RESPIRADOR BUCAL: SUAS IMPLICAÇÕES ANATÔMICAS E POSTURAIS

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1 CEFAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL RESPIRADOR BUCAL: SUAS IMPLICAÇÕES ANATÔMICAS E POSTURAIS MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO EM MOTRICIDADE ORAL. ORIENTADORA: MIRIAN GOLDENBERG ANA CAROLINA CALHEIROS DE MORAES RECIFE 1998

2 CEFAC CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA MOTRICIDADE ORAL RESPIRADOR BUCAL: SUAS IMPLICAÇÕES ANATÔMICAS E POSTURAIS MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO EM MOTRICIDADE ORAL. ORIENTADORA: MIRIAN GOLDENBERG ANA CAROLINA CALHEIROS DE MORAES RECIFE

3 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo reunir dados disponíveis na bibliografia referente ao respirador bucal, abordando os aspectos anátomofisiológicos, etiológicos, posturais, emocionais, ortodônticos e terapêuticos. De acordo com a maioria dos autores chega-se as seguintes conclusões: - A função nasal é indicadora de um ótimo desenvolvimento do complexo nasomaxilar. - A mudança do padrão nasal para bucal acarretará em alterações na morfologia oro-crânio-facial, dependendo da instalação, da freqüência e da predisposição. - A importância do trabalho multidisciplinar preventivo a fim de obter bons prognósticos. 3

4 Dedico esta monografia ao meu esposo Cícero Moraes pela paciência, colaboração e interesse e em especial aos meus filhos Eduardo e Marcelo. 4

5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Mirian Goldenberg pela supervisão e pela facilidade em resolver nossas dúvidas, medos e ansiedades nos ensinando a acreditarmos em nós mesmos. Ao Hospital do Câncer de Pernambuco pelo apoio e incentivo a melhor qualificação de seus profissionais. Aos meus pais, Luiz Mário e Tereza Calheiros e a minha sogra, Georgina Moraes pelo amor e apoio dedicado a minha família para que eu pudesse concluir este trabalho. As minhas amigas fonoaudiólogas, Coeli Regina Ximenes, Andréa Lagreca, Leila Guimarães, Edna Gomes e Veridiana Prosini. 5

6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 07 DISCUSSÃO TEÓRICA 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25 6

7 INTRODUÇÃO A Respiração é uma das características básicas de qualquer ser vivo e essencial para sua sobrevivência. Consiste, fundamentalmente, na absorção de oxigênio (O 2 ) do meio ambiente e na eliminação de gás carbônico (CO 2 ) resultante do metabolismo celular. O Sistema Respiratório está constituído pelos seguintes órgãos: cavidades nasais, faringe, laringe, traquéia, brônquios e pulmões, que servem para a troca de materiais gasosos e ocupam a cabeça, o pescoço e tórax. A Função principal da cavidade nasal é o transporte do oxigênio (O 2 ) do ar atmosférico para a faringe, e em sentido contrário o transporte de dióxido de carbono (CO 2 ) da faringe para o ar atmosférico. Além desta, as cavidades nasais filtram, umedecem, aquecem o ar, funcionam como caixa de ressonância para a voz e são a sede do sentido da olfação (órgão da olfação). No entanto, qualquer alteração morfológica na cavidade oro-nasal acarretará numa obstrução, interrupção desta via e consequentemente numa mudança na entrada de ar do trato respiratório, levando o indivíduo a usar a cavidade bucal como via respiratória, prejudicando as funções correlatas e tornando um hábito nocivo, sendo caracterizado como respirador bucal. A obstrução oro-nasal tem como etiologia, a presença de adenóide, amígdalas aumentadas, ou ainda, resfriados constantes e sinusites. A necessidade da compreensão e conhecimento do perfil do Respirador bucal, suas implicações musculares, ósseas, posturais, emocionais e de 7

8 aprendizagem, relacionada para fins fonoaudiológicos conduziu-me a uma revisão bibliográfica. Proponho a investigação dos efeitos da obstrução nas vias aéreas superiores e do desenvolvimento dento-facial levando a assimetrias de músculos, ossos, nariz, mandíbula, maxila e uma desorganização da função de lábio, língua e bochechas. Pretendo verificar a relação das funções da respiração, sucção, mastigação e deglutição; Sua relação com a tipologia facial, e a interferência no crescimento e desenvolvimento crânio-facial. Investigar, ainda, a relação causal entre maloclusões e respiração bucal; Compreender a mudança na angulação faríngea, implicando alterações posturais, e mencionar os processos corretivos e terapêuticos preventivos. Analisar a musculatura anti-gravitacional da língua, maxila e mandíbula, seu desenvolvimento, sua tonicidade de repouso e seus prejuízos à dentição e a deglutição, dependendo da intensidade, duração e época de ocorrência, mesmo mantendo a respiração nasal. Acredito que o crescimento das adenóides, levando à mudança da via respiratória nasal para a bucal influencia o desenvolvimento das estruturas faciais, a oclusão e um aumento de problemas no desenvolvimento dento-facial. A respiração bucal resulta de qualquer obstrução que interrompa a passagem aérea do canal naso-respiratório, como por exemplo, o hipercrescimento das estruturas que ocupam esta área, como no caso do tecido adenoidal que pode se desenvolver numa direção anterior ou inferior. Porém, deve-se levar em consideração alguns itens, como o ciclo máximo de crescimento que tem as 8

9 adenóides na fase pré-pubertária, que pode ser alterado por reações hipertróficas relacionadas às infecções e alergias da nasofaringe, coincidindo com a fase ativa de crescimento maxilar. Ocorrendo o desequilíbrio entre esses crescimentos, ou seja, a nasofaringe não tendo crescimento favorável para suportar o tecido adenoidal ou a hipertrofia excessiva da adenóide, a via nasal interrompe-se e cria-se mudanças posturais podendo levar a um aumento no crescimento vertical, aumento da altura inferior da face e tendência à mordida aberta. Os achados bibliográficos demonstram retrusão maxilar em pacientes portadores de respiração bucal. Dessa forma, alguns fatos levam a crer que o bloqueio excessivo da nasofaringe pode influenciar diretamente no próprio crescimento do complexo nasomaxilar. Mas, questiona-se se a respiração bucal resulta de um hipodesenvolvimento do complexo nasomaxilar ou vice-versa. Com a intenção de favorecer a praticabilidade clínica, resolvi realizar uma revisão bibliográfica visando não só os profissionais de minha área como também de outras áreas (Ortodontista, Otorrinos, etc.) para que, embasados em conhecimentos científicos e conteúdos consistentes, possamos aprofundar e enriquecer nossos conhecimentos, a fim de planejar e adequar nossos tratamentos propiciando exercícios específicos a cada paciente; respeitando a individualidade, o desenvolvimento, crescimento crânio-facial e suas limitações, minimizando significamente a incidência de recidivas, obtendo o bem-estar bio-psico-social do paciente com perfil anátomo-funcional de um respirador bucal. 9

10 Através desse conteúdo, fornecer condições básicas, teóricas ao fonoaudiólogo, possibilitando uma discussão multidisciplinar com atuação mais direta a fim de que juntos solucionem dúvidas com mais eficácia do contexto diário, estabelecendo os encaminhamentos se necessário, a compreensão e interpretação dos fatores etiológicos e seqüências de tratamentos. Esse tema despertou o meu interesse pela alta incidência de crianças portadoras de respiração bucal apresentando deformidades dento-faciais e má oclusões. Pesquisadores demonstram a importância do funcionamento adequado dentro de seus padrões das funções reflexo-vegetativos de respiração, mastigação e deglutição. Interferindo, dessa forma, beneficamente na definição de formas e contornos das arcadas dentárias e na mímica expressiva, e citam características peculiares aos pacientes com doenças respiratórias como: posturas anormais, não só corporais como orofaciais, estrutura facial alongada, arco superior estreitado do palato e das narinas por desuso, hipotonia de lábio superior, devido a pouca irrigação sangüínea, postura e tonicidade alterada de língua, olfato alterado, diminuição do apetite e gustação, infecções respiratórias com alta incidência, hiperplasia dos tecidos linfóides e má oxigenação cerebral causando prejuízos a atenção e dificuldades na aprendizagem. Moyers (1991) acredita que a obstrução nasal provoca alterações na posturas de língua, lábios e mandíbula, ou seja, os tecidos moles em desequilíbrio ocasionaram mudanças na morfologia crânio-facial e maloclusão, sendo efetuadas por compressão, atrofias por desuso e alteração na pressão aérea. Esse estudo traz 10

11 a necessidade de compreender as alterações funcionais, conhecer os determinantes a fim de obter sucesso. 11

12 DISCUSSÃO TEÓRICA A respiração bucal, hábito nocivo causado por alterações morfológicas, apresenta problemas na cavidade oral e nasal que podem prejudicar qualquer função relacionada a esta região do corpo do indivíduo. A respiração bucal conduz às seguintes alterações: - Posturas anormais não só corporais como oro-facial; - Estrutura facial alterada, face alongada (facies adenóides); - Aumento das infecções próprias do aparelho respiratório; - Gengiva hipertrófica; - Estreitamento da arcada superior do palato e das narinas por desuso; - Lábio superior hipotônico, curto e elevado pela pouca irrigação sangüínea; - Língua com tonicidade prejudicada e postura alterada influenciando na função modeladora do palato; - Olfato prejudicado, diminuição do apetite e déficit gustativo; - Possibilidade de ocorrência de perda auditiva pela hiperplasia dos tecidos linfóides ao redor da Trompa de Eustáquio, podendo esta ser obstruída; - Freio lingual e labial alterados; - Má oxigenação cerebral, ocasionando dificuldades de atenção, concentração e consequentemente problemas de aprendizagem. Essas características foram denominadas por Leech em 1958, como Síndrome do Respirador Bucal. O respirador bucal apresenta, ainda, no seu perfil, olheiras e semblante com aparência triste, olhar perdido e sem brilho, salivação excessiva, halitose, dores de ouvido, dores nas costas, ronco, baba noturna, sensação de boca seca, disfonia, menor rendimento físico, sono agitado, além de cansaço durante o dia. 12

13 Podem desenvolver mordidas cruzadas posteriores porque a língua está repousando no assoalho da cavidade bucal quando poderia estar em posição anatômica ou no palato. O palato apresenta-se alto, estreito e ogival. Barroso (1997) relata as seguintes características psicossociais que podem estar presentes e alteradas no respirador bucal: Percepção alterada da realidade e cotidiano, problemas no desenvolvimento da linguagem, baixo rendimento escolar, sono agitado, sonolência diurna (olheiras), interação psicossocial alterada, alimentação pastosa em quantidades pequenas com auxílio de líquido e a presença de ruídos desagradáveis. Aragão (1988) concorda e enfatiza a mastigação como sendo verticalizada, na maioria das vezes. Refere também que a criança respiradora bucal não alimentase bem, prejudicando seu desenvolvimento como um todo causados pela competição entre a respiração e o alimento ao deglutir. Krakauer e Marchesan (1995) refrem a mastigação como ineficiente causando problemas digestivos e engasgos pela falta de coordenação da respiração com a mastigação. Concordam com Barroso (1997) como sendo a deglutição ruidosa com projeção anterior da língua, contração exagerada de orbicular e movimentos compensatórios de cabeça. Mocellin (1994) identificou as inúmeras patologias que levam a respiração bucal, classificando-as de acordo com a faixa etária. No recém-nascido, podemos encontrar as seguintes patologias: Atresia de coana e tumores nasais. A Atresia de coana caracteriza-se pelo fechamento bilateral ou unilateral da parte posterior do nariz por uma membrana mucosa ou placa óssea. Os tumores nasais, temos como 13

14 exemplo: os cistos dermóides, hemangiomas e os neurogênicos (gliomas e encefaloceles). Na infância, encontramos as seguintes patologias: Hipertrofia das vegetações adenóides, hipertrofia amigdaleana, rinite alérgica, desvio de septo nasal, fratura nasal, corpos estranhos e rinite vestibular. Na puberdade, temos como patologias: Angiofibroma juvenil, pólipo nasal, rinite medicamentosa, desvio de septo nasal, rinite alérgica, hipertrofia das vegetações adenóides e hipertrofia amigdaleana. Nos adultos, encontramos como causas: Rinite alérgica, pólipo nasal, desvio de septo, rinite medicamentosa e os tumores. Barroso (1997) cita, ainda, como causas do respirador bucal os seguintes fatores: Hábitos, processos alérgicos e postura inadequadas ao dormir. Verificamos, ainda, no perfil do respirador bucal, alterações significativas como síndrome da apnéia noturna, hipoventilação e cor pulmonale, desenvolvimento anormal do tórax e alterações de linguagem com menor incidência. Bosma e colaboradores (1969) observaram que a respiração infantil ocorre principalmente pelo nariz, é lenta e silenciosa, com a postura lingual posicionada nas proximidades do palato impedindo a passagem do ar pela via bucal. Observaram, ainda, a ativação da laringe e da faringe durante a função respiratória, como também a alteração postural. Ballard (1951) refere que a postura lingual estaria em contato com o palato mole nos indivíduos com respiração bucal e boca aberta. A respiração bucal ocorreria quando esse contato não fosse mantido. Os lábios estariam separados pela incompetência da musculatura bucal anterior e os indivíduos não manteriam a postura adequada inconscientemente. A postura se mantém quando ocorre 14

15 obstrução nasal e respiração oral, mesmo os lábios apresentando competência muscular, estando a mandíbula abaixo de sua posição de repouso. Backlund (1963) concorda, e acrescenta que o indivíduo respirador bucal quase sempre mantém os lábios separados, e destaca o aumento do terço facial inferior. Segundo Ricketts (1969) e Molina (1995), a disposição anatômica do palato mole está bastante correlacionada com a dimensão antero-posterior da parte óssea naso-faringe. Sendo esta profunda, a modelagem para tal é plana. Relata, ainda, que a postura lingual apresenta-se anterior e protrusiva quando há excesso de adenóides. Leech (1958) examinou a competência labial e modo respiratório e descobriu que 1/3 das pessoas com incompetência labial eram respiradores bucais. Almeida e Weber (1990) referem que as modificações dentárias e esqueléticas decorrem do posicionamento inadequado da mandíbula inferiormente com a língua em assoalho bucal. E acrescentam que a erupção contínua do dente posterior, causando mordida aberta, é devido a postura de língua em assoalho, Rubim (1980) refere a relação espacial da mandíbula com o complexo craniomaxilar e a influência da função muscular dos elevadores da mandíbula. A postura de repouso da mandíbula pode ser influenciada pelo modo respiratório do paciente. Ocorrendo a obstrução nasal, consequentemente ocorre o abaixamento da mandíbula, permitindo a passagem do ar na via oral. 15

16 Breuer (1989) observou que a postura de repouso da língua é atrás e abaixo do assoalho bucal, não contrapondo às forças laterais exercidas sobre os maxilares superiores pelos bucinadores, alterando, desta forma, a altura da abóboda palatina. Subtelny (1954), Holik (1957), Ricketts (1958), Bushey (1965), Linder-Aronson (1970), Yipi e Cleall (1977), citados por Linder-Aronson S. (1979), concordam que a respiração bucal leva a um posicionamento mais inferior da língua, ocorrendo desequilíbrio entre as pressões de lábios, bochechas e língua, com a modificação do tipo respiratório. Estando a pressão da língua reduzida no sentido vestibular, e estando a pressão das bochechas constantes, os dentes pré-molares e molares são pressionados numa direção palatina. Cauhepé (1960) refere que as funções respiração, sucção, mastigação, deglutição, mímica expressiva, definição da morfologia das arcadas dentárias, e fala, possuem mesma neuro-musculatura. E descreve que as praxias são as mesmas da deglutição, e que as funções reflexo-vegetativas, quando adequadamente desenvolvidas, influenciarão no contorno e definição de formas das arcadas dentárias. Lino (1992) concorda e acrescenta que a respiração oral é um hábito nocivo podendo comprometer todo o complexo nasomaxilar. Aragão (1988) refere que o desenvolvimento harmonioso da face depende das funções realizadas desde o nascimento: amamentação ao seio materno, vedamento labial e respiração nasal. Caso contrário, ou seja, as funções em desequilíbrio poderão alterar esse crescimento, modificando a carga hereditária. Com a atuação desse sistema estomatognático, inicia-se o maior período de 16

17 crescimento facial. Segundo a Teoria das Matrizes Funcionais de Moss (1962,1969), a mandíbula protrui com a apreensão mamilar, levando ao crescimento condilar. Essa teoria baseia-se na ação direta das funções no crescimento e desenvolvimento facial e na atuação da musculatura facial. Barroso (1997) descreve como distúrbios miofuncionais as alterações na efetivação das funções e na neuromusculatura envolvida, gerando mudanças que irão alterar e modificar o crescimento e desenvolvimento, dependendo do grau de instalação e freqüência. Grwynne-Evans (1959) e Ballard (1951) discordam dos demais e relatam que a morfologia orofacial permanece constante durante o crescimento, não tendo considerações sobre o padrão respiratório. Referem que a respiração bucal não produz deformidades na mandíbula e maloclusões, não resultando no desenvolvimento da fáceis adenoideana. Marchesan (1997) enfoca a influência das funções mastigatórias e respiratórias no crescimento harmônico. Breuer (1989) descreve uma criança com oclusão classe II de angle, postura mandibular para trás, boca entreaberta, presença de mordida aberta, e refere que este padrão persistirá até a puberdade dependendo da intensidade, da freqüência e da respiração bucal assim como a predisposição do mesmo para sofrer um maior ou menor grau os efeitos dessa respiração anormal. Barroso (1997) relata que o tipo facial (dolicofaciais) é mais vulnerável às perturbações decorrentes do desequilíbrio da função do que os braquifaciais, que demonstram maior resistência referentes a persistência do hábito nocivo. 17

18 Em relação à fala do respirador bucal, Lilian Krakauer (1995) informa o enfraquecimento dos fonemas plosivos de /k/ e /g/, pela distância entre dorso da língua e o palato. Krakauer e Marchesan (1995) descrevem a fala como sendo trancada, com excesso de saliva sem sonorização pelas otites freqüentes, com alto índice de ceceio lateral ou anterior. Quanto aos aspectos ortodônticos, Ricketts (1968) descreveu a Síndrome de obstrução respiratória, observando uma alta freqüência de mordida cruzada, mordida aberta, interposição lingual e respiração bucal. A mordida aberta, relacionada à negatividade da respiração bucal, associada à protusão e inferiorização da língua, apresenta plano mandibular alto decorrente do aumento do terço facial, Molina (1995) concorda com este padrão. Em pacientes com mordida cruzada, as amígdalas e adenóides estavam presentes. A mordida cruzada unilateral apresentase do lado oposto da mastigação, quando a mesma for de um lado só. Linder-Aronson (1979) descrevem o respirador bucal com incisivos verticalizados, maxila atrésica com mordida cruzada, apinhamento dos incisivos e uma tendência a mordida aberta. Paul e Nanda citados por Hanson e Barret (1988) em seus estudos, encontraram diferenças significativas nas dimensões do arco maxilar e na oclusão anterior, sendo menor nos respiradores bucais, resultante da contração da largura do arco. Relataram, ainda, diferenças significativas no overjet e na sobremordida desses pacientes, apresentando maloclusão classe II. 18

19 Linder-Aronson (1974), ao contrário dos autores acima citados, não identificaram diferenças significativas no que se refere a sobremordida, overjet ou largura do arco. Rasmus e Jacobs (1969) não relacionam respiração bucal com oclusão dental, discordando que os aspectos faciais e testes subjetivos sejam válidos para caracterizar um respirador bucal por não mostrarem o fluxo aéreo. Linder-Aronson (1974), em estudos posteriores, perceberam: Quanto maior o tamanho da adenóide menor o fluxo aéreo nasal, língua em posição inferior na boca, relação significativa entre adenóides hipertrofiadas e arco dental superior estreito, mordida cruzada com tendência a esta forma, e retor-inclinação dos incisivos superiores e inferiores, concordando, assim, com o estudo de Paul e Nanda. Breuer (1989) caracteriza o respirador bucal em face adenoideanas, maloclusão classe II divisão 1 de Angle, mordida cruzada e sobresaliência acentuada, palato alto e estreito. Para Enlow (1982), o tipo característico é a mordida aberta esquelética ou síndrome da face longa. Este tipo facial apresenta as funções de mastigação, deglutição e fala alterados, musculatura debilitada, altura facial aumentada, ângulo goníaco aberto, base posterior do crânio mais curta, arco dentário longo e estreito, dentre outras. Oryan (1982) não concorda que a síndrome da face longa tenha como causa a respiração bucal, não existindo relação de causa e efeito, e enforca a importância anterior à hereditariedade e os fatores ambientais e cita como exemplo casos de completa obstrução nasal desde o nascimento em pacientes com atrésia bilateral de 19

20 coanas que não demonstraram tal característica da síndrome da face longa e refere que esta relação não existe. Diante do que foi exposto, a maioria dos autores, como: Tourne (1990), Moyers (1991), Profitt (1991), dentre outros, concordam e atribuem a face longa ao respirador bucal. Molina (1995) atribui a face longa e curta ao respirador bucal, correlacionando forma e função. E que a alteração neste padrão modificariam o crescimento e o desenvolvimento. Wooside (1991) realizou um estudo com crianças sumetidas a adenoidectomia com obstrução nasofaringeana severa prévia, e concluíram: Que houve maior crescimento mandibular do mento, não tendo diferença entre os sexos; Crescimento facial de maior expressão na face média, no sexo masculino; E ausência de alteração na direção do crescimento maxilar. Quanto a postura corporal, Enlow (1982) refere que a postura de cabeça se estenderá ou se voltará para trás, tratando de incrementar o espaço aéreo, e mencionando as mudanças na postura corporal como um todo. Aragão (1988) refere que a criança posiciona o pescoço para frente, comprometendo a musculatura do pescoço e cintura escapular, apresentando uma respiração rápida com déficit de oxigenação, consequentemente membros superior e inferiores adquirem uma postura adaptativa a fim de manter o equilíbrio corporal que está comprometido. Krakauer (1997), analisou as alterações posturais em crianças portadoras de respiração bucal nos planos frontais, sagitais e dorsal. Concluiu que não houve 20

21 diferenciação entre os sexos, e que com o acréscimo da idade, as alterações posturais tornam-se maiores, enfatizando em seu trabalho a necessidade da prevenção a fim de evitar dificuldades de reabilitação. Breuer (1989) identificou a vocalização e o aspecto respiratório do respirador bucal, referindo que a voz apresenta timbre baixo e abafado, respiração atáxica pela ausência de excitação dos reflexos trigêmicos simpáticos. O ritmo e a amplitude estariam alterados. Krakauer e Marchesan (1995) analisaram a fala como rouca ou anasalada. De acordo com o que foi exposto, observamos que os autores são unânimes em enfatizar a importância do exame da função nasal em fase precoce, determinando a causa da respiração bucal e a possibilidade do paciente de respirar pela via nasal. Orientar a família com esclarecimentos do que seja uma face com padrões normais, enfatizar a importância da respiração nasal, orientar quanto a postura, a alimentação e a eliminação de hábitos. Inicialmente recomenda-se o exame médico, otorrinolaringológico e uma avaliação ortodôntica para buscarmos embasamento a fim de direcionarmos os tratamentos. Caso haja necessidade, interagir com outros profissionais, formando uma equipe multidisciplinar visando o melhor resultado na reabilitação do paciente. O trabalho fonoaudiológico baseia-se na limpeza e utilização da via nasal, Marchesan (1994), nos exercícios respiratórios, na tonicidade das musculaturas periorais e elevadora da mandíbula, nas posturas em geral e no trabalho com as funções. 21

22 Ricketts (1969) recomenda o uso de radiografias cefalométricas para pesquisar a influência dos tecidos moles rinofaringeos sobre a respiração e posição lingual. Aragão (1988) refere como tratamento para os respiradores bucais a utilização do regulador de função utilizado na ortopedia funcional dos maxilares. Correa, Gamboa e Emhart (1985) descreveram a rinomanometria para diagnósticos diferenciais do quadro orgânico e funcional. Subtelny (1980) refere a expansão do palato como abordagem ortopédicaortodôntica para aumentar a respiração nasal, proporcionando uma separação na sutura palatal, com rotação para cima e para fora da maxila, aumentando na largura da cavidade nasal e nas dimensões antero-posterior e vertical da região nasomaxilar. Dessa forma, auxilia nos casos de obstrução das vias aéreas superiores, sendo recomendada mesmo nos casos onde não há mordida cruzada. Este procedimento, também foi descrito por Bishara (1984). A técnica de monitorização é utilizada pata caracterizar o tipo respiratório das vias aéreas sem superiores. 22

23 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através desta pesquisa consegui realizar uma revisão bibliográfica do paciente respirador bucal. Aprofundei mais meus conhecimentos sobre este tema polêmico, com rica literatura e um alto índice de pacientes. Coletei dados específicos para os fonoaudiólogos e outros profissionais terem acesso e ampliarem seus estudos com relação a normalidade e o patológico, servindo de reflexão para que os mesmos destaquem a necessidade de repensar a prática clínica. Foi visto na bibliografia pesquisada que os autores parecem ter o consenso geral referente às características peculiares de um respirador bucal e sua etiologia. As opiniões divergem na relação da síndrome da face longa com o respirador bucal. Alguns autores não atribuem que as implicações na mastigação, deglutição, posturas de língua e mandíbula, aumento do 1/3 inferior da face, fala, voz e postura corporal sejam decorrentes da respiração bucal, e que a síndrome da face longa não tenha relação de causa e efeito com a mesma, como refere Oryan (1982). A maioria, dentre eles Barroso (1997) e Lino (1992), atribui a face longa ao respirador bucal e suas conseqüências na fase de crescimento levando a alterações na morfologia oro-crânio-facial, ou seja, as funções em desequilíbrio atuariam na desorganização estrutural, ocorrendo uma correlação entre forma e função. Através do que foi pesquisado, concluo que a morfologia oro-crânio-facial é alterada pela modificação do padrão respiratório, e que os efeitos serão maiores ou menores dependendo da instalação, da freqüência e da predisposição. 23

24 Descobri no decorrer da pesquisa que a respiração nasal é indicadora de um ótimo desenvolvimento do complexo nasomaxilar, podendo a respiração bucal provocar reduções nas dimensões maxilares. Seria interessante um estudo evolutivo radiográfico em crianças antes, durante e posteriormente ao surto de crescimento, para se avaliar a real inteferência da respiração bucal no desenvolvimento facial. Cabe, então, salientar a importância da reciclagem destes profissionais, maior aperfeiçoamento e interação, para que o trabalho do fonoaudiólogo de reeducação seja o mais precoce possível, e os efeitos para o paciente sejam menores. 24

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