CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO GRANDE DO SUL Autarquia Federal Lei nº 5.905/73
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- Brenda Canejo Fidalgo
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1 PARECER DEFISC Nº 05/2012 Porto Alegre, 26 de abril de Competência Legal do Enfermeiro para Manusear Equipamento de Laser e Luz Intensa Pulsada (LIP). I - Relatório Em países como o Brasil onde a exposição do corpo e o culto à beleza são valorizados, os procedimentos estéticos são cada vez mais constantes e inovadores. Em vista do uso de equipamentos a laser e LIP ofertar diferentes tipos de finalidades, inclusive terapêuticas, salienta-se abaixo as técnicas de epilação por Luz Intensa Pulsada e a Laser, baseadas em pesquisas ao banco de dados sobre o assunto. A Epilação é um processo de depilação de pêlos, o tempo de durabilidade é maior, em relação aos outros tipos de depilações, mas não é definitivo. Existem diversos tipos de processos de epilação que são específicos para cada tipo de pele e regiões do corpo. Conforme Drummond (2007) a depilação a laser ocorre pela fototermólise seletiva, ou seja, lesão térmica em tecido biológico específico, causada pelos pulsos de radiação emitidos. O laser diferencia-se das demais fontes de ondas ópticas pela emissão de um único comprimento de onda.
2 A depilação por LIP ocorre pela emissão de flash de luz pulsada de alta potência provocando aquecimento da raiz do pêlo e a coagulação das proteínas do bulbo, causando atrofia e destruição. Podem ocorrer complicações, tais como: dor, eritema, bolhas, erosões e foliculites, estas complicações geralmente estão relacionadas à técnica utilizada para o procedimento (COELHO, 2006). Salienta-se que os aparelhos têm que possuir registro junto a ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária e para manipulá-lo o profissional deverá submeter-se a treinamento ou especialização para manuseio das diferentes técnicas e procedimentos realizados, a fim de prestar serviços com eficiência e qualidade. II - Análise Fundamentada Considerando a Lei do Exercício Profissional nº 7.498/1986 que dispõe sobre o exercício profissional: Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional, observadas as disposições desta lei. Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício. Art. 11º O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, cabendo-lhe privativamente cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam
3 conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; Considerando a Resolução COFEN 311/2007, que aprova a reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem: PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de vida da pessoa, família e coletividade. O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões. O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética. CAPÍTULO I DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS DIREITOS Art. 1º Exercer a enfermagem com liberdade, autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos humanos. Art. 2º Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional.
4 Art. 3º Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. SEÇÃO I DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE. DIREITOS Art. 10º Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, família e coletividade. SEÇÃO II DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, SAÚDE E OUTROS DIREITOS. Art. 36º Participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade, autonomia e liberdade. Considerando a Resolução COFEN 389/2011, que atualiza no âmbito do sistema COFEN/Conselhos Regionais de Enfermagem os procedimentos para registro de título de pós-graduação Lato-Stricto Sensu concedido a enfermeiros e lista às especialidades; Considerando o parecer 01/2012 do COREN-PR, que dispõe sobre a competência legal do enfermeiro para manipular aparelhos de depilação por luz pulsada e aparelho a laser em estética para depilação e epilação de pelos indesejados;
5 Considerando o parecer técnico 23/2010 do COREN-ES, que dispõe sobre a solicitação de parecer sobre a competência legal do enfermeiro para manipular aparelhos a laser; Considerando o parecer 15/2011 do COREN-DF, que dispõe sobre competência legal do enfermeiro para manipular aparelhos de depilação por luz pulsada e aparelho a laser; Considerando que até o momento a ANVISA não dispõe de regulamentação sobre a manipulação de equipamentos a laser e luz pulsada; Considerando o fato da manipulação de equipamento de LIP e aparelhos a laser não ser privativo de uma única classe profissional. III - Conclusão Considerando o exposto: Concluímos que o enfermeiro com capacitação ou especialização nos procedimentos em questão, está apto a executá-lo, responsabilizando-se por possíveis complicações. E, considerando o fato de haver especificidades e diversas particularidades relacionadas a aplicação de laser e luz pulsada orienta-se ao profissional enfermeiro atuar junto a equipe multiprofissional dispondo assim de suporte ou referência aos
6 serviços e cuidados que não sejam de sua competência e possíveis complicações advindas dos procedimentos realizados. É o parecer. Carmen Cristiane Schultz Gabriela Correa Guerra Enfermeira Fiscal Enfermeira Fiscal COREN-RS nº COREN-RS nº De acordo: Iselde Buchner Assessora Técnica Administrativa COREN-RS nº
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