sido significante (239). Por outro lado, talvez a metodologia estratificação não tenha permitido comprovar esta tendência.

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1 exame, mas não informa o passado. Conforme CALISTI et al 8 e POPOVICH 29, crianças de nível social mais elevado tendem a apresentar maior freqüência de hábito de sucção e, assim, seria racional esperar que crianças de nível social mais elevado também apresentassem maior incidência de más oclusões, entretanto o presente estudo não comprovou esta hipótese. Admite-se que o número de crianças com hábito de sucção de polegar foi muito pequeno (20 casos), embora o número de crianças com hábito de chupeta tenha sido significante (239). Por outro lado, talvez a metodologia estratificação social, utilizada nesta investigação, não tenha permitido comprovar esta tendência. Conclusão Da metodologia aplicada na presente investigação pode-se concluir que: 1. As más oclusões dentárias na dentição decídua estão presentes em 8 de cada 10 crianças. 2. As más oclusões na dentição decídua acometem igualmente crianças do sexo masculino e feminino. 3. A freqüência das más oclusões da dentadura decídua é de 40,5% para Classe I, 38,5% para a Classe II e 1,0% para a Classe III. 4. As más oclusões na dentadura decídua acometem igualmente crianças de diferentes níveis sociais, considerando a faixa de renda familiar de 1 a 10 salários mínimos. Hábitos de sucção, considerados nocivos à oclusão dentária, provocam um aumento significante no grau de anormalidades de oclusão. Abstract The data of malocclusion in the primary dentition are rare in Brazil and it has come from small samples. The studies made in Natal and Belem pointed out that half of the children aged from 2 to 6 years old living in North or Northwest of Brazil have malocclusions. Data from São Paulo city survey showed that the prevalence of malocclusion is greater than the first two studies (79%). This study was done in 3100 kindergarten children in the city of Araraquara in order to find the prevalence of malocclusion in the primary dentition and the influence of the social and economic levels and sucking habits. A sample of 838 children from 2 to 6 years old were examined showing 80% malocclusion incidence. The results of this study showed no significant statistic differences in regards to the prevalence of malocclusion between sex groups. Also, there was no significant influence in the prevalence of malocclusion between the four social and economic level, based in the children familiar salary, classified as below of 1; 1 to 5; 5 to 10; and more than 10 minimum salary. The study showed that sucking habits were significantly related with the incidence of malocclusion. Uniterms: Primary Dentition; Malocclusion; Prevalence of malocclusion Referências Bibliográficas 01 - ALBEJANTE, M.N. Estudo de alguns aspectos morfológicos e alterações dimensionais do arco dentário decíduo. São Paulo, p. Dissertação (Mestrado em Odontopediatria) - Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo ALMEIDA, R.R. et al. Influência da fluoretação na prevalência de más oclusões. Estomat e Cultura, v.4, p.35-42, ANGLE, E.H. Classification of malocclusion. Dent Cosmos, v.41, p , BARROW, G.V.; WHITE, J.R. Developmental changes of the maxillary and mandibular dental arches. Angle Orthod, v.22, p.41-6, jan BRANDÃO, A.M.M.; NORMANDO, A.D.C. Avaliação da distribuição dos arcos dentários decíduos. In : ENCONTRO DO G. BRASILEIRO DE PROF. DE ORTODONTIA E ODONTOPEDIATRIA, XXV, 1994, Natal. Anais... Natal, p BRANDÃO, A.M.M. et al. Oclusão normal e má oclusão na dentição decídua - Um estudo epidemiológico em préescolares do município de Belém-Pa. Rev Paraense de Odont, v.1, n.1, p.13-7, BRANDHOST, O.W. Will orthodontics become a part of contempled government health programs for children. J Dent Educ, v.10, p , CALISTI, L.J.P.; COHEN, M.M.; FALES, M.H. Correlation between malocclusion, oral habits, and socio economic level of preschool children. J Dent Res, v.39, p.450-4, CHIAVARO, A. Malocclusion of temporay teeth. Int J Orthod, v.1, p.171-9, GRABER, T.M. Orthodontic principles and pratices. 2.ed. Philadelphia : W.B. Saunders, p HOLM, A.K. Oral Health in 4-years-old Swedish Children. Comn Dent Oral Epidemiol, v.3, p.16-23, HUMPHREYS, H.F. ; LEIGHTON, B.C. A Survey of anteroposterior abnormalities of the jaws in children between the ages of two and five and a half years of age. Br Dent J, v.88, p.3-16, Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.3, Nº 6 - NOV./DEZ

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3 De quem é o amanhã? Os recentes acontecimentos da Ortodontia e as demandas da vida profissional constituem, impreterivelmente, pontos importantes para a divulgação de idéias e debates sobre os desafios que todos temos. É bem verdade que a importante reflexão sobre estes ternas muitas vezes é banalizada. Atitudes que menosprezam a devida atenção à qualidade, a apatia de alguns profissionais, o comodismo de algumas universidades e mesmo o descompromisso de publicações especializadas, tudo isto compõe uma realidade na qual o desenvolvimento da ortodontia e benefícios ao paciente são secundários. A aceitação passiva de conceitos impessoais como a lucratividade fácil e a eficiência mercantil nas clínicas odontológicas, atrapalha o desenvolvimento de qualquer proposta de análise mais criteriosa, apregoando, assim, o desinteresse pelo amanhã. Por outro lado, alternativas como o 11º Congresso Brasileiro de Ortodontia, o Orto 98, realizado em outubro último em São Paulo, conseguem reunir profissionais, promovendo debates maduros sobre os caminhos abertos para estes novos desafios e apontando formas conjuntas de promoção, atualização profissional, produção científica e desenvolvimento tecnológico. A presença de mais de 3000 participantes, quase 100 empresas expositoras e lançamentos de inúmeros produtos atestam, como nunca, que muitos estão empenhados em revisões de posturas, conceitos, técnicas e procedimentos que preparem para uma prática ortodôntica aberta às influências que extrapolam o âmbito da terapêutica. Realizado com muita competência, em conjunto com o Orto 98, o 4º Simpósio de Informática na Ortodontia e Ortopedia Facial apresentou os avanços que a tecnologia oferece para a divulgação científica, formas de ensino e novas práticas na administração dos consultórios. Ambos os congressos foram divisores de águas! Editorial Com esta mesma visão, o Dr. Joel Martins, em sua entrevista nesta edição, alerta sobre a necessidade de nos dedicarmos mais à pesquisa, descrição de casos, habilidades de liderança, trabalho em conjunto e de entusiasmo para a constante atualização. Na tentativa de mostrar a urgência desta mudança de atitude e compreensão da ortodontia, ele conclama a todos que deixemos de trabalhar isoladamente, com parcos resultados, empurrando infinitamente esta pedra, como no mito grego de Sísifo. Motivada por este segmento da comunidade ortodôntica e atenta aos diversos âmbitos da profissão e às novas formas de comunicação, a equipe editorial da Revista se reuniu para apresentar um novo projeto gráfico. Com mãos e olhos voltados para o amanhã, a equipe contemplou novos padrões de formatação de textos, citações, tabelas, posicionamento de anúncios e praticidade na apresentação das informações. Tudo isto pelo comprometimento com o futuro da Ortodontia. O Editor R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 3, n. 6, nov./dez. 1998

4 Artigo Inédito Avaliação da Resistência ao Cisalhamento de Bráquetes Reciclados e Novos Recolados* Shear Bond Strenght Evaluation of Recycled or Rebonded Brackets Sérgio M. M. O. Penido Joel C. R. Martins Resumo A reciclagem de bráquetes descolados tem sido uma boa alternativa para a redução dos custos na clínica ortodôntica. Alguns métodos de remoção da resina residual na reciclagem de bráquetes envolvem: 1) aplicação de calor; 2) uso de solventes químicos; 3) jateamento de óxido de alumínio (micro etcher); 4) desgastes com ponta montada de carborundum. Foram utilizados nesta pesquisa, 40 pré-molares humanos nos quais foram colados bráquetes com resina Concise Ortodôntico. Os corpos-deprova foram divididos em quatro grupos e posteriormente submetidos aos testes de cisalhamento, a uma velocidade de 0,5 mm/min. No Grupo I (controle) bráquetes novos foram colados e mantidos até o momento dos ensaios mecânicos. Os bráquetes dos Grupos II, III e IV foram removidos e a superfície de esmalte limpa. Nos Grupos II e III foram recolados os mesmos bráquetes, reciclados respectivamente por jateamento com óxido de alumínio 90 micrometros e por uma ponta montada de carborundum. No grupo IV, foram recolados bráquetes novos. Os resultados foram submetidos à análise de variância, a um nível de significância de 1% e o teste complementar foi definido pela análise dos intervalos de confiança a 95%. Concluiu que: a resistência à força de cisalhamento dos bráquetes reciclados com o método de jateamento com óxido de alumínio foi semelhante a do grupo controle e superior a dos bráquetes reciclados cuja resina residual foi removida com ponta montada de carborundum. Introdução e Revisão da Literatura Até o início da década de 70, os aparelhos ortodônticos fixos eram compostos de bandas de aço inoxidável cimentadas em todas as coroas do arco dentário 26, 35. A introdução da colagem de bráquetes, representou um avanço significativo na montagem do aparelho ortodôntico diminuindo o tempo e o trabalho deste procedimento 7. Essa evolução só foi possível dez anos após o passo inicial de Buonocore, 5 em 1955, com a técnica do condicionamento ácido do * Resumo da Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP - dezembro de Unitermos: Bráquetes reciclados; Óxido de alumínio. Sérgio Milton Martins de Oliveira Penido A Joel Cláudio da Rosa Martins B Ary dos Santos Pinto C Maurício T. Sakima C A Mestrando do Curso de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Ortodontia, Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP. B Professor Adjunto do Departamento de Clínica Infantil, da Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP. C Professor Assistente Doutor do Departamento de Clínica Infantil, da Faculdade de Odontologia de Araraquara UNESP. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.3, Nº 6 - NOV./DEZ

5 esmalte, aumentando significativamente a aderência dos compósitos à coroa dentária. NEWMAN 20, 21 em 1965 empregou a idéia de BUONOCORE 5, condicionando o esmalte dentário e obtendo melhor adesão mecânica dos bráquetes ortodônticos, o que foi um marco decisivo no aperfeiçoamento da montagem do aparelho ortodôntico. À medida que as bandas foram sendo substituídas pela colagem de acessórios, inicialmente na região de incisivos, depois em caninos e, finalmente em pré-molares, houve um aumento proporcional na incidência de queda dos acessórios, em especial nos segundos pré-molares 13. Por isso, alguns ortodontistas voltaram temporariamente ao método original de bandagem nos segmentos posteriores e região de pré-molares. O inconveniente da recolagem somouse à desvantagem econômica, uma vez que um maior número de bráquetes de segundos pré-molares era necessário no estoque 13,26,29,35. Assim, evidenciou-se a necessidade de reciclagem dos bráquetes descolados, gerando grande interesse por parte dos clínicos e pesquisadores em aperfeiçoar procedimentos com este propósito. A reciclagem consiste basicamente em retirar da base ou da tela, o agente de colagem remanescente, deixando o bráquete apto à reutilização, podendo ser realizada no próprio consultório (método imediato) 3,14,16,25,26,29,30 ou por empresas especializadas (método mediato) 4,16,32,34. O reaproveitamento de bráquetes entretanto só é bem indicado se esses não estiverem danificados, devendo ser preferencialmente recolados no mesmo indivíduo. Dois métodos são usualmente empregados na reciclagem mediata de bráquetes: 1) aplicação de calor para queimar o adesivo, seguida de polimento eletrolítico para remoção de óxidos formados e; 2) uso de solventes químicos para dissolver o adesivo, combinados com vibrações FIGURA 1 - Dispositivo para jateamento de óxido de alumínio marca Micro-etcher. FIGURA 2 - Aspecto da base do bráquete após jateamento com óxido de alumínio - MEV (200 X). FIGURA 3 Aspecto da base do bráquete após remoção da resina com ponta montada de carborundum - MEV (200 X). Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.3, Nº 6 - NOV./DEZ

6 de alta freqüência, seguidas de polimento eletrolítico. Quando o processo envolve solventes químicos, estes são colocados em contato com o adesivo, numa temperatura inferior à 100 o C, seguido por exposição ao calor de 250 o C para fins de esterilização. A composição química dos solventes é pouco conhecida porque é segredo comercial das companhias que utilizam o método 3,4,10,16,32,34,35. A utilização do calor tem como objetivo decompor completamente a resina. Para que isto ocorra, é necessária uma temperatura em torno de 770 o C, porque abaixo deste valor ocorre apenas sua degradação. Altas temperaturas poderiam gerar outro inconveniente que é a formação de ácidos, possível fonte de ataque à liga que constitui o bráquete 3. O uso do calor é um fator crítico no processo de reciclagem devido à sua influência na micro-estrutura da liga que compõe os bráquetes 29. Estes, na sua maioria, são feitos de aço inoxidável austenítico que, aquecido numa temperatura entre 400 e C, possibilita a precipitação de cromo-carboneto na periferia dos grãos metálicos, desintegrando parcialmente a liga, com conseqüente enfraquecimento estrutural. Em adição à perda de cromo pelo metal ocorre uma diminuição na resistência da liga à corrosão. Temperaturas acima de 650 o C alteram a têmpera do metal, sua propriedade de dureza e resistência à tração, as quais não podem ser restauradas por qualquer outro processo 3,8,9,10,16,17,28,32,34. A remoção imediata da resina remanescente da base ou tela do bráquete descolado pode ser feita com o auxílio de uma ponta montada de carborundum 27,34 ou por meio de jatos de óxido de alumínio, desenvolvido recentemente. Este processo foi testado por NEWMAN et al. 22 que observaram em ensaios laboratoriais, um aumento na retentividade dos bráquetes novos colados. Segundo os autores, o jateamento produz micro asperezas na superfície da base do bráquete, aumentando a área de união com a resina. Apesar da técnica de jateamento com óxido de alumínio ser já amplamente utilizada na clínica e pesquisada em laboratório, a maioria dos trabalhos é direcionada ao aumento da retenção mecânica de bráquetes novos e bandas 6,33,36. Alguns autores 23,29,35 concordando com o que consta nas instruções do fabricante do aparelho de jato de óxido de alumínio, destacam as vantagens da reciclagem de bráquetes; entretanto, ainda é necessário avaliar-se a eficácia deste método. Conjunto de alças articuladas Dente incluído no anel de PVC Anel metálico FIGURA 4 - Desenho esquemático do conjunto de dispositivos utilizado para o teste de cisalhamento - visão fronto-lateral. FIGURA 5 - Alças especialmente desenhadas e confeccionadas para se adaptarem à máquina de ensaios mecânicos. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.3, Nº 6 - NOV./DEZ

7 Material e Método Neste trabalho foram utilizados 40 pré-molares humanos, lavados em água corrente e armazenados em formalina a 10% após serem extraídos por indicação ortodôntica, de pacientes na faixa etária de 11 a 13 anos. O preparo dos dentes para a colagem, envolveu ranhuras nas raízes com a finalidade de se conseguir retenção mecânica pois os dentes foram incluídos perpendicularmente em anéis de PVC, preenchidos com resina acrílica autopolimerizável e imersos em água na temperatura ambiente. As colagens dos bráquetes metálicos S2C03Z (Dental Morelli ) com resina composta autopolimerizável Concise Ortodôntico foram feitas em um único dia seguindo as recomendações do fabricante. Iniciamos o condicionamento (ácido fosfórico a 37%) e colagem pelas faces vestibulares dos dentes, sendo os mesmos procedimentos repetidos para a face lingual. Passados 30 minutos, os 40 corpos de prova foram divididos, aleatoriamente, em 4 grupos de 10 dentes cada, denominados de Grupo I, II, III e IV. O Grupo I foi utilizado como controle, sendo que os bráquetes inicialmente colados foram mantidos até o momento dos ensaios mecânicos. Os bráquetes dos Grupos II, III e IV foram removidos com o auxílio do alicate Ormco número A seguir, a superfície coronária foi limpa, utilizando-se fresas de tungstênio 32 lâminas, trocadas a cada 5 dentes. No Grupo II foram colados os mesmos bráquetes cujas bases foram jateadas com óxido de alumínio 90 micrometros (aparelho Micro- Etcher, Danville Engineering, Inc. ) antes da recolagem (FIG. 1), durante 15 a 30 segundos, a uma distância de 10 mm, cujo aspecto do bráquete encontra-se na FIG. 2. Nos bráquetes do Grupo III foi utilizado o procedimento de remoção da resina residual com uma ponta montada de carborundum em baixa rotação, cujo aspecto encontrase na FIG. 3. Finalmente, no grupo IV procedeu-se a recolagem de bráquetes novos. O conjunto anel de PVC-dente de todos os grupos foi estocado em água à temperatura de 37 o C, durante 7 dias. Os dentes de todos os grupos foram submetidos ao teste de cisalhamento (FIG. 4), realizado na máquina de ensaios mecânicos, ajustada para forças na velocidade de 0,5 mm/min (FIG. 5). As cargas de ruptura foram registradas em kgf (kilograma-força). GRÁFICO 1 Efeito médio da variável GRUPO. Destes dados, calculou-se o valor da resistência ao cisalhamento em kgf/mm 2 (kilograma-força por milímetro quadrado), aplicando-se a seguinte fórmula: R = F/A onde: R = resistência ao cisalhamento. F = carga de ruptura ou força de descolagem em kgf. A = área da superfície de colagem em mm 2. A superfície de colagem era um retângulo (base do bráquete) com uma área de 14,7 mm 2. TABELA 1 Análise de variância. Fonte de Soma dos Graus de Quadrado Nível de F 0 Variação Quadrados Liberdade Médio significância Grupo 0, ,0854 6,773 0,0009* Dente 0, ,0149 1,181 0,3072 Face 0, ,0001 0,009 0,9260 Residual 0, ,0126 TOTAL 1, * Nível de significância =0,01 (1%). TABELA 2 Estimativa do intervalo de confiança das médias de cada grupo Grupo n Média Erro Intervalo de Padrão confiança para 95% I 20 0,3906 0,0251 0,3397 0,4414 II 18 0,4543 0,0265 0,4008 0,5079 III 20 0,3028 0,0251 0,2520 0,3536 IV 20 0,4288 0,0251 0,3779 0,4795 Média Global 78 0,3941 0,0127 0,3683 0,4199 Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.3, Nº 6 - NOV./DEZ

8 Após a descolagem dos bráquetes, cada dente foi fixado ao anel de P.V.C correspondente, com elásticos ortodônticos 1/4. Posteriormente, as superfícies dentárias e a base dos bráquetes foram observadas ao microscópio eletrônico de varredura, com a finalidade de se verificar qual o modo de fratura de cada grupo. Os modos de fratura, podem incluir: a) falha coesiva na interface resina-dente, b) falha coesiva na resina e c) falha coesiva na interface resinabráquete. Resultado Os valores obtidos experimentalmente nas mensurações da resistência ao cisalhamento foram submetidos à análise de variância a três critérios fixos, referentes a Grupo (G), Dente (D) e Face (F) - TAB. 1. Ao analisarmos os respectivos intervalos de confiança, notamos que o grupo III apresentou comportamento distinto em relação aos grupos II e IV. Modos de Fratura Os grupos apresentaram uma porcentagem total de 91,25% de fraturas do tipo coesiva na interface resina/bráquete (tipo C), 6,25% de fraturas coesivas na resina (tipo B) e 2,5% de fratura coesiva na interface resina/dente (tipo A) - (FIG. 6,7,8,9). Discussão Existe divergência nos resultados das pesquisas que avaliaram estes métodos de reciclagem. Pesquisadores como WHEELER & ACKERMAN JR. 32 (1983), observaram uma diminuição significante de 6% na resistência à tração de bráquetes reciclados, utilizando o processo térmico Esmadente (41,21 lb) em relação aos bráquetes novos (43,88 lb). WRIGTH & POWERS 34 (1985) verificaram uma diminuição significante na resistência em bráquetes Rocky Mountain colados com resina Concise (resistência inicial: 0,99 KgF/mm 2 ), recondicionados tanto pelo método térmico FIGURA 6 Superfície de esmalte do grupo II após os testes de cisalhamento falha do tipo C MEV (35 X). FIGURA 7 Superfície de bráquete do grupo II após os testes de cisalhamento falha do tipo C MEV (35 X). FIGURA 8 Superfície do esmalte do grupo III após os testes de cisalhamento falha do tipo C MEV (35 X). FIGURA 9 Superfície de bráquete do grupo III após os testes de cisalhamento falha do tipo C MEV (35 X). Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.3, Nº 6 - NOV./DEZ