ESTADO DE ALAGOAS PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ATO NORMATIVO N.º 47/2007
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- Dalila de Lacerda Batista
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1 ESTADO DE ALAGOAS PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ATO NORMATIVO N.º 47/2007 DISPÕE SOBRE NORMAS PARA MOVIMENTAÇÃO E CONTROLE DOS BENS MÓVEIS NO ÂMBITO DAS UNIDADES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS. O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ALAGOAS, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO a imprescindível regulamentação quanto à utilização e o manejo dos bens móveis do Poder Judiciário, bem como a disciplina das atribuições do Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais - DMP; CONSIDERANDO as prescrições carreadas nos artigos 17, 18 e seguintes e no inciso V, do 5º, do art. 22, da Lei n 8.666, republicada no Diário Oficial da União de 6 de julho de 1994; CONSIDERANDO a necessidade de se manter rigoroso controle sobre os bens móveis existentes em cada órgão, unidade administrativa e unidade jurisdicional do Poder Judiciário Alagoano; e CONSIDERANDO o imperioso regramento de procedimento para a movimentação e controle dos bens móveis do Poder Judiciário, com o fito de racionalizar e diminuir os custos operacionais do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas; RESOLVE: Art. 1º Para os fins deste Ato Normativo, considera-se:
2 I bens móveis - designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes, acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens empregados ou passíveis de emprego nas atividades das unidades do Poder Judiciário, independente de qualquer fator; II bens móveis permanentes - aqueles que motivem variações no ativo imobilizado e tenham duração superior a dois anos e que, com o uso, não percam sua identidade física, bem como, quando reparados ou em manutenção, mantenham suas características originais; III - bem servível - o bem móvel que integra o acervo patrimonial do Poder Judiciário de Alagoas, o qual é indispensável à prestação do serviço público; IV - bem alienável o bem móvel inservível ao Poder Judiciário do Estado de Alagoas. V - transferência - modalidade de movimentação de móveis, com troca de responsabilidade, de uma unidade organizacional para outra dentro do Poder Judiciário; VI - cessão - modalidade de movimentação de material do acervo, com transferência gratuita de posse e troca de responsabilidade, entre o Poder Judiciário e órgãos ou entidades da Administração Pública Estadual direta, autárquica e fundacional; VII - alienação - operação de transferência do direito de propriedade do bem móvel, mediante venda, cessão, transferência ou doação; VIII - carga patrimonial - instrumento administrativo de atribuição de responsabilidade pela guarda, conservação e uso dos bens permanentes, devendo ser firmada pelo responsável pela unidade administrativa ou jurisdicional do Poder Judiciário; e IX - outras formas de desfazimento - renúncia ao direito de propriedade do bem móvel, mediante inutilização ou abandono. Parágrafo único. O bem móvel considerado genericamente inservível para a unidade que detém sua posse ou propriedade deve ser classificado como: a) ocioso - quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado; b) recuperável - quando sua recuperação for possível e orçar, no âmbito, a cinqüenta por cento de seu valor de mercado; c) antieconômico - o bem que apresenta desgaste prematuro ou obsolescência e possui rendimento precário, cuja recuperação seria onerosa, salvo aquele de valor histórico que poderá ser aproveitado pelo Poder Judiciário do Estado de Alagoas; e
3 d) irrecuperável - o bem que não esteja sendo utilizado para o fim a que se destina devido a perda de suas características e cuja recuperação é antieconômica, ela importa em mais de 50% (cinqüenta por cento) do valor do bem, ou impossível, não sendo, portanto, viável a sua utilização em qualquer atividade relacionada ao serviço prestado. Art. 2º Os bens móveis permanentes adquiridos pelo Poder Judiciário do Estado de Alagoas a qualquer título (compra, doação, transferência entre órgãos da administração pública, cessão e transferência) deverão dar entrada no Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais para as devidas anotações, tombamento e inclusão no Sistema de Material e Patrimônio. Art. 3º Fica o Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais, por meio de seu Setor de Patrimônio, responsável pelos registros analíticos dos bem móveis permanentes, tais como indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e conservação, mantendo arquivadas as cargas patrimoniais, os inventários e os documentos referentes às suas transferências patrimoniais. Art. 4º Nenhuma transferência, empréstimo, permuta, recuperação ou saída de bens móveis permanentes deve ser realizada sem o prévio conhecimento e a anuência do Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais. 1º O procedimento de que trata o caput deste artigo dar-se-á por meio de Termo de Controle de Bem Móvel Permanente, conforme modelo constante no Anexo Único desta Resolução. 2º O Termo de Controle de Bem Móvel Permanente também será o instrumento adequado quando o Magistrado ou Servidor encarregado pela guarda dos bens móveis permanentes do Poder Judiciário localizados na unidade de sua lotação for substituído, devendo o novo encarregado verificar as informações contidas neste documento e atestar a situação em que os encontrou, bem como o acervo constante na referida unidade, enviando-lhe ao Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais.
4 Art. 5º Anualmente, até o dia 31 de dezembro de cada exercício, o Setor de Patrimônio realizará Inventário Patrimonial Físico destinado a comprovar a quantidade e o valor do acervo de cada unidade do Poder Judiciário. 1º As unidades do Poder Judiciário poderão promover inventários de seus bens, independentemente da adoção desta medida pelo Setor de Patrimônio. 2º O Setor de Patrimônio poderá promover outros inventários sempre que necessário ou que lhe for determinado. Art. 6º A ocorrência de quaisquer danos em bens localizados nas unidades do Poder Judiciário implicará na realização de sindicância administrativa para apuração de responsabilidades, a ser determinada pelo Presidente do Tribunal de Justiça. 1º A comunicação do dano deverá ser feita ao Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais de maneira formal, imediata e circunstanciada pelo dirigente de nível hierárquico mais elevado da respectiva unidade do Poder Judiciário. 2º A Presidência do Tribunal de Justiça determinará as medidas necessárias para o ressarcimento ao erário quando, após o devido processo administrativo, apurar-se a culpa ou dolo do agente. 3º Nenhum processo de exoneração a pedido, aposentadoria, transferência ou remoção terá andamento sem que o responsável pelos bens patrimoniais proceda a sua entrega ou comprove a liquidação da sua responsabilidade por meio de Certidão de Quitação Patrimonial fornecida pelo Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais. Art. 7º A baixa de bens permanentes pertencentes ao acervo do Poder Judiciário do Estado de Alagoas somente ocorrerá após formalizado o devido processo legal na Direção Geral e expedida autorização do Presidente do Tribunal de Justiça, nos casos de: I furto ou roubo; II - extravio; III - sinistro; IV - alienação;
5 V - transferência a outros órgãos estaduais; VI cessão; VII - inclusão indevida; e VIII - descarga patrimonial. Parágrafo único. Nos casos elencados nos incisos I a III deste artigo, a Direção Geral deverá adotar as ações administrativas para a instrução do processo e a apuração de responsabilidades, as quais serão submetidas à análise da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas. Judiciário. Art. 8º Fica proibida a transferência informal de bens móveis permanentes ao Poder Art. 9º Ficam os Diretores, Chefes de Gabinetes e Chefes de Setor deste Poder Judiciário e os Juízes e/ou Chefes de Secretaria das Comarcas designados como responsáveis diretos pelos bens móveis permanentes alocados na respectiva dependência que ocupam, devendo assinar, após conferência, a Inventário Patrimonial Físico dos bens sob sua responsabilidade. Parágrafo único. Os responsáveis indicados no caput deste artigo deverão prestar todo o auxílio ao funcionário designado para realizar o levantamento e conferência dos bens patrimoniais, dando informações precisas para que se possa obter o controle adequado dos mesmos. Art. 10. O Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais ficará à disposição de todos os interessados para dirimir dúvidas porventura existentes, e prestar esclarecimentos que possibilitem a efetivação deste Ato Normativo. Art. 11. O procedimento administrativo para venda, doação, desfazimento, incineração ou qualquer fim que se entenda pertinente, será iniciado através de comunicação dirigida ao Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais, por meio do protocolo administrativo ou da rede interna de computadores (intranet).
6 Parágrafo único. O Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais, após o recebimento da comunicação de que trata o caput deste artigo, formalizará processo e providenciará a sua instrução, por meio de parecer e avaliação prévia, quando for o caso, encaminhando-o à Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas para que decida sobre as medidas a serem adotadas. Art. 12. Sendo o bem considerado inservível, na forma do parágrafo único do art. 1º desta Resolução, o Presidente do Tribunal de Justiça determinará ao Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais que os transfira ao depósito do Poder Judiciário. 1º Para o fim de que trata o caput deste artigo, deverá ser preenchido o Termo de Controle de Bem Móvel Permanente e encaminhado ao Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais, verificando-se, antecipadamente, junto às demais unidades do Poder Judiciário, entidades filantrópicas reconhecidas como de interesse público, delegacias, escolas públicas ou bibliotecas municipais e estaduais, no âmbito de sua jurisdição, se existe interesse pelos bens. 2º O bem a receber baixa do patrimônio do Poder Judiciário do Estado de Alagoas permanecerá guardado em local apropriado, sob responsabilidade do Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais, até a aprovação da baixa, ficando expressamente proibido o uso do mesmo desde o início da tramitação do processo de baixa até a sua destinação final. Art. 13. A venda, doação, desfazimento, incineração, ou qualquer fim que se entenda pertinente, deverá observar a disciplina trazida no art. 17 e/ou no inciso V, 5º, do art. 22, da Lei n 8.666, republicada no Diário Oficial da União de 6 de julho de 1994, e o procedimento cabível para a alienação destes bens móveis por meio de: I - leilão; II - doação; III - permuta; IV desfazimento; e V cessão.
7 Parágrafo único. Entende-se por desfazimento o procedimento apropriado para distribuição do bem móvel inservível para o Poder, devendo o mesmo ser encaminhado ao aterro sanitário, ou o que substitua, mediante o devido tratamento, se necessário. Art. 14. Nos casos de alienação, a avaliação do material deverá ser feita de conformidade com os preços atualizados e praticados no mercado. Parágrafo único. Decorridos mais de sessenta dias da avaliação, o material deverá ter o seu valor automaticamente atualizado, tomando-se por base o fator de correção aplicável às demonstrações contábeis e considerando-se o período decorrido entre a avaliação e a conclusão do processo de alienação. Art. 15. O material classificado como ocioso, recuperável ou antieconômico será cedido ou doado a outros órgãos ou entidades que dele necessitem. 1º Será utilizado Termo de Cessão nas hipóteses de alienação a Organizações não Governamentais e a entidades representativas de segmentos da sociedade civil, no qual constarão a indicação de transferência de carga patrimonial da unidade cedente para a cessionária e o valor de aquisição ou custo de produção. 2º Quando envolver órgãos das estruturas dos Poderes da União, dos Estados e dos Municípios, bem como as entidades autárquicas e fundacionais destes entes, a operação só poderá efetivar-se mediante doação, na qual deverão ser analisadas a oportunidade e conveniência, relativamente à escolha da forma de alienação. Art. 16. Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de material classificado como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua descarga patrimonial e sua inutilização ou abandono, após a retirada das partes economicamente aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporados ao patrimônio do Poder Judiciário. 1º A inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico ou inconvenientes, de qualquer natureza, para o Poder Judiciário.
8 2º A inutilização, sempre que necessário, será feita mediante audiência dos setores especializados, de forma a ter sua eficácia assegurada. assepsia; Art. 17. São motivos para a inutilização de material, dentre outros: I - a sua contaminação por agentes patológicos, sem possibilidade de recuperação por II - a sua infestação por insetos nocivos, com risco para outro material; III - a sua natureza tóxica ou venenosa; IV - a sua contaminação por radioatividade; e V - o perigo irremovível de sua utilização fraudulenta por terceiros. Art. 18. A inutilização e o abandono de material serão documentados mediante Termos de Inutilização ou de Justificativa de Abandono, os quais integrarão o respectivo processo de desfazimento. Art. 19. Os casos omissos serão resolvidos pelo Diretor-Geral do Tribunal de Justiça. Art. 20. Este Ato Normativo entrará em vigor na data da sua publicação. Art. 21. Ficam revogadas todas as disposições em contrário. Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas, 19 de outubro de Desembargador JOSÉ FERNANDES DE HOLLANDA FERREIRA Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas
9 ANEXO ÚNICO A QUE SE REFERE O 1º DO ART. 4º DO ATO NORMATIVO N.º 47/2007 ESTADO DE ALAGOAS PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA TERMO DE CONTROLE DE BEM MÓVEL PERMANENTE Unidade: Cód.: Data: / / Finalidade: Inventário Transferência Baixa Recuperação Justificativa: Tombo Descrição do bem/estado de Conservação Assumo inteira responsabilidade pelas informações acima fornecidas. Maceió,, de de 200. ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELO(S) BEM(S)/RECEPTOR OU CARIMBO
10 ESTADO DE ALAGOAS PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ANÁLISE DOS BENS SUSCESCTÍVEIS DE BAIXA PATRIMONIAL Uso exclusivo do Departamento Central de Material, Patrimônio e Serviços Gerais. Ordenação do Bem/Situação: 1. Servível Ocioso Recuperável Antieconômico Irrecuperável 2. Servível Ocioso Recuperável Antieconômico Irrecuperável 3. Servível Ocioso Recuperável Antieconômico Irrecuperável Preenchimento obrigatório nos casos de bem inservível. Bem nº 1/Tombo Descrição do Bem/Estado de Conservação/Avaliação/Parecer Bem nº 2/Tombo Descrição do Bem/Estado de Conservação/Avaliação/Parecer Bem nº 3/Tombo Descrição do Bem/Estado de Conservação/Avaliação/Parecer ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELO(S) LEVANTEMENTO(S)/ANÁLISE OU CARIMBO
PORTARIA Nº 1145/1999. O Desembargador Lúcio Urbano, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições legais e,
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