1 e o máximo de 941, recaindo a média em 17,7 dias de trabalho por acidente. Os membros superiores foram os mais afetados (54,4%), respondendo as mãos por (47,1%) seguido do tronco (16,1%) e os membros inferiores (14,3%). As feridas foi a lesão mais frequente (43,4%) seguida dos entorses/distensões (21,4%). (Tabela nº3) Tabela nº 3 Consequências dos acidentes Variáveis N % Ferida ,7 Entorse /distensão 97 21,4 Tipo de lesão Contusão /esmagamento 52 11,5 Fratura 23 5,1 Luxação 16 3,5 Outro 68 14,8 Membros Superiores ,4 Parte do corpo atingida Membros inferiores 65 14,3 Tronco 73 16,1 Cabeça 17 3,7 Múltiplas 51 11,5 Ausência ao trabalho Sem ausência ,4 Com ausência ,6 30

31 Discussão Durante os 10 anos do estudo verificaram-se 453 acidentes de trabalho, registados através do inquérito de notificação dos acidentes de trabalho junto do Serviço de Recursos Humanos da Saúde, num centro hospitalar distrital, constituído por três unidades, onde se prestam cuidados a utentes com diferentes níveis de complexidade. O Inquérito de notificação dos acidentes é um instrumento revelante para os estudos epidemiológicos nesta área, pelas informações que pode dispensar, porem, tornam-se limitados quando os registos dos dados não é feito de forma correta ou as anotações são incompletas. Esta limitação ficou clara na análise epidemiológica de algumas situações, como é o caso da descrição da ocorrência do acidente, do uso ou não de Equipamento de Proteção Individual (EPI), dos procedimentos no Serviço de Urgência e do seguimento do trabalhador, pelo que estas variáveis não poderem ser avaliadas. Quanto à distribuição dos acidentes ao longo dos anos a maior proporção verificou-se no ano de 2006 (17,4%), dados que não corroboram as estatísticas nacionais que apontam para um aumento global dos acidentes ao logo dos anos de aproximadamente de 12%. ACSS, (2009) Estes aumento de notificação nestas instituições, em 2006, pode dever-se à implementação do serviço de Saúde Ocupacional durante o ano de 2005 e consequentemente uma maior sensibilidade dos seus trabalhadores para a notificação destas ocorrências, no entanto, não temos evidência científica. A Unidade Hospitalar de Bragança é a unidade que comporta maior número de trabalhadores e que presta cuidados mais diferenciados e diversificados pelo que justifica uma notificação de mais de metade dos acidentes. O maior predomínio de acidentes neste estudo foi nos técnicos superiores de saúde e particularmente na categoria profissional dos enfermeiros (50%), no sexo feminino (83,7%) e com habilitações literárias de licenciatura (50,1%), o que corrobora os resultados de outros estudos nacionais e internacionais. Ruiz, (2004); ACSS, (2009); Martins, (2009, 2012) e Ribeiro, (2010) É possível entender estes resultados, uma vez que os enfermeiros representam o maior grupo profissional nos hospitais, é constituído maioritariamente por mulheres e a sua formação de base em Portugal é desde 1990 de licenciatura. É este grupo profissional que prestam, de forma ininterrupta, os cuidados diretos, desde os mais simples aos mais complexos, aos doentes/família, recorrendo a um conjunto de tecnologia diversificada e sofisticada, expondo-os a mais a riscos laborais, dados corroborados pela investigação nacional. ACSS, (2009); Martins, (2012) Existem alguns estudos americanos que apontam outros profissionais, como os auxiliares de enfermagem, para os mais acidentados, isto deve- 31

32 se ao facto de nestes países as categorias profissionais serem distintas bem como as funções inerentes a cada uma, assumindo estes, alguns cuidados prestados em Portugal pelos enfermeiros. Nishide, (2004); Ruiz, (2004) Bakke, (2010) Quanto à variável grupo etário verificou-se um predomínio de (67%) entre os 40 e 59 anos e com mais de 10 anos de serviço, (77%). Dados discordantes com os da ACSS, (2009) que apontam para uma maior frequência de acidentes no grupo etário dos anos e outros estudos internacionais referem idades mais jovens entre os anos e os anos. Ruiz, (2004) e Bakke, (2010). Os nossos resultados podem justificar-se por uma maior sensibilização destes trabalhadores para a notificação destas ocorrências ou por outro lado pela minimização e desvalorização dos riscos laborais por parte destes trabalhadores mais experientes, expondo-os mais a risco de acidente. O praticar horário por turnos foi responsável por (70,7%) e no turno da manhã ocorreram (64,5%), dados coincidentes com outra literatura da área e que se justifica por ser neste turno que se encontra um maior contingente de trabalhadores e se prestam o maior número de cuidados/diretos e indiretos aos utentes. Ribeiro, (2010); Isidoro, (2010); Martins, (2012). No que diz respeito à caraterização do acidente, o local onde se verificou maior sinistralidade foi no internamento (40,7%) nomeadamente o serviço de medicina (12,9%), entre a 1ª e a 3ª hora de trabalho (36,1%). Estes dados podem ser explicados pelo facto de neste serviço os doentes serem maioritariamente idosos, com grandes limitações físicas, muitas vezes obesos, com patologias crónicas associadas, exigindo da parte dos profissionais um maior esforço na dinamização de um conjunto diversificado de meios terapêuticos com recurso a instrumentos perfurocortantes e um esforço físico para a mobilização destes utentes, expondo estes profissionais a um rico acrescido para acidentes. Ribeiro, (2010); Spagnulo, (2011) Também vários estudos indicam o horário de início de trabalho (0-4 horas) como o mais critico para a ocorrência de acidentes pela intensidade e características das atividades realizadas no início do turno, como colheita de espécimes para análises, preparação de doentes para cirurgia ou meios auxiliares de diagnóstico, realização de penso, prestação de cuidados de higiene, mobilização, conforto e alimentação Nishide, (2004); Bakke, 2010; Spagnulo, (2011) A causa mais referida foi a picada de agulha (34,6%), provocada por ferramentas/utensílios (44,9%), dados que se assemelham aos achados de outros estudos que indicam os acidentes com perfurocortantes como a principal notificação neste contexto, associado mais uma vez às características das atividades desempenhadas, bem como ao uso de 32

33 práticas de risco, impróprias e inconsequentes como o reencapsulo de agulhas e abandono inadequado. Ruiz, (2004); Ribeiro, (2010); Martins, (2012) Os acidentes que tiveram como causa as quedas ou esforços excessivos, correspondem à segunda e terceira maior causa de notificação (24,3% e 17,6% respetivamente), a grande maioria estava relacionada com o pavimento molhado e a esforços físicos ou pesos excessivos durante a atividade laboral. Sabe-se que a carga excessiva de trabalho provoca acidentes e adoecimento dos trabalhadores, repercutindo-se em períodos de afastamento de trabalhador mais ou menos prolongados. Ruiz, (2004) Quanto às consequências dos acidentes resultaram em incapacidade (32,6%) levando a um total de dias de ausência ao trabalho de A realização de atividades que exige destreza e precisão por estes trabalhadores deixaos mais vulneráveis a lesionar os membros superiores, especialmente as mãos. Este facto foi confirmado neste estudo, visto que ocorreram (54,4%) dos acidentes nos membros superiores, dos quais (47,1%) nas mãos, comportamento que corrobora a literatura sobre o assunto. Ruiz, (2004); Machado, (2006); Ribeiro, (2010); Martins, (2012). Conclusão Os resultados evidenciaram uma maior prevalência dos acidentes dentro do grupo dos técnicos superiores de saúde, especialmente o grupo profissional dos enfermeiros, possivelmente pela proximidade conferida pela assistência direta aos pacientes por parte destes técnicos. A picada de agulha foi a causa mais relevante, facto que está associado às características das atividades realizadas pelo grupo profissional dos enfermeiros, como preparação/administração de medicação, pesquisa de glicémia capilar, punções venosas, realização de pensos, entre outras. As consequências evidenciadas, como a parte do corpo mais atingida o tipo de lesão também nos remetem param as características das condições em que estas atividades profissionais são desempenhadas. Ressalta, assim, a importância de implementar medidas preventivas por meio de estratégias educativas e de revisão dos processos de trabalho por forma a minimizar os acidentes de trabalho bem como as consequências que lhe estão associadas. Igualmente importante é o acompanhamento e monitorização da situação de saúde dos trabalhadores dos hospitais através dos serviços de saúde ocupacional. 33

34 Referências Bibliográficas Administração Central do Serviços de Saúde - ACSS, (2009) - Acidentes de Trabalho Unidade Funcional de Estudos e Planeamento dos Recursos Humanos. Lisboa. julho. Bakke, H.A.; Araújo, N.M.C. (2010). Acidentes de trabalho com profissionais de saúde de um hospital universitário. Ver. Produção. Out/Dez.Vol.20(4): Doi: /so Diário da República (172). Decreto-lei Nº 98/2009. I série A, de 4 de Setembro. Pp EU-OSHA. (2010). Estatísticas Europeias em Segurança e Saúde no Trabalho. Acesso em Fevereiro de Guerrini; Ivan Amaral, Spagnuolo, Regina Stella, Baldo; Renata Cristina Silva. (2008). Epidemiological anaysis of accidents with biological material reported to the worker`s Health Reference Center in Londrina-PR. Revista Brasileira de Epidemiologia. Vol. 11 Nº2. June São Paulo ISSN X. Geraci, C.; Palassis, J. (2005). NIOSH/CDC Resources for Health Care Workers Occupationally Exposed to Hepatitis B Virus and Hepatitis C. Eurosurveillanc. (10): Izidoro JS, Iwamoto H H, Camargo FC. (2010). Delineamento dos acidentes de trabalho em instituições de saúde de uma micro região de Minas Gerais. Cogitare Enferm. 2010;15(3): Martins, Matilde. (2009). Acidentes de Trabalho nas Instituições de Saúde do Distrito de Bragança. Revista de Investigação em Enfermagem, Nº19 Fevereiro. Pp Martins, M.D.S. ; Silva, N.A.S. ; Correia, T.I.G. (2012). Acidentes de Trabalho e suas repercussoes num hospital do mnorte de Portugal.Revista Latino Americana de Enfermagem. Mar-Apr 20 (2): Nishisde, V.M.; Benatti, M.C.C.; Alexandre, N.M.C. (2004). Ocorrência de acidente de trabalho em uma unidade de terapia intensiva. Revista Latino Americana de Enfermagem. Março/Abril 12 (2): OSHA Agencia Europeia para a Segurança. (2010). Segurança e Saúde no Trabalho. Acesso em Janeiro de Ribeiro PC, Ribeiro ACC, Júnior FPBL. (2010). Perfil dos acidentes de trabalho em um hospital de Teresina, PI. Cogitare Enferm. 2010;15 (1): Ruiz MT, Barbosa DBS, Zaida ASGS. (2004). Occupational accidents: a study regarding this occurrence in a general hospital. Rev Arq Ciênc Saúde. 2004;11(4): Registered Nursing Assiociation of Ontario. (2006). Healthy Work environments best practice guidelines: Collaborative practice among nursing teams. Toronto, Ontario, Canada. Spagnulo RS, Baldo RCS, Guerrini IV. (2008). Epidemiological analysis of accidents with biological material reported to the worker`s Health Reference Center in Londrina-PR. Rev Bras Epideliol. [periódico na Internet]. 2008; [acesso 13 jan 2011]. 11(2): Disponível em: doi: /S Sêcco, I.A.O.; Robazzi, M.L.C.C. (2008). Acidentes de trabalho típicos envolvendo trabalhadores de hospital universitário da região sul do Brasil: epidemiologia e prevenção. Revista Latino-Americana de Enfermagem. Vol.16. Ribeirão Preto. Sep/Out Sêcco; I. A. O.; Guierrez, R. P. M. (2002). Work accidentes in a hospital setting and occupational risks for nursing professionals Revista Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina. V. 23, pp Jan/Dez. UVA, Sousa. (2007).Saúde ou Trabalho Vs. Saúde e Trabalho. Acedido em Fevereiro de

35 UVA, Sousa (2009). Salud y Seguridade del Trabajo em Portugal. Medicina y Seguridade del Trabajo. Enero-marzo de 2009, pp UVA, Sousa (2007). Saúde e Trabalho. Sociedade Portuguesa de Medicina no Trabalho. Lisboa. Out. V. nº6.pp:

36 03. REALIDADES DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO - UM OLHAR SOBRE AS EMOÇÕES DO IDOSO Sandra Moura 1, Manuel Brás 2, Belandina Ribas 3, Alípio Marcos 4, Norberto Carvalho Universidade Católica Portuguesa Contacto: sandra.mendo.moura@hotmail.com, telefone: Professor Doutor em Ciências de Enfermagem, Escola Superior de Saúde de Bragança. Contacto: mambras@gmail.com, telefone: Enfermeira Especialista em Saúde Comunitária, ULSNE Contacto: palribas@hotmail.com, telefone: Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária, ULSNE Contacto: alípiomarcos@gmail.com, telefone: Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária, ULSNE Contacto: norbcar68@gmail.com, telefone:

37 Resumo Introdução: Quando já não é possível a manutenção dos idosos no seu meio familiar ou social, a institucionalização é a única forma de garantir ao idoso uma vida confortável, respeitando tanto quanto possível a sua independência. O afastamento prolongado da família pode ocasionar, depressão, angústia e solidão. Este sentimento de rejeição, a sensação de inutilidade que pode advir do facto dos filhos já terem a sua vida e a sensação de já não ser preciso, de estar a dar trabalho e de ter perdido a razão de viver, é um factor de descompensação e de desinteresse pela vida. Objectivo: Esta investigação procurou: caracterizar a população idosa residente, identificar o apoio da família para com o idoso, avaliar o apoio da instituição para com o idoso, detectar sentimentos de solidão/ abandono por parte do idoso. Material e Métodos: Face ao tema em estudo e aos objectivos traçados, optamos por um estudo exploratório, descritivo e transversal, recorrendo ao método quantitativo. A presente investigação foi realizada numa instituição de terceira idade do Nordeste Transmontano, em Novembro de 2011, a uma amostra de 26 idosos institucionalizados. O instrumento de recolha de dados seleccionado foi o formulário. Resultados: Os inquiridos, têm idades compreendidas entre 73 e 92 anos. Relativamente ao género, 73.08% são do sexo feminino e 26.92% do sexo masculino. No que diz respeito à existência de um confidente para falar dos seus problemas, 15.38% dos idosos institucionalizados diz nunca ter ninguém com quem falar. O nosso estudo mostra que 73% dos idosos vivia com a família antes da sua institucionalização. Relativamente à frequência ideal para a visita dos familiares, 34.15% referem que gostariam de ser visitados semanalmente. Do total de inquiridos, 61.54% referem não ter contacto com pessoas externas à instituição. Discussão e Conclusão: Alguns idosos têm a percepção de que a família e a instituição não lhes fornecem o apoio que eles gostariam de ter, quer ao nível de assistência recebida, comunicação, crescimento emocional, afectos e resolução de problemas. Assim sendo, achamos pertinente a implementação de um Projecto de Intervenção Comunitária, por forma a: favorecer a reconstrução de laços familiares; sensibilizar as famílias para um maior e melhor apoio ao Idoso institucionalizado; promover junto das instituições algumas medidas que visem o desenvolvimento de talentos, competências e capacidades para que os idosos aumentem a sua auto-estima, e fortifiquem as suas relações de amizade. Palavras-chave: Idoso; Institucionalização; Sentimentos. Abstract Introduction: When it is no longer possible to maintain the elderly persons in their family environment or social, institutionalization is the only way to ensure a comfortable life for the elderly persons, as much as possible, respecting their independence. The family separation can cause depression, anxiety and loneliness. This feeling of rejection, the sense of worthlessness that may arise from the fact that the children already have their life and feeling no longer need, "to be paying job" and have lost the reason to live, is a factor of bewilderment and disinterest in life. Objective: This study characterizes the elderly persons resident; identify family support to the elderly; the institution's support to the elderly persons; experience feelings of loneliness / abandonment by the elderly persons. Material and Methods: We chose an exploratory, descriptive and cross-sectional, using the quantitative method. This research was developed in a northeastern home in November 2011, to a sample of 26 institutionalized elderly persons. The instrument data collection was selected was a 37

38 form. Results: The respondents are aged between 73 and 92 years. As for sex, 73.08% are female and 26.92% male. Our study shows that 73% of the elderly persons lived with his family before his institutionalization % answered that they do not have a family confidant % reported that they would like to be visited by their families daily % reported not having contact with people outside the institution % of the institutionalized elderly persons says never have anyone to talk to. Discussion and Conclusion: Some older people have the perception that the family and the institution does not provide them the support they would like to have, whether at the level of care received, communication, emotional growth, affection and troubleshooting. We find relevant implementing a Community Intervention Project in order to: promote the reconstruction of family ties; sensitize families to a greater and better support for institutionalized elderly; promote the institutions some measures aimed at developing talent, skills and abilities for older people increase their self-esteem, and fortify their friendly relations. Keywords: Elderly persons; Institutionalization; Feelings. 38

39 Introdução A velhice é um fenómeno biológico, psicológico e cultural, difícil de ser circunscrito, pois cada aspecto da velhice reage sobre todos os outros e é afectado por eles, e é nesse movimento que é preciso apreendê-la. O idoso é visto como o principal membro da comunidade familiar, pois ele representa uma história de vida, a história daquela família, como se codificasse um gene, a biografia. É na família que o idoso necessita de cuidados, apresenta as suas manias e acaba por envolver a família em torno de si, leva os mais jovens a olhar não só para si como também para tudo a sua volta. É neste contexto que ele realiza as suas relações afectivas e significativas, e é da família que ele espera a segurança e o apoio necessário para que continue a viver a sua velhice autonomamente, de modo bem-sucedido (Néri, 1999). O aumento relativo e absoluto do número de pessoas idosas, característico da nova realidade demográfica que se evidenciou a partir do último século, surge em paralelo com alterações nos padrões de mortalidade e morbilidade. Daqui resultam várias problemáticas, associadas à progressiva dependência das pessoas idosas. Segundo Silva, Bessa e Oliveira (2004), 43% dos idosos não institucionalizados acima de 85 anos de idade necessitam de assistência nas actividades básicas de vida diária e estas são, geralmente, providas pelos seus familiares. O afastamento prolongado da família pode ocasionar, depressão, angústia e solidão. Este sentimento de rejeição, a sensação de inutilidade que pode advir do facto dos filhos já terem a sua vida e a sensação de já não ser preciso, de estar a dar trabalho e de ter perdido a razão de viver é um factor de descompensação e de interesse pela vida. O descuido da família para com o idoso, a inadequação de moradia, a ocupação profissional com a consequente falta de pessoas para o ajudar no auto cuidado e o padrão de relacionamento entre os membros da família, na maioria das vezes, são precipitantes para a institucionalização do idoso, excluindo o idoso do convívio familiar harmonioso. Segundo Caldas (2002, p.51) "A família e os amigos são a primeira fonte de cuidados. O maior indicador para a institucionalização de longa duração entre idosos é a falta de suporte familiar". As sociedades não estão a preparar os seus cidadãos para o processo de envelhecimento e nem para oferecer qualidade de vida aos seus idosos, o que deixa como ultima instancia os lares de idosos (Santos, 1990). 39

40 Nesta perspectiva o idoso institucionalizado, necessita de atenção e de aproximação à família para ter um equilíbrio harmonioso e de entreajuda. Ao sentir-se isolado e privado da sua auto identificação, de objectos pessoais e de escolhas incapaz de fazer, torna-se urgente que a família e a instituição preencham este vazio e o ajudem a recuperar o seu bem-estar. Quando já não é possível a manutenção dos idosos no seu meio familiar ou social, os lares proporcionam uma habitação de forma a garantir ao idoso uma vida confortável, respeitando tanto quanto possível a sua independência. Prestam serviços de alojamento e todo o apoio permanente que assegure ao idoso a satisfação das suas necessidades. Torna-se importante referir que a instituição não substitui a família, mas deve ser vista como a ampliação desta, com laços e vínculos igualmente significativos. A relação entre o idoso e a família é muito diversificada, podemos encontrar aqueles que mantém vínculos significativos como aqueles que por circunstâncias diversas, romperam o seu vínculo familiar ou mantém uma relação distante e muitas vezes ausente. Como enfermeiros, e com experiência profissional em lares de idosos, constatamos pela simples observação, que existem idosos que não têm um acompanhamento familiar adequado e que sofrem no seu dia a dia com esse afastamento. Objectivos O conhecimento da funcionalidade familiar, bem como o apoio da instituição são importantes para o desenvolvimento de estratégias de assistência ao idoso, visto que o suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenção e integridade física e psicológica do indivíduo. Surgiu então a curiosidade científica para abordar o tema: realidades do processo de institucionalização - um olhar atento sobre as emoções do idoso. Os objectivos deste estudo são: caracterizar a população idosa residente, identificar o apoio da família para com o idoso, avaliar o apoio da instituição para com o idoso, detectar sentimentos de solidão/ abandono por parte do idoso. Material e métodos Face ao tema em estudo e aos objectivos traçados, optamos por um estudo exploratório, descritivo e transversal, recorrendo ao método quantitativo, realizado numa instituição de 40

41 terceira idade. Na altura da realização do estudo, encontravam-se institucionalizados vinte e seis idosos, sendo 19 mulheres e 7 homens, que corresponderam à nossa amostra. Foi feita uma reunião de esclarecimento sobre o estudo e todos os idosos, decidiram participar voluntariamente no mesmo. A colheita de dados foi realizada em Novembro de O instrumento de recolha de dados seleccionado foi o questionário, dado que os idosos apresentam alguma dificuldade em interpretar e responder às questões. Antes de se proceder à aplicação do formulário foram previamente explicados os objectivos do estudo e garantido o anonimato e o respeito aos princípios éticos. Foi feito um pedido por escrito à instituição, o qual foi concedido. O questionário é constituído por duas partes: Parte I - dados de identificação, caracterização dos idosos e das suas famílias e instituição; Parte II - escala de APGAR Familiar, que possui cinco questões. Estas permitem medir a satisfação dos membros da família em relação a cinco componentes considerados básicos na unidade e funcionalidade de qualquer família: adaptação, participação/companheirismo, grau de desenvolvimento, afectividade e capacidade resolutiva. Através do somatório da pontuação dada a cada uma das questões obtém-se uma pontuação que nos remete para, a funcionalidade familiar. Os dados recolhidos foram tratados com recurso à estatística descritiva que para o efeito e recorreu ao programa informático SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão Resultados Foi aplicado um questionário, a vinte e seis idosos que correspondem á totalidade dos utentes institucionalizados. Dos 26 idosos que compunham a amostra, observou-se uma predominância do sexo feminino (73,08%) em relação ao masculino (26,92%). Relativamente à idade dos inquiridos verificamos que: 23,08% dos idosos têm idades compreendidas entre anos; 65,38% dos idosos inqueridos apresentam idades compreendidas entre anos, 11,54% inquiridos apresentam idades superiores a 91 anos. Relativamente ao estado civil, verificamos que a maioria é viúvo 57,69%, 26,92% é casado, 11,54% é solteiro e 3,84% é divorciado. No que concerne à presença do cônjuge no 41

42 lar, verificamos que 76.92% afirma que não está presente, enquanto 23.08% afirma que o mesmo se encontra no lar. No que diz respeito à proveniência dos idosos, 65,38% são das aldeias, enquanto 23,08% residem na cidade, e os restantes 11,54% residem em vilas. Na questão se viviam só ou acompanhados, verificamos que 73,08% dos inquiridos responderam que viviam acompanhados, enquanto 26,92% viviam sós. Relativamente à escolaridade, verificamos que 46,25% possuem o ensino primário incompleto, 30,77% têm o ensino primário completo e os restantes 23,08% não sabem ler nem escrever. No que concerne à profissão exercida pelos inquiridos, 69,23% eram domésticas, 15,38% dedicavam-se à agricultura, 7,70% eram empregados fabris, e em igual percentagem, 3,85%, dedicavam-se ao comércio e eram funcionários da GNR. Em relação aos problemas de saúde (gráfico I), 38,46% apresentam diabetes, em igual numero, 19,23% são hipertensos e possuem problemas do foro cardíaco, 7,70% sofrem de depressão, 3,84% têm neoplasia da mama e em igual percentagem, sofrem de doença pulmonar crónica obstrutiva. 42

43 A relação do idoso com a família antes de entrar para o lar, verificamos que, 38, 46% dizem ser muito boa, seguidos de 26,92% referirem ser nem boa nem má, 23,8% acham que é boa, 7,69% dizem ser má e os restantes 3,8% consideram a sua relação familiar muito má (gráfico II). Do total de inquiridos, verificamos que 84,62% têm filhos enquanto 15,38% não possuem filhos. Dos idosos com filhos 73,08% não residem no distrito e 26,92% residem no mesmo. No que diz respeito à disponibilidade de alguém com quem falar dos seus problemas, 50% dos inquiridos referem que geralmente têm alguém, seguido de 26,92% refere ter alguém disponível ás vezes e é de salientar que 15,38% diz nunca ter ninguém com quem falar. Em relação ao convívio com pessoas externas à instituição, 61,54% refere não conviver com pessoas que não sejam funcionários do lar, e 38,46% refere ter contacto com visitas externas. Em relação à pergunta, qual seria a situação ideal, de contacto com a família, 46,15% dos inquiridos referem que a situação ideal seria semanalmente, enquanto 30,77% gostariam de ser visitados diariamente e os restantes 23,08% gostariam de ser visitados mensalmente. Relativamente aos resultados da escala APGAR familiar constatamos que 50% possuem uma família com moderada disfunção, 42,31% possuem uma família altamente funcional e os restantes 7,69% apresentam uma disfunção acentuada (gráficoiii). O nosso estudo mostra que 73% dos idosos vivia com a família antes da sua institucionalização o que revela alterações no conceito de família, com potencial negativo para a relação com o idoso. 43

44 Estes dados vão de encontro à caracterização de Caldas (2002, p.51), A família e os amigos são a primeira fonte de cuidados. O maior indicador para a institucionalização de longa duração entre idosos é a falta de suporte familiar. Gráfico IV- Género/Apgar No nosso estudo em relação ao género, existe predomínio do feminino (73,6%), que refere bom funcionamento familiar (36,84%). Estudos já realizados avaliaram vários factores que poderão influenciar a funcionalidade das famílias. Mercedes Zavala G et, al. (2006), divulgam resultados em que existe predomínio de mulheres (68%). 84% desses idosos afirmaram ter um bom funcionamento familiar, descrevendo como altamente positivo o funcionamento da sua família. Este estudo contrapõe os nossos dados porque na nossa amostra são os homens que apresentam em maior percentagem em relação ao funcionamento familiar (57,14%). Esses dados são corroborados pela pesquisa realizada em São Paulo, num estudo levado a cabo por Duarte YAO (2001). Verificamos, no nosso estudo, que 57,69% das mulheres também apresentam moderada disfunção familiar e os homens só em 28,57%. Estes dados corroboram o estudo de Duarte YAO (2001), quanto ao género, os resultados foram estatisticamente significativos, os quais mostraram que as mulheres estão mais insatisfeitas do que os homens em relação à funcionalidade familiar. O aparecimento de doenças, tais como diabetes mellitus, hipertensão arterial, depressão, distúrbios psicóticos, AVC, entre outras, que normalmente são fatores preponderantes na debilitação da pessoa com idade avançada, estes factos verificam-se nos idosos deste estudo, em que a predominância de patologias referidas são a diabetes e doenças cardíacas com uma 44

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