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1 Na treilação, existem componentes de compressão oriundas do contato do material em conormação contra a matriz (P cosα e P senα - igura 4.8), tornando a treilação como um processo de conormação por compressão indireta, conorme já citado no capítulo 3 (item 3.1). As tensões de compressão existentes alteram o estado de tensões na treilação, conorme ilustrado pela representação deste estado por um círculo de Mohr na igura 4.9.a. Na igura 4.9.b está mostrado um círculo de Mohr para um processo de tração que ocasionasse a mesma condição de deormação plástica do processo de treilação, considerando o critério de Tresca 1. (a) Treilação (b) Tração pura Figura 4.9 Círculos de Mohr aproximados para treilação e para uma solicitação pura de tração (por exemplo: ensaio de tração). Para atingir o mesmo valor de tensão crítica de cisalhamento (critério de Tresca), a tensão de treilação é aproximadamente a metade do valor das tensões de tração. Pode-se perceber pelos círculos da igura 4.9, que seria necessária uma menor tensão (σ 1 ou σconormação) de treilação para ocasionar o escoamento (deormação plástica) do que aquela necessária em tração. No item 4.6 será visto um exemplo numérico que comprova o que está esquematicamente representado nos círculos de Mohr da igura 4.9. A intensidade das tensões compressivas é determinada pela conicidade da matriz de conormação (ângulo 2α - ig. 4.5.b ou ig. 4.8). Por outro lado, existem tensões oriundas do atrito (vide ig ou ig. 4.8) que são unção não só da conicidade da matriz, mas também do coeiciente de atrito dinâmico (µ) entre o metal e a matriz (vide tabelas 2.3 e 2.4). Button (2002) apresenta valores de reerência para o coeiciente de atrito encontrado na treilação: 0,02 a 0,05 na treilação de barras e tubos; 0,02 a 0,07 na treilação por estiramento. Para se avaliar a inluência do ângulo de treilação (2α) e do coeiciente de atrito dinâmico (µ) sobre as tensões atuantes, considera-se que a deormação total do sistema pode ser subdividida em componentes de deormação homogênea, redundante e por atrito, conorme já exposto no item 3.2: A energia de deormação homogênea (ou uniorme item 3.2.1), independe de 2α e µ e é calculada diretamente pela redução de área da seção transversal (equação 4.3). A energia relativa ao atrito (item 3.2.2) depende diretamente de µ, sendo mais intensa quanto maiores orem os valores do coeiciente de atrito dinâmico (µ). A deormação relativa ao atrito também depende de 2α, pois quanto menor a conicidade da matriz (menores os valores de 2α), maior será a área de contato (aderência) entre o metal e a matriz e maior será a tensão necessária para iniciar 1 Onde o diâmetro do círculo de Mohr deve ser igual ou maior do que o limite de escoamento do material, conorme equação

2 o deslocamento relativo (vencer o atrito estático m). Isto pode ser observado através da igura 4.10, onde é mostrado que a área de contato matriz/metal é maior com a diminuição do semi-ângulo da matriz. Figura 4.10 Eeito da variação do ângulo de abertura de entrada da matriz sobre a área de contato metal-matriz: quanto maior o semi-ângulo da ieira (α), maior a área de contato e conseqüentemente o atrito, Button (2002). A energia gasta no trabalho redundante, relacionada com a mudança no sentido de escoamento durante o processo de conormação (vide igura 3.4) pode ser associada á existência do escoamento convergente do material no interior da matriz, sendo tanto maior quanto maior or α. A igura 3.6 ilustrava o escoamento convergente para o caso da extrusão (caso de α=90 o ), a igura 4.11 ilustra o eeito da conicidade da matriz (ângulo 2α) sobre o escoamento convergente e conseqüentemente na deormação redundante. Figura 4.11 Eeito da variação do ângulo de abertura de entrada da matriz sobre a deormação interna (redundante) na treilação, Button (2002). Existem equacionamentos para quantiicar o eeito destas duas variáveis (α e µ) sobre o consumo de energia no processo de treilação. No caso do semi-ângulo (α), têm-se equações que correlacionam o coeiciente de atrito e o grau de redução para a determinação de valores do semiângulo que minimiza a energia gasta no processo de treilação. Helman e Cetlin (1983) citam uma extensa equação, a qual este ângulo ótimo deve satisazer, que pode ser simpliicada à: 3 Di α = òtimo m ln (4.5) 2 D 117

3 Os resultados do cálculo do semi-ângulo ótimo estão mostrados no gráico da igura 4.12.a. O gráico da igura 4.12.b ilustra a variação na orça de treilação em unção dos ângulos da matriz e graus de redução. Neste gráico observa-se que o ângulo ótimo (deinido pelo ponto mínimo das curvas de tensão) aumenta com o grau de redução por passe. 14 Ângulo ótimo (graus) m=0,02 m=0,04 m=0,06 m=0, ,0% 5,5% 8,0% 10,5% 13,0% 15,5% 18,0% Redução percentual (%) (a) (b) Figura 4.12 (a) Valores do semi-ângulo ótimo segundo calculado pela equação (4.5) e (b) variação na tensão de treilação de acordo com o semi-ângulo utilizado, Helman e Cetlin (1983). Segundo Dieter (1988), os processos comerciais de treilação de arames empregam semi-ângulos (α) na aixa entre 6 a 10 o e reduções de 20%. Por outro lado, Button (2002) cita que são utilizados semi-ângulos (α) variando de 5 a 10 o para a treilação de barras e para o caso do estiramento de tubos, que os semi-ângulos variam entre 5 a 12 o, para reduções de 14 a 40%, respectivamente. Este mesmo autor apresenta uma tabela com maiores inormações a este respeito, reproduzida abaixo. Tabela 4.3 Alguns valores indicados para ângulos de matriz (2α) em graus. Redução de área por passe (%) Aço baixa resistência 10 a 15 8 a 12 o 16 a a 16 o 22 a a 20 o Material a ser conormado Aço alta resistência Cobre 6 a 8 o 12 a 14 o 8 a 12 o 14 a 16 o 16 a 22 o Alumínio 16 a 20 o 20 a 24 o 24 a 30 o A conicidade da matriz também pode provocar outros eeitos, além da variação da tensão de treilação. Helman e Cetlin (1983) descrevem os enômenos associados com o ângulo de treilação: ormação de zona morta ; descascamento; trincas localizadas rupturas centrais e deeitos chevron ou pata de corvo 118

4 A igura 4.13 ilustra a ormação destes modos de deormação durante a treilação de uma barra metálica. Nesta igura pode-se notar que a tensão de treilação é inicialmente elevada, devido ao maior atrito causado pelo maior contato metal-matriz quando esta apresenta pequenos ângulos (vide igura 4.10). Figura 4.13 Correlação entre a ocorrência de zonas mortas e descascamento com a variação da conicidade da matriz de treilação, Helman e Cetlin (1983). À medida que o ângulo é aumentado, o esorço de treilação aumenta novamente devido ao aumento da deormação redundante, porém este aumento só continua até atingir-se o chamado primeiro ângulo crítico α cr1. A partir deste ângulo (α cr1 ), o modo de deormação normal é substituído pelo modo de deormação com zona morta. Neste modo nem todo o material toca a superície de matriz com previsto, o que diminui o atrito gerado pelo contato, estabilizando, conorme mostra o gráico, a energia ou tensão consumida. Porém a perda de contato com a matriz piora a qualidade da superície do treilado. Da mesma maneira que no caso do ângulo ótimo (equação 4.5), pode-se criar uma equação extensa a qual o primeiro ângulo crítico α cr1 deve atender e que pode ser simpliicada para a orma abaixo: 3 Di α = òtimo ln (4.6) 2 D 119

5 que é válida para pequenos ângulos. A igura 4.14 apresenta a solução gráica para a equação completa da qual a equação (4.6) é uma representação simpliicada. Figura 4.14 Resolução dos valores do primeiro ângulo crítico com o grau de redução e coeiciente de atrito estático em treilação, Herman e Cetlin (1983). A continuação do aumento do ângulo da matriz pode levar à ocorrência do corte do material pela matriz, modo este conhecido como descascamento, com potencialmente graves eeitos sobre a qualidade do material processado. Helman e Celin apresentam um ábaco para determinar os valores do ângulo crítico 2 (α cr2 ) para o início da ocorrência do descascamento do material. Figura 4.15 Resolução dos valores do segundo ângulo crítico com o grau de redução em treilação, Herman e Cetlin (1983). Na treilação dos metais, pode ocorrer o enômeno de rupturas centrais. Segundo Avitzur, uma trinca central ocorre quando nem toda a seção do material sob treilação apresenta deormação por cisalhamento ou redundante. Observando a igura 4.16, sob certas condições de velocidade de treilação, grau de redução e coeiciente de atrito, a superície do treilado passa a concentrar a deormação redundante, icando a parte central com um 120

6 comportamento inteiramente rígido, apenas com variação de velocidade (item 3 da igura 4.16) Como as velocidades de entrada e saída são dierentes, ocorre uma incompatibilidade entre estas que leva à geração de uma trinca (ig item 4), que é emitida pela região da matriz. Figura 4.16 Modelamento explicativo do processo de geração de rupturas centrais. Uma experiência realizada em sala de aula, com uma montagem experimental de extrusão, revelou o mecanismo de ocorrência deste deeito. Apesar do material que oi extrudado não ser metálico, o problema, que tem origem mecânica, pode ser caracterizado desta orma. (a) Extrusão com ruptura central (b) Extrusão sem ruptura central Figura 4.17 Exemplo prático da ocorrência de ruptura central (a) por descasamento das deormações entre a superície e o centro do material. 121

7 A ruptura central, assim como os demais enômenos, também ocorrem para aixas bem deinidas do grau de redução em treilação. Os gráicos da igura 4.18 ilustram a região de ocorrência destes enômenos assim com oerece algumas indicações das condições avoráveis para o aparecimento das rupturas centrais. Nota-se que quanto maior o ângulo e o coeiciente de atrito, maior a change de descasamento de deormações e ocorrência de rupturas centrais. Figura 4.18 (a) Determinação das condições avoráveis para o aparecimento de rupturas centrais; (b) relação entre o esorço de treilação e o grau de redução para a ocorrência dos enômenos de deormação em treilação, adaptado de Helman e Cetlin (1983). Caso o atrito entre o metal e a matriz or suicientemente elevado, conorme pode ser visto nas iguras 4.11 e 4.17.a, a perieria do material treilado pode apresentar uma velocidade suicientemente pequena, em relação às demais regiões próximas ao eixo da barra que este peril de velocidades pode gerar um tipo de ruptura conhecida como chevron ou pata de corvo. A igura 4.19 ilustra dois casos, um para tubos de aço e outro para ios de cobre, onde este enômeno ocorreu. (a) (b) Figura 4.19 Ocorrência de deeitos chevron ou pata de corvo em produtos treilados: (a) io de cobre, Button (2002) e (b) tubo de aço, Morais (2003). 122

8 Em ambos os casos, deveriam ser adotadas condições mais adequadas de: grau de redução da área (equação 4.2) lubriicação; acerto de propriedades mecânicas (aumento da ductilidade por meio de um tratamento térmico de normalização). 4.5 Análise térmica Em geral, o processo de treilação utiliza taxa de conormação elevadas, ainda mais no processo de treilação de arames inos. Nestes casos, o desempenho do lubriicante torna-se essencial para atingir a qualidade do produto treilado. O atrito presente no processo é responsável pela geração de calor, especialmente para a treilação de materiais abaixo da temperatura de recristalização, quando a quantidade de energia de deormação transormada e dissipada sob orma de calor pode chegar a cerca de 90% (Button, 2002). Button (2002) ornece uma expressão simples para a estimativa do aumento de temperatura devido a energia de deormação: 1 T = Y ln c P ρ onde: T é o incremento em temperatura ( o C ou o K);Y(barra) é a tensão média (vide ig..39); c P é o calor especíico do material; ρ é o peso especíico e A i e A são as áreas inicial e inal do material, respectivamente. Ai A (4.7) A equação (4.7) não considera os eeitos da taxa de conormação nem da extração de calor pelo lubriicante ou por um sistema de resriamento externo qualquer. Aparentemente um aumento na taxa de conormação reduz a transerência de calor para a matriz, mas também pode diminuir a eiciência do lubriicante e/ou do sistema de rerigeração utilizado. Como as deormações não são homogêneas no material sendo treilado (vide igs e 4.11), a distribuição de temperaturas também não será, conorme ilustra o gráico da igura Figura 4.20 Distribuição de temperaturas em um barra cilíndrica treilada, adaptado de Button (2002). 123

9 Button (2002) também apresenta uma metodologia para quantiicar o eeito da velocidade sobre o aumento da temperatura, por meio da seguinte expressão: T 1 = c ρ P t σ ε& dt (4.8) 0 onde: σ é a tensão de escoamento relativa à deormação local; ε (barra ponto) é a taxa de deormação para cada posição do material treilado e t é o tempo de processamento em uma posição da matriz; onde: No caso da treilação de barras cilíndricas, o tempo t pode ser calculado por: x t ( x) = (4.9) v ( x) D D x = (4.10) 2 tan β 2 Di v ( ) = v (4.11) x i D e R 0, y 2ln R x, y ε & = (4.12) t A igura 4.21 ilustra o sistema de coordenadas a ser utilizado: ( x ) Figura 4.21 Sistema de reerências utilizado para a aplicação das equações de 4.9 a 4.12, adaptado de Button (2002). 124

10 4.6 Cálculo do esorço de treilação Neste item não serão demonstradas as equações utilizadas para os cálculos a respeito da cargas, tensões e deormações de treilação, já que isto oi assunto do capítulo 3. Agora basta saber por qual método analítico dos mostrados abaixo oi obtida a equação, quais as suas variáveis e campo de aplicação. MÉTODOS TEÓRICOS MÉTODOS EXPERIMENTAIS Tabela 4.4 Métodos de cálculo utilizados nas determinações das equações utilizadas neste item. Analíticos Numéricos Deormação homogênea Blocos ou tiras Limite superior Elementos initos Redes Neurais Simulações / medição on-line Através das equações apresentadas, será possível determinar: esorços de treilação; deormação e encruamento acumulados por passes sucessivos; dimensionamento de equipamentos; distribuição de tensões internas. Segundo Dieter (1988) e conorme já deduzido no capítulo 3, o método da deormação uniorme ornece a seguinte equação para o processo de treilação: A 1 σ Tre = Y ln = Y ln (4.13) Ai 1 r Como esta equação oi obtida pelo método da deormação homogênea, então esta subestima a real carga de conormação, não considerando as deormações por atrito e redundante. Uma maneira de corrigir esta limitação é pela utilização do coeiciente de eiciência da deormação (η), cujos valores típicos estão listados na tabela 3.3: A 1 σ Tre Re al = η σtre = η Y ln = Y ln (4.14) A 1 r Johnson e Rowe (em Dieter, 1988) propuseram uma equação para considerar o eeito do atrito sobre a equação 4.13, obtendo: i onde B=µ cotag(α). A σ Tre = Y ( 1+ B) ln (4.15) A i 125

11 Considerando a presença do atrito e o uso do método dos blocos, obtêm-se a seguinte equação, sem levar em consideração a deormação redundante: onde B=µ cotag(α). 2B 1+ B D σ = Tre Y 1 (4.16) B Di Helman e Cetlin (1983) apresentam uma orma alterada da equação acima, para considerar a aplciação de uma tensão à ré (contrária) durante a treilação: 2B 2B D 1+ B D σ = + Tre σré Y 1 (4.17) Di B Di Neste caso, a tensão a ré tende a aumentar a tensão necessária à deormação, porém auxilia na qualidade supericial já que a conjunção de tensões reduz a tensão de contato (atrito) entre o molde e o metal. Outra orma de considerar o eeito das deormações não homogêneas é através do parâmetro de Rowe ou parâmetro do trabalho redundante (φ): ε φ = ( α, r ) = (4.18) ε Onde ε* é a deormação aumentada correspondendo ao limite de escoamento que oi homogeneamente deormado até ε. Deve-se notar a semelhança na deinição deste parâmetro com o parâmetro eiciência de deormação equação O parâmetro do trabalho redundante pode ser empregado em qualquer equação que calcule o esorço de treilação que não leve em consideração o trabalho redundante. Existem várias expressões para este parâmetro, a seguir estão algumas destas. Dieter (1988): onde Button (2002): onde e φ 0,8 + (4.19) 4,4 [ 1+ 1 r ] 2 = α (4.20) r h φ 0,88+ 0, 12 (4.21) L ( + ) D i D h =, diâmetro médio (4.22) 2 126

12 ( + ) D = i D L, comprimento da região de trabalho (4.23) 2 senα Helman e Cetlin (1988): onde: AS M A S φ 0,88+ 0,78 (4.24) M = D + D i i D D 1 cosα 2senα (4.25) Existem equações nas quais já está sendo considerado o eeito dos três tipos de deormações, como por exemplo: σ Tre 2µ A = + i 2 Y 1 ln + tan α (4.26) sen 2α A 3 Considerando todas as parcelas de energia, abaixo listadas:, e (4.27) (4.28) (4.29) Obtêm-se, através da análise pelo método do limite superior: onde: (4.30) (4.31) Alternativamente, Helman e Cetlin (1983) oerecem os valores da unção (α) reproduzidos na tabela

13 Tabela 4.5 Valores dos parâmetros da equação (4.30), Helman e Cetlin (1983). A resolução de problemas com as equações listadas oerecerá valores de tensões de treilação menores do que o valor do limite de escoamento do material, conorme já comentado no item Limite máximo de treilação Já oi estudado no item 4.3 que o processo de treilação atinge um limite máximo a partir de certos valores de deormação. Esta limitação depende do encruamento apresentado pelo material em conormação. Caso seja necessário introduzir uma grande deormação no componente (acima de sua capacidade de deormação plástica ou que vá induzir maiores valores de tensões residuais), torna-se necessário a utilização de um recozimento neste material. O número adequado de passes é deinido pela redução de área possível por passe que é determinada pela condição de que a tensão de treilação não deve aproximar-se da tensão de escoamento do material após treilado (equação 4.1). O leitor deve perceber que o possível número de etapas de recozimento intermediário são calculados de modo interativo,para deinir: redução da seção > deormação > tensão atuante > limite de escoamento inal Utilizando a condição de que a máxima tensão de treilação não pode ultrapassar os valores do limite de escoamento inal do material, resolvendo-se a equação (4.30) para se isolar a relação entre raios (grau de redução), obtêm-se: (4.32) 128

14 Desprezando-se o atrito (m 0) e a deormação redundante, pode-se aproximar a equação (4.32) para a equação (4.33): Ri Exp( 0,5) = 0,63 ou 63% (4.33) R máx Treilação de tubos Tubos são materiais amplamente abricados e/ou trabalhados pelo processo de treilação. A treilação é empregada na abricação de tubos com o objetivo de obter tolerâncias dimensionais mais precisas e melhores acabamentos supericiais. Também visa a produção de tubos com paredes mais inas ou menores diâmetros,com peris mais regulares dos que poderiam ser obtidos com processos de conormação a quente. Os três tipos básicos de treilação de tubos estão mostrados na igura 4.22 e empregam a matriz mais um mandril ou um plugue ou somente a matriz. A opção por cada um deles dependerá da qualidade exigida para as superícies interna e externa do tubo. Figura 4.22 Tipos de Treilação de tubos (da esquerda para a direita): treilação simples, com mandril ixo, com mandril lutuante, com mandril móvel (ou estiramento de tubos); Dieter (1988). No caso da treilação sem mandril ou sem plugue, o interior do tubo não tem sua deormação restrita, de modo que a parede se torna ligeiramente mais espessa e a superície interna mais irregular do que antes. Com o maior cisalhamento interno, ou seja, com maio trabalho redundante, a redução máxima de área é menor, em relação aos outros processos de treilação de tubos. No caso do plugue estacionário (ou mandril ixo), tanto o diâmetro interno quanto o externo são modiicados e controlados durante o processo. O plugue pode ser cilíndrico ou cônico e controla a dimensão e a orma do diâmetro interno, ornecendo um produto de qualidade superior. A redução de área normalmente não ultrapassa 30%. O processo de mandril lutuante é empregado para treilação de tubos longos, que podem ser bobinados. Com esse processo, evita-se o uso de hastes longas e as possíveis 129

15 ressonâncias observadas em treilações de elevada velocidade. Para que este processo tenha sucesso, há necessidade de uma correta deinição da lubriicação e das erramentas para garantir que o plugue ique na posição projetada, podendo ser possível obter reduções de até 45% com orças de treilação menores do que as observadas no processo com mandril ixo. Na treilação de tubos com plugue ou mandril, a maior parcela da energia de conormação é empregada na deormação relativa à redução da espessura da parede do tubo. Normalmente o diâmetro interno é reduzido de uma pequena quantidade, igual à necessária para inserir o plugue ou o mandril antes do processo. Para a treilação com plugue estacionário ou lutuante, a tensão de treilação é expressa pela equação (Dieter, 1988): sendo: B' 1+ B' A σ = Tre. Y 1 (4.34) B' Ai µ 1 + µ 2 B ' = (4.35) tanα tan β onde: µ 1 é o coeiciente de atrito entre o tubo e a parede da matriz; µ 2 é o coeiciente de atrito entre o tubo e a parede do plugue; α é o semiângulo da matriz e β é o semiângulo do plugue. Na treilação com mandril móvel, a orça de atrito na interace tubo-matriz está direcionada no sentido da entrada da matriz enquanto que na superície tubo-madril, a orça de atrito está direcionada no sentido da saída da matriz. Assim têm-se: µ 1 µ 2 B ' = (4.36) tanα tan β Sachs e Baldwin consideraram que, durante a treilação de tubos sem mandril (ou plugue), a espessura dos tubos não variava, assim obteve-se uma equação para descrever o esorço para treilar este tubo, que é: B 1+ B A σ = Tre. 1,1 Y 1 (4.34) B Ai 130

16 4.7 Bibliograia BUTTON, S.T.; Curso: Treilação. Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, São Paulo, DIETER, G. E.; Mechanical Metallurgy. SI Metric edition. McGraw Hill, Singapore, 1988 (existe uma versão anterior que oi traduzida para o português). HELMAN, H.; CETLIN, P.R.; Fundamentos da Conormação Mecânica dos Metais. Editora Guanabara Dois, HELMAN, H.; Curso: Fundamentos da Laminação - Produtos Planos, ABM, MEYERS, M.A.; CHAWLA, K.K.; Principles o Mechanical Metallurgy. Prentice- Hall Inc., Englewood Clis, MORAIS, W.A.; Análise de alha: trincas em tubos treilados. Companhia Siderúrgica Paulista (COSIPA), PLAUT, R.L.; Curso: Laminação dos aços: tópicos avançados. Associação Brasileira de Metais, São Paulo, PLAUT, R.L.; SILVA, A.T.; Curso: Estampagem dos aços ao carbono. Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, São Paulo, SCHAEFFER, L.; Conormação Mecânica. Imprensa Livre Editora, Porto Alegre,

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