Conversas sobre: plantar, cuidar e usar as plantas medicinais
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- Ruth Fortunato Fagundes
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1 Conversas sobre: plantar, cuidar e usar as plantas medicinais Alice Branco Weffort 2016
2 Quem escreve: Alice Branco Weffort - agrônoma, jornalista, escritora de vidas e fatos, em busca de um novo amanhã bom para todos Itanhaém, São Paulo, Brasil
3 Foto de capa: Portão da roça sob flamboayant florido (ABW, 2015, Itanhaém, SP, Brasil)
4 Índice
5 foto
6 As plantas de um jardim tem sempre uma razão de ser, estar naquele lugar. Ou um significado simbólico, ou um significado alimentar. E os dois significados, ou todos os outros que você lhes empreste serão, igualmente, valiosos
7 Reconhecendo o terreno O primeiro passo, caso você pretenda plantar em casa, na cidade, é dar uma olhada em volta - sim, faça um giro de 360 º, bem devagarinho, olhando, observando, assumindo seu espaço. Jardim da frente, quintal de trás, varanda ou um simples balcão, não tem problema. Qualquer espaço com um mínimo de luz direta, servirá. O que interessa é você se dar conta da riqueza que já possui - o chão, a terra, os vasos, as paredes, o sol, o vento e até, as plantas que estão lá. Mas, se não há plantas, não faz mal, você poderá sonhá-las e, mentalmente (sim, é poderosa a nossa mente) começar a desenhar a sua futura área de plantação. Eu conheci um velhote que plantava feijão e batata na varanda, minúscula, de um apartamento - ele também tinha uma, duas galinhas, que davam ovos todos os dias. Com esse cultivo, Campusano sobreviveu anos a fio, exilado em terra estranha, num frio que não era o seu. Então, mãos à obra!
8 O chão, o sol - suas riquezas O primeiro passo é você se apropriar de suas riquezas e, dentre estas, o espaço físico e a luminosidade natural são as mais importantes. Depois vem a organização desse espaço. Vamos lá: desenhe, numa folha grande, o espaço físico de que você dispõe. Faça um plano horizontal, para chão, canteiros, lugar para vasos e, um plano vertical, nos muros ou paredes disponíveis.
9 A terra A terra, solo ou substrato, enfim, aquele organismo que vai suportar as raízes das nossas plantas tem de ter vida - vamos aprender a avaliá-la, então? Bem, terra boa de plantar tem cheiro bom (cheiro de tarde quente depois da chuva, sabe?), consistência gostosa (ao amassar), não é melada (mancha a palma da mão, deixando sua cor mas, não fica grudada nos dedos), é rica em matéria orgânica e minerais, os nutrientes de onde as plantas se alimentarão (menos na hidroponia, claro). Então, se você não tem terra de qualidade no seu jardim, faça-a com esta receita aqui: 1/3 de areia de rio, 1/3 terra (a que tiver), 1/3 de húmus de minhoca ou composto orgânico bem curtido. Misture tudo muito bem e deixe repousar em local tampado até que você decida montar seus vasos ou canteiros.
10 Ao você pressionar o bolo de terra, amassado, com as mãos, verifique se este perde formato, se esfarela - indicativo de que contêm mais areia do que argila - ou se fica comprimido, apertadinho assim como se lhe faltasse o ar - claro que, no caso será uma terra super argilosa, que não deixa as plantas respirarem tranquilas. A boa terra está no meio termo dos casos que descrevi acima - um tanto de material argiloso, pegajoso, que contêm líquido entranhado e, outro tanto de material arenoso, que cria os espaços por onde líquido, ar, nutrientes e raízes se movimentarão em busca de se juntarem.
11 O cuidado da terra Seja em vaso ou em canteiro, em garrafa pet cortada ou em caixa de madeira, o cuidado com a terra de plantar é sempre o mesmo: dar condições para uma boa drenagem (espaço para que ar e água se movimentem), aumentar o conteúdo de matéria orgânica (exceto para os cultivos que adoram uma terra pobre - falarei deles mais para diante). Essas são as duas condições imprescindíveis, fora a luz solar, para você ter plantas crescendo bem na sua horta.
12 Uma boa drenagem se consegue como?
13 Matéria orgânica que é vida
14 Tá feito o campo de provas - agora vamos plantar!
b) Que é solo permeável? R.:
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